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RODADA 3
COMENTÁRIOS
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
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DIREITO PENAL
PROF. CARLOS JÚNIOR
01 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa D.
- PONTO DO EDITAL: 1. Introdução ao direito penal. 1.1. Conceito, caracteres e função do direito
penal. 1.2. Princípios básicos do direito penal. 1.3. Relações com outros ramos do direito. 1.4.
Direito penal e política criminal. 2.0. A lei penal. 2.1. Características, fontes, interpretação,
vigência e aplicação. 2.2. Lei penal no tempo e no espaço. 2.3. Imunidade. 2.4. Condições de
punibilidade. 2.5. Concurso aparente de normas.
- COMENTÁRIOS:
Na teoria da territorialidade absoluta, a lei penal brasileira somente pode ser aplica-
da aos crimes cometidos no território brasileiro. Jamais crimes praticados no estrangeiro.
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Alternativa B: O candidato deve ter muito cuidado da redação da assertiva, pois está,
em partes, correta. No entanto, o erro consiste em afirmar que “embora o agente não esteja a
serviço da Administração Pública no momento da prática delituosa”. A redação do artigo 7º do
CP aduz a necessidade do agente está a serviço da Administração Pública ao cometer o delito
em seu desfavor no estrangeiro para que seja aplicada a lei brasileiro de forma incondicional.
Alternativa C: Para os efeitos penais (artigo 5º, inciso I, do CP), consideram-se como
extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública
ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
O erro da assertiva consiste em afirmar que não se aplica a lei nacional às aeronaves
brasileiras que estiverem em espaço aéreo correspondente, o que contraria o dispositivo penal
anteriormente aludido. Item INCORRETO.
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Dessa forma, pode-se afirmar que as sedes das embaixadas não são extensões de
territórios estrangeiros no Brasil. Assim, se algum agente cometer um ato delituoso no interior de
uma embaixada estrangeira será responsabilizado de acordo com a legislação penal brasileiro,
exceto se acobertado por imunidade diplomática. Item CORRETO.
- GABARITO DA QUESTÃO: D.
02 - QUESTÃO:
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- RESPOSTA: Alternativa D.
- PONTO DO EDITAL: 4. Teoria do tipo. 4.9. Consumação e tentativa. 4.10. Desistência voluntária
e arrependimento eficaz. 4.11. Arrependimento posterior. 4.12. Crime impossível.
- COMENTÁRIOS:
Rogério Sanches Cunha aduz que “A reparação do dano é circunstância objetiva que
se estende aos corréus da prática delitiva (art. 30 do CP). Assim, concorrendo mais de uma pessoa
para o crime, o arrependimento posterior de um deles fera a casa de redução de pena para todos
os demais”. Dessa forma, item CORRETO.
Nesses termos, o agente, depois de esgotar todos os meios de que disponha para
chegar à consumação da infração penal (o processo de execução foi encerrado), de forma
voluntária, ou seja, com uma conduta respaldada em sua liberdade, mesmo que a ideia não
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tenha partido dele (espontânea), arrepende-se e atua para evitar a produção do resultado
inicialmente por ele pretendido (evita a consumação da infração). Por conta da necessidade de
uma previsão de resultado naturalístico, o arrependimento eficaz só subsiste diante de crimes
materiais. Item CORRETO.
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- GABARITO DA QUESTÃO: D.
03 - QUESTÃO:
De acordo com os dispositivos da parte geral do Código Penal em relação à ilicitude, é correto
afirmar:
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
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Maior parte da doutrina entende que o Brasil adotou a teoria da indiciariedade, isto
é, provada a tipicidade presume-se relativamente a ilicitude, provocando a inversão do ônus da
prova quanto à existência da descriminante. Em razão disso, item INCORRETO.
Estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito são causas excludentes
de ilicitudes, também denominadas de causas justificantes ou causas descriminantes, todas
previstas no artigo 23 do CP.
Art. 23 - (...)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Alternativa D: é aquela que o agente, por erro, acredita existir uma agressão injusta,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. A maior da doutrina entender não ser possível falar
em legítima defesa real contra legítima defesa real, pois um dos requisitos para a configuração
da legítima defesa é a agressão injusta. Assim, se o primeiro agente age em legítima defesa real,
sua agressão não é injusta, o que impossibilita reação em legítima defesa.
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Na legítima defesa putativa o agente pensa que está defendendo-se, mas, na ver-
dade, acaba praticando um ataque injusto. Se é certo que ele não sabe estar cometendo uma
agressão injusta contra um inocente, é mais certo ainda que este não tem nada que ver com
isso, podendo repelir o ataque objetivamente injustificável.
Exemplo clássico é o caso de alguém que vê o outro pôr a mão no bolso e pensa
que ele irá sacar uma arma. Imaginando que será atacado, atira em legítima defesa imaginária.
Quem recebe a agressão gratuita pode revidar em legítima defesa real.
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
04 - QUESTÃO:
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- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
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Alternativa D: Colegas!
Assim, de acordo com a fundamentação exposta, item INCORRETO, haja vista que
a cirurgia estética reparadora não é capaz de descaracterizar a qualificadora da deformidade
permanente.
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- GABARITO DA QUESTÃO: C.
05 - QUESTÃO:
a) Crime de concussão.
b) Crime de prevaricação.
c) Crime de favorecimento pessoal.
d) Crime de exploração de prestígio.
e) Crime de tráfico de influência.
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
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Dessa forma, fácil vislumbrar que a conduta praticada por Cláudio não se enquadra
no tipo penal de prevaricação.
Ademais, é necessário que aquele que presta auxilio não tenha participado da conduta
criminosa. Ainda, o auxílio deve ser prestado após a prática do delito. É necessário, também,
que não exista previamente um acordo entre o favorecido e o favorecedor, caso contrário o
favorecedor será considerado partícipe do delito praticado. Diante disso, a atitude delituosa do
agente não se enquadra na tipificação legal do crime de favorecimento pessoal.
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Sendo crime comum, qualquer pessoa pode praticar delito, não exigindo do agente
qualificação especial. A pena eleva-se 1/3 se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade
também se destina a qualquer das pessoas referidas no tipo penal (juiz, jurado, membro do
Ministério Público, funcionário da justiça, interprete, perito, tradutor, testemunha).
Veja que Cláudio age como verdadeiro estelionatário, utilizando de meio ardiloso
para enganar a vítima, alegando uma capacidade falaciosa de influenciar nas decisões dos
policiais civis da Delegacia de Polícia Civil de Guarapari. Dessa forma, resta caracterizado o
delito de tráfico de influência.
- GABARITO DA QUESTÃO: E.
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06 - QUESTÃO:
a) V, F, F, V.
b) F, F, V, F.
c) V, V, F, F.
d) V, F, V, F.
e) F, V, F, V.
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
Item I: Colegas!
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Diante disso, o STF, em julgamento do RE 641320, fixou tese nos seguintes termos: a) a
falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso; b) os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos
destinados aos regimes semiaberto e aberto, para qualificação como adequados a tais regimes.
São aceitáveis estabelecimentos que não se qualifiquem como “colônia agrícola, industrial”
(regime semiaberto) ou “casa de albergado ou estabelecimento adequado” (regime aberto)
(art. 33, parágrafo 1º, alíneas b e c); c) havendo déficit de vagas, deverá determinar-se: (i) a
saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente
monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta
de vagas; (iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que
progride ao regime aberto. Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas,
poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado. Dessa forma, item INCORRETO.
Previsão literal da Súmula Vinculante 46 do Supremo Tribunal Federal, haja vista o STF
entender que o Estado-membro não pode dispor sobre crime de responsabilidade, ainda que
seja na Constituição estadual, pois a competência para legislar sobre crime de responsabilidade
é privativa da União.
O Supremo Tribunal Federal entende que definir o que vem a ser crime de
responsabilidade e prever as regras de processo e julgamento dessas infrações significa legislar
sobre Direito Penal e Processual Penal, matérias que são de competência privativa da União,
nos termos do artigo 22, inciso I, da Constituição Federal. Dessa forma, item CORRETO.
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Item IV: Os crimes contra a licitação dispostos na Lei nº 8.666/1993 são crimes de
ação penal pública incondicionada, conforme redação do artigo 100 e 101 da referida lei.
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública
incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.
Dessa forma, por serem crimes de ação penal pública incondicionada, cabe ao
Ministério Público promover a referida ação por meio de denúncia. No entanto, qualquer pessoa
pode provocar a iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre
o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a ocorrência.
Dessa forma, já que a assertiva aduz corretamente o texto legal, devemos assinalar
como VERDADEIRO o item.
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- GABARITO DA QUESTÃO: E.
07 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Colegas!
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Dessa forma, fica evidente que a assertiva está perfeita, no entanto, o enunciado
pede para ser assinalada a alternativa incorreta.
Art. 2º (...)
II - independem do processo e julgamento das infrações penais
antecedentes, ainda que praticados em outro país, cabendo ao juiz
competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão sobre a unidade
de processo e julgamento.
Não há nenhum óbice a que o próprio agente que cometeu a infração penal
antecedente atue para ocultar ou dissimular a origem ilícita do produto daquela infração, o que
é conhecido como “autolavagem”.
Isso foi debatido no Supremo Tribunal Federal, onde ficou decidido que a autolavagem
é passível de punição, não constituindo bis in idem ou qualquer ofensa a princípios do Direito
Penal. Ademais, está aí a principal distinção entre os crimes de lavagem de dinheiro e os de
receptação e favorecimento real. Nestes tipos há a ressalva expressa de que o sujeito ativo não
pode ter participado do crime antecedente.
Dessa forma, como o item está incorreto, deve ser o item a ser assinalado.
Alternativa D: Alternativa que, mais uma vez, retrata um entendimento dos tribunais
superiores pátrios. Conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não impede o
prosseguimento da apuração de cometimento do crime de lavagem de dinheiro a extinção da
punibilidade dos delitos antecedentes.
Veja:
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Desse modo, qualquer lesão corporal, mesmo que leve ou culposa, praticada contra
mulher no âmbito das relações domésticas é crime de ação penal incondicionada, ou seja, o
titular da ação penal pública, no caso o Ministério Público, pode dar início à ação penal sem
necessidade de representação da vítima.
Em que pese o artigo 88 da Lei nº 9.099/95 preveja que “Além das hipóteses do Código
Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes
de lesões corporais leves e lesões culposas”, esse entendimento não prevalece para as lesões
corporais praticadas contra a mulher no âmbito de violência doméstica. Dessa forma, assertiva
INCORRETA.
Destarte, como a Lei Maria da Penha só prevê um tipo penal incriminador, qual seja, o
artigo 24-A, a análise deve se restringir a esse crime. Ocorre que o próprio legislador fez questão
de vedar o arbitramento de fiança por parte da autoridade policial. É a previsão do parágrafo 2º
do artigo 24-A.
Dessa forma, clara a redação do dispositivo legal, não deixando dúvidas acerca do
equívoco do item. Desse modo, item INCORRETO.
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
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08 - QUESTÃO:
a) Nos termos da Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral), quando a referida lei não indicar o grau
mínimo para sanção, entende-se que será ele de trinta dias para a pena de detenção e de um
ano para a de reclusão.
b) Nos termos da Lei n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), todos os crimes nela previstos são de
ação penal pública incondicionada.
c) Em relação à Lei nº 11.101/2005 (Crimes falimentares), a condição objetiva de punibilidade
das infrações penais é a sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou
concede a recuperação extrajudicial.
d) Nos termos da Lei nº 8.078/1990 (Código de proteção e defesa do consumidor), todos os
crimes nela previsto são de menor potencial ofensivo, aplicando-se os institutos previstos na
Lei 9.099/1999.
e) No que concerne à Lei nº 12.037/2009, as informações genéticas contidas nos bancos de
dados de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das
pessoas, exceto determinação genética de gênero.
- RESPOSTA: Alternativa A.
- PONTO DO EDITAL: 10 - Crimes. 10.25 Lei nº 11.101/2005 e suas alterações (Crimes falimentares).
14 - Lei nº 8.078/1990 e suas alterações (Código de proteção e defesa do consumidor). 18- Lei nº
12.037/2009 e suas alterações. 19 - Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código Eleitoral). 23 - Lei
nº 13.146/2015 e suas alterações (Crimes previstos no Estatuto da Pessoa com Deficiência) 24 -
Lei 10.741/2003 e suas alterações (Crimes cometidos contra idosos).
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Colegas!
Previsão literal do artigo 284 da Lei nº 4.737/2003 (Estatuto do Idoso), no qual prevê,
no silêncio da aludida lei, 15 (quinze) dias para pena de detenção, e 01 (um) ano para a de
reclusão.
Art. 284. Sempre que êste Código não indicar o grau mínimo, entende-se
que será ele de quinze dias para a pena de detenção e de um ano para a
de reclusão.
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Bastante atenção nos prazos inseridos nessa lei. Outro prazo que é bastante cobrado
é referente à denúncia ofertada pelo Ministério Público, o qual tem 48 (quarenta e oito) horas
para apresentar a peça processual acusadora. Dessa forma, item INCORRETO.
Grande parte das provas de concursos que abordam Legislação Penal Extravagante
exploram bastante a literalidade do texto legal e suas nuances. Dessa forma, é bastante
interessante para o candidato a leitura atenta dos dispositivos legais mais cobrados. A Lei nº
9.296/96 é de extrema relevância nos estudos voltados ao cargo de Delegado de Polícia.
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Os atos preparatórios (ou fase de preparação), geralmente, não são puníveis, nem na
forma tentada, uma vez que não se iniciou a realização do núcleo do tipo penal. De fato, o artigo
14, inciso II, do Código Penal vinculou a tentativa à prática de atos executórios.
Dessa forma, o item está INCORRETO, haja vista que há a previsão de punição, porém
a pena deve ser diminuída de um quarto até a metade do que era previsto para o crime em sua
forma consumada.
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Dessa forma, os 02 (dois) institutos são admitidos pela Lei nº 9.605/1998, respeitados
os requisitos legais. Portanto, alternativa INCORRETA.
- GABARITO DA QUESTÃO: A.
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09 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa C.
- PONTO DO EDITAL: 10.1. Lei nº11.343/2006 e suas alterações (Tráfico ilícito e uso indevido de
substâncias entorpecentes).
- COMENTÁRIOS:
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Por fim, no que tange ao artigo 33, § 2° da Lei 11.343/06 também devemos nos atentar
para a ADIN 4274:
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
10 - QUESTÃO:
Tendo como referência a Lei 11.343/06 e a jurisprudência dos tribunais superiores, assinale o
item incorreto que se segue.
a) O chamado “tráfico privilegiado”, previsto no §4° do art. 33 da Lei n° 11.343/2006, não deve
ser considerado crime equiparado a hediondo.
b) Por força da Súmula 512 do STJ a aplicação da causa de diminuição de pena, prevista no
art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas.
c) É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação
da convicção de que o réu se dedica a atividade criminosa, afastando a aplicação da causa de
diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, sem violar o princípio da presunção
de inocência.
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d) A grande quantidade de droga apreendida constitui, por si só, fundamento para negar o
benefício da redução de pena previsto no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006.
e) Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06 (tráfico interesta-
dual), é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, bastando a demonstração inequí-
voca da intenção de realizar o tráfico interestadual.
- RESPOSTA: Alternativa B.
- PONTO DO EDITAL: 10.1. Lei nº11.343/2006 e suas alterações (Tráfico ilícito e uso indevido de
substâncias entorpecentes).
- COMENTÁRIOS:
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- GABARITO DA QUESTÃO: B.
11 - QUESTÃO:
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- RESPOSTA: Alternativa B.
- PONTO DO EDITAL: 10.1. Lei nº11.343/2006 e suas alterações (Tráfico ilícito e uso indevido de
substâncias entorpecentes).
- COMENTÁRIOS:
Antes de fazer a destruição, o Delegado deverá recolher parte da plantação para ser
submetida à perícia, que irá atestar, ou não, que se trata de plantio ilícito.
Vale frisar que, para fazer a destruição das plantações ilícitas, o Delegado de Polícia
NÃO precisa de prévia autorização judicial. Além disso, NÃO é necessário que a destruição seja
executada na presença do membro do Ministério Público.
No caso em que a polícia encontrar drogas ilícitas (exs: cocaína, êxtase etc.), é possível
imaginar dois panoramas:
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Após receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá, no prazo de 10 dias, verificar
se o laudo de constatação provisório está formalmente regular e, em caso positivo, determinará
a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo, nos termos do § 3º do art. 50 da Lei:
O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas, sendo
lavrado auto circunstanciado pelo Delegado de Polícia, certificando-se neste a destruição total
delas, nos termos do § 5º do art. 50 da Lei.
A Lei afirma, então, que a droga deverá ser destruída, por incineração, no prazo
máximo de 30 dias, CONTADOS DA DATA DA APREENSÃO, guardando-se amostra necessária à
realização do laudo definitivo, nos termos do art. 50-A da Lei.
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- GABARITO DA QUESTÃO: B.
12 - QUESTÃO:
À luz das causas de aumento previstas no artigo 40 aplicáveis aos crimes tipificados nos
artigos 33 a 37, todos da Lei 11.343/06, NÃO constitui causa especial de aumento de pena, a
prática de crime do tráfico de drogas, se o:
- RESPOSTA: Alternativa A.
- PONTO DO EDITAL: 10.1. Lei nº11.343/2006 e suas alterações (Tráfico ilícito e uso indevido de
substâncias entorpecentes).
- COMENTÁRIOS:
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de
UM SEXTO a DOIS TERÇOS, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido
e as circunstâncias do fato evidenciarem a TRANSNACIONALIDADE do
delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de FUNÇÃO PÚBLICA ou no
DESEMPENHO DE MISSÃO DE EDUCAÇÃO, PODER FAMILIAR, GUARDA OU
VIGILÂNCIA;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações
de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes
de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas,
ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se
realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços
de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de
UNIDADES MILITARES ou POLICIAIS ou em transportes públicos;
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- GABARITO DA QUESTÃO: A.
13 - QUESTÃO:
Considerando a situação hipotética abaixo descrita e o disposto na Lei n.º 9.455/1997, assi-
nale a opção correta:
A autoridade policial ao passar por uma das salas da Delegacia de Polícia escutou gritos de
um conduzido pedindo socorro. Ao escutar por trás da porta o delegado escutou um dos seus
agentes dizendo “eu vou te bater até você confessar que foi você quem roubou o carro e caso
você conte das agressões mato você e toda sua família”. Por receio de ser envolvido no referido
crime a autoridade mais que depressa foi para seu gabinete e lá ficou. Instantes depois o
conduzido foi apresentado ao delegado para ter suas declarações reduzidas e confessou o
crime. O conduzido nada disse a autoridade policial em relação as agressões, porém estava
visivelmente lesionado.
- RESPOSTA: Alternativa D.
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- COMENTÁRIOS:
Artigo 1°, § 2º: Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever
de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Há quem defenda que a pena de detenção de um a quatro anos fere o princípio da
proporcionalidade e trata-se de proteção deficiente, mas esse não é o entendimento do STJ que
já se pronunciou pela validade do parágrafo: STJ, no RESP 1.163.756.
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Artigo 1º.
(...)
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego
público e a interdição para seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena
aplicada.
§ 6º O crime de tortura é INAFIANÇÁVEL e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, SALVO a hipótese do § 2º,
iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
- GABARITO DA QUESTÃO: D.
14 - QUESTÃO:
Chiquinho Scarpa após se envolver em uma briga com seu vizinho adquiriu uma pistola,
calibre .380, com numeração suprimida, na feira do rolo que acontece nas imediações do
Porto de Vitória. Chiquinho Scarpa tinha ciência que a referida arma era produto de roubo de
um carregamento vindo da Áustria. Depois de 3 meses da aquisição da pistola Chiquinho foi
parado em uma blitz, momento que este portava a arma de fogo. Qual a capitulação do (s)
crime (s) cometidos por Chiquinho?
a) Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no artigo 16 da Lei 10.826/03.
b) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, previsto no artigo 14 da Lei 10.826/03.
c) Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no artigo 16 da Lei 10.826/03 E
receptação, previsto no artigo 180, caput, do Código Penal.
d) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, previsto no artigo 14 da Lei 10.826/03 E
receptação, previsto no artigo 180, caput, do Código Penal.
e) Receptação, previsto no artigo 180, caput, do Código Penal.
- RESPOSTA: Alternativa C.
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- COMENTÁRIOS:
Art. 16.
(...)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
identificação de arma de fogo ou artefato;
II - modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la
equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de
dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito
ou juiz;
III - possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar;
IV - portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com
numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,
suprimido ou adulterado;
V - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar,
de qualquer forma, munição ou explosivo.
Devemos tomar especial cuidado com as armas de uso permitido (revólver calibre 38
e pistola calibre .380) com numeração suprimida!
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Aquele que adquire arma de fogo cuja origem sabe ser ilícita responde
por delito contra o patrimônio, no momento em que se apodera da res.
Se depois mantiver consigo a arma, circulando com ela ou mantendo-a
guardada, e vier a ser flagrado, responderá pelo crime de porte ilegal
de arma tipificado no art. 14 do Estatuto do Desarmamento (Lei n.
10.826/2003). Assim, como os dois delitos praticados pelo ora recorrido
possuem objetividade jurídica diversa e momentos de consumação
diferentes, não há que se falar em consunção. Aqueles crimes são
autônomos, devendo o recorrido responder a ambos em concurso
material. Daí, a Turma conheceu do recurso e deu provimento a ele
para condenar o réu quanto ao delito previsto no art. 180, caput, do CP,
em concurso material com o delito tipificado no art. 14 do Estatuto do
Desarmamento, determinando o retorno dos autos para a prolação de
nova sentença. Precedente citado: HC 55.469-RJ, DJe 8/9/2008. REsp
1.133.986-RS, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/5/2010.
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
15 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa A.
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- COMENTÁRIOS:
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• Nos casos em que o crime é praticado por meio de troca de informações privadas,
como nas conversas via Whatsapp ou por meio de chat na rede social Facebook: Justiça
ESTADUAL. Isso porque tanto no aplicativo WhatsApp quanto nos diálogos (chat) estabelecido
na rede social Facebook, a comunicação se dá entre destinatários escolhidos pelo emissor da
mensagem. Trata-se de troca de informação privada que não está acessível a qualquer pessoa.
Desse modo, como em tais situações o conteúdo pornográfico não foi disponibilizado em um
ambiente de livre acesso, não se faz presente a competência da Justiça Federal. STJ. 3ª Seção.
CC 150.564-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 26/4/2017 (Info 603).
- GABARITO DA QUESTÃO: A.
16 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa B.
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- PONTO DO EDITAL: 1.1. Princípios gerais, conceito, finalidade, características; 15. Lei nº
7.210/1984 e suas alterações (Execução Penal).
- COMENTÁRIOS:
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- GABARITO DA QUESTÃO: B.
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PROVA O BJE T I VA
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DIREITO ADMINISTRATIVO
PROFA. RENATA PEREIRA
17 - QUESTÃO:
a) A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37,
§ 6º, subsume-se à teoria do risco integral administrativo, tanto para as condutas estatais
comissivas quanto para as omissivas.
b) Inexiste na legislação brasileira previsão de responsabilidade civil do Estado, pelas
condutas comissivas ou omissivas de seus agentes, com base na teoria do risco integral.
c) Segundo a jurisprudência do STF, em caso de inobservância do seu dever específico de
proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável
pela morte do detento.
d) A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37,
§ 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, de modo que não pode ser afastada mesmo
diante da presença de eventual excludente de ilicitude.
e) Quanto aos atos jurisdicionais, ainda que diante de erro do Poder Judiciário, não há que
se falar em dever de indenizar por parte do Estado, mesmo nas hipóteses em que se verifique
excesso de permanência da restrição de liberdade do preso por período superior ao fixado
na sentença.
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
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PROVA O BJE T I VA
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A hipótese é aquela do art. 225, § 3º da Constituição Federal c/c art. 14, § 1º da Lei
6.938/81: DANO AMBIENTAL.
Vale ainda mencionar que parte da doutrina sustenta que nos casos de ACIDENTE
NUCLEAR também haveria responsabilidade civil do Estado, com base na teoria do risco integral,
por força do art. 21, XXIII, alínea “d” da Constituição Federal c/c art. 4º da Lei 6.451/77.
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- GABARITO DA QUESTÃO: C.
18 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa D.
- COMENTÁRIOS:
Art. 37.
(...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas.
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A leitura do art. 37, inciso XVI da CF permite concluir que embora a regra, de fato, seja
a impossibilidade de cumulação de cargos públicos, trata-se de vedação relativa, na medida em
que o próprio dispositivo constitucional estabelece as exceções.
Nos termos do art. 37, inciso XVI, alínea “c” da CF somente diante de PROFISSÕES
REGULAMENTADAS admite-se a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde.
A assertiva está em perfeita consonância com o art. 37, inciso XVI, alínea “b” da
Constituição Federal.
- GABARITO DA QUESTÃO: D.
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19 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa D.
- COMENTÁRIOS:
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Por outro lado, nos termos do art. 37, inciso IX da CF, tem-se que a regra do concurso
público admite exceção no tocante aos servidores temporários:
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- GABARITO DA QUESTÃO: D.
20 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa C.
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- COMENTÁRIOS:
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- GABARITO DA QUESTÃO: C.
21 - QUESTÃO:
Modalidade branda de intervenção, por meio da qual o Estado ocupa, por prazo determinado
e em situação de normalidade, a propriedade privada, para execução de obra pública ou
prestação de serviços públicos. Em qualquer caso, a indenização depende necessariamente
da comprovação do dano pelo proprietário do bem.
a) Servidão Administrativa.
b) Requisição.
c) Limitação administrativa.
d) Desapropriação indireta.
e) Ocupação temporária.
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
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- GABARITO DA QUESTÃO: E.
22 - QUESTÃO:
a) Os atos normativos são aqueles que contêm um comando geral e abstrato, cujo objetivo é
a fiel execução da lei, a exemplo dos regulamentos.
b) Atos ordinatórios são disciplinadores da conduta interna da Administração Pública, sendo
endereçados aos seus agentes e editados no exercício do Poder hierárquico. São exemplos de
atos ordinatórios: permissões e autorizações.
c) Os atos enunciativos são aqueles que apenas atestam, certificam ou declaram uma situação
de interesse do particular ou da própria Administração. São exemplos de atos enunciativos:
certidões e atestados.
d) São negociais os atos editados a pedido do particular, viabilizando o exercício de
determinada atividade e a utilização de bens públicos, a exemplo das licenças.
e) Atos punitivos são os que contêm uma sanção imposta ao particular ou agente público.
Demandam observância do contraditório e ampla defesa.
- RESPOSTA: Alternativa B.
- COMENTÁRIOS:
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A assertiva apresenta a definição correta dos atos negociais. Outros exemplos de atos
negociais: autorização e permissão.
- GABARITO DA QUESTÃO: B.
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CRIMINOLOGIA
PROF. IGOR HENRIQUE VIALLI
23 - QUESTÃO:
a) Primário.
b) Secundário.
c) Terciário.
d) Primário-secundário.
e) Evolutiva.
- RESPOSTA: Alternativa A.
- PONTO DO EDITAL: 3.2. Prevenção da infração penal no Estado democrático de Direito. 3.3.
Prevenção Primária. 3.4. Prevenção Secundária. 3.5. Prevenção Terciária.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Colegas!
Com efeito, a prevenção primária é justamente aquela que ocorre nas CAUSAS do
delito, evitando a grosso modo “neutralizá-lo” antes que ele ocorra. Trata-se da prevenção
genuína na raiz.
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CURSO PA R A A
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Segundo EDUARDO VIANA, tal definição traz “todas aquelas intervenções estruturadas
para prevenir o desenvolvimento do comportamento delitivo individual por meio de intervenções
que se centram na redução de fatores de risco e ampliação de fatores de proteção descobertos em
estudos de desenvolvimento humano”.
- GABARITO DA QUESTÃO: A.
24 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa A.
- COMENTÁRIOS:
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Segundo PABLOS-MOLINA,
Alternativa B: Errado!
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Alternativa C: Errado!
Alternativa D: Errado!
Nas palavras de CLEBER MASSON, a política criminal “tem por objeto a apresentação
de críticas e propostas para a reforma do Direito Penal em vigor (…) visa a análise crítica e
metajurídica do direito positivo, no sentido de ajustá-lo aos ideais jurídico-penais e de justiça”.
É fato que a política criminal orienta a atuação do Estado na persecução penal e até
mesmo na orientação da edição de leis criminais.
A teoria do etiquetamento, com efeito, diz justamente que é essa atuação do Estado
que “rotula” os criminosos e as condutas ditas como “criminosas”.
Portanto, há, sim, definição precisa de crime, e esta é amplamente manipulada pelo
Estado de acordo com suas convicções próprias para discriminar e orientar sua política criminal
para determinada camada da população!
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- GABARITO DA QUESTÃO: A.
25 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa D.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Correto!
Segundo BARATTA, portanto, o foco não deveria ser mais o próprio deliquente, mas
sim os fatores sociais e a própria interação do indivíduo com a sociedade, daí surgindo as
vertentes sociológicas da criminologia.
COHEN é um dos expoentes da teoria subcultural e, em seus estudos, diz que a própria
formação e estrutura das classes sociais inferiores impedem seus componentes de atingir os
objetivos de seguir os parâmetros ditados pelas classes superiores, o que causaria, segundo
ele, um estado de “frustração” nos jovens. Daí, “o comportamento criminoso seria uma rebelião
contra normas e valores estabelecidos pela classe média”.
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Alternativa D: Incorreto!
A grosso modo, COHEN dizia que a prática criminosa seria uma manifestação de
rebeldia ou frustração das classes mais baixas contra os “padrões impostos” pelas demais
classes opressoras.
Lado outro, MILLER dizia que as classes mais baixas, assim como as mais altas,
também possuem seus valores, crenças e tradições, passados de geração em geração. Ainda que
em sentido totalmente oposto ao das demais classes, considerando então algumas tradições
criminosas, MILLER dizia que o comportamento criminoso, então, para tais classes sociais,
não era uma manifestação de rebeldia, mas sim uma prática conformista com a realidade já
imposta, afinal de contas, o delinquente estaria apenas cumprindo os padrões já determinados
pela sua própria classe.
Alternativa E: Exato!
- GABARITO DA QUESTÃO: D.
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26 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa E.
- PONTO DO EDITAL: 1.3. Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima e controle social.
- COMENTÁRIOS:
A vítima já teve vários papéis ao longo da história, desde a fase de ouro até a fase de
neutralização. Seu estudo será melhor realizado em questão própria futura.
Alternativa B: Correto!
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Seria o caso de uma vítima de estelionato, por exemplo, que desatente entrega seus
dados para o criminoso.
Alternativa C: Correto!
Alternativa D: Certo!
O autor também diz que existem vítimas tão culpadas como os delinquentes (autores
também), exemplificando os casos de consentimento para aborto, no qual a “vítima”, de certa
forma, também é tão culpada como quem realiza o aborto nela consentido.
Alternativa E: Errado!
- GABARITO DA QUESTÃO: E.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
PROF. LEONARDO MIRANDA
27 - QUESTÃO:
Acerca do que dispõe o texto constitucional e nos informa a doutrina e a jurisprudência sobre
os direitos e deveres individuais e coletivos, marque a alternativa incorreta:
- RESPOSTA: Alternativa A.
- COMENTÁRIOS:
A primeira alternativa é a incorreta e que deve ser marcada pelo candidato, já que
não traz uma afirmativa verdadeira.
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CURSO PA R A A
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DELTA-ES
De fato, o Supremo tem sido mais flexível e admite a reclamação contra a decisão
judicial que manda retirar de sítio na internet matéria jornalística. Assim, visa uma proteção à
liberdade de expressão.
Alternativa E: A alternativa E está correta, já que traz uma afirmativa verdadeira sobre
o crime de racismo.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e
à propriedade, nos termos seguintes:
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
- GABARITO DA QUESTÃO: A.
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CURSO PA R A A
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28 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Questão que trata dos aspectos dos direitos sociais, em especial a
jurisprudência dos tribunais sobre o tema, devendo haver, também, o conhecimento do aluno
sobre os ensinamentos doutrinários.
A primeira questão está correta, já que traduz decisão proferida pelo Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI 5357, onde considerou constitucional Lei que inserção
das pessoas com deficiência no ensino regular e prover as adaptações necessárias, sem que
isso seja revertido nas mensalidades escolares.
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CURSO PA R A A
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De fato, a cláusula da reserva do possível não pode ser invocada pelo Poder Público
com o propósito de frustrar e inviabilizar a concretização de políticas públicas definidas no
próprio texto constitucional, encontrando limite insuperável na garantia constitucional do
mínimo existencial.
Alternativa E: Alternativa que se mostra incorreta e que deve ser marcada pelo
candidato, já que não demonstra o entendimento do Supremo sobre as ações afirmativas.
Como podemos ver, no julgamento da ADPF 186, a Corte destacou o aspecto transitório
das ações afirmativas, já que se constituem em uma importante ferramenta para a superação
da igualdade meramente formal, de forma a representar a transição para a igualdade material
ou substancial.
Assim, vemos que o Supremo Tribunal Federal ratifica que as ações afirmativas
possuem caráter transitório.
- GABARITO DA QUESTÃO: E.
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CURSO PA R A A
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29 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
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Alternativa C: Alternativa que se mostra incorreta e que deve, portanto, ser marcada
pelo candidato.
Com efeito, a hipótese afirmada se constitui em uma exceção onde não irá acontecer
a perda de objeto do ato impugnado. Assim, não haverá perda do objeto e a ADI deverá ser
conhecida e julgada, quando ficar demonstrado que o conteúdo do ato impugnado foi repetido,
em sua essência, em outro diploma normativo, conforme decidiu o STF na ADI 2418/DF.
Alternativa E: Alternativa que traz uma afirmativa verdadeira, conforme tem decidido
o Supremo acerca do tema.
Conforme STF (info. 890), o autor deverá aditar a petição inicial demonstrando que a
nova redação do dispositivo impugnado apresenta o mesmo vício de inconstitucionalidade que
existia na redação original.
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
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CURSO PA R A A
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30 - QUESTÃO:
Acerca das Súmulas vinculantes e sua previsão constitucional e legal, marque a alternativa
incorreta:
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
A primeira alternativa está correta, trazendo uma disposição literal da Lei 11.417, ao
prever a possibilidade de manifestação de terceiros. Conforme está disposto:
71
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
DELTA-ES
Alternativa C: Mais uma alternativa correta, uma vez que traz a literalidade do artigo
4º da Lei 11.417.
Assim, a súmula vinculante possui efeito imediato, mas o Supremo, por decisão de
2/3 de seus membros, poderá restringi-los ou decidir que os efeitos serão futuros, diante de
razões de segurança jurídica ou excepcional interesse público. Conforme dispõe a Lei 11.417:
72
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
DELTA-ES
Alternativa E: Alternativa que se encontra incorreta e deve ser marcada pelo candidato.
Com efeito o recurso extraordinário não é viável para discutir ato judicial que contrarie súmula
vinculante.
- GABARITO DA QUESTÃO: E.
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CURSO PA R A A
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DELTA-ES
31 - QUESTÃO:
a) A inconstitucionalidade por omissão parcial ocorre quando há uma atuação estatal, porém
esta se mostra deficiente ou insuficiente.
b) No direito pátrio, a inconstitucionalidade superveniente não é reconhecida, de forma
que a hipótese é tratada como problema de direito intertemporal, de forma a haver a não
recepção ou revogação.
c) A inconstitucionalidade consequencial ocorre quando o vício é decorrente do desrespeito
direto à uma norma infraconstitucional, sendo, portanto, primeiramente ilegal e,
consequentemente, inconstitucional.
d) O vício formal, via de regra, gera uma inconstitucionalidade total, no que diz respeito ao
seu alcance, não sendo possível aproveitar qualquer aspecto da norma.
e) Conforme expõe a doutrina, a inconstitucionalidade parcial poderá converter-se em total
quando o preceito constitucional fizer parte de uma regulamentação global, onde dava
sentido e justificação.
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
74
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
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Alternativa C: Aqui temos a alternativa falsa e que deve ser marcada pelo candida-
to, já que foi confundido os conceitos de inconstitucionalidade reflexa e inconstitucionalidade
consequencial.
Como exemplo, podemos citar uma lei constitucional e um decreto que desrespeita
esta lei, sendo este último primariamente ilegal e, reflexamente, inconstitucional.
Alternativa E: Aqui também temos uma alternativa correta, conforme nos explica a
doutrina, já que há a possibilidade de que uma inconstitucionalidade parcial se converta em
uma inconstitucionalidade total.
Isso se dá nos casos em que as normas restantes, ainda que conformes à Constituição,
deixem de ter qualquer significado autônomo, ou seja, não sobrevivam independentemente
(critério da independência), ou quando o preceito constitucional fizer parte de uma
regulamentação global à qual emprestava sentido e justificação (critério de interdependência).
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
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CURSO PA R A A
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32 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa B.
- PONTO DO EDITAL: 15. Ordem social. 15.1. Base e objetivos da ordem social. 15.2. Seguridade
Social. 15.3. Educação, cultura e desporto. 15.4. Ciência e tecnologia. 15.5. Comunicação social.
15.6. Meio ambiente. 15.7. Família, criança, adolescente e idoso. 15.8. Índios.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa B: Aqui temos a alternativa correta e que deve ser marcada pelo candidato,
de acordo com o que dispõe a Constituição Federal, tanto no artigo 232, como no artigo 109,
inciso IV.
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CURSO PA R A A
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Com efeito, o meio ambiente ecologicamente equilibrado foi erigido como direito
fundamental pela Constituição de 1988, com a previsão de medidas preventivas, com tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental.
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CURSO PA R A A
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- GABARITO DA QUESTÃO: B.
78
CURSO PA R A A
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DIREITOS HUMANOS
PROF. LEONARDO MIRANDA
33 - QUESTÃO:
Acerca do que dispõe o Pacto de San José da Costa Rica, marque a alternativa que não consta
do referido tratado.
a) À pessoa maior de setenta anos, no momento da perpetração do delito, não se deve impor
a pena de morte.
b) A aplicação da pena de morte deve permanecer suspensa enquanto o pedido de anistia,
indulto ou comutação da pena não tenha sido examinado pela autoridade competente.
c) Caso o Estado Parte tenha abolido a pena de morte em seu território, ela só poderá ser
restabelecida em situações excepcionais, previstas expressamente.
d) De acordo com o Pacto de San José da Costa Rica, há uma proibição de pena de morte a
crimes políticos e crimes conexos com estes.
e) Os Estados Partes possuem o compromisso de adotar medidas legislativas ou de outra
natureza de forma a tornar efetivo os direitos e liberdades previstos no Pacto.
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
79
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
DELTA-ES
Como podemos ver, há uma proibição da pena de morte a crimes políticos e crimes
conexos com este. Assim:
Alternativa E: Temos aqui uma alternativa verdadeira, já que traz afirmação correta
acerca do que se encontra disposto no Pacto de San José da Costa Rica.
80
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
DELTA-ES
De fato, o Artigo 2 traz o dever de adotar disposições de direito interno, de forma que
o Estado Parte tem a obrigação de legislar e agir para garantir os direitos e liberdades previstos
no Pacto.
- GABARITO DA QUESTÃO: C.
34 - QUESTÃO:
Acerca do que dispõe a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis,
Desumanos ou Degradantes, marque a alternativa correta:
a) A Convenção não traz a definição sobre o que se entende por tortura, deixando a cargo dos
Estados essa conceituação.
b) A mera negligência do agente público é apta para caracterizar a tortura, de acordo com o
que dispõe a Convenção.
c) A proibição do rechaço prevê a possibilidade de extradição de uma pessoa para outro
Estado, ainda que exista um perigo de ela ser submetida à tortura.
d) É possível invocar, como justificativa, circunstâncias excepcionais ou emergências públicas,
para cometer o ato de tortura.
e) Para os fins da Convenção, a tortura possui quatro elementos definidores, que são a
natureza do ato, o dolo do torturador, a finalidade e o envolvimento direto ou indireto do
agente público.
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
81
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
DELTA-ES
Como se vê:
PARTE I.
Artigo 1 1. Para os fins desta Convenção, o termo “tortura” designa
qualquer ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental,
é infligido intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela
ou de uma terceira pessoa informações ou confissão; de puní-la por um
ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de
ter cometido; de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por
qualquer razão baseada em discriminação de qualquer espécie, quando
tal dor ou sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra
pessoa atuando no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação
dele ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará
como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência, inerentes
ou decorrentes de sanções legítimas.
Nesse sentido, atos omissivos são capazes de caracterizar a tortura, como por
exemplo a privação de sono, alimento etc. Mas deve haver um dolo do torturador, de forma que
a mera negligência não é suficiente para caracterizar a tortura.
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CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
DELTA-ES
Alternativa E: Temos aqui a alternativa correta e que deve ser marcada pelo candidato,
já que a Convenção apresenta os elementos definidores do conceito de tortura.
Como nos informa André de Carvalho Ramos, para a Convenção, há quatro elementos
definidores do conceito de tortura. Assim, temos presente a natureza do ato, o dolo do torturador,
a finalidade e o envolvimento direto ou indireto de agente público.
- GABARITO DA QUESTÃO: E.
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CURSO PA R A A
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DIREITO CIVIL
PROFA. RENATA PEREIRA
35 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa C.
- COMENTÁRIOS:
Tais dispositivos foram alterados pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei
13.146/15) que tem como premissa a igualdade, inclusão com autonomia e vedação da
discriminação, reconhecendo, em nosso sistema jurídico, a capacidade a pessoa com deficiência.
84
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
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Art. 3º, CC antes da Lei 13.146/15 Art. 3º, CC após da Lei 13.146/15
Art. 3º. São absolutamente incapazes Art. 3º. São absolutamente incapazes
de exercer pessoalmente os atos da de exercer pessoalmente os atos da
vida civil: vida civil os menores de 16 (dezesseis)
I - os menores de dezesseis anos; anos.
II - os que, por enfermidade ou I - (Revogado).
deficiência mental, não tiverem o II - (Revogado).
necessário discernimento para a III - (Revogado).
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa
transitória, não puderem exprimir
sua vontade.
Art. 4º, CC antes da Lei 13.146/15 Art. 4º, CC após da Lei 13.146/15
Art. 4º. São incapazes, relativamente Art. 4º. São incapazes, relativamente
a certos atos ou à maneira de os a certos atos ou à maneira de os
exercer: exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores I - os maiores de dezesseis e menores
de dezoito anos; de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados II - os ébrios habituais e os viciados
em tóxicos, e os que, por deficiência em tóxico;
mental, tenham o discernimento III - aqueles que, por causa transitória
reduzido; ou permanente, não puderem
III - os excepcionais, sem exprimir sua vontade;
desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos.
IV - os pródigos.
Ademais, as pessoas que por causa transitória ou definitiva não puderem exprimir
vontade, deixaram de ser consideradas absolutamente incapazes e passaram a ser consideras
relativamente incapazes.
Por fim, as pessoas com discernimento reduzidos, por deficiência mental deixaram
de ser consideradas relativamente incapazes.
85
CURSO PA R A A
PROVA O BJE T I VA
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A assertiva está incorreta porque menciona a redação do art.4º, CC, que trata dos
relativamente incapazes, porém com a redação antiga, anterior às alterações promovidas pelo
Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15).
A assertiva está incorreta porque apresenta a antiga redação do art. 3º, CC que
elencava as pessoas consideradas absolutamente incapazes e que teve o inciso II (“os que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses
atos”) revogado e o inciso III transferido para o art. 4º, passando a considerar relativamente
incapazes “os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade”.
A assertiva menciona a antiga redação do art. 4º, III, CC (“os que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos”) que foi
revogado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15).
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- GABARITO DA QUESTÃO: C.
36 - QUESTÃO:
a) Considera-se domicílio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residência com
ânimo definitivo e também, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é
exercida. Admitindo-se para a pluralidade de domicílios em ambos os casos.
b) Considera-se domicílio da pessoa jurídica com sede no estrangeiro o local em que eleger,
no Brasil, como domicílio especial.
c) Considera-se domicílio do servidor público o lugar em que exerce de forma permanente ou
transitória suas funções.
d) Considera-se domicílio do marítimo o lugar onde o navio estiver atracado.
e) Considera-se domicílio do preso o lugar em que a sentença condenatória foi proferida.
- RESPOSTA: Alternativa A.
- COMENTÁRIOS:
Art. 70, CC. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a
sua residência com ânimo definitivo.
Art. 71, CC. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde,
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
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O domicílio das pessoas jurídicas com sede no estrangeiro está previsto no art. 75,
§2º, CC e não corresponde à afirmativa contida nesta alternativa.
O domicílio do servidor público está previsto no art. 76, parágrafo único e não inclui
o local em que exerce suas funções de forma transitória, apenas permanente.
O domicílio do marítimo, previsto no art. 76, parágrafo único é o local onde o navio
encontra-se matriculado e não atracado, como a assertiva afirma.
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- GABARITO DA QUESTÃO: A.
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MEDICINA LEGAL
PROF. IGOR VIALLI
37 - QUESTÃO:
O espectro equimótico é:
- RESPOSTA: Alternativa B.
- COMENTÁRIOS:
Após isso, adquire a coloração AMARELADA (décimo e décimo quinto dia), até o
desaparecimento por completo da equimose.
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Alternativa B: Correto!
Alternativa C: Errado!
Seja como for, pela característica das lesões punctórias (perfurações), não há relação
com o espectro ora tratado.
Alternativa D: Errado!
- GABARITO DA QUESTÃO: B.
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38 - QUESTÃO:
a) É o ramo da Medicina Legal que trabalha com as lesões praticadas tanto em vivos quanto
em mortos.
b) Os fenômenos cadavéricos sempre são abióticos.
c) A saponificação é um exemplo de fenômeno cadavérico abiótico.
d) As lesões causadas em vida possuem as mesmas características das causadas após a morte.
e) O conteúdo do estômago do indivíduo pode ajudar a esclarecer o tempo de morte.
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Errado!
Alternativa B: Incorreto!
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Diz-se que a rigidez muscular é perceptível após a primeira hora da morte e tem seu
ápice por volta de 6 a 8 horas após da morte, podendo perdurar por um dia ou mais. Pode
ocorrer, ainda, espasmo cadavérico, que nada mais é do que a rigidez abrupta, sem relaxamento
do músculo. A rigidez geralmente começa pela região do maxilar e mandíbula, após atinge a
nuca e o tronco, depois membros superiores e inferiores.
Alternativa C: Errado!
Os destrutivos são os seguintes: (i) autólise: ação das enzimas para destruição das
células, em razão da falta de oxigênio; (ii) maceração: aqui é exclusivo dos corpos encontrados
em ambientes líquidos, como a água, ocasiões em que ocorre uma deformação do corpo pela
flacidez das partes, aspecto amolecido; (iii) putrefação: decomposição através das bactérias,
dependendo de fatores intrínsecos (idade, causa mortis) e extrínsecos (ambiente, temperatura).
A putrefação é dividida em fase cromática (ocorre o aparecimento de uma mancha esverdeada,
geralmente iniciada pela região do abdômen), fase gasosa (formam-se bolhas de ar e gases no
corpo, dando aspecto de “inchado”, e fase esqueletização (partes moles vão sendo destruídas e
consumidas, até que só restem os ossos).
Os conservadores, por fim, podem ser a (i) saponificação, que consiste no processo
de transformação do cadáver em substância de consistência untosa, mole, quebradiça e
gordurosa, geralmente ocasionada a partir do terceiro mês de morte e a (ii) mumificação, que
é basicamente a desidratação do cadáver que acarreta na desaceleração da ação bacteriana,
“conservando-o” por mais tempo e atrapalhando a putrefação. Caso a mumificação seja
artificial, como no antigo Egito, há o chamado “embalsamento”.
As lesões causadas após a morte, por sua vez, são despidas de tais características.
Não há coagulação, sangramento, certo que as bordas são irregulares ou “moles”.
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Alternativa E: Correto!
- GABARITO DA QUESTÃO: E.
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LEGISLAÇÃO POLICIAL
PROF. IGOR VIALLI
39 - QUESTÃO:
- RESPOSTA: Alternativa E.
- COMENTÁRIOS:
Alternativa A: Colegas!
O caput do artigo 225, com efeito, apenas ressalta que “o servidor público responde
civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de suas atribuições”. O parágrafo
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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Alternativa E: Errado!
Todavia, não apenas a conclusão pela inexistência do fato, mas também a conclusão
pela negativa de autoria na esfera criminal também afasta a responsabilidade civil ou
administrativa do servidor público.
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- GABARITO DA QUESTÃO: E.
40 - QUESTÃO:
Marque aquela alternativa que não traduz um dever do servidor público civil, nos termos da
LC n. 46/94:
- RESPOSTA: Alternativa D.
- COMENTÁRIOS:
Ser assíduo e pontual ao serviço e guardar sigilo sobre assuntos da repartição são os
dois primeiros deveres previstos, respectivamente, nos incisos I e II do artigo 220.
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Nos termos do inciso VII, é dever do servidor obedecer às ordens superiores, exceto
quando manifestamente ilegais.
Alternativa E: Certo!
- GABARITO DA QUESTÃO: D.
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