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Motriz, Rio Claro, v.16 n.4, p.1024-1032, out./dez. 2010 doi: http://dx.doi.org/10.5016/1980-6574.

2010v16n4p1024

Artigo de Revisão

Atividade física e funcionalidade do idoso


Marcos Gonçalves Maciel
Escola de Educação Física, Fundação Helena Antipoff, Ibirité, MG, Brasil
Resumo: A adoção de um estilo de vida ativo proporciona diversos benefícios à saúde, uma vez que é
considerado como um importante componente para a melhoria da qualidade de vida e da independência
funcional do idoso. Porém, tão importante quanto investigar os benefícios biopsicossociais adquiridos pela
prática da atividade física, é compreender os fatores associados que influenciam a sua adesão e
manutenção. Sendo assim, a partir de uma revisão da literatura, o presente artigo tem como proposta
discutir a relação entre adesão à prática da atividade física e a funcionalidade do idoso.
Palavras-chave: Idoso. Atividade Física. Funcionalidade.

Physical activity and function in elderly


Abstract: Adopting an active lifestyle provides many health benefits and is regarded as an important
component to improving the quality of life and functional independence of the elderly. But as important as
investigating the biopsychosocial benefits acquired by the practice of physical activity, is the understanding
of associated factors that influence the adherence and maintenance. Thus, from a review of the literature,
this article had the purpose to discuss the proposed adherence of the relationship between physical activity
and of the elderly functionality.
Key Words: Elderly. Physical Activity. Functionality.

Introdução regulares, dentre outros, que são passíveis de


O envelhecimento é um fenômeno complexo e serem modificadas. Essa mesma organização
variável, sendo o seu estudo realizado sob uma reconhece a prática de atividades físicas como
perspectiva interdisciplinar. Nahas (2006) define o um relevante meio de promoção da saúde e
envelhecimento como um processo gradual, redução dos fatores de risco.
universal e irreversível, provocando uma perda Porém, ao se refletir sobre as atividades
funcional progressiva no organismo. Esse físicas, precisa-se pensar além dos benefícios
processo é caracterizado por diversas alterações biopsicossociais proporcionados pela sua prática,
orgânicas, por exemplo, como a redução do como também, por exemplo, compreender as
equilíbrio e da mobilidade, das capacidades mudanças de comportamentos individuais e/ou
fisiológicas (respiratória e circulatória) e coletivos para a adesão e manutenção dessas
modificações psicológicas (maior vulnerabilidade atividades. Essas só proporcionarão os devidos
à depressão). benefícios, se realizadas continua e corretamente.
Segundo Shumway-Cook e Woollacott (2003), Sendo assim, tão importante quanto investigar os
há duas linhas teóricas principais que investigam benefícios proporcionados por essas práticas, é
o envelhecimento, uma, considerando os compreender como motivar as pessoas a se
aspectos primários, e a outra os secundários. A manterem engajadas neste propósito. Dessa
primeira está relacionada às características forma, o presente artigo tem como proposta
genéticas e à deteriorização do sistema nervoso; discutir aos fatores que influenciam a adesão de
a segunda avalia a influência dos danos causados idosos pela prática de atividades físicas.
por fatores ambientais, como a radiação, a
poluição, o estilo de vida, dentre outros. O
Idoso
Define-se como idoso todo indivíduo com
envelhecimento como fenômeno complexo requer
idade igual ou superior a 60 anos para países em
uma inter-relação entre os diversos componentes
desenvolvimento ou 65 anos, no caso de nações
associados.
desenvolvidas (OMS, 2005). As condições de
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, saúde da população idosa podem ser
2006), um dos componentes mais importantes compreendidas por indicadores específicos do
para se ter uma boa saúde é o estilo de vida processo saúde/doença, destacando-se o perfil
adotado pelas pessoas, o qual pode ser entendido de morbidade, mortalidade e qualidade de vida
como as ações realizadas pelo indivíduo no seu desta faixa etária. Especificamente com relação
dia a dia: alimentação, uso de drogas – lícitas às causas de morbidade no idoso, merecem
e/ou ilícitas –, prática de atividades físicas destaque as doenças e agravos não-
Atividade física e idoso

transmissíveis (DANT), pois exigem em: a) atividades básicas de vida diária (ABVD) –
acompanhamento constante para que possa que envolvem as relacionadas ao auto-cuidado
evitar o aumento da mortalidade nessa como alimentar-se, banhar-se, vestir-se, arrumar-
população. se; b) atividades instrumentais de vida diária
(AIVD) – que indicam a capacidade do indivíduo
Lima-Costa, Barreto, Giatti (2003) investigaram
de levar uma vida independente dentro da
as condições de saúde do idoso brasileiro
comunidade onde vive e inclui a capacidade para
(N=28.943). A prevalência de relato de DANT
preparar refeições, realizar compras, utilizar
encontrada foi de 69%. As principais doenças
transporte, cuidar da casa, utilizar telefone,
relatadas pelos indivíduos participantes do estudo
administrar as próprias finanças, tomar seus
foram: hipertensão arterial (43,9%), artrite
medicamentos.
(37,5%), doenças do coração (19,0%) e diabetes
(10,3%). Essas doenças tendem a se manifestar Entende-se então que a limitação ou a não
de forma ainda mais expressiva quanto maior for realização dessas atividades, desenvolve um
a idade. quadro de incapacidade funcional do idoso.
Segundo Parahyba, Veras (2008), existem
Sabe-se que as DANT podem afetar a
diversas formas de mensurar essa limitação, por
funcionalidade dos idosos, dificultando ou
exemplo, através da declaração indicativa de
impedindo o desempenho de suas atividades
dificuldade ou de necessidade de ajuda tanto nas
cotidianas de forma independente. Ainda que não
tarefas básicas de cuidados pessoais e quanto
sejam fatais, essas condições geralmente tendem
nas mais complexas, imprescindíveis para viver
a comprometer de forma significativa a qualidade
de forma independente na comunidade.
de vida dos mesmos (BRASIL, 2006). Portanto,
manter a autonomia e independência durante o Segundo esses mesmos autores, a avaliação
processo de envelhecimento é uma meta funcional dos idosos, nos países mais
fundamental a ser alcançada. desenvolvidos, vem apontando uma melhoria nas
condições de funcionalidade dessa população
A funcionalidade pode ser entendida como a
devido a uma multifatoriedade:
capacidade da pessoa desempenhar
determinadas atividades ou funções, utilizando-se i) melhoria da tecnologia médica; ii) mudanças
comportamentais; iii) desenvolvimento de
de habilidades diversas para a realização de aparelhagem específica para pessoas com
interações sociais, em suas atividades de lazer e problemas de saúde; iv) melhoria do da
em outros comportamentos requeridos em seu condição socioeconômica, principalmente em
dia-a-dia. De modo geral, representa uma relação ao aumento do nível educacional dos
idosos e da mudança na composição
maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz ocupacional; e v) mudanças no padrão
de independentemente desempenhar as epidemiológico da população, com diminuição
atividades necessárias para cuidar de si mesma e substantiva das doenças infecciosas que muitas
de seu entorno (DUARTE, ANDRADE, LEBRÃO, vezes ocorriam na infância e determinavam
limitações e dificuldades funcionais na fase
2007). Essas atividades são conhecidas como
adulta da vida do indivíduo (PARAHYBA,
atividades de vida diária (AVD) e subdividem-se VERAS, 2008, p. 1258).
Nível antropométrico Nível Muscular Nível Pulmonar Nível Neural Nível Cardiovascular Outras
Diminuição no
Perda de 10 a 0% na
número e no
força muscular Diminuição da
Diminuição da tamanho dos
Maior índice de agilidade
capacidade vital neurônios
fadiga muscular Diminuição da
Aumento do Diminuição na
Menor capacidade coordenação
volume residual velocidade de Diminuição do gasto
Aumento do peso para hipertrofia Diminuição do
Aumento da condução energético
corporal/gordura Diminuição na equilíbrio
ventilação nervosa Diminuição da
Diminuição da estatura atividade oxidativa Diminuição da
durante o Aumento do freqüência cardíaca
Diminuição da massa Diminuição dos flexibilidade
exercício tecido conetivo Diminuição do volume
muscular estoques de fontes Diminuição da
Menor nos neurônios sistólico
Diminuição da energéticas mobilidade
mobilidade da Menor tempo Diminuição da
densidade óssea (ATP/CP/Glico-gênio) articular
parede torácica de reação utilização de O2 pelos
Diminuição na Aumento da
Diminuição da Menor tecidos
velocidade de rigidez da
capacidade de velocidade de
condução cartilagem, dos
difusão movimento
Diminuição na tendões e dos
pulmonar Diminuição no
capacidade de ligamentos
fluxo sangüíneo
regeneração
cerebral

Quadro 1. Efeitos deletérios do envelhecimento (Adaptado de MATSUDO, 1996).

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A perda dessa funcionalidade pode ser autoimagem e autoestima encontradas na


atribuída a algumas modificações população estudada.
morfofisiológicas que ocorrem no indivíduo
durante o processo de envelhecimento, limitando Na área física, observa-se a redução do risco
a sua autonomia, e conseqüentemente a de mortes prematuras, doenças do coração,
independência. Dentre essas alterações podemos acidente vascular cerebral, câncer de cólon e
citar as contidas no Quadro 1. mama e diabetes tipo II; bem como, atua na
prevenção ou redução da hipertensão arterial,
Nesse sentido, a prática das atividades físicas
previne o ganho de peso ponderal (diminuindo o
tem sido consistentemente associada
beneficamente para a manutenção da risco de obesidade), auxilia na prevenção ou
funcionalidade, reduzindo os efeitos deletérios redução da osteoporose, promove bem-estar,
ocasionados pelo envelhecimento (OMS, 2005). reduz o estresse, a ansiedade e a depressão
(OMS, 2006).
Atividade Física
Por outro lado, quando as pessoas possuem
Caspersen, Powell, Christensen (1985)
um estilo de vida inativo ou pouco ativo, elas são
definiram atividade física como qualquer
classificadas como sedentárias. Segundo Nahas
movimento corporal, produzido pelos músculos
(2006, p 35) “considera-se sedentário um
esqueléticos, que resulta em gasto energético
indivíduo que tenha um estilo de vida com um
maior do que os níveis de repouso, por exemplo,
mínimo de atividade física, equivalente a um
como: caminhada, dança, jardinagem, subir
gasto energético (trabalho + lazer + atividades
escadas, dentre outras atividades. Esses mesmos
domésticas + locomoção) inferior a 500 Kcal por
autores conceituaram o exercício físico como toda
semana”. Esse fenômeno pode ser decorrente de
atividade física planejada, estruturada e repetitiva
diversos fatores, entre eles o desenvolvimento
que tem como objetivo a melhoria e a
tecnológico que proporcionou mais comodidade à
manutenção de um ou mais componentes da
vida, incentivando a hipocinesia; maior vivência do
aptidão física. Esta por sua vez pode ser definida
lazer doméstico (por exemplo, televisão, vídeo
em duas vertentes, relacionada à saúde e à
games e jogos de computador), em virtude do
performance (NAHAS, 2006). Segundo esse
crescimento da insegurança e do esvaziamento
autor, a primeira contempla atributos biológicos
dos espaços públicos nos centros urbanos;
(força e resistência muscular, flexibilidade,
carência de espaços e equipamentos de lazer
capacidade aeróbica, controle ponderal) que
comunitários que permitam a prática de atividades
oferecem alguma proteção ao aparecimento de
físicas, e outros fatores.
distúrbios orgânicos provocados pelo estilo de
vida sedentário; a segunda relacionada à São inúmeros os dados na literatura que
performance, envolve uma série de componentes demonstram os enormes custos sociais
relacionados ao desempenho esportivo ou laboral, decorrentes da adoção de um estilo de vida
como a agilidade, o equilíbrio, a coordenação, a sedentário (LAMBERTUCCI, PUGGINA, PITHON-
potência e as velocidades de deslocamento e de CURI, 2006; PITANGA, 2002). De acordo com o
reação muscular. Center for Disease Control and Prevention dos
EUA (CDC, 2004), a inatividade física é
Sendo assim, deve-se estimular a população
responsável por aproximadamente dois milhões
idosa à prática de atividades físicas capazes de
de mortes prematuras no mundo anualmente
promover a melhoria da aptidão física relacionada
(estima-se que ela seja responsável por 10 a 16%
à saúde. Segundo estudos epidemiológicos, a
dos casos de cânceres de cólon e mama e
prática das atividades físicas proporciona
diabetes, e 22% das doenças isquêmicas do
benefícios nas áreas psicofisiológicas. Sobre os
coração); também acarreta uma elevação do
benefícios psicológicos proporcionados pela
custo econômico para o indivíduo, para a família e
prática de atividades físicas Meurer, Benedetti,
para a sociedade. Segundo dados do CDC
Mazo (2009), realizaram um estudo com 150
(2004), só nos Estados Unidos, em 2000, a
idosos de ambos os sexos, que praticavam
inatividade física foi responsável pelo gasto de 76
exercícios físicos em duas universidades públicas
bilhões de dólares com custos médicos,
do sul do Brasil. Os resultados demonstraram que
mostrando assim que seu combate merece
a participação nessas atividades podem ser um
prioridade na agenda da saúde pública.
dos fatores da percepção positiva sobre a

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Atividade física e idoso

Seguindo as diretrizes da promoção da saúde, pesquisadores à medida que a compreensão


as atividades físicas apresentam-se como um dos desses fatores pode fornecer informações que
componentes mais importantes para a adoção de levem a uma intervenção mais efetiva à sua
um estilo de vida saudável e uma melhor prática (MALAVASI et al., 2007; REIS, 2001).
qualidade de vida das pessoas (OMS, 2006).
Para a OMS (2006), a probabilidade de um
Mas, infelizmente, apesar de todo conhecimento
indivíduo e/ou comunidade ser fisicamente ativa
sobre os efeitos deletérios proporcionados pela
está relacionado à influência da análise de fatores
inatividade física, ainda constata-se um aumento
individuais, micro e macro-ambientais. Segundo
dessa prevalência em âmbito mundial,
essa instituição, os fatores macroambientais
acarretando em um rápido crescimento das
incluem as condições gerais socioeconômicas,
DANT.
culturais e ambientais. As influências resultantes
Estudos em nível mundial demonstram o perfil dos micros ambientes incluem a ligação do
da população inativa fisicamente como sendo ambiente onde se vive e se trabalha, bem como o
mais prevalente em mulheres, idosos, indivíduos suporte das normas sociais e das comunidades
de baixo nível socioeconômico e escolaridade locais. Nos fatores individuais, as atitudes em
(WEINBERG, GOULD, 2001; GOMES, relação à atividade física, o acreditar na sua
SIQUEIRA, SICHIERI, 2001; FARIA JUNIOR, própria possibilidade de ser ativo ou o
MENDES, BARBOSA, 2007). conhecimento de oportunidades no dia-a-dia,
pode influenciar a probabilidade de ser ativo ou de
Fatores associados à prática da alguém tentar novas atividades.
atividade física
De acordo com a OMS (2006), apesar de o
Em virtude do aumento da quantidade de
ambiente ser uma chave influente nos níveis de
pessoas inativas podemos fazer os seguintes
atividade física, alguns fatores psicossociais
questionamentos: porque que algumas pessoas
influenciam as decisões das pessoas sobre os
são ativas e outras não? E porque outras tantas
seus estilos de vida e as suas escolhas em um
que iniciaram um programa de atividade física a
1 comportamento saudável ou de risco. Esses
abandonam ? A adesão às atividades físicas é
fatores psicossociais são classificados em
um fenômeno complexo e depende da relação de
positivos ou facilitadores, e negativos ou
diversas variáveis que geram os chamados
barreiras. Os primeiros são compreendidos em: 1)
fatores associados.
Auto-eficácia (acreditar na própria capacidade
Diversos autores nos últimos anos vêm se para ser ativo); 2) Intenção para o exercício; 3)
dedicando aos estudos sobre os fatores Ter prazer no exercício; 4) Nível percebido de
associados à prática da atividade física (SALLIS, saúde e aptidão física; 5) Automotivação; 6) Apoio
OWEN, 1994; JACKSON et al. 1999). Sallis, social; 7) Esperança de benefícios do exercício;
Owen (1999) realizaram uma meta-análise 8) Benefícios percebidos. Já as barreiras são
envolvendo aproximadamente 300 estudos e classificadas em: 1) A percepção da falta de
encontraram uma diversidade de fatores tempo; 2) A percepção de que não se é do “tipo
relacionados à atividade física em adultos, desportivo” (particularmente para as mulheres); 3)
apresentando uma associação (positiva ou Preocupações sobre a segurança pessoal; 4)
negativa) com a mesma, classificando esses Sensação de cansaço e preferência de descansar
fatores em seis diferentes dimensões: e relaxar no tempo livre; 5) Auto-percepções (por
demográficos e biológicos; psicológicos, exemplo, assumir que já é suficientemente ativo).
cognitivos e emocionais; culturais e sociais; Ao analisarmos essas variáveis, percebe-se haver
ambientais. Assim, a prática da atividade física uma inter-relação entre o comportamento, as
demonstra uma complexidade e diversidade dos barreiras e a adesão para a prática das atividades
aspectos que podem influenciar a sua realização. físicas (FIGUEIRA JUNIOR, 2000).
A investigação dos fatores que influenciam a Para Souza (2003), iniciar um programa de
adesão às atividades físicas como promoção da atividades físicas não é uma simples mudança de
saúde tem sido uma preocupação de comportamento, mas, deriva de uma série de
atos, incluindo o planejamento, adaptação inicial,
1
Aproximadamente 50% das pessoas deixam de praticar participação/manutenção e as experiências
atividade física ainda nos primeiros três a seis meses anteriores dos indivíduos.
(DISHMAN, 1994).

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Percebe-se que as teorias que pretendem (contras), incluem em sua análise fatores sociais
compreender a promoção da saúde são e do ambiente físico.
complexas, incorporando a análise de múltiplos
fatores através de uma perspectiva ecológica, ou Fatores associados à atividade física e
seja, abordam a interação dos aspectos pessoal- o idoso
comportamental, do ambiente e da Em recente pesquisa divulgada pela Secretaria
situação/momento em que se encontra o Estadual de Saúde de São Paulo (2009), os
indivíduo. Para Farinatti, Ferreira (2006), esses idosos paulistanos lideram o ranking dos que
modelos teóricos são multifacetados, levando em menos praticam atividades físicas. A pesquisa foi
consideração o grande número de variáveis com realizada com base em 2,6 mil entrevistas entre
potencial de influência sobre a capacidade dos homens e mulheres na cidade de São Paulo e em
indivíduos de tomar decisões em relação à saúde. outras 13 regiões do Estado. Das pessoas com
Ainda segundo esses autores: 60 anos ou mais ouvidas na pesquisa, 28,9% não
A concepção filosófica por trás desses modelos atendem às recomendações da OMS para a
teóricos é que tais escolhas não são feitas em prática de atividades físicas. Dados do Vigitel
um vazio (interpessoal, organizacional, político, (BRASIL, 2009) mostram que a prevalência de
econômico, ambiental, etc.). Portanto, devem
ser explicados como se dão as inter-relações inatividade física em geral entre os indivíduos
entre seus fatores determinantes (FARINATTI, com mais de 65 anos de idade é de 52,6%, nos
FERREIRA, 2006, p. 90). homens (51,7%) e nas mulheres (53,2%). Para se
Farinatti, Ferreira (2006), Seabra et al. (2008) reduzir o índice de inatividade física, se faz
relatam a elaboração de diversos modelos necessário compreender o fenômeno da adesão a
teóricos que tentam compreender as variáveis essas atividades.
mais influentes para a prática da atividade física, Cassou et al. (2008) investigaram a percepção
como: 1) Modelo da Crença em Saúde - de barreiras em idosos de diferentes níveis
desenvolvido nos anos 50, por um grupo de socioeconômicos para a prática de atividades
psicólogos da área social nos Estados Unidos, físicas. Os autores concluíram que a percepção
com o intuito de explicar os motivos que levavam das barreiras varia conforme o nível
ao fracasso as campanhas de prevenção e socioeconômico, sendo que os idosos de baixo
detecção de doenças assintomáticas; 2) Teoria poder aquisitivo atribuem como barreiras às
Cognitivo Social - ressalta que o comportamento dimensões ambientais, psicocognitivas e
se dá em termos de uma tríade de causalidade emocionais; já os de maior poder aquisitivo
recíproca: (a) os fatores internos pessoais (na alegam os fatores sociodemográficos e
forma de eventos cognitivos, afetivos e biológicos. Cerri, Simões (2007), através de um
biológicos); (b) os modelos de comportamento; (c) estudo transcultural (EUA e Brasil), investigaram
e as influências ambientais (do ambiente imposto, os motivos que levaram idosos a aderirem à
escolhido e do construído), interagem prática da hidroginástica. Os resultados da
influenciando-se mutuamente; 3) Modelo pesquisa demonstram que 58% dos idosos no
Ecológico - surgido na década de 70, aceita a Brasil tiveram como principal motivo para
influência em múltiplos níveis no comportamento, iniciarem essa atividade a orientação médica;
com ênfase nos fatores dos sistemas sociais, enquanto que 76% dos idosos nos EUA
políticas públicas e do ambiente físico. Em geral apresentaram como razão a preocupação em
tenta explicar como o ambiente afeta o manter-se saudável. As autoras concluíram que
comportamento e como o ambiente e o as diferenças motivacionais encontradas nesses
comportamento afetam um ao outro; 4) Teoria do grupos estão relacionadas com o nível
Comportamento Planejado - é orientada por socioeconômico, a escolaridade (a população
fatores sócio-cognitivos, o modelo assume que o brasileira tinha menos anos de escolaridade do
comportamento é determinado direta e que a norte-americana), e às deficiências em
unicamente pela intenção em realizá-lo ou não; 5) programas públicos de incentivo à prática de
Modelo Transteorético - embora também atividades físicas no Brasil.
primariamente psicológico, reconhece que fatores
específicos do processo de mudança, como a Em um estudo em Pelotas/RS, Reichert et al.
percepção dos benefícios (prós) e das barreiras (2007), encontraram como principais barreiras à
adesão às atividades físicas: a falta de dinheiro, a
sensação de cansaço, a falta de companhia e de

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Atividade física e idoso

tempo. Nessa amostra, entre os homens de 60 a efetivação das ações de adoção e manutenção de
69 anos, as barreiras mais relatadas foram falta atividades físicas.
de dinheiro, o fato de possuir doença ou lesão,
sentir-se muito cansado e o medo de lesionar-se. Atividade física e o idoso
Também foi verificado que os indivíduos de alto Evidências científicas indicam claramente que
nível socioeconômico relataram não praticar a participação em programas de atividades físicas
atividades físicas pelo fato de sentirem-se muito é uma forma independente para reduzir e/ou
cansados, enquanto para os de baixo nível prevenir uma série de declínios funcionais
socioeconômico a principal barreira foi falta de associados com o envelhecimento (VOGEL et al.
dinheiro. 2009; NELSON et al. 2007; OMS, 2005). Assim,
os principais benefícios de um comportamento
ANDRADE et al. (2000) ao realizarem uma
ativo do idoso podem ser classificados
pesquisa com idosos residentes na região
basicamente nas esferas biológica, psicológica e
metropolitana da capital paulista e em cidades do
social, destacando-se, entre esses benefícios: a)
interior do Estado, constataram que as barreiras
aumento/manutenção da capacidade aeróbia; b)
mais freqüentes para idosos de ambos os sexos
aumento/manutenção da massa muscular; c)
em cidades no interior foram: a) falta de
redução da taxa de mortalidade total; d)
equipamento; b) necessidade de repouso; c) falta
prevenção de doenças coronarianas; e) melhora
de local; d) falta de clima adequado; e) falta de
do perfil lipídico; f) modificação da composição
habilidade. Quando analisadas as barreiras
corporal em função da redução da massa gorda e
relatadas pelos idosos moradores na grande São
risco de sarcopenia; g) prevenção/controle da
Paulo, prevaleceram as seguintes respostas: a)
diabete tipo II e hipertensão arterial; h) redução da
falta de equipamento; b) falta de tempo; c) falta de
ocorrência de acidente vascular cerebral; i)
conhecimento; d) medo de lesão; e) necessidade
prevenção primária do câncer de mama e cólon; j)
de repouso. Segundo esses autores, fica
redução da ocorrência de demência; k) melhora
claramente evidenciado que as barreiras diferem
da auto-estima e da autoconfiança; l) diminuição
segundo o sexo e o tamanho da cidade, como
da ansiedade e do estresse; m) melhora do
também, que as mesmas estão ligadas à
estado de humor e da qualidade de vida.
condição de saúde e a vontade do indivíduo.
Satariano, Haight, Tager (2000) investigaram o A prática da atividade física pode ser
processo de envelhecimento e aptidão física em subdividida em quatro dimensões: 1) lazer
2.046 indivíduos maiores de 55 anos e, (exercícios físicos/esportes); 2) deslocamento
identificaram que as mulheres reportaram mais ativo (andando a pé ou de bicicleta); 3) atividades
barreiras para a prática da atividade física no domésticas (lavar, passar, etc); 4) laboral
tempo livre do que os homens e, as razões (atividades relacionadas à tarefa profissional). A
médicas/doenças aumentaram com a idade. primeira dimensão pode ser classificada como
Entre as primeiras cinco barreiras para a prática uma atividade estruturada (seguindo as
da atividade física nas mulheres foram citadas: a) características de exercícios físicos), enquanto
falta de companhia; b) falta de interesse (mais que as demais, como não estruturadas,
comum nas mulheres de 65 a 74 anos); c) fadiga; realizadas espontaneamente ao longo do dia.
d) problemas de saúde; e) artrite. Nas mulheres Nelson et al (2007) divulgaram um documento
maiores de 75 anos de idade problemas de saúde emitindo recomendações sobre os tipos e
e funcionais, como medo às quedas, foram as quantidades de atividade física necessários para
principais barreiras mencionadas. Em geral, ao se melhorar e manter a saúde dos idosos. As
elaborar um programa de promoção da atividade principais variáveis a serem observadas para a
física para o idoso deve-se levar em consideração prescrição são: modalidade, duração, freqüência,
a falta de companhia e de interesse, como as intensidade e modo de progressão; além das
principais barreiras, no momento de estabelecer necessidades físicas, características sociais,
políticas de saúde pública (MATSUDO, psicológicas e físicas do idoso. Torna-se
MATSUDO, NETO, 2001). importante enfatizar que o planejamento dos
Percebe-se a necessidade de se criar exercícios deve ser individualizado, levando em
estratégias de intervenção específicas para essa consideração os resultados prévios das
população, levando em consideração os aspectos avaliações médica e física.
sócio-demográficos e ambientais para uma

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M. G. Maciel

Teixeira, Batista (2009) realizaram uma meta- adaptação e hidratação adequada antes, durante
análise sobre os principais benefícios e limitações e após a atividade física.
da prescrição de distintos tipos de exercícios
físicos para idosos frágeis ou vulneráveis. Os Considerações finais
autores concluíram que o treinamento resistido A população idosa tem aumentado
possibilita ganhos importantes em força e consideravelmente em todo o mundo. Esse fato
também em outros parâmetros, os quais podem tem despertado a atenção da comunidade
ser otimizados de forma mais significativa quando acadêmica em desenvolver pesquisas e, do
trabalhados através de exercícios físicos Estado em elaborar políticas públicas
específicos, como observado em resultado aos direcionadas para o envelhecimento saudável.
treinamentos multidimensionais. A manutenção da capacidade funcional dos
Recomenda-se que se inicie o programa de idosos é um dos fatores que contribuem para uma
atividades físicas com um trabalho de baixo melhor qualidade de vida dessa população. Nesse
impacto e intensidade, fácil realização e de curta sentido, a prática de atividades físicas é um
duração, uma vez que a pessoa idosa, importante meio para se alcançar esse objetivo,
geralmente, não apresenta condicionamento devendo ser estimulada ao longo da vida.
físico desenvolvido e pode ter limitações músculo- Especificamente nessa faixa etária, deve-se
esqueléticas (NELSON et al, 2007). As principais priorizar o desenvolvimento da capacidade
atividades recomendadas para essa população aeróbica, flexibilidade, equilíbrio, resistência e
são os exercícios aeróbicos, força e resistência força muscular de acordo com as peculiaridades
muscular, flexibilidade e equilíbrio. dessa população, de modo a proporcionar uma
série de benefícios específicos à saúde
As atividades aeróbicas devem ser de
biopsicossocial do idoso.
intensidade moderada por 30 minutos diários em
cinco dias por semana ou ainda atividades Para tanto, se faz necessário compreender
vigorosas por 20 minutos em três dias da mais detalhadamente os fatores associados às
semana. Já as recomendações para os trabalhos práticas de atividades físicas, para a elaboração
de força muscular mostram a importância da de estratégias específicas de intervenção
prática de oito a dez exercícios envolvendo os promovendo a adesão dessa população à essas
principais grupos musculares, em dois ou mais atividades.
dias não consecutivos na semana. Para
maximizar o desenvolvimento da força, deve-se Referências
executar de dez a quinze repetições para cada ANDRADE, E. L. et al. Barriers and motivational
grupo muscular, com um nível de esforço factors for physical activity adherence in elderly
variando de moderado a intenso. Para o trabalho people in developing country. Medicine and
de flexibilidade, recomenda-se a prática de Science in Sports and Exercise, Baltimore, v.
33, n. 7, p. 141, 2000.
atividades que estimulem a manutenção/aumento
desta capacidade em dois dias na semana, com a
CASPERSEN, C. J.; POWELL, K. E.,
duração mínima de dez minutos em cada dia.
CHRISTENSEN, G. M. Physical activity, exercise,
Fala-se ainda na realização de exercícios de and physical fitness: definitions and distinctions for
equilíbrio, no intuito de reduzir o risco de lesões health-related research. Public Health Reports,
causadas por quedas (NELSON et al, 2007). 100:126–131, 1985.

Com relação aos cuidados prévios à prática


CASSOU, A. C. N.; FERMINO, R. C.; SANTOS,
das atividades físicas, recomenda-se a realização
M. S.; RODRIGUEZ-AÑEZ, C. R.; et al. Barreiras
das mesmas somente quando houver bem-estar para a atividade física em idosos: uma análise por
físico por parte do idoso. Destacam-se ainda grupos focais. Revista da Educação Física/UEM
alguns outros cuidados, como: usar roupas e Maringá, v. 19, n. 3, p. 353-360, 3º. trim. 2008
calçados adequados; não se exercitar em jejum;
dar preferência ao consumo de carboidratos antes CENTER FOR DISEASE CONTROL AND
do exercício; respeitar os limites pessoais, PREVENTION (CDC). Promoting better health
interrompendo se houver dor ou desconforto; for young people through the physical activity
and sports: a report to the president from the
evitar extremos de temperatura e umidade; iniciar secretary of heal than human services and the
a atividade lenta e gradativamente para permitir secretary of education (On-line).

1030 Motriz, Rio Claro, v.16, n.4, p.1024-1032, out./dez. 2010


Atividade física e idoso

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