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Introdução
- A sua auto-mitificação (de Malinowski) ajudou a estabelecer a autoridade cognitiva especial pela
tradição etnográfica moderna, ou na visão de Clifford, a questão da “autoridade etnográfica” do
“estar lá” e vivenciar o “Outro”. (p. 17)
- Tal tradição, que teve a expedição ao estreito de Torres como um marco feita por Haddon, ainda
estava distante do formato de campo do Malinowski. Foi feito todo em inglês “pidgin”, ainda
mediado através de “informantes” e sem a imersão no campo.
- Malinowski e Radcliff-Brown eram dessa geração de antropólogos pré-guerra, ainda vivendo sob
a égide do modelo de campo de Haddon no Estreito de Torres. Ainda não se tinha saído da varanda
(p. 28).
- Rivers com sua metodologia de “estudo intensivo” foi muito importante para a mudança
metodológica na Antropologia. O método genealógico desenvolvido na expedição no estreito de
torres foi inovador. Ele foi inovador pois forneceu “as bases da abordagem ‘científica’ para a
reconstrução da história das formas humanas”. Rivers era mais um “inquisidor” do que um
“observador” (p. 33)
- “ o entrelaçamento de Malinowski com o programa de Rivers foi, entretanto, mais do que uma
questão de tomar novas “Notes and Queries” no campo e seguir orientações. Isso envolveu uma
mudança no lócus primário de investigação, da proa do navio ou varanda da expedição para o
centro vivo do vilarejo, e uma mudança correspondente na concepção do papel do etnógrafo – de
um “inquiridor” para um participante da vida da aldeia de alguma forma. Isto também exigiu uma
mudança na orientação teórica, no sentido de que “o objetivo da antropologia [era] nos ensinar a
história da humanidade……. (p. 39-40)