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SOCIOLINGUÍSTICA

Parte I

Tânia Alkmim
Relação língua – sociedade – fato inquestionável!!!!

“A história da humanidade é a história de seres organizados


em sociedade e detentores de um sistemas de comunicação.”

Assim:
Por que se fala em Sociolinguística?

Por que existe uma área, dentro da linguística, para tratar


das relações entre linguagem e sociedade?

Onde encontrar resposta para essas questões?


SOCIOLINGUÍSTICA – SEU BERÇO

- 1964 – Congresso – Universidade da Califórnia – Los


Angeles – William Brigth

- Nomes importantes: Gumperz, Hauger, Labov, Hymes,


Fisher, Rona

- Sociolinguistics – 1966

- Objeto da Sociolinguística – a DIVERSIDADE


LINGUÍSTICA

- Fatores sociais definidores da diversidade


- Imanente x Integrativa
- Forte base Interdisciplinar

- ETNOGRAFIA DA FALA – ETNOGRAFIA DA


COMUNICAÇÃO
- pretende descrever e interpretar o comportamento linguístico
no contexto cultural – Dell Hymes

- TEORIA DA VARIAÇÃO
- o papel decisivo dos fatores sociais na explicação da variação
linguística – William Labov – Ilha de Martha’s Vineyard – idade,
sexo, ocupação, origem étnica e atitude – pronúncia do inglês.
Minorias – Questões do Insucesso Escolar – negros/imigrantes
- OBJETO DE ESTUDO
- Língua falada, observada, descrita e analisada em seu
contexto social – situações reais de uso.
- COMUNIDADES LINGUÍSTICAS
- Conjunto de pessoas que interagem verbalmente e
compartilham um conjunto de normas relativos aos usos
linguísticos. São organizadas em torno de usos variados.
EXEMPLOS:
Cidade de Campina Grande, o povo Ianomâmi, Índios de
Baía da Traição, Comunidades de Pescadores, estudantes,
rappers, Grafiteiros, etc...

- Diversidade – variação linguística – modos diferentes de


falar.
- VARIEDADES LINGUÍSTICAS
- Empregos de diferentes modos de falar.

- REPERTÓRIO LINGUÍSTICO
- Bruxelas, Salvador, qualquer comunidade
- Origem regional, classe social, ocupações, escolaridade,
situação comunicativa vivida.

- TODA LÍNGUA EXIBE VARIAÇÕES – FATOR


INERENTE A TODAS ELAS

- Língua e Variação – impossível separar, caracteriza uma


qualidade constitutiva do fenômeno linguístico.
- TIPOS DE VARIAÇÃO
- DIATÓPICA – GEOGRÁFICA
- diferenças distribuídas no espaço físico, origens geográficas

- DIASTRÁTICA – SOCIAL
- Identidade e organização sociocultural da comunidade de fala –
classe social, idade, sexo/gênero, ocupação, escolaridade.

- DIAFÁSICA – REGISTROS DE USO


- Pólos representados pelo grau de formalidade e informalidade
do uso linguístico – contexto de uso linguístico. Contínuo linguístico.

“Na realidade das relações sociais, os fatores de variação se


encontram imbricados.”
- AS ATITUDES FRENTE À VARIAÇÃO
- Muitos usos, muitas avaliações
- Ordenação valorativa das variedades – hierarquia dos
grupos – usos superiores/inferiores
“Uma variedade linguística ‘vale’ o que ‘vale’ na
sociedades os seus falantes.”
- Variedades de prestígio – Variedades não
prestigiadas/Pejorativas
- Variedade Padrão – se impõe na sociedade, associa-se às
classes socialmente privilegiadas (dominantes), representa a
seleção de um uso, tido como o correto, o mais puro, o mais
belo, maiores centros culturais e econômicos, busca a
homogeneidade linguística, é historicamente definida.
- ALGUMAS PREMISSAS BÁSICAS PARA CONCLUIR:

a) Todas as línguas variam.


b) Toda língua é adequada à comunidade que a utiliza.
c) É ABSOLUTAMENTE impróprio dizer que há línguas
pobres em vocabulário.
d) Não existem sistemas gramaticias imperfeitos.
e) As línguas diferem entre si em numerosos aspectos –
patrimônio expressivo da humanidade.
f) Os julgamentos ou atitudes sobre as línguas são baseados em
critérios políticos/sociais, não linguísticos.
g) É papel da Sociolinguística o combate a todo tipo de
preconceito sobre a língua, visto esse preconceito incidir no falante
em si, e não propriamente na língua em uso.

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