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Escola Secundária de Barcelos

Disciplina: Português

Professora: Cátia Branquinho

Nome: Ricardo Silva

Nº22

Turma: 11ºC

16/06/2020
O sol também é uma estrela
O livro conta a história de Natasha, uma jovem de 16 anos que aos 8 anos se mudou
com a família para os Estados Unidos. O pai, que tinha o sonho de se tornar num ator,
veio primeiro para os USA e passado uns anos, a restante família da Natasha (ela e a
mãe) seguiram os passos do pai, sendo que o irmão mais novo já nasceu com a
nacionalidade americana. O que acontece é que tanto a Natasha como os restantes
familiares são emigrantes ilegais e estão em vias de serem deportados, portanto o livro
começa no último dia de Natasha na América, tentando 24 horas para apelar aos
serviços de migração para que não seja deportada. Quando, por acaso ou destino,
Natasha se cruza pela primeira vez com Daniel Bae, ambos se sentem
instantaneamente impelidos um para o outro. Apesar das diferenças, eles vivem horas
de puro entendimento e total fascínio. Contudo, Natasha insiste em não criar laços
demasiado profundos pois sabe que, devido à situação ilegal em que se encontra, a
sua família é deportada para a Jamaica em menos de 12 horas. Natasha Kingsley é
uma jovem pragmática e de espírito crítico que apenas se deixa guiar pela lógica. Já
Daniel Bae é um otimista incurável que acredita na força do amor.

Gostei bastante de ler o livro, possui uma escrita simples, objetiva e de fácil
compreensão. É um livro aconselhado para todas as idades, e aconselho bastante a ler
pois possui uma história fantástica e um final incrível, mas um pouco inesperado que
deixa o leitor com alguma angustia. A história torna-se mais interessante, e cativante,
a partir do momento em que se começa a desenrolar a ação. Mostra-nos como a vida
por vezes tem estranhas formas de nos mostrar os caminhos a querer seguir e prega-
nos muitas partidas. Com esta historia percebemos que muitas vezes que todas as
nossas ações tem uma consequência e pode não ser diretamente na nossa vida, mas
pode influenciar a vida de alguém, e que por vezes conhecemos as pessoas certas nos
momentos errados.
O romance também incita a reflexão de um amor racial entre uma negra e um asiático.
Gostei disso e das questões que a autora levanta. Acho que ainda assim o mais
importante aqui é o assunto da emigração da Natasha, de como ela se sente
americana, porque desde os 8 anos que só conhece esta cultura e não tem muitas
lembranças da sua vida anterior,embora por lei ela seja jamaicana. Faz-nos pensar
realmente o que é afinal a nossa nacionalidade, aquela que está escrita num papel ou
aquela que sempre conhecemos. No meu ponto de vista estas questões que a autora
levanta e que estão presentes na historia, servem como um critica à sociedade em que
vivemos, onde se contesta e se debate muito sobre este tipo de questões, desde o
relacionamento entre pessoas de diferentes raças e um pouco sobre a descriminação
racial existente na sociedade.

Concluindo este livro relata uma história de amor que esconde no entanto muitos
problemas que encontramos facilmente na sociedade em que vivemos. E leva-nos a
acreditar que o que é relatado na historia pode ser um problema real na vida de
muitas pessoas.

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