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VALVES & CONTROLS

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO
PARA VÁLVULAS DE CONTROLE

ISSUED JANUARY, 2013


Conteúdo

1- Introdução ..................................................................................................................................................4
2 - Definição do Coeficiente de Vazão - Cv ......................................................................................................4
3 - Formulas Gerais para cálculos de Cv ........................................................................................................4
4 - Fluidos Incompressíveis (Líquidos) ...........................................................................................................4
4.1 Equações básicas para líquidos ...............................................................................................................4
4.2 Fluxo não turbulento (laminar ou de transição) .......................................................................................5
4.2.1 Válvula instalada com diâmetro igual ao da tubulação .........................................................................5
4.2.2 Válvula instalada entre redução e expansão .........................................................................................5
4.2.3 Fator do número de Reynolds - FR .........................................................................................................5
4.3 Fato da Geometria da Tubulação - FP .......................................................................................................6
4.4.1 Cavitação e Vaporização (Flashing) ......................................................................................................7
5 - Fluidos compressíveis (gases ou vapores) ...............................................................................................8
5.1 Fatores X e F( ...........................................................................................................................................8
5.2 - Fator de compressibilidade - Z .............................................................................................................9
5.3 Fator de Expansão - Y .............................................................................................................................10
5.4 Fator de queda de pressão combinando os fatores XT e FP para válvula instalada entre redução e expansão
- XTP ................................................................................................................................................10
5.4.1 Condição de fluxo sub-crítico ..............................................................................................................10
5.4.2 Condição de fluxo crítico ......................................................................................................................10
5.5 Calcula-se o CV preliminar considerando os seguintes fatores: FP=1 e XT = 0,75 .................................10
5.6 Fluxo não Turbulento (Laminar ou de Transição) ..................................................................................10
6 - Cálculo da velocidade de saída da válvula ..............................................................................................11
6.1 Fluídos Incompressíveis (Líquidos) ........................................................................................................11
6.2 - Fluídos Compressíveis (Gases ou Vapores) .........................................................................................11
6.2.1 Velocidade de Escoamento ..................................................................................................................11
6.2.2 Velocidade Sônica ................................................................................................................................12
7 - Informações Técnicas ..............................................................................................................................13
7.1 Propriedades de vários líquidos .....................................................................................................13 e 14
7.2 Propriedades do vapor de água .............................................................................................................14
7.4 Propriedades de vários gases ................................................................................................................15
7.4 Pressão ...................................................................................................................................................16
7.5 Volume ...................................................................................................................................................16
7.6 Velocidade ...............................................................................................................................................16
7.7 Massa .....................................................................................................................................................16
7.8 Temperatura ...........................................................................................................................................16
8 - Nomenclatura .........................................................................................................................................17
9 - Exemplos de Dimensionamento .............................................................................................................18
9.1 - Exercício Nº1 ........................................................................................................................................18
9.1.1 Primeiro passo .....................................................................................................................................18
9.1.2 Segundo passo .....................................................................................................................................18
9.1.3 Terceiro passo ......................................................................................................................................19
9.1.4 Quarto passo ........................................................................................................................................19
9.1.5 Quinto passo .........................................................................................................................................20
9.1.6 Sexto passo ..........................................................................................................................................20
9.1.7 Sétimo passo ........................................................................................................................................20
9.1.8 Oitavo passo .........................................................................................................................................20

02 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.1.9 Nono passo ..........................................................................................................................................20
9.1.10 Décimo passo .....................................................................................................................................21
9.1.11 Décimo primeiro passo ......................................................................................................................21
9.1.12 Décimo segundo passo ......................................................................................................................21
9.1.13 Décimo terceiro passo .......................................................................................................................21
9.1.14 Décimo quarto passo .........................................................................................................................21
9.1.15 Conclusão ..........................................................................................................................................22
9.2 - Exercício Nº2 ........................................................................................................................................22
9.2.1 Primeiro passo .....................................................................................................................................22
9.2.2 Segundo passo .....................................................................................................................................23
9.2.3 Terceiro passo ......................................................................................................................................23
9.2.4 Quarto passo ........................................................................................................................................24
9.2.5 Quinto passo ........................................................................................................................................24
9.2.6 Sexto passo ..........................................................................................................................................25
9.2.7 Sétimo passo ........................................................................................................................................25
9.2.8 Conclusão ............................................................................................................................................25
9.3 Exercício Nº3 ..........................................................................................................................................26
9.3.1 Primeiro passo .....................................................................................................................................26
9.3.2 Segundo passo .....................................................................................................................................26
9.3.3 Terceiro passo ......................................................................................................................................27
9.3.4 Quarto passo ........................................................................................................................................27
9.3.5 Quinto passo ........................................................................................................................................28
9.3.6 Conclusão ............................................................................................................................................28
9.4 - Exercício Nº4 ........................................................................................................................................28
9.4.1 Primeiro passo .....................................................................................................................................28
9.4.2 Segundo passo .....................................................................................................................................29
9.4.3 Terceiro passo ......................................................................................................................................29
9.4.4 Quarto passo ........................................................................................................................................29
9.4.5 Quinto passo ........................................................................................................................................30
9.4.6 Sexto passo ..........................................................................................................................................30
9.4.7 Sétimo passo ........................................................................................................................................30
9.4.8 Oitavo passo .........................................................................................................................................30
9.4.9 Nono passo ..........................................................................................................................................30
9.4.10 Conclusão ...........................................................................................................................................31

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 03


1 - Introdução

O cálculo de uma válvula de controle consiste em determinar os dados de processo em um coeficiente de


vazão denominado Cv.

2 - Definição do Coeficiente de Vazão - Cv

É a vazão de água, em galões por minuto a 60°F , que passa pela válvula sob um diferencial de pressão
de 1 psi.

3 - Formulas Gerais para Cálculos de Cv

As formulas que a Pentair utiliza são baseadas na norma ANSI/ISA 75.01-01 (IEC-60534-2-1).
Esta norma introduzem vários fatores de correção, que além de tornarem os cálculos mais precisos,
permitem analisar as condições de fluxo (sub - crítico, crítico, cavitação, vaporização ou viscoso).

4 - Fluidos Incompressíveis (Líquidos)

4.1 Equações básicas para líquidos

Vazão em Volume Vazão em Massa

q Gf w
Cv = (1) Cv = (2)
N1 * FP * FR )P N6 * FP * FR )P * D1

Constantes numéricas para equações dos fluídos líquidos

Constante Unidades usadas nas equações


N w q P )P d-D D1 <
0,0865 - m3/h kPa (a) kPa - - -
N1 0,865 - 3
m /h bar (a) bar - - -
1,000 - gpm psia psi - - -
0,00214 - - - - mm - -
N2
890 - - - - pol. - -
76000 - 3
m /h - - - - centistoke*
N4 87300 - gpm - - - - centistoke*
21153 - scfh - - - - centistoke*
0,00241 - - - - mm - -
N5
1000 - - - - pol. - -
2,73 kg/h - kPa (a) kPa - kg/m3 -
N6 27,3 kg/h - bar (a) bar - kg/m3 -
63,3 Ib/h - psia psi - Ib/pes3 -
1,000 - - - - mm - -
N18
645 - - - - pol. - -
127 - - - - mm - -
N32
1,70 - - - - pol. - -
*Para converter centipoise em centistoke, dividir centipoise por Gf

04 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


Calcula-se o CV preliminar considerando-se os seguintes fatores:
FP e FR = 1
Após o cálculo do CV preliminar, seleciona-se o diâmetro aproximado e o tipo da válvula.
Finalmente, calcula-se o Número de Reynolds (REV):
1/4
N F q FL2 * Cvi2
REV = 4 * D * + 1,00 (3) Cvi = 1,3 * Cv (4)
L FL * Cvi N2 * d4
L

FD = Fator modificador, converte a geometria do(s) orifício(s) por um único orifício circular equivalente.
<(nu) = Viscosidade cinemática, centistoke (ct).
Se REV > 10.000, o valor do Fator FR = 1,0 e o fluxo é turbulento.
Se REV < 10.000, o fluxo não é turbulento, podendo ser laminar ou de transição.

4.2 Fluxo não turbulento (laminar ou de transição)

4.2.1 Válvula instalada com diâmetro igual ao da tubulação

O CV para dimensionamento do diâmetro da válvula para fluxo não turbulento será calculado pelas
seguintes equações:
Vazão em Volume Vazão em Massa
q Gf w
Cv = Cv = (6)
N 1 * FR )P
(5) N6 * FR )P * D1

4.2.2 Válvula instalada entre redução e expansão

Os efeitos destes são desconhecidos. Enquanto estes efeitos não forem conhecidos, recomenda-se
considerar o diâmetro da válvula igual ao da tubulação para cálculo do fator FR.
Este fator resulta em um coeficiente conservador, uma vez que a turbulência adicional criada pela redução e
expansão aumentarão o respectivo valor do fator FR para um dado Número de Reynolds da válvula.

4.2.3 Fator do número de Reynolds - FR

Para passagem integral onde Cvi/d2>0,016 * N18 e REV > 10, o fator FR será calculado pelas seguintes equações:
Fluxo de transição
1/2
1+ 0,33 * FL Rev FR = 0,026
FR = * Log 10.000 (7) OU FL
01 * REV (8)
011/4

N2
01= 2 (9)
Cvi
( (
d2
Notas: use o menor valor de FR encontrado nas equações (7) ou (8).

Fluxo laminar
REV < 10, usar somente o valor da equação (8).
FR não deve exceder a 1.

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 05


Para passagem integral onde Cvi / d2 < 0,016 * N18 e REV > 10, o fator FR será calculado pelas seguintes
equações:
Fluxo de transição

0,33 * FL1/2 REV 0,026


FR = 1 + Log 10 (10) FR = 02 REV (11)
0 2
1/4
10.000 FL
2/3

02 = 1+ N32
( (
Cvi
d
2
(12)

Notas: use o menor valor de FR encontrado nas equações (10) ou (11).


Fluxo laminar
REV < 10, usar somente o valor da equação (11).
FR não deve exceder a 1.

Para ambos os cálculos, observar:


CV
Após calculado o fator FR, a seguinte equação deve ser atendida:
FR
< Cvi (13)
Se a equação acima não for atendida, repita o procedimento aumentando mais 30% o Cvi
Repita isso quantas vezes forem necessárias até a equação ser atendida.

4.3 Fator da Geometria da Tubulação - FP

O fator FP é a relação da capacidade de vazão através da válvula instalada entre redução e expansão e a
capacidade de vazão da válvula instalada sem redução e expansão.
Este fator é calculado pela seguinte equação:
1
FP = (14)
2

( (
E. CVi
1+
N2 d2

E. = .1 + .2 + .B1 - .B2 (15)


2 2
2

( (
d 2

( (
(16) d (17)
.1 = 0,5 1 - .2 = 1,0 1 -
D1 D2
4

( (
d 4
(18)
( (
.B1 = 1 - d
.B2 = 1 - (19)
D1
D2

.1 e .2 = Coeficientes em função da redução e expansão das tubulações de entrada e saída.


.B1 e .B2 = Coeficientes de Bernoulli introduzidos para compensar as mudanças de pressões resultantes
das diferenciais de área.
Cv
Após calculado o fator Fp, a seguinte equação deve ser atendida: < Cvi
Fp
Se a equação acima não for atendida, repita o procedimento aumentando mais 30% o Cvi.
Repita isso quantas vezes forem necessárias até a equação ser atendida.

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Condição de Fluxo Crítico
Vazão em Volume Vazão em Massa
q Gf w
Cv = (21) Cv = (22)
N1 * FP * FR )PM N6 * FP * FR Gf
)PM * D1
Determinação do Delta P Critico - )PM
d=D d=D
FLP 2
)PM = FL2 (P1 - FF - PV) (23) )PM = ( ) (P1 - FF - PV) (24)
FP
FL
Pv FLP =
2

( (( (
FF = 0,96 - 0,28 (25) 2
(26)
Pc F Cv
1+ NL (.1 + .b1)
2 d2
FF = Fator de razão de pressão crítica FLP = Combinação dos fatores FL e FP
do líquido. para válvula instalada com redução e
expansão.
4.4.1 Cavitação e Vaporização (Flashing)

É o fenômeno físico de um líquido em movimento que se vaporiza toda vez que a pressão na Vena Contrata
(PVC) alcança a pressão de vapor a uma temperatura constante.

Dividimos a cavitação em 2 estágios:


Primeiro estágio: quando a pressão da Vena Contrata (PVC) alcança a pressão do vapor (PV), uma parte de
líquido se transforma em bolhas de vapor.
Segundo estágio: a partir da pressão da Vena Contrata (PVC), começa a recuperar-se, e a medida que se torne
maior que a pressão de vapor (PV), devido ao fator de recuperação do líquido (FL), as bolhas começam a
implodir com maior frequência, tornando-se novamente moléculas de líquido.
Se a pressão de saída da válvula for menor que a pressão de vapor (PV), as bolhas de vapor irão permanecer.
Este fenomeno é conhecido como vaporização (flashing).
Vazão versus pressão diferencial Região de ruídos
e danos mecânicos Vaporização (P2 < Pv)
x
Q B C D
Max

Vazão bloqueada
A ("Chocked blow")

Cavitação total
(Danos mecânicos ocorrerão)
Vazão (Q)

)PM = FL2 (P1 - FF * PV) ... para d = D


)PM = (FLP)2 (P1 - FF * PV) ... para d = D
FP

)Pi = Kc (P1 - Pv)

)PA )PB )PC )PD


Pressão Diferencial )P

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5 - Fluidos Compressíveis (Gases ou Vapores)

Vazão em Volume Vazão em Massa

q Gg * T1 * Z Cv = w
Cv = (27) N6 * FP * Y X * P1 * D1
(28)
N 7 * P 1 * FP * Y X

q M * T1 * Z (29) C = w T1 * Z
Cv = v (30)
N 9 * P 1 * FP * Y X N 8 * P 1 * FP * Y X*M

Nota: Calcular o Fator FP pelas mesmas equações (14), (19) e (20)

Constante Unidades usadas nas equações


N w q* P1 )P D1 T1 d-D
0,00241 - - - - - - mm
N5
1000 - - - - - - polegada
2,73 kg/h - kPa (a) kPa kg/m3 - -
N6 27,3 kg/h - bar (a) bar kg/m3 - -
63,3 lb/h - psia psi lb/pés3 - -
4,17 - m3/h kPa (a) kPa - K -
N7 417 - m3/h bar (a) bar - K -
1360 - scfh psia psi - °R -
0,948 kg/h - kPa (a) kPa - K -
N8 94,8 kg/h - bar (a) bar - K -
19,3 lb/h - psia psi - °R -
22,5 - m3/h kPa (a) kPa - K -
N9 2250 - m3/h bar (a) bar - K -
7320 - scfh psia psi - °R -
15,9 m3/h - kPa (a) kPa - K -
N22 1590 m3/h - bar (a) bar - K -
5200 scfh - psia psi - °R -
0,67 kg/h - kPa (a) kPa - - -
N27 0,67 kg/h - bar (a) bar - - -
13,7 lb/h - psia psi - - -
*Pés cúbicos por hora, medido a 14,69 psia a 60°F , ou metros cúbicos por hora, medido a 101,3 kpa (a) ou
1,013 bar (a) a 15,6°C

5.1 Fatores X e F (
(
X = )P (31) F( = (32)
P1 1,4
X = Razão da queda de pressão;

F ( = Fator da razão dos calores específicos;

(= CP Razão dos calores específicos.


Cv

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5.2 - Fator de compressibilidade - Z

Compensa o desvio de comportamento do gás real com a relação ao gás perfeito.

P1 T1
Pr = (31) Tr= (32)
Pc Tc

1,00
4,0 1,05
1,10
1,15
Fator de compressibilidade Z

1,20
1,30
1,40
1,50
3,0 1,60

1,80
2,00

2,50
3,00
2,0 3,50
4,00
5,00
Tr
6,00
8,00
10,00
15,00

1,0

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Pressão reduzida, Pr

1,02
1,00
0,98
0,96
0,94
Fator de compressibilidade Z

0,92
0,90
0,88
0,86
0,84
0,82
0,80
0,78
0,76
0,74
0,72
0,70
0,68
0,66
0,64
0 1 2 3 4 5 6

Pressão reduzida, Pr

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5.3 Fator de Expansão - Y

Relaciona a variação da densidade do fluido durante a passagem através da válvula entre o ponto de entrada
da mesma e o ponto da vena contracta. Ele relaciona também, a variação na área do fluxo na vena contracta
em função da variação de pressão.
d=D d=D
X X
Y=1-
X * F ( * XT (35) Limites: 1 > Y > 0,667 Y = 1-
X * F ( * XTP (36)

5.4 Fator de queda de pressão combinando os fatores XT e FP para válvula instalada entre redução
e expansão - XTP
-1
2
XT XT (.1 + .1B) Cvi
XTP = +1 (37)
FP N5 * d
4

5.4.1 Condição de fluxo sub-crítico

A vazão que escoa através da válvula aumenta proporcionalmente enquanto o valor de X for menor do que
F ( * XT ou F ( * XTP

5.4.2 Condição de fluxo crítico

Se a pressão de entrada (P1) for mantida constante e diminuindo a pressão de saída (P2), a vazão que escoa
através da válvula deve aumentar até um determinador limite máximo (VELOCIDADE SÔNICA). Reduções
posteriores de P2, não irão produzir nenhum aumento de vazão, atingindo-se as condições de fluxo crítico ou
bloqueado, ponto no qual a velocidade é sônica. Este limite é alcançado quando X atinge o valor de
F (* XT ou F ( * XTP.
O valor de X utilizado nas equações deverá ser mantido dentro desse limite mesmo que a queda de pressão
seja maior. Por esta razão, o valor de Y encontra-se numa faixa de 0,667 a 1,00.

5.5 Calcula-se o CV preliminar considerando os seguintes fatores:


FP = 1 XT = 0,75

Após o cálculo do Cv preliminar, seleciona o diâmetro aproximado e o tipo de válvula. Finalmente, calcula-se
o número de Reynolds, REV para determinar a condição de fluxo adequada.

Nota: Calcular o REV pela mesma equação (3).

5.6 Fluxo não Turbulento (Laminar ou de Transição)

O CV para dimensionamento do diâmetro da válvula para fluxo não turbulento será calculado pelas seguintes
equações: Vazão de Volume Vazão de Massa

q M * T1 w T1
Cv = (38) Cv = (39)
N22 * FR )P (P1 + P2) N27 * FR )P (P1 + P2) * M

Nota: Calcular o fator FR pelas mesmas equações do item 4.2.3

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6 - Cálculo da Velocidade de Saída da Válvula

6.1 Fluídos Incompressíveis (Líquidos)

Sistema Inglês Sistema Métrico


V= 0,408 * q (40) V= 354 * q (41)
d22 d22

Limites recomendáveis

Líquidos não Cavitantes Líquidos Cavitantes


Tipo de válvula pés/s (m/s) Tipo de válvula pés/s (m/s)
Globo 40 (12,2) Globo 30 (9,1)
Borboleta 23 (7) Borboleta 18 (5,5)
Outras 32 (9,7) Outras 24 (7,3)
V: Velocidade na saída da válvula, pés/s (m/s)
d2: Diâmetro de saída, pol (mm)
q: Vazão, gpm (m3/h)

6.2 - Fluídos Compressíveis (Gases ou Vapores)

Mc = V (42)
Vc

Mc: Número de MACH na saída da válvula


V: Velocidade de escoamento na saída da válvula, pés/s (m/s)
Vc: Velocidade sônica na saída da válvula, pés/s (m/s)

6.2.1 Velocidade de Escoamento

Gases Vapor d'agua


N10 * q * T2 (43) N11 * W * Ve2 (44)
V= 2 V=
d2 * P2 d
2
2

Constantes Numéricas
N W q* P2 Ve2 T2 d V - Vc
1,24 - 3
m /h bar (a) - K mm m/s
N10
0,0014 - scfh psi (a) - °R pol. pés/s
N11 354 kg/h - - 3
m /kg - mm m/s
N11
0,0510 lb/h - - pés3/Ib - pol. pés/s
* Pés cúbicos por hora, medido a 14,69 psia a 60F°, ou metros cúbicos por hora, medido a 1,013 bar (a) a 15,6°C

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6.2.2 Velocidade Sônica

Sistema Inglês Sistema Métrico

( * T2 ( * T2
Gases VC = 223 (45) VC = 91,2 (46)
M M
Vapor d'água saturado Vc = 1650 Pés/s Vc = 500 m/s
Valor d'água superaquecido Vc = 60 T2 Vc = 24,54 T2

Limites recomendáveis
Tipos de Internos Número de MACH
Convencional 0,7
Borboleta, baixo ruído um ou dois estágios. 0,5
Baixo ruído 3 estágios ou acima 0,33
Baixo ruído para descarga atmosférica 0,15

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7 - Informações Técnicas

7.1 Propriedades de vários líquidos

Constantes Críticas

Fórmula Peso Temperatura Pressão Crítica,


Peso Densidade
Líquido quím. Específico Crítica, TC PC
Molecular Relativa Gf
/símb. (lb/pés3)
o o
F C psia Bar (a)

Acetaldeido C2H4O 54 48,774 0,782 370 188

Acetona C2H6O 58 49,773 0,79 455 236 691 48

Ácido Acético C2H4O2 60 65,489 1,05 612 322 841 58

Ácido Cloridrico 30% HCL 36 76,090 1,22 124 51 1198 82

Ácido Nitrico 60% HNO3 63 85,448 1,37

Ácido Sulfúrico 100% H2SO4 98 114,138 1,83

Água H2O 18 62,371 1,00 705 374 3206 221

Álcool Etílico C2H6O 46 49,210 0,789 469 243 927 64

Álcool Metílico CH4O 32 49,460 0,793 464 240 1156 80

Aminobenzol C6H7N 93 63,743 1,022 799 426 769 53

Amônia Saturada Nh3 17 38,670 0,62 270 168 1636 113

Benzeno (Benzol) C6H6 78 54,824 0,879 552 289 701 48

Cloro CL2 71 88,566 1,42 291 144 1118 77

Cloreto de Cálcio 25% CaCL 76,716 1,23

Cloreto de Sódio 25% NaCL 74,221 1,19

Éter Etílico C4H10O 74 44,470 0,713 381 194 522 36

Furfural C5H4O2 96 72,350 1,18

Gasolina 46,778 0,75

Glicerina 100% C3H8O3 92 78,587 1,26

Glicol C2H6O2 62 70,167 1,125

Mercúrio Hg 200 844,877 13,546 2660 1460 1530 1055

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 13


7.1 Propriedades de vários líquidos (continuação)

Constantes Críticas

Peso Temperatura Pressão Crítica,


Fórmula Peso Densidade
Líquido Específico Crítica, TC PC
quím./símb. Molecular Relativa Gf
(lb/pés3)
o o
F C psia Bar (a)

Nitrobenzol C6H5O2N 123 76,092 1,22 370 188

N-octano C8H18 114 43,659 0,700 565 296 362 25

Óleo Lubrificante 57,069 0,915

Petróleo 49,896 0,80

Querosene 48,648-51,144 0,78-0,82

Sulf. de Carbono CS2 76 78,774 1,263 530 277 1102 76

Terpentina C10H10 130 53,327 0,855 709 376

Toluol C7H6 92 54,387 0,872 610 321 611 42

Tricloroetileno C2HCL2 96 91,560 1,468

M-xileno C8H10 106 53,888 0,864 655 346 509 35

7.2 Propriedades do vapor de água

P1 (psia) Relação dos calores específicos ( Fator F(

0-80 1,32 0,94

81-245 1,30 0,93

246-475 1,29 0,92

476-800 1,27 0,91

801-1050 1,26 0,90

1051-1250 1,25 0,89

1251-1400 1,23 0,88

14 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


7.4 Propriedades de vários gases

Constantes Críticas
Razão dos
Fórmul Peso Temperatura Pressão
Peso Densidade calores
Gás a quím./ Específico Crítica, TC Crítica, PC
Molecular Relativa Gg específicos
símb. (lb/pés3)
(
o o Bar
F C psia (a)

Acetileno C2H2 26 0,06754 0,08971 97 36 911 63 1,28

Amônia Nh3 17 0,04420 0,5871 270 168 1636 113 1,29

Ar 29 0,07628 1,0000 -222 -141 547 38 1,40

N-Butano C4H10 58 0,16725 2,0888 305 152 551 38 1,096

Cloreto de
CH3CL 50 0,1309 1,7388 289 143 1000 69 1,20
Metila

Cloro Cl2 71 0,1857 2,4667 291 144 1145 79

Dióxido de
CO2 44 0,1142 1,5170 87 31 1071 74 1,28
Carbono

Dióxido de
So2 64 0,1663 2,2090 316 157 1143 79 1,25
Enxofre

Etano C2H6 30 0,07868 1,045 90 32 710 49 1,192

Etileno C2H4 28 0,0728 0,9670 50 10 742 51 1,216

Hélio He 4 0,01039 0,13801 -450 -268 33 2 1,66

Hidrogênio H2 2 0,005234 0,6952 -400 -240 188 13 1,40

Metano CH4 16 0,04163 0,5530 -116 -82 673 46 1,307

Monóxido de
CO 28 0,07269 0,9655 -220 -140 507 35 1,41
Carbono

Neônio N6 20 0,05621 0,7466 -380 -229 395 27

Nitrogênio N2 28 0,07274 0,96626 -233 -147 492 34 1,40

Óxido Nitrico NO 30 0,07788 1,0345 -137 -94 957 66 1,40

Óxido Nitroso N2O 44 0,1143 1,5183 97 36 1054 72 1,26

Oxigênio O2 32 0,08305 1,1032 -181 -119 736 51 1,40

Propano C3H6 44 0,1164 1,5462 206 97 617 42 1,131

* Densidade nas condições normais

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 15


7.4 Pressão 7.5 Volume

Multiplicar Por Para obter Multiplicar Por Para obter

ATM 1,0133 Bar (a) gpm 0,2271 m3/h


1,0332 Kg/cm2(A) 8,0208 pés cub3./h
14,696 psia
760,000 TORR (A) m3/h 4,4033 gpm
101,379 KP (A) 35,31 pés cub3./h

Bar (g) 0,9869 ATM scfh 0,0283 m3/h


1,0197 Kg/cm2(g) (14,696 psia à (1,0133 Bar (a)
14,504 psig 60oF) à 15,6oC)
750,060 TORR (g)
100,000 KP (g) m3/h 35,3357 scfh
(1,0133 Bar (a) à (14,696 psia à
Kg/cm2 (g) 0,9807 Bar (g) 15,6oC) 60oF)
0,9678 ATM
14,200 psig Nm3/h scfh
725,50 TORR (g) (1,0133 Bar (a) à (14,696 psia à
98,068 KP (g) 0oC) 60oF)

7.6 Velocidade 7.7 Massa

Multiplicar Por Para obter Multiplicar Por Para obter

Pes/Seg. 60,00 pes/Min. Kg/h 2,2046 Lb/h


0,3048 m/Seg.

m/Seg. 3,280 pes/Seg.


196,9 pes/Min.
Lb/h 0,4536 Kg/h

7.8 Temperatura

Graus Celcius (oC) Grau Kelvin (K) Grau Fahrenheit (oF) Grau Rankine (oR)

o
C 273,15 5/9 (oF - 32) 5/9 (oR - 459,67)
o
C + 273,15 K 5/9 (oF + 459,67) 5/9 oR
9/5oC + 32 o o
9/5K - 459,67 F R - 459,67
9/5oC + 459,67 9/5K
o
F + 459,67 o
R

scfh = Lb/h x 379 Nm3/h = Kg/h x 22,385


M M

Densidade relativa Viscosidade

Gg = Peso molecular do gás Centistokes = Centipoises


29 Gf

16 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


8 - Nomenclatura

CV Coeficiente de Vazão. T1 Temperatura de entrada absoluta.


d Diâmetro nominal da válvula. T2 Temperatura de saída absoluta.
d1 Diâmetro de entrada da válvula. Tc Temperatura crítica termodinâmica.
d2 Diâmetro de saída da válvula. Tr Temperatura reduzida, (T1/Tc).
D Diâmetro nominal da linha. V2 esp. Volume específico de saída.
FD Fator modificação em função do tipo de V Velocidade de saída.
válvula.
W Vazão em massa.
FF Fator de razão de pressão crítica dos
X Razão entre a queda de pressão e a pressão
líquidos.
de entrada absoluta ()P/P1).
F( Fator de razão dos calores específicos.
XT Fator de razão na queda da pressão dos
FL Fator de recuperação de pressão dos gases.
líquidos.
XTP Fator da queda de pressão, combinando os
FLP Combinação dos fatores FL e FP para uma fatores XT e FP para válvula instalada entre
válvula instalada com redução e expansão. redução e expansão.
FP Fator da geometria da tubulação. Y Fator da expansão dos gases ou vapores.
FR Fator de número de Reynolds. Z Fator de compressibilidade.
Gg Densidade relativa do gás tomada nas D Peso específico.
condições de trabalho (sendo o ar o gás de
)P Queda de pressão (P1- P2).
referência cuja densidade é igual a 1,000).
Gf Densidade relativa do líquido à temperatura )PMAX Queda de pressão permitida para fluxo
de entrada (sendo a água o líquido de crítico.
referência cuja densidade é igual a 1,000). <(nu) Viscosidade cinemática, centistokes.
( Relação dos calores específicos de um gás :(mu) Viscosidade absoluta, centipoises.
(Cp/Cv).
Kc Coeficiente de cavitação incipiente.
Sub-índices
M Peso molecular.
1 Condições de entrada (montante)
N Constante numérica.
2 Condições de saída (juzante)
P1 Pressão de entrada absoluta.
g Gás
P2 Pressão de saída absoluta.
f Líquido
Pc Pressão crítica termodinâmica absoluta.
Pr Pressão reduzida, (P1/Pc)
PV Pressão de vapor do líquido a temperatura do
fluxo.
q Vazão volumétrica.
qmax Máxima vazão volumétrica (condição de fluxo
crítico).
REV Número de Reynolds relativo à válvula.

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 17


9 - Exemplos de Dimensionamento

1 - Cálculo de CV
2 - Cálculo de velocidade

9.1 - Exercício Nº1

Condições de Serviços
Fluído = Água P1 = 10 Bar(a) ΔP = 8 Bar PV = 0,4739 Bar(a) Gf = 0,9739
q = 400m3/h P2 = 2 Bar(a) t1 = 80°C PC = 221,0591 Bar(a) Visc = 1,00 cts

Tubulação de Entrada e Saída = 10 pol. Sch 40

9.1.1 Primeiro passo

Cálculo preliminar do CV

FR = 1,00 FP = 1,00
q Gf 400 0,9739
Cv = = = 161,3452
N 1 * FP * F R )P 0,865 * 1 * 1 8
Válvula pré selecionada
Série: 1000-1010 Fluxo tende: Abrir
Diâm. : 6 pol Diâm. Orifício: 7 pol
Classe: 300 Cᵥ: 390 / Curso: 2 pol
Característica: = % na gaiola Falta de ar: Fecha

9.1.2 Segundo passo

Verificação da condição de fluxo pelo Número de Reynolds - REV


1/4
N F q FL2 * Cvi2
REV = 4 * D * + 1,00
L FL * Cvi N2 * d4
L

FD = 0,41 para válvula série 1000-1010 com fluxo que tende abrir
FL = 0,89 para válvula série 1000-1010 com fluxo que tende abrir
Cvi = 1,3 Cᵥ = 1,3 161,3452 = 209,7488
N2 = 890 (quando “d” é em polegadas)
N4 = 0,076 (quando “q” é em m3/h)
76000 1/4
76.000 * 0,41 * 400 0,892 * 209,74882
REV = + 1 = 912.247,5267 * 1,0075 = 919.089,3832
1 0,89 * 209,7488
L
890* 64

Como o número de Reynolds é > 10.000, a condição de fluxo é turbulenta e o Cᵥ deve ser calculado para esta
condição.

18 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.1.3 Terceiro passo

Verificação do fluxo crítico


Pv 0,4739
FF = 0,96 - 0,28 = 0,96 - 0,28 = 0,9470
Pc 221,0591
FLP 2
)PM = ( ) (P1 - FF - PV)
FP

9.1.4 Quarto passo

Cálculo do Fator da Geometria - FP


1
FP =
2
E. CVi
1+
N2 d2
( (
Cᵥᵢ = 1,3 * 161,3452 = 209,7488

Coeficientes de resistência, da redução, expansão e Bernoulli - E.

E. = .1 + .2 + .B1 - .B2
2 2
d 2 6 2
.1 = 0,5 1 -
( D1 ( 2
= 0,5 1 -
( (10
2
= 0,2048

2 2

( ( ( (
d 6
.2 = 1 1- = 1 1- = 0,4096
D1 10
4 4

.B1 = 1 -
( (
d
D1
4
=1-
( ( 6
10
4
= 0,8704
Kb1

.B2 = 1 -
( (
d
D1
=1-
( ( 6
10
= 0,8704
Kb2

E. = 0,2048 + 0,4096 + 0,8704 - 0,8704 = 0,6144 SumK

1
FP = = 0,9885
2

( (
0,6144 209,7488
1+ 890 62

Cv 161,3452
< Cvi < 209,7488
Fp 0,9885

163,2248 < 209,7488 Condição Atendida

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 19


9.1.5 Quinto passo

Cálculo do Fator Combinado - FLP


FL 0,89
FLP = = = 0,8784
2 2

( ( ( ( ( ( ( (
2 2
FL C 0,89 161,3452
1+ N (.1 + .b1) 2v 1+ (0,6144 +0,8742 ) 0,8815
2 d 890 62
0,2048
9.1.6 Sexto passo

Verificação do Fluxo Crítico


2 2
)PM =
( )
FLP
FP
(P1 - FF * PV) =
0,8784
0,9885 ( ) (10 - 0,9470 * 0,4738) = 7,5421 Bar

Como o ΔPM (7,541 Bar) < ΔP (8,000 Bar), o fluxo é crítico, e o ΔPM deve ser usado para o cálculo do Cᵥ.

9.1.7 Sétimo passo

Cálculo de CV para condição do Fluxo Crítico


q Gf 400 0,9734
Cv = = = 168,1163
N1 * FP )PM 0,865 * 0,9885 7,5421

Comentário: Em função do Cᵥ requerido, o diâmetro da válvula pré-selecionada está correto, trabalhando


numa abertura de aproximadamente 78% do curso.

9.1.8 Oitavo passo

Queda de pressão para incipiente de cavitação - ΔPi

ΔPi = KC (P1 - Pv) KC = 0,65 para válvula 1010 com orifício integral e fluxo
tende a abrir
ΔPi = 0,65 (10,000 - 0,4739) = 6,1923Bar

Como o ΔPi (6,192 Bar) < ΔPprocesso (8,000 Bar) a válvula cavita

9.1.9 Nono passo

Verificação da Cavitação Total

ΔP > ΔPM e P2 > PV

8,000 Bar > 7,5421 Bar e 2,000 Bar(a) > 0,4739 Bar(a)

Pelo comparativo acima a válvula está com cavitação total e interno anti-cavitante é recomendável.

20 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.1.10 Décimo passo

Selecionamos a mesma válvula, porém, com internos anti-cavitante de 1 estágio.


Diâmetro do orifício: 7,0 pol. Curso: 2 pol. Cᵥ: 207,1 FL: 0,95 KC: 0,90
Calcular novamente o ΔPi
ΔPi = KC (P1* PV ) = 0,90 (10,000 - 0,4759) = 8,572 Bar
Como o ΔPi (8,572 Bar) > ΔP (8,000 Bar) a válvula não cavita.

9.1.11 Décimo primeiro passo

Verificação do Fluxo Crítico


FL 0,95
FLP = = =0,9296
2 2

( ( ( ( ( ( ( (
2
FL Cv 0,95 161,3452
1+ 2 (.1 + .b1) 1+
890
(0,2048 +0,8704 )
N2 d2 62

9.1.12 Décimo segundo passo

Verificação do Fluxo Crítico


2

( ) FLP
( )
2
)PM = (P1 - FF * PV) = 0,9296 (10 - 0,9470 * 0,4738) = 8,4470 Bar
FP 0,9885

Como o ΔPM (8,4470 Bar) > ΔP (8,000 Bar), o fluxo é subcrítico, e o ΔP deve ser usado para o cálculo do Cᵥ.

9.1.13 Décimo terceiro passo

Cálculo final do CV

q Gf 400 0,9739
Cv = = = 163,2223
N1 * FP )PM 0,865 * 0,9885 8

A Válvula de Diâmetro de 6 pol. com Cᵥ sel. =207,1 com Internos Anti - cavitante 1 Estagio está correta

9.1.14 Décimo quarto passo

Cálculo de Velocidade de Saída


N *q
7 354 * 400
V= 2
= 2 = 6,0967m/s
d2 152,4

q = 400 m3/h
N7 = 354 quando q é m3/h
d2=6*25,4=152,4mm

Em função da Velocidade, a Válvula pré-selecionada está correta.

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 21


9.1.15 Conclusão

A Válvula pré selecionada está correta, portanto, a especificação fica assim:

Modelo 1000-1010
Diâmetro: 6 pol. - Classe: 300
Internos Anti-cavitante 1 ( um ) Estágio
Característica : Linear
Classe de Vazamento : IV

9.2 - EXERCÍCIO Nº2

Fluido = Nitrogênio
3 3 PC = 33,96 bar(a)
q = 30.000 Nm /h = 31.714,3 m /h a 1,0133 bar(a) a 15,6°C
P1 = 20 bar(m)+1,0133 = 21,013 bar(a) M = 28
(=1,4
P2 = 2 bar(m)+1,0133 = 3,013 bar(a)
T1 = 70°C + 273,15 = 343,15 K
Diâmetro da tubulação, entrada e saída = 10pol.-sch 40
ᶹT == 126,20
C
1,000 cts
K

9.2.1 Primeiro passo

Pré-selecionamos uma válvula modelo 1010 com internos balanceados e baixo ruído de 3 estágios.
FL = 0,99 XT = 0,99
( 1,4 T1 343,15
F( = = = 1,00 Tr = = = 2,72
1,4 1,4 Tc 126,20

P1 21,013
Pr = = = 0,619
Pc 33,959

Z = 0,997 ( Vide Fig -1 )

Fig- 1 Fator de Compressibilidade - Z


1,00
4,0 1,05
1,10
1,15
Fator de compressibilidade Z

1,20
1,30
1,40
1,50
3,0 1,60

1,80
2,00

2,50
3,00
2,0 3,50
T r =2,72 4,00
5,00
Tr
6,00
8,00
10,00
15,00

1,0

0,997 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Pr = 0,619 Pressão reduzida, Pr

22 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


Verificação da condição do fluxo em função da queda de pressão - X
21,013 - 3,013
X = )P = 1 2 =
P -P
= 0,857
P1 P1 21,013
F( * XT = 1,00 * 0,99 = 0,99
X(0,856) < F( * XT (0,99) → Condição de fluxo sub-crítico
Fator de expansão Y considerando d = D

Y = 1- X = 1 - 0,857 = 0,712
X * F( * XT 3 * 1 * 0,99

9.2.2 Segundo passo

Cálculo preliminar do Cᵥ
Pelos dados fornecidos, a seguinte equação será usada:

q M * T1 * Z 31.714,3 28 * 343,15 * 0,997


Cv = = = 99,64
N9 * P1 * FP * Y X 2250 * 1,000 * 21,013 * 0,712 0,857

N9 = 2250
FP = 1,000 para d = D

Pré-selecionamos um diâmetro 8 pol. com Cᵥsel =125

9.2.3 Terceiro passo

Verificação da condição de fluxo pelo número de Reynolds - REV


1/4
N F q FL2 * Cvi2
REV = 4 * D * + 1,00
L FL * Cvi N2 * d4
L

Cvi = 1,3 * CV = 1,30 * 99,64 = 129,22


N4= 76.000 N2 = 890 FD = 0,13 → para válvula com fluxo que tende a fechar
1/4
76.000 * 0,13 * 31.714,3 0,992 * 129,222
REV = + 1,00 = 27.703.179,05 * 1,06 = 29.508.756,22
1,00 0,99 * 129,22 890 * 84

Como o número de Reynolds >10.000, a condição de fluxo é turbulenta e o Cᵥ deve ser calculado para esta
condição.

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 23


9.2.4 Quarto passo

Coeficientes de resistência, da redução, expansão e Bernoulli - E.


E. = .1 + .2 + .B1 - .B2
2 2

( ( ( (
d 2 8 2
.1 = 0,5 1 - = 0,5 1 - = 0,0648
D1 10
2 2

( ( ( (
d 2 8 2
.2 = 1 1- = 1 1- = 0,1296
D1 10
4 4

.B1 = 1 -
( (d
D1
=1-
( ( 8
10
= 0,4096

4 4

.B2 = 1 -
( (d
D1
=1-
( ( 8
10
= 0,4096

E. = 0,0648 + 0,1296 + 0,4096 + 0,4096 = 0,1944

Fator da geometria da tubulação - FP


1 1
FP = = = 0,9992
2 2
E. CVi 129,22
( ( ( (
0,1944
1+ 1+
N2 d2 890 82

N2 = 890 → quando "d" é em pol.

Fator da razão da queda de pressão, combinando os fatores XT e FP = XTP


-1
2
XT XT (.1 + .1B) Cvi 0,99 0,99(0,0648 + 0,4096)129,222
XTP = 2 +1 = 2 +1,00 = 0,9889
Fp N5 * d 4
0,999 1000 * 84

N5 = 1000 → quando" d" é em pol.

9.2.5 Quinto passo

Reanalisar condição de fluxo para d ≠D

F( * XTP = 1,00 * 0,9889 = 0,9889


X(0,857) < F( * XTP (0,9889) → Contínua condição de fluxo subcrítico
Fator de expansão Y para d ≠ D

Y=1- X = 1- 0,857 = 0,7112


3 * F( * XTP 3*1*0,9889

24 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.2.6 Sexto passo

Cálculo Final do Cᵥ
q M * T1 * Z 31.714,3 28 * 343,15 * 0,997
Cv = = = 99,86
N 9 * P 1 * FP * Y X 2250* 0,9992* 21,013* 0,7112 0,856
A válvula de diâmetro 8 pol. Com Cvsel = 125 por enquanto está correta.

9.2.7 Sétimo passo

Cálculo de Velocidade de Saída


q * T2
MC = V V = 1,24
VC P2 * d22

q = 31.714,3 m3 a 1,013 bar(a) a 15,6°C


T2 = 343,15 K ( como não conhecemos a temperatura de saída, admite-se T2 = T1)
P2 = 3,013 bar(a)
d2 = 8 * 25,4 = 203,20 mm

Velocidade de escoamento - V

q * T2 31.714,3 * 343,15
V = 1,24 2 = 1,24 = 108,47 m/s
P2 * d2 3,013 * 203,202

Velocidade sônica - VC

( * T2 1,4 * 343,15 = 377,77 m/s


VC = 91,2 = 91,2
M 28
( = 1,4 T2 = 343,15 K M = 28

MC = V = 108,47 = 0,287 → Limite 0,33 para válvula com internos de baixo ruído
VC 377,47

9.2.8 Conclusão

A válvula pré-selecionada está correta, portanto, a especificação fica assim:

Modelo 1000 - 1010


diâmetro: 8 pol
Classe: 300
Internos de Baixo Ruído: 3 Estágios
Classe de Vazamento: IV

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 25


9.3 - Exercício Nº3

Condições de Serviço

Fluido = Óleo PV = 5 psia


q = 900 gpm PC = 800 psia
P1 = 100 psia t1 = 80°F
P2 = 60 psia Gf = 0,800
ΔP = 40 psia : = 500 cps

Tubulação de entrada e saída = 6 pol. Sch 40

9.3.1 Primeiro passo

Cálculo preliminar do Cᵥ
FR = 1,00 e FP = 1,00

q Gf 900 0,8
Cv = = = 127,2792
)PM 40

Válvula pré-selecionada:
Série: 85-08 Característica: Linear Cᵥ: 195
Diâmetro: 4pol Diâmetro Orifício: 3,25 pol Curso: 2 pol
Classe: 150 Fluxo tende : Abrir Falta de Ar: Fecha

9.3.2 Segundo passo

Verificação da Condição de Fluxo pelo Número de Reynolds - REV


1/4
N F q FL2 * Cvi2
REV = 4 * D * + 1,00
L FL * Cvi N2 * d4
L

FD = 0,46 para válvula série 85-08 com fluxo tendendo abrir


FL = 0,90 para fluxo tendendo abrir com passagem integral
N2 = 890 → quando d é em polegada
N4 = 87300 → quando q é em gpm

:
<= = 500 = 625 cts
GF 0,8

Cvi = 1,3 * CV = 1,30 * 127,2792 = 165,46


1/4
87.300 * 0,46 * 900 0,92 * 165,4632
REV = + 1,00 = 4738,7398 * 1,0235 = 4850,1002
625 0,90 * 165,463 890 * 44

Como o número de Reynolds é < 1.0000,00 calcular o fator do número de Reynolds, FR

26 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.3.3 Terceiro passo

Fator do número de Reynolds - FR para passagem integral, onde:


Cvi
> 0,16 * N18 para REV > 10 N18 = 645
2
d

127,2792*1,3 > 0,016 645 10,3414 > 10,3200 para REV ( 4850,1002) >10
4
2 *

Fator do número de Reynolds - FR

(
FR = 1 +
0,33 * FL1/2
0 2
1/4 ( (
Log
REV
10.000 ( OU
FR =
0,026
FL
02 * REV

02 = N2 2 =
890
2
= 8,3220

( ( ( (
Cvi 127,2792 * 1,3
2 2
d 4

0,33 * 0,91/2
( ( ( (
4850,1002
FR = 1 + 1/4
Log = 0,8868
8,3220 10.000

0,026
FR =
0,9
8,32220 * 4850,1002 = 5,8039 → Não deve exceder 1,000

Para Cálculo de Cᵥ se escolhe o menor valor de FR

Cálculo final do Cᵥ

Cv 127,2792
< Cvi < 127,2792 * 1.3 143,5264 < 165,4630
FR 0,8868

Como o CV/FR é menor do que o Cvi , o diâmetro da válvula pré - selecionado em função do CV calculado
(143,5264) está correto.

9.3.4 Quarto passo

Delta P para incipiente da cavitação - ΔPi

ΔPi = KC (P1 - PV) KC = 0,65 para válvula 85-08 com orifício integral e fluxo tende a abrir
ΔPi = 0,65 (100 - 5) = 61,75 psi

Válvula não cavita devido o ΔP de processo (40psi) ser menor do que o ΔPi (61,75psi).

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 27


9.3.5 Quinto passo

Cálculo de Velocidade
N7 = 0,408 → quando q é em gpm q = 900 gpm d 2= 4 pol
N7 * q 0,408 * 900
V=
d2
2
=
4
2
= 22,95 pés/s → limite: 50 pés/s

Comentário: Em função da velocidade, a válvula pré selecionada está correta.

9.3.6 Conclusão

A Válvula pré - selecionada está correta, portanto, a especificação fica assim:

Modelo 85 - 08
Diâmetro: 4 pol. - Classe : 150
Característica : Linear
Classe de Vazamento : IV

9.4 - Exercício Nº4

Condições de Serviço

Fluido = Vapor Superaquecido t1 = 170° C


3
W = 40000 kg/h D1 = 1,9926 kg/m
2 2
P1 = 3 kg/cm man = 4,033 kg/cm Abs (= 1,20
P2= 2 kg/cm2 man = 3,033 kg/cm2 Abs M = 18,02

Diâmetro da tubulação de entrada e saída de 14 pol. sch - 40

9.4.1 Primeiro passo

Pré - Selecionamos uma Válvula Borboleta modelo 87B - 32

( FP = 1,000
F( = = 1,20 = 0,8571
1,40 1,40 XT = 0,500

Verificação da condição de fluxo em função da razão da queda de pressão - X

P1- P2 4,033 - 3,033


X= = = 0,2480
P1 4,033

28 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.4.2 Segundo passo

F( * XT = 0,8571 * 0,500 = 0,4286


X(0,2480 ) < F( * XT (0,4286) → Condição de fluxo sub - crítico

Fator de Expansão Y considerando d = D

X 0,2480
Y = 1,000 - = 1,000 - = 0,8071
3* F(* XT 3* 0,8571* 0,500

9.4.2 Terceiro passo

Calculo preliminar do Cᵥ
Pelos dados fornecidos a seguintes equação será usada:

N6 = 27,3 FP = 1,000 para d = D

w 4000
Cv = = = 1285,9379
N6 * FP * Y X * P1 * D1 27,3 * 1,000 * 0,8071 0,2480 * 4,033 * 1,9926

Pré-selecionamos um diâmetro de 10 pol. com CV a 70 graus de 2910

9.4.3 Quarto passo

Coeficientes de resistência, da redução, expansão e Bernoulli - E.

E. = .1 + .2 + .B1 - .B2
2 2

( ( ( (
d 2 10 2
.1 = 0,5 1 - = 0,5 1 - = 0,1200
D1 14

2 2

( ( ( (
d 2 10 2
.2 = 1 1- = 1 1- = 0,2400
D1 14

4 4

.B1 = 1 -
( (
d
D1
=1-
( ( 10
14
= 0,7397

4 4

.B2 = 1 -
( (
d
D1
=1-
( ( 10
14
= 0,7397

E. = 0,1200 + 0,2400 + 0,7397 - 0,7397 = 0,3600

MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER | 29


9.4.5 Quinto passo

Fator da Geometria da Tubulaçào - FP


1 1
FP = = = 0,9479
2 2
0,3600 1671,7193
( (
E. CVi
1+
N2 d2 ( ( 1+ 890 102

CVi = 1285,9379 * 1,3 = 1671,7193


N2 = 890 quando d é em pol.

9.4.6 Sexto passo

Fator da razão da queda de pressão, combinando os Fatores XT e FP = XTP

2
-1 2
-1
XT XT (.1 + .1B) Cvi 0,405 0,405(0,1200 + 0,7397)1671,7193
XTP = 2 +1 = 2 +1,00 = 0,4108
Fp N5 * d 4
0,9479 1000 * 104

XT = 0,405 para ângulo de 53 graus


N5 = 1000 quando d é em pol.

9.4.7 Sétimo passo

Reanalisar a condição de fluxo para d ≠D

F( * XTP = 0,8571 * 0,4108 = 0,3521


X(0,240) < F( * XTP (0,3521) → Condição de fluxo sub - crítico
Fator de expansão Y considerando d ≠ D

Y = 1- X = 1- 0,2480 = 0,7652
3 * F( * XTP 3 * 0,8571 * 0,4108

9.4.8 Oitavo passo

Cálculo do Cᵥ Final

Cv = w = 40000 = 1430,9019
N6 * FP * Y X * P1 * D1 27,3 * 0,9479 * 0,7652 0,2480 * 4,033 * 1,9926

A válvula de diâmetro 10 pol. com Cᵥ sel = 2910 por enquanto está correta.

30 | MANUAL DE DIMENSIONAMENTO PARA VÁLVULAS DE CONTROLE HITER


9.4.9 Nono passo

Cálculo da Velocidade de Saída pelo Numero de Mach - Mc

Mc= V
Vc

Velocidade de Escoamento - V

3
N11= 354 quando a vazão é kg/h d = 10 * 25,4 = 254,00 mm VE2 = 0,6691 m /kg

N11 * W * Ve2 354 * 40000 * 0,6621


V= 2
= = 146,8544 m/s
d 2 2542

Velocidade Sônica - VC

Vc = 25,54 T2 T2 = t1+ 273 = 170 + 273 = 443K

Vc = 25,54 443 = 537,5548 m/s

Mc= V = 146,8544 = 0,2732 → Limite 0,50 para a válvula Borboleta


Vc 537,5548

A válvula de 10 pol. com velocidade de saída Mach 0,2732 está correta

9.4.10 Conclusão

A Válvula pré - selecionada está correta, portanto, a especificação fica assim:

Modelo 87B - 32
Diâmetro: 10 pol - Classe : 150
Classe de Vazamento: IV

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