Curso de Educação Física

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FISICA PARA A SAUDE MENTAL DE IDOSOS

Crezia Pereira Santos¹, creziapereira98@gmail.com

Thiago Junior Araújo², thiagojunino12345@gmail.com

Ivanor Ranzi³

1. Aluno(a) do Curso de Educação Física

2. Aluno(a) do Curso de Educação Física

3. Professor Me. do Curso de Educação Física.

Porangatu, 24, junho de 2023

RESUMO
Resumo
O aumento no número de idosos tem sido preocupante para a saúde pública, uma vez que a prevalência de doenças
crônicas tende a aumentar conforme o avanço da idade. Com o envelhecimento, as limitações funcionais
desenvolvem-se gradualmente e são afetadas pelo declínio natural das propriedades fisiológicas e biológicas, como
força e massa muscular, que começam a diminuir já na meia idade, aumentando o risco de declínio na funcionalidade
física durante a idade avançada. A relação entre atividade e saúde de idosos é consenso na literatura, existindo
diretrizes quanto a intensidade, frequência e duração da atividade física para prevenção de doenças. Diversos
estudos mostram que a atividade física traz benefícios à população idosa, auxiliando inclusive na manutenção da
capacidade funcional. A atividade física é entendida como todo e qualquer movimento corporal que resulta num
gasto energético acima dos níveis de repouso. Desta forma, a atividade física seja no trabalho, no lazer e nas demais
atividades diárias é apontada como importante aliada quando se refere à manutenção corporal. Assim, analisar a
influência da atividade física na capacidade funcional do idoso faz-se necessário para o desenvolvimento de
estratégias de prevenção, tratamento e acompanhamento do seu estado clínico-funcional. O objetivo deste estudo
é analisar a influência da atividade física na capacidade funcional de idosos assim como ressaltar a importância da
atividade física na terceira idade, descrevendo seus benefícios para a saúde, tanto metal quanto física. Trata-se de
uma revisão bibliográficas onde foram consultados artigos e revistas eletrônicas, assim como livros que tratam sobre
o assunto. Os termos utilizados para a pesquisa foram “atividade física”, “capacidade funcional”, “envelhecimento”,
“atividade física para idosos” ‘envelhecimento saudável”. Os resultados obtidos na pesquisa confirmaram que a
prática de atividade física melhora diversos aspectos relacionados ao envelhecimento proporcionando um
envelhecimento saudável. Vários estudos que observaram a relação entre atividade física na terceira idade
concluíram que aqueles idosos que possuem uma prática de atividade física regular diminuíram as queixas de dor
crônica, melhoraram a capacidade funcional do idoso e a convivência social desse indivíduo.

Palavras-chave: Atividades. Saúde. Prática.

1. INTRODUÇÃO (PAPALÉO NETTO, 2002).
O organismo humano passa por um
O envelhecimento da população
processo natural de envelhecimento
mundial vem crescendo, por diversos
gerando modificações funcionais e
fatores e cada vez mais precoce,
estruturais, que diminuem a vitalidade, as
principalmente em países que ainda estão
habilidades motoras, execução de
em desenvolvimento, afetando então sua
atividades diárias, a redução de sua
capacidade funcional, resultando na
autonomia social e até mesmo a sua
debilitação da saúde física, mental,
mobilidade corporal.
independência na vida, integração social,
Manter o equilíbrio do corpo na postura
suporte familiar, independência econômica
em pé é tão importante e tão complexo
e perdendo a força e flexibilidade umas das
quanto controlar os movimentos de
principais funções para realização de
segmentos corporais isolados, esta
tarefas diárias como levantar, sentar, subir
manutenção requer a integração de
escada, transportar objetos, utilizar
informações sensoriais, do sistema nervoso
ferramentas e utensílios, vestir roupas e
e do aparelho locomotor. As alterações no
calcados e cuidar da higiene pessoal
controle postural diminuem o equilíbrio
(SANTARÉM, 2003).
corporal dos idosos, podendo provocar
O aumento expressivo de indivíduos
tontura e desequilíbrio, com consequentes
com idade igual ou superior a 80 anos vem
quedas, lesões e fraturas.
aumentando, eles representam cerca de
A saúde mental desempenha um papel
1,3% da população Mundial sendo a
fundamental na vida de um indivíduo,
população que cresce mais rapidamente
afetando não apenas o bem-estar
(OMS, 2005), Já no Brasil a porcentagem e
emocional, mas também a capacidade de
cerca de 3,3% para idosos em geral e 5,4%
lidar com desafios, relacionamentos
para idosos mais velhos, sendo uma das
interpessoais, desempenho acadêmico e
mais alta do mundo (IBGE,2008).
profissional. Aqui estão alguns pontos
A capacidade funcional é a autonomia
importantes sobre a importância da saúde
dos idosos de decidir e atuar de forma
mental segundo a Organização Mundial da
independente em suas vidas (Matsudo,
Saúde (OMS), são, Bem-estar Emocional;
2000), ao chegar da idade a capacidade
Desempenho Cognitivo; Relacionamentos
funcional vai reduzindo, principalmente nas
Interpessoais; Resiliência; Desempenho
funções físicas, osteomuscular,
Acadêmico e Profissional e Qualidade de
cardiorrespiratório, nervoso, independência
Vida
futura, aumento de doenças crônicas,
Levando em consideração o grande
probabilidades de quedas são maiores com
aumento da longevidade na população
índice de mobilidade e mortalidade,
Brasileira escolhemos esse trabalho para
impedindo a eficaz das atividades do
que sirva como prevenção para essa
cotidiano (SHUBERT, SCHRODT, ET.AL
população.
2006) (OKUMA, 1997) (SPIRDUSO,
2005). A prática regular de atividade física na
terceira idade está associada a uma série de
O envelhecimento trata de um processo
benefícios para a saúde mental. A atividade
que levam várias modificações
física estimula a liberação de endorfinas,
morfológicas, funcionais, bioquímicas, e
psicológicas, de uma forma progressiva e substâncias químicas do cérebro que agem
como analgésicos naturais e promovem
irreversível que faz perder a capacidade
uma sensação de bem-estar. Isso pode
motora, ocasionando a diminuição da
ajudar a reduzir sintomas de ansiedade e
qualidade de vida, levado até a morte
 depressão.
Estudos sugerem que a atividade física
regular pode ajudar a preservar as funções
cognitivas, incluindo a memória e as
habilidades de raciocínio. Isso é
particularmente relevante no contexto do
envelhecimento, onde há preocupações
com a saúde cerebral.
A prática regular de exercícios físicos
tem o potencial de reduzir os níveis de
estresse. O exercício pode atuar como uma
forma saudável de lidar com as pressões do
dia a dia, melhorando a capacidade de
enfrentar situações desafiadoras.
Muitas atividades físicas, como
caminhadas em grupo, aulas de dança ou
esportes recreativos, proporcionam
oportunidades para interação social. O
contato social é crucial para a saúde mental
e pode reduzir a solidão, comum em idosos.
É importante destacar que a prática de
atividade física deve ser adaptada às
condições individuais de saúde e
preferências. Antes de iniciar um novo
programa de exercícios, é aconselhável
consultar um profissional de saúde para
garantir que seja seguro e adequado ao
estado de saúde do idoso.
A presente pesquisa visa identificar os
benefícios da atividade física para a saúde
mental do indivíduo da terceira idade. Dessa
maneira, queremos aprofundar essa relação
entre o processo de envelhecimento e a
manutenção da saúde mental.
2. METODOLOGIA
Evidências científicas comprovam a
importância da atividade física como um
recurso fundamental no processo
preventivo de doenças, melhora dos níveis
de aptidão física, diminuição nos
percentuais de gordura corporal,
manutenção das capacidades funcionais.
Além disso, a prática da atividade física
regular tem sido descrita na literatura como
um excelente meio de atenuar a
degeneração provocada pelo processo de
envelhecimento nos domínios físicos,
psicológicos e sociais (CAPODAGLIO et
al., 2006; KACZOR et al., 2006;
MATSUDO et al., 2004; NELSON et al.,
2007; PENEDO e DAHN, 2005; STRUCK
e ROSS, 2006).
A atividade física moderada e regular
tem valor significativo na prevenção
primária e secundária de um grande número
de condições cardiovasculares, incluindo
doença cardíaca isquêmica, acidente
vascular cerebral, hipertensão arterial,
doença vascular periférica e doença renal
secundária à hipertensão ou diabetes
(JANSSEN e JOLLIFFE, 2006;
MACDONALD et al., 1992).
As alterações cardiovasculares ocorrem
mais em indivíduos idosos, mas diante da
prática de atividade física regular estas
alterações podem ser minimizadas, pois
indivíduos treinados preservam o
funcionamento cardiovascular num nível
muito acima do observado em indivíduos
inativos fisicamente. Um exemplo é o
estudo de Neumann et al. (2006) que
realizaram um experimento e verificaram
que exercícios aeróbios como caminhada
pode atenuar a reativação da pressão
sanguínea aos estressores emocionais em
idosos e, desta forma, poder reduzir os
efeitos da isquemia do miocárdio.
A prática regular de atividades físicas
exerce forte impacto na prevenção e
tratamento de diversas doenças decorrentes
do processo de envelhecimento (ACSM,
1999; GUISELINI, 2004; MENDONÇA et
al., 2004). A regularidade na prática de
exercícios físicos tem sido
comprovadamente “um fator de proteção”
contra processos degenerativos e distúrbios
metabólicos no organismo, tais como
aterosclerose, envelhecimento precoce,
hipertensão arterial e obesidade, podendo
contribuir substancialmente para a
qualidade do viver desta população
(LEITE, 2000).
 Bouchard (2003) afirma que a obesidade
em idosos é considerada um estado de risco
em relação ao surgimento de doenças, das
quais podem ser citadas as complicações
cardiovasculares, renais, digestivas,
diabetes, problemas hepáticos
ortopédicos. Os principais aspectos
modificáveis que influem para o estado de
obesidade são a alimentação inadequada e a
prática de atividades físicas.
Desta forma, estudos epidemiológicos
vêm apresentando a eficácia da prática
regular de atividades físicas na prevenção e
profilaxia de doenças associadas ao excesso
de peso e obesidade (JANSSEN e
JOLLIFFE, 2006; MATSUDO et al., 2004;
NELSON et al., 2007; NEUMANN et al.,
2006).
Numa pesquisa realizada por Mazo et al.
(2006) em que o objetivo foi verificar a
relação entre o índice de aptidão funcional
geral e o Índice de Massa Corporal (IMC)
de mulheres idosas praticantes de
atividades físicas, verificaram nos
resultados que as idosas com sobrepeso
apresentam um risco aproximadamente 16
vezes maior para ter um índice de aptidão
funcional geral em relação àquelas com
IMC normal, ou seja, o peso elevado é
aspecto limitador em relação a realização de
algumas tarefas funcionais do cotidiano,
avaliada nesta pesquisa através da aptidão
funcional geral. Desta forma, reforçam a
importância do uso de estratégias
A Organização Mundial da Saúde
(OMS, 2005) conceitua ‘idoso’ o
indivíduo com idade igual ou superior a
60. As condições de saúde da população
idosa podem ser compreendidas através
do perfil de morbidade, mortalidade e
qualidade de vida desta faixa etária.
Especificamente com relação às causas
de morbidade no idoso, merecem
destaque as doenças e agravos
transmissíveis (DANT), pois exigem
acompanhamento constante para que
considerando a prática de atividade física
indispensável e que aliado a uma
alimentação adequada para se obter
benefício no controle da obesidade.
e Outra abordagem freqüente encontrada
na literatura são os estudos que enfatizam o
sucesso da prática regular de atividades
físicas na melhora de níveis de aptidão
física e principalmente na manutenção e
evolução das capacidades físicas e
funcionais do idoso (ANDREOTTI e
OKUMA, 2003; CARVALHO et al., 2003;
ZAGO e GOBBI, 2003).
De acordo com Matsudo (2001); Okuma
(2002) a capacidade funcional é
considerada requisito primordial para a
habilidade do idoso de viver em condições
de independência podendo, desta forma,
realizar tarefas simples e complexas do
cotidiano sem necessitar a ajuda de
ninguém.
Bons níveis de aptidão física em idosos
têm se mostrado indicador importante sobre
a melhoria de vários aspectos físicos e
funcionais, por exemplo, bons parâmetros
de composição corporal, controle de peso,
capacidade funcional e condicionamento
físico melhorado (MATSUDO, 2005;
VALE, et al., 2005; ZAGO e GOBBI,
2003).
3. RESULTADO E DISCUSSÃO
possa evitar o aumento da mortalidade
nessa população.
As DANT podem afetar a
funcionalidade dos idosos, dificultando
ou impedindo o desempenho de suas
atividades cotidianas de forma
independente. Tais condições
geralmente tendem a comprometer de
forma significativa a qualidade de vida
dos mesmos (OMS, 2005).
A funcionalidade dos movimentos
físicos e neurológicos pode ser
entendida como a capacidade da pessoa
desempenhar determinadas atividades
ou funções, utilizando-se de habilidades
diversas para a realização de interações
sociais, em suas atividades de lazer e em
outros comportamentos requeridos em
seu dia-a-dia.
Esta representa uma maneira de
denotar a capaz de independência a fim
de desempenhar determinadas
atividades necessárias para cuidar de si e
de seu entorno. Essas atividades são
conhecidas por Nahas (2006) como
atividades de vida diária (AVD) as quais
subdividem-se em:
• atividades básicas de vida diária
(ABVD) – que envolvem as
relacionadas ao auto-cuidado como
alimentar-se, banhar-se, vestir-se,
arrumar-se;
• atividades instrumentais de vida
diária (AIVD) – que indicam a
capacidade do indivíduo de levar uma
vida independente dentro da
comunidade onde vive e inclui a
capacidade para preparar refeições,
realizar compras, utilizar transporte,
cuidar da casa, utilizar telefone,
administrar as próprias finanças, tomar
seus medicamentos.
O termo “Qualidade de vida”,
assunto primordialmente discutido nos
dias atuais, engloba múltiplos aspectos
da vida de um indivíduo, dentre esses
estão as dimensões físicas e emocionais.
Para Castellón e Pino (2003), a
qualidade de vida pode ser agrupada em:
a) bem-estar físico; b) bem-estar
material; c) bem-estar social; d)
desenvolvimento e atividade; e e) bem-
estar emocional.
De modo a ser avaliado também
como um caráter subjetivo, a qualidade
de vida transforma-se de pessoa para
pessoa, pois a mesma depende da
definição de cada um sobre o assunto e
do sentido que dá à sua vida. Cada
indivíduo tem percepções particulares
sobre seus objetivos e planos de vida,
portanto, a cada um cabe julgar o quanto
as suas expectativas foram alcançadas, a
despeito de todos os problemas
encontrados. (IGLESIAS,2002).
Desse modo, “qualidade de vida”
pode ser compreendida como a
percepção de bem-estar resultante de um
conjunto de parâmetros individuais e
socioambientais, modificáveis ou não,
que caracterizam as condições em que
vive o ser humano. Assim, a medida de
qualidade de vida deve compreender a
satisfação dos indivíduos em funções
relevantes para ele.
Sendo assim, deve-se estimular a
população idosa à prática de atividades
físicas capazes de promover a melhoria
da aptidão física relacionada à saúde.
Segundo estudos epidemiológicos, a
prática das atividades físicas
proporciona benefícios nas áreas
psicofisiológicas. Sobre os benefícios
psicológicos proporcionados pela
prática de atividades físicas Meurer,
Benedetti, Mazo (2009), realizaram um
estudo com 150 idosos de ambos os
sexos, que praticavam exercícios físicos
em duas universidades públicas do sul
do Brasil. Os resultados demostraram
que a participação nessas atividades
podem ser um dos fatores da percepção
positiva sobre a autoimagem e
autoestima encontradas na população
estudada.
Na área física, observa-se a redução
do risco de mortes prematuras, doenças
do coração, acidente vascular cerebral,
câncer de cólon e mama e diabetes tipo
II; bem como, atua na prevenção ou
redução da hipertensão arterial, previne
o ganho de peso ponderal (diminuindo o
risco de obesidade), auxilia na
prevenção ou redução da osteoporose,
promove bem-estar, reduz o estrese, a
ansiedade e a depressão (OMS, 2006).
A atividade física pode ser
entendida, através do conceito do autor
supracitado, como qualquer movimento
corporal, produzido pelos músculos, que
resulta em gasto energético, por
exemplo, como: caminhada, dança,
jardinagem, subir escadas, dentre outras
atividades. Nessa mesma compreensão,
o exercício físico, como toda atividade
física planejada, estruturada e repetitiva,
como objetivo a melhoria e a
manutenção de um ou mais
componentes da aptidão física.
Segundo esse autor, a primeira
contempla atributos biológicos (força e
resistência muscular, flexibilidade,
capacidade aeróbica, controle ponderal)
que oferecem alguma proteção ao
aparecimento de distúrbios orgânicos
provocados pelo estilo de vida
sedentário; a segunda relacionada à
performance, envolve uma série de
componentes relacionados
desempenho esportivo ou laboral, como
a agilidade, o equilíbrio, a coordenação,
a potência e as velocidades de
deslocamento e de reação muscular.
(NAHAS, p. 56, 2006).
Em outros casos, quando os
indivíduos possuem um estilo de vida
inativo, elas são classificadas como
sedentárias. Segundo Nahas (2006, p 35)
“considera-se sedentário um indivíduo
que tenha um estilo de vida com um
mínimo de atividade física, equivalente
a um gasto energético (trabalho + lazer
+ atividades domésticas + locomoção)
inferior a 500 Kcal por semana”.
Esta ação é decorrente de diversos
fatores, entre eles o desenvolvimento
tecnológico que proporcionou mais
comodidade à vida, incentivando a
hipocinesia; maior vivência do lazer
doméstico (por exemplo, televisão,
vídeo games e jogos de computador), em
virtude do crescimento da insegurança e
do esvaziamento dos espaços públicos
nos centros urbanos; carência de espaços
e equipamentos de lazer comunitários
que permitam a prática de atividades
físicas, e outros fatores. (OMS, 2005).
A prática da atividade física, para
Nahas (2006) pode ser subdividida em
quatro dimensões:
1) lazer (exercícios físicos/esportes);
2) deslocamento ativo (andando a pé ou
de bicicleta);
3) atividades domésticas (lavar, passar,
etc);
4) laboral (atividades relacionadas à
tarefa profissional).
Evidências cientificas indicam
claramente que a participação em
programas de atividades físicas é uma
forma independente para reduzir ou
prevenir uma série de declínios
funcionais associados com o
envelhecimento (VOGEL el al. 2009;
ao NELSON el al. 2007; OMS, 20015).
Assim, os principais benefícios de um
comportamento ativo do idoso podem
ser classificados basicamente nas esferas
biológica, psicológica e social,
destacando-se, entre esses benefícios:
a) Aumento/manutenção da
capacidade aeróbica;
b) Aumento/manutenção da massa
muscular;
c) Redução da taca de mortalidade
total;
d) Prevenção das doenças
coronarianas;
e) Melhora do perfil lipídico;
f) Modificação da composição
corporal em função da redução da massa
gorda e risco de sarcopenia;
g) Prevenção/controle da diabete tipo
II e hipertensão arterial;
h) Redução da ocorrência primária do
câncer de mama e cólon;
i) Redução da ocorrência de
demência;
j) Melhora da autoestima e da
autoconfiança;
k) Diminuição da ansiedade e do
estresse;
l) Melhora do estado de humor e da
qualidade de vida.
Dessa forma, percebe-se que a
atividade física, relacionada ao
envelhecimento humano, apresenta um
caráter de intervenção na busca do
estímulo pessoal para a melhoria da
própria superação, visando a um modo geral, ao seu próprio viver”.
possibilidade de uma vida fisicamente
ativa com efeitos positivos sobre o que o
indivíduo sente, sua auto avaliação e sua
autoimagem, tornando-o autônomo
perante a sociedade.
De acordo com Alves (2002) “a
prática de exercício físico além de
combater o sedentarismo, contribui de
maneira significativa para a manutenção
da aptidão física do idoso”.
Além de todos os benefícios
mencionados anteriormente, a atividade
física, quando praticada regularmente,
auxilia ainda no aumento de massa
magra, proporcionando ganhos
corporais, tais como: diminuição do
risco de quedas; redução da gordura;
melhora da postura corporal; aumento
do equilíbrio, da amplitude de
movimentos e da mobilidade na
realização das atividades da vida diária.
Sendo assim, a prática de atividade
física pode ser interpretada pelos idosos
como experimento capaz de conduzi-los
à superação de alguns empecilhos, sejam
eles físicos ou sociais, além de se
constituir numa experiência estética,
uma vez que lhes permite vivenciar
gestos expressivos, tais como: andar,
relaxar, dançar, alongar, dentre outros.
A prescrição de atividades físicas
para idosos é instigante, pois existem
diversas questões envolvidas, dentre elas
as clínicas e as psicológicas. Portanto, é
necessário que haja uma avaliação
Médica no sentido de incluir os aspectos
envolvidos no processo de
envelhecimento. A seleção da atividade
física para pessoas idosas também é
difícil, visto que algumas atividades que
podem ser prazerosas para alguns, são
inviáveis para outros, devido à perda de
aptidão decorrente da idade avançada e
do sedentarismo.
Portella (2002) ratifica que “os
idosos têm clareza dos benefícios da
atividade física não só ao corpo, mas, de
Percebe-se que o idoso em movimento
torna-se mais sociável, ágil e saudável,
com mais prazer pela vida, e tem uma
visão positiva sobre si mesmo e do
mundo ao seu redor.
Assim, a prática de atividade física
relacionada ao processo de
envelhecimento pode trazer inúmeras
vantagens, tanto físicas, como sociais e
psicológicas, corroborando para um
estilo de vida saudável, ativo e longevo.
Atividade física e capacidade
funcional
Por suas características próprias, a
atividade física aporta elementos
valiosos, tais como: melhoria da
capacidade cardiorrespiratória, aumento
da massa corporal, redução das reservas
alcalinas no sangue, fortalecimento dos
ossos e das articulações, dentre outros.
Portanto, é facilmente recomendada em
todas as faixas etárias, como caráter
qualitativo na promoção da saúde.
A atividade física praticada
regularmente tem seus benefícios
comprovados. Ela pode prevenir a
manifestação de certas doenças, tais
como as cardiopatias isquêmicas ou
hipertensão arterial e contribuir para
limitar o aumento da obesidade, do
diabetes não insulino-dependente e da
osteoporose (MANIDI E MICHEL,
2001).
No que diz respeito ao idoso, a
prática de atividade física é de suma
importância, visto que o envelhecimento
caracteriza-se por diversas mudanças
fisiológicas, psicológicas e sociais, além
do comprometimento da capacidade
funcional, que é fator primordial para o
desenvolvimento das atividades
cotidianas do ser humano.
Camargos et. al. (2005) afirma que
“infelizmente, uma parte considerável
desta vida idosa pode ser vivida com
incapacidade funcional, evoluindo
muitas vezes para a dependência”.
Dessa forma, percebe-se a “velhice” não impede o indivíduo de
necessidade de identificar e avaliar a
capacidade funcional dos idosos para
que estes possam superar as dificuldades
encontradas no seu dia-a-dia,
contribuindo assim, para uma vida mais
saudável e ativa a partir da prática de
atividades físicas.
De acordo com Mendes (2006) “a
capacidade funcional é definida quanto
ao grau de preservação da capacidade de
realizar Atividades Básicas de Vida
Diária ou de autocuidado (AVD) e ao
grau de capacidade para desempenhar
Atividades Instrumentais de Vida Diária
(AIVD), apresentadas pelo indivíduo”.
Portanto, o elemento essencial para
um envelhecimento saudável é a prática
de atividade física regular, visto que de
todos os grupos das diferentes faixas
etárias, as pessoas idosas são as que mais
se beneficiam com a mesma. Sua
eficiência desenvolve componentes
físicos como: condicionamento físico,
condicionamento aeróbio e força
muscular. Nesse sentido, Carvalho
(2004, p. 38) afirma que:
A atividade física é responsável pela
melhor função do organismo idoso, pois
restringe alterações no desempenho
físico, consequentes da idade e mesmo
que não assegure o prolongamento do
tempo de vida, garante o aumento do
tempo da juventude, oferecendo nos
anos subsequentes, maior proteção à
saúde devido ao retardamento do
declínio funcional normal associado ao
envelhecimento, prevenindo doenças
resultantes do sedentarismo.
Nessa concepção, nota-se que o
processo de envelhecimento engloba
inúmeros aspectos determinantes para
uma velhice saudável, dentre eles a
manutenção da capacidade funcional
trelada à prática de atividade física
regular, que contribuem para a
manutenção da autonomia.
É importante ponderar que o fator
perceber o seu grau e capacidade; de ser
proativo nas tomadas de decisões e
exercer plenamente suas vontades com
base em seus valores pessoais. Portanto,
cabe ao próprio idoso ter consciência da
importância de manter hábitos
saudáveis, principalmente, praticar
atividades físicas, para que o processo de
envelhecimento seja mais prazeroso.
gerando modificações funcionais e
estruturais, que diminuem a vitalidade,
as habilidades motoras, execução de
atividades diárias, a redução de sua
autonomia social e até mesmo a sua
mobilidade corporal.
Manter o equilíbrio do corpo na postura
em pé é tão importante e tão complexo
quanto controlar os movimentos de
segmentos corporais isolados, esta
manutenção requer a integração de
informações sensoriais, do sistema nervoso
e do aparelho locomotor. As alterações no
controle postural diminuem o equilíbrio
corporal dos idosos, podendo provocar
tontura e desequilíbrio, com consequentes
quedas, lesões e fraturas. Levando em
consideração os dados levantados
anteriormente e o grande aumento da
longevidade na população Brasileira
escolhemos esse trabalho para que sirva
como prevenção para essa população.
A presente pesquisa visa destacar a
influência da atividade física na
funcionalidade em idosos, que compreende
 um envelhecimento com melhoria de saúde,
autonomia e a não perca dos movimentos,
até mesmo os que são utilizados
cotidianamente.
Nesse aspecto, apresentará conceitos
da terceira idade, possíveis doenças com o
envelhecimento, a qualidade de vida que
cada um se submete sem a atividade física,
e a melhoria que se possui ao praticar um
exercício físico para fins de melhoria da
saúde física e mental.
Esse estudo é de caráter bibliográfico.
Foram buscados trabalhos em forma de
artigos publicados. Após as buscas dos
artigos elaborou-se uma estatística
descritiva da frequência de artigos
publicados de acordo com o período de
2013 a 2015.
6 Benefícios do exercício físico para corpo
e mente
Praticar atividade física é benéfico e
essencial em todas as fases da vida. Embora
essas palavras sejam repetidas com
frequência, a realidade mostra que o Brasil
ainda enfrenta um desafio significativo em
relação ao sedentarismo de sua população.
Existem diferentes tipos de exercícios
que oferecem benefícios específicos:
Exercícios aeróbicos: são exercícios
rítmicos que envolvem vários grupos
musculares, fortalecem o coração e
melhoram a eficiência pulmonar. Eles
proporcionam mais energia, permitindo
que você trabalhe por períodos mais
longos sem cansar rapidamente. Alguns
exemplos são caminhada, corrida,
natação, hidroginástica e ciclismo.
Exercícios de força muscular: são
exercícios nos quais a contração
muscular envolve o deslocamento de
uma parte do corpo ou de uma
resistência, como pesos livres ou
De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), seis em
cada dez brasileiros com 15 anos ou mais
não praticam esportes ou atividades físicas
regularmente. Esses dados alertam para os
riscos de uma vida sedentária, que afetam a
saúde, produtividade e qualidade de vida
das pessoas. Além disso, revelam a
negligência em relação a uma ferramenta
promissora para o desenvolvimento e os
direitos humanos.
As recomendações dos órgãos de saúde
são seguir as orientações do American
College of Sports Medicine (ACSM), que
sugerem 30 minutos de exercício físico
moderado, como caminhada, cinco dias por
semana, ou 20 minutos de exercício
vigoroso, como corrida, três vezes por
semana. Além disso, é recomendado
realizar exercícios de fortalecimento
muscular, como musculação, pelo menos
duas vezes por semana.
A prática de exercícios físicos,
quando realizada com orientação de um
profissional qualificado, pode prevenir
várias doenças, como acidente vascular
cerebral, hipertensão, diabetes tipo 2,
osteoporose e obesidade.
elásticos. Esses exercícios ajudam a
manter ou aumentar a força muscular, o
que é importante para carregar peso,
subir escadas, manter a estabilidade
articular e proteger as articulações
contra impactos ao caminhar, correr ou
pular.
Exercícios de flexibilidade: são
exercícios de alongamento que mantêm
ou aumentam a amplitude de movimento
das articulações, contribuindo para uma
maior mobilidade, essencial para
realizar tarefas diárias.
Exercícios de equilíbrio: esses
exercícios estimulam os sensores
responsáveis por manter o equilíbrio,
ajudando a evitar quedas e lesões.
 Além dos benefícios físicos, a
prática regular de exercícios também
traz benefícios para a saúde mental. A
capacidade de formar e reter imagens do
mundo, estabelecer relações e construir
nossa história de vida são características
humanas que requerem exercício ativo
da mente. A mente ativa e engajada na
resolução de problemas, seja em jogos
ou questões relevantes da vida, é
essencial para manter nossas
capacidades mentais saudáveis.
Pessoas sedentárias têm maior
prevalência de sintomas depressivos em
comparação com indivíduos fisicamente
ativos, e muitas das doenças associadas
à inatividade física também coexistem
em pessoas deprimidas. A prática
regular de exercícios pode ser uma
ferramenta para o melhor controle de
várias doenças. O exercício regular pode
auxiliar no tratamento de transtornos
mentais, reduzindo o risco de
diminuição funcional e melhorando a
confiança em si mesmo, adaptações
metabólicas, capacidades funcionais e a
saúde física e psicológica em geral.
A prática de exercícios físicos
promove uma série de alterações
fisiológicas e bioquímicas, incluindo a
liberação de neurotransmissores, como a
beta-endorfina e a dopamina, que
estimulam uma sensação de bem-estar,
proporcionando um efeito tranquilizante
e analgésico para o praticante regular.
Além disso, a interação social durante as
atividades físicas em grupo, como em
academias, também pode desempenhar
um papel importante na melhora dos
sintomas, especialmente em casos leves
de depressão, ansiedade e estresse.
Portanto, além de cuidar do corpo, é
fundamental cuidar da mente por meio
da prática regular de exercícios físicos.
7 Atividade Física / Pandemia
A pandemia de COVID-19 teve um
impacto profundo nas vidas das pessoas
em todo o mundo, causando mudanças
significativas em suas rotinas, relações
sociais, bem-estar emocional e hábitos
de vida. Aqui estão algumas maneiras
pelas quais a pandemia interferiu nas
vidas das pessoas e como elas lidaram
com essas mudanças:
Mudanças nas Rotinas e Estilo de
Vida: O distanciamento social,
lockdowns e restrições de movimento
resultaram em alterações nas rotinas
diárias. Muitas pessoas tiveram que se
adaptar ao trabalho em casa, educação
online e limitações nas atividades
sociais.
Isolamento Social: A necessidade
de manter o distanciamento social levou
ao isolamento de amigos e familiares. As
interações sociais foram reduzidas, o que
pode ter impactado negativamente a
saúde mental.
Ansiedade e Estresse: A incerteza
em torno da pandemia, preocupações
com a saúde própria e dos entes
queridos, bem como as consequências
econômicas, contribuíram para níveis
mais altos de ansiedade e estresse.
8 Conclusões
Conclui-se que, a atividade física
desempenha um papel significativo na
promoção da saúde. Ela ajuda a reduzir
o estresse e a ansiedade, melhora o
humor, aumenta a autoestima, previne a
depressão, fortalece a função cognitiva e
melhora a qualidade do sono. Portanto,
incorporar a atividade física como parte
de um estilo de vida saudável pode trazer
benefícios significativos para a saúde
mental.
De acordo com o objetivo da
pesquisa, esta pesquisa analisa o tema
"Atividade Saúde física e mental "e
alcançar Muito satisfeito com esta área.
Embora nos últimos anos existem
muitos artigos sobre este assunto, mas
faltam pesquisas para resolver o
problema. As diferentes partes da saúde
mental e sua conexão com a atividade
física. Precisa de mais produção
científica para entender o desempenho,
as vantagens e possibilidades dos
professores de educação física nesse
aspecto, deve buscar mais tipos
de temas, realizar pesquisas entre
transtornos mentais relacionados a
atividades e saúde mental.
Portanto a atividade física regular
oferece uma série de vantagens para a
saúde mental. Além de melhorar a saúde
física, a prática regular de exercícios
pode reduzir o estresse, aliviar a
ansiedade, melhorar o humor, prevenir a
depressão, aumentar a autoestima,
fortalecer a função cerebral e melhorar a
cognição. É importante ressaltar que a
atividade física não precisa ser intensa
ou extenuante para obter benefícios para
a saúde mental. Atividades leves, como
caminhadas, ioga e dança, também
podem trazer resultados positivos.
Portanto, incluir a atividade física na
rotina diária é uma estratégia eficaz e
acessível para promover o bem-estar
mental e melhorar a qualidade de vida.
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