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ANXTRON

Nascido e criado em uma tribo simples de humanos nas Montanhas Sanguinárias,


Anxtron sempre teve habilidades maiores que as outras pessoas do seu meio. Era uma
criança mais resistente, quase nunca adoecia e durante a adolescência era ele quem
reinava nas melhores caçadas de sua tribo.

Quando se tornou adulto quis conhecer o mundo fora das montanhas. Desceu até
Sambúrdia e se deslumbrou com a riqueza da cidade. O ouro o atraía de uma forma
que ele não conseguia explicar. Pensou que teria que acumular riquezas, mas não
sabia fazer nada, então sua força bruta talvez o ajudasse.

Aprendeu a lutar com guardas da cidade clandestinamente em troca de serviços que


prestava a eles, que exigiam força, que os guardas cansados pela idade não queriam
fazer. Em pouco tempo se tornou autodidata no combate. Armas de hastes e maiores
fluíam quase que natural aos seus movimentos. E se tornou um exímio combatente em
poucos anos. Começando a se aventurar.

Esteve em boa parte de Arton, ouvindo histórias, sendo contratado por aventureiros, e
tentando acumular riqueza. Mas nunca era suficiente. O dinheiro mal dava para se
sustentar, apenas pagar sua comida e viagens pra outros lugares. Mas serviços mais
difíceis de se fazer eram melhores remunerados. E assassinatos brutais estavam entre
eles.

Começou a matar pra quem pagasse mais. Sem discrição, brutalmente e a sangue frio.
E tomou gosto pelo que fazia, pois era bom nisso. E acumulou mais riqueza e poder.
Mas ainda não era o suficiente. Ouviu histórias de dragões. Dragões que tinham
castelos de ouro e jóias, e o poder que vinham com eles. Colheu informação sobre um
covil perto de Hongari, e que a recompensa pelo dragão era alta. Fora que iria ver de
verdade se dragões possuímas mesmo tanto tesouro. Agora era a vez dele de contratar
aventureiros.

Sobrevivendo ao covil chegaram no dragão.


A luta começava. Anxtron se sentia mais forte perto do dragão, e o dragão percebeu
isso. Não entendia a ligação que aquele humano pretencioso tinha com ele, mas era
quase que irresístivel estar perto de Anxtron.

Dilacerou os mercenários e cara a cara com o guerreiro, já fraco, tentou intimidá-lo.


Anxtron, sentia o poder aumentar em suas veias enquanto quase que hipnotizado pelo
dragão, esqueceu todo o tesouro em volta. Queria o dragão para ele.

Numa luta ferrenha e a quase morte do dragão, ele conseguiu escapar pra longe do
humano dominador. E Anxtron ficou com a sensação de que poderia ter um dragão, ou
mais como seu escravo. Que isso sim, seria o verdadeiro poder.

Caçou dragões e procurou tudo o que pudesse aprender sobre eles. Quando, em uma
de suas incursões, foi emboscado por ninguém menos que Edauros, o sumo-sacerdote
de Kallyadranoch, o Terceiro.

Após uma luta em vão com o sacerdote, que terminou em membros e costelas
quebradas, e uma cicatriz no olho esquerdo, Anxtron não tinha o que fazer a não ser
ouvi-lo.

Edauros explicou a sua ligação com dragões e que isso podia ser usado para aumentar
seu poder. Mas que para isso ele teria que entrar na Cruzada de Edauros, e ser seu
servo e devoto de Kallyadranoch. Que ele aceitando o deus dragão teria o poder que
sempre sonhou. E se fosse bem no seu treinamento, quem sabe montaria dragões um
dia.

A dor e a febre de poder invadiram a mente de Anxtron, e claro, ele aceitou.

Foi treinado por anos na congregação secreta de Cruzados de Kallyadranoch, aceitando


o deus dragão e ganhando poderes através da sua devoção. Suas habilidades foram
ampliadas, seu poder sobre os dragões só crescia. Viu que não mais mataria dragões,
mas que futuramente os teria como servos. E Edauros sabia que logo viraria um Tirano
do Terceiro, e dominaria seu dragão a serviço de Kally.

Com Anxtron pronto, começava a caçada pelo primeiro dragão que serviria de
instrumento para sua ira.

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