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FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA

GEAN FELIPE LIEBL

PRODUÇÃO TEXTUAL

São Bento do Sul


2020
GEAN FELIPE LIEBL

PRODUÇÃO TEXTUAL

Trabalho apresentado à Universidade do Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial à aprovação
no 2º semestre do curso de Formação Pedagógica em
Matemática

São Bento do Sul


2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................14
REFERÊNCIAS...........................................................................................................15
3

INTRODUÇÃO

Este trabalho faz uma alusão sobre o desenvolvimento do processo de ensino


aprendizagem da disciplina de Matemática ao longo do tempo.
A matemática antigamente era baseada na filosofia, nas observações do
cotidiano e no raciocínio lógico. Com o desenvolvimento das cidades e crescimento
dos povos, rebanhos e plantações, ela também foi se modificando, buscando
“modelos” que melhor explicar o esse avanço e também o desenvolvimento de
novas ferramentas, utensílios e construções.
Era objeto de estudo de grandes filósofos gregos e pensadores da
humanidade, somente tinha acesso a esse conhecimento os filhos dos nobres e dos
grandes senhores de terras, somente pessoas da alta sociedade tinham o “privilégio”
de aprender a matemática. Com o passar do tempo e o surgimento das escolas,
onde assim “todos” tiveram acesso a educação, a matemática passou a ser
ensinada, mas não com este nome, pois os estava dividida em lógica, algema,
geometria, onde cada uma destas eram ensinadas separadamente
No final do século XIX surgiu um movimento que buscou a socialização da
matemática, tornando seu ensinamento mais simplificado e pautado no cotidiano.
Neste trabalho há uma resenha sobre alguns aspectos deste movimento, sua
influencia no mundo e sua chegada ao Brasil. Também apresenta alguns pontos da
importância do estudo da geometria e da Teoria dos Conjuntos. Apresenta também
um modelo de plano de aula para ser trabalhado com o 7º ano do ensino
fundamental – anos finais abordando um tema de geometria plana e sua importância
no nosso cotidiano.
DESENVOLVIMENTO

Tarefa 1
Leitura dos artigos propostos e desenvolvimento da resenha sobre a
situação problema e o tema proposto.

RESENHA

O Movimento da Matemática Moderna (MMM) surgiu para transformar o


ensino da matemática que até os anos de 1950 tinha como base a matemática
clássica, o modelo euclidiano e a visão platônica, desta maneira direcionada para o
estudo do desenvolvimento da lógica dedutiva. Este movimento foi dividido em
fases, onde a primeira fase se iniciou no final do século XIX e se estendeu até o final
da 1ª Guerra Mundial, nesta fase surgiu uma associação que era composta por
professores de matemática que organizavam grupos de debates e defendiam a
modernização do ensino da matemática.

A segunda fase do MMM, foi mais duradoura e se estendeu até após o


término da 2ª Guerra Mundial, e foi marcada pela disseminação deste movimento a
partir da década de 1960. Nesta fase, durante o período de guerra, a modernização
da matemática foi amplamente discutida visando tornar sua aprendizagem menos
complexa e mais contextualizada nas escolas para que assim todos os alunos
tivessem acesso. Dentre os que mais se destacaram nesta fase foram os
matemáticos Franceses.

O MMM ganhou força quando os russos em meados de 1950 lançaram o


Sputinik (foguete), despertando assim interesse nos demais países em buscar e
desenvolver novas tecnologias, mas para isso, era essencial o estudo da
matemática de uma maneira mais simplificada e acessível a todos. Demais
mudanças ocorridas ao longo do tempo como a expansão das industrias de
manufatura, comércios e busca por novas tecnologias também propiciaram o avanço
do MMM.

A área matemática só foi concretizada na escola como uma disciplina depois


de 1930, porque até então os campos de geometria, álgebra e aritmética eram
considerados disciplinas especificas e portando ensinados separadamente.

O movimento da matemática moderna chegou ao Brasil na década de 1960, o


qual propiciou o surgimento de alguns grupos específicos, dentre eles o Grupo de
Estudo do Ensino da Matemática (GEEM) em São Paulo e o Núcleo de Estudo e
Difusão do Ensino da Matemática (NEDEM) no Paraná. Ambos os grupos ofertavam
cursos e treinamentos para professores de matemática e também publicaram alguns
livros. Sendo ambos extintos no final da década de 1970 com a extinção do MMM.

No contexto desta época, o Brasil passava por um momento de pós II Guerra


Mundial, o qual promoveu uma massificação do ensino básico, o aumento da
procura pelo ensino superior, grandes avanços tecnológicos e a modernização das
ciências, além da necessidade de uma mão-de-obra melhor qualificada, que
demandava de uma educação que atendesse a essa nova realidade. O país
passava de uma economia de base agropecuária para uma economia de base
industrial.

Segundo alguns autores o modelo proposto para o ensino da matemática


naquele momento estava associado há um novo contexto sócio econômico,
permitindo assim medir e prever. No Brasil, um dos grandes preconizadores do
MMM foi o professor Osvaldo Sangiorgi que era muito conceituado e possuía um
vasto currículo acadêmico e muito respeitado como escritor de livros ditáticos,
influenciando desta maneira outros professores da área a aderirem ao movimento.

Um dos marcos da reestruturação do ensino da matemática no Brasil se dá


com a introdução da teoria dos conjuntos que deveria ser ensinada a todos os níveis
de escolaridade, sendo um conteúdo unificador para a disciplina, e um dos primeiros
a ser ensinado na matemática.

Outro marco do MMM foi o estudo da geometria, pois as primeiras


necessidades do homem em relação a conhecimento da geometria esta
baseado em compreender o meio em que viviam, por isso o significado de
geometria derivado do grego se remete a medição de terra. Foi baseada em
observação de figuras, comparar tamanhos e formas e determinar distancias.
Uma das maiores necessidades do uso da geometria estava na delimitação de
terras, dando a elas o traçado e formas corretas e também cálculos relacionados
a volume e área.

A geométrica teve sua base no povo egípcio e babilônio, mas, segundo


Eves (1997), as mudanças políticas e econômicas ocorridas nos últimos séculos
do segundo milênio a.C. diminuíram o poder dessas nações, passando os
desenvolvimentos posteriores da geometria para os gregos. Para os gregos, os
fatos geométricos deveriam ser estabelecidos, não por procedimentos
empíricos, mas por raciocínio dedutivo, eles transformaram a geometria empírica
dos egípcios e babilônios em geometria demonstrativa.

O desenvolvimento do estudo da geometria remete a grandes


matemáticos gregos, mas apesar de toda a sua importância ela foi sendo
deixada de lado no currículo de ensino da matemática nas escolas,
primeiramente deixou de ser ensinada no ensino fundamental, passando a ser
lecionada apenas no ensino médio, onde em determinadas situações era muitas
vezes por outros conteúdos. Na matemática moderna, problemas que envolviam
figuras e espaços eram abordados por cálculos numéricos e algébricos. Já o
MMM enfatizou o ensino da geometria para colaborar com o desenvolvimento de
novos conhecimentos.

A geometria é usada para como ferramenta para compreender, descrever


e interagir com o espaço em que vivemos, é uma parte da matemática intuitiva,
permitindo ao aluno se basear em espaços reais para entender o pensamento
geométrico.

O MMM possibilitou o acesso a aprendizagem da matemática a todas as


classes socias, dessa maneira promoveu o desenvolvimento das cidades e de
novas atividades econômicas.
Tarefa 2.

PLANO DE AULA

TEMA: CIRCULO E CIRCUNFERENCIA

A circunferência e o circulo são figuras geométricas planas que aparecem


com frequência na natureza, possuem seus elementos e características especiais.
Uma circunferência é formada por pontos com distancias iguais a partir de um ponto
especifico. Já o circulo é a região interna da circunferência, dessa maneira a
circunferência é a extremidade e o circulo é a região delimitada pela circunferência.

CONTEÚDO
1. Elementos da circunferência:
1.1 Raio;
1.2 Diâmetro;
1.3 Corda.

2. Perímetro da circunferência.
3. Elementos do circulo:
3.1 Raio;
3.2 Diâmetro;
3.3 Corda.
4. Área do circulo

TURMA: 7º ANO

TEMPO PREVISTO: 4 aulas

OBJETIVOS
Objetivo geral: ensinar aos alunos as diferenças entre círculo e circunferência;
Objetivo especifico: demonstrar aos estudantes a aplicação pratica das
definições de círculo e circunferência e como pode ser observado no dia a dia.
METODOLOGIA

As aulas ministradas proporcionarão aos alunos a descoberta dos conceitos


sobre o tema por meio de investigações de objetos utilizados no dia a dia, seja para
lazer ou como instrumento de trabalho. As aulas serão trabalhadas com objetos
trazidos pelos alunos e a partir destes os conceitos serão adquiridos e trabalhados,
buscando sempre o porque das coisas.

DESENVOLVIMENTO

Inicialmente na primeira aula será trabalhadas as definições de círculo e


circunferência de maneira expositiva, fazendo uso do quadro branco e também de
Datashow, utilizando imagens de exemplos para melhor elucidar e facilitar a fixação
dos conceitos e seus respectivos cálculos. Começando a ser trabalhado os
elementos da circunferência, sendo que toda circunferência possui um raio, diâmetro
e corda.

O raio (r) da circunferência é um segmento de reta que une o centro (C)


da circunferência à sua extremidade (em azul). O segmento de reta que une as
duas extremidades da circunferência e passa pelo centro C é chamado de
diâmetro (d). Observe que o diâmetro é a soma do raio da circunferência, logo:

d=r+r

d = 2·r
Como pode ser visto, o diâmetro é o dobro do raio. Qualquer outro
segmento de reta que una dois extremos da circunferência e que não passe pelo
centro é chamado de corda.

 Exemplo

Determine o raio de uma circunferência que possui diâmetro igual a 20 cm.

Como o diâmetro é duas vezes o raio, temos:

Perímetro da circunferência

O perímetro da circunferência, também chamado de comprimento da


circunferência, será representado por C. Imagine realizar um corte em um ponto
qualquer da circunferência e “esticá-la” até que seja encontrado um segmento
de reta. O que vamos realizar agora é determinar o tamanho desse segmento de
reta.

O matemático e filósofo grego Arquimedes, em um de seus estudos,


percebeu que a razão entre o comprimento da circunferência ( C ) e o diâmetro
(d) sempre resultava em um mesmo número. Essa constante foi chamada de pi,
que é denotado pelo símbolo π. Dessa razão entre o comprimento de
circunferência e o diâmetro, podemos encontrar uma expressão que possibilita
determinar o comprimento da circunferência ou perímetro em função do raio.
Veja:

Sabemos que o diâmetro da circunferência é o dobro do raio, ou seja, d =


2r. Substituindo esse valor na expressão acima, teremos que o comprimento da
circunferência em função da medida do raio é:

C = π · 2r
C = 2πr
Usualmente, utilizamos o valor de pi como sendo 3,14.
 Exemplo
Determine o comprimento de uma circunferência de raio 25 cm.

Substituindo o valor do raio na fórmula, temos:


C = 2πr
C = 2(3,14)(25)
C = 157 cm
O que é o círculo?

A definição de círculo é decorrente da definição de circunferência, pois


um círculo é a região interna da circunferência. Fazendo um comparativo, temos
que a circunferência é a extremidade, e o círculo é toda a região delimitada por
essa extremidade. Veja a figura:

Toda a região pintada em azul é denominada círculo.


Elementos do círculo

 Como o círculo é uma região do plano determinada por uma circunferência,


os elementos do círculo coincidem com os elementos da circunferência, isto
é, ele também apresenta raio, diâmetro e corda. Veja:

Área do círculo

A área do círculo é a medida de toda região delimitada pela


circunferência. Considere um círculo de raio r:
A área do círculo é dada por:

 Exemplo
Um círculo possui raio igual a 5 cm. Determine sua área.
Resolução:
Substituindo o valor do raio na fórmula, temos:
A = π r2
A = (3,14) 52
A = 3,14 · 25
A = 78,5 cm2
Para a segunda aula será proposto aos alunos trazerem objetos de casa
relacionados aos conteúdos para então a partir dos objetos trazidos possamos
aplicar os conceitos aprendidos acerca do conteúdo e aplicarmos em algumas
situações praticas os cálculos aprendidos.
Na terceira aula serão trabalhados exercícios didáticos envolvendo definições
e cálculos, sendo realizados em grupos e também será feito o uso de jogos
eletrônicos sobre o tema estudado. A quarta aula será avaliativa de forma individual
escrita e oral fazendo diferenciação de imagens.

RECURSOS

Para aplicação destas aulas será feito uso do quadro branco da sala,
Datashow, sala informatizada da escola e objetos variados trazidos pelos alunos.
AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados durante cada aula mediante sua participação em


sala e interação com os colegas na realização das tarefas propostas. Os alunos que
apresentarem dificuldades de assimilação do conteúdo será considerado o seu
esforço de aprendizagem. Serão aplicados problemas matemáticos que deverão ser
resolvidos e grupos e na última aula será realizada uma prova individual e oral com
todos os alunos para verificar a fixação dos conteúdos trabalhados e sua associação
como cotidiano.

Referencias para o plano de aula

ANDRINI, Álvaro. Praticando a Matemática. 3ª ed. Ed. Brasil. São Paulo, 2012.
BONJORNO, J. R. et alii. Matemática: fazendo a diferença. 1ª Edição. São Paulo:
FTD, 2006. 4 v
Sites:
http://www.coladaweb.com/matematica/circunferenciahttp://educacao.uol.com.br/pla
nos-aula/fundamental/matematica-perimetro-do-circulo.jhtm
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização deste trabalho verificou-se as transformações do


processo de ensino aprendizagem da disciplina da matemática ao longo dos anos e
como ela modificou sua estrutura e ainda vem se modificando.
Foi observado que alguns conteúdos que hoje são essenciais para a
disciplina, por muitos anos não eram estudados em sala de aula. Ficou constatado
que o movimento da matemática moderna foi crucial para que a matemática
passasse a ser ensinada para todos dentro do ambiente escolar, onde inclusive o
Brasil teve sua grade escolar alterada com base nesse movimento.
REFERÊNCIAS

ANDRINI, Álvaro. Praticando a Matemática. 3ª ed. Ed. Brasil. São Paulo, 2012.

ARRUDA, J. P.(2011).Histórias e práticas de um ensino na escola primária:Marcas e


Movimentos da Matemática Moderna. 312f. Tese (Doutorado em Educação).
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

BONJORNO, J. R. et alii. Matemática: fazendo a diferença. 1ª Edição. São Paulo:


FTD, 2006. 4 v

EVES, Howard. Geometria: Tópicos de História da Matemática para uso em sala de


aula. Geometria Tradução Higino H Domingues. São Paulo, Atual, 1997.

MENDONÇA, Tiago Neves. O movimento da matemática moderna e a geometria


proposta para ensinar crianças em Minas Gerais: referencias e praticas de uma
professora de Juiz de Fora. Revista de História de Educação da Matemática.
Sociedade Brasileira de história da Matemática. 2018.

PIASESKI, Claudete Maria. A geometria no ensino fundamental. Monografia


apresentada para obtenção do grau de Licenciatura em Matematica. Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI. Erechim. 2010.

http://www.coladaweb.com/matematica/circunferenciahttp://educacao.uol.com.br/pla
nos-aula/fundamental/matematica-perimetro-do-circulo.jhtm

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