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O Livro Vermelho de Carl Gustav Jung e o

Lamento dos mortos


Por Dóris M. Fabiano

Perceber o mundo que nos cerca como um reflexo do nosso interior é algo que podemos tomar
consciência à medida que as sessões vão se aprofundando. Comparo este livro com o Livro Vermelho de
Jung lembrando dos comentários de Sonu Shamdasani, seu editor, em seu próprio livro Lamento dos
Mortos, também de James Hillman. Então Sonu e Hillman dialogam sobre o Livro Vermelho e da
importância de conhecermos e darmos voz às profundezas.

“E me parece que o livro oferece um caminho completamente diferente de perceber que o mundo do
dia é permeado pelo outro mundo – até nos pequenos detalhes, e que eles são sempre vozes
interiores...” (Shamdasani e Hillman, 2015, p. 33)

Colocar o ego de lado, deixar que as imagens evoluam em cenas espontâneas sem quase respirarmos
para não interferirmos nos acontecimentos é algo essencial para se obter a verdade sobre nós mesmos.
Os discursos das divindades soam tanta sabedoria que o respeito mínimo é apenas observá-los.

Sonu: “A relativização acontece exatamente a partir disso, que é permitir a emergência espontânea das
imagens, dar um passo atrás, e então tentar acompanhar, seguir o que acontece.

James: E ele dava crédito ao que vinha.

Sonu: Há uma ética muito poderosa aqui, de respeito às imagens e situações em que ele se encontrava.
Sua posição imediata, ao longo dessas cenas, diálogos, era que ele não estava certo. Sua posição
imediata era de que ele estava errado e de que essas figuras e situações iriam instruí-lo.

James: Elas sabem mais do que ele.” (Shamdasani e Hillman, 2015, p. 110)
“Todos os sistemas de pensamento esotérico, assim como todas as teologias populares, atribuem a
construção e o governo das diferentes partes do universo manifesto à mediação de seres inteligentes
que trabalham sob a instrução das Divindades. O pensamento moderno tentou escapar das implicações
desse conceito, reduzindo a manifestação a um assunto de mecânica; não o conseguiu, e parece não
estar muito longe a ocasião em que ela própria chegará a perceber que é a mente que está na raiz da
forma.

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