Você está na página 1de 11

2

Cristóvão José Andrade

Importância do estudo e conhecimento do pensamento para minha construção


profissional
Licenciatura em ensino de Geografia

Universidade Licungo
Beira
2020
3

Cristóvão José Andrade

Importância do estudo e conhecimento do pensamento para minha construção


profissional
Licenciatura em ensino de Geografia

Docente:
Dr. Edú Manuel

Universidade Licungo
Beira
2020
4

1. Definição do pensamento

O pensamento é um processo mental psicológico, através do qual eu como estudante posso criar,
regular e desenvolver ideias sobre mim mesmo, sobre o ambiente ao meu redor e também sobre
os outros. O pensamento que eu como estudante universitário adopto tem diferentes
características individuais e se desenvolvem ao longo do tempo.
Um pensamento sempre será acompanhado de outros tipos de processos mentais que tem uma
estreita relação com as emoções que são regulados pelo sistema límbico.
Eu, estudante universitário como outros seres humanos tenho capacidade de pensar que
desenvolvem com maior ou menor nível de alcance dependendo das minhas experiencias de
vida. Logo, posso afirmar que o meu modo de pensar foi criado evoluirá ao longo do tempo
devido aos diferentes desafios, situações que irei enfrentar durante a minha construção
profissional. Por outras palavras, o meu pensamento não é estático, esta sempre em
desenvolvimento. A forma que hoje eu penso não é igual a forma que eu pensava na minha
infância, no meu ensino primário, até mesmo no ensino secundário.
Segundo Morrente (1972), ‘’ a finalidade do Homem e realizar sua natureza, e os que constituem
sua natureza, aquilo que distingue o Homem de qualquer outro ser, é o pensamento. O acto
humano por excelência é pensar.’’
Com estas palavras eu posso dizer que, se eu não realizasse a minha natureza, então não seria o
que sou hoje (Estudante). Se hoje sou estudante universitário, é porque um dia eu pensei nisso.
Pensar é o que me fez ser estudante universitário e pensar me fará um grande profissional.

1.1 Tipos do pensamento

De acordo com a psicologia existem 9 tipos de pensamento, nomeadamente:


 Pensamento reflexivo;
 Pensamento crítico;
 Pensamento analítico;
 Pensamento lógico;
5

 Pensamento sistémico;
 Pensamento analógico;
 Pensamento Criativo;
 Pensamento deliberativo;
 Pensamento prático.

 Pensamento reflexivo: é uma actividade característica dos seres racionais, os Homens.


Ajuda-me como estudante universitário a planejar de maneira ordenada e de forma mais
consciente o meu comportamento de acordo com as minhas espectativas. É lógico afirmar
que é por meio da educação que se desenvolve em o pensamento reflexivo, pois e ela, a
escola que deve garantir o desenvolvimento deste pensamento em mim.

 Pensamento crítico: refere-se a investigação, análise e avaliação do conhecimento; e


com base neste pensamento que eu como estudante universitário, pensador, procuro ainda
questionar os resultados que encontro, para ter a certeza de que a resposta que encontrei é
verdadeira ou não, isto é, para evitar pensar como alguém que não passou por uma
formação (pensar como criança). Ter um pensamento crítico não é ser fanático, é o que
me faz ser um bom estudante universitário.

 Pensamento analítico: este pensamento ajuda-me a entender melhor uma situação,


classificando e ou organizando a realidade para que eu possa processa-las da melhor
forma. Me ajuda a resolver com mais prudência, situações ou problemas financeiros,
trabalhos de pesquisa, com atenção e flexibilidade.

 Pensamento lógico: este baseia-se na expressão das ideias de maneira ordenada, são
fundamentalmente baseadas nas regras que já estão estabelecidas por um sistema logico,
portanto, é um pensamento sistemático. Eu como estudante universitário sou uma
referência na minha família, no meu bairro, na minha comunidade, entre outros lugares,
sendo assim, eu tenho que pensar de uma forma lógica para fazer sentir o orgulho a
minha comunidade em geral, não só, a minha construção profissional terá êxito.
6

 Pensamento sistémico: refere-se a minha capacidade de compreender as relações que os


diferentes elementos que compõe um sistema. Eu como estudante universitário tenho que
possuir e conhecer este tipo de conhecimento.

 Pensamento analógico: é indispensável para quase toda a actividade profissional, refere-


se a organização de ideias com finalidades de realizar comparação entre elas. Como
estudante universitário tenho que ter a capacidade de criar ideias, não só, a fazer
comparações, isto é, para saber se elas irão ajudar na minha construção profissional. Há
casos em que penso em fazer alguma coisa, mas também tenho que saber se isto irá
ajudar ou não. Se isto for positivo então vale pena aplicar.

 Pensamento criativo: refere-se a produção de novas ideias, experiencias, realidades. Eu


como estudante universitário adoptam este pensamento, e acredito que tudo é possível,
com este tipo de pensamento me torno flexível e original (Inabaláveis). Este pensamento
me cria uma motivação e a olhar as dificuldades como oportunidade. Com este
pensamento as barreiras são invisíveis, por mais que o que quero alcançar seja muito
difícil, isto não me importa. Na verdade quando pensamos em fazer alguma coisa que
muitos acham impossível sempre aparecem pessoas para nos enfraquecer e nos tirar o
foco, por exemplo um país pobre como Moçambique, pensar em ser piloto numa família
sem nenhuma condição financeira é como se fosse uma loucura, mas se a pessoa ter um
pensamento criativo ela não se abala e joga fora todas as palavras que não lhe motivam.
O mesmo aconteceu e está acontecendo comigo, no dia em que decidi fazer inscrição
nesta universidade alguns dos meus amigos não se contentaram, alguns me pressionavam
a fazer um curso técnico num instituto com pelo menos a duração de 1 a 2 anos, mas com
este pensamento joguei toda palavra que não tinha nenhuma motivação para trás de mim.

 Pensamento deliberativo: refere-se ao modo de como eu como estudante universitário


tomo as minhas decisões, isto é, influencia-me na tomada de decisão. Este pensamento se
fez sentir em me no momento em que tomei a decisão para se inscrever na Universidade
7

Licungo. Em algumas vezes as decisões podem não ser positivas assim como eu penso,
mas é o que me influencia na tomada de decisões.

 Pensamento prático: é um tipo de pensamento, raciocínio responsável pela aplicação


dos conhecimentos adquiridos. Ajuda-me a realizar aquilo o que aprendo. Depois da
minha formação eu serei um licenciado, e este pensamento me fara aplicar o meu
conhecimento no meu posto de trabalho como professor. Este pensamento é que me ajuda
na realização dos testes e exames. Como estudante eu tenho anseio se aplicar o que
aprendo em casa, no bairro e na comunidade em geral.

2. Importância do estudo e conhecimento do pensamento para minha


construção profissional

2.1 Importância do pensamento

Para minha formação ou construção profissional é muito fundamental o estudo e


conhecimento do pensamento. Pois, um dos objectivos ao pensar é discutir a relevância
dos saberes filosóficos no ensino superior, evidenciar a reflexão a cerca do ensino
superior, visando explicar sua presença dos cursos universitários especialmente sua
relevância para minha construção profissional. Este estudo permite-me a possibilidade de
construir sentidos e significados para realidade de que fazem parte.
Acredito que o conhecimento do pensamento norteia a reflexão a cerca da minha
existência como estudante, o que envolve a construção de significados para minha acção,
para meu pensar, para buscar o conhecimento. A partir desta abordagem, vejo que há uma
grande relação entre o conhecimento do pensamento e minha construção no âmbito
académico.

Vale salientar que a educação superior não pode exaurir-se no perfil de profissionalização
técnica, ela deve servir de base para minha formação como estudante universitário e
atentar para a percepção do papel do conhecimento no processo histórico da minha
construção profissional.
8

Com este estudo, agora sei que o pensamento assume um papel muito importante ao ser
inserida na grade curricular do meu curso fora do universo puro da reflexão
epistemológica, esta está presente na minha formação académica, sobre tudo porque
reúne elementos que contribuem substancialmente para construção profissional na
medida em que contextualiza o pensar nas diversas áreas do conhecimento.

“Viver sem pensar é como ter os olhos fechados sem jamais fazer um esforço por abri-
los…e o prazer de ver todas as coisas que nessa vista descobre não é comparável a
satisfação que da o conhecimento daquelas que se encontra em filosofia; e o estudo é
mais regular na vida que o uso de nossos olhos para guiar os nossos passos. ” (Descartes,
INTRODUCAO AO PENSAR,2010.pg 38).
Desta forma eu como estudante universitário possuo os pensamentos acima mencionados,
a diferencia é que a minha forma de pensar é particular, o que eu penso não é o que as
outras pessoas pensam. Para estar na mesma linhagem com Descartes, eu posso afirmar
que os meus olhos estão abertos por que penso.

A relação do pensamento com o meu mundo académico é maior porque minha reflexão
exercita o pensar e criar o questionamento da percepção da condição humana. Exemplo: o
que faz a filosofia uma ciência é a sua capacidade de reflexão filosófica que incide na
possibilidade de caracterizar, questionar, perceber os limites pressupondo uma
provocação para ir além de intencionar as proposições. Isso porque os saberes do
pensamento dão um processo de problematização, discutem o saber e assim estabelecem
relações comigo como estudante e a produção do conhecimento lida com a razão que
presume na categoria de ideias.

A justificativa da necessidade dos fundamentos do pensamento no ensino superior


encontra-se na finalidade da educação com a minha formação integral uma vez que a
academia pressupõe também o fomento e o subsídio do desenvolvimento da
racionalidade do estudo e conhecimento na formação ou construção profissional. Na
9

medida em que se toma pensamentos positivos as nossas atitudes mudam e nos sentimos
mais motivados e sentimos mais força de alcançar os nossos sonhos e atingir os nossos
objectivos. É sempre bom pensar positivo, porque os pensamentos negativos não ajudam
na nossa construção profissional. Pensar negativo é o que bloqueiam a nossa motivação.
10

3. Emoções
Emoção é uma sensação que se manifesta em forma de sentimento. Algo que sai do interior para
o exterior.
PINTO diz que a emoção é uma experiencia subjectiva que envolve a pessoa toda, a mente e o
corpo. É uma reacção complexa desencadeada por um estímulo ou pensamento envolve reacções
orgânicas e sensações pessoais. É uma resposta que envolve diferentes componente,
nomeadamente uma reacção observável, uma excitação psicológica, uma interpretação cognitiva
e uma experiência subjectiva (2001).

Geleman diz:” emoção refere-se a um sentimento e aos raciocínios aí derivado, estados


psicológicos e biológicos, e o leque de propensões para acção. Há centenas de emoções incluindo
respectivas combinações, variações, mutações e tonalidades (1997).

Uma definição de emoção numa simplificação do processo neurobiológico, conforme Damásio


diz: que numa variação psíquica e física, desencadeada por um estímulo subjectivamente
experimentada e automática e que coloca no estado de resposta ao estímulo, ou seja as emoções
são meio natural de avaliar ambiente que nos rodeia e de reagir de forma adaptativa. (2000)

3.1 Relação e diferença entre emoção e sentimento


Na verdade, nota-se uma grande confusão dos conceitos da emoção e sentimentos por serem
processos que se relacionam, no entanto são diferentes entre si, e são usados deserta forma como
se fossem mesmos conceitos.

Segundo Damásio, o que distingue essencialmente sentimento da emoção é: enquanto a primeira


é orientada para o interior o segundo é eminentemente exterior; por outra o individuo
experimenta a emoção da qual surge o “efeito” interno, o sentimento. Os sentimentos são
gerados por emoções e sentir emoção significa ter sentimentos. Na sua relação, Damásio ainda
diz que apesar de alguns sentimentos estarem relacionados com as emoções, existem muitos que
não estão. Portanto, se estivermos bem atentos, nem todos sentimentos provem de emoções
(2000).
11

3.2 Classificação das emoções


Na classificação das emoções, podemos devidamente dividi-los em:
 Emoções Primárias;
 Emoções Secundárias.

Emoções Primárias
São inatas evolutivas e partilhadas por todos.

Emoções Secundárias
São sociais e resultam da aprendizagem.

Emoções Primárias: medo, a raiva, a tristeza e a alegria.

De acordo com Abreu, as emoções primárias podem ser adaptativas ou desadaptavas.


Emoções primárias adaptativas são: a raiva, tristeza e medo. Tas emoções possuem uma relação
co, a sobrevivência e ao bem-estar psicológico. São aquelas rápidas quando aparecem e mais
velozes ainda quando partem. As emoções primárias desadaptavas são expressadas de maneira
intensa ou equivocadas e frequentemente se arrependem (2005).

3.3 Emoções Secundárias: ciúme, inveja e vergonha.

São estados efectivos de estruturas e concluídos mais complexos que as primárias. Na realidade
as emoções secundárias embora levem o nome de “emoções”, já se constituem sentimentos
sensórias.

Segundo Abreu, as emoções secundárias tornam-se então uma categoria de emoções usadas
pelos indivíduos para se proteger das primárias que muitas vezes são vergonhosas, ameaçadoras,
embaraçosas ou dolorosas por natureza.

Exemplo: uma pessoa pode estar deprimida, mas com a capacidade de cobrir sua depressão, ou
seja quando se procura evitar ou negar aquilo que esta sentindo neste sentindo estas emoções
tornam-se respostas ou evitações das emoções primárias.
12

Funções das emoções

Para Demasio emoção tem duas formas biológicas: a primeira produz uma reacção indutora e a
segunda função é Hemóstase, regulando o estado interno do organismo, visando esta reacção
específica, ou seja, são formas que a natureza encontrou para proporcionar aos organismos
rápidos e eficazes orientando para sua sobrevivência.

 As emoções preparam-nos e motivam-nos para acções;


 Possibilitam a avaliar os estímulos do ambiente de maneira rápida;
 Ajudam no controlo das relações sociais;
São formas de expressões típicas que indicam aos outros as próprias intenções.

Você também pode gostar