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CASO CONCRETO 1
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras
indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
1) Ricardo, menor inimputável, com 14 anos de idade, disse para Lúcio, maior de
idade, que pretendia subtrair aparelhos de som (CD player) do interior de um veículo.
Para tanto, Lúcio emprestou-lhe uma chave falsa, plenamente apta a abrir a porta de
qualquer automóvel. Utilizando a chave, Ricardo conseguiu seu intento. Na situação
acima narrada, quem é partícipe de furto executado por menor de idade responde
normalmente por esse crime? Fundamente sua resposta de acordo com teoria
adotada pelo Código Penal quanto à natureza jurídica da participação (135° Exame de
Ordem/SP – 2ª Fase Cespe/UnB).
Sim. De acordo com Luis Flávio Gomes, a participação é acessória. Sem a conduta
principal, não há que se falar em punição do partícipe. Quem é participe de furto
executado por menor responde normalmente pelo crime, porque a conduta principal
não precisa ser levada a cabo por agente culpável, bastando ser típica e ilícita,
segundo a teoria da acessoriedade limitada, que é a adotada pelo Código Penal.
2) Caio, com a intenção de matar, coloca na xícara de chá servida a Tício certa dose
de veneno. Mévio, igualmente interessado na morte de Tício, desconhecendo a ação
de Caio, também coloca certa dose de veneno na mesma xícara. Tício vem a falecer
por efeito combinado das duas doses ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente,
seria insuficiente para produzir a morte, segundo conclusão da perícia. Caio e Mévio
agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano, a intenção e a conduta do
outro (MPF- Procurador da República. 1ª Fase. XII Concurso)
a) Caio e Mévio respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado,
consumado.
b) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte.
c) Caio e Mévio respondem, cada um, por homicídio culposo.
d) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado.
Justificativa: Código Penal – Art 121 Matar Alguém | Parag. 2º Homicídio qualificado
– Inc. III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou que possa resultar em perigo comum. Tentativa, porque sem
que houvesse as duas dose de veneno não alcançaria o resultado, portanto seria
imprudente pre dizer qual dose matou Ticio.
3) Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal,
valendo-se da facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstancia
entretanto desconhecida de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto
do crime, quando são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo
apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que:
(Promotor de Justiça/SP)
a) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado.
b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados.
Justificativa: Art. 312, CP Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, no caso do funcionário público e
no caso do Eduardo Furto (Art. 155 do CP), até que o sujeito ativo (criminoso) não
tenha a posse mansa e pacífica da coisa furtada (ou seja, esteja tranquilo na posse,
manter o acusado preso em regime mais rigoroso do que aquele que eventualmente
lhe será imposto com a condenação, conforme art. 5°, XLVI da CF/88.
Questão n. 2 - Com relação à Teoria da Sanção Penal, analise as assertivas abaixo e
assinale a opção correta:
I. O ordenamento penal vigente adotou o sistema progressivo de execução de pena,
segundo o qual no curso cumprimento da pena preenchidos requisitos de natureza
objetiva e subjetiva estabelecidos em lei, o condenado poderá progredir de um regime
mais severo para outro menos severo de cumprimento de pena; todavia, é
inadmissível o contrário a regressão de regimes de cumprimento de pena de um
regime menos severo para outro mais severo de cumprimento de pena.
II. O réu primário e de bons antecedentes, condenado pela prática de crime hediondo
praticado anteriormente à alteração da Lei de Crimes Hediondos (Lei n.8072/1990)
pela Lei n. 11464/2007, cumprirá sua pena em regime integralmente fechado
III. O sistema penal brasileiro, consoante o disposto no art. 59, do Código Penal, em
relação às funções e finalidades da pena, adotou a Teoria Mista ou Unitária, segundo
a qual há a conciliação entre as finalidades de prevenção geral e especial e o caráter
retributivo da pena.
a) As assertivas I e II estão corretas.
b) As assertivas I e III estão corretas.
c) Somente a assertiva III está correta.
d) As assertivas II e III estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
Questão n. 3 - Sentença penal condenatória determinou a aplicação da sanção de
pena privativa de liberdade ao réu e a decretação do perdimento de bens que, nos
termos da lei, acabaram por afetar seus familiares, exatamente no montante do
patrimônio transferido pelo réu. Considerando essa situação hipotética e os princípios
constitucionais que regem o Direito Penal, assinale a alternativa correta. (FUNIVERSA
- 2013 - PM-DF).
a) A imposição da pena privativa de liberdade ao réu e não a seus familiares, que não
praticaram crime, corresponde à aplicação integral do princípio constitucional da
individualização da pena.
b) A imposição do perdimento de bens aos familiares do condenado acabou por não
observar o princípio constitucional da personalidade ou responsabilidade pessoal.
c) A extensão dos efeitos da condenação, com a decretação do perdimento de bens,
afetando os familiares do condenado não poderia ocorrer, em virtude da necessidade
de se observar o princípio constitucional da legalidade estrita.
d) O fato de a pena privativa de liberdade ter atingido apenas a pessoa do condenado
com extensão, aos familiares, da obrigação de reparar o dano, atende integralmente o
que prescreve o princípio constitucional da personalidade ou responsabilidade
pessoal. Art.5°, XLV, CF/88
e) O princípio da personalidade ou da responsabilidade pessoal é um princípio
implícito na Constituição Federal vigente.
CASO CONCRETO 4
Questão n.1 - Leia o caso concreto abaixo apresentado e responda, de forma objetiva
e fundamentada, às questões formuladas com base nos estudos realizados sobre
dosimetria de pena, maus antecedentes e reincidência. (ORDEM DOS ADVOGADOS
decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova produzida nos autos, devendo
ser realizado novo júri. Requer o provimento da apelação, para reconhecer que a
decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos (artigo 593, III, d,
do CPP) ou que seja provido o apelo, com base no artigo 593, III, a, b e c, do CPP.
Ante o exposto, responda às questões apresentadas de forma objetiva e
fundamentada a partir dos estudos realizados sobre individualização de pena:
a) A tese defensiva deve prosperar no que concerne à fixação da pena-base
acima do mínimo legal?
A tese defensiva deve prosperar, tendo em vista que as circunstâncias que já integram
o tipo penal não podem servir, de igual forma, para agravar a reprimenda além do
mínimo legal, sob pena de bis in idem. É que, como se sabe, se determinada
circunstância é inerente a o tipo penal ela já foi considerada pelo legislador quando tal
crime foi criado, não podendo novamente ser considerada na dosimetria.
b) A qualificadora motivo torpe, prevista no §2, inciso I do art.121, do Código
Penal foi utilizada pelo magistrado em qual momento do sistema trifásico de
aplicação de pena?
Como o texto do problema nada menciona a respeito da segunda fase (agravante e
atenuante) e da terceira fase (causas de aumento e de diminuição), a qualificadora do
motivo torpe foi considerada pelo magistrado, de forma errônea, na primeira fase da
do sistema trifásico de aplicação da pena. Isso pode ser verificado na seguinte
passagem: "Alega que a pena-base" - Pena-base é aquela verificada na primeira fase,
quando começa-se a dosimetria
c) Diferencie qualificadora de causa aumento de pena.
Qualificadora é aquela que altera o patamar da pena base. No crime de homicídio, por
exemplo, a pena base é de 6 a 20 anos. Quando o homicídio (art. 121, CP) é
qualificado (por motivo fútil, à traição, com uso de veneno, fogo, asfixia etc.) a pena
base muda e pula para 12 a 30 anos. Isto é uma qualificadora (e normalmente, se não
todas as vezes, está explícito no Código que aquelas disposições são qualificadoras).
A Causa de Aumento é utilizada, após já fixada a pena base, para incrementar a
punição. Os limites da pena base já foram estabelecidos, o que se faz é utilizá-los
para, com um cálculo simples, majorar a pena. Esse é o caso, por exemplo, do roubo
(art. 157, CP) praticado com arma de fogo (art. 157, inciso I). Não se pode chamar
esse roubo de roubo qualificado, uma vez que o uso de arma de fogo é uma causa de
aumento. Normalmente as Causas de Aumento vêm introduzidas por “A pena
aumenta-se de X% até Y%”
Questão n.2 – (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011 TIPO 1
BRANCO QUESTÃO 63) Em relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que:
a) a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e eventual
acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução pela
participação de menor importância.
b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto,
ainda que haja circunstância agravante a ser considerada.
c) o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve se feito posteriormente à
redução pela confissão espontânea
d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código
Penal, fixe pena-base em patamar acima do máximo previsto.
CASO CONCRETO 6
Questão n. 1 - Abelardo Rocha foi condenado pela prática de dois delitos de roubo
majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo em concurso
material de crimes (art.157, §2º, I e II 2x nf art.69, ambos do Código Penal) à pena
unificada de 16 anos, 1 mês e seis dias de reclusão a ser cumprida em regime
inicialmente fechado, tendo iniciado seu cumprimento em 12 de julho de 2007. Em 05
de maio de 2010, progrediu para o regime semi-aberto de cumprimento de pena e, em
14 de dezembro de 2012, preenchidos os requisitos para o progressão de regimes
para o regime aberto teve, entretanto, determinado pelo Juízo das Execuções seu
cumprimento em prisão domiciliar face à ausência de vagas em Casa de Albergado.
Inconformado com a decisão, o membro do Ministério Público interpôs agravo em
execução com vistas à cassação do “benefício”, o que foi provido pelo Tribunal de
Justiça. Com base nos estudos realizados sobre os princípios informadores da Teoria
da Pena, desenvolva de forma objetiva e fundamentada a tese defensiva a ser
apresentada em sede de Habeas Corpus com vistas à manutenção do cumprimento
de pena em prisão domiciliar.
Tendo Abelardo cumprido os requisitos objetivos (quantidade de pena) e subjetivos
(bom comportamento) para progressão no regime cumprimento, em que saiu do
regime fechado para semi-aberto e do semi-aberto para o aberto. É legítimo a
aplicação da prisão domiciliar, em função da ausência de vagas na Casa de
Albergado.
Questão n. 2 - Com relação a penas, assinale a opção correta (CESPE - 2013 - TJ-PB
- Juiz Leigo)
a) São três as modalidades de penas privativas de liberdade: prisão simples, detenção
e reclusão; as de reclusão devem ser cumpridas em regime fechado ou semiaberto, e
as de detenção, em regime aberto.
b) De acordo com o CP, considera-se como regime fechado a execução da pena em
estabelecimento de segurança máxima ou média; regime semiaberto, em casa de
albergado ou estabelecimento adequado; e regime aberto, a execução da pena em
colônia agrícola, industrial ou similar.
c) A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime constitui motivação
idônea para a imposição de regime mais severo que o permitido conforme a pena
aplicada.
d) Consideram-se absolutas as teorias que concebem a pena como um fim em si
mesma, ou seja, como uma retribuição pela prática de um crime; consideram-se
relativas as teorias utilitaristas, que concebem e justificam a pena enquanto meio para
a realização do fim utilitário da prevenção de futuros delitos.
e) Segundo a teoria da prevenção geral negativa, a pena constitui um instrumento de
infusão, na consciência geral, da necessidade de respeito a determinados valores,
como forma de exercício da fidelidade ao direito e promoção da integração social.
Questão n. 3 - Sobre as espécies de regimes prisionais, é correto afirmar que o
condenado:
a) reincidente ou não, condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão deverá,
obrigatoriamente, iniciar o seu cumprimento de pena em regime fechado.
b) não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito,
poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto
crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a pessoa que o agente
pretendia ofender, aplica-se a regra do: (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase)
a) concurso material.
b) concurso formal.
c) crime continuado.
d) crime habitual.
4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância
do local. Invadiu cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de
chaves falsas. De cada uma das lojas, subtraiu inúmeras peças de roupas. Após
a ação, deixou o local e foi preso passada meia hora, abordado por policiais
militares que estranharam o volume de pacotes que carregava. João foi
denunciado e condenado por cinco furtos qualificados. Na fixação da pena, o
Juiz deve considerar as condutas como praticadas:
a) em concurso formal.
b) como crime continuado.
c) como crime único.
d) em concurso material.
5) Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF:
(136° Exame OAB/SP, 1ª Fase).
a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência
da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege.
b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais
favoráveis ao acusado.
c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar
o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até
os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do
patrimônio transferido.
d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra
declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e
as cruéis.
6) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar
a pena de multa que lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá:
(Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008):
a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade.
b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a consequente execução fiscal.
c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos.
d) Ter o valor da pena de multa aumentado
7) Sobre a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas,
assinale a alternativa INCORRETA: (132° Exame OAB/SP– 1ª Fase).
a) Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
b) Deve ser aplicada nas condenações acima de 01 (um) mês e até 02 (dois) anos de
privação de liberdade.
c) Dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros
estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais.
investigações para que não fosse ajuizada a ação penal respectiva. Diante do caso
narrado, de acordo com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal,
assinale a afirmativa correta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 –
BRANCA)
a) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é
condicionada à representação. Desta forma, é possível a sua retratação, pois não
houve o oferecimento da denúncia.
b) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação
penal é pública incondicionada, sendo impossível interromper as investigações
e obstar o prosseguimento da ação penal.
c) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é
pública incondicionada, mas é possível a retratação da representação antes do
oferecimento da denúncia.
d) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é
pública condicionada à representação, mas como os fatos já foram levados ao
conhecimento da autoridade policial será impossível impedir o prosseguimento das
investigações e o ajuizamento da ação pena.
CASO CONCRETO 10
Questão n.1 - Cleyton Neves foi condenado à pena de 3 (três) anos e 4 (quatro)
meses de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado pelo tráfico de 73 g
de maconha, 23 g de cocaína e 7 g de crack, tendo sua conduta prevista no art.33,
caput, da lei n.11343/2006, crime equiparado a hediondo. Inconformado com a
decisão interpôs recurso de apelação com vistas à substituição da privativa de
liberdade por restritiva de direitos e a fixação de regime menos gravoso, o que foi
negado pelo Tribunal de Justiça Estadual. Cleyton Neves, então, interpôs habeas
corpus ao Superior Tribunal de Justiça com vistas à substituição da privativa de
liberdade por restritiva de direitos e sucessivamente, a concessão da suspensão
condicional da execução da pena imposta. A Corte superior negou a ordem em
relação à substituição de penas, pois entendeu que o paciente não atendia aos
requisitos subjetivos estabelecidos pelo art.44, do Código Penal. Ante o exposto, com
base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e
fundamentada sobre a possibilidade da concessão do sursis pela Corte.
Não cabe PRD ou SURSIS (pena de 12 anos) conforme Art 77 do CPB.
** São os seguintes os requisitos para a substituição de PPL em PRD (segundo o
art. 44 do Código Penal):
a) pena privativa de liberdade aplicada não superior a 4 anos (no caso de crime
doloso) e o crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa;
b) não há limite de pena se o crime é culposo;
c) não reincidência em crime doloso, salvo o disposto no § 3º (caso o condenado seja
reincidente, poderá haver substituição, desde que, em face de condenação anterior, a
medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em
virtude da prática do mesmo crime);
d) culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do condenado, motivos
e circunstâncias indicarem que a substituição é suficiente.
** SURSIS é o mesmo que suspensão condicional da execução da pena é o instituto
que permite ao juiz, em vez de ordenar ao condenado o cumprimento de pena de
pequena duração, suspendê-la por período, chamado período de prova.
sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código homicídio qualificado pelo motivo fútil
e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o
sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de
liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante
o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da
periculosidade do agente averiguada:
a) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade
imposta na sentença penal.
b) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade
imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para
o cumprimento de sanção penal reclusiva.
c) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na
sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os
estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta.
d) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na
sentença penal, independentemente do período residual desta.
Questão n.3 - (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar:
a) nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro deve fixar o
quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de
segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial.
b) nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá
o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins
curativos.
c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa
de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena
por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio.
d) o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de
condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o
agente deve primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia
e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança.
CASO CONCRETO 12
Questão n. 1 - Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após
ter sido demitida, e, nervosa, agrida, injustificada e intencionalmente, seu filho de dois
anos de idade, causando - lhe lesões corporais de natureza leve. Nessa situação
hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida agressão após o devido
processo legal, a decretação de sua incapacidade para o exercício do poder familiar,
nos termos do Código Penal, poderá incidir como efeito da condenação? CESPE -
2013 - Polícia Federal - Delegado de Polícia. MODIFICADA)
O crime em tese praticado pela mãe seria de violência doméstica, nos termos do art.
129 do CP.
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
Percebe-se que o crime é punido com pena de detenção.
Para que seja possível a manifestação do perdimento do pátrio poder, como efeito ou
causa extra penal da sentença condenatória, seria necessário que fosse praticado
crime doloso punido com pena de reclusão, conforme estabelece o art. 92, II do CP.
Art. 92 - São também efeitos da condenação:
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes
dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
Questão n. 2 - No que diz respeito à reabilitação, é correto afirmar que: (FCC - 2010 -
TRE-AM - Analista Judiciário - Área Judiciária)
a) se o condenado for reincidente, somente poderá ser requerida decorridos 5 (cinco)
anos do dia em que for extinta a pena ou encerrar a sua execução.
b) é admissível no caso de ter sido decretada a extinção da punibilidade pela
prescrição da pretensão punitiva.
c) será revogada caso o reabilitado seja condenado, por sentença definitiva, a pena
que não seja restritiva de direitos.
d) faz com que fiquem suspensos condicionalmente alguns efeitos penais da
condenação e, se revogada, ficam eles restabelecidos.
e) um dos requisitos para a sua concessão é não ter o condenado, nos últimos dois
anos, mudado de domicílio sem comunicar o Juízo.
Questão n. 3 - Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação. (CESPE -
2007 - TJ-TO - Juiz)
a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que
tenha sido reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal.
Considere, ainda, que, após a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez,
de estupro. Nessa situação, o juiz, ao proferir sentença condenatória contra Marcelo
pela prática do crime de estupro, não poderá considerá-lo reincidente por causa do
furto qualificado anteriormente praticado.
b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a
análise de ressarcimento do dano causado pelo crime.
c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação.
d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a reabilitação não
será revogada.
CASO CONCRETO 13
Questão n.1 - Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de
Minas Gerais, há alguns anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada noite,
enquanto retornava de sua clínica veterinária, o casal foi abordado por uma jovem
desconhecida, aparentando não mais que vinte anos e que, aos prantos colocou um
bebê recém-nascido no colo de Maria Victória e saiu correndo. Carlos Alberto ainda
tentou alcançá-la, bem como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la.
Passado um mês com o bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e
Carlos Alberto decidiram por “adotá-lo” e, para tanto, o registraram como seu filho –
Carlos Alberto V. Júnior. Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex
Sandro, caminhoneiro, que se apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta Alex
Sandro ter conhecido Lynildes, mãe biológica de Júnior, em uma cidade próxima
durante uma festa na qual se apaixonaram, mas que, infelizmente, Lynildes
desaparecera e nada contara sobre a gravidez, descoberta por ele há pouco mais de
dois meses e que, portanto, lutaria pelo reconhecimento de Júnior como seu filho e
não de Maria Victória e Carlos Alberto.
A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta prática dos delitos de
parto suposto e registro de filho alheio como próprio, previstos no art. 242, caput, do
Código Penal, com base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o
casal sustentar em tese defensiva a ocorrência de alguma causa extintiva de
punibilidade? Responda de forma objetiva e fundamentada.
A tese defensiva deveria se basear no perdão judicial (ART 107), que tem previsão
para sua aplicação no crime de registrar como seu filho de outrem se reconhecida a
nobreza do casal que se concedido pelo juiz acarretaria a extinção da punibilidade.
TEORIA DA ADOÇÃO A BRASILEIRA (Art 242 CP)
Questão n.2 - Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção
INCORRETA:
a) a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o direito de queixa,
portanto, antes da propositura da ação penal, diferentemente do perdão do ofendido,
que ocorre no curso da ação penal.
b) o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no
qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas
em lei.
c) a sentença que conceder perdão judicial será considerada para efeitos de
reincidência.
d) caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença condenatória
desaparecerão todos os efeitos do processo ou da sentença condenatória.
Questão n.3 - (UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO) Antenor e Braz,
ambos com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo, furtar bens dos
pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data combinada, os
agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor total de R$ 5.000,00, da residência do
casal, local onde reside Antenor. Os pais de Antenor contam, cada um, cinquenta e
cinco anos de idade. Com base nessa situação hipotética e no que dispõe o CP,
assinale a opção correta:
a) Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos não
ultrapassassem o de um salário mínimo.
b) Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois terços, ou aplicar-
lhe somente multa.
c) Independentemente da quantia e da utilidade dos bens subtraídos, Antenor está
isento de pena.
d) A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das vítimas da
ação delituosa.
e) Por expressa disposição do CP, não há tipicidade material na ação de Antenor e
Braz.
CASO CONCRETO 14
Questão 1 - (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. PROVA PRÁTICO-
PROFISSIONAL – DIREITO PENAL. QUESTÃO N.3. MODIFICADA).
Jaime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/1982, praticou, no dia 30/11/2000, delito
de furto qualificado pelo abuso de confiança (art. 155, parágrafo 4º, II, do CP).
Devidamente denunciado e processado, Jaime foi condenado à pena de 4 (quatro)