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Bucky ainda chora as últimas lágrimas de dor, enquanto se solta do corpo de sua
exposa morta debruçada sob a mesa. A caverna gelada reflete o estado de seu coração no
momento, frio e quase parado pela dor da perda.
Passam-se mais alguns minutos, quando Bucky ergue a cabeça, olha o paladino de
Khalmyr, preso em suas orações ao deus, e pede:
Enquanto Euron se descloca com cuidado com seu corpo avantajado na quele pequeno
espaço, o feiticeiro à seu lado se aproxima da parede onde foi revelado o portal, e inspeciona
possível atividade mágica pós deslocaento. Profere palavras místicas, movimenta suas mãos de
forma uniforme, e sua tatuagem do lado esquerdo do rosto começa a emitir sua luz
característica de quando seu poder está distorcendo a realidade.
- Achou algum rastro da magia? – se aproxima o guerreiro com sua espada descomunal
pendurada ao lado do corpo, enquanto o feiticeiro termina de analisar a parede.
- Eu acho que ele usou algum feitiço de portal, mas a magia que estava aqui
desapareceu já – explica Kazin após detectar se ainda existia algum resquício mágico.
- Não é hora disso! – profere o paladino agachando pra pegar o corpo inerte da mulher
à sua frente.
- A magia que estava aqui sessou, melhor irmos embora – encerra o assunto Kazin, já
se dirigindo à porta com sua tatuagem apagando lentamente a luz que amanava.
- Então vamos – e o guerreiro sai logo em seguida, pra reparar então uma
circunstância.
O anão de cabelos prateados, que sempre fora alerta aos acontecimentos à sua volta,
agora estava entretido num emaranhado de papeis que encontrara na sala em chama há
alguna minutos atrás. Pedaços de pergaminhos, papiros queimados e rasgado, couros com
escritos que deviam ter resistido há longas viagens, agora já não resitira as chamas. Tudo
aquilo não fazia tanto sentido pra ele, não havia encaixe. Mas a persistência de Hagius tirou
seu foco da perda recente. Entretido com os papeis, ele não vira seu grupo deixando a sala.
- Hagius, encontrou alguma pista aí? Estou vendo que está muito compenetrado –
volta Raigor ao anão celeste, deixando sua espada e bolsa descansando no chão ao lado da
porta.
- Que é? – se surpreende enfezado com a interrupção do companheiro – Tem muita
coisa aqui faltando. Mas acho que com o tempo eu consigo juntar e fazer algum sentido, pelo
menos.
- Na verdade aqui tem vários idiomas, escritas, algumas até um pouco antigas. O
problema é que faltam muitos pedaços. Mas tem alguns que ainda estão íntegros e eu acho...
- Eu preciso de tempo pra entender... Algumas falam sobre outros lugares, trolls,
montanhas sanguinárias...
- Algo que ajude a nossa empreitada? – mais uma vez interrompe o guerreiro.
- Não sei! Eu preciso juntar! Está tudo queimado! – se enfirece o guerreiro sagrado, já
com a paciencia costumeira dos verdadeiros anões.
- Não tem como você colocar isso em uma bolsa e carregar? Estamos de partida! –
tenta finalizar o guerreiro, mas o anão não consegue compreender o momento de luto que o
grupo está passando.
- Ter tem! Mas eu preciso saber o que tem aqui também! – continua insensível o anão.
- O paladino já falou, não é a melhor hora pra isso! – agora mais ríspido o guerreiro, já
pegando suas coisas e se dirigindo para o caminho da saída.
- Enquanto eu não entender isso, eu não vou sair daqui! Fala sobre mapa de
Doherimm, os planos loucos desse Troll...
As chamas que vem da sala a esquerda começam a esquentar mais a caverna. Fumaça
em grande quantidade começa a tomar conta dos corredores estreitos e agora húmidos pelo
derretimento do gelo nas parades. A situação ficará mais complicada se eles não saírem logo
dali.
- Acho melhor irmos pra não sufocar aqui dentro – manifesta o feiticeiro, tomando a
dianteira seguido logo de perto pelo elfo.