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Quando se tornou adulto quis conhecer o mundo fora das montanhas. Desceu até
Sambúrdia e se deslumbrou com a riqueza da cidade. O ouro o atraía de uma forma
que ele não conseguia explicar. Pensou que teria que acumular riquezas, mas não
sabia fazer nada, então sua força bruta talvez o ajudasse.
Esteve em boa parte de Arton, ouvindo histórias, sendo contratado por aventureiros, e
tentando acumular riqueza. Mas nunca era suficiente. O dinheiro mal dava para se
sustentar, apenas pagar sua comida e viagens pra outros lugares. Mas serviços mais
difíceis de se fazer eram melhores remunerados. E assassinatos brutais estavam entre
eles.
Começou a matar pra quem pagasse mais. Sem discrição, brutalmente e a sangue frio.
E tomou gosto pelo que fazia, pois era bom nisso. E acumulou mais riqueza e poder.
Mas ainda não era o suficiente. Ouviu histórias de dragões. Dragões que tinham
castelos de ouro e jóias, e o poder que vinham com eles. Colheu informação sobre um
covil perto de Hongari, e que a recompensa pelo dragão era alta. Fora que iria ver de
verdade se dragões possuímas mesmo tanto tesouro. Agora era a vez dele de contratar
aventureiros.
Numa luta ferrenha e a quase morte do dragão, ele conseguiu escapar pra longe do
humano dominador. E Anxtron ficou com a sensação de que poderia ter um dragão, ou
mais como seu escravo. Que isso sim, seria o verdadeiro poder.
Caçou dragões e procurou tudo o que pudesse aprender sobre eles. Quando, em uma
de suas incursões, foi emboscado por ninguém menos que Edauros, o sumo-sacerdote
de Kallyadranoch, o Terceiro.
Após uma luta em vão com o sacerdote, que terminou em membros e costelas
quebradas, e uma cicatriz no olho esquerdo, Anxtron não tinha o que fazer a não ser
ouvi-lo.
Edauros explicou a sua ligação com dragões e que isso podia ser usado para aumentar
seu poder. Mas que para isso ele teria que entrar na Cruzada de Edauros, e ser seu
servo e devoto de Kallyadranoch. Que ele aceitando o deus dragão teria o poder que
sempre sonhou. E se fosse bem no seu treinamento, quem sabe montaria dragões um
dia.
Com Anxtron pronto, começava a caçada pelo primeiro dragão que serviria de
instrumento para sua ira.