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Texto bíblico: 1ª Coríntios 2.

16:

Pois quem jamais conheceu a mente do Senhor,


para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente
de Cristo.

Nesta mensagem, intitulada “Temos a mente de Cristo” veremos como devem ser
as ações do cristão a partir daquilo que ocupa a sua mente.

O Apóstolo Paulo discorre sobre a sabedoria de Deus e a insignificância da


sabedoria humana. Ao termino desse discurso, ele trata do contraste entre o
homem espiritual com aquele que não tem o Espírito Santo, concluindo que a
sabedoria meramente humana é tão insignificante que “o homem natural não
entende as coisas espirituais” (versículo 14).

Por tal razão, ele faz a seguinte pergunta: “Quem conheceu a mente do Senhor
para que possa instruí-lo?”, e, em seguida, afirma que “Nós temos a mente de
Cristo.”.

Nas palavras de Leon Morris1 – comentarista da 1ª Carta aos Coríntios – Ele não
está obviamente, querendo dizer que nós sejamos capazes de compreender os
pensamentos do Senhor Jesus, mas, que o homem espiritual não vê as coisas a
partir de suas perspectivas, e sim, das de Cristo.

Isto quer dizer que um cristão:

1) Pensa como Cristo – Anthony Palma2 ensina que “Pelo fato de cada crente ser
interiormente habitado pelo Espírito e por Cristo, não têm a mente ou o espírito do
mundo. No plano ideal são controlados pela mente ou Espírito de Cristo.”.

O mesmo Apóstolo Paulo ensina aos Filipenses, no capítulo 4, versículo 8, que:

“tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável,


tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o
que ocupe o vosso pensamento”.

1
MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. São Paulo: Cultura Cristã, 2005, p. 49.
22
ARRINGTON, French L. e STRONSTAD, Roger (Editores). Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento.
2 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 944.
Em outras palavras Paulo afirma que quando o pensamento de uma pessoa é
ocupado com as coisas acima relatadas, essa pessoa age conforme o que ocupa
sua mente. Consequentemente, ela demonstra ser cristã.

2) Age como Cristo – o Apóstolo Pedro, ao escrever aos cristãos da dispersão


assim se pronunciou:

21. Porquanto para isto mesmo fostes chamados,


pois que também Cristo sofreu em vosso lugar,
deixando-vos exemplo para seguirdes os seus
passos,

Roger Stronstad3 comenta o texto acima, a firmando que “Em sua saudação,
Pedro havia observado que, em geral, seus leitores foram escolhidos ou
chamados para obedecer a Jesus Cristo. Agora, ao se dirigir aos escravos cristãos
de sua audiência, observa que ‘para isto sois chamados’ (...) O sofrimento de
Jesus não foi apenas para salvar – em seu nome – mas foi também um
exemplo...”

Os escravos cristãos estavam sofrendo, injustamente, por fazerem a coisa certa.


Então Pedro mostrou-lhes que Jesus também tinha sofrido injustamente – sem
revidar – servindo de parâmetro para as ações dos cristãos futuros.

O Apóstolo João, por sua vez, ao discorrer sobre o amor afirma que:

1ª João 3:16: “Nisto conhecemos o amor: Que


Cristo deu a vida por nós e nós devemos dar a
vida pelos irmãos”.

Ou seja, “nós sabemos que alguém está verdadeiramente amando as pessoas


que lhe cercam quando ela ama da mesma forma que Cristo amou, sem medir
esforços para demonstrar esse amor, sem se preocupar com os seus próprios
interesses, sem usar de artifícios ardis para conseguir seus objetivos”.

O que tanto o texto escrito por João, quanto o escrito por Pedro têm em comum?
Os cristãos devem ter como paradigma, em suas ações, as ações de Cristo.

O Cristão que tem a mente de Cristo demonstra isso em suas ações.

3 33
ARRINGTON, French L. e STRONSTAD, Roger (Editores). Comentário bíblico pentecostal: Novo
Testamento. 2 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1.710.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude a vivenciar os seus
ensinamentos

Seja abençoado(a)

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