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GEOGRAFIA A

Arinda Rodrigues

ATUAL E COMPLETO
De acordo com
Aprendizagens Essenciais
Explicação de todos os conteúdos

800 questões com resposta detalhada

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e respostas online

«^1
LpYà EDUCAÇAO
ÍNDICE

I n t rod u çã o________________________________1
Tema II
Como estudar____________________________ 4 OS RECURSOS NATURAIS DE QUE A POPULAÇÃO
Como interpretar e responder DISPÕE: USOS, LIMITES £ POTENCIALIDADES
a diferentes tipos de questões______________ 5
Como preparar o Exame Nacional___________ 7
Subtema 1 - Os recursos do subsolo
Aprendizagens, termos e conceítos_ 48
Parte I -10.° ano I. Recursos geológicos 49
II. Recursos energéticos 54
III. Limitações e riscos da exploração
Módulo Inicial de recursos geológicos________________ 56
A POSIÇÃO DE PORTUGAL NA EUROPA E NO MUNDO
Sí n tese__________________________________ 5 8
Aprendizagens, termose conceitos_________ 10 Ava I i a ç ã o._______________________________ 60
I. O território português__________________ 11
II. Portugal na Europa____________________ 16
Subtema 2 - A radiação solar
II. Portugal no Mundo____________________ 18 Aprendizagens, termos e conceitos________62

Síntese__________________________________20 I. Ação da atmosfera sobre


a radiação solar 63
Ava I i a çã o_______________________________ 21
II. A variação da temperatura
e seus fatores________________________ 66
Tema I III. Valorização económica
A POPULAÇÃO, UTILIZADORA DE RECURSOS da radiação solar 68
E ORGANIZADORA DE ESPAÇOS Sí n tese__________________________________ 70
Avaliação________________________________ 71
Subtema 1 - A população:
evolução e diferenças regionais Subtema 3 - Os recursos hídricos
Aprendizagens, termos e conceitos________ 22 Aprendizagens, termos e conceitos________ 72
I. População e comportamentos I. As especificidades do clima português 73
demográficos 25 II. As disponibilidades hídricas_____ 80
II. Estruturas e comportamentos III. Gestão dos recursos hídricos 84
soc i ode m og ráfi cos____________________ 2 8 Sí n tese__________________________________ 90
II. Principais problemas Ava I i a ç ã o._______________________________ 9 2
sociodemográfico s____________________ 3 5
Síntese_________________________________ 38 Subtema 4 - Os recursos marítimos
Avaliação_______________________________ 40 Aprendizagens, termos e conceitos________ 94
I. O litoral português____________________ 95
Subtema 2 - A distribuição da população II. Atividade piscatória___________________ 99
Aprendizagens, termos e conceitos_____ 42 III. Gestão do litoral e do espaço
I. Assimetrias regionais na distribuição marítimo 102
espacial da população________________ 43 Síntese_________________________________ 104
II. Fatores que influenciam a distribuição Avaliação____________________ 106
da população_________________________ 44
III. Problemas associados aos contrastes
na distribuição da população 45
Síntese___________________ 46
Avaliação________________________________ 47

2
Parte II -11.° ano Tema V
A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA:
NOVOS DESAFIOS, NOVAS OPORTUNIDADES
Tema III
OS ESPAÇOS ORGANIZADOS PELA POPULAÇÃO:
ÁREAS RURAIS E URBANAS Subtema 1 - Portugal na União Europeia
Aprendizagens, termos e conceitos 186
I. Alargamentos da União Europeia 187
Subtema 1 - As áreas rurais em mudança
IL Política ambiental da União Europeia 190
Aprendizagens, termos e conceitos 110
III. Política regional da União Europeia 194
I. Áreas rurais, em Portugal______________ 111
S ínte se_________________________________ 198
II. A Política Agrícola Comum 120
Ava I i açã o______________________________ 199
III. Novas oportunidades para
as áreas rurais_______________________ 124
S ínt ese_________________________________ 132 Parte III - Provas-Modelo
Ava I i a çã o_______________________________ 134
de Exame
Subtema 2 - As áreas urbanas: Prova-Modelo 1_________________________ 202
dinâmicas internas Prova-Modelo 2__________________________212
Aprendizagens, termos e conceitos________ 136 Prova-Modelo 3_________________________ 222
I. Organização interna__________________ 137 Prova-Modelo 4_________________________ 232
II. A expansão urbana___________________ 144 Prova-Modelo 5________________________ 242
III. A qualidade de vida urbana____________ 147 Prova-Modelo 6________________________ 252
Síntese_________________________________ 150 Prova-Modelo 7_________________________ 262
Ava I i a çã o_______________________________ 152 Prova-Modelo 8 272

Subtema 3 - A rede urbana portuguesa


Parte IV - Soluções
Aprendizagens, termos e conceitos_____ 154
I. A rede urbana portuguesa____________ 155 Soluções dos exercícios e avaliações 282
II. Reorganizar a rede urbana nacional 159 Soluções das Provas-Modelo de Exame 297
III. Reconfiguração do território___ 160
S ínt ese_________________________________ 162 Glossário______________________________ 310
Ava I i a çã o_______________________________16 3

Tema IV
A POPULAÇÃO: COMO SE MOVIMENTA E COMUNICA

Subtema 1 - Os transportes
e as comunicações
Aprendizagens, termos e conceitos_______ 164 Aprender é incrível.
I. Diversidade dos modos de transporte__ 165
II. Desigualdade espacial ✓ TESTE DIAGNÓSTICO
das redes de transporte_______________ 168
✓ SIMULADOR DE EXAMES
III. As telecomunicações
✓ EXAMES E RESOLUÇÕES
e os seus impactes___________________ 176
S ínt ese_________________________________ 182
Site em www.leyaeducacao.com
Ava I i a çã o_______________________________ 184

3
COMO ESTUDAR

Estudar e aprender é, antes de mais, uma atitude que facilita muito a aprendizagem e se
traduz na vontade e no gosto de conhecer e de compreender o que nos rodeia.

Se queres desenvolver esta atitude, aqui ficam algumas sugestões.

l.° Aproveitar bem o tempo das aulas:

• cumprir as regras de participação nas aulas;


• ouvir, tentar compreender e integrar os novos conhecimentos nas aprendizagens
anteriores;
• esclarecer as dúvidas, de modo a apreender os conteúdos de forma clara;
• tomar notas - há esclarecimentos e exemplos concretos que não estão no manual
e que são uma grande ajuda para a boa compreensão dos conteúdos;
• participar e realizar as atividades propostas, para desenvolver as competências es­
senciais, que são sempre requeridas nos momentos de avaliação, incluindo o exame
nacional.

2° Estudar de forma regular e contínua:


• planear o tempo de trabalho, elaborando um horário que possa ser cumprido;
• cumprir o plano previamente elaborado, mesmo que seja necessário alterá-lo;
• estudar:
- orientar o estudo pelo caderno diário, estudando os conteúdos pela ordem dos
sumários das aulas;
- ler e compreender o manual e outros apontamentos da aula;
- sistematizar e esquematizar a matéria.

• esclarecer as dúvidas que surgirem durante o estudo junto do(a) professor(a).

3.° Preparar os testes:

Começar a preparar os testes atempadamente, de modo a ter tempo para:

• rever toda a matéria, utilizando o manual, as sínteses e os esquemas elaborados durante


o estudo;
• refazer exercícios já realizados na aula, do manual e do caderno de atividades;
• fazer exercícios das provas de exame, referentes à matéria prevista para o teste;
• reler as conclusões dos trabalhos, práticos realizados nas aulas ou como TPC.
• esclarecer as dúvidas que surgirem Junto do(aj professorfa}.

4
COMO INTERPRETAR E RESPONDER A DIFERENTES TIPOS DE QUESTÕES

Tipo de questão Como responder


Aponta r/lndicar/ Exemplos:


Enunciar/ i
1, Indica/aponta duas culturas temporárias de regadio.
Enumerar/Mencionar ll 2* Enumera/enuncia três fatores da queda da natalidade.
Geralmente, estes I 3. Menciona quatro países do alargamento da UE, em 2004.
verbos utilizam-se I
ii
I
I

em questões de resposta
Deves responder apenas o tipo e número de itens pedido,
sem necessitar de explicar ou desenvolvera resposta.
curta e direta. B B I
h
I
BB II
■i I

Identificar = dizer qual é. Exempla:


I I

Quase sempre este verbo 1, Identifica, no mapa/gráfíco, as NUTS III com taxa de natalidade
é utilizado em questões superior a 10%&.
de interpretação I

de mapas, gráficos Deves observar o mapa, ou o gráifico, verificar quais as NUTS III que
ou outros documentos. se inserem na classe «>10%c> e escrever os respetivos nomes.

B I
I I
i I
I

Exemplas:
I
I
i
I 1. Seleciona a opção correta.
I- 2. Seleciona as opções corretas.
Selecionar = escolher. 3. Seleciona, de entre os exemplos, o que corresponde a...

I
I I
I

Deves selecionar o número de itens pedido ou, se for indefinido, apontar


I
I
i
I
todos os itens que corresponderem ã condição colocada na questão.

BI BB II
i

Exempla:
I
I
i
1, Descreve a informação representada no gráfico/mapa
I 1 I
i
i


Deves descrever a informação do gráfico/mapa, de forma clara,
I
i
i ordenada e completa.
Descrever = dizer/
I I
I
I

escrever o que se Um gráfico:


observa. 1°. Identificar o fenómeno representado.
I
I
1 2° Verificar e indicar as variáveis de cada eixo.
Geralmente, aplica-se 3° Indicar a data/ano inicial e o respetivo valor.
à análise de gráficos, 4o, Identificar as datas/anos com valores que evidenciam uma
mapas e fotografias. alteração de sentido ou no ritmo da variação, marcando
i
■ !
períodos diferentes.
!
I
i
5°. Descrever a variação em cada período: sentido {mantém-se,
I
I
i
diminui, aumenta) e ritmo (lento, rápido, muito rápido).
6o. Referir a última data/ano do período histórico
e correspondente valor.

7T Concluir com a tendência global de evolução, se estiver
I
i
I
representada.
Nota: embora não seja • B
1
I
'
I
i
pedida a descrição, Um mapa:
I
qualquer questão que I
I
1? Indicar o fenómeno representado, o espaço em que ocorre
se baseie na interpretação I
I
1 e a data ou período a que se refere.
de um gráfico ou mapa
exige que se siga este
I
I
I
2, ° Verificar as classes da legenda.
processo de análise, mesmo I
i
3, ° Identificar as regiões onde se registam:
I
que apenas mentalmente. - os valores da classe mais baixa;
• ■ F I
I
i
I
- os valores das classes intermédias;
!
I
i

1
- os valores da classe mais alta. I

4/ Concluir, resumindo os principais contrastes geográficos


que se evidenciam.

5
COMO INTERPRETAR E RESPONDER A DIFERENTES TIPOS DE QUESTÕES

Tipo de questão Como responder

Exemplo:
1. Explicita a afirmação: «Portugal, através dos portos marítimos,
pode tornar-se uma porta do Atlântico, no contexto europeu.»
Explicitar
Indicar o significado de
Deves indicar as características dos portos marítimos portugueses
(águas profundas, capazes de receber navios de grande tonelagem)
um conceito/símbolo/
e os objetivos da Política Europeia dos Transportes de reduzir
afirmação.
a importância do modo rodoviário e aumentara do transporte
marítimo de média e curta distância, concluindo com o papel que os
portos portugueses podem ter na receção de mercadorias do resto
do mundo e na sua distribuição para a Europa.

Exemplo
Explicar 1. Explica o processo de formação das chuvas orográificas.
Tornar percetível Deves começar por indicar o significado da expressão «chuvas
um fenómeno/ orográficas» (provocadas pelo efeito de barreira de relevo) e, depois,
acontecimento/processo. descrever o processo que permite a sua formação (subida do ar
húmido, que arrefece, provocando a condensação do vapor de água).

Justificar Exemplos:
Apresentar as razões 1. Justifica a irregularidade sazonal da precipitação, em Portugal.
que fundamentem 2. Justifica a tua resposta à questão anterior.
a afirmação ou fenómeno Deves indicar, no primeiro exemplo, os fatores que provocam as
em causa. diferenças na precipitação ao longo do ano; no segundo exemplo,
indica as razões que te fizeram dar a resposta anterior.

Exemplo:
1. Relaciona a evolução da taxa de natalidade e da esperança média
de vida com a da estrutura etária da população portuguesa.

Relacionar Deves:
Estabelecer a relação/ 1. ° Explicitara primeira parte da relação, indicando como evoluíram
ligaçâo/associação a taxa de natalidade e a esperança média de vida em Portugal.
que existe entre dois 2. ° Indicar as implicações da evolução dos dois indicadores
ou mais factos/assuntos/ na estrutura etária (descida da taxa de natalidade - menor
fenómenos. número de jovens; aumento da esperança média devida -
maior número de idosos).
3. ° Concluir com o efeito da variação da população jovem e idosa
na estrutura etária - duplo envelhecimento demográfico (pela
base e pelo topo da pirâmide etária).

Exemplo:
1. Argumenta a favor/contra/indedso, a exploração de petróleo na
costa nacional, tendo em conta aspetos económicos e ambientais.
Deves
Argumentar
1, ° Contextuaiizar a questão na unidade programática
Apresentar argumentos,
(recursos do subsolo), indicando a situação energética
razões.
de Portugal (dependência face aos combustíveis fósseis
e potencialidades de produção de energias renováveis).
2, ° Indicar a tua posição: a favor ou contra.
3? Apresentar os argumentos que justificam a tua posição,
mencionando questões económicas e ambientais.

6
COMO INTERPRETAR E RESPONDER A DIFERENTES TIPOS DE QUESTÕES

Tipo de questão Como responder

■ Tii fr
I

Comentar Exemplo:
Exige uma resposta I ■
1. Comenta a estrutura modal do transporte de mercadorias
de desenvolvimento ! ü
no território da União Europeia.
de forma organizada I
I
I
ii
Deves
e, geralmente, 1? Explicitar a afirmação contida na pergunta, Indicando o
envolvendo a relação significado de estrutura modal e caracterizando a estrutura
entre vários assuntos, modal do transporte de mercadorias na União Europeia,
assim como a conclusão indicando o modo ou modos de transporte mais utilizados
I ■

de quem elabora a e a tendência de evolução.


• ii
resposta. 2. ° Indicar as consequências/problemas resultantes dessa

situação. Neste caso, serão consequências e problemas
I
de vária ordem (ambientais, económicas e sociais}, devendo
Nota: as questões de
comentário, muitas vezes, ! *
ser todos mencionados.
aplicam-se a notícias/ 3. " Referiras principais medidas da Política Europeia
acontecimentos atuais, de Transportes para fazer face a esses problemas.
sendo necessário explicitar 4. ° Concluir a resposta, integrando este problema num mais
a ligação do assunto
abrangente que é o perigo das alterações climáticas,
em causa à matéria
da disciplina.
para justificar a necessidade da sua resolução.

COMO PREPARAR O EXAME NACIONAL

A melhor preparação é a organização e a regularidade do estudo ao longo do 10? e do 11? anos.


No entanto, é sempre necessário fazer uma preparação mais próxima:

1 Ler, no manual, o primeiro subtema e sistematizar a informação.


2. Ler e sistematizar esse mesmo assunto na Exame de Geografia A ano. Compa­
rar e conjugar as duas fontes de informação. Sempre que encontrares um Verifique se
sabes, responde às questões propostas antes de continuares. Estas questões servem
para ajudar a verificar e sistematizar os conhecimentos.
2. No final de cada subtema, realizar a página de Avaliação, comparar as respostas
dadas com as sugeridas nas soluções (para desfazer qualquer equívoco e completar
as respostas que ficarem incompletas) e voltar a estudar os assuntos em que tiveste
maior dificuldade.
4, Estuidar todos os subtemas, repetindo os mesmos procedimentos.
5, No final de cada tema, elaborar um esquema organizador dos respetivos conteúdos,
de modo a interiorizar as relações entre os diferentes assuntos desse tema.
6. Depois de estudares todos os temas, resolver as provas-modelo de exame e comparar
as respostas com as que são apresentadas nas soluções.
7. Esclarecer as dúvidas e voltar a estudar os assuntos em que houve mais respostas
incompletas ou incorretas.

Nota: é muito importante seguir as notícias da atualidade - muitas relacionam-se com os assuntos
de estudo da disciplina de Geografia A. tornando-se natural que algum dos assuntos noticiados durante
o ano letivo seja mobilizado para questões do exame nacional.

7
Parte I
10.° ANO
Módulo Inicial
A posição de Portugal na Europa e no Mundo

Tema I
A população, utilizadora de recursos
e organizadora de espaços
1. A população: evolução e diferenças regionais
2. A distribuição da população

Tema II
Os recursos naturais de que a população dispõe:
usos, limites e potencialidades
1. Os recursos do subsolo
2. A radiação solar
3. Os recursos hídricos
4. Os recursos marítimos
Módulo Inicial I. O território português

A posição de Portugal II. Portugal na Europa

III. Portugal no Mundo


na Europa e no Mundo

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Conhecer as unidades territoriais que constituem Portugal.
• Conhecer a posição de Portugal continental e insular, na Europa e no Mundo.
• Reconhecera importância da localização na explicação geográfica, analisando mapas.
• Compreendera importância e as implicações da integração de Portugal na União Europeia.
• Compreender a importância do espaço lusófono e das relações privilegiadas de Portugal com a CPLP
• Compreender o papel das comunidades portuguesas na promoção da nossa língua e da nossa cultura.
• Analisar questões geograficamente relevantes do espaço português.

© Termos e conceitos

- Localização - Cidadania

- Escala - Espaço lusófono


- Unidades territoriais (NUTS, distrito, - União Europeia
município, comunidade intermunicipal,
- Mercado comum e moeda única
freguesia e região autónoma)
- Tratados de Roma, Maastrícht
- Território
e Lisboa
I. O território português Território: realidade física e
geográfica que é suporte de
vida, de usos e de atividades
Localização económicas, constituindo um
conjunto de recursos finito,
O território português localiza-se no he­ indispensável para a vida
misfério norte, a oeste do meridiano humana e as sociedades
de Greenwich. (Fadigas, 2011).
Localização relativa: posição
de um lugar ou espaço em
Faz parte da Europa, ocupando o seu
relação a outro, segundo a
extremo sudoeste. rosa dos ventos.
Localização absoluta: posição
exata de um lugar, dada pelas
suas coordenadas:
• latitude: distância,
em graus, de um lugar
em relação ao equador;
A localização de Por­ • longitude: distância,
tugal confere-lhe uma em graus, de um lugar
posição: em relação ao meridiano
de Greenwich.
• central, no Atlânti­ 40"

co norte;
• periférica, no espa­ 125Ókm
ço europeu.
Fig.l Território português, no Mundo e na Europa.

Portugal situa-se: "32’ 22" 2D" ;18F 12*


__ I
■’ S

Extremo este
• em latitudes inter­ 6D11* 20" O
Extremo norte
médias, entre os 42° 9' 15" N

30° T 40” N, nas Extremo oeste


31’ 16’ 7" O
Selvagens (Madeira), Açores Espanha
e os 42° 9* 15” N, Portugal
■O
na fronteira norte
com Espanha;
• a ocidente do meri­
diano de Greenwich,
dos 6o 11’ 20” O,
r---------- f ■ -

na fronteira este i

Madeira
com Espanha, aos *
Extremo sul
30*1*40" N
31° 16’ 7” O, na ilha
das Flores (Açores). Fig. 2 Portugal - localização absoluta.

Analisa a fig. 2:

1. Identifica e indica a localização dos pontos extremos do território português:


a. a norte e a sul, seguindo os respetivos paralelos até ao seu valor, na margem direita
do mapa;

b. a este e a oeste, seguindo os respetivos meridianos até ao seu valor, no topo do mapa.

11
MÓDULO INICIAL A posição de Portugal na Europa e no Mundo

Constituição territorial
Portugal continental: parte
Portugal,com umterritóríoemerso de aproximadamente92 000 km2,
do território que se situa no
é constituído por: continente europeu, também

• Portugal continental ou peninsular, com cerca de 89 000 km2, denominado Portugal peninsular
por se localizar na Península
que se localiza na faixa ocidental da Península Ibérica, ocupan­
Ibérica.
do menos de um quinto do seu território; Portugal insular: parte
• Portugal insular, no oceano Atlântico, que inclui dois arquipé­ do território que é constituído
por dois arquipélagos.
lagos (Fig. 1):

- os Açores, a oeste de Por­ I I -T


l
29"
■-
•28"
-■[|—--
126’
i—
25" 4Dr
r ■ I
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tugal continental, consti­ * Corvo
i
i I
I
I
I
I
i I I
j I
tuído por nove ilhas e um Flores i
I
I
I
I
I i I I
I j I I
I I
conjunto de ilhéus, num Grupo Ocidentaf I
I
I
I I
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- H.+ -
I F
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I 39’
total de cerca de 2322 km2; I
I
I

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I
Terceira
I

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W
I i I
I I
- a Madeira, a sudoeste de I
I
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J
I Faial I I
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I I I II
I
Portugal continental, cons­ I
I I
I
I
I
I
I
I
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I I I II
I I
I
tituída por duas ilhas e dois I
1
I

is. Miguel — 3EF


I
I
I
I
Grupo Central - I
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I
conjuntos de ilhéus, com I
I
I
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I
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i
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I
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I 1
I I ■ i I
I I i I I
pouco mais de 800 km2. d J
• Oceano
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i
i
I
I

0 I km
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I
I
I Atlântico
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Grupo Oriental
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Santa Maria
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Porto Santo
I
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33^
Fig. 1 Portugal Insular.

i
i
li
II
Madeira Analisa a fig. 1:
I
I
I
I
I
II


1. Identifica as ilhas do:
■ CkoanD
í AHírrUzo a. Grupo Ocidental dos Açores;
b. Grupo Central dos Açores;
c. Grupo Oriental dos Açores;
Ilhas Selvagens
d. arquipélago da Madeira.
0 i
i

i i

Fazer a localização relativa de Portugal, no mundo, na Europa e na Península Ibérica.

Localizar o território português em latitude e longitude, indicando os seus pontos extremos.

Identificar os pontos extremos do território português.

Localizar os Açores e a Madeira em relação a Portugal continental.


AVALIAÇÃO '
Distinguir os três grupos do arquipélago dos Açores e indicar as respetivas ilhas.
P. 21
e4 •; I J^í Indicar/localizar as ilhas que constituem o arquipélago da Madeira.
Organização administrativa ã escala nacional

Desde 1976, existem em Portugal duas regiões Doc. 1 Constituição da República Portuguesa

autónomas - Açores e Madeira com um


Art." 6.13 ■ 1.
governo que tem poderes para decidir sobre
matérias de nível regional (Doc. 1). Os arquipélagos dos Açores e da Madeira constituem duas
regiúes autónomas, dotadas de estatutos político adminis
trativos próprios.
O território continental encontra-se dividido em
Constituição da Repúbfícn Portuguesa, dc 1976
18 distritos, cada um com a sua capital, da qual
recebe o nome.

As regiões autónomas, assim como os distri­


tos de Portugal continental, subdividem-se em
concelhos ou municípios, e estes em fregue­
sias (Fig. 2).

“V
Distritos Região Autónoma dos Açores
N
Viana do
Castelo* Braga
Bragança
2018 2730 6545 & *

• Vila Real
4239
.■
*-*-“*" I
I Viseu k
Aveiro 5019 Angra do
2708 í*
jCTÍ
Heroísmo
/
j Coimbra
Oceano • 3956
Atlântico F Castelo Branco 0 4b km Ocea^0
Leiria «K • 6704
351£ ■
Santarém
Região Autónoma da Madeira
• 6689
j Portalegre
Lisboa 5882

Setúbc • Évora
5152" 7393 Portugal
administrativo:
• Beja
10 240 • 2 regiões
autónomas;
• 18 distritos;
cn
• 308 municípios; O
superfície CM

em km2 • 3092 freguesias. LU

Fig. 2 Divisão administrativa de Portugal.

Analisa a fig. 2:
Escala: relação entre a dimensão reoooooo
2. Identifica o distrito ou a região autónoma da tua escola. do espaço representado no o
mapa e a sua dimensão real.
3. Menciona e localiza o concelho da tua escola.
Mapa de grande escala: representa áreas
4. Indica, da maior para a menor, as escalas presentes. de menor dimensão, com mais informação
sobre o território (exemplo: mapa ou planta
de um distrito, concelho ou freguesia).
Mapa de pequena escala: representa áreas
de maior dimensão, com menos informação
sobre o território (exemplo: mapa do país).

13
MÓDULO INICIAL A posição de Portugal na Europa e no Mundo

Organização administrativa ã escala europeia


Com a adesão à União Europeia, em 1986, foi introduzida a Tab. 1 As NUTS em Portugal
r
! 1
Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos NUTS 1 NUTS NUTS III
(NUTS), subdividida em três níveis, de acordo com critérios de­
Norte 8 subregiões
mográficos, administrativos e geográficos (Tab. 1).
Centro 9 subregiões

Esta divisão tem como objetivo harmonizar os dados estatísti­

iVÜTS 2013, INE, 2015 (adaptado)


Portugal A. M. de
A. M. de Lisboa
cos, uma vez que estes servem de base à atribuição de fundos, continental Lisboa

no âmbito da Política de Coesão da União Europeia. Alentejo 4 subregiões

Algarve Algarve
Desde a alteração introduzida pela Lei n.° 75 de 2013, em
R. A. Açores R. A. Açores R. A. Açores
Portugal, as:
RA
R. A. Madeira R. A. Madeira
• NUTS I são três unidades administrativas que correspon­ Madeira

dem às três unidades geográficas do território nacional;

• NUTS III são vinte e cinco: subdi­


• NUTS II correspondem a cinco regiões, no continente, mais
visão do Norte, Centro e Alentejo,
as duas regiões autónomas, num total de sete (Fig. 1);
mais as restantes NUTS II (Fig. 2).

Região Autónoma dos Açores


Alto
Tâmega
Cóva
Norte Tercas de
Trás-os-Montes
0 * Área
8 Douro
4—• Metropolitana
c

Viseu
o Região eDao Beiras
£Z
de Aveiro -Latões e Serra
&
Centro O
da Estrela
Região de
0 40 km
Coimbra
Coimbra
Beira
Região Autónoma da Madeira Baixa
Medio
Tejo
Alto
Lezíria Alentejo
Tejo

Évora Alentejo
Metropollta Central
de Lisboa

■ Cidade onde está


Oceano
Atlântico sediada a CCDR

Fig. 1 NUTS II Fig. 2 NUTS III.

Analisa os mapas das figs. 1 e 2:

1. Identifica as NUTS II, indicando aquelas que se subdividem em NUTS III.

2. Menciona as NUTS III de cada NUTS II subdividida.

3. Identifica a NUTS II e, se for o caso, também a NUTS III da área da tua escola.

14
Áreas metropolitanas e comunidades intermunidpais

O poder local - das autarquias (municípios e freguesias) - tem sido um fator de promoção
do desenvolvimento em todo o país. Como existem problemas, infraestruturas e serviços que
são comuns a vários municípios, foram criadas associações de municípios:

• as áreas metropolitanas (AM) de Lisboa e do Porto, em 1991 [Fig.3);


• as comunidades intermunidpais (CIM), em 2008, reformuladas em 2013, passando
a coincidir com as NUTS III, para facilitar a gestão de projetos e fundos comunitários.

1. Póvoa de Varzím
2. Vila do Conde
3. T roía Alto
Cávado Tâmega
4. Santo Tirso Terras de
Ave
5. Matosinhos Trás-os-Montes
6. Maia Tâmega
7. Va longo e SoLija Douro
Metropolitana
8. Porto do Porto
9. Gondomar Viseu
10. Paredes e Dão- Beiras
11. V. Nova de Gaia veiro -Latões e Serra
12. Espinho da Estrela
13. Sta. Maria da Feira Região de
Coimbra
14. S. João da Madeira
15. Oliv. de Azeméis
Região Beira
16. Vale de Cambra Baixa
de Leiria
17. Arouca Medio
Tejo

Lezíria Alto
do Tejo Alentejo

1. Mafra
2. V. F. de Xira Alentejo
Central
3. Loures
4. Sintra
5. Odivelas
6. Amadora
7. Cascais
8. Oeiras
9. Lisboa
10. Almada

ANMP, 2012
11. Seixa I Oceano
12. Barreiro Atlântico
13. Moita
14. Montijo
15. Alcochete
Fig. 3 Áreas metropolitanas e comunidades
16. Sesimbra
17. Palmeia intermunidpais (Lei n.° 75/2013).
18. Setúbal

Outras divisões Analisa o mapa da fig. 3:

4. Identifica a CIM ou AM em que o muni­


Existem outras divisões territoriais que servem de base à atua­
cípio da tua escola se insere.
ção de diversos organismos públicos, como as áreas promo­
5. Menciona as CIM vizinhas do município
cionais do turismo e as direções regionais da educação e da
da tua escola.
saúde, entre outras. A tendência é a uniformização às NUTS II.

VERIFICA SE SABES

Mencionar e localizar as regiões autónomas e os distritos.


avaliação
Indicar as unidades administrativas de menor dimensão, à escala nacional.

Mencionar e localizar as unidades administrativas de nível europeu.

15
MÓDULO INICIAL A posição de Portugal na Europa e no Mundo

II. Portugal na Europa Principais tratados da UE


1957 - Tratado de Roma: institui a
Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974f com a insti­ Comunidade Económica Europeia (CEE).
tuição de um regime democrático, foi possível a adesão 1992 - Tratado de Maastricht: alarga
o âmbito dos objetivos e políticas da CEE,
de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE),
que se passa a chamar União Europeia (UE).
atualmente União Europeia (UE).
2007 - Tratado de Lisboa: reúne toda
a legislação europeia e altera as regras
A União Europeia conta com 28 Estados-membros, nú­ de representatividade e decisão, tornando
mero que resulta de sete alargamentos. O Reino Unido as instituições da UE mais aptas a responder
aos novos desafios.
encontra-se em negociações de saída (Fig. 1).

Em negociações de saída
Finlândia
Instituições da UE (sedes)
• Tribunal de Justiça
Suécia e Tribunal de Contas
• Conselho da UE
Mar e Comissão Europeia
do Dii ‘tónia
• Parlamento Europeu
Norte
Lituânia • Banco Central Europeu
Reino,
Oceano Unido
Atlântico
■ Maastrich Cidades dos tratados
Polónia
Bélgica* Alemanha
Luxemburgo Frankfurt
Chéquia

Estrasburgo Eslováquia

Áustria
Hungna
França

Roménia

Espanha

Mar Mediterrâneo

Malta Chipre

Fig, 1 A União Europeia, em 2019.

Um dos primeiros objetivos comu­ Mercado único - espaço de livre circulação de...
nitários foi a criação do mercado
sP xP
comum, acordada em 1981, com a
... bens ... serviços ... capitais ... pessoas
assinatura do Ato Único Europeu.
xp xP
Acesso e
Alterou significativa mente a vida Investimentos,
Comércio de prestação de Viagens,
dos cidadãos e das empresas, na poupanças,
mercadorias serviços pelos estudo,
compra e
União Europeia. sem taxas e para os emprego,
venda de
aduaneiras. cidadãos e as residência, etc.
ações, etc.
empresas

Muito facilitado com a adoção, pela maioria dos


Estados-membros, de uma moeda única — o euro.

16
Com a adoção do euro, surgiu a União Económi­
ca e Monetária (UEM), que vigora na Zona Euro
- conjunto de países que adotaram o euro como UE que têm a
opção de exclusão
moeda oficial - constituindo um espaço financei­
Estad os-membros
ro dotado de uma moeda forte, com capacidade da UE que ainda
de competir a nível mundial, nomeadamente com nào adoptaram
Oceano o euro
o dólar americano (Fig. 2). Atlântico

A Convenção de Schengen estabelece as regras


da livre circulação de pessoas em quase todos os
países da UE e mais quatro países extracomuni-
tários - Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein
(Doc. 1).
Fig. 2 A zona do euro.

Doc. 1 Espaço sem fronteiras


Ar

Europeia
fazem parte
Os estados Schengen partilham uma fronteira do Espaço
externa comum, pela qual são responsáveis conjun Schengen
tamente, a fim de garantir a segurança. No entanto, Esta d os-membros
o controlo eficaz da fronteira externa não implica que da Uniâc Europeia
a Europa se torne uma «fortaleza». Pelo contrário, que não fazem
Oceano parte do Espaço
é essencial que as viagens de negócios e de turismo
Atlântico Schengen
sejam incentivadas, a bem das economias europeias.
M Países terceiros
A fronteira externa também precisa de se manter
que fazem parte
aberta a quem vem trabalhar e aos refugiados. cfo Espaço
Schengen
Espaço Schengen, Bruxelas, 2017
ETT Em negociações
de saída da UE
400 km

Para Portugal, a integração na UE foi um fator fundamental de desenvolvimento, devido:

• aos apoios financeiros para obras públicas, modernização e formação profissional;


• aos benefícios económicos e sociais da participação no mercado único;
• à aproximação aos padrões de qualidade de vida de nível comunitário;
• à adoção de políticas comunitárias nos domínios do ambiente, da energia, da agricultura, etc.;
• ao direito à cidadania europeia, que reforça a proteção dos direitos cívicos;
• ao Acordo de Bolonha, que permite estudar, estagiar e exercer em toda a UE.

VERIFICA SE SABES
AVALIAÇÃO

Enumerar e localizar os países da UE, da Zona Euro e do Espaço Schengen.

Explicar a importância do mercado único e da adoção da moeda única.

Indicar algumas das vantagens da integração de Portugal na UE.

17
MÓDULO INICIAL A posição de Portugal na Europa e no Mundo

III. Portugal no Mundo


A localização geográfica de Portugal, embora periférica no espaço europeu, é de grande
centralldade atlântica, conferindo-lhe vantagem estratégica como porta da Europa e como
interlocutor privilegiado entre a União Europeia e a América Latina e África. Portugal parti­
cipa também em organizações internacionais, com destaque para:

ONU Or aniza ~o Criada em outubro de 1945 para permitira cooperação entre


. .. as nações, de modo a resolver os conflitos de forma pacífica
das Nações Unidas
e a promover o desenvolvimento humano em todo o mundo.

NATO - Organização Aliança militar intergovernamental baseada no Tratado do Atlântico


do Tratado do Atlântico Norte, assinado em 1949 no contexto da Guerra Fria, com o objetivo
Norte (North Atlantic de garantir a defesa dos Esta d os-membros. Atualmente participa
Treaty Organization) em inúmeras operações de manutenção da paz.

OCDE - Organização
Em 1961, a reforma da Organização para a Cooperação Económica
de Cooperação
deu origem à OCDE, aberta a países não europeus, com o objetivo de
e Desenvolvimento
piromovero desenvolvimento econômico dos 36 países-membros.
Económico

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fundada em 1996, reforça a coope­
ração entre os Estados lusófonos e a importância da lusofonia no Mundo (Fig. 1.

.Portugal

Oceano

Cabo Verde
O
Gulné-Blssau
Pacífico

S. Tomé Guiné Equatc


IT j
e Príncipe
Oceano
índico Tlmor-Leste
Oceano
Atlântico

Fig. 1 Países da CPLR

Analisa o mapa da fig. 1:

1. Indica, pela ordem de adesão, os países da CPLP, localizando-os no respetivo continente.

Principais ações da CPLP

JT TF TF ~
Esforços Im plementação Ajuda Difusão
diplomáticos nas Promoção da do português portuguesa e de programas
organizações cooperação no como língua de comunitária ao de informação,
internacionais e plano económico, trabalho nos desenvolvimento formação e
na mediação de político e cultural. organismos dos restantes lazer, em língua
conflitos. internacionais. países. portuguesa.

18
A presença de numerosas comunidades de portugueses e de
Emigração: saída
lusodescendentes um pouco por todo o mundo é também um de nacionais para
importante elo de ligação de Portugal ao Mundo (Doc. 1). outros países, para
residir e trabalhar.

Doc. 1 Diáspora portuguesa

As comunidades portuguesas são a mais forte manifestação do Portugal global. 1 lá, hoje, mais de dois
milhões de emigrantes portugueses e, contando com os lusodescendentes, ascendem aos cinco milhões.
É uma diáspora que confirma a ideia da comunidade global como ativo estratégico do maior relevo
internacional.

Portal diplomático da República Portuguesa. 2019 (texto adaptado)

Analisa o mapa do doc. 1:

2. Identifica as seis maiores comunidades portuguesas, por ordem decrescente.

Contributos da emigração portuguesa


.______________________________________________________________________________________________________________________________J

Dinamização de fluxos Fomento do consumo


Difusão da língua
financeiros e de remessas de produtos e do turismo
e da cultura portuguesa
de emigrantes (poupanças portugueses, fruto das
(arte, gastronomia, moda,
e investimentos), que relações e laços de amizade
usos e tradições, literatura,
promovem o desenvolvimento e familiares com pessoas
saber científico, etc.).
das regiões de origem. de outros países.

VERIFICA SE SABES

Quais são os mais relevantes organismos internacionais em que Portugal se integra (além da UE).

Enumerar e localizar os países da CPLP e os objetivos e ações desta comunidade. avaliação

Enumerar e localizar os países das maiores comunidades portuguesas.

Explicar a importância das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

19
MÓDULO INICIAL A posição de Portugal na Europa e no Mundo

SÍNTESE

O território português

Constituição
I I
I I
i i

N Portugal continental
Hemisfério norte, no sudoeste da Europa, na faixa
I I ou peninsular
ocidental da Península Ibérica... I
I
I
I

I I
• I

... e no Atlântico Norte ■ ■

I
I
Portugal insular
........................ I................... . •
i
!

I
• Açores
• Periférica, na Europa i
i
i
I
i
i
i
!
• Madeira
I I

• Central, no Atlântico I

I
I
i L

*
I
I

Portugal insular: I
I

duas regiões autónomas - Açores e Madeira


I
li Portugal continental:
18 distritos
T
Subdivididos em 308 concelhos e 3092 ...............
freguesias ST...................
<D I r
Oi
IL.
O tl . J . H ■ 3 de nível I - NUTSI
Nomenclatura das unidades territoriais para = : ... „
. .. ...■ ■ 7 de nível II - NUTS II
fins estatísticos - NUTS : ■
■ 25 de nível III-NUTS III

I
I
I
I
I
I
I

2 áreas metropolitanas e 23 comunidades íntermunicipais


Portugal na Europa e no mundo

1986 - adesão à União Europeia Participação em organizações internacionais


I 4, 4/
r---------------------------------------------- -------------------------- t
4,
J-------------------------------------------------------------------------

inserção ■1 14

ONU OCDE NATO


í ■ ■

1
1
I
I

No mercado único, com livre circulação



I

ti 1 ■ I
I
-^i Bens e serviços i
I
I j i
1

u
I

Zona Euro I

I
1
Capitais I

-r I
I
I

I
F *1 I
CPLP-1996 I

á i ■
1 1 I

1
Pessoas I
Espaço Schengen
............... .................................... ...................

■r * Reforço da cooperação
1


Benefícios para Portugal I
I
I
* Valorização da língua e cultura
1 I

V.............. .......................................... xk I
1
portuguesas no mundo
"
I
I

F
I
I
I
>
I
I
1
Comunidades portuguesas
I I

Sociais: I
I
I
i
e de lusodescendentes
I

Económicos: I

I I
melhoria do nível de vida I
I

fundos europeus
e cidadania europeia - I
i

e participação no
I
* Divulgação da língua e cultura portuguesas
viagens, emprego, I
1

mercado único I
* Remessas dos emigrantes
II
I
I
■ trabalho, estudo, etc. i
I

‘I
I

F
I I
* Benefícios para o comércio e turismo
■I I- I

20
Avaliação

Seleciona a leira da chave que corresponde a cada uma das afirmações seguintes.

Afirmações Chave

1 Localiza-se na faixa ocidental da Península Ibérica. A. Portugal

2. Localiza-se no oceano Atlântico» a sudoeste B. Ilha da Graciosa


de Portugal continental.
C. Açores e Madeira
3* Com nove ilhas» subdivide-se em três grupos.
D. Arquipélago dos Açores
4. Situa-se aproximadamente a 39° N e 28° O.

5. Tem um território de cerca com 92 000 km2. E. Arquipélago da Madeira

6. Sào regiões autónomas. F. Portugal continental

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.

1. A sua posição geográfica coloca o nosso país na periferia da Europa e do espaço mundial.
2. Portugal aderiu em 1986 á UE. quando esta ainda era designada por CEE.
3. Portugal encontra-se subdividido em três NUTS I, sete NUTS III e 25 NUTS III.
4» O último tratado da UE foi assinado em 2007» em Lisboa» mas ainda não entrou em vigor.

5. O maior alargamento da UE» com a adesão de dez países» deu-se em 2007.


6» Em 2019» o euro era moeda oficial apenas em 12 Estados-membros da UE.

7, Em 2019» faziam parte do Espaço Schengen 22 países da UE e quatro extra comunitários.

IIL Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões.

1 Portugal faz parte: 2. Da CPLP fazem parte» além de Portugal:


A. do Espaço Schengen» mas não A. 4 países africanos, 1 sul-americano e 1 asiático.
da Zona Euro. B 6 países africanos e 2 asiáticos.
B. da Zona Euro, mas não C. 6 países africanos, 1 sul-americano
do Espaço Schengen. e 1 asiático.
C. da Zona Euro» desde 2005. D 4 países africanos, 2 sul-americanos
D. da Zona Euro e do Espaço Schengen. e 1 asiático.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Reflete sobre a influência da posição geográfica de Portugal.


2. Apresenta três argumentos que defendam a adesão de Portugal à UE.
3. Descreve a divisão administrativa, de nível nacional e europeu» do território português.
4. Menciona três das ações desenvolvidas pela CPLP.
5. Explica o papel das comunidades portuguesas na projeção e desenvolvimento interno
do nosso país.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Apesar de não haver questões de exame a incidir unicamente sobre conteúdos do Módulo Inicial, as provas de
exame nacionais são compostas por questões que exigem a compreensão e a aplicação dos sa beres geográficos
sobre Portugal, a União Europeia e a sua inserção internacional, desenvolvidos neste tema.

21
Tema I
L Evolução recente

SUBTEMA1 II. Estruturas


e comportamentos
sociodemográficos
A população: evolução III. Problemas e possíveis

e diferenças regionais soluções

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Relacionar a evolução da população portuguesa, na segunda metade do século XX,
com o comportamento das variáveis demográficas e a mobilidade da população.
• Explicar a evolução do comportamento das variáveis demográficas.
• Caracterizara estrutura etária da população portuguesa.
• Explicar a desigual distribuição das variáveis demográficas no espaço português
• Equacionar as consequências dos principais problemas sociodemográficos
• Debater medidas passíveis de contribuir para a resolução dos problemas socio­
demográficos.

© Termos e conceitos

- Crescimento natural - Estrutura etária - Nível de qualificação


saldo migratório e e envelhecimento profissional
crescimento efetivo demográfico
- Estrutura ativa, desemprego
- Taxa de natalidade, - índice de dependência de e taxa de desemprego
de mortalidade e de idosos, de jovens e total
- Taxa de alfabetização
mortalidade infantil
- Taxa de fecundidade
- Desenvolvimento
- Esperança de vida e índice sintético de
sustentável
à nascença fecundidade

- Qualidade de vida - índice de renovação


de gerações
A populaçao: evolução e diferenças regionais

I. População e comportamentos demográficos


Tab. 1 População nos recenseamentos.
Indicadores demográficos r 1
Anas População
Em Portugal, desde meados do século XX, a população
1950 8 500 240
residente aumentou em cerca de dois milhões de
1960 8 889 392
habitantes, passando de pouco mais de oito milhões,
em 1950, para mais de 10 milhões, em 2018 (Tab.ij. 1970 8 663 252

1981 9 833 014


Esta evolução foi influenciada pelos comportamentos
1991 9 867147
demográficos (natalidade, mortalidade, imigração e emi­
2001 10 249 022
gração), que determinaram o crescimento natural, mi­
gratório e efetivo, e respetivas taxas. 2011 10 573 479

Indicador Definição Fórmula de cálculo


L______________________________________________________________________________________________________________________________________ .

Crescimento natural
Diferença entre natalidade (N) e mortalidade (Ml) CN = N - M
ou saldo fisiológico (CN)

Número de nados-vivos ocorridos Número de óbitos ocorridos num


num território, num certo período território, num certo período

Crescimento natural por mil habitantes N-M


Taxa de crescimento TCN = *1000
ou diferença entre: -> População total
natural (TCN)
taxa de natalidade (TN) e taxa de mortalidade (TM) ou TCN = TN - TM

Natalidade por mil habitantes Mortalidade por mil habitantes

N° de nados vivos N.Q de óbitos


TN = *1000 TM = *1000
População total População total

Crescimento ou
Diferença entre imigração (I) e emigração (E) CM = I E
saldo migratório (CM)

Número de imigrantes Número de emigrantes

Taxa de crescimento I - E
Crescimento migratório por mil habitantes TCM = —------, ... t 4 , *1000
migratório (TCM) Populaçao total

Crescimento efetivo (CE) -> Soma do crescimento natural com o migratório CE = CN + CM

Taxa de crescimento
Crescimento efetivo por mil habitantes TCE = p , x,000
efetivo (TCE) Populaçao total

Estas taxas são, geralmente, apresentadas em permilagem (%o), ou seja, por mil habitantes,
embora as taxas de crescimento natural, migratório e efetivo possam ser dadas também em
percentagem (%).

23
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Evolução dos principais comportamentos demográficos


O crescimento natural da populaçao varia em função da natalidade e da mortalidade, cujas
taxas, no nosso país, sofreram uma acentuada redução no último século fig. 1).

Analisa o gráfico da fig. 1:

1. Identifica o valor da TN em 1900,


1950,1975,1995, 2000 e 2017.

2. Identifica o(s) período(s) com TM:


a. superior à TN;
b. a descer de mais de 20%o para
10,5%o;
c. a voltar a subir muito ligeira­
mente.

3. Indica como evoluiu a TCN,


de 1950 a 2017.
Fig, 1 Evolução das taxas de natalidade e de mortalidade em Portugal (1900-2017).

A soma das taxas de crescimento natural e de crescimento migratório (TCE) explica a evolu­
ção da população residente em Portugal (Fig. 2).

Fig. 2 Evolução das taxas de crescimento natural, de crescimento migratório e de crescimento


efetivo, em Portugal (1950-2017).

Analisa o gráfico da fig. 2:

4. Identifica os períodos em que a emigração foi:


a. superior à imigração; b. inferior à imigração.

5, Identifica os períodos em que a taxa de crescimento efetivo foi:


a. positiva; b. negativa.
• *******■****•***•*■*■**•*

24
A populaçao: evolução e diferenças regionais

Influência dos comportamentos demográficos


na evolução da população
Os comportamentos demográficos influenciam a evolução da população (Fig, 3 .

Analisa o gráfico da fig. 3:

6* Indica o ano inicial e respe­


tivo valor.

7. Identifica os períodos que


se destacam pelo sentido
e ritmo de crescimento.

8. Conclui com o último ano


e respetivo valor. <r«
s
CN
LU

o i£i O LÍJ □ m O LO o lTi O lTi O lTi ÇD


m ‘■D r-- O O
cn
Líl
Ti CFi
<£5
■Ti CFi
r-
■Ti
■:=ü CO
■Ti ■Ti Q O 5 5 O
1 fN CM fN
Ano
Fig, 3 Evolução da população residente em Portugal, de 1950 a 2017

r 1
Variação Comportamentos
Período Fatores políticos, económicos e sociais
da população demográficos

- TN alta e TM a baixar, de - População pobre e pouco instruída, com fraco acesso


A
Aumentou que resulta uma TCN alta, a métodos contracetivos.
1950 a compensar a TCM
TCE positiva - Fluxo significativo de emigrantes, principalmente para
a 1963
negativa. o Brasil.

- TCN desce pela redução - Ligeira melhoria das condições de vida e do acesso
da TN e pela TM baixa. a contracetivos, no final da ditadura, o que permitiu
B
Diminuiu
- Grande aumento da uma ligeira redução da TN.
1964
TCE negativa emigração, que reduz - Desenvolvimento industrial da Europa Ocidental, que
a 1974
a TCM, que já não é atraiu grandes fluxos de emigrantes portugueses,
compensada pela TCN. sobretudo para a França e para a Alemanha.

- Revolução de 25 de Abril de 1974, que levou:


- TCN positiva e a descer,
- à abertura da sociedade, permitindo o início
C pela quebra da TN e ligeira
Aumentou da generalização do uso de contracetivos;
descida da TM.
1975
TCE positiva - à independência das colónias, que desencadeou
a 1979 - TCM alta, com a imigração o regresso de grande número de portugueses.
superior à emigração.
- Crise internacional, que diminuiu a emigração.

- Generalização do uso de contracetivos e TM baixa.


D
- TCN a baixar muito. - Final da crise e retoma da emigração portuguesa.
1980 Estagnou
a 1992 - TCM negativa. - Auge da explosão demográfica, que desencadeia
a imigração dos PALOP para Portugal.

- TCN estabiliza, o aumento - Queda da URSS e dos regimes comunistas


E
Aumentou da imigração eleva um da Europa Oriental, que desencadeou um intenso
1993 pouco a TN. fluxo imigratório para os países da União Europeia.
TCE positiva
a 2007
- TCM aumenta muito. - Chegada de imigrantes dos PALOP e do Brasil.
F
Diminuiu - TCN e TCM baixam - Crise económica, que faz diminuir a TN e a imigração,
2008 e tornam-se negativas. provocando o aumento da emigração.
TCE negativa
a 2018

25
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Desigualdades regionais

Crescimento natural
Atualmente, à escala nacional, as taxas de natalidade e de mortalidade apresentam valores
baixos e próximos, com uma taxa de crescimento natural negativa. Porém, a nível regional
é possível identificar algumas diferenças (Fig. 1).

A
H I. J
Alto
Tâmega
? Terras de
Área Trás-os-Montes
Metropolitai âmega
Sousa Douro
do Porto
Viseu
Região e Dão- Beiras
de Aveiro -Latões G Serra
da Estrela
Região de
Coimtxa
Beira
Baixa
Médio
Tejo

Esfa taflcas D e iw g ró ficas 2017, INE, 2018


Alto
Lezíria Alentejo

Áre
Metropol Alentejo
de Lisboa Central

Ba ixo Alentejo

TN PM TCN (%o)
<6.5 < -9,0
R. A. Açores 6.5 -S,0 -9,0 - -5,0
8.1 - 9,0 -4,9 - 0,0
R. A Madeira >9,0 R. A Madeira > 0.0

Fig, 1 Taxas de natalidade (A), de mortalidade {BJ e de crescimento natural (C), por NUTS lllr em 2017.

Analisa e compara os três mapas da fig. 1:

1. Identifica as NUTS III em que, simultaneamente, a TN é superiora 6,5%o e a TM é inferior a 10%c.

2* Descreve as principais diferenças regionais na distribuição da TCN.

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural


>1/

• Apresenta-se negativa
• Os valores mais altos registam- em quase todo o território,
’ Os valores mais altos verificam-
-se nos Açores, na Madeira, destacando-se:
-se nas NUTS III do interior, por
em Lisboa e no Algarve, onde - o Alto Alentejo com -10,7%,
terem mais população idosa.
há mais população jovem devido à TN muito baixa e à
’ Os valores mais baixos ocorrem
e jovem adulta. TM superior à média nacional;
nas sub-regiões do litoral, devido
• Os valores mais baixos ocorrem - a A.M. de Lisboa com valores
ao menor envelhecimento
nas sub-regiões do interior, com positivos, mas muito baixos,
da população.
população mais envelhecida. devido à TN que é superior
à média nacional.

Na taxa de mortalidade incluem-se os valores da taxa Taxa de mortalidade infantil (TMI): número de
de mortalidade infantil, que desceu ao longo do óbitos até um ano de idade, por mil nados-vivos.
século XX, sobretudo a partir de 1960, sendo de 2,6%o N.° de óbitos (< 1 ano)
TMI = *1000
Natalidade
em 2017, abaixo da média da União Europeia (3,6%o).

26
A populaçao: evolução e diferenças regionais

Saldo ou crescimento migratório


As migrações caracterizam o espaço português, embora, ao longo do tempo, tenham varia­
do as origens, os destinos e a intensidade dos fluxos migratórios.

Movimentos migratórios

sL
• Crescimento demográfico no litoral, sobretudo nas
O êxodo rural, isto é, a saída de população do espaço
áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
rural para as áreas urbanas:
• foi mais intenso nas décadas de 1960 e 1970, tendo,
• Grande perda de população em todo o interior rural,
depois, diminuído gradualmente; com um forte envelhecimento demográfico, pois
saíram os mais jovens e os jovens adultos e ficaram
• é pouco significativo, atualmente.
os adultos mais velhos e os idosos.

• Intensificação da perda de população no interior.


A emigração teve maior expressão na década de 1960
• Perda de população no litoral, atenuada pela
e início da de 1970, devido ao fraco desenvolvimento chegada dos migrantes do êxodo rural.
do país, à falta de emprego, ao regime de ditadura
• Diminuição do desemprego, pela menor procura.
e à Guerra Colonial, o que levou muitos jovens a emigrar
• Diminuição da taxa de natalidade.
para fugirem ao serviço militar.
Os migrantes, na sua maioria, eram homens com pouca • Aumento da entrada de fluxos financeiros, com as
instrução e sem visto legal - migração clandestina. remessas dos emigrantes, que permitiram melhorar
a vida das famílias e desenvolver as terras de origem

A imigração teve maior expressão a partir da década de • Aumento da população total, sobretudo no litoral.
1990, devido à adesão à União Europeia, ao crescimento • Ligeiro aumento das taxas de natalidade e de
económico e à internacionalização da economia, crescimento natural, pois a maioria dos imigrantes
que tornaram Portugal mais atrativo, sobretudo para tem idade ativa e reprodutiva.
imigrantes dos países de língua oficial portuguesa • Aumento e rejuvenescimento da população ativa.
e da Europa Oriental. • Aumento das contribuições para o Estado.

• Perda de grande número de jovens adultos, que:


A emigração aumentou muito durante a crise
- acentuou a redução da taxa de natalidade;
económica de 2008 a 2015, com destino a outros
- consolidou a tendência de agravamento dos valores
países comunitários, devido à falta de emprego, mas
negativos da taxa de crescimento efetivo.
também à atração pelos melhores salários e por
• Perda de recursos humanos qualificados, que:
oportunidades de formação e valorização profissional.
- travou o ritmo de redução do défice de formação
Os emigrantes, na sua maioria, eram jovens adultos
e qualificação da população ativa;
(homens e mulheres) e muitos tinham qualificações
- reduziu a capacidade de empreendedorismo,
de nível secundário e superior.
de risco e de inovação do tecido económico
nacional.

VERIFICA SE SABES

Explicar a evolução dos comportamentos demográficos e da população, em Portugal.

Descrever a distribuição das taxas de natalidade, de mortalidade e de crescimento natural, por NUTS III. AVALIAÇÃO

Explicar a evolução da emigração e da imigração, em Portugal. Pp.40e41


GRUPO I:
Questões 3 e4
Indicar os efeitos das migrações em Portugal.
Questões 1e4

27
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

II. Estruturas e comportamentos Estrutura etária: composição


sociodemogrãficos da população por idades.
Principais grupos etários:
- Jovens - 0 a 14 anos
A estrutura etária - Adultos - 15 a 64 anos
- Idosos - 65 anos e mais
A evolução dos comportamentos demográficas reflete-se na estrutura
etária da população (Figi).
Idade (anos)

Mulheres

2080

2016

em % da população total
----- 2080 (projeções, cenário central)

Fig. 1 Evolução da estrutura etária em Portugal, nos anos 1991 a 2016 e 2080 (previsão).

Analisa as pirâmides etárias da fig. 1: Envelhecimento demográfico: aumento


da idade média da população devido
1. Verifica a legenda. a um duplo envelhecimento:
• pela base - redução do número
2. Indica a variação, de 1991 para 2016, no grupo etário dos:
e da proporção de jovens;
a. jovens; b. adultos; c. idosos. • pelo topo - aumento do número
e da proporção de idosos

De 1991 para 2016:


F -I

Na pirâmide etária Variação dos grupos etários Fatores explicativos


b__________________________________________________________________________________________________________ J
_______________________________________________________________________ J L_____________________________________________________________________________________________ J

... redução do número e da ... devido à redução da taxa de


A base ficou mais estreita porque
-> representatividade dos jovens natalidade e dos indicadores de
houve uma...
na população total,... fecundidade.

Porque o número e a ... pela redução do número de


As barras dos adultos ficaram mais: representatividade dos adultos: jovens, que reduz o de adultos mais
• estreitas de 15 a 39 anos; ■ diminuiu até aos 39 anos; novos. As melhores condições
• largas aos 40 e mais anos. ■ aumentou aos 40 e mais de vida e trabalho permitem o
anos... prolongamento da vida ativa.

... aumento do número e da


... devido ao aumento
O topo ficou mais largo, porque representatividade dos idosos,
da esperança média devida
houve um... sobretudo com mais de 80 anos,
e da longevidade.

28
A populaçao: evolução e diferenças regionais

Esta evolução da estrutura etária evidencia o agravamento do processo de envelhecimento


demográfico em Portugal, como resultado da redução da natalidade e da fecundidade e do
aumento da esperança média de vida, decorrente da diminuição da taxa de mortalidade
(Figs. 2 e 3).

-90 4
---- Mulheres
*85“ ---- Homens
T3
80- 76,7
75-
cn
70- 66.4 O

65-

60- União Europeia (2017)


H - 78,3 - M—83.5
55-
2017
50 1 r 1 r ■ i r 1 ■
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 Ano

Fig. 2 Evolução do índice sintético de fecundidade em Fig. 3 Evolução da esperança média de vida à nascença em
Portugal (1960-2017). Portugal (1950-2017).

Analisa o gráfico da fig. 2: Analisa o gráfico da fig. 3:

3. Indica o ano em que o índice sintético de fecun­ 4. Descreve a evolução da esperança


didade deixou de permitir a substituição de ge­ média de vida em Portugal e compara o
rações. valor de 2017 com a média da UE.

Deve-se: Deve-se:
• à generalização do planeamento familiar ■ à melhoria das condições de vida;
e do uso de métodos contracetivos; ■ ao aumento da segurança no trabalho:
• ao crescimento da atividade profissional ■ à evolução da medicina;
feminina; ■ à melhoria da assistência na doença.
• ao adiamento do casamento
e do nascimento do primeiro filho,
com o aumento da escolaridade índice sintético de fecundidade: número médio
obrigatória e do investimento feminino de filhos por mulher em idade fértil (15 a 49 anos).
na carreira profissional;
Taxa de fecundidade: número de nados-vivos,
• às elevadas despesas com a educação
por mil mulheres em idade fértil.
das crianças;
índice de renovação de gerações: valor mínimo do
• à difícil conciliação da vida profissional
índice sintético de fecundidade que permite
e familiar.
a substituição de gerações - 2,1.
Esperança média de vida: número de anos que,
em média, uma pessoa tem probabilidade de viver,
quando nasce ou numa dada idade.

VERIFICA SE SABES
AVALIAÇÃO

Analisar a evolução da estrutura etáiria, comparando pirâmides etárias.

Justificar o envelhecimento da estrutura etária portuguesa, pela base e pelo topo da pirâmide.

29
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Indicadores de envelhecimento...
O envelhecimento demográfico, em Portugal, índice de envelhecimento {IE): relação entre o número
evidencia-se ainda mais quando comparamos de idosos e o de jovens, em número absoluto ou
percentagem (número de idosos por 100 jovens).
a evolução da população idosa com a da po­
Pop. de 65 e mais anos
pulação jovem, que tem feito aumentar o índi­ IE =------- ------------------------------ *100
ce de envelhecimento (Figs.ie2). Pop. de 0 a 14 anos

Analisa o gráfico da fig. 1:

1. Indica o ano inicial e respetivos valores.

2* Descreve o sentido e o ritmo de variação:


a. da população jovem;
b. da população idosa.

3. Sugere um efeito:
a. da redução dos jovens, na população

INE. 2018
ativa;
b. do aumento de idosos, nas despesas
do Estado.
Fig. 1 Evolução da população jovem e idosa, em Portugal
(1981-2017).

Analisa o gráfico da fig. 2:

4. Descreve o sentido e o ritmo de variação


do índice de envelhecimento.

5. Explica porque, a partir de 2001, o valor


do índice de envelhecimento ultrapassou

INE, 2018
os 100%.

Fig. 2 Evolução do índice de envelhecimento, em Portugal


(1960-2017).

A tendência de envelhecimento demográfico Tab. 1 Evolução dos grandes grupos etários na UE-28 e em Portugal.
F 1
verifica-se há várias décadas na União Euro­ Jovens Adultos Idosos
peia, incluindo Portugal, com um: (%) (%) (%)

2010 15,7 66,7 17.6


• crescente aumento da proporção de pes­
INE e Eurostat, 2019

UE
soas idosas; 2017 15,6 65,2 19,2

• decréscimo do peso relativo de jovens e 2010 15.1 66,2 18,7


Portugal
de pessoas em idade ativa, na população
2017 13.9 64,8 21.3
total (Tab. 1).

30
A populaçao: evolução e diferenças regionais

... e desigualdades regionais


A estrutura etária apresenta contrastes regionais entre as NUTS III do interior, mais envelhe­
cidas, e as NUTS III do litoral continental e regiões autónomas (Figs. 3e4).
100%

INE, 2018
fstaflstfcos DeiTjoíycíflcas 2017,
R. A. Madeira
>200

Fig. 3 índice de envelhecimento demográfico,


por NUTS III (2017).

Analisa o mapa da fig. 3 e o gráfico da fig. 4:

6* Identifica as NUTS III com:


a. menos de 20% de idosos;
b. 10% ou menos de população jovem (0 a 4 anos). 0 a 14

7. Menciona as NUTS com índice de envelhecimento Fíg, 4 Estrutura etária em Portugal


e por NUTS 111(2017).
inferior a 161.

A variação regional do índice de envelhecimento acompanha a da estrutura etária e evidencia:

• maior envelhecimento nas NUTS III do interior, onde há menos jovens (TN mais baixa)
e maior proporção de idosos (que exp ica os maiores valores da TM);
• menor envelhecimento nas NUTS III do litoral norte, Área Metropolitana de Lisboa
e regiões autónomas, onde há mais jovens e menor proporção de idosos.

avaliação
VERIFICA SE SABES

Relacionar o índice de envelhecimento com a proporção de jovens e idosos.

Identificar e explicar os principais contrastes regionais no índice de envelhecimento.

31
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

A estrutura da população ativa...


A evolução demográfica que estudaste reflete-se diretamente na taxa de atividade e nas
características da população ativa (Fig.1).

População ativa: conjunto de


indivíduos, com 15 anos ou mais, que
constituem mão de obra disponível,
incluindo os desempregados
e os que cumprem o serviço militar.
População não ativa: conjunto
de indivíduos, de qualquer idade,
que não são economicamente ativos.
Taxa de atividade total:
percentagem de população ativa
em relação à população total.
Taxa de atividade feminina/
masculina: percentagem de
mulheres/homens ativos, em relação
ao total de mulheres/homens.
Hg. 1 Evolução da populaçao atiiva em Portugal (total e por género, face ao
total de homens e mulheres, 1970-2017),

Analisa o gráfico da fig. 1:

1* Indica o sentido e o ritmo de variação da taxa de atividade total entre:


a. 1970 e 2001; b. 2001 e 2011; c. 2011 e 2017

2* Calcula o aumento da taxa de atividade feminina entre 1970 e 2011.

A evolução da taxa de atividade caracteriza-se por:


------------------------------------------------- 1

Período Variação Fatores explicativos


■ i- -I

- Regresso de muitos portugueses


Aumento, em cerca de 4%, da taxa das ex-colónias, em idade ativa.
1970 a 1991 de atividade total, apesar da diminuição - Incentivo à reforma antecipada, afetando
(21 anos) da taxa de atividade masculina, e pela quase a taxa de atividade masculina.
duplicação da taxa de atividade feminina. - Rápido aumento do número de mulheres
com acesso ao mercado de trabalho.

Crescimento mais rápido da taxa de atividade - Grande crescimento da imigração,


1991 a 2001 total (cerca de 6%), com a subida da taxa que aumentou o número de ativos.
(10 anos) de atividade feminina e um muito ligeiro - Continuação do aumento do número
acréscimo da masculina. de mulheres no mercado de trabalho.

- Redução da imigração e aumento


Ligeira redução da taxa de atividade total
da emigração, devido à crise económica.
2001 a 2011 e da taxa de atividade masculina.
- Continuação do aumento do número
(10 anos) Pequeno aumento da taxa de atividade
de mulheres ativas, embora com menor
feminina.
significado.

Ligeiro aumento da taxa de atividade total


2011 a 2017 - Recuperação económica, que fez diminuir
-> e masculina, com manutenção da taxa
(7 anos) a emigração.
de atividade feminina.

32
A populaçao: evolução e diferenças regionais

... e do emprego
A estrutura do emprego - forma como a população ativa se reparte pelos três setores de
atividade económica - também sofreu alterações significativas :ic..: ..

INE, 2019
Lisboa Açores Madeira
Primário Secundário Terciário
Fig. 2 Evolução da contribuição de cada setor de atividade para o emprego, em Portugal (1950-2017) e por NUTS II (2017).

Analisa os gráficos da fig. 2:

3* Indica a percentagem do emprego em cada setor de atividade, em 1950 e 2017.

4. Identifica:
a. o setor dominante em todas as regiões;
b. as três regiões com maior setor secundário.
***»***«*e****»*«*e****ft«*

Setor primário Setor secundário Setor terciário


L-

Acentuada redução por Aumento, até 1971, por efeito Crescimento contínuo, empregando 75%
efeito: da industrialização do país. da população em 2017, devido:
• do êxodo rural, que fez Redução, desde 19S1, devido: • ao desenvolvimento dos transportes
transitar os ativos para - á deslocalização industrial para e das atividades comerciais;
os setores secundário países de mão de obra mais • à criação de novos serviços;
e terciário; barata; • ao alargamento dos serviços de educação,
• da mecanização e • à progressiva substituição saúde e apoio social;
crescente automatização da indústria intensiva em mão • à expansão dos serviços financeiros;
da agricultura, que de obra pela indústria de • ao aumento e diversificação das atividades
libertou mão de obra, tecnologia moderna e digital, de turismo e lazer.
sk sk T

Maior importância no Norte Mais importante em todo o país, destacando-


Maior importância
e Centro, por concentrar boa parte -se a AM de Lisboa, pela grande concentração
no Centro, no Alentejo
das empresas que aiinda e diversidade de serviços, assim como o
e nas regiões autónomas.
são intensivas em mão de obra. Algarve e a Madeira, pelo turismo.

I
AVALIAÇÃO
VERIFICA SE SABES

Explicar a evolução da taxa de atividade e da estrutura do emprego, através da análise de gráfi­


cos e aplicando aprendizagens anteriores.

33
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Os níveis de escolaridade e de qualificação profissional


O recurso mais importante é a população. Daí a importância da elevação dos níveis de
escolaridade e de qualificação profissional, sobretudo da população ativa (Fig, 1).

Taxa de
analfabetismo

1991 -11%
2001 - 9%
2011 - 5%

Fig. 1 Evolução dos níveis de escolaridade e da taxa de analfabetismo em Portugal (1991-2017).

Analisa o gráfico da fig. 1:

1. Indica, para 1991 e 2017, a percentagem de população:


a* sem instrução; b. com o 3.° Ciclo; c. com o Ensino Superior.

Apesar do enorme progresso, os níveis de escolari­


dade em Portugal ainda estão aquém da média da
União Europeia, refletindo-se nos da população ati­
va, com diferenças regionais significativas (Figs.2e3).

Compara os gráficos das figs. 2 e 3:

2. Identifica as NUTS com níveis de escolaridade infe­


riores aos da média da UE28.

3. Compara os níveis de instrução da população ativa,


em Portugal, com os dos restantes países da UE. Fig, 2 Níveis de escolaridade da população ativa
(15 e mais anos) em Portugal, por regiões, em 2017.

Fig. 3 Níveis de escolaridade da população ativa (15 a 64 anos} na União Europeia, em 2017.

34
A populaçao: evolução e diferenças regionais

III. Principais problemas sododemogrãficos


O envelhecimento demográfico e os níveis de escolaridade ainda
inferiores aos da União Europeia levantam alguns problemas.

fc o n ó m ita s 2016, 1NE, 2019


O envelhecimento demográfico provoca:

• a diminuição do número de jovens, o que reduz a população ati­


va e as respetivas contribuições para a Segurança Social;
• o acréscimo das despesas com os idosos, na saúde, nos serviços
de apoio e nas pensões de reforma (Fig. 4).

Conícrs
Gera-se, assim, um desequilíbrio que poderá vir a impossibi itar
o pagamento das pensões aos atuais e futuros contribuintes e 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2016Ano

que se reflete nos índices de dependência - total, de jovens e Fig. 4 Evolução do valor total das pensões
de idOSOS (Fig. 5). de reforma da Segurança Social.

índice de dependência de jovens:


relação entre o número de jovens e o
número de pessoas em idade ativa.

Pop. de 0 a 4 anos
IDJ =------------------------------------- x 100
Pop. de 15 a 64 anos
índice de dependência de idosos:
relação entre o número de idosos e o
número de pessoas em idade ativa.
ID total
ID idosos Pop. de 65 e mais anos
IDI = ------------------------------------- x 100
ID jovens Pop. de 15 a 64 anos
índice de dependência total:

Fig. 5 Evolução dos índices de dependência em Portugal. IDT = IDJ + IDI

Analisa o gráfico da fig. 5:

4. Descreve a evolução do índice de dependência de jovens, de idosos e total.

5* Identifica o ano em que o índice de dependência de idosos superou o de jovens.

Os níveis de escolaridade ainda baixos face à média comunitária:

• dificultam a aprendizagem ao longo da vida e a qualificação contínua da mão de obra;

• aumentam o risco de desemprego, pela maior vulnerabilidade dos menos instruídos e quali­
ficados ãs flutuações do mercado de trabalho, sobretudo nas situações de crise económica;
• reduzem a produtividade das empresas (produção por unidade de tempo de trabalho),
pela falta de qualificações dos empregadores (défice de gestão e organização) e dos tra­
balhadores (dificuldade de adaptação a novas metodologias e tecnologias de produção).

í “
AVALIAÇAO

Pp.40e41
GRUPO I:
Enunciar os principais problemas decorrentes do envelhecimento demográfico. Questão 6

Questões 1,2 e 3
Indicar implicações dos baixos níveis de escolaridade e qualificação da população ativa.
GRUPO IV:
Questões 6 e7
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Soluções para os problemas sociodemogrãficos

Rejuvenescer a população
O rejuvenescimento da população é urgente para se conseguir um equilíbrio demográfico
que garanta a sustentabilidade social. Tal só será possível com o aumento da populaçao
jovem, através de políticas de apoio à natalidade e à imigração (Doc. .

Políticas natalistas (de incentivo à natalidade) Doc. 1 A palavra aos especialistas

^F
Maria Filomena Mendes, presi
dente da Associação Portuguesa de
O incentivo à natalidade pode traduzir-se em medidas como:
Demografia, reforça a ideia de que
• alargamento da rede da educação pré-escolar, com horários é essencial garantir estabilidade no
compatíveis com o emprego dos pais; emprego e assegurar um nível sala
• aumento dos abonos de família em função do número rial que permita fazer face às despe
de filhos; sas familiares.
• alargamento do período de licença maternal e paternal () sociólogo João Peixoto defende
e maior diversidade de modalidades de partilha no casal; que “São precisas políticas sistema
• regulamentação da adoção de crianças de outros países; ticas. de longo prazo, um consenso
• incentivos às empresas, de modo a torná-las parceiras que garanta a duração das diferentes
na promoção da natalidade, nomeadamente com: medidas para além do Governo que
- a criação de creches nas empresas, facilitando as deslocações as implementa.”
diárias e fomentando um maior contacto entre pais Os dois especialistas indicam qua
e filhos ao longo do dia (p. ex., na hora de almoço); tro áreas a trabalhar: partilha de licen
- maior flexibilidade dos horários de trabalho para facilitar ças parentais, para maior igualdade de
a conciliação com a vida familiar; género; conciliação entre trabalho e
• promoção de uma economia com maior empregabilidade família; aposta numa rede de creches;
e valorização dos salários;
melhores apoios financeiros.
■ valorização da família e da população como recurso fundamental. Expresso, 21/06/2018 (adaptado)

Políticas de imigração
4*
2017, IN E, 2 Cd8

O incentivo à imigração legal e planeada


e à fixação de refugiados, com programas de
fs ta ís tfc o s Dernogrcíflcas

emprego e integração, permitirá:


* aumentar a natalidade, com a chegada de
população em idade reprodutiva;
* aumentar e rejuvenescer a população ativa,
pelo reforço de adultos jovens na estrutura
etária;
* promover a sustentabilidade da Segurança
Social, pelo aumento do número de
contribuintes. Fig,1 Estrutura etária cios imigrantes em Portugal, em 2017.

Analisa o doc. 1 e a fig. 2:

1. Identifica as áreas de aplicação de políticas natalistas.

2. Caracteriza a estrutura etária dos imigrantes, em Portugal.

36
A populaçao: evolução e diferenças regionais

Elevar os níveis de escolaridade e qualificação

As políticas educativas desenvolvidas nas Tab, 1 Proporção de pessoas, de 18 a 64 anos, que


participaram em atividades de ALV.
últimas décadas têm elevado os níveis de
escolaridade, com o alargamento da esco­
laridade obrigatória até aos 18 anos. Será
50,2
necessário prosseguir no mesmo sentido,
nomeadamente: Homens 51.5
Género
• diversificando os percursos escolares, Mulheres 30,7 49.0

de modo a combater o abandono escolar; 18-24 anos 60,8 80,7

• melhorando a oferta educativa profissio­ 25-34 anos 40,2 60,2 5E


o
nal, tornando-a mais adequada às neces­ QJ
Grupo etário 35-44 anos 28,5 53,9 K
sidades das empresas, de modo a facilitar G
Ci
íN
a inserção dos jovens na vida profissional; 45-54 anos 22,0 43.0 -<
■-1

• promovendo a inovação tecnológica 55-64 anos 10,8 28,6 •c

£
nas escolas, universidades, Administração Nenhum 0,8 20.7 Q

-a
Pública e empresas, de modo a aumentar
Básico -1 ® Ciclo 7,6 18,1
a produtividade e a competitividade;
Básico - 2.° Ciclo 20,6 30.9
• apoiando as empresas e os serviços pú­
Escolaridade
blicos no reforço da formação inicial e na Básico - 3.° Ciclo 37,2 48,1

promoção da aprendizagem ao longo da Secundário


55,1 63,2
e Pós-Secundário
vida (ALV), de modo a desenvolver novas
competências profissionais e melhorar a Superior 65,0 72.6

empregabilidade (Tab. 1).

Analisa os dados da tab. 1:

3. Compara a proporção de participantes em atividades de ALV, em 2007 e 2016:


a. por género; b. por grupo etário; c. por nível de escolaridade.

O aumento das qualificações da população ativa, empregadores e trabalhadores, contribui de­


cisivamente para o crescimento económico, uma vez que permite aumentar a capacidade de:

• enfrentar riscos, favorecendo o empreendedlorismo, a adesão às inovações e o investi­


mento em investigação e conhecimento;
• responder às exigências dos consumidores relativamente à diversidade e à qualidade
dos produtos e serviços, o que favorece o consumo e, consequentemente, o aumento da
produção, assim como as possibilidades de exportação;

• negociação e de inserção nos mercados, o que favorece a exportação e o investimento


estrangeiro.

AVALIAÇÃO
Enumerar medidas para resolver os problemas socio dem o gráficos decorrentes:
Pp.40e41
• do envelhecimento demográfico e seus efeitos económicos e sociais;
Questão 3
• dos baixos níveis de escolaridade e de qualificação da população ativa portuguesa.
GRUPO IV:
Questões 6 e7

37
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

SÍNTESE

Evolução da população residente em Portugal, desde 1950

I I
I l>
I I

A população aumentou em I
I
i
i
Devido á variação da taxa de crescimento efetivo (TCE),
cerca de dois milhões de
I I
I l>
I
I
!
I
i
'
resultante das taxas de crescimento natural (TCN) e de
habitantes, passando de... ! í
crescimento migratório (TCM):
i I*
i i

• ... pouco mais de oito I


I
i
i
• 1950 a 1963: TCE positiva -*TCN alta e TCM negativa;
milhões, em 1950,... i
i
i
i
I*
i
• 1964 a 1973: TCE negativa -* TCN positiva e TCM muito negativa;
• ... para mais de 10 i
i
I*
i
• 1974 a 1979: TCE positiva -* TCN positiva, a baixar, e TCM alta;
milhões, em 2018, I
I
i
i

I I
• 1980 a 1992: TCE quase nula + TCN baixa e TCM muito baixa;
depois de ter atingido I
I
I
l>
I
i
I i
■ 1992 a 2011: TCE positiva -* TCN muito baixa e TCM alta;
o máximo em 2011, com I
I
I
I
I
I

10 673 000 habitantes.


I
I
I
I
i
íl
• desde 2011: TCE negativa *TCN negativa e TCM negativa.
i r
I I
I I
I F

Contrastes regionais

Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

------
4-
---- - —----------------------------------- — ----1 r
4, 4/
I I
I I
I I
I I
i ■

• Mais alta nos Açores,


Madeira, AM de Lisboa Negativa na média nacional,
Taxa de natalidade I I
• Mais alta nas NUTS III
e Algarve, onde há mais sendo:
do interior, devido ao
população jovem e jovem i : • mais baixa nas NUTS III
maior número de idosos.
adulta. do interior;
■ Mais baixa nas NUTS III
• Mais baixa em todas • positiva, mas baixa,
do litoral, devido ao
as NUTS III do interior, :: nas regiões autónomas
menor envelhecimento
devido ao predomínio de i i e nas áreas metropolitanas
da população.
população idosa e baixa de Lisboa e Porto.
proporção de jovens.

Êxodo rural Emigração das migrações


Contributo Imigração

4
4- I
4
I t
4/
i I i i
i I I I

I
I
i i Maior na década de 70 do século XX,
I
I Mais intensa na década de : i
i

devido ao regresso de muitos
Conduziu a uma 60 do século XX, fez reduzir :
1
portugueses das ex-colónias,
grande concentração a população residente em
e de 1992 a 2010, com a chegada
demográfica no litoral, ! Portugal e contribuiu para •
I
I
i de migrantes oriundos,
I
i
I
i

despovoando o interior o seu envelhecimento.


i i i

I principalmente, da Europa Oriental,


e envelhecendo a sua !
I
I
Grande aumento entre I
I
i

I
I
i
dos PALOP e do Brasil, contribuiu
i i

população. 2008 e 2015, devido à crise ; ;


‘I
I
I
para o aumento e rejuvenescimento
i I

I
I económica.
da população.
I


I I I I
I I I
I I I li
'b a —. — — —— ——— b —i— — — —'

38
A populaçao: evolução e diferenças regionais

Evolução da estrutura etária da população Evolução da população ativa


I
I

I
A estrutura do emprego terciarizou-se:
I

I
mais de % da população ativa no setor
I
I

I
terciário, com o setor secundário
I

Processo de envelhecimento demográfico, devido: I


e o primário a diminuir.
I

* à descida da natalidade e da fecundidade, I


que levou à diminuição da população jovem,


fazendo também decrescer e envelhecer
Evolução dos níveis de escolaridade
a população ativa;
• ao aumento da esperança média de vida F
I
i

decorrente da diminuição da mortalidade, I


i
Aumentaram muito, mas ainda são
que fez aumentar a população idosa. I inferiores à média da União Europeia.

I. ■......... "1 ■i
I
I

Não há possibilidade de ■ O índice de envelhecimento é: I


I

renovar as gerações porque o I i ■ superior a 100 em todas as !


i

índice de fecundidade é inferior regiões, exceto nos Açores;


!
I

ao índice de renovação de i i ■ superior a 200 nas regiões


I

gerações, cujo valor é 2,1. do interior. i


i

I
i
i

Problemas sociodemográficos

Perigo de rutura do sistema de Segurança Os níveis de escolaridade e qualificação


Social devido: ; i inferiores à média da UE dificultam:
• ao aumento das despesas com a população - o aumento de produtividade das atividades
idosa; I
económicas;
I 3

• à redução das receitas com a diminuição : i - a competitividade das empresas


da população ativa. portuguesas.

Possíveis soluçoes

• I

Promover políticas: ; ; Promover políticas de:


• natalistas - medidas de incentivo à i i - diversificação das ofertas do ensino
I I

natalidade, para rejuvenescer a população; obrigatório e profissional;


• de captação e integração de imigrantes, : i - incentivo à aprendizagem ao longo da vida,
para travar o envelhecimento demográfico e para melhorar a gestão das empresas e a
aumentar o número de ativos contribuintes capacidade de adaptação da mão de obra,
da Segurança Social. de modo a aumentara produtividade.
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

Avaliação

I. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes,

1. A década de 60 do século XX caracterizou-se por um crescimento efetivo francamente positivo.

2. O declínio da fecundidade é uma das principais causas do envelhecimento demográfico.

3. O fluxo de imigração permitiu aumentar a taxa de crescimento natural de 1992 a 2005.

4. As regiões com maior envelhecimento demográfico são o Norte e o Algarve.

5. O setor terciário é o mais importante, ocupando mais de metade dos ativos.

6. A evolução dos índices de dependência evidencia claramente o envelhecimento demográfico.

IL Seleciona, com base na fig. 1T a única opção correta.

UI 85 + 2010
80-84 Homens
1* A análise comparativa das duas pirâmides etárias da fn 75-79
Mulheres
70-74
Fig. 1 permite concluir que: 65-69
60-64 1041
A. a taxa de mortalidade infantil vai aumentar, 55-59
50-54
porque o número de indivíduos dos 0 aos 45-49
40-44
35-39
4 anos diminui. 30-34
25-29
20-24
B. a taxa de emigração vai aumentar, porque o 15-19
10-14
número de indivíduos em idade ativa diminui. 5-9
0-4____
C. o índice de dependência de idosos vai 500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500
População (milhares)
aumentar, porque a relação idosos/jovens
aumenta. 85 + 2030
dl 80-84
C Homens Mulheres
fn 75-79
D. o índice de envelhecimento vai aumentar, porque a 70-74
65-69
relação idosos/jovens aumenta. 60-64
55-59
50-54
45-49
2. Tendo em conta a evolução prevista para 40-44
35-39
a estrutura etária, será necessário promover: 30-34
25-29
20-24
A, o aumento da emigração portuguesa, sobretudo 15-19
10-14
de jovens profissionais qualificados. 5-9
0-4
r T
500 400 300 0 4Ò0 5Ó0
B o aumento da população jovem, pela promoção
População (milhares)
da natalidade e da imigração.
Fig, 1 Estrutura etária em Portugal, nos anos 2010
C. uma estrutura etária, da população adulta, e 2030 (previsão).
com maior equilíbrio de género.

D, maior investimento na saúde e na formação


escolar e profissional.

3. Pela evolução prevista da população em idade ativa, conclui-se que será necessário:
A. promover o aumento da emigração para aumentar as receitas do Estado.

B. facilitar a integração dos jovens no mercado de trabalho e tomar medidas que garantam
a sustentabilidade da Segurança Social.

C. promover uma estrutura etária da população ativa, com maior participação feminina.

D. fomentar o aumento da população ativa, através da formação escolar e profissional.

40
A populaçao: evolução e diferenças regionais

1. Posiciona Portugal no contexto da OCDE e da UE, relativamente aos níveis de


escolaridade» referindo também a forma como têm evoluído.

2. Indica dois efeitos negativos do défice de escolarização e qualificação profissional que


ainda persiste em Portugal.

3. Desenvolve a seguinte afirmação:


"Em Portugal. as políticas educativas têm permitido elevar a escolaridade e a qualificação da
população ativa, o que se refletirá na economia portuguesa?

IV. Responde às questões seguintes.

1. Explica o facto de as regiões do interior apresentarem as mais baixas taxas


de crescimento natural.

2. Apresenta as principais razoes que explicam o decréscimo da taxa de natalidade


em Portugal.

3. Relaciona o índice de envelhecimento das NUTS III com a respetiva estrutura etária.

4. Comenta a frase: “A imigração contribui para atenuar o envelhecimento demográfico?

5. Descreve, justificando, a evolução do emprego por setores de atividade, em Portugal.

6. Refere os principais problemas sociodemográficos em Portugal associados:


• ao envelhecimento demográfico;
• aos níveis de escolaridade e qualificação.

7* Indica as possíveis soluções para os problemas que referiste na questão anterior.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2012 - 1.a fase, grupo V Exame 2014- 2 a fase, grupo V Exame2017- Ia fase, grupo V

Exame 2012 -2.a fase, grupo I Exame 2015- 1.a fase, grupo I Exame2016- 2.a fase, grupo I

Exame 2013 - 2.a fase, grupo I Exame2016-Iafase, grupo I Exame 2019- 2.a fase, questões 1 e 2

Exame2014- 1.afase, grupo I Exame 2016-2 a fase, grupo I

41
Tema I

SUBTEMA 2 I. Assimetrias e tendências

II. Fatores físicos


e humanos
A distribuição III. Problemas e possíveis

da população soluções

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Conhecer a distribuição espacial da populaça o residente, em Portugal, através da interpretação
de mapas e outros documentos.
• Identificar as principais assimetrias regionais na repartição espacial da população, no território
continental e insular.
• Relacionar a desigual distribuição espacial da população com fatores naturais.
• Relacionar a desigual distribuição espacial da população com fatores humanos
• Explicar os problemas decorrentes da desigual distribuição da população.
• Debater medidas passíveis de atenuar as assimetrias espaciais na distribuição da população.
• Reconhecera importância do ordenamento do território para a qualidade devida.

© Termos e conceitos

- Assimetrias regionais - Densidade populacional

- Bipolarízação - Despovoa mento

- Capacidade de carga humana - Lítoralízação


A distribuição da populaçao

I. Assimetrias regionais na distribuição Assimetrias regionais:


espacial da população desigualdades acentuadas
entre diferentes regiões.

Em Portugal, a distribuição da população


evidencia assimetrias regionais que opõem
Oceano
áreas de grande concentração demográfica a Atlântico

outras pouco povoadas (Fig. 1).

A densidade populacional é...


4-

• no litoral ocidental,
de Setúbal a Viana do 60 km

Castelo, destacando-se
a AM de Lisboa
e a AM do Porto;
• no litoral algarvio,
maior HAtMlantes/km3
de Olhão a Lagos.
< 50
• no Funchal e concelhos
50 -112
vizinhos, na Madeira; ■ 113 -222
• em Ponta Delgada e ■I 223 -1000 50 km
Lagoa, em São Miguel, ■ 1001 - 5000
nos Açores. ■ > 5000

2018
----- NUTS III

IN E.
Fig. 1 Densidade populacional por concelhos, em 2017.
• em todo o interior;
• no litoral alentejano;
menor
• na maioria dos concelhos Analisa o mapa da fig. 1:
das regiões autónomas.
1. Verifica as classes da legenda.

2, Identifica as NUTS III em que a maioria dos concelhos tem:


a+ mais do que 222 hab./km2;
Esta distribuição da população caracteriza-se b. menos do que 113 hab./km2.
por duas tendências que se têm acentuado:

• litoralizaçào - concentração da popula­


ção e das atividades económicas no litoral,
mais urbanizado, com perda de população Doc. 1 Dinâmicas populacionais
no interior, predominantemente rural;
• blpolarízação - densidade populacional Embora, desde a década de noventa do século XX, os mo
e de atividades económicas muito mais vimentos imigratórios tenham assegurado o crescimento po
pul acionai, a evolução negativa do crescimento natural e dos
elevada em duas áreas, Lisboa e Porto. saldos migratórios dos últimos anos tem levado à redução da
população da quase totalidade dos concelhos.
As projeções apontam para o acentuar da retração demo
grãfica, prevendo se:
Interpreta o texto do doc. 1: ■ o reforço da concentração populacional nas ãreas metro po
litanas de Lisboa e do Porto;
3. Identifica as tendências demográficas referidas. ■ o acentuar das baixas densidades nos territórios rurais e
predominantemente rurais.
4. Indica a justificação apresentada para essas
tendências. PiVPOT - Diagnóstico, DGT, 2018 (adaptado)

43
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

II. Fatores que influenciam a distribuição


da população
Os princi pais fatores físicos-características do relevo, clima e solos— Fatores de distribuição da
assim como os fatores humanos - condições de vida e desenvolvi­ população: razões que facilitam
mento das atividades económicas - explicam as desigualdades na ou dificultam a fixação da
população num dado território.
distribuição espacial da população portuguesa.

- Na faixa litoral, entre Viana do Castelo e Setúbal, e na faixa


o litoral algarvia, predomina um relevo menos acidentado, A conjugação de relevo,
>
com planícies como as do Mondego, do Tejo e do Sado. clima e solos mais favoráveis
w
CÉ - Nas regiões do interior, a norte do rio Tejo, o relevo é mais no litoral criou condições
acidentado, predominando as montanhas e planaltos. atrativas para a fixação
humana:
• maior acessibilidade
- No litoral, sobretudo a norte do Tejo, pela influência natural;
do Atlântico, o clima é mais húmido e mais ameno, com • maior facilidade de
<D diferenças menores entre as temperaturas de inverno construção e expansão
E e de verão. -> de aglomerados urbanos
(J
- No interior, registam-se temperaturas mais baixas e de vias de comunicação;
no inverno e mais altas no verão e, sobretudo no sul, • melhores condições para
o cliima caracteriza-se por uma secura acentuada.
a prática da agricultura,
a atividade económica
- No litoral, o relevo e o clima favorecem a formação mais importante no nosso
i/i
o de solos mais férteis e produtivos, sobretudo nas planícies. país até meados
0 do século XX.
- No interior predominam solos mais pobres, principalmente
nas montanhas.

O maior dinamismo urbano,


a presença de maior número
ra
cz - No litoral, existem mais cidades e com maior dimensão. de empresas e a melhor
<D
-D - No interior, há menos cidades e de menor dimensão acessibilidade, no litoral,
criam condições atrativas
para a fixação humana:
• maior oferta de habitação
cp n - No litoral, localiza-se a grande maioria das empresas e de serviços, que
jj
■o
E industriais e terciárias e também as de maior dimensão proporcionam uma boa
"po
c - No interior, as empresas industriais e terciárias são menos qualidade devida;
0
< u numerosas e de menor dimensão • maior criação de riqueza;
• maior oferta de emprego;
• maior concentração
- No litoral, existe maior densidade e qualidade das redes de vias de comunicação,
■U
de transporte. facilitando a mobilidade;
UI
rc - No interior, há menos vias de comunicação e de menor • maior desenvolvimento
>
qualidade. social e económico.

4/

ui - O êxodo rural deslocou grande parte da população do interior rural para as áreas urbanas
W
<O
V do litoral.
ro
cn - A emigração contribuiu para o despovoamento de muitas aldeias.
E - A imigração tende afixar-se nas áreas urbanas, sobretudo nos distritos de Lisboa e Faro.

44
A distribuição da populaçao

III. Problemas associados aos contrastes Capacidade de carga


na distribuição da população... humana: capacidade
de um território atender
às necessidades da
Tanto a forte pressão demográfica no litoral como o despovoamento do
população, sem perda
interior levantam problemas etém custos económicos e sociais importantes. de qualidade de vida.

A excessiva concentração de pessoas e atividades faz ultrapassar O fraco povoamento é, simultaneamente,


a capacidade de carga humana, gerando problemas como: causa e efeito de problemas como:
• desordenamento do espaço, com construção excessiva • abandono dos campos e de muitas
de edifícios, falta de espaços verdes e aparecimento de bairros áreas florestais, que implicam problemas
degradados e de construção não planeada; ambientais;
■ sobrelotação dos equipamentos e das infra estruturas, originando • fraca oferta de bens e serviços;
congestionamentos de trânsito e insuficiência dos serviços • insuficiência de infraestruturas
de saúde, de educação, de transportes, de justiça, etc.; de saneamento básico e de distribuição
■ degradação ambiental, devido à poluição atmosférica, à excessiva de eletricidade, água e telecomunicações;
produção de resíduos, à impermeabilização dos solos, que impede • falta/abandono de estradas
a infiltração da água da chuva, e à ocupação de solos de aptidão e encerramento de ferrovias;
agrícola para fins urbanos; • falta de mão de obra para a vigilância
• desqualificação social e humana devido ao desemprego e proteção das florestas;
e ao emprego precário, à pobreza e à insegurança, ao síress • Dificuldade em preservar o património
e à diminuição da qualidade de vida. construído e natural.

... e possíveis soluções


A correção das assimetrias na distribuição da população depende de políticas de coesão
territorial que valorizem os extensos territórios despovoados e subaproveitados. É neces­
sário um planeamento económico, social e demográfico, que, de forma integrada, ã escala
nacional, regional e municipal, promova:

• a melhoria de infraestruturas e acessibilidades das regiões do interior;

• o aumento da oferta de serviços de apoio à população e á economia, para melhorar a qua­


lidade de vida e incentivar a fixação de população nas áreas demográfica mente deficitárias;

• a instalação e o desenvolvimento de atividades económicas, com incentivos financeiros


e fiscais, para aumentar o emprego e o dinamismo económico e social;

• a valorização dos recursos endógenos para produção de energia renovável e dinamiza­


ção do turismo, do lazer e de outras atividades produtivas;

• a criação de benefícios e incentivos à fixação de profissionais qualificados no interior,


como médicos, professores e quadros superiores de empresas, para assegurar os servi­
ços e dinamizar a economia.

AVALIAÇÃO

Descrever a distribuição da população em Portugal, referindo as principais assimetrias regionais. P.47


GRUPO LIIIEIV:
Relacionar as assimetrias na distribuição da população com os seus fatores naturais e humanos. Questão 1
GRUPO IIEIV:
Questões 2 e3
Enunciar problemas associados à desigual distribuição da população, propondo possíveis soluções.
GRUPO IV:
Questões 4e 5

45
TEMA I A populaçao, utilizadora de recursos e organizadora de espaços

SÍNTESE

A distribuição da populaçao portuguesa apresenta uma grande desigualdade, caracterizando-se


; essencialmente pelo desequilíbrio entre:
• litoral e interior, no território continental;
■ Funchal. Ponta Delgada e Lagoa e os restantes concelhos das duas regiões autónomas.

Áreas de maior densidade populacional Áreas de menor densidade populacional


sk sk
I

• Litoral entre Setúbal e Viana do Castelo ■ Todo o interior do território continental


• Grande parte do litoral algarvio ■ Litoral ocidental a sul de Setúbal
• Vertente sul da Madeira, sobretudo o Funchal ■ Porto Santo e vertente norte da Madeira
• Concelhos de Ponta Delgada e Lagoa ■ A maioria das ilhas dos Açores

Litoralização Bipolarização
,1 —— — —-------------- -------------------------------------- --------------- -----------------------------------------------------------------------------------------

!
I

i Concentração da população no Maior concentração em dois i


i

litoral, acompanhada da perda polos de atração populacional:



I
i
i
i

progressiva de população as áreas metropolitanas de !


I
i

no interior continental. Lisboa e do Porto. i

1 I

Fatores favoráveis Fatores desfavoráveis


■ I
i
I

I Predomina relevo menos acidentado, I


I
■ Relevo mais acidentado, predominando
I

I
i
com algumas planícies aluviais. I
I
as montanhas e planaltos no interior norte.
i I

I
Clima mais húmido e com diferenças I
I
■ Temperaturas mais baixas no inverno e mais
i 1

menores entre as temperaturas de inverno altas no verão, e com secura acentuada.


I I
i I

e de verão. ■ Predomínio de solos mais pobres.


I I
i

O relevo e o clima favorecem a formação I


■ Menor número de cidades e com menor
I I
i
i
de solos férteis e produtivos. I
I
I dimensão.
! I

Mais cidades e com maior dimensão.


i I
i I
■ Menor número de empresas industriais
!
I
i
Maior número de empresas industriais
I
i
e terciárias, e com menor dimensão.
I
i e terciárias, e com maior dimensão. I
i
i ■ Menos vias de comunicação e de menor
I
Maior densidade e qualidade das redes I
I
i
qualidade.
i

I
i
i
de transporte e comunicação. I
I
i
i
■ Menor oferta de emprego, bens e serviços.
I
i
Maior oferta de emprego, bens e serviços. I
I
i

I
I

Nas áreas mais densamente povoadas: Possíveis soluções



II

• desordenamento do espaço; I
I
J..----- - _______ _________________________________ ______ _____----------------------------------------------
-I
I
I I
I I

• sobrelotação dos equipamentos I I

I e das infraestruturas; I I Promover uma maior coesão territorial,


j • degradação ambiental; ^1 com medidas que:
Problemas

■ melhorem as infraestruturas
• desqualificação social e humana. I I

I
I e as acessibilidades;
* !

II ■ aumentem a oferta de serviços


i Nas áreas menos povoadas: essenciais de apoio à população;
I I ■■

• abandono de campos e áreas florestais; ■ valorizem os recursos endógenos;


-i • fraca oferta de bens e serviços; ■ incentivem a fixação de empresas
: • degradação do património; e profissionais qualificados.
■ I
I I

: • falta de infraestruturas e acessibilidades. I


I
I
i

46
A distribuição da populaçao

Avaliação

Seleciona a leira da chave que corresponde a cada uma das afirmações seguintes.

Afirmações Chave

1 Características do relevo, do clima e dos solos. A* Litoralização


2. Densidade populacional mais elevada em duas
grandes áreas urbanas - Lisboa e Porto. B. Bipolarização

3. Possibilidade de resposta às necessidades


C. Fatores humanos
da população, mantendo a qualidade de vida.
4* Concentração de população e atividades económicas D. Fatores físicos
no litoral.
5. Condições de vida e desenvolvimento económico. E. Capacidade de carga

IL Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.

1. No continente, a maior densidade populacional encontra-se na faixa desde o Algarve


à AM de Lisboa.

2. Nas regiões autónomas, a densidade populacional é elevada na maioiria dos concelhos.


3. Atualmente, há uma tendência para o atenuar dos contrastes na distribuição populacional.
4» Os fatores físicos e humanos mais favoráveis no litoral explicam a litoralização.

5» As migrações acentuaram o contraste entre a densidade populacional do litoral e do interior.

IIL Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões,

1. As projeções sobre a população apontam para uni reforço:


A. da bipolarização em torno de Lisboa e Porto.
B. da transferência de população para o interior.
C. do crescimento das cidades do Norte e Centro.
D. da perda de população nas maiores cidades.

2. Alguns sinais de que a capacidade de carga humana está ultrapassada são:


A. as filas ocasionais de trânsito.
B. a fraca oferta de produtos de marca.
C. as listas de espera nos hospitais centrais.
D. a falta de emprego e de investimento.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Descreve a distribuição da população em Portugal continental e nas regiões autónomas.


2. Justifica os contrastes descritos na questão anterior, explicando os seus principais fatores.
3. Explica o efeito das migrações na distribuição da densidade populacional.
4. Indica os problemas associados à desigual distribuição da população, no litoral e no interior.

5. Sugere três medidas que possam contribuir para atenuar esses contrastes.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2013 - V fase, grupo V Exame 2016 - 2.a fase, grupo I

47
Tema II
L Diversidade de recursos

SUBTEMA 1 II. Limitações e riscos


sociodemográficos

Os recursos do subsolo III. Potencialidades

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Relacionar a distribuição dos principais recursos do subsolo com as unidades geomorfológicas.
• Localizar as principais minas e pedreiras de extração de recursos geológicos, interpretando mapas
• Relacionar a produção/ímportação de recursos energéticos e a distribuição do consumo de energia
com as assimetrias regionais.
• Equacionar as limitações e potencialidades de exploração dos recursos do subsolo

© Termos e conceitos

- Água mineral e termal - Minerais industriais e para construção

- Combustível fóssil - Recurso endógeno

- Energia fóssil geotérmica e termoelétrica - Recurso renovável e não renovável

- Jazida - Unidade geomorfológíca

- Mineral energético, mineral metálico, - Turismo termal


mineral não metálico
Os recursos do subsolo

I. Recursos geológicos
Indústria extrativa:
Em Portugal existe alguma diversidade de recursos geológicos, explorados pela procede à extração
de minerais do subsolo.
indústria extrativa. São recursos não renováveis que, estatisticamente, se or­
Jazida: área do subsolo
ganizam em subsetores, classificando-se também segundo a sua constituição.
com uma concentração
r i

significativa de um ou
Subsetores de produção/utilizaçâo Minerais segundo a sua constituição
h- —■
mais minerais.
Minérios ex.: ferro,
Unidade
„ , a com substancias
Minérios . geomorfológica:
metálicos cobre, estanho metalicas na sua
metálicos área de certa
constituição homogeneidade
ex.: margas e
de geologia e relevo,
Minerais para calcários, areias, „ . = sem substâncias
Minerais nao < da mesma época
construção pedra britada e metalicas na sua
metálicos geológica.
rochas ornamentais constituição
Recurso renovável:
Minerais para ex.: sal-gema, que a Natureza repõe
Minerais fontes de energia
a indústria caulino, argila ao ritmo da sua
energéticos (carvão, urânio...)
utilização racional.
ex.: termalismo, termais, Recurso não renovável:
engarrafamento: i k engarrafamento: com reservas limitadas
Águas Aguas
• minerais ’ - minerais ou de reposição muito
- de nascente ■ de nascente demorada.

A ocorrência de jazidas destes minerais depende da constituição geológica do subsolo que,


em Portugal continental, permite identificar três unidades geomorfológicas (Fig,i).

Orlas sedimentares Maciço Hespérico ou Antigo

• Com rochas sedimentares: calcários,


margas, argila, areias e arenitos. - Ocupa a maior parte
• Exploram-se sobretudo minerais para do território.
construção e alguns para a indústria. • Unidade geomorfológica
• Orla ocidental: de Espinho à serra mais antiga.
da Arrábida, inclui rochas como o basalto, - Com uma grande
em antigas áreas de vulcanismo, variedade geológica, de
como a serra de Sintra. rochas muito antigas e de
grande dureza, como o
granito, o xisto e outras
Bacias do Tejo e do Sado rochas plutónicas.
- Nele se localizam as
• Unidade geomorfológica mais recente.
maioresjazidas e unidades
• Formou-se pela deposição de sedimentos
de produção de minerais
fluviais de origem continental e alguns
metálicos e energéticos
de origem marinha.
e de rochas ornamentais
• Constituída por rochas sedimentares cristalinas, como os
detríticas: areias, cascalho, argila mármores e os granitos.
e algum calcário.
- Exploram-se minerais
• Exploram-se minerais para a indústria metálicos, minerais
e construção para a indústria,
Orlas sedimentares rochas ornamentais
Fig. 1 Unidades geomorfológicas de Portugal continental
e suas principais características. e águas termais e para
■ Orla meridional: ocupa engarrafamento.
a faixa litoral do Algarve.
Analisa a fig. 1:

1. Identifica as unidades geomorfológicas de Portugal continental.

2. Caracteriza cada uma quanto à época e ao processo de formação, constituição e minerais explorados.

49
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

A indústria extrativa
Viana do
Castelo ■
Bragança
A indústria extrativa representa um fator de emprego e produ­
ção de riqueza a nível nacional e, sobretudo, no interior. A ex-
Porto
p oração mineira mais importante é a de Neves-Corvo, no Baixo
Alentejo (Tab. 1 e Fig. 1).
Aveiro

Parasqueira
Tab. 1 Emprego e produção da indústria extrativa, em Portugal, Castelo
por subsetor (2017). Branco
F
■:=ü
Produção Contribuição
Emprego 6
CM

Valor
para o valor
Volume (T
total (%} LU
(IO3!) d Santar
Q

Minerais
713 4 940,1 59 420 5.5 O
o Estremoz
industriais a
o Borba
■n
O o Vila Viçosa
Qi
Minerais para «
4998 46 618.3 337 217 31.4 CTt
construção h—

C
LU
* Beja
Produção (106€) Aljustrel
Minerais a>
TJ
2747 442,8 446142 41.6 >335 Neves-Corvo
metálicos ■1:

Águas minerais 1 460.3 wa

2083 229 821 21.5 u1

DGEG. 2018
e de nascente (10= I) O
<u
3—

Fig, 1 Valor da produção de minas


Analisa a tab. 1, fig 1 e doc. 1: e pedreiras, por distrito (2017).

1, Identifica as variáveis representadas e as suas unidades.


Doc. 1 Diversidade e potencialidade
2. Compara a importância relativa de cada subsetor no emprego,
na produção e no valor total.
Portugal. apesar da sua peque
na dimensão geográfica, tem uma
geologia bastante diversificada e
Interpreta o mapa da fig. 1: com forte potencial. Destacam se
os minerais metálicos, extraídos nas
3. Verifica a variável representada e as classes da legenda. importantes jazidas de Neves-Corvo
(cobre e zinco), Panasqueira (tun
4. Identifica os distritos com maior valor de produção. gsténio) e Aljustrel (cobre e zinco).
Também merecem realce as rochas
ornamentais, principalmente os
mármores da região de Estremoz -
Analisa o doc. 1: Borba - Vila Viçosa e os granitos do
Centro e Norte, assim como os cal
5. Identifica e localiza no mapa as jazidas responsáveis pelo valor cários da Orla Ocidental.
do distrito de Beja.
ín/ormaçdo Estatística, n.a 19,
6. Indica, de entre os minerais referidos os que se extraem: dezembro de 2017, DGEG, 2018
a. no Maciço Antigo; b. na Orla Sedimentar Ocidental. (adaptado)

AVALIAÇÃO

Pp. 60e61
GRUPO I:
Questões 2a 5 Caracterizar as unidades geomorfológicas, indicando os respetivos recursos minerais.
GRUPOU:
Questão 1
Associar as jazidas de maior produção às respetivas unidades geomorfo lógicas.
GRUPO IV:
Questão 1

50
Os recursos do subsolo

Minérios metálicos e minerais industriais

Minerais Regiões de exploração

Minas de minérios metálicos: Centro e Alentejo


cobre, zinco, estanho e tungsténio. Destaca-se o cobre de
Têm grande valor comercial, Neves-Corvo e Aljiustrel,
constituindo 47% do valor das que representa cerca
exportações da indústria extrativa de 75% do valor da produção
(Fig. 3). deste subsetor (Fig. 2X

Norte e Centro
Minerais industriais: argila Destinam-se sobretudo
comum, calcário e margas para a ao mercado interno, para
indústria transformadora, areias a indústria cerâmica,
feldspáticas, caulino e sal-gema, e representam uma pequena Minérios metálicos
O Cobre e zinco
entre outros. parte do valor exportado pela □ Estanho e titânio
indústria extrativa Tungsténio

Minerais industriais
Caulino
& Calcário
para indústria
Analisa o mapa da fig. 2: ♦ Pegmatito com lítio
□ Quartzo
7. Verifica, na legenda, os símbolos dos minérios metálicos Feldspato
Sal-gema
e minerais industriais. Talco
Barita
8. Identifica: ***• Argila comum
0 50 km Argila especial
a, os distritos com maior produção de minerais industriais; »*> Areias feldspáticas

b+ os distritos com maior produção de minérios metálicos; Fig. 2 Minas de minérios metálicos e minerais
industriais em atividade, por distrito (2017).
c. os minerais produzidos no teu distrito.


Fig. 3 Evolução do valor das exportações de minérios Fig. 4 Contribuição dos minérios metálicos
metálicos, em Portugal (1996 a 2016). e minerais industriais para as exportações
da indústria extrativa (2017).

VER1ACA SE SABES

AVALIAÇAO
Localizar a produção de minérios metálicos e de minerais industriais, em Portugal.

Analisar dados estatísticos que permitem compreender a importância relativa da produção


de minérios metálicos e de minerais industriais, na indústria extrativa.

51
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Minerais para construção


Os minerais para construção constituem matérias-primas fundamentais na construção civil
e nas obras públicas. A sua exploração é feita em pedreiras, cuja distribuição geográfica evi­
dencia as características geológicas do território (Fig. 1).

>---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1

Minerais Regiões de exploração


h- .-d

Calcários sedimentares e Litoral da região


microcristalinos para cimento, pedra Centro, Sintra (AML)
de calçada e elementos ornamentais. e Algarve

Alentejo
Calcários cristalinos: mármores
maior reserva na faixa
de grande qualidade ->
de Estremoz - Borba -
e de reputação internacional.
Vila Viçosa (Fig. 2)

Granitos de grande diversidade, Norter Centro interior


xistos e ardósias e Alentejo

Analisa o mapa da fig. 1:

1. Verifica, na legenda, os símbolos dos diferentes minerais.

2. Identifica os minerais mais explorados: □ Granito • Serpentinito w Brecha


O Diorito ► Mármore calcária

DGEG, 2018
a. no Maciço Hespérico; X Calcário O Ardósia
♦ Gabro
microcristalino A Xisto
b. nas orlas sedimentares. q Sienito Calcário
nefelínico sedimentar • Margas

Fig. 1 Principais pedreiras de minerais para


construção (2017).

Neste subsetor destacam-se:

• os agregados, que incluem areias, saibros e pedra britada;

• as rochas ornamentais, onde sobressaem os mármores e granitos (Fig. 2).

Analisa o gráfico da fig. 2:


CO

6
CM
3. Verifica as variáveis representadas
C
LU
e identifica os minerais com:
d
o a. maior volume de produção;
b. maior valor de produção.
Fig. 2 Volume e valor da produção de minerais para construção (2016).

AVALIAÇÃO

Pp. G0e61
GRUPOb
Questão 6
GRUPOU:
Identificar os principais minerais para construção, explicando a sua localização.
Questão 2

52
Os recursos do subsolo

Recursos hidrominerais Águas minerais: com características


específicas pelo contacto com os minerais
Em Portugal existe um grande número de ocorrências hidro­
do subsolo.
minerais que apresentam uma significativa diversidade, pela Águas termais: ricas em sais minerais e
complexa e variada geologia do território. gás carbónico, por vezes com temperaturas
F 1 elevadas.
Recursos hidrominerais Localização Turismo termal: atividades turísticas
L_____________________________________________________________________ J
associadas às termas, enquadradas
Águas termais, com Norte e Centro, a maioria no turismo de saúde.
indicações terapêuticas no Maciço Hespérico, pela
reconhecidas, que advêm diversidade geológica
da temperatura e da e estreita ligação aos
constituição mineral. acidentes tectónicos
Têm grande potencial responsáveis pelas
turístico, pelo que geram temperaturas mais elevadas
emprego, nas termas das águas termais (Fig. 3).
e nas atividades que Destacam-se as termas
induzem (lazer, comércio, de Monchique, no número
etc.), e desenvolvem de aquistas, e São Pedro do
as regiões. Sul, no valor gerado (Tab. 1).

Maioritariamente a norte
Águas minerais e de
do Tejo, pela precipitação
nascente, que registam
mais abundante, que gera
um aumento sustentado
maior disponibilidade hídrica
da produção (Fig. 4).
subterrânea.

Águas minerais
naturais
Analisa as figs. 3 e 4 e a tab. 1:
Termas
Engarrafamento
4. Identifica o tipo de estabelecimento que predomina em cada
£ Termas e

DGEG, 2018
unidade geomorfológica. “ engarrafamento
Águas de
5* Compara, na tab. 1, as termas de Monchique e São Pedro do Sul. nascente

6. Justifica as diferenças entre inscrições e valor. Fig. 3 Localização dos estabelecimentos termais,
oficinas de engarrafamento e captação de água (2010).
7. Descreve a evolução da produção de água em Portugal.

Tab. 1 Frequência termal (2017).


F 1
Estabelecimento termal Monchique São Pedro do Sul Outros (39)
DGEG, 2018

Número 24 634 15 864 82126


Inscrições
% do total 20 13 67

Valor 103€ 378 786 4 219 317 12 975 180


gerado Fig. 4 Evolução da produção de águas minerais
% do total 3 37 60 e de nascente (2008 a 2017).

VERIFICA SE SABES

Distinguir águas termais de águas para engarrafamento (minerais e de nascente). AVALIAÇÃO

Pp.60e61
Explicar a distribuição geográfica das ocorrências hidrominerais, em Portugal continental.
Questões 2,3e4
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

II. Recursos energéticos Energia fóssil: combustíveis fósseis


ou energia obtida a partir deles,
nas centrais termoelétricas.
Produção e importação Energia geotérmica: obtida pela
geotermia.
O subsolo português é pobre em recursos energéticos:

• combustíveis fósseis - as reservas conhecidas de carvão estão


esgotadas, não temos gás natural e, em relação ao petróleo, há Bacia
Lusitânica
estudos que indicam a sua presença no litoral e na plataforma
Bacia de
continental, mas ainda sem resultados produtivos (Fig.i); Peniche
Bacia do
• urânio - deixou de ser explorado, pelo elevado custo de Alentejo
extração, que o torna pouco competitivo; Bacia do
Algarve
• geotermía - calor do interior da Terra que pode ser utilizado para Zona
produzir energia geotérmica, como acontece nos Açores Fig. 2 . poligonal
oficial de
200 m de
úü
5
profundidade
29* 28* 2r 2È* u
7
25?
CN de água
! i i Kl
i ® 1
. .1.. * i Cfr
i ZJ
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i . i' 1 ü_
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Pico Alto i1
i1
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1
1
1
(4.5
1
MW) i1
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1
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LU
OceanolAtlântico
; 1 : MPlco Vermelho tn

S0 km ; (13 MW) CTr


h—
• 1 ■n
=»—ll 1 ■ c
! i
II 1 ■ LU

Fig.2 Centrais de produção de energia geotérmica

DGEG, 2013
e respetiva capacidade instalada (2018).

Analisa os mapas das figs. 1 e 2:


Fig. 1 Áreas concessionadas para prospeção
1. Identifica as:
e exploração de petróleo, em Portugal (2017).
a. bacias de concessão para prospeção de petróleo;
b. ilhas com produção geotérmica.

Verifica-se ainda uma enorme dependência dos combustíveis fós­


seis - carvão, petróleo e gás natural - importados e utilizados no fa­
brico de gasóleo e gasolina e na produção de eletricidade Figs. 3 e 4].

Carvão Petróleo

Arábia

Outros
k Saudita
11%

w
Colômbia
47% 53%
DGEG, 2018

Azerbaijão
íi%
EDP e Tejo Energia, 2019

Fig. 3 Origens dos combustíveis fósseis importados (2017).

Analisa o gráfico da fig. 3 e o mapa da fig. 4:

2. Identifica os combustíveis utilizados nas centrais termoelétricas.

3. Justifica a localização das centrais termoelétricas, tendo em conta


de petróleo, em Portugal continental (2018).
as origens dos combustíveis fósseis.

54
Os recursos do subsolo

Distribuição e consumo
A evolução do consumo de energia, em Portugal (Fig. 5),
caracteriza-se por um:

aumento Devido a:
até ao - aumento da qualidade de vida, do conforto
início -> e do parque automóvel das famílias;
deste - crescimento da economia e alargamento
século e modernização das redes de transporte.

Que se justifica pela:


- maior eficiência energética - gastar menos
redução energia com o mesmo ou maior nível de
desde conforto e uso de lâmpadas, máquinas, Fig. 5 Evolução do consumo de energia final por setor
(tep - tonelada equivalente de petróleo).
2006 veículos, etc;
- crise económica, que fez reduzir
o consumo energético. Analisa o gráfico da fig. 5:

4. Verifica a unidade e os anos considerados.


O maior consumo de energia, nos concelhos e distritos mais
urbanizados, reflete as assimetrias na repartição da popu­ 5. Confirma a evolução descrita no texto.

lação e do desenvolvimento económico e social (Fig. 6).

R. A. Açores
c

0 50 km

Toneladas
4058-58 617 >1000
1551-4058 500-1000
CO
0 S0 km
626-1551 250-500 3
CM
300 — 626 0-250 O
LU
0-300 Sem consumo O
O

Fig.G Consumo de gasolina 1095, por concelho (A), e de eletricidade {Bi e gás natural (C). por distrito (2017).

Analisa os mapas da fig. 6:

6. Identifica, justificando, os distritos com maior consumo de gasolina, eletricidade e gás natural.

VERIFICA SE SABES
AVALIAÇÃO

Caracterizar a produção e a importação de recursos energéticos do subsolo.

Descrever a distribuição do consumo de energia, associando os contrastes às assimetrias regionais.

55
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

III. Limitações e riscos da exploração de recursos


geológicos...
Em Portugal, alguns aspetos dificultam a exploração dos recursos geológicos:

■ Em áreas de difícil acesso, decorrente das características do relevo e da


falta de infia estruturas viárias adequadas.
■ A grande profundidade, o que torna a extração difícil e dispendiosa.
■ Em áreas protegidas, o que inviabiliza a sua exploração.

■ Pequena dimensão de muitas empresas, sobretudo de rochas


ornamentais.
■ Fraca ligação à indústria transformadora, para escoamento da produção.
■ Elevados custos de produção (mão de obra, segurança e normas
ambientais), o que dificulta a concorrência com países como a China,
o Brasil e o Chile, com baixos custos de produção.

■ Vulnerabilidade de todos os setores da economia face às oscilações


dos preços dos combustíveis, sobretudo do petróleo.
■ Risco de falhas no abastecimento, na sequência de problemas
internacionais.
■ Elevada despesa externa com a importação de combustíveis,
desfavorável ao equilíbrio da balança comercial portuguesa.

■ Derrame e incêndio nas refinarias, nos oleodutos e gasodutos,


nos parques de armazenamento de combustíveis e nos postos
de abastecimento, mais graves quando ocorrem em áreas urbanas.
■ Acidentes e derrames no transporte de combustíveis, marítimo
e terrestre, com risco para as populações e desastres ambientais,
como as marés negras.
■ Emissão de gases com efeito de estufa, que agravam o aquecimento
global.

■ Contaminação de solos e águas, com resíduos tóxicos e radioativos.


■ Abandono de minas e pedreiras, com riscos para a população
e para o ambiente (Doc. 1).
■ Degradação da paisagem, pelo seu enorme impacte territorial.
■ Ameaça ao equilíbrio ambiental e à segurança da população.

Doc. 1 Abandonadas e perigosas

Associações ambientalistas afir


mam que se exploram pedreiras
até ao limite e não se cumprem
planos ambientais e paisagísticos,
ficando centenas de poços aban
donados.

Plíbiíco, 20/11/2018 (adaptado)

56
Os recursos do subsolo

... e suas potencialidades


Recursos endógenos: recursos
Os minerais são recursos endógenos com valor económico e com
naturais próprios de um
capacidade de induzir desenvolvimento, sobretudo nas áreas rurais determinado território.
do interior, onde são mais explorados. Para isso, importa:

- Aplicar novos métodos e técnicas de prospeção e investigação dos recursos geológicos


do subsolo continental e oceânico.
- Desenvolver infra estruturas de acesso viário e de ligação as redes de distribuição de água,
energia e telecomunicações.

- Redimensíonar as empresas, para viabilizar o investimento em novas tecnologias e tornar


a produção mais rentável e a preços mais competitivos;
- Apoiar novos projetos de aproveitamento dos recursos minerais, contribuindo para
o desenvolvimento das áreas onde se inserem.

- Criar maior ligação à indústria transformadora, para aumentar as potencialidades


económicas dos recursos geológicos, acrescentando-lhes o valor da transformação,
criando emprego e induzindo atividades de apoio à indústria.
- Promover mais eficazmente as exportações de recursos minerais, em bruto (matéria-primas)
e como produtos acabados da indústria transformadora.
- Valorizar a geotermia, através do aproveitamento térmico e energético.
- Reduzir a sazona lidade da utilização das termas, criando infra estruturas e atividades
turísticas, culturais e de lazer que permitam alargar o período de funcionamento e gerar
mais e melhor emprego, o que contribui para desenvolver o interior.

- Definir regras ambientais e de segurança que harmonizem a exploração com o equilíbrio


ambiental, a segurança e a sustentabilidade regional.
- Gerir deforma segura e adequada os resíduos, evitando problemas ambientais
e promovendo a sua redução e reutilização.
- Recuperar e requalrficar minas e pedreiras desativadas (Fíg. 2).

Fig.2 Mina de São Domingos, Alentejo, requalificada e transformada num espaço de lazer e cultura
ao serviço da população.

VERIFICA SE SABES

AVALIAÇÃO
Explicar a produção e a importação de recursos energéticos do subsolo.

Propor medidas de valorização dos diferentes recursos geológicos.

Indicar ações que promovem a valorização de minas e pedreiras abandonadas.

57
TE -IA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencial idades

SÍNTESE

Em Portugal há uma significativa diversidade de recursos geológicos


explorados pela indústria extrativa

Subsetores da indústria extrativa Tipos de minerais (constituição)

4- ___ i___
Minérios metálicos ; Aguas Minerais metálicos I
I
Aguas
!

Minerais para Minerais para Minerais para Minerais para


construção a indústria construção a indústria

Distribuição geográfica das jazidas dependente da constituição


geológica associada às três unidades geomorfológicas
4 I 4*

Maciço Hespérico ou Antigo Orlas sedimentares


jU B-B---^-B-B BBB-BBB B-B-B-- --B-B B B- B- B- - B! -B -B B B-B-S--B-B-B-B B-B-S--B K-B-B B-B-B--B-B ■-B B S-B-B--B-B « ■
4 I I I
I I I
I

• Ocupa a maior parte do território. Ocidental: de Espinho à serra da Arrábida. I

; • Unidade mais antiga. Meridional: faixa litoral algarvia. I


I
i
i
i i

• Grande variedade geológica: ■ Unidades mais recentes do que o Maciço Antigo. I


I
I
i

granito, xisto e outras rochas ■ Constituídas por rochas sedimentares: areias,


!

plutónicas. airenitos, margas, argila e calcários. I


I
i
i

!
• Maiores jazidas e unidades de I
■ Expio ram -se, sob retudo, mine rais pa ra I
I
I
i

produção de minerais metálicos construção e para a indústria. i

e energéticos e de rochas
ornamentais cristalinas.
Bacias do Tejo e do Sado
• Exploram-se, principalmente:
- minerais metálicos;
- minerais para a indústria; ■ Corresponde às bacias do Tejo e do Sado.
- rochas ornamentais; ■ Unidade mais recente.
- águas termais; ■ Constituída por rochas sedimentares detríticas, como
- oficinas de engarrafamento de areias, cascalho, argila e calcário.
águas minerais e de nascente, i ■ Exploram-se minerais para a indústria e construção.

A indústria extrativa gera emprego e riqueza, sobretudo em regiões


do interior, onde se localiza a maioria das minas e pedreiras

Minerais industriais Minerais para construção


■K ■1
Argila comum, calcário e margas para a indústria Calcários sedimentares para pedra
transformadora, areias feldspáticas, caulino e sal- de calçada, no litoral da região Centro,
-gema, principal mente nas regiões Norte e Centro.
a
Sintra (AML) e Algarve.

<■
Muitas e diversas ocorrências hidrominerais, sobretudo no Norte e Centro, pela precipitação
abundante., que permite recarregar toalhas freáticas e aquíferos, pela estreita ligação a acidentes
tectónicos do Maciço Hespérico:
■ águas termais, com grande potencial turístico e efeitos multiplicadores iimportantes;
■ águas minerais e de nascente, para engarrafamento, com um mercado sustentado e a crescer.
■1^
Os recursos do subsolo

O subsolo português é pobre em recursos energéticos -> dependência externa


sP 4/ 4/

Combustíveis fósseis Geotermia Urânio

Carvão - reservas conhecidas Mineral radioativo


I I: Calor do interior da Terra
i

esgotadas. que deixou de ser


i utilizado nos Açores para
Gás natural e petróleo - indícios explorado, devido
produção de energia
da sua presença no litoral e na à fraca competitividade
elétrica.
plataforma continental. no mercado externo.

Importação de carvão, petróleo e gás natural

I I
i i
I I

! i

Abastecimento Produção de
Fabrico de gasóleo : I
Localizadas no litoral,
doméstico de energia elétrica
e gasolina a partir em locais de fácil ligação
gás natural, por em centrais
do petróleo. I
!
I


I
aos portos marítimos.
—*—J
gasoduto. i
i te rmoelét ricas. i
1


I 1

Consumo de energia: maior no litoral e áreas mais urbanizadas,


refletindo as assimetrias regionais (população e desenvolvimento).

Limitações e riscos na exploração, distribuição Potencialidades dos recursos


e consumo de recursos geológicos geológicos

\k 4/
■i

I
I
I

• Localização das jazidas: áreas de difícil acesso,


a grande profundidade ou em áreas protegidas. • Criação de emprego e riqueza.
• Fraca competitividade: pequena dimensão • Valorização dos recursos endógenos,
das empresas; fraca ligação à indústria sendo necessário:
transformadora; elevados custos de produção. - melhorar as condições de
• Dependência externa: vulnerabilidade exploração;
da economia à oscilação dos preços; risco - racionalizar o processo de produção;
de falhas no abastecimento; elevada despesa - planear e ordenar para um
com importações. desenvolvimento sustentável;
• Riscos ambientais: contaminação de solos - recuperar e requalificar minas
e águas; degradação da paisagem; abandono e pedreiras desativadas;
de minas e pedreiras. - alargar e diversificar a oferta
• Riscos na distribuição e no consumo: acidentes, turística associada àstermas e minas
derrames e incêndios; emissão de gases desativadas.
com efeito de estufa. I
I

I
I
I
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Avaliação

L Seleciona a letra da chave que corresponde a cada uma das afirmações seguintes.

Afirmações Chave

1. Têm características físico-químicas que lhes dão A. Minério metálico


propriedades terapêuticas.

2. Dominam as rochas sedimentares, embora também B. Rochas ornamentais


se destaquem algumas áreas de rochas magmáticas.

3. Unidade geomorfológica mais recente onde dominam C. Águas minerais naturais


rochas sedimentares.

4. Tem na sua constituição substâncias metálicas,


C. Minerais energéticos
como o ferro, o cobre e o estanho.

5. Tem uma variedade de rochas muito antigas, de grande


D. Combustíveis fósseis
dureza, como o granito e o xisto.

6. Predominam o mármore e o granito, muito utilizados


na decoração de edifícios. E. Maciço Hespérico

7. As reservas de carvão, em Portugal, esgotaram-se


e o urânio deixou de ser explorado. F. Orla Ocidental

3. O petróleo e gás natural consumidos em Portugal


são totalmente importados. G. Bacias do Tejo e do Sado

II. Observa o mapa da Fig. 1.

Identifica as unidades geomorfológicas


assinaladas com A, B e C.

2. Escolhe, na chave, a substância explorada em


cada uni dos centros de produção numerados
na legenda do mapa (1 a 6).

• Volfrâmlo • Mármore
’ Sal-gema • Calcário
■ Areias • Caulino
’ Cobre e zinco • Águas minerais
• Granito

3. Identifica a unidade geomorfológica com


mais ocorrências de recursos hidrominerais.

4. Justifica a localização desses recursos.

5. Explica como as termas e as oficinas


de engarrafa mento contribuem para
o desenvolvimento regional.
Fiçh 1 Unidades geo morfológicas do território
de Portugal continental, minas e pedreiras.

60
Os recursos do subsolo

IIL Seleciona a opção que completa corretamente cada uma das afirmações*

1. O consumo de gasolina, eletricidade e gás natural é maior:


A. nos distritos com mais agricultura, indústria e produção de energia.
B. nos concelhos e distritos de maior densidade populacional do litoral.
C. nas áreas mais frias do país, devido á climatizaçao dos edifícios.
D. nas áreas com maior extensão de rede rodoviária, devido ao tráfego.

2. Entre as limitações á exploração das jazidas de recursos geológicos, salientam-se:


A. a fraca diversidade de recursos geológicos que o nosso país apresenta.
B. a localização pouco acessível, a fraca competitividade e os riscos ambientais.
C. os riscos no transporte e no consumo, sobretudo da termoeletricidade.
D. o baixo valor económico de recursos geológicos, como o cobre e o mármore.

3. Para valorizar os recursos do subsolo são necessárias medidas como:


A. melhorar as condições de exploração e diversificar a oferta turística associada
às termas.
B. melhorar as condições de trabalho e diversificar a oferta turística nas minas
abandonadas.
C. melhorar a competitividade e diversificar os tipos de recurso geológico
a explorar.
D. aumentar a tecnologia e intensificar a produção, para melhorar os rendimentos.

4. Os problemas de ambiente e segurança das pedreiras abandonadas podem resolver-se:


A. através da sua requalificação, transformando-as em espaços de lazer e cultura.
B. pelo encerramento e vedação, evitando o acesso da população e possíveis
acidentes.
C. com medidas que obriguem as empresas a deixar o espaço como o encontraram.
D. soterrando todo o espaço da pedreira, para conter as escombreiras e os resíduos.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Caracteriza geologicamente as três unidades geomorfológicas.


2. Explica a evolução do consumo de energia em Portugal, até 2005 e a partir de 2006.
3. Justifica a distribuição do consumo de energia em Portugal.
4. Explica os problemas decorrentes do abandono de pedreiras e minas.

5* Equaciona o contributo dos recursos do subsolo para o desenvolvimento do interior,


exemplificando com o caso das termas e das rochas ornamentais.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2011 - 1.a fase, grupo II, questões 1 a 3 Exame 2018 - 1a fase, questão 7

Exame 2015 - 2.a fase, grupo II, questões 4 e 5 Exame 2018 - 2 a fase, questão 17.2

Exame 2017 - 2.a fase, grupo V, questões 1 e 2 Exame 2019 - 2.a fase, questão 3.5

61
Tema II
I. Ação da atmosfera

SUBTEMA 2 II. Variação da temperatura

III. Potencialidades

A radiação solar económicas e ambientais

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Explicar o papel da atmosfera na variação da radiação solar e no equilíbrio térmico global.
• Explicar as diferenças de duração e intensidade da radiação solar no território nacional inerentes ã sua
situação geográfica e decorrentes do movimento de translação da Terra.
• Compreender os fatores que, à escala do território nacional explicam a variação espacial e sazonal
da insolação e da radiação solar.
• Comparar a insolação em Portugal com a de outros países da Europa.
• Explicar a variação anual da temperatura em Portugal
• Reconhecer as condições de insolação favoráveis ao uso da energia solar
• Descrever a distribuição geográfica da temperatura, no inverno e no verão, relacionando-a com a varia­
bilidade temporal e espacial da radiação solar e respetivos fatores.
• Reconhecer o potencial de valorização económica da radiação solar, no mea da mente nos setores
do turismo e da produção de energia a partir da energia solar.

Q Termos e conceitos

- Energia solar - Albedo - Encosta soalheira

- Radiação
5
solar - Temperatura média - Encosta umbría

- Equilíbrio térmico - Isotérmica - Turismo balnear

- Efeito de estufa - Amplitude térmica anual

- Insolação - Regime térmico


A radiaçao solar

I. Ação da atmosfera sobre a radiação solar


Devido à distância entre a Terra e o Solt só uma pequena parte da
Radiação solar: energia
radiação solar chega ao limite exterior da atmosfera, e, desta, menos
emitida pelo Sol, em ondas
de metade atinge a superfície terrestre. É a atmosfera que permite o
eletromagnéticas de pequeno
equilíbrio térmico indispensável à vida na Terra (Fig. 1). comprimento de onda.
Radiação terrestre: energia
o
calorífica emitida pela superfície
Zjx Reflexão e difusão Reflexão pelo Reflexão pela ■”
t- 1 terrestre - radiação infravermelha,
CL
pela atmosfera topo das nuvens superfície da Terra
de grande comprimento de onda.
Radiação solar 4% Reflexão total
total 100% ou albedo médio Equilíbrio térmico: a quantidade
A 31%
■T-i
<D
de energia solar que atinge a
superfície terrestre é equivalente
à energia emitida pela Terra.
Efeito de estufa: a absorção de
parte da radiação terrestre pela
atmosfera permite o aquecimento
da sua camada inferior,
mantendo-se uma temperatura
média de cerca de 15 °C.
Albedo: razão entre a radiação
solar refletida por uma superfície
e a radiação solar total que sobre
ela incide.
1. Absorção - radiação solar absorvida por poeira, nuvens, vapor de água e outros gases
(por exemplo: o ozono estratosférico absorve a radiação ultravioleta). Radiação global: toda a radiação
2. Reflexão - radiaçao solar refletida pelo topo das nuvens e pela superfície terrestre, solar que chega à superfície.
sobretudo em regiões com maior albedo.
3, Difusão - radiação solar dispersada por gases e partículas da atmosfera que se escapa Radiação Radiação + Radiação
para c Espaço ou atinge, de forma indireta, a superfície da Terra - radiação difusa. global direta difusa
4, Radiação direta - radiação solar que atinge levemente a superfície.

Fig. 1 P rocessos atmosféricos que protegem a Terra e mantêm o equilíbrio térmico.

A maior obliquidade dos raios solares dispersa a energia por


uma área maior, aquecendo menos a superfície terrestre.
A radiação global varia com a latitude devido:
• à forma arredondada da Terra;

• à inclinação do seu eixo em relação ao plano da órbita.

Radiação global É maior nas latitudes baixas e


Os raios solares
por unidade de diminui com a latitude, sendo
incidem perpendicu­
superfície menor nas latitudes elevadas. larmente. concentrando
a energia numa área
menor, aquecendo mais
a superfície terrestre.
Desigualdade na É menor na zona equatorial e
duração dos dias aumenta com a latitude, devido ao Fig. 2 Variação da incidência da radiação global
e das noites movimento de translação da Terra. em função da latitude, que explica a diminuição
da temperatura do equador para os polos.

VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

Definir os processos atmosféricos e os seus efeitos no equilíbrio térmico da Terra.

Explicar a variação da radiação global com a latitude.

63
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Variação da radiação global e da...


Em Portugal continental, território localizado numa latitude intermédia, na zona temperada do
norte, os valores da radiação global são mais elevados no verão, quando a radiação solar
incide mais diretamente no hemisfério Norte e os dias são maiores do que as noites (Fig-i).

Analisa o gráfico da fig. 1:

1. Verifica a variável, a unidade e os valo­


res do eixo vertical.

2* Identifica a estação meteorológica


e o mês em que ocorre o valor:
a. mínimo;
b. máximo.

3. Compara os valores de Faro e Porto.

Fig. 1 Variação anual da radiação solar global


em algumas estações meteorológicas.

Em Portugal continental, a radiação global anual diminui de sudeste para noroeste, pela in­
fluencia da altitude, da disposição do relevo e da proximidade ao mar. No verão, este efeito é
mais acentuado, sendo reforçada a diminuição da radiação global do litoral para o interior (Fig. 2).

Anual kWh/m 2
Radiação global anual
* Diminui de sul para norte,
devido à latitude.
* Reduz-se nas áreas de
montanha.
* Aumenta de oeste para
este, por influência da
distância ao mar.

Radiação media
anual (kWh/m2)

1400

1500
Inverno Verào
SolarGls e IPMA. 2018

1600 A radiação A radiação


global menor global maior
1700 e diminui e diminui
50 km
de sul para de sudeste
1800
norte. para noroeste
>
340

Fig. 2 Distribuição da radiação global média anual e cos meses de janeiro e julho, em Portugal continental.

Analisa os mapas da fig. 2:

4. Verifica os valores e respetivas cores da legenda.

5. Identifica as regiões que, em média, recebem:


a. menos de 1600 kWh/m2; b. mais de 1700 kWh/m2.

6. Compara a radiação global média de janeiro com a de julho e justifica as diferenças.


<********•****************

64
A radiaçao solar

Insolação: número de horas


... insolação, em Portugal de céu descoberto com o Sol
acima do horizonte.
Nebulosidade: porção de céu
A insolação influencia diretamente a quantidade de radiação solar
coberto por nuvens, num dado
recebida pela superfície e depende da latitude, da distância ao mar momento.
e do relevo (Fig. 3).

A maior influência marítima a norte do Tejo


aumenta a nebulosidade, reduzindo
_. . a insolação e a radiação global (as nuvens
Distancia ao mar * 4’ ■■ -
i ~ . v refletem e absorvem parte da radiaçao
insolaçao diminui do , *
litoral para o interior „ ,
K Com o afastamento ao mar diminui
a nebulosidade, pelo que a insolação é maior
no interior, tal como a radiação gllobal.

Com a altitude, a probabilidade


Altitude -> de formação de nuvens aumenta,
pelo que a insolação vai diminuindo. Insolação
A (número médio
de horas por ano)
Nas vertentes soalheiras - voltadas a sul - <1800
a radiação solar incide mais diretamente e 1800-1900
1900-2000
Disposição por mais tempo, logo a insolação é maior.
,2000-2100
das Nas vertentes umbrias - voltadas a norte - 2100-2200
vertentes a radiação solar é menos intensa e incide 2200-2200
durante menos tempo, pelo que 2200-2400
2400-2500
a insolação é menor

Attos do Ambiente, APA, 2012


2500-2600
2600-2700
2700-2800
A insularidade acentua a influência marítima, aumentando a 2800-2900
2900-2000
nebulosidade. Assim, nos Açores e na Madeira, a insolação e a Açores 2000-2100
radiação solar são inferiores às do continente. Porém, a menor >2100
Madeira
latitude confere à Madeira valores de insolação e radiação solar
superiores aos dos Açores, sobretudo na vertente sul e na ilha de
Fig. 3 Variação espacial da insolação
Porto Santo (Fig. 4).
média anual em Portugal.

Madeira
Analisa os mapas das figs. 3 e 4:
é 7. Identifica duas áreas de:
a. maior insolação;
Açores
Oceano b. menor insolação.
Atlântico
O Q> 8. Justifica, com base nas figs. 3
e 4, a afirmação seguinte: «Na
1400 1500 Madeira, a insolação é maior do
0 50 km kWh/m2
que nos Açores e inferior á do
Fig. 4 Radiação global média anual nos Açores e na Madeira. Algarve.»

VERIFICA SE SABES
________ J
AVALIAÇÃO

Explicar a variação sazonal da radiação global em Portugal.

Enunciar os fatores que explicam a variação espacial da radiação global e da insolação:

• em Portugal continental; • nos Açores; ■ na Madeira.

65
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

II. A variação da temperatura Os valores


mais baixos da
e seus fatores temperatura média a
anual registam-se
a norte do Tejo,
Em Portugal, a temperatura média anual: sobretudo nas ãreas
de montanha, onde
• é moderada devido à posição geográfica, na Zona a altitude acentua
Temperada do Norte; a diferença
sul-norte.
• diminui de sul para norte, por efeito da latitude e da
altitude (Fig.1);
• varia do litoral para o interior:
- diminuindo a norte do Tejo; Oceano
Atlântico
- aumentando a sul do Tejo. Temp. média
anual (^C)

Os valores ■ B.1-9,0
Analisa o mapa da fig. 1: mais altos da ■ 9,1-10.0
temperatura média ■ 10,1-11.0
1. Verifica as classes da legenda anual registam-se ■ 11,1-12,0
no sul do país, 12.1- 13.0
e respetivas cores.
sobretudo no litoral ■ 13,1-14.0
algarvio, com menor 14.1- 15,0
2. Compara a temperatura média Fig. 1 Variação espacial

IPMA, 2012
latitude e maior ■ 15,1-16.0
anual: da temperatura média
insolação. ■ 16,1-17.0
anual em Portugal
a. do sul e do norte do país; continental.
b. do litoral e do interior norte.

Temperatura média anual: média


aritmética dos valores da temperatura
média dos meses do ano.
Verifica-se também uma variação sazonal, que se reflete Temperatura média mensal: média
numa significativa diferenciação espacial entre a tempe­ aritmética dos valores da temperatura
média de todos os dias do mês.
ratura média dos meses de inverno e de verão (Fig. 2).

O
Isotérmicas dejulho ■O

25Y s. Isotérmica: linha que


26 PC une pontos de igual
O ar fresco Z? Y temperatura média.
do Atlântico 2EY

entra no vale
do Mondego Os ventos quentes
e refresca a da península entram ■;ii
_Q Analisa os mapas da fig. 2:
temperatura, no vale superior CÉ
O
acentuando do Douro, elevando
a temperatura.
C
Q
3. Compara os valores de
o efeito da í ■_

altitude.
O temperatura das isotérmi­
õ cas de janeiro e dejulho.
£
£
W 4. Explica a diferença entre
o
<2 os dois meses.

5. Descreve a disposição
3
espacial das isotérmicas:
a. de janeiro;
21 Y
20 Y
19 Y
b. dejulho.
18 Y

Julho: as isotérmicas são quase paralelas à linha de costa,


Janeiro: as isotérmicas dispõem-se
evidenciando-se mais a influência da proximidade ou
obliquamente à linha de costa:
afastamento do mar
• valores mais altos - a sudoeste; Fig. 2 Variação espacial da temperatura
■ valores mais altos - a este (interior); média de janeiro e fevereiro, em Portugal
• valores mais baixos - a nordeste.
■ valores mais baixos - a oeste (litoral). continental.

66
A radiaçao solar

Além da latitude, outros fatores influenciam a temperatura em Tab. 1 Temperatura média anual em diferentes
estações meteorológicas.
Portugal, nomeadamente o relevo e o oceano Atlântico.
Temperatura
média anual (°C)
A temperatura média anual é mais baixa
Altitude Faro 8 17.9
a norte do Tejo, devido à influência
faz
do relevo, mais acidentado e mais alto, Manteigas 1011 11.2
diminuir a
registando-se os menores valores
temperatura Porto 93 15.2
nas áreas mais elevadas (Tab.1).

■ Vale superior do Douro: temperatura


superior à das áreas envolventes, pela Amplitude térmica anual: diferença
concentração de calor no vale funde entre a temperatura média mensal
e estreito. mais alta e a temperatura média
o mensal mais baixa.
> ■ Vale do Mondego: a orientação
a
tl?

oblíqua à linha de costa permite
a influência marítima, que diminui
Topografia "C
ligeiramente os valores
e disposição
da temperatura.
do relevo
• Serras do Algarve: protegem
o litoral dos ventos atlânticos
10
e dos que sopram da península.
■ Ilha da Madeira: a orientação este-
-oeste do relevo torna a vertente o
5Z

norte (umbria) mais fria e a vertente ÜJ


u
O
sul (soalheira) mais quente. 16 "C

Oceano Atlântico Modera a temperatura das regiões


O ar marítimo não autónomas e do litoral ocidental
aquece nem arrefece do continente. A influencia marítima:
tanto como o ar ■ diminui a sul do cabo da Roca, devido
ET
Amplitude
continental, tendo, ao recuo da costa e à proteção das de variação
assim, um efeito serras de Sintra e Arrábida; térmica anual
CQ
moderador da ■ entra pelos vales oblíquos ã linha de
<8
temperatura costa, como é o caso do Mondego; 8-10
do litoral: ■ não chega ao interior, onde há maior 10,1-12
• eleva-a no ■ 12.1-14
influência da massa de ar continental, | 14,1-16
inverno; mais fria no inverno e mais quente 116,1-18
• baixa-a no verão no verão.
Fig. 3 Amplitude térmica anual, em Portugal
continental

A amplitude térmica anual aumenta do litoral para o interior Fig. 3 : Analisa o mapa da fig. 3:

• é menor nas regiões autónomas e no litoral ocidental; 6. Verifica as classes da legenda e respe­
tivas cores.
• é maior nas áreas mais interiores, onde também aumenta
a influência dos ventos peninsulares. 7. Compara os valores da amplitude tér­
mica anual no litoral com os do interior.

VER1ACA SE SABES AVALIAÇÃO

Descrever a variação sazonal e espacial da temperatura, em Portugal.

Explicar a influência dos diferentes fatores nessa variação.

67
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

III. Valorização económica


da radiação solar
Em Portugal, a insolação é superior à da maioria dos paí­
ses europeus, evidenciando a importância económica
e ambiental da radiação solar, sobretudo para o turis­
mo e para a produção de energia elétrica (Fig. 1).

Turismo
O clima, com temperaturas moderadas e grande núme­
ro de dias luminosos, é um fator fundamental para a po­

SolarGls, 2019
sição que Portugal ocupa entre os principais destinos Radiação média anual (kWtVm3)
turísticos do mundo (16.° lugar, em 2017, OMT, 2018).
800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 >

Destaca-se o turismo balnear, que beneficia da luminosi­ Fig. 1 Radiação global média anual, na Europa (2017).

dade do clima e da vasta costa de praia, sendo o Algarve


considerado melhor destino balnear europeu, desde há
Analisa o mapa da fig. 1:
décadas.
1. Verifica as classes da legenda.
O setor imobiliário beneficia do turismo, pois muitos es­ 2. Compara a radiação global média em Portugal
trangeiros, principalmente ingleses, adquirem casas de com a dos restantes países da Europa.
segunda habitação em Portugal. Também muitos idosos
europeus fixam residência em Portugal, principalmente
no Algarve, devido à amenidade do clima.

Produção de energia
O aproveitamento da energia solar tem vindo a aumen­
tar significativa mente, através de:

• sistemas térmicos, que captam a radiação solar uti­


lizando-a diretamente para o aquecimento de edifí­
cios, de águas, etc., e para produção de vapor de
água nos sistemas de conversão térmica que geram
FALTA FONTE

eletricidade.
• sistemas fotovoltaicos, que convertem a radiação
solar em energia elétrica, através de células foto-
voltaicas. Fig. 2 Evolução da produção fotovoltaica em Portugal
(2009-2018) e contribuição por região, em 2018.
O potencial de aproveitamento de energia solar
depende da radiação global. Assim:

• é maior no sul de Portugal continental e no flanco Analisa o gráfico da fig. 2:


sul das ilhas das regiões autónomas; 3. Compara os valores de 2009 e 2018.
• aumenta no início da primavera e é elevada no verão,
4. Sugere uma justificação para essa evolução.
devido à maior duração dos dias e à menor obliqui­
dade dos raios solares. 5. Descreve a produção fotovoltaica por região,
explicando o caso do Alentejo.

68
A radiaçao solar

O potencial de aproveitamento de energia solar é elevado ou muito elevado em boa parte do


território continental, coincidindo com as áreas de maior radiação solar direta Fig.i.

N Aproveitamento térmico H Aproveitamento fotovoltalco


é è

A ene/yto soiar e.m Portugal: potencialidades e diferenciação regional.


Aquecimento Produção
Baixo potencial: de edifícios Baixo potencial: de eletricidade
litoral Norte; e águas * litoral Norte;
litoral Centro; * litoral Centro;
áreas de maior * áreas de maior
altitude altitude

Catarina Ramos e José Ventura, 1999 (adaptado)


Potencial elevado
e multo elevado:
Menor radiação Menor radiação
global global parte do vale do Tejo;
Potencial elevado • costa do Estorll;
e multo elevado: quase todo
Oceano Alentejo; Oceano
o Alentejo;
Atlântico Atlântico
Algarve. • Algarve.

Potencial
Muito elevado Potencial
Elevado Maior radiação Muito elevado Maior radiação
Médio-elevado global Elevado global
Médio-baixo Razoável
0 50 km
Baixo Baixo

Fig. 3 Potencial de aproveitamento da energia solar, em Portugal continental.

A produção de energia solar tem vantagens: Analisa os mapas da fig. 3:

• ambientais - reduz a emissão de gases de efeito 6. Verifica as classes das legendas.


de estufa, prevenindo as alterações climáticas.
7. Identifica as áreas de maior potencial:
• económicas - diminui a dependência externa a. térmico;
e a despesa da importação de energia, contri­
b. fotovoltaico.
bui para o emprego e aumenta as possibilida­
des de exportação de energia. 8. Explica o maior potencial dessas
áreas.

Portugal é o terceiro dos cinco Talb. ‘ Contribuição das FER para o consumo de eletricicade (2017).

países europeus em que mais de Proporção do total consumido (%)


metade da energia elétrica con­ Polónia 72,6
sumida provém de fontes reno­
Suécia 64,9
váveis (FER)fTab. 1).
Portugal 54,3

Dinamarca 53,7

Letónia 51.3

VERIFICA SE SABES

Explicar a influência do clima português na atividade turística e imobiliária. AVALIAÇÃO

Descrever a variação do potencial térmico e fotovoltaico, em Portugal.

Explicar a posição de Portugal, na UE, na produção de eletricidade a partir das FER.

69
TE -IA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencialidades

SÍNTESE

Existe um equilíbrio térmico entre a energia solar recebida pela superfície terrestre -
radiação solar - e a energia emitida pela Terra - radiação terrestre.

Variação da radiação global


'V »■■■■■■■ ■■■■»«■■ b-b-bswib^-b b-b-bss-b-b rwiBB-B-Bswrr-s-BE rrrnwa b-b-víbvb-b rrrsv-a ■ rrswa b-b-wev-b-b b-b-es-b-b-b b-b-vsvb bwb-svb-b b-b-b-s-e-be we-s-te
4 4 i
ti I I

Espacial (por efeito da Sazonal (por efeito do movimento de translação


latitude) - diminui do equador da Terra e da inclinação do seu eixo) - no hemisfério norte,
para os polos. é maior no verão
4 4
-................................................................................................................................................................................................................................

4
y I i ■
I I
i

Em Portugal, a radiação global anual: i


i
i
A temperatura média anual é moderada, com
i
I i

• diminui de sul para norte, devido I


I
I
i
i
i
significativa variação espacial e sazonal. E
1 i

à latitude; I
I
I

• é menor nas áreas de maior altitude;


4 I
i il I
I
1
Os valores de radiação global mais:
• diminui de oeste para este, a norte I
I
!
I
! ■ altos registam-se no sul do continente, :
do Tejo, por efeito do relevo. I
1

sobretudo no litoral algarvio, de menor I

J-B ■B-S--EE ■ E-r-E-BE ■' ■ n !W -B ■ r 9--E-BE WWBIWE EB-9--EEE W r S -B-E B-KBB-B ■ WE--EEE B-B-B1-B-B B-B-»-B B B- B- « -B ■B B- B- B! w ■ „
4
I
I
i
latitude e com maior insolação;
A variação da radiação global sofre ■ baixos registam-se a norte do Tejo,
alterações sazonais significativas: devido à maior latitude e à maior
• no inverno - menor radiação global, 4
altitude. I
4 I

diminuindo de sul para norte (em V


Portugal continental); «
!
I
I
i

• no verão - maior radiação global,


i

I
i

diminuindo de sudeste para noroeste : i


A temperatura média nos meses de:

(em Portugal continental). i
I
i
i
• inverno regista valores mais baixos, que
J I
!
I
i
diminuem de sul para norte, devido à latitude;
1
1
I
I
1
I
I • verão regista valores mais altos, que
I I i
I I
I I
!
I
aumentam do litoral para o interior, por
i

A insolação também influencia i


influência marítima (litoral) e continental
I

I
i
i
a radiação global: i
i
(interior).

1
I
• é maior no sul do território continental, I
i
i
i

i
I
diminuindo para norte, pela influência !
I
i
Fatores que induzem outras variações:
I
i
i
i
da latitude e do relevo; I
- relevo
1 I i
I i
i
• Aumenta para o interior !
- vale do Douro - maior temperatura;
i ■ I
I i
I
i
i
do continente, por ter menor i
- vale do Mondego — menor temperatura;
i !
I
i
i
nebulosidade do que o litoral;
I
i
- serras do Algarve - protegem o litoral;
1
I
I • é maior nas vertentes soalheiras, pela
I
i
i
- vertente sul na Madeira - maior insolação
i

I
sua exposição a sul; !
I
i
e temperatura mais alta.
i I i
i

1 • é menor nas regiões autónomas, pela ;
I

I
- influência atlântica - no litoral e nas regiões
I i

autónomas há menor amplitude térmica anual;


I I i
i I

maior nebulosidade, que se sente !


!
I
I I i

menos na vertente sul da Madeira, i


i
i
- influência continental - no interior do
i !
I
I
i
i
abrigada dos ventos marítimos.
I
i
i
I
i
continente há maior amplitude térmica anual.
i •
! I
I I i
i i i
i i
i
'■ I

A radiação solar constitui um recurso natural de grande importância económica e ambiental


. .................... ................. ......................... ................................................ ................ .................................................................................. .....

I I
I
I

Para o turismo, sobretudo t

I
Para a produção de eletricidade, com maior potencial
I

o balnear, que beneficia no sul de Portugal continental e no flanco sul das ilhas.
I
I

da luminosidade do clima Recente mente houve um grande aumento da produção


e da extensa costa de praia. fotovoltaica, sobretudo no Alentejo.

70
Avaliação

Seleciona a leira da chave que corresponde a cada uma das afirmações,

Afirmações Chave

1 Radiação infravermelha, de grande comprimento de onda. A. Radiação global


2, Unem pontos de igual temperatura média reduzida ao nível do mar B. Radiação terrestre
3. Radiação solar total que atinge a superfície terrestre.
C. Albedo
4* Porção de céu coberto por nuvens num dado momento.
D. Isotérmicas
5. Razão entre a radiação solar refletida por uma superfície e a radiação
solar total que sobre ela incide. E. Amplitude térmica
anual
6. Diferença entre a temperatura média do mês mais quente
e a temperatura média do mês mais frio. F. Nebulosidade

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.

1. As nuvens absorvem parte da radiação solar, num processo designado por reflexão.
2. Sem o efeito de estufa não seria possível o aquecimento da camada inferior da atmosfera nem
a manutenção de uma temperatura média mais ou menos constante.

3. O movimento de translação da Terra é responsável pela variação sazonal da radiação solar.


4» As vertentes voltadas a norte têm maior insolação, pois são encostas soalheiras.

5. As regiões do interior apresentam amplitude térmica anual inferior à do litoral.


6» As regiões autónomas têm menor insolação devido à maior nebulosidade.

III. Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões,

1. Na Madeira, a vertente umbiria é a que se encontra voltada a:


A» sul. B. oeste. C. norte D. este.

2. Uma das áreas do continente com potencial de aproveitamento térmico muito elevado é a:
A. faixa litoral algarvia. C. costa de Lisboa.
B. costa da Região Oeste. D. litoral alentejano.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Explica porque só cerca de metade da radiação solar é absorvida pela superfície terrestre.
2. Justifica a diminuição da radiação global com a latitude.
3. Relaciona a diferença sazonal da radiação global com a localização de Portugal.
4. Indica os principais fatores que explicam os contrastes observados na distribuição
das isotérmicas de janeiro e de julho, em Portugal continental.

5. Desenvolve a afirmação: CA radiação global constitui um recurso económico e ambiental».

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2011 - 1.a fase, grupo I Exame 2016 - 1.a fase, grupo V

Exame 2012 - 2.a fase, grupo V Exame 2017 - 1a fase, grupo V

Exame 2015 - 1.a fase, grupo II


Tema II I. As especificidades
do clima português

SUBTEMA 3 II. As disponibilidades


hídricas

III. Gestão dos recursos

Os recursos hídricos hídricos

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Descrever a distribuição geográfica e a variação sazonal ou anual da precipitação e relacioná-las com
a circulação geral da atmosfera.
• Relacionar as disponibilidades hídricas com a produção de energia, o uso agrícola, o abastecimento
de água à população ou outros usos.
• Relacionar as especificidades climáticas, as disponibilidades hídricas e os regimes dos cursos de água.
• Identificaras principais bacias hidrográficas e a sua relação com as disponibilidades hídricas.

© Termos e conceitos

- Massa de ar - Disponibilidade hídrica - Água subterrânea, toalha


freática, aquífero e
- Depressão barométrica - Balanço hídrico
produtividade aquífera
- Anticídone - E va potranspí ração
- Água residual
(potencial e real)
- Situação meteorológica
- Albufeira
- Recurso hídrico, rede
- Relevo concordante/
hidrográfica, bacia - Barragem de retenção
discordante
hidrográfica versus barragem
- Barreira de condensação de produção
- Água superficial, caudal,
- Isóbara e isoieta regime fluvial - Poluição por efluentes,
eutrofização e salinização
- Precipitação convectiva, - Escoamento médio
frontal e orográfica e infiltração

- Período seco estival


Os recursos hídricos

I. As especificidades do clima português Evaporação: passagem


do estado líquido ao gasoso.

A água na Terra e na atmosfera E va potra nsp i ra ção:


evaporação da água da
superfície, do solo e da
A água circula na Natureza, passando pelos estados físicos - sólido, líqui­
transpiração dos seres vivos.
do e gasoso - num processo designado por ciclo da água Fig. 1 .
- Potencial: que ocorre
numa superfície coberta de
Transferência de água dos
oceanos para os continentes vegetação de porte baixo
e bem suprida de água
Precipitação - Evapotranspiração num dado período.
Formação de nuvens - Real: que ocorre numa
(condensação do superfície em condições reais
vapor de água)
Infiltração de temperatura, humidade,
vegetação e solos.
Precipitação
Condensação: passagem
Evaporação do estado gasoso ao líquido.
Massa de ar: grande volume
Escoamento subterrâneo
de ar atmosférico com
características idênticas
Escoamento de temperatura, humidade
superficial e densidade.

Fig. 1 O ciclo da água.


Pressão atmosférica: força
que o ar exerce por unidade
de superfície, em milibares
(mb) ou hec to Pascal (hPa), cujo
O ciclo da água deve-se ao constante movimento da atmosfera - circulação
valor normal é de 1013 mb.
geral da atmosfera - por efeito das diferenças de pressão atmosférica (Fig, 2).

Zonas polares: as baixas temperaturas originam Centro


altas pressões - o ar desce e diverge. de baixas
pressões
Zonas subpolares (latitude 55° a 60u):
a massa de ar tropical colide com a polar
e origina baixas pressões.

Zonas subtropicais (latitude 30° a 35u):


o ar desce, origina altas pressões.
Movimento do ar é:
• convergente;
- Zona equatorial: • ascendente - ao subir, arrefece,
a temperatura elevada gera e dá-se a condensação do vapor
baixas pressões - o ar sobe de água - nuvens e precipitação.
e, em altitude, diverge
para norte e para sul.
Centro
de altas
pressões

Fig. 2 Circulação geral da atmosfera.

Analisa a imagem da fig. 2: Movimento do ar é:


* divergente:
1. Identifica as zonas sob influência de depressões barométricas e de antíciclones. * descendente - ao descer, aquece,
- céu limpo e tempo seco.

VERIFICA SE SABES
____J
í” -
Identificar os principais processos do ciclo hidrológico. AVALIAÇAO

Pp. 92e93
Expl ícar a circulação geral da atmosfera, localizando os principais centros de pressão atmosférica.
Questão 3

73
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Irregularidade da precipitação, em Portugal

Ao longo do ano (anual)...


Em Portugal, a precipitação apresenta uma grande irregularidade anual (Tab.i.

Tab. 1 Precipitação total média (1981 a 2010)


r
Precipitação (mm) Valores muito superiores aos do verão
Estação Meses de
Dezembro Junho Total
- cerca de metade do total anual de
meteorológica inverno
a março a setembro anual precipitação ocorre no inverno.

Braga 687,4 195,5 1465,7


Valores muito inferiores aos do inverno
Meses de
Bragança 333,7 121,7 758.3 - 20% ou menos do total anual de
verão
precipitação ocorre no verão.
Lisboa 360.0 36,6 725.8

Évora 290,1 65,4 609,4 Verifica-se um desfasamento entre o volume da preci­

Faro 278.1 12,0 509,1 pitação e as necessidades de consumo de água, coin­


cidindo a época de menor precipitação com a de maior
consumo - estação quente.
Analisa a tab. 1:

1. Compara, em cada cidade, o valor de precipi­


tação do inverno com o do verão.

2. Compara o total anual de precipitação nas Isóbaras: linhas que, num mapa, unem pontos
diferentes cidades. de igual pressão atmosférica.

Esta irregularidade explica-se pela deslocação, em latitude, da dinâmica da atmosfera,


por efeito do movimento de translação, evidenciada pelas isóbaras de janeiro e julho Fig. .

As massas de ar atmosférico e os centros de pressão atmosférica deslocam-se para:

• sul, no inverno, ficando Portugal sob influência das - norte, no verão, ficando Portugal sob influência das
baixas pressões subpolares, que provocam nuvens altas pressões subtropicais que trazem céu limpo e
e precipitação. tempo seco.
xk

Fig. 1 Distribuição da pressão atmosférica, ã superfície, em janeiro e julho.

Analisa os mapas da fig. 1:

3. Localiza Portugal nos dois mapas.

4. Identifica o centro de pressão atmosférica que se localiza:


a. a noroeste da Europa, estendendo-se para sul, em janeiro.
b. sobre os Açores, influenciando quase toda a Europa, em julho.
**************************

74
Os recursos hídricos

As baixas pressões subpolares originam precipitações frontais, resultantes da passagem


de frentes frias e frentes quentes, que se formam na frente polar (Figs.2e 3).

Fíg. 2 Nas latitudes subpolares, dá-se o encontro da massa de ar quente


tropical com a massa de ar frio polar - frente polar (A). Com a interpenetração
cada vez maior das duas massas de ar. formam-se perturbações (B)P que vão
ganhando maior dimensão e que dão origem a uma sucessão defrentes frias
e quentes - sistema frontal (C).

Analisa a imagem da fig. 2:

5. Identifica e memoriza o símbolo das frentes:


a. frias. b. quentes.

Uma frente considera-se fria ou quente consoante a massa de


ar que avança mais rapidamente (Fig. 3).

O ar quente sobe rapidamente,


Frente fria - o ar frio
formando-se nuvens de
avança, introduzindo-se —>
desenvolvimento vertical e chuvas
por baixo do ar quente. Fig, 3 Frente fria (A) e frente quente (B).
intensas de tipo aguaceiro.
Analisa a imagem da fig. 3:

Frente quente - O ar quente sobe lentamente, 6. Compara as duas frentes, quanto:


o ar quente avança, formando-se nuvens de a. ao tipo de nuvens.
sobrepondo-se ao ar desenvolvimento horizontal e chuva
b. às características da precipitação.
frio. contínua de fraca intensidade

... e de ano para ano (interanual)


A irregularidade não é apenas anual, ao longo de cada ano, mas também interanual -
de ano para ano, variam a amplitude e os períodos da deslocação latitudinal dos centros
de pressão atmosférica. Originam-se assim:

• anos de muita precipitação - as baixas pressões subpolares deslocam-se mais para sul
e por mais tempo.
• anos de pouca precipitação - os anticidones subtropicais deslocam-se mais para norte
e por mais tempo, provocando, por vezes, períodos de seca mais ou menos prolongados.

VERIFICA SE SABES
í
AVALIAÇAO

Caracterizar a irregularidade anual da precipitação em Portugal.

Indicar as principais diferenças entre uma frente fria e uma frente quente.

Relacionar a irregularidade anual e interanual com a dinâmica da circulação geral da atmosfera.

75
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Distribuição irregular da precipitação no território português


A irregularidadeespacial da precipitação deve-se ao efeito da latitude, do relevo e do oceano,
que influenciam as condições meteorológicas e de precipitação Figs.i a 3 .

Altitude (m)
- 3000
Ocorrem principalmente no noroeste
do continente e no grupo ocidental l.
dos Açores, mais expostos às baixas
pressões subpolares.

Muito frequentes:
■ no noroeste do continente, de relevo
concordante com a linha de costa
(disposição quase paralela), constituindo
Fig,1 O relevo funciona como uma barreira
uma barreira de condensação de condensação, pois, ao embater nas
da humidade dos ventos de oeste. vertentes, o ar húmido sobe, o que provoca a
• nas áreas de maior altitude. condensação do vapor de água e a formação
de nuvens e precipitação.

Ocorrem, sobretudo, no interior onde


Precipitações
há maior influência continental.
convectivas (Fig. 2)
Geralmente trazem trovada e granizo,
Mais frequentes
podendo causar danos sobretudo
no verão.
na agricultura.

Fig. 2 No verão, o ar aquece muito, por contacto com a


superfície (convecção), sobe e origina baixas pressões
térmicas (geradas pela temperatura do ar)., provocando
precipitação intensa e de curta duração.

O mapa de isoetas permite concluir que a preci­


Isoetas: linhas que
pitação tem os valores mais:
unem pontos de
• altos no noroeste continental e nas áreas de igual precipitação
média.
maior altitude.

• baixos no nordeste continental, onde se destaca: O


Ç-I

- o vale superior do Douro (recebe ventos se­


4—1

cos de leste e é protegido dos ventos húmi­ d


c
n

dos pelas montanhas do noroeste);


W
U
O

- todo o sul do continente, sobretudo no inte­


rior alentejano e no litoral algarvio, protegi­
do dos ventos de oeste pelo relevo.

Analisa os mapas da fig. 3:


Precipitação
1. Verifica as classes da legenda. (mm)
<500
500
2. Compara a precipitação entre: MADEIRA 600
800
a. o norte e sul e o litoral e interior do continente. 1000
1600
b. as vertentes sul e norte da ilha da Madeira.
IPMA. 2002

2000
c. a parte central de S. Miguel com o nordeste 0 10 km
2500
3000
e o noroeste da ilha.
Fig. 3 Distribuição da precipitação anual (média de 1970 a 2000).

76
Os recursos hídricos

Estados do tempo mais frequentes em Portugal Estado do tempo: condições da


atmosfera (humidade e temperatura
O estado do tempo refere-se a situações meteorológicas cuja fre­ do ar, vento, precipitação, etc.)
quência se associa a uma dada época do ano. As cartas sinóticas ou situação meteorológica num
ou meteorológicas representam as condições atmosféricas (Fig. 4). certo lugar e num curto período.

VERÃO

Devido à deslocação, para sul, da massa de ar frio polar, Devido à deslocação, para norte, da massa de ar quente
a temperatura é relativamente baixa e associa-se, tropical, a temperatura é alta e associa-se, sobretudo,
sobretudo, a duas situações meteorológicas: a duas situações meteorológicas:
• a mais comum: precipitações frontais por influência • a mais comum: tempo seco, por influência dos
das baixas pressões subpolares. anticiclones tropicais, principalmente o dos Açores.
I—«X»' í I U < J
L í -J2 /■ W
Todo o têrritórib
y está sob influência
de uma baixa '
pressão-sjjbppl ar.
—!*■
cbm
I II
frentes frias
a passar no
k , (Continente e na
J Madeira: ligeira
r ’ ' { descida da
temperatura ê
ocorrência de
aguaceiros no
£ cpntinente e na x
Y-‘ Madeira, enquanto
e nos Açores haverá
I > o menor
* probabilidade de
precipitação.

0 400 km >

• a menos comum: céu limpo e tempo seco, devido a • a menos comum: precipitação convectiva devido a
anticiclones sobre a Europa ou a Península Ibérica. baixas pressões na Europa ou na Península Ibérica.
crr y
Sistema fronta I,
a influenciar /”’• .
os Açores: ,
probabilidade
de céu muito
nublado e tempo seco
ch uva.

Ocear o Atlântico

Fig. 4 Estados do tempo mais comuns em Portugal, no inverno e no verão.

VERIFICA SE SABES

í” -
Explicar a irregularidade espacial da precipitação, em Portugal, e seus fatores. AVALIAÇAO

Pp.92e93
Descrever as situações meteorológicas mais comuns em Portugal, no inverno e no verão.
Questões 1a7

77
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Principais características climáticas Período seco estival: meses


secos de verão (estio), em que o
Em todo o território português, dominam as características do clima caudal dos rios baixa e algumas
mediterrânico: invernos suaves e chuvosos; verões longos, quentes ribeiras secam, no sul e nas ilhas.
e secos e duas estações intermédias de curta duração. No verão, re­ Mês seco: o total da precipitação
é igual ou inferior ao valor
gistam-se alguns meses secos que constituem o período seco estival.
da temperatura. Num gráfico
termopluviométrico, a barra da
Todavia, distinguem-se alguns domínios climáticos com particu­ precipitação é da mesma altura
laridades associadas à influência do relevo, do mar e da massa ou mais baixa que o ponto
peninsular (Fig. 1). da temperatura.

IfC) Braga P(mm) IfC) Bragança P(mm)


r 260 r 260
240 - 240
220 220
200 200
tBO 180
160
140

J F MAMJJ ASOND JF MAMJJ ASOND

TfC) Faro P(mm)

140

JF MAMJ J ASOND JF MAMJ J ASOND

TfC) Sta. Cruz das Flores P (mm) Açores Santana P(mrr) Madeira
D
-fc Sta. Cruz
das Rores

Altitude (m)

TfC) Ponta Delgada P (mm) rfQ Funchal P(mm)


r KO |- 160
- MO - 140
- 120
P. Delgada Fig. 1 Reg ime
termopluviométrico em
Có estações meteorológicas
0 50 km de diferentes domínios
JF MAMJJ ASOND climáticos, em Portugal.

Analisa a fig. 1:

li Compara os valores e a variação anual da temperatura e da precipitação de:


a+ Braga e Faro. b. Braga e Bragança. c. Braga e Santa Cruz das Flores,
d. Coimbra e Penhas Douradas. e. Santana e Funchal.

2. Explica a diferença nos valores da precipitação entre:


a. Braga e Faro. b. Coimbra e Penhas Douradas.
<l P. Delgada e Santa Cruz das Flores. d, Santana e Funchal.

78
Os recursos hídricos

Domínios climáticos Normais climatológicas:


valores médios de temperatura
A análise das normais climatollógkas representadas nos gráficos da e precipitação referentes a pelo
j. I permite caracterizar os principais domínios climáticos do território menos 30 anos.
nacional (Fig. 2).

Domínio continental
Domínio atlântico
Norte interior
Norte litoral e Açores
• Temperatura suave no inverno
• Temperatura baixa
no inverno e alta
e mais alta no verão, com baixa
no verão, com
amplitude térmica anual.
uma amplitude de
• Precipitação anual abundante
variação térmica
(superior a 1000 mm).
anual acentuada.
• Meses secos - dois ou menos.
• Precipitação anual
pouco abundante
(inferior a 800 mm).
Domínio mediterrâneo acentuado • Meses secos - três
a cinco.
Sul do continente e Madeira Vale superior do Douro
• Temperatura suave no inverno • Temperatura
e alta no verão, com amplitude mais alta e menor
térmica anual moderada. precipitação.
• Precipitação anual pouco
abundante (inferior a 800 mm
e, na maioria do território, menos
de 600 mm). Domínio de montanha
• Meses secos - de quatro a seis. Açores
• Inverno mais
Distinguem-se: O frio e rigoroso,
Madeira o
• Litoral alentejano - temperatura CM
com precipitação
d
mais amena e maior humidade. u
abundante, por vezes
e
• Interior alentejano - maior Clima mediterrãnico ■ Clima o> de neve.
c
amplitude térmica anual e com grande influência mediterrãnico
atlântica com maior • Verão mais fresco
precipitação mais fraca. influência
-
K.1 e, nas vertentes
Clima mediterrãnico tropical O
• Litoral algarvio e Porto Santo - com grande influência expostas a ventos
inverno suave e verão mais continental ■ Clima das áreas o marítimos, também
de montanha £
longo, pela maior influência mais altas menos seco.
b Clima mediterrãnico £
tropical. mais acentuado:
> Alterações o
• Vertente norte da Madeira - a mais ameno climáticas <2
e húmido; induzidas
precipitação mais elevada.
b mais quente e seco pelo relevo
3
Fig, 2 Principais domínios climáticos em Portugal.

Analisa o mapa da fig, 2:

3* Verifica as classes da legenda e a sua distribuição no mapa.

4, Indica, para cada gráfico da Fig. 1, o respetivo domínio climático na Fig. 2.

VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

Analisar a variação térmica e pluviométrica num gráfico de normais climatológicas.

Identificar e localizar cada domínio climático que se diferencia em Portugal.

Indicar as particularidades de cada domínio climático.

79
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

II. As disponibilidades hídricas Disponibilidade hídrica (DH): quantidade de água


doce disponível. Depende do balanço hídrico (BH),
As disponibilidades hídricas dependem, essencial­ diferença entre precipitação (P) e evapotranspi ração
mente, do volume de precipitação e da sua distribui­ (E) num dado período (BH = P - E).
Águas superficiais: na superfície dos continentes —
ção ao longo do ano. Em Portugal, no balanço hídrico
cursos de água, lagos, lagoas e albufeiras.
da água doce gerada anualmente pela precipitação,
Rede hidrográfica: conjunto do rio principal
quase metade evolui para recursos hídricos disponí­ e seus tributários (afluentes e subafluentes).
veis, tanto superficiais como subterrâneos. Bacia hidrográfica: área drenada por uma rede
hidrográfica.

Águas superficiais - bacias hidrográficas


As águias superficiais são os recursos hídricos mais acessíveis e que proporcionam maior
variedade de utilizações, sendo também os mais vulneráveis aos efeitos da ação humana.
Em Portugal, a água superficial escoa nos inúmeros cursos da rede hidrográfica ou encontra-se
retida em algumas lagoas e muitas albufeiras, a maioria artificial e associada a barragens Fig.ij.

Rede hidrográfica portuguesa Minho A


N
I _Gávado
■L
• Organiza-se em catorze ba­ L
lm^_
I
cias hidrográficas, sendo
Douro
cinco luso-espanholas, in­ 1&570.

cluindo as maiores - Tejo, AO. ■f-

Douro e Guadiana.
Mondego
• Os maiores rios são Tejo,
Douro e Guadiana;
lí^^ j- i
■ -■j i■

• Dos rios nacionais, desta­ Fig. 1 As principais bacias


Tejo /
hidrográficas de Portugal
ca m-se o Mondego e o Sado. Rlb
continental (A) e as bacias
do Oeste
1655 / £ _ zt hidrográficas luso-espanholas
• O sentido geral de escoa­
(B)
mento é de nordeste para r:

sudoeste, com exceções,


como a do Sado (sul-norte) Sado
..
e a do Guadiana (norte-sul). Guadiana
A:113OO

â
Analisa os mapas da fig. 1:
I -
Rib. do Algarve . ' .
1. Identifica as bacias ibéricas. / . 814 Arca da bacia
■' - hldrográfca Jau’)

Tab. 1 Principais bacias hidrográficas das regiões autónomas.


Nas regiões autónomas, os
Madeira, 2003 e Açores, 2002
Pianos Regionais da Água:

cursos de águas têm pequena


extensão - ribeiras. Escoam Bacia Vertente Área (km2) Bacia Ilha Área (km2)

em vales estreitos e profundos R.a da Janela Norte 53 R.a da Povoação São Miguel 29,1
e bacias hidrográficas com for­ R.a do Faial Norte 53 R.a Quente São Miguel 26,1
tes declives e de reduzida di­
R.a Brava Sul 44 R.a da Areia Terceira 25,7
mensão (Tab. 1).

30
Os recursos hídricos

A irregularidade da precipitação reflete-se na variação sazonal:

* das disponibilidades hídricas; Explica o regime fluvial irregular Escoamento médio: água
* do escoamento médio (Fig. 2); ■> da rede hidrográfica portuguesa, da precipitação que, em
* do caudal dos rios. sobretudo no sul. média, escorre à superfície
(escorrência) ou em canais
subterrâneos, num dado
Analisa o gráfico da fig. 2:
período.
2. Verifica as unidades, os meses Caudal: volume de água que
e os rios representados. passa numa secção do rio,
por unidade de tempo (rrP/s).
3. Compara o escoamento dos rios, Regime fluvial: variação do
nos dois meses. caudal de um curso de água
ao longo do ano, podendo
4. Relaciona, com a precipitação,
ter caráter torrencial - forma
a diferença no escoamento médio
uma torrente, com o aumento
entre:
repentino do caudal, devido
a. norte e sul. a degelo ou a chuvas fortes
b. janeiro ejulho. e intensas, geralmente
Fig. 2 Escoamento médio mensal
de três bacias hidrográficas.
de curta duração.

p--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- '

A norte da cordilheira central A sul da cordilheira central


h- —-■ h-- —

■ Volume de precipitação elevado. • Volume de precipitação moderado.


Inverno e início
■ Fraca evapotranspiração real, devido • Evapotranspiração real baixa e superior
da primavera
à baixa temperatura. à do norte (temperatura mais alta).
• Maior precipitação
■ Escoamento médio elevado. • Escoamento médio inferior ao do norte.
• Temperatura média
■ Disponibilidade hídrica elevada. • Disponibilidade hídrica moderada.
baixa, a subir na
primavera ■ Caudal dos rios elevado e com • Caudal normal a alto, com cheias
frequentes cheias. ocasionais.

• Precipitação fraca e um período seco


• Redução: estival mais prolongado.
Verão - do volume de precipitação;
• Evapotranspiração real elevada.
• Menor precipitação - da evapotranspiração real;
• Redução do escoamento médio,
• Temperatura média - do escoamento médio, mantendo-se
tornando-se nulo em certas áreas.
elevada (superior superior ao do sul;
• Disponibilidade hídrica reduzida.
a 20 °C) - da disponibilidade hídrica;
- do caudal dos rios, sem nunca secar. • Acentuada redução do caudal que,
em muitos casos, desaparece.

Irregular, mas com menor diferença Irregular, com grande diferença sazonal
Regime fluvial
sazonal do que no sul. e, em muitos cursos de água, torrencial.

Nas regiões autónomas, os caudais das ribeiras, no inverno, podem atingir volumes eleva­
dos, secando muitas delas no verão - regime irregular. Esta irregularidade é menos acen­
tuada nos Açores, devido à menor variação sazonal da precipitação.

VERIFICA SE SABES

Identificar e localizar as bacias hidrográficas portuguesas, distinguindo as internacionais.


í ~
AVALIAÇAO
Relacionar as disponibilidades hídricas, o escoamento médio e a variação do caudal dos rios com
a irregularidade da precipitação.

Caracterizar o regime fluvial do norte e do sul do continente e das regiões autónomas.

81
TEMA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencialidades

Águas superficiais - lagoas e albufeiras Lagos e lagoas: reservatórios


naturais de água doce ou salobra
Em Portugal continental, considerando o processo de forma­ (lagos - maiores; lagoas - menores).
ção, há três tipos de lagoas.

• Localizam-se na faixa costeira. ’ Localizam-se nas áreas mais • Localizam-se no Maciço Calcário
• São numerosas e de pequena elevadas da serra da Estrela. da Estremadura.
profundidade. ■ São pouco numerosas. • São pouco numerosas.
• As mais importantes são as de ’ A mais importante é a Lagoa • As mais importantes são as
Óbidos, Pateira de Fermentelos, Comprida, com cerca de 1 km lagoas de Mira, Minde e Arrimai.
Santo André e Albufeira. de comprimento.

Nos Açores, existem numerosas lagoas de origem vulcânica,


em depressões resultantes do abatimento de antigas crate­
ras, como as das Sete Cidades, das Furnas e do Fogo, em São
Miguel (Fig. 1).

Fig. 1 Lagoas mais visitadas nos Açores.

As albufeiras são reservatórios artificiais criados pela cons­


trução de barragens, que retêm a água para abastecimento
público e rega agrícola - barragens de retenção - e, em mui­
tos casos, para produção de energia elétrica - barragens de
produção (Fig. 2). Em Portugal continental, as regiões Norte e
Centro têm características mais favorãveis à construção de
grandes barragens:

• relevo mais alto e com vales mais profundos;


• rede hidrográfica mais densa e com caudais maiores
e menos irregulares.
Agência Portuguesa do Am biente, 2019

Analisa o mapa da fig. 2:

1. Verifica a legenda e os símbolos no mapa.


Albufeiras
2. Identifica as bacias hidrográficas com mais barragens de pro­ associadas:
dução. ■ a barragens
de produção
3. Explica porque, no sul do país, na sua quase totalidade, ▲ a barragens
de retenção
as barragens são de retenção.
*«*«****»*•*«*«**•*••<*•** Fig. 2 Albufeiras em Portugal continental, em 2019.

Distinguir os diferentes tipos de lagoas, em Portugal, indicando a sua origem e localização.

Explicar a distribuição das maiores albufeiras, associadas à produção de eletricidade.


Os recursos hídricos

Águas subterrâneas Toalhas freáticas: lençóis de água


do subsolo que circulam e se acumulam
A precipitação é a principal fonte de abastecimento das em aquíferos.
águas subterrâneas - toalhas freátlcas e aquíferos. A for­ Aquíferos: formações geológicas
mação de aquíferos e as suas características dependem da permeáveis, cujo limite inferior e, por vezes,
o superior, é rocha impermeável.
permeabilidade das rochas.

Formações rochosas Reservas da água subterrânea Localização

Xisto, granito e basalto Fraca infiltração - aquíferos de pequena dimensão Em quase todo o Maciço
• Pouco permeáveis e pouco importantes. Hespérico

Têm ca leite na sua composição, que se dissolve


Rochas sedimentares Nas orlas sedimentares,
na água, abrindo fendas e fissuras por onde a água
e de natureza calcária -> sobretudo na ocidental,
se infiltra, formando toallhas cársicas (sistema freático
• Permeáveis onde há mais precipitação
em formações calcárias), com aquíferos importantes.

Rochas sedimentares
x Facilitam a infiltração da água e a formação de Na maior parte da área das
de origem detrítica
reservas subterrâneas, em aquíferos importantes bacias do Tejo e do Sado
• Muito permeáveis

Deste modo, há maiores disponibilidades hídricas Unidades


hidrogeológicas Produtividade
subterrâneas onde as formações rochosas são aquífera: volume
mais permeáveis e porosas, tendo assim maior de água que é
produtividade aquífera. Esta permite distinguir possível extrair
Maciço continuamente
as unidades hidrogeológicas. (Fig. 3). Hespérico de um aquífero,
em condições
normais e sem
Analisa o mapa da fig. 3: afetar a
quantidade e a
4, Identifica as unidades hidrogeológicas. qualidade da água.

5, Verifica a legenda e as suas cores no mapa. a SOktn

6, Relaciona a produtividade aquífera das unidades


hidrogeológicas com a sua constituição geológica.
x

Produtividade
aquífera:
(m3/dia/kmJ)
Aftas do Am biente, 2012

>400
300 - 400
250 - 300 50 km
200 - 250
Fig. 3 Produtividade aquífera nas unidades 100 - 200
hidrogeológicas (correspondentes às 50 - 100
< 50
geomorfológicas), em Portugal continental.

VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

Relacionar a dimensão dos aquíferos com as formações geológicas em que se encontram.

Explicar a maior produtividade aquífera da Orla Ocidental e das bacias do Tejo e do Sado.

83
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Tab. 1 Capacidade útil das albufeiras e afluências anuais


III. Gestão dos recursos hídricos 1

Pbno JVoctona/do Aguo (revlsào de 2015),


Capacidade
(hm3) (hm3)
Armazenamento de água
Guadiana 3244 4 500

A construção e a manutenção de infraestruturas de reten­ Tejo 2355 12 000


ção e armazenamento de água, como as barragens, permi­
Douro 1300 18 500
tem a formação de albufeiras, para garantir o abastecimen­
Restantes 2870 12 840

A PA. 2019
to de água à população e às atividades económicas ffab.i).
Total 9759 47 840

Barragem de retenção Aumenta muito o potencial de desenvolvimento da região sobretudo


e produção - aumenta as se do empreendimento, além da barragem, fizer parte um perímetro de rega
disponibilidades hídricas. agrícola e um planeamento integrado de outras atividades económicas.
Nestas condições é possível:
■ o alargamento da área de regadio, que diversifica as culturas e aumenta a
Exemplo:
produção e a sua qualidade, elevando o rendimento das empresas agrícolas;
Barragem do Alqueva
■ o desenvolvimento de serviços de apoio às empresas, indústrias de tecnologia
agrícola e transformadoras de produtos agrícolas, etc.;
■ o investimento em infraestruturas e serviços de lazer e turismo, com efeitos
multiplicadores noutras atividades económicas e culturais e na valorização
do património natural, histórico e cultural;
■ a dinamização social da região, com o aumento da oferta de emprego;
■ fixar mais população e aumentai o dinamismo demográfico.
■ a redistribuição espacial da água através de transvases - condutas que
permitem transferir reservas hídricas de uma região para outra, como acontece
com o circuito hidráulico Sabugal-Meimoa, que transfere água da bacia
do Douro para a Cova da Beira.

Captações de água para


abastecimento público
A captação de água, superficial ou subterrânea, mais utili­
zada evidencia as características das unidades hidrogeoló-
gicas (Fig. 1).

Analisa o gráfico da fig. 1:

1. Identifica as regiões onde é mais importante a captação


de água:

a. superficial. b. subterrânea.

2. Justifica a diferença entre a região Norte e a AML


Fig. 1 Origem da água captada para abastecimento
público, em 2017.

Assim, a maior densidade de captações de água:

• subterrânea ocorre na Orla Ocidental e nas bacias do Tejo e do Sado, devido à grande
produtividade aquífera.
• superficial ocorre no Maciço Antigo, por ter fraca produtividade aquífera e melhores con­
dições naturais para a construção de barragens.

84
Os recursos hídricos

Abastecimento público de água


O abastecimento público de água é uma das imais importantes
Sistemas em alta: procedem à captação,
funções sociais, desenvolvendo-se através de sistemas em
tratamento e armazenamento da água
alta e em baixa que, atualmente, servem a quase totalidade tratada, fornecendo-a aos sistemas em baixa.
da população, depois de uma evolução muito positiva desde Sistemas em baixa: fazem a distribuição e
1970 (Figs. 2 e 3). prestam o serviço de abastecimento de água.

Fig. 2 Evolução da população servida por abastecimento


público de água, em Portugal (1970-2017).

Analisa o gráfico da fig. 2 e o mapa da fig. 3:

3. Descreve a evolução representada no gráfico.


População
4. Verifica as classes da legenda do mapa. abastecida
pela rede
5. Identifica as NUTS III em que a população abastecida pela pública (%):
<90
rede pública é:
R. A. Açores
90-93
a. inferior a 90%. b. superior a 95%. 93.1 -95
95.1 - 98
R. A. Madeira >98

Fig. 3 População abastecida pela rede pública,


Há ainda alguma população sem acesso ao serviço de abaste­ por NUTS III, em 2017.
cimento público de água, porque:

• vive em áreas de fraco povoamento, elevando muito o


custo médio, por habitante, da ligação à rede;
• prefere utilizar água de furos e poços, mesmo em áreas
com rede pública. EPSAR, 2019

A evolução positiva tem ocorrido também na qualidade da


água, verificando-se que, em 2017, quase 100% da água na
torneira dos consumidores era controlada e classificada como
Fig. 4 Evolução da proporção de
de boa qualidade - água segura (Fig. 4). consumidores servidos por água segura.

VERIFICA SE SABES

Explicar a importância das barragens para o abastecimento de água e para o desenvolvimento


das regiões onde se inserem.

Justificar a distribuição das captações de água superficial e subterrânea. AVALIAÇÃO

Pp.92e93
Descrever a evolução e distribuição geográfica do abastecimento de água e sua qualidade.
Questões 4 e5

85
TEMA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencialidades

Problemas na utilização da água


A utilização dos recursos hídricos tem alguns efeitos negativos e coloca problemas que se
relacionam, essencialmente, com a poluição das águas e com o crescimento das necessida­
des de consumo.

Principais fontes de poluição

Têm uma grande componente orgânica, uma quantidade e variedade


Efluentes j elevadas de bactérias e vírus. Por isso, são uma das maiores fontes
domésticos de poluição dos cursos de água e, por vezes, das águas subterrâneas,
no caso das fossas de menor qualidade e sem ligação à rede de esgotos.

Têm elevadas cargas tóxicas e teores de metais pesados, como


o mercúrio. As águas utilizadas no processo produtivo ou para lavagens
Efluentes
e arrefecimento são contaminadas com os mais diversos produtos químicos
industriais
perigosos e, mesmo sendo tratadas, podem alterar o meio recetor, sobretudo
porque, geralmente, encontram-se a temperaturas elevadas.

A sua composição e os seus efeitos são, no essencial, semelhantes aos dos


efluentes domésticos, mas uma exploração pecuária pode produzir uma
Efluentes de quantidade de resíduos equivalente à de povoações de média dimensão.
pecuárias Em Portugal ainda há muitas instalações com deficiências no controlo dos
resíduos e muitos casos de incumprimento da legislação, que proíbe o seu
lançamento nos meios hídricos.

Os fertilizantes, os inseticidas e os herbicidas utilizados na agricultura,


muitos com elevado teor de substâncias tóxicas, dissolvidos na água da
Químicos rega ou da chuva, infiltram-se no solo, contaminando as toalhas fre áticas,
agrícolas ou escorrem à superfície, vindo a contaminar os cursos de água. Esta forma
de poluição, muito difusa, pode afetar áreas muito extensas e, também
por isso, é difícil de detetar e controlar.

Outros problemas
b________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d

Eutrofização Salinização Desflorestação

É um processo que resulta


A desflorestação afeta os
do crescimento excessivo
É um processo que se recursos hídricos superficiais
de algas e de outras
associa à sobre-exploração e subterrâneos. Como deixa
espécies vegetais, que
dos aquíferos, que permite o solo desprotegido, a água
consomem o oxigénio das
a intrusão de água salgada. da chuva escorre e não se
águas, acabando
Este problema ocorre mais infiltra, comprometendo
por provocar a extinção
frequentemente próximo do a recarga dos aquíferos.
da fauna aquática.
litoral e em anos de menor Por outro lado, o maior
Este fenómeno deve-se
precipitação, por não se dar a volume de lamas arrastadas
ao lançamento, nos meios
recarga natural dos aquíferos. pela água da chuva para
hídricos, de efluentes
Nessa situação, o consumo os cursos de água pode
com elevada concentração
deve ser racionalizado, pois, provocar o assoreamento
de detritos orgânicos
por vezes, a salinização pode dos rios, diminuindo
e de fosfatos e nitratos
ser irreversível. a sua capacidade de
que servem de nutrientes
aprovisionamento.
às plantas.
Os recursos hídricos

Tratar e preservar os recursos hídricos


Para garantir o abastecimento e a qualidade da água é necessário que esta seja considerada
como um bem que se pode degradar e está a tornar-se cada vez mais escasso. É fundamen­
tal que a água seja tratada antes de ser devolvida à Natureza, para não colocar em risco
a quantidade e a qualidade dos recursos hídricos disponíveis, assim como a qualidade de
vida e a saúde da população que os utiliza.

Essa função é garantida pelas redes de drenagem e de tratamento das águas residuais, que
têm sido, gradualmente, alargadas à generalidade do território nacional Figs, i e 2).

■ Rede de drenagem (%) ■Tratamento de águas residuais (%)

Anuários EsPüstícos Regionais 2017, 1NE, 2018


Fig. 1 Evolução da população servida por redes de drenagem e
estações de tratamento de águas residuais, em Portugal (1990-2016).

Além dlo alargamento das redes de drenagem e tratamento


de águias residuais, outras medidas podem contribuir para
a preservação dos recursos hídricos:

• regulamentação, fiscalização e criminalização do lança­ R. A. Madeira ETAR's


mento de efluentes nos cursos de águas;
Fig. 2 População servida por redes de drenagem de
• seleção de práticas agrícolas mais amigas do ambiente; águas residuais e número de ETAR. por NUTS III, em 2017.
• criação de incentivos às empresas para a reconversão da
tecnologia, de modo a torná-la mais ecológica, e para a Analisa o gráfico e o mapa das figs. 1 e 2:

Implementação de medidas inovadoras na área da preser­ 1. Descreve a evolução representada no gráfico.


vação ambiental;
2. Verifica as classes da legenda do mapa.
• aplicação do princípio «poluidor-pagador», com coimas de
valores dissuasores da prática de crimes ambientais; 3. Identifica as NUTS III em que a população
servida por redes de drenagem de águas
• dinamização de campanhas de educação ambiental.
residuais é:
a. inferior a 85%. b. superior a 95%.

Caracterizar os principais problemas decorrentes da utilização da água.

Explicar a importância das redes de drenagem e tratamento das águas residuais. AVALIAÇÃO

Pp.92e93
Indicar outras medidas de proteção dos recursos hídricos.
GRUPO I:
Questão 4
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Planeamento e gestão dos recursos hídricos


A boa gestão dos recursos hídricos implica um planeamento que garanta a sua utilização
eficiente (evitando desperdícios), tal como a sua conservação e proteção, de forma integrada,
ao nível nacional e peninsular, de modo a garantir a sua sustentabilidade. Em Portugal, esse
planeamento orienta-se por diversos instrumentos, de que se destacam:

• lei da água - transpôs para a legislação nacional


a diretiva quadro da água, que estabelece as nor­
mas comunitárias relativas à utilização, conserva­
ção e proteção dos recursos hídricos;
• plano nacional da água e planos regionais dos
Açores e da Madeira - que estabelecem as
linhas orientadoras da utilização, proteção e pre­
servação dos meios hídricos, a nível nacional;
• planos de gestão de regiões hidrográficas - que
englobam um ou mais planos de gestão de bacia
Região
hidrográfica e de ordenamento de albufeiras (Hg. i); hidrográfica
• outros planos, de setores específicos, como: Águas
costeiras
- plano estratégico de abastecimento de água e
de saneamento de águas residuais;
- programa nacional de barragens de elevado
potencial hidroelétrico;
-estratégia nacional para os efluentes agrope­

2002
cuários e agroindustriais;

INAG,
- programa nacional para o uso eficiente da água.

Fig. 1 Regiões hidrográficas e respetivas bacias hidrográficas.

Analisa o mapa da fig. 1:


Região hidrográfica: principal unidade de planeamento
1. Identifica a região hidrográfica em que se localiza e gestão das águas, podendo integrar uma ou mais
a tua escola. bacias hidrográficase respetivas águas costeiras.

De acordo com a Diretiva Quadro da Água, Portugal e Espanha têm de assegurar a coor­
denação dos planos de gestão das regiões hidrográficas que partilham, utilizando as
estruturas da Convenção de Albufeira (convenção sobre a cooperação para a proteção
e o aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas luso-espanholas) - 1998.

A gestão partilhada exige grande empenho e constante atenção, pois é ao território portu­
guês que afluem as águas vindas de Espanha, podendo ocorrer problemas como:

• redução excessiva dos caudais em tempo de seca, pela retenção de água nas albufeiras
espanholas;
• poluição das águas, em Espanha, que vem refletir-se em Portugal;
• construção de novas barragens ou transvases em Espanha, que pode reduzir os caudais;
• agravamento de situações de cheia, se as barragens espanholas fizerem descargas
volumosas.

88
Os recursos hídricos

Valorização dos recursos


Os recursos hídricos podem ainda ser valorizados através da criação de espaços de fruição
e lazer, e do desenvolvimento de atividades económicas diversas, relacionados com a utili­
zação sustentável dos recursos hídricos.

Em murtas áreas ribeirinhas existem condições propícias à prática de


banhos, natação, navegação e pesca, estando algumas classificadas como
praias fluviais por reunirem condições de segurança, e terem equipamentos
de apoio e controlo da qualidade da água. As albufeiras de águas
públicas são os locais mais procurados, existindo alguma legislação que
regulamenta este tipo de atividades.

Em muitos rios pratica-se a navegação de lazer, destacando-se, no nosso


país, o rio Douro, onde foram realizadas obras que o tornaram navegável
até á fronteira com Espanha, em Barca d'Alva.
No Douro existem infra estruturas de apoio à navegação, como
as barragens equipadas com eclusas, que permitem transpor os desníveis
do percurso, que tornam possível uma oferta de turismo fluvial qualificada,
valorizada ainda pela paisagem do Alto Douro Vinhateiro, classificada
como Património da Humanidade.

A utilização do domínio hídrico para a prática de atividades económicas e


recreativas associadas às espécies piscícolas é comum nas comunidades
que vivem próximo de cursos de água, de albufeiras e de lagoas.
A cultura biogenética - reprodução, engorda, crescimento ou
melhoramento das espécies aquícolas - é um exemplo comum em Portugal
e está sujeita a licenciamento e ao cumprimento de normas que visam
proteger o meio hídrico em que são desenvolvidas.

A extração de areias é outra atividade económica associada aos meios


fluviais. Só pode ser efetuada nos troços do rio onde é preciso desassorear
o leito e onde a extração de areias náo coloque em risco o equilíbrio
do leito fluvial ou de infraestruturas como pontes.
Esta atividade é mais importante no rio Tejo e no rio Douro.

Em murtas cidades são aproveitadas as zonas ribeirinhas para espaços


de recreio e lazer, com jardins e espaços/equípamentos desportivos
e para entretenimento das crianças e da população em geral.
Estes espaços, além de proporcionarem melhor qualidade de vida
à população, podem contribuir para ligar afetiva mente a população
aos rios e, assim, mais facilmente se desenvolver uma cultura ambiental
de respeito pelos recursos hídricos.

VERIFICA SE SABES

Identificar os principais instrumentos de gestão dos recursos hídricos, a nível nacional, regional
e setorial. f “
AVALIAÇAO

Explicar a importância da cooperação luso-espanhola na gestão das bacias hidrográficas comuns.

Enumerar formas de valorizar os recursos hídricos, como meios de lazer e de criação de riqueza.

89
TE -IA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencialidades

SÍNTESE

As especificidades do clima português


dependem da posição geográfica e da circulação geral da atmosfera

. Irregularidade sazonal
Temperatura Precipitação , . . «
da precipitação
i [ 11 11
1■ 11
Inverno chuvoso - cerca de metade
Inverno 1|->|
1 11
Baixa 1 Mais abundante ■ do total de precipitação anual
11 1
! ■ - __ - __ - _ - - _ - - _ - - -- - - __*■■
-..... —-...... ........
, 1I i Fraca e com alguns i Verão seco - 20% ou menos do total
Verão ■ :1 Elevada
1 i meses secos de precipitação anual
................. J .......

Deslocação, em latitude, da dinâmica da atmosfera


xk \p

Inverno - para sul - as baixas pressões Verão - para norte - as altas pressões
subpolares influenciam o território nacional, subtropicais influenciam todo o território
provocando nuvens e precipitação nacional, provocando céu limpo e tempo seco

Tipos de precipitação
xk

Frontais Orográficas Convectivas


I

Provocadas por baixas pressões i Provocadas por baixas


que se associam a frentes: Provocadas pelo efeito do
pressões térmicas sobre
• frias - chuvas intensas e rellevo como barreira de
a Europa e a península -
aguaceiros; condensação - precipitação
; precipitação intensa
de fraca intensidade. I

• quentes - chuva contínua. ; e repentina, de curta


i duração.
Maior incidência (inverno) 'L.................................................
I I

Maior incidência (inverno) ■ Noroeste do continente


i • Norte do continente (devido ao relevo I
I Maior incidência (verão)
I

: • Açores concordante) I
I
- Interior do continente
1
I I
1 I
I
4 I
■ Áreas mais altas do país I

Irregularidade espacial da precipitação


xk 4;
4 4
d I

II
Valores mais altos I
Valores mais baixos
• Noroeste do continente ■ Nordeste continental
.- I

• Areas de maior altitude ■ Todo o sul do continente


4 4

Clima temperado medaterrânico com domínios diferenciados


xk xk xk
de influência atlântica de influência continental mediterrânico acentuado

4 I
• Litoral a norte da cordilheira : ■ Interior norte
• A sul da cordilheira Central
Central Com maior amplitude
I
i
I
I
• Madeira (sul) e Porto Santo
• Açores e vertente norte térmica anual e mais
• Mais quente e mais seco
da Madeira seco
I
! Mais quente e mais seco
Mais ameno e mais húmido i
i
Os recursos hídricos

As disponibilidades hídricas
dependem do volume de precipitação - grande irregularidade sazonal e espacial

Águas superficiais: rios, lagoas e albufeiras

Bacias hidrográficas Lagoas Albufeiras

I- I
i 1
I

Bacias hidrográficas de 14 rios principais


Reservatórios artificiais
(5 internacionais) e numerosas bacias de Continente formados por barragens de:
ribeiras nos Açores e Madeira. Lagoas de origem: ■ - retenção - em todo
Rede hidrográfica ■ marinha e fluvial o país, sobretudo no
• norte: mais densa e escoando em vales
■ tectóníca interior, com fins de rega
mais estreitos e profundos, com maiores
■ glaciar e abastecimento público;
caudais, sobretudo no inverno (cheias);
■ vulcânica - produção - mais
• sul: menos densa e encaixada, a I

Açores numerosas a norte da


com menores caudais, secando
Numerosas cordilheira Central, para
muitos no verão.
lagoas de origem rega, abastecimento
Regime fluvial irregular e, por vezes,
vulcânica. público e produção de
torrencial, sobretudo no sul do continente ;
eletricidade.
e na Madeira. i

! I
I- I

Águas subterrâneas: em unidades hidrogeológicas Sistemas públicos de captação,


que correspondem às unidades geomorfológicas. tratamento e distribuição da água, que:
Maior produtividade aquífera: i->: - serve 96% da população;
• Orla sedimentar Ocidental Rochas mais ■ distribui água segura (99% das
• Bacias do Tejo e do Sado permeáveis análises da qualidade são positivas).
I -I
............. .......... ... T....................
Para manter a qualidade da água:
■ alargar as redes de drenagem e de tratamento das águas residuais a toda a população:
■ tomar outras medidas, como a cri minai ização do lançamento de efluentes nos cursos de águas,
a promoção de práticas agrícolas mais amigas do ambiente e a aplicação eficaz do princípio
«poluidor-pagador».

Gestão dos recursos hídricos


sP

Problemas Planeamento Valorização

• Poluição - efluentes Instrumentos de Criação e manutenção de:


domésticos, agrícolas planeamento para a * espaços de lazer para
e industriais. utilização sustentável dos fruição dos meios hídricos
• Eutrofização - provocada recursos hídricos. (praias fluviais, parques
por resíduos orgânicos. Exemplos: ribeirinhos, etc.);
• Salinizacão dos aquíferos ■ Plano nacional da água • atividades económicas
por sobre-exploração. ■ Plano para o uso eficiente que aproveitem,
• Desflorestação - da água de forma sustentável,
assoreamento dos cursos ■ Planos das regiões, as potencialidades dos
de água e contaminação das bacias hidrográficas meios hídricos (desportos
pelas cinzas dos e das albufeiras aquáticos, turismo,
incêndios. ■ Convenção de Albufeira exploração de inertes, etc.).

91
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Avaliação

L Seleciona a letra da chave que corresponde a cada uma das afirmações.

Afirmações Chave

1. Parte da água da precipitação que, em média, escorre à superfície ou A. Eva potra nspi raça o
no subsolo subterrâneo, por ano.
B. Isóbaras
2. Quantidade de água que se pode extrair de um aquífero sem afetar a
reserva e a sua qualidade. C. Frente fria

3 Evaporação da água da superfície, do solo e da transpiração dos D. Baixa pressão


seres vivos. térmica

4. Crescimento excessivo de algas e de outras espécies vegetais.


E. Regime fluvial
O ar firio avança mais rapidamente, introduzíndo-se como uma cunha
F. Escoamento anual
por baixo do ar quente.
médio
6. Linhas que, num mapa, unem pontos de igual pressão atmosférica.
G. Produtividade
7. Movimento ascendente do ar provocado por temperaturas elevadas á
aquífera
superfície terrestre.
H. Eutrofização
8. Variação do caudal de um rio ao longo do ano.

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.

1* O ar quente sobe lentamente, formando-se nuvens de desenvolvimento horizontal e chuva


contínua de fraca intensidade.

2, Em Portugal, as precipitações convectivas ocorrem no Noroeste, sobretudo no verão, por efeito


do relevo e das baixas pressões térmicas da Península Ibérica.

3. A irregularidade da precipitação, em Portugal, traduz-se num desfasamento entre o volume


da precipitação e as necessidades de consumo de água.

4 As características do clima mediterrâneo dominam em todo o território português exceto nos


Açores, onde nunca há meses secos.

5. Em Portugal, das três unidades hidrogeológicas, o Maciço Hespérico é a que apresenta maior
produtividade aquífera, devido ã impermeabilidade das formações rochosas.

6, A maior densidade de captações de água subterrânea ocorre nas orlas ocidental e meridional
e na bacia do Tejo e Sado, pela sua grande produtividade aquífera.

A previsão de céu limpo representada no mapa da fig. 1 refere-se a um dia de janeiro.

8. Para o céu limpo previsto no mapa contribui


a influência do anticiclone dos Açores, mais
para norte no verão.

9. Apesar do céu limpo, a previsão do mapa


refere-se a um dos estados do tempo comuns
no inverno, em Portugal.

10. A temperatura máxima e mínima diária e o céu limpo


indicam a influência de um anticiclone formado
sobre o continente europeu, durante o inverno.

Fig, 1

92
Os recursos hídricos

IIL Seleciona a leira da chave que complela correiamente cada uma das afirmações*

1* O domínio climático com maior influência atlântica, em Portugal, ocorre:

A* no nordeste do continente.
B. no sul do continente.
C* no grupo ocidental dos Açores.
D. no noroeste continental e Açores.

2* Sao exemplos de rios portugueses com sentido de escoamento diferente do geral:

A* o Vouga e o Mondego.
B. o Sado e o Guadiana.
C. o Tejo e o Sado.
D. o Vouga e o Guadiana.

3. A maioria das barragens de produção localiza-se no Centro e Norte, devido:

A* ao relevo mais alto e ao regime regular da maioria dos rios.


B* à rede hidrográfica mais encaixada e com regime fluvial menos irregular.
C* à maior necessidade de energia elétrica nessas regiões.
D* à precipitação mais abundante em todos os meses do ano.

4* Dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos, á escala nacional, destaca-se o:

A, plano nacional da água, que é orientador de todos os outros.


B. programa nacional para o uso eficiente da água.
C* plano estratégico de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais.
D* programa nacional de barragens de elevado potencial hidroelétrico.

IV . Responde às questões seguintes.

1. Descreve a distribuição geográfica e a variação sazonal ou anual da precipitação,


relacionando-a com a circulação geral da atmosfera.

2* Identifica as principais bacias hidrográficas, indicando as principais diferenças


relativamente às disponibilidades hídricas.

3* Explica o facto de o noroeste de Portugal continental ser uma das áreas do país com
mais precipitação.

4. Relaciona a variação sazonal e anual da precipitação com a necessidade de construir


infraestruturas que possibilitem a retenção e o armazenamento de água doce.

5* Explica a importância que uma barragem tem para o desenvolvimento de uma região.

6* Defende, do ponto de vista português, a importância da convenção de Albufeira.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2010 - 2.a fase, grupo I Exame 2014 -1.a fase, grupo II Exame 2017 - 1.a fase, grupo I

Exame 2012 - 1.a fase, grupos I e II Exame 2014 - 2.a fase, grupo I Exame 2018 - 2a fase, questões 7 a 10

Exame 2012 - 2.a fase, grupo II Exame 2015 - 1a fase, grupo V Exame 2019 - Ia fase, questões 3 a 5

Exame 2013 - 1.a fase, grupo I Exame 2016 - 1a fase, grupo II Exame 2019 - 2.a fase, questões 9 a 11

Exame 2013 - 2.a fase, grupo II Exame 2016 - 2 a fase, grupo II

93
Tema II
I. O litoral português

SUBTEMA 4 II. Atividade piscatória

III. Gestão do litoral

Os recursos marítimos e do espaço marítimo

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Compreender o espaço marítimo como um sistema complexo e dinâmico que disponibiliza numero­
sos e variados recursos naturais.
• Compreender a ação do mar sobre a linha de costa, relacionando-a com o relevo do litoral.
• Relacionar a posição geográfica dos principais portos nacionais com a direção dos ventos e das cor­
rentes marítimas, as características da costa e o relevo do fundo marinho.
• Relacionar a disponibilidade de recursos piscatórios da Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa
com a extensão da plataforma continental (sentido geológico) e os efeitos das correntes marítimas.
• Equacionar a importância da ZEE, identificando recursos e medidas no âmbito da sua gestão e controlo
• Discutir a situação atual da atividade piscatória.
• Distinguir os principais tipos de pesca.
• Relacionar a pressão sobre o litoral com a necessidade de uma boa gestão da orla costeira
e o desenvolvimento sustentável das atividades associadas ao litoral e ao mar.

Q Termos e conceitos

- Águas interiores e águas - Formas de relevo do - Recurso píscícola


territoriais litoral e fluvío-ma rinhas
- Tipos de pesca
(arriba, praia, ilha-barreira,
- Zona contígua e zona
sistema lagunar, tòmbolo, - Quotas de pesca
económica exclusiva (ZEE)
estuário)
- Aquicultura
- Plataforma continental
- Corrente marítima e deriva
e talude continental - Maré negra
norte-sul
- Erosão marinha e abrasão - Ordenamento da orla
- Nortada e upwellíng
marinha costeira
Os recursos marítimos

I. O litoral português

O mar português
Portugal é o Estado costeiro da União Europeia com maior extensão de zonas marítimas
- mais de 2 milhões de km2, segundo a Convenção das Nações Unidas de Direito do Mar -
CNUDM (Figs. 1 e 2).

Mar territorial - águas até às 12 milhas náuticas


(mn), medidas a partir da linha de base (linha
da baixa-mar ou maré baixa). A soberania do
estado costeiro aplica-se ao solo e subsolo
marinhos, à coluna de água e ao espaço aéreo
sobrejacente.
Zona contígua - das 12 às 24 mn, onde
o Estado costeiro pode exercer fiscalização
sobre infrações às suas leis.
Zona económica exclusiva (ZEE) - desde
os limites do mar territorial até às 200 mn
náuticas, compreendendo o solo e o subsolo
marinhos, a coluna de água e a sua superfície
superior. Nesta zona, o Estado costeiro tem
direitos de exploração, investigação e gestão * Tal como definida pela CNUDM -compreende o leito e o subsolo
dos recursos naturais. das áreas submarinas para lá do seu mar territorial, até ao bordo
exterior da plataforma continental ou até uma distância de 200 mn,
Plataforma continental - parte submersa
nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja
da placa continental com profundidade
essa distância - conceito jurídico».
máxima de 200 m. Nota: 1 milha náutica {mn) corresponde a 1,852 km.

Fig. 1 As zonas marítimas dos Estados costeiros.

A ZEE portuguesa reparte-se por três áreas:


Continente, Madeira e Açores (Fig.2).

Piano de Situação da O rdenam ento do Espaço M arítim o Naclonai,


A proposta de alargamento da plataforma
continental (conceito jurídico), apresenta­
da nas Nações Unidas em 2009 e reformu­
lada em 2017, mais do que duplica a atual
extensão, esperando-se uma decisão até
final de 2021. Se for aprovada, o território
português passará a ser constituído em 97%
por mar, aumentando várias vezes a quanti­
dade e diversidade de recursos naturais a
que tem direito exclusivo de exploração e
também dever de proteção.
DGRM, 2019

Analisa o mapa da fig. 2: Fig. 2 ZEE portuguesa e plataforma continental alargada.


1. Sugere duas vantagens do alargamen­
to da plataforma continental, tendo em
conta a informação do mapa.

95
TEMA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencialidades

A linha de costa em Portugal


A linha de costa prolonga-se por mais de 800 km, Linha de costa: área entre a terra e o mar,
só em Portugal continental. A sua configuração deve- ao nível da maré alta, em período de calma.
-se à erosão marinha e às características do relevo Arriba: escarpa alta e rochosa, exposta
à abrasão marinha.
e das formações rochosas que estão em contacto
Praia: área de deposição de areia pelo mar.
com o mar (Fig. 1).

• Alta e escarpada - em relevo


Costa de arriba alto e com predomínio de
Em formações calcário, como da Nazaré à foz
rochosas de maior do Tejo; do cabo Espichei à foz
dureza (granito, do Sado; do cabo de Sines ao
xisto e calcários de S. Vicente e no barlavento
recentes), no algarvio.
continente, e • Baixa e rochosa - em relevo
em formações baixo de xisto e granito, como
basálticas, a norte de Espinho, onde
nas regiões também se encontram troços
autónomas. de praia que são áreas de
costa de emersão.

Em relevo baixo ou reentrâncias


Costa de praia propícias à deposição de areias,
Em formações como:
rochosas mais • de Espinho a S. Pedro de Moei;
brandas, de • no estuário do Tejo;
arenitos e argila. • da foz do Sado ao cabo de Sines;

IGM
• no sotavento algarvio.

Analisa os mapas da fig. 1:

1» Verifica a legenda de cada mapa.


Costa de emersão: área que ficou emersa
2. Associa os troços de arriba e de praia às suas forma­ devido ao recuo do nível do mar.
ções rochosas. Abrasão marinha: erosão reforçada pelo
arremesso de areia e fragmentos rochosos
contra as arribas vivas (em contacto com o mar).
Arriba morta: que não está sujeita à abrasão
As arribas estão expostas à abrasão marinha, que pro­
marinha por ter recuado ou pelo recuo
voca o seu desgaste, desmoronamento e recuo (Fig. 2). do nível do mar.

Fig. 2 Processo de recuo de uma arriba viva. A abrasão marinha desgasta a base da arriba, retirando o apoio
à parte superior (A), que se desmorona e recua (B). Os fragmentos rochosos acumulam-se na base, formando
uma plataforma de abrasão - faixa entre o mar e a arriba, lígeiramente inclinada para o mar, queP na maré baixa,
se encontra emersa, submergindo na maré alta (C). Os fragmentos rochosos que se acumulam na base sempre
submersa da arriba constituem a plataforma de acumulação.

96
Os recursos marítimos

Os principais acidentes do litoral português


Apesar da regularidade que domina a linha de costa do continente, existem formas de relevo
litoral e fluviomarínhas que se destacam - acidentes do litoral (Fig. 3).

Cabo: saliência rochosa que se


projeta sobre o mar.
A. Ria de Aveiro - sistema lagunar separado
do mar por uma extensa restinga, que Estuário: foz de um rio que
se deve ao recuo das águas marinhas, à desagua num único canal, onde
acumulação de areias trazidas pelo mar se faz sentir a ação das marés.
e de sedimentos depositados pelo rio Ilha-barreira: cordão de areia
Vouga, que nele desagua. acumulada que barra a ligação
de uma lagoa ao mar.
B. Concha de São Martinho do Porto
- pequena baía formada a partir de Deriva litoral: corrente paralela
um antigo golfo, pela deposição de à linha de costa, induzida pelo
sedimentos marinhos, que apenas movimento oblíquo das ondas.
deixou uma estreita abertura para o mar.
G Carvoeiro
C. Tômbolo de Peniche - pequena ilha que
acabou por ficar ligada ao continente por
um istmo formado pela acumulação de
areias e seixos.
C. Espichei
D. Estuários do Tejo e do Sado - reservas
G de Sines Porto de pesca
naturais de grande riqueza ecológica.
Plataforma
continental
E. Ria Formosa ou ria de Faro - área G Sardáo

lagunar que se formou pela acumulação St Antón io


de sedimentos marinhos, que criou um C. de S. Vicente
cordão de restingas e ilhas-barreira. G de St? Ma

Fig. 3 Plataforma continental e principais cabos, portos de pesca e acidentes do litoral, em Portugal continental.

Os maiores cabos abrigam portos de pesca dos ventos dí noroeste Analisa o mapa da fig. 3:
e da deriva litoral norte-sul. Assim, o porto de pesca de:
3. Localiza e identifica os acidentes
• Peniche localiza-se a sul do cabo Carvoeiro; do litoral.

• Sesimbra é abrigado pelo cabo Espichei; 4. Identifica dois portos situados a sul
• Sines abriga-se no cabo com o mesmo nome. de um cabo.

Na costa portuguesa, pouco recortada e com plataforma continental 5. Indica a área de maior e menor
largura da plataforma continental.
estreita, não há boas condições naturais para a instalação de portos,
exceto nas rias de Aveiro e de Faro e nos estuários do Tejo e do Sado.

VERIFICA SE SABES
i
AVALIAÇAO

Caracterizar a linha de costa portuguesa, distinguindo costa de arriba e costa de praia.

Descrever o processo de erosão e recuo das arribas, pela ação erosiva do mar.

Localizar/caracterizar os principais acidentes da linha de costa do território continental.

Relacionar a localização dos portos de pesca com a configuração da linha de costa.

97
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Fatores condicionantes da pesca


Plâncton: organismos
Abundância de pescado microscópicos.
Corrente marítima:
A maior ou menor abundância de peixe depende dos nutrientes que, deslocação de uma grande
por sua vez, dependem de temperatura, iluminação, salinidade e oxi­ massa de água com a mesma
temperatura e densidade.
genação das águas, pois essas condições influenciam a formação de
Deriva do Atlântico Norte:
plâncton, que é a base da cadeia alimentar marinha. parte da corrente quente do
golfo desloca-se para NE,
até à Irlanda. Aí, ramifica-se:
uma parte para vai norte e
Talude
Plataformas Plataforma continental continental
Zona abissal outra para sul, vindo passar
continentais em Portugal.
O
Zonas marítimas
onde há maior O
abundância de • Maior iluminação, devido á baixa
pescado. profurxídade. que favorece a formação
de plâncton.
80% das
. Mais oxigénio, pela maior agitação
capturas das águas. A plataforma continental
mundiais . Menor teor de sal. pois é aí que portuguesa é estreita ao
desagua a água doce dos rios.
ocorrem nas longo de todo o litoral e
. Mais nutrientes, devido á formação
plataformas de plâncton e aos resíduos orgânicos quase inexistente nas regiões
continentais. transportados pelos rios. autónomas.

Na convergência de uma corrente fria e outra quente Ao largo de Portugal, de norte


Correntes dá-se o encontro de águas de densidade, temperatura para sul, passa um braço da
marítimas e salinidade diferentes, pelo que existe maior deriva do Atlântico Norte -
diversidade de espécies. corrente de Portugal - que,
As correntes frias são mais ricas em nutrientes, por ser quente, não favorece
por terem origem nos fundos oceânicos. a abundância de pescado.

N
1. Ventos do norte afastam as águas
Upwelling superficiais para o largo. Em Portugal, no verão, ventos
Onde ocorre, fortes de norte (nortada)
há grande 2. Formação de uma corrente atingem a costa, originando
abundância de de compensação. a ocorrência de upwelling,
nutrientes e, responsável pela maior
por isso, maior 3. Subida de águas profundas abundância e qualidade do
que arrastam nutrientes para
quantidade pescado nesta época do ano.
a superfície.
de peixe e de Um bom exemplo é a sardinha,
maior dimensão. mais gorda e saborosa no verão.

As capturas
A capacidade que um país tem de efetuar capturas também depende da:

• formação dos pescadores, que se relaciona com a estrutura etária dos recursos humanos;
• constituição da frota e desenvolvimento das artes e tecnologias utilizadas;
• política das pescas, ao nível nacional e comunitário.

AVALIAÇÃO

Explicar os principais fatores naturais que influenciam a pesca, em Portugal.

93
Os recursos marítimos

II. Atividade piscatória

EstotísÜcos da Pesca 2005 a 2017, INE, 2018


O setor das pescas
A contribuição do setor da pesca para a economia
portuguesa (PIB e emprego) tem decrescido, mas
continua a ser importante para a sustentabilidade de
muitas comunidades costeiras.

A tendência é de aumento do valor gerado, apesar


das oscilações do volume, mais afetado pelas condi­
Fig. 1 Evolução recente das capturas, em Portugal.
ções naturais e quotas de pesca (limites às capturas).

O número de ativos na pesca, depois de diminuir muito, tende agora a crescer ligeiramente, embora a frota,
cada vez mais moderna, continue a perder embarcações (as mais antigas).

Analisa os gráficos:

1. Verifica os indicadores.
Envelhecida.
2. Indica a maior classe Baixos níveis Ate

de escolaridade,
-> 2n delo
78%
em cada gráfico.
mas a melhorar.
100%

Estatísticos da Pesco 1970 a 2017, INE. 201B


r i

Embarcações (n.°) Arqueação bruta (volume interno)

1970 17 583 Classes % do total de:


Analisa as tabelas:
Redução, em número, 1981 13 500 GT’ embarcações GT
devido a:
3. Verifica os indicadores.
• reestruturação; 2001 10 412 <5 84.0 9,4
4. Descreve a capacidade • redimensionamento,
2011 10 200 5-100 13,8 26,4
da frota portuguesa. face aos limites de
captura. 2017 7 922 >100 2,2 64,2

GT' - medida de arqueação bruta.

Pesca costeira Pesca do largo Pesca longínqua

• Em águas interiores (rios, lagoas


- Além das 6 mn da costa • Além das 12 mn, em águas
e estuários) e perto da costa,
por várias horas ou dias, internacionais e ZEE estrangeiras.
por curtos períodos, ou apenas
em áreas afastadas, ou fora • Embarcações de grande dimensão
sazonalmente.
da ZEE nacional. e autonomia alguns meses no mar.
• Com embarcações pequenas e
- Com embarcações de • Utiliza as mais modernas técnicas
artes de pesca quase sempre
dimensão considerável, de deteção, captura, transformação
artesanais (anzol, armadilhas
utilizando meios modernos e conservação de pescado.
e pequenas redes).
de deteção, captura • Quase sempre com o apoio
• Captura espécies de alto valor
e conservação do peixe. de um navio-fábrica.
(polvo, enguia, etc.).

avaliação
VERIFICA SE SABES
Pp.10Ge107
GRUPO I: Questões 2,4 e 7
GRUPOU: Questão 5
Indicar , justificando , as principais características do setor da pesca, em Portugal. GRUPO III: Questão 2
GRUPO IV: Questão 3

99
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Portos e infra estruturas


Viana do Castelo
Para que a atividade piscatória possa desenvol­
Povoa de Varzrrr
ver-se são necessários portos com infraestruturas
Matosinhos Lota
e serviços que permitam descarregar o pescado, 0 Serviços
administrativos
em boas condições de manuseamento e higiene.
# Armazéns de
Aveiro comerciantes
£ Armazém
Para isso: de apresto
£ Venda
• procedeu-se à modernização das infraes­ de apresto
Instalações
truturas e lotas, que estão equipadas com Nazaré e escritórios

sistemas eletrónicos e informatizados, permi­ • Venda de gelo


0 Posto de
tindo maior rapidez e transparência na venda combustíveis
£ Mercado de
do pescado, sendo o porto de Matosinhos o Costa da
segunda venda
Caparica
que oferece maior número de equipamentos 0 Entreposto
frigorífico
e serviços, e o de Sesimbra o que tem maior Setuba
Descargas-2017 (KFt)
volume de peixe descarregado (Rg.l);
• a regulamentação e a fiscalização dos pro­
cessos de descarga, manuseamento e venda Vila Nova de Mil Fontes
do pescado cumprem a legislação comunitá­ Açíes
■■

ria, garantindo a segurança alimentar dos con­ Albufeira


V. R. St?
sumidores.

As espécies mais capturadas pela frota portu­


I
Madeira
Lagos
Tavira

Ü 50 km
Portimão Qu arteira OI hão
guesa são a cavala e a sardinha, mas só a sardi­
nha figura entre as que geram maior valor (Hg. 2).
Fig, 1 Volume de descargas de pescado nos portos de pesca
portugueses, em 2017, e equipamentos e serviços que oferecem.

Cavala Carapau Sardinha Biqueirão


Analisa o mapa da fig. 1 e o gráfico da fig. 2: Atum e similares Polvos Berbigão Carapau 0Ü
o
negrão CM
P. espada preto Outros Goraz
1. Verifica a legenda do mapa.

2. Identifica os três portos com maior:


Volume
a. volume de descargas, em 2017;
b. oferta de equipamentos e serviços.
Valor
3. Verifica os indicadores e a legenda do gráfico.
------------- 1------------------------ 1------------------------ 1-------------
4. Compara as espécies mais capturadas com 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100%
as que têm maior valor de mercado.
Fig. 2 Espécies com maior volume de capturas e maior valor
de mercado, descarregadas nos portos portugueses, em 2017.

VERIFICA SE

Explicar a importância das infraestruturas portuárias para a segurança dos consumidores.

AVALIAÇÃO Identificar/localízar os portos de pesca, indicando os que recebem maior volume de pescado.

Enunciar as principais espécies capturadas e desembarcadas nos portos de pesca portugueses.

100
Os recursos marítimos

Aquicultura
A aquicultura assume um papel cada vez mais relevante no volume
Aquicultura: criação ou cultura
e valor da produção, que têm aumentado, apesar da redução dlo nú­
de organismos aquáticos com
mero de estabelecimentos, cuja modernização permitiu o aumento da técnicas que aumentam
produção. Desenvolve-se em tanques, estruturas flutuantes e viveiros, as capacidades produtivas
do meio natural.
em ãguas doces, e, principalmente, em águas salobras ou marinhas,
destacando-se os estuários e as rias de Aveiro e Faro (Figs. 3 e4;.

Produção (milhares de euros)

Águas salobras
e marinhas 6375 3009 1199

Esíatfstitas da Pesca
Águas doces 676

2017. INE, 2018


R. extensiva intensivo R. semi-intensivo

Alimentação totalmente Alimentação só com Alimentos naturais


natural do meio hídrico. alimentos (rações). e compostos.

Fig. 3 Evolução da aquicultura, em Portugal. Fig. 4 Valor da produção aquícola, seguindo o regime de produção, em 2017.

Analisa os gráficos das figs. 3 e 4:

5* Descreve a evolução do número de estabelecimentos e da produção.

6, Identifica o regime com maior valor de produção, relacionando-o com as condições naturais.

A indústria transformadora do pescado


A indústria transformadora do pescado gera emprego e riqueza, so­
Produção (*1011)
bretudo no Norte e Centro, operando em três setores (Fig. sp

2018
IN E,
• Congelados (filetes, pré-cozinhados, etc.) cada vez mais consumi­

Estatísticas da Pesca 2017.


dos, pela adaptação ã vida moderna e segurança alimentar;

• Salga e secagem, com tradição no nosso país, quase na totalida­


de de bacalhau, sendo Portugal o maior consumidor mundial;
• Conservas, sobretudo de sardinha, atum e cavala. Sendo o
subsetor que menos produz, é o que mais exporta, destacan-
do-se as conservas de sardinha. As de atum são as primeiras no congelados secos e salgados e conservas

consumo interno. Fig. 5 Evolução da produção da indústria


transformadora do pescado.

Analisa o gráfico da fig. 5:

7, Descreve a evolução da produção da indústria transformadora do pescado.

VERIFICA SE SABES

avaliação
Caracterizar: a aquicultura, quanto à evolução do número de estabelecimentos e ao volume
Pp.106e107
e regime de produção; a indústria transformadora do pescado, em Portugal.
Questões 4e 5

101
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

III. Gestão do litoral e do espaço marítimo


A intensa litoralizaçao e a exploração dos recursos marinhos têm provocado problemas que
só o ordenamento do litoral pode resolver e prevenir.

Problemas Possíveis soluções

• A pressão urbana sobre o litoral, pela concentração ■ Definição de limites à construção nas zonas
da população e da atividade económica. costeiras (dimensão dos projetos, densidade
de construção e altura dos edifícios).

Exemplo:
Ericeira, uma vila
debruçada sobre
o mar.

• Redução do volume de sedimentos que chega à ■ Regulamentação das atividades com efeitos
costa, devido às barragens e à extração de areias. na linha de costa.
• Pressão humana sobre as dunas, que impede ■ Medidas de sa Ivag ua rda e co rreção das disfunções
a fixação de vegetação e a sua estabilização. territoriais, como a construção sobre dunas e arribas
• Construção sobre as arribas, estruturas em erosão, ■ Colocação de acessos pedonais sobrelevados
acelerando o seu desmoronamento e recuo. para evitar o pisoteio das dunas.
• Obras de proteção e sustentação da costa, ■ Medidas de prevenção e mitigação dos efeitos
como esporões e paredões, que induzem maior do avanço do mar e das estruturas de proteção
erosão a sul e maior acumulação a norte (Fig. 2). na dinâmica da costa.

Exemplo: Efeito da
construção de um
esporão a sul da
foz do rio Cávado
(praia de Ofir).

• Avanço do mar, pela subida do nível médio das ■ Fiscalização do tráfego de petroleiros,
águas, devido ao aquecimento global. para evitar a ocorrência de marés negras.
• A poluição marítima, pelos efluentes continentais - Monitorização do estado dos recursos piscícolas
e pelo intenso tráfego marítimo. e definição de medidas de proteção: quotas,
• A sobre-exploração dos recursos piscatórios. épocas de defeso, tamanhos mínimos, etc.

102
Os recursos marítimos

Valorização do litoral e do mar


Dada a dimensão e a importância social e económica do litoral e do mar português, ê fundamen­
tal uma gestão sustentável destes espaços, orientada pelos Planos de Ordenamento das Orlas
Costeiras (POOC) e pelo Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo (PSOEM).

O PSOEM caracteriza o espaço marítimo, no presente, e as suas


Foram definidos nove POOC, com intervenção até:
potencialidades, definindo a distribuição espacial e temporal dos
• 500 m, para o lado da terra;
usos e atividades atuais e potenciais e identificando os valores
• 30 m de profundidade, no mar.
naturais e culturais estratégicos para a sustentabilidade ambiental.

Objetivos/ações Objetivos

• Regulamentar as atividades - Reforçar a posição geopolítica e estratégica de Portugal.


e os usos da orla costeira. - Valorizar o mar na economia nacional.
• Classificar praias e regulamentar - Contribuir para a coesão nacional, reforçando a dimensão
o uso balnear. do mar português como ligação aos arquipélagos.
• Qualificar as praias estratégicas para - Valorizar Portugal como maior estado costeiro da UE.
o ambiente e o turismo. - Contribuir para o ordenamento internacional
• Defender e conservar a Natureza. da bacia atlântica.

Exemplo: POOC Caminha-Espinho Usos e atividades considerados no PSOEM


li__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d

Matosinhos • Recursos renováveis para produção de


Superfície energia eólica, das ondas e das marés.
e coluna • Atividades de recreio e turismo (mergulho,
V' Porto
de água observação de espécies marítimas, desportos
I
aquáticos, pesca desportiva, turismo balnear).

Excerto do mapa de
intervenção no âmbito
Àl Coluna • Biotecnologia marinha e investigação científica.
da prevenção e redução *** 1 de água • Cultura de organismos marinhos: aquacultura.
de riscos costeiros
e da vulnerabilidade
Fundos • Recifes artificiais, para preservar espécies.
às alterações climáticas.
marinhos • Recursos geológicos e património cultural.
e subsolos • Recursos energéticos não renováveis.

• Alimentação artificial De acordo com a Lei de Bases do Ordenamento e Gestão


• Intervenção em sistema dunar
Dragagens
do Espaço Marítimo, deve ser «promovida uma exploração
• Estrutura de defesa costeira (nova) económica sustentável, racional e eficiente dos recursos
• Estrutura de defesa costeira (reabilitação) marinhos e dos serviços dos ecossistemas, garantindo
• Retirada de construções
a compatibilidade e a sustentabilidade dos diversos usos
— Limite da área de intervenção
e atividades nele desenvolvidos» (n.D1, artigo 4.°da Lei 17/2014
de 10 de abril).

VERIFICA SE SABES
-___________ J í “
AVALIAÇAO

Identificar problemas no litoral português, referindo exemplos e possíveis soluções.

Defender a gestão sustentável da orla costeira, tendo em conta as atividades que aí se desenvolvem.

Indicar os principais instrumentos de gestão e ordenamento do litoral e do espaço marítimo.

103
TE -IA II Os recursos naturais de que a populaçao dispõe: usos, limites e potencialidades

SÍNTESE

O litoral português

Mar português - zonas marinhas Linha de costa portuguesa

T" 4:__ ■ ----


sL ---- - ...d ---- i j*--- ■ .■ — — — — —
4/
a ------ ------ .
±.

I
Mar territorial Zona contígua Mais de 800 km, só em Portugal continental.
Águas até 12 mn Das 12 às 24 mn, .............................. ................................................. . ....................
a partir da linha de ; o estado
I

Costa de praia I

■I base. Soberania costeiro pode I


: Costa rochosa
: do estado costeiro fiscalizar, a fim í Relevo baixo I

É predominante, sendo:
I i
I

I
no solo e subsolo de prevenir i com reentrâncias
I
I
I
I ; • baixa e de granito,
: marinhos e no i ou reprimir propicias à !
I
i a norte de Espinho,
i espaço aéreo ; infrações à sua deposição de I com algumas praias
i

sobrejacente. í lei. ■ areias. em costa de emersão;


I

I ! É predominante i
i
I
I
I
I

I • alta e de arribas escarpadas, ;


de Espinho a i
i

!
sobretudo de calcário,
= S. Pedro de Moei, I
i

desde a Nazaré à foz


í ZEE ; no estuário
I I
do Tejo; do cabo Espichei
í do Tejo, da foz
Do limite do mar territorial até 200 mn, à foz do Sado; do cabo
i do Sado ao cabo
reparte-se em três áreas: Continente, I I
de Sines ao de S. Vicente
; de Sines e no ■ I

I Madeira e Açores, com cerca de e no barlavento do Algarve.


I
■ I
i sotavento algarvio.
2 milhões de km2. A plataforma I
‘I
I
I

4>
4 4

continental (solos e subsolos) poderá


quase quadruplicar com a aprovação
A abrasão marinha desgasta a base das
da proposta de alargamento que
arribas, provocando o seu desmoronamento e
Portugal apresentou à ONU.

recuo, o que pode dar origem a arribas mortas.
I

Principais acidentes do litoral português


■ Ria de Aveiro - sistema lagunar, na foz do rio Vouga, separado do mar por uma extensa restinga.
■ Concha de São Martinho do Porto - pequena baía com uma estreita abertura para o mar.
■ Tômbolo de Peniche - pequena ilha uniida ao continente por um istmo de areias e seixos.
■ Estuários do Tejo e do Sado - reservas naturais de grande riqueza ecológica.
■ Ria Formosa ou ria de Faro - separada do mar por um cordão de restingas e Ilhas-barreira que
foram originadas pela acumulação de sedimentos marinhos.
I
■ Cabos que, na costa pouco recortada, servem de proteção aos portos, que se lhes situam a sul.

Fatores de abundância de pescado Em Portugal


4

; -

Aguas das plataformas continentais ■ A pequena extensão da plataforma


Maior abundância de pescado, devido à grande j i continental, estreita no litoral continental e
quantidade de nutrientes (pela luz, oxigenação quase inexistente nas regiões autónomas,
: e desaguar dos rios) e ao menor teor de sal.
L..............................................................................
não favorece a abundância de pescado
J .................... ..... ............. ....... ..... ....... ....
rB---------------------------------------------------------------------------------------- --------------------- ------------- - ------------------------------------ ------------------------------------------------------ ------------------- ——. i -------------. . ------------- _ -------- _ ------------- _ ----_.

i i

Correntes marítimas Ao largo de Portugal, de norte para sul, passa


• Na convergência de correntes de temperatura uma ramificação da deriva do Atlântico Norte
diferente há maior diversidade de espécies. - corrente de Portugal - que, por ser quente,
i • Correntes frias transportam mais nutrientes. não favorece a abundância de pescado

: Upwelling Durante o verão ocorre frequentemente


Subida de águas profundas que arrastam upweíling na costa portuguesa, o que gera
grandes quantidades de nutrientes do solo uma maior abundância e qualidade
marinho, favorecendo a abundância de pescado. do pescado nesta época do ano.

104
A atividade piscatória

■ i i*" ' l"

População ativa Frota de pesca • Embarcações


I I I I

ws • Envelhecida. I
I

I
I
■ ■ Redução, em número. : I
: • 84% com menos de 5 GT,
I J
rí i !

o U
ui b
• Baixos níveis i
i
I
i
i
i
• Reestruturação. representando 9,4% do total de
Ú3
uj EL de instrução. I -F I ■ Redimensionamento. arqueação bruta da frota nacional.
o Ui
íí F II II; ■ 2,2% com mais de 100 GT,
TI
equivalendo a 64% do total de
arqueação bruta da frota nacional.

+b
1

Costeira 1
Do largo Longínqua
• Águas interiores ou ■ Além das 6 mn, em • Além das 12 mn, noutras ZEE

u
perto da costa, por áreas afastadas ou ou em águas internacionais,
£
períodos limitados de outras ZEE, por por semanas ou meses.
Q-
(por dia ou por ano). várias horas ou dias. • Embarcações de grande
* -> A
T3
• Barcos pequenos ■ Embarcações de dimensão com meios
0 e artes de pesca modernos de deteção,
o_ maior dimensão, com
1- artesanais. meios modernos captura e conservação.
>
• Captura de espécies de deteção, captura • Pode ter apoio de
com valor elevado. e conservação. um navio-fábrica.
1

Tem-se registado uma modernização das: Regulamentação e fiscalização que


■ infra estruturas e serviços, para garantem a qualidade do pescado.
garantir boas condições de descarga,
manuseamento, higiene e conservação i .
I
b

do pescado; I I
Destacam-se as descargas de
■ lotas, equipadas com sistemas que cavala e sardinha, espécies mais
tornam a venda do pescado mais rápida capturadas, tendo maior valor o
e transparente. polvo, a sardinha e o atum.

Gestão dos recursos marítimos

i a-a-rs-a-a rrrswa awa-s-a-a a-a-rnva ■ a-a-B-a-a b-b-bbib-b a a-a-Bwwa a-a-E-a-aa a-a-EB-aa a-a-EB-aa wb-bbbb b-b-9-bbb b-kbbbb bb-b-b,
I
I

Problemas... I
I
I
Instrumentos de gestão sustentável
• Pressão urbana sobre o litoral.
I
• POOC - tem como objetivos:
• Redução do volume de sedimentos.
- regular as atividades e usos da orla
• Pressão humana sobre as dunas.
1
costeira e os usos balneares;
• Construção sobre dunas e arribas.
- classificar as praias e qualificar as que são
• Obras de proteção e sustentação da costa.
estratégicas para o ambiente e o turismo.
• Avanço do mar pela subida do seu nível médio, i
• PSOEM - tem como objetivos:
• Poluição marítima e sobre-exploração.
I
- reforçar a posição geopolítica
... e soluções e estratégica de Portugal;
I
1
- valorizar o mar na economia nacional;
• Delimitar a construção nas zonas costeira.
I
- contribuir para a coesão nacional,
• Regulamentar as atividades que afetam o litoral.
I
reforçando a dimensão arquipelágica
• Construção de acessos pedonais sobrelevados.
do mar português;
• Medidas para evitar e corrigir disfunções - valorizar Portugal como maior estado
territoriais.
costeiro da UE;
• Medidas de prevenção do avanço do mar. - contribuir para o ordenamento
• Medidas de proteção da natureza e dos internacional da bacia atlântica.
recursos.

105
TEMA II Os recursos naturais de que a população dispõe: usos, limites e potencialidades

Avaliação

L Seleciona a letra da chave que corresponde a cada uma das afirmações.

Afirmações Chave

1 Extensão da placa continental submersa cuja profundidade não A. Costa de emersão


ultrapassa os 200 metros.
B. Abrasão marinha
2. Atua a mais de 12 nin, em águas internacionais e ZEE estrangeiras,
com embarcações de grande dimensão.
C. Mar territorial
3. Áreas da costa que já estiveram submersas e, devido a uma regressão
marinha, hoje estão emersas. D. Plataforma
4. Parte da corrente quente do golfo que se desloca para NE. continental
até à Irlanda, onde se ramifica, dirigindo-se uma parte para Portugal.
E. Arqueação bruta
5 Espaço marítimo, até 12 mn, que inclui o espaço aéreo sobrejacente e
que está sob soberania do Estado costeiro.
F. Pesca longínqua
6. Erosão marinha reforçada pelo arremesso de areia e fragmentos
rochosos contra as arribas vivas. G. Deriva do Atlântico
7. Volume interno de um navio, medido em GT. Norte

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes.

1* No litoral continental, predomina a costa de praia e há menor extensão de costa de arriba.

2. Na linha de costa portuguesa, tanto continental como insular, porque é muito recortada, há boas
condições para a instalação de portos de mar.

3. Os fragmentos rochosos acumulados na base da arriba são a plataforma de abrasão


e os que ficam sempre submersos constituem a plataforma de acumulação.

4. A ria de Aveiro formou-se pelo recuo do mar e pela acumulação de sedimentos do rio Vouga.

5. Na confluência de uma corrente fria com uma quente, há menor quantidade de fauna marinha,
devido às diferenças de densidade e temperatura.

6 As zonas do mar com maior abundância de pescado são as plataformas continentais, devido
ás boas condições de luminosidade, salinidade, oxigenação e nutrientes.

A estrutura etária e a preparação profissional dos ativos


da pesca explicam que 50% da frota portuguesa tenham
mais de 5 GT de arqueação bruta.

8, A pressão urbana visível na fíg. 1 não está associada ao


processo de litoralização.

9. As estruturas de proteção da costa, como os paredões


e esporões, induzem maior erosão nas praias que lhes
ficam a sul.

10.0 PSOEM caracteriza o espaço marítimo, definindo a


distribuição espacial e temporal dos usos e atividades
atuais e potenciais.

11, Em Portugal, estão em vigor 12 planos de ordenamento


das orlas costeiras (POOC).

Fig, 1 Vista de Sesimbra.

106
Os recursos marítimos

IIL Seleciona a leira da chave que complela correiamente cada uma das afirmações*

1* Podemos destacar como áreas de costa de praia, em Portugal:

A* o barlavento e o sotavento algarvios. C* de Espinho a S. Pedro de Moei.


B* a orla entre a Nazaré e a foz do Tejo. D* do cabo da Roca aoestuário do Tejo.

2* O tipo de pesca que captura espécies de grande valor unitário de mercado é a:

A* pesca costeira. C* pesca longínqua.


B* pesca polivalente. D* pesca do largo.

3. O porto de pesca que oferece maior número de serviços e ínfraestruturas é o de::

A* Figueira da Foz. C* Sesimbra.


B* Peniche. D* Matosinhos.

4* As duas regiões com maior produção e valor de produção em aquicultura são:

A* Lisboa e Algarve. C. Algarve e Centro.


B. Alentejo e Algarve. D. Algarve e Norte.

5* Entre as medidas planeadas pelos POOC para valorização das zonas costeiras, encontram-se:

A, a construção de empreendimentos turísticos e parques de estacionamento perto das praias,


para atrair mais visitantes e dinamizar a economia local.
B* a construção de passadiços sobrelevados para proteger sistemas dunaires e a alimentação
artificial de praias que estão a perder areia.
C. a construção de esporões de grande dimensão, para reduzir os areais das praias mais
a norte, sobretudo em áireas onde se praticam desportos náuticos.
D* permitir a urbanização e a implantação de todas as atividades ligadas ao mar, económicas
ou de lazer, para atrair e fixar a população.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Indica os efeitos que as características da linha de costa portuguesa têm na pesca.

2* Explicita o significado de upwelling, relacionando-o com a época de maior consumo de


sardinha, em Portugal.

3. Explica a redução do número de embarcações da frota de pesca portuguesa.

4. Justifica a distribuição regional dos estabelecimentos e do valor da produção da aquicultura.

5. Caracteriza a indústria transformadora do pescado, em Portugal.

6. Desenvolve a afirmação: «A economia portuguesa pode ter uma forte componente marítima».

7. Equaciona a importância dos instrumentos de gestão do litoral, tendo em conta os principais


problemas e a sua resolução.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2010 - 2.a fase, grupo II Exame 2014 - Ia fase, grupo V Exame 2018 - 2? fase, questões 14 a 16

Exame 2011 - 2.a fase, grupo V Exame 2015 - 2.afase, grupo I Exame 2019 - Ia fase, questões 1 e2

Exame 2013 - 1.a fase, grupo II Exame 2017 - 1a fase, grupo II Exame 2019 - 2.a fase, questão 14

Exame 2013- 2a fase, grupos II eV Exame 2018 - 1.a fase, questão 15

107
Parte II

f 11.° ANO
Tema III
Os espaços organizados pela população:
áreas rurais e urbanas
1. As áreas rurais em mudança
2. As áreas urbanas: dinâmicas internas

i 3. A rede urbana portuguesa

Tema IV
A população: como se movimenta e comunica
1. Os transportes e as comunicações

Tema V
A integração de Portugal na União Europeia:
novos desafios, novas oportunidades
1. Portugal na União Europeia
Tema III

SUBTEMA1 L Os sistemas agrários

II. A agricultura portuguesa


e a PAC
As áreas rurais III. Novas oportunidades
do espaço rural
em mudança

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Descrever a distribuição de diferentes variáveis que caracterizam as regiões agrárias, re(acionando-
-as com fatores físicos e humanos.
• Problemas estruturais; analisar os principais constrangimentos ao desenvolvimento da agricultura
portuguesa no domínio da produção, da transformação e da comercialização dos produtos, relatan­
do exemplos concretos de deficiências estruturais do setor
• Equacionar os desafios que a concorrência internacional e a Política Agrícola Comum (PAC) colocam
à modernização do setor.
• Explicar os reflexos da PAC e das respetivas reformas na agricultura portuguesa. Discutir formas de
desenvolver e modernizar o setor agrário.
• Equacionar oportunidades de desenvolvimento rural, relacionando as potencialidades de aproveita­
mento de recursos endógenos com a criação de polos de atração e sua sustentabilidade.
• Divulgar exemplos concretos de ações que permitam a resolução de problemas ambientais e de sus­
tenta bil idade no espaço rural, revelando capacidade de argumentação e pensamento crítico.

Q Termos e conceitos

- Desenvolvimento - Indústria - Pluríatividade - Região agrária


sustentável agroalimentar
- Política Agrícola - Superfície Agrícola
- Emparcelamento - Paisagem agrária Comum (PAC) Utilizada (SAU)

- Espaço rural - Património cultural - Produtividade - Turismo em Espaço


paisagístico agrícola Rural (TER)
- Estrutura agrária
As áreas rurais em mudança

I. Áreas rurais, em Portugal


As áreas rurais ainda têm uma função económica importante, mas são, principalmente, áreas
de grande relevância social e ambiental, pelo papel que desempenham como:

• áreas produtoras de matérias-primas e de alimentos;

• espaços de contato e interação com a Natureza e o património paisagístico, cultural


e de grande diversidade de tradições;

• áreas onde é Imprescindível a preservação dos solos, dos recursos hídricos e do equilíbrio
das florestas e da biodiversidade.

Esta multifuncionalidade do espaço rural associa-se Perfis territoriais de diversidade económica:


à diversificação de atividades económicas que, aliadas indicam a importância dos diferentes setores
à agricultura, estão a ser fatores de mudança e susten- para a economia do concelho.

tabilidade.
Síntese dos perfis
territoriais de diversidade
Os perfis territoriais de diversidade económica permi­ económica:

tem verificar que as atividades associadas à agricultu­ 1 ■■ Serviços coletivos


e às empresas,
transportes
ra e à floresta se desenvolvem, sobretudo, nas regiões e logística
autónomas e no interior do continente, embora tam­ 2 Comércio,
serviços coletivos
bém detenham importância em muitos concelhos do e ãs empresas
3 1 Indústria e serviços
litoral (Doc. 1 e Fig. 1). 4 Silvicultura,
indústrias da madeira
e cortiça
Doc. 1 Áreas rurais, espaços de interação 5 Agricultura,
agroalimentar,
construção,
A agricultura, enquanto ramo da atividade económi comércio
e serviços
ca, tem características únicas que resultam da interação 6 Agroflorestal,
entre fatores físicos, biológicos e humanos, numa lógica agroalimentar,
comércio, serviços
de sistema primário, que abastece de matérias primas e construção
outros setores como a indústria, o comércio, a restaura 7 M Agricultura.
ção e o turismo. agroalimentar,
comércio
e serviços
Geram se, assim, fluxos de materiais e energia a que

PNPOT D.fcg.oósflco, DGT, 2 Cd8


----- NUTSIII
se associa a articulação entre produtores e consumi
dores e entre as áreas predominantemente urbanas
R. A. Açores
e os espaços marcadamente rurais.
Território Portuguí - onde o país encontra o futuro, R. A. Madeira
PNPOT, DGT, 2018 (adaptado)

Fig.1 Perfis territoriais de diversidade económica, em Portugal.

Analisa o doc. 1 e o mapa da fig. 1:

1. Lê o documento 1 e verifica a fonte e a data.

2. Identifica as duas ideias fundamentais sobre as áreas rurais.

3. Verifica, na legenda da figura 1, os perfis associados ao espaço rural.

4. Identifica as NUTS III onde a maioria dos concelhos apresenta esses perfis.

5. Sugere quatro exemplos de serviços desenvolvidos nas áreas rurais (dois de apoio a população
e dois de apoio às atividades económicas).

6. Explica o facto de vários concelhos do interior se apresentarem com o perfil 2 - comércio,


serviços coletivos e às empresas mais característico dos espaços urbanos .

111
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

As regiões agrárias portuguesas: características e fatores


A significativa diversidade de paisagens rurais re­
flete a influência e interação de:

• fatores naturais - o clima, o relevo e a geomorfo- R, A. Açores Entre Trás-os-


Douro e -Montes
logia, cuja interação influencia as disponibilida­ Minho

des hídricas e a qualidade dos solos; 0


• fatores humanos - a ocupação humana e a evo­
Beira
lução histórica, cultural e tecnológica, que influen­ 0 20 km Litoral
Beira
ciam o uso e a organização dos territórios rurais. Interior

As regiões agrárias (RA) foram definidas com base


nas características resultantes de todos esses fa­
tores e, apesar de já não terem existência jurídico- Ribatejo
e Oeste
-administrativa (desde 2013), ainda são utilizadas
para estudar a diversidade das áreas rurais (Fig. 1). R, A. Madeira
Alentejo

Analisa o mapa da fig. 1:


0 50 km
1. Indica o número de regiões agrárias.
Algarve
2. Identifica a regíào agrária em que a tua escola se
insere.
Fig, 1 Regiões agrárias portuguesas.

R.A. Características naturais Fatores humanos

Relevo e solos Grande fragmentação da


■ Planícies aluviais no llitoral, com solos férteis, propriedade, resultante:
sobretudo nos vales inferiores do Vouga • do caráter anárquico do
e do Mondego. processo da Reconquista,
■ Socalcos, de solos férteis e irrigados, nas encostas que levou ao parcelamento
Entre Douro de menor altitude das montanhas do noroeste (EDM) das terras, pelo clero e pela
e Minho (EDM) e centro de Portugal (BL). nobreza;
e ■ Áreas mais altas das montanhas, com solos pobres. • do sistema de partilha de
Beira Litoral heranças, que distribuía as
Clima
(BL) terras por todos os filhos;
■ Temperatura amena, suave no inverno e pouco mais
alta no verão, com baixa amplitude térmica anual. • da elevada densidade
■ Precipitação abundante, mais elevada no inverno populacional.
e diminuindo de norte para sul.
■ Grande humidade relativa durante todo o ano.

4/

Condições edafoclimáticas propícias: Explorações agrícolas:


■ a grande variedade de culturas de regadio (hortícolas, • em grande número;
Pouco
milho, prados naturais de criação de bovinos, etc.); • de pequena dimensão;
sujeitas
• à viticultura: • com mão de obra
a geada
e secas * à fruticultura. predominantemente familiar.

112
As áreas rurais em mudança

R.A. Características naturais Fatores humanos

Relevo • O fraco povoamento


- Extensas áreas planálticas, onde predominam solos originou uma tradição de
pouco férteis e se destaca o vale encaixado e profundo partilha comunitária das
do Douro e seus afluentes. tarefas agrícolas e, por
Trás-os- vezes, da propriedade.
- Montanhas da cordilheira Central, com solos pobres,
-Montes (TM) na Beira Interior, onde se destacam a serra da Estrela, • O êxodo rural e a emigração
e e o vale abrigado da Cova da Beira, mais fértil. deixaram a população
Beira Interior envelhecida, condicionando
(BI)
Clima
a modernização agrícola.
- Temperatura baixa no inverno, com neve e geada
frequentes, e mais alta no verão, prolongado • Recente investimento
e inovação em produções
- Precipitação mais frequente no inverno, e abundante
regionais.
nas áreas mais altas, mas escassa no verão,
principalmente no vale do Douro.
4-
Sujeitas Condições edafoclimáticas propícias: Explorações agrícolas:
a geadas - à viticultura, com destaque para o Douro Vinhateiro; • em menor número;
(inverno) - á olivicultura, com grande produção de azeite; • de pequena e média
e a secas - aos frutos de casca rija (TM) e à fruticultura (BI); dimensão;
e granizo • com predomínio de mão
- ã criação de gado ovino e caprino, bem adaptado
(verão). de obra familiar.
a relevo acidentado e a solos pobres.

Relevo • No RO, proximidade de


- No Oeste, dominam colinas de vertentes recortadas por grandes áreas urbanas.
vales irrigados pelas ribeiras, com solos férteis, • No Alentejo, fraca
- No Ribatejo, destaca-se a extensa planície aluvial do densidade populacional.
Tejo, com solos de grande fertilidade. • Processo de Reconquista
- No Alentejo, a pene planície estende-se até à serra ordenado, com doação de
Regiões algarvia, com solos de pouca fertilidade natural. vastos domínios a ordens
do sul do país: - Planície litoral algarvia, com solos férteis. religiosas e militares
Ribatejo e e à nobreza.
Oeste (RO), Clima
• Mecanização agrícola
- Temperatura suave no inverno e alta no verão
Alentejo desde meados do século XX
sobretudo no interior alentejano e no Algarve.
e Algarve (RO e Alentejo).
- Amplitude térmiica anual baixa no Oeste e no litoral
• Criação da Companhia
alentejano; alta no interior do Alentejo.
das Lezírias (Ribatejo).
- Precipitação:
• Barragem do Alqueva
- relativamente abundante no inverno e grande
e seu perímetro de rega.
humidade relativa, no Ribatejo e Oeste;
- fraca no Alentejo e Algarve, com verões longos e secos
sk

Condições edafoclimáticas propícias: Explorações agrícolas:


■ às culturas de regadio (hortícolas, tomate, melão, etc.), fruticultura, • em menor número
viticultura, etc., no Ribatejo e Oeste; e de grande e muito
■ à olivicultura e viticultura, aos cereais de sequeiro, às culturas industriais grande dimensão;
e, recente mente, grande diversidade de culturas de regadio • de menor dimensão,
e de fruticultura, no Alentejo; no Algarve.
■ aos produtos hortícolas, frutos secos e citrinos, no Algarve.

Nas regiões autónomas, o relevo acidentado - sobretudo na Madeira a amenidade e humi­


dade do clima e a fertilidade dos solos vulcânicos são propícios:

• nos Açores, ã criação de bovinos, associada aos prados naturais; sendo a única região
do país com produção de ananás (em estufa) e de chá (agricultura de plantação);
• na Madeira, à viticultura e ã produção de banana (na vertente sul, mais quente).

113
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

O espaço rural e suas componentes


O espaço rural ocupa grande parte do território português. Nele destaca-se o espaço agrário,
onde sobressai o espaço agrícola e, neste, a superfície agrícola utilizada (SAU).

Espaço agrário Outras ocupações

Áreas ocupadas com produção agrícola (vegetal e animal), pastagens florestas,


habitações dos agricultores, infraestruturas e equipamentos da atividade agrícola
- caminhos, cainais de rega, estábulos, palheiros, etc.
4/ 4^

Espaço agrícola + Outras ocupações

Área utilizada para a produção vegetal e/ou animal.

Superfície agrícola utilizada (SAU) Outras ocupações Espaço rural: território


que não é ocupado por
Áreas efetivamente ocupadas com culturas. áreas urbanas.

Terras aráveis - culturas temporárias Culturas Pastagens


Horta familiar
(menos de 5 anos) permanentes permanentes

Terras com culturas vegetais, em Ocupam as terras por Áreas semeadas Área cultivada com
pousio ou mantidas em boas condições mais de 5 anos, com por mais de 5 anos, produtos hortícolas
agroambientais. repetidas colheitas. com espécies que e/ou frutos que
Áreas de estufas ou cobertas por estruturas Por ex.: vinha, olival, se destinam ao se destinam ao
fixas ou móveis. pomar, etc. pasto de animais. autoconsumo.

A distribuição da SAU Distribuição regional Variação


da SAU (2016) da SAU média
por exploração,
Devido ao relevo e à ocupação humana, a distribuição ______ Açores de 2009
Algarve r 3.4% a 2016 (ha)
da SAU apresenta um contraste bem evidente: Madeira
0,1%
Norte
• a Madeira, o Norte (EDM e TM) e o Centro (BL 17.9% r- *
lOpoérífo ds Exp .tra çõ e s Agrícolas 2016. INE, 2018

Centro
r
e BI), com grande número de explorações de pe­ 16,1%
/ SAU média por
Alentejo A.M. exploração (ha)
quena dimensão, detêm menor área de SAU; 57.7% i
X±ist2aa Centro
2,1% —r-------- "
• no Alentejo, um menor número de explorações
de grande dimensão ocupa mais de metade
da SAU nacional.
Número de

Analisa a fig. 1:

1. Descreve, justificando, a distribuição regional da SAU.

114
As áreas rurais em mudança

Características das explorações agrícolas Doc. 1 Explorações agrícolas

Em Portugal, ainda predomina a pequena dimensão, sendo


Em 2016, contaram se 259 mil expio
o Alentejo a única região com explorações verdadeiramente rações, menos 5,4 mil do que em 2013 e
de grande dimensão. Porém, tem-se registado: menos 46,3 mil face a 2009.
A SAU não registou alterações; man
• uma redução do número de explorações (Doc.1);
tém se nos 3,6 milhões de ha (39,5% da
• uma manutenção da área de SAU total; superfície territorial nacional).
• um aumento da dimensão média das explorações. A estrutura fundiária das explorações
agrícolas melhorou com o aumento da di
mensão média, de 12,0 ha em 2009 para
Analisa o doc. 1: 14,1 ha em 2016.
2. Associa cada aspeto referido anteriormente ao correspon­ inquérito â estrutura das explorações
dente parágrafo do doc. 1. agrícolas 2016, INE, 2017 (texto adaptado)

As paisagens rurais
As explorações agrícolas (dimensão e forma), os sistemas de cultura (formas de cultivo) e o
povoamento rural (disposição das habitações no espaço) originam as paisagens agrárias.

- Sistema intensivo - solo totalmente ocupado durante todo o ano.


’ Sistema extensivo - não há ocupação permanente do solo e, geralmente, pratica-se
a rotação de culturas, por vezes com recurso ao pousio.

Quanto à variedade, as culturas podem ser cultivadas em regime de:


’ policultura - mistura de culturas no mesmo campo, geralmente praticada em áreas de solos
—> férteis e bem irrigados;

II - monocultura - cultivo de um só produto no mesmo campo, associada a solos mais pobres,


ou, atualmente, à moderna produção de mercado.

Quando à necessidade de rega, são de:


- regadio - precisam de rega regular; Em Portugal, de um modo geral:
- sequeiro - precisam de pouca água. - o sistema intensivo associa-se
à policultura e ao regadio, em
campos de pequena dimensão,
Dimensão - pequena, média ou grande. irregulares e fechados, e ao
povoamento disperso, sobretudo
Forma - regular ou irregular. —
no noroeste (EDM e BL) e na Madeira;
Vedação - abertos (sem) ou fechados (com).
- o sistema extensivo associa-se
à monocultura e ao sequeiro, em
campos de grande dimensão,
Concentrado - em aldeias. regulares e abertos, e ao
Disperso - casas dispersas pelos campos. povoamento concentrado,
Misto - mistura das duas formas anteriores. sobretudo no Alentejo, TM e BL

VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

Pp.134e135
GRUPO I: Questões 1 e 2
Descrever e explicar a distribuição da SAU e do número e dimensão média das explorações.
GRUPOU: Questões 1a 7

Caracterizar as paisagens agrárias portuguesas e a sua distribuição espacial. GRUPO III: Questão!
GRUPO IV: Questões! e 2

115
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

Tab. 1 População agrícola familiar - PAF


Problemas estruturais (2016).
F-----------------
do setor agrícola Proporção Variação
PAF
da população 2009-2016
As áreas rurais ainda apresentam (2016)
total (%) (%)
fragilidades e constrangimentos
Portugal 6,1 -20,8
que dificultam o seu desenvolvi­
Norte 6.8 -19,7
mento e se associam, principal­
mente, ao: Centro 9.5 -20,3

• despovoa mento, devido ao êxo­ AM Lisboa 0,4 -34,4

do rural e à emigração (Fig. 1); Alentejo 10,0 -22,8


• envelhecimento demográfico
Algarve 5J -13,3
da população (Fig. 2);
Açores 11,5 -33,9
• baixo nível de instrução e de

PNPO77 Dtog nó s tico. DGT. 2018


formação dos produtores (Fig. 2). Madeira 13.8 -14,0

frKjuénto ós Explorações Agrícolas 2016. INE, 2018

Possível despovoamento
Despovoamento
Analisa a tab. 1 e o mapa da fig. 1:
Forte despovoamento
Muito forte despovoamento
1. Identifica as NUTS III com despovoamento forte e muito forte.
------ NUTS III

2. Indica como variou a população agrícola das NUTS II, de 2009 a 2016.
Fig. 1 Tendências demográficas e
população agrícola familiar (2016).

População agrícola familiar Formação agrícola dos produtores

Formação
prof. agrícola
56%

Nível de escolaridade dos produtores Estrutura etária dos produtores


< 40 anos
4%

> 65 anos
55%
40 a 65 anos
41%

Ag. 2 Características da população agrícola familiar e dos produtores (2016).

Produtor agrícola: responsável jurídico


Analisa os gráficos da fig. 2:
e económico pela exploração.
3. Verifica os indicadores e a legenda de cada gráfico População agrícola familiar: o produtor
e caracteriza a população agrícola. agrícola e os elementos do seu agregado
familiar, trabalhem ou não na exploração.
4. Relaciona o nível de escolaridade com a estrutura etária.
Produtividade: relação entre a produção
(volume ou valor) e a mão de obra.

116
As áreas rurais em mudança

Principais problemas e constrangimentos para a agricultura

1. População agrícola envelhecida, com pouca instrução 2. Predomínio de explorações agrícolas de pequena
e pouca formação, o que dificulta: dimensão, exceto no Alentejo, o que prejudica:
• a inovação e a modernização da produção; • o investimento na formação profissional e em
a adaptação às normas comunitárias e o acesso aos tecnologia (sistemas de rega, máquinas, etc.);
apoios financeiros europeus; • a modernização das práticas agrícolas e a
a organização e a integração no mercado nacional produtividade agrícola;
e internacional; • a especialização da produção;
a diversificação das atividades lucrativas das explorações, • a capacidade de negociação no mercado.
'k T
3, Contribuem paia a pequena dimensão económica da maioria das explorações, que
tem como efeito uma fraca capacidade de autofinanciamento e de acesso ao crédito

Exemplos N.° de Dimensão média Volume de negócios Volume de negócios por Valor acrescentado bruto
{2017) explorações (ha/exploração) total (xlOOO €) exploração (xlOOO €) (xlOOO €)

Norte 95 878 6,8 1 058 471 11 000 432 484

Alentejo 35 666 58,9 1 959 476 54 900 332 855

Inquérito ás Explorações Agncakjs 2017 e Anuários Esfcrtsficas Regionais 2017, INE. 201S

Analisa a tab. 2:

5* Compara o número e a dimensão das explorações do Norte e do Alentejo.

6. Relaciona as diferenças que encontraste com:


a. o volume de negócios, total e por exploração;
b. o valor acrescentado bruto.

4. Fraca capacidade competitiva nos mercados nacional, europeu


e mundial dos produtores portugueses, devido:
■ à pequena dimensão do país e das empresas agrícolas, que Territórios
concorrem com outras de maior dimensão e que praticam preços artificializados
inferiores;
Agricultura
■ a políticas pouco eficazes na promoção de marcas e produtos
alimentares portugueses. Pastagens
Direção Geral do Território, 2019

Sistemas
5. Reduzida área de solos com boa aptidão agrícola e o seu uso agroflorestais
inadequado - solos bons para a agricultura são usados para outros
fiins e muitas explorações encontram-se em solos com fraca aptidão Floresta

agrícola (Fig.3).
Matos

NUTSIII
6. Fraca ligação da produção agroflorestal à indústria transformadora,
perdendo valor acrescentado.
Fig. 3 Ocupação principal do solo, por
município (2015).

VERIFICA SE SABES
AVALIAÇÃO

Pp.134e135
Explicar os principais problemas estruturais e constrangimentos da agricultura portuguesa.
GRUPO IV:
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

A produção agrícola em Portugal


A evolução do valor da produção agrícola, de que
o ramo vegetal representa 60%, tem uma tendên­
cia crescente, refletindo a modernização agrícola e
também a influência das condições naturais:

• oscilações da produção, pelas diferenças interanuais


de temperatura e precipitação (Fig. 1);

• em cada região, sobressaem as culturas melhor


adaptadas às condições edafoclimáticas (Fig. 2).

Fig. 1 Evolução do valor da produção agrícola, em Portugal.

Norte
Hortícolas - 7% Outros
Azeitona (mesa e azeite)
Milho/grao
Azeitona de mesa Frutos frescos
e para azeite - 7% Batata
IJva ímesa e vinho)
Milho-6% Milho forrageiro 1568
Centro
Outros
Frutos frescos - 5% Azeitona
Uva (mesa e vi nhn)
Batata
Frutos frescos
Batata - 4% Milho/grao
Milho forrageiro
_______ Citrinos -3% A. M, Lisboa
Outros
_________ Arroz -1% Arroz
Outros cereais* - 1% Uva de mesa
Batata
Outros** -1% Tomate (indústria)
Alentejo
Outros
Uva
Milho forrageiro
* Trigo, centeio, aveia, triticale. Aveia forrageira
Azeitona

Estatfsflcas aa Agricultura 2017, INE, 2018


“ Girassol, leguminosas, frutos de baga, casca rija e subtropicais. Milho/grao
Tomate (indústria) 1276
Algarve
Outros
Frutos frescos
Distribuição da produção vegetal por região Citrinos
R. A. Madeira
Outros ta 33
Cana-de-açúcar Hl
Batata-doce |
Banana
Batata |
Uva 1335
H, A- Açores
Outros 8
Banana S
Beterraba
Batata
Milho forrageiro 317
Quantidade produzida (* 1031)

Fig. 2 Principais produções vegetais, em Porugal (A) e por regiões iB). e contribuição regional para o total nacional (C).

Analisa os gráficos das figs. 1, 2 e 3:


2017, INE, 2013

1. Verifica a legenda de cada figura.

2. Compara, na fig. 1, a evolução do valor da produção


vegetal e animal.
E strtfsíjta s da Agricultura

3. Identifica, na fig. 2, as três culturas mais produzidas:


a. em Portugal; b. em cada região.

4. Explica o destaque do Alentejo na produção nacional.

5. Identifica o tipo de gado dominante em cada região.

Fig. 3 Principais produções animais, por regiões e em


Portugal (2017).

118
As áreas rurais em mudança

Nas últimas décadas, deu-se uma evolução muito posi­


Produção especializada: mais de 2/3 do Valor
tiva, que tem vindo a mudar as paisagens agrárias e a
Produção Padrão Total (VPPT) da exploração
tornar o setor agrícola economicamente mais viável e provém apenas de uma atividade ou Orientação
atrativo. Uma dessas alterações é a especialização pro­ Técnico-Económica (OTE).

dutiva (Tab. 1), praticada na larga maioria das explorações


(Fig. 4). A especialização tem vantagens significativas:

• simplifica o trabalho agrícola;

• exige menor diversidade de tecnologias;

• reduz os custos de produção;

• aumenta a produtividade e o rendimento dos


agricultores;

• aumenta a dimensão económica da exploração (Fig. 5).

Tab. 1 Tipo de explorações (2016)


0 20 km

Explorações Número VPPT nacional (%)]


Exploração
Especializadas 181 901 88.1 especializada em:

Viticultura
Mistas 75 854 11,8 • Fruticultura
« Frutos de casca rija
Não classificadas 1 228 0.1 • Citrinos

2011
Cerealicultura
Inquérito às Exploroçoes Agricolas 2016. INE. 2018
• Horticultura intensiva

ffecenseam enío Agrícola 2009, INE,


e floricultura
• Horticultura extensiva
Analisa a tab. 1 e o mapa da fig. 4: Olivicultura
Orizicultura
6. Indica, a partir da tab. 1, o número de explorações es­ • Bovinos de carne
pecializadas e a sua contribuição para o VPPT nacional. • Bovinos de leite
• Suinicultura
7. Verifica a legenda do mapa. Avicultura
o Ovinos, caprinos e
8. Identifica as OTE mais importantes em cada região diversos herbívoros
agrária.
Fig. 4 As principais OTE da produção agrícola,
9. Explica a OTE predominante: em Portugal (2009 - último recenseamento agrícola).

a. nos Açores; b. no interior do continente.

Inquérito às Explorações Agrícolas 2016, INE, 2018


Número de explorações Distribuição do VPPT
por dimensão económica (*103) das explorações em Portugal,
por dimensão económica

Analisa o gráfico da fig. 5:

10. Verifica a legenda do gráfico.

11. Justifica a diferença regional relatívamente às explora­ Explor. muito pequenas


(< 8000 € VPPT)
ções de grande dimensão económica. £"• Explorações pequenas
<8000 a < 25 000 € VPPT|
12. Explica o contributo das explorações de grande dimen­ ■ Explorações médias
(25 000 a <100 000 € VPPTi
são económica para o VPPT nacional.
_j Explorações grandes
£ 100 000 € VPPT)

Fig. 5 A dimensão económica das explorações (2016).

VERIFICA SE SABES
AVALIAÇÃO

Analisar mapas e gráficos sobre a produção agrícola, animal e vegetal.

Relacionar a dimensão económica com a especialização das explorações.

119
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

II. A Política Agrícola Comum PAC: conjunto de diretivas, normas


e apoios definidos para o setor
A nossa adesão à União Europeia (então CEE), em 1986, implicou agrícola e espaço rural da União
Europeia.
também a integração na Política Agrícola Comum (PAC).

PAC - do crescimento agrícola ao desenvolvimento rural

1957 - Tratado de Roma - criação da PAC > Objetivos da PAC

• Garantir o abastecimento
dos mercados, aumentando
1962 - Primeiras medidas, baseadas em três princípios ou pilares:
a produção e a produtividade.
1.° Unicidade 2.° Preferência 3.° Solidariedade • Garantir um rendimento
de mercado comunitária financeira estável aos agricultores, com
>k preços mínimos garantidos
Projeto de mercado - Preços mínimos nas ■ Criação do FEOGA para cada produto.
único agrícola. importações agrícolas. (Fundo Europeu • Estabilizar os preços para
Uniformização de - Subsídios à exportação de Orientação e os consumidores.
técnicas e normas para tornar os preços Garantia Agrícola), • Elevar o nível da vida rural.
no setor agrícola. mais competitivos. que financia a PAC.

Primeiros 20 anos de implementação da PAC

Progressos alcançados Novos problemas


• Grande aumento da produção, com novas ’ Excedentes agrícolas, que desequilibraram os mercados,
técnicas e uso de fertilizantes artificiais. pois a oferta tornou-se superior à procura.
• Aumento da produtividade e do rendimento ’ Aumento do peso da PAC no orçamento da CEE (mais
pela mecanização, que reduziu a mão de obra. de 80%), com os subsídios (armazenamento, preços
• Desenvolvimento de novas tecnologias garantidos aos agricultores, subsídios às exportações).
e da investigação científica. - Problemas ambientais, pelo uso intensivo de produtos
• Melhoria do nível de vida dos agricultores. químicos (fertilizantes, inseticidas, herbicidas, etc.).

• 1992 - Primeira reforma da PAC Integração da agricultura portuguesa na PAC


Novos pilares
’ Acordos de pré-adesão - 1977 Apoios à
1.° Reequilíbrio da 2.° Preservação ■ Adesão de Portugal à CEE - 1986 integração
oferta e da procura do ambiente - Fraca produtividade agrícola. • Condições
- Técnicas pouco desenvolvidas. especiais.
- Investimento muito reduzido. - Integração
• Continuação do sistema de quotas faseada.
- População agrícola muito pobre.
(limites à produção, desde 1984) e do I
- Pouca experiência no comércio
set-aside (retirada de terras da produção,
internacional. PEDAP: Programa
desde 1988).
' Dificuldades acrescidas Específico de
• Diminuição dos preços garantidos. Desenvolvimento
- As medidas da reforma de 1992
• Ajudas desligadas da produção e impediram o aproveitamento da Agricultura
direcionadas para culturas industriais total da capacidade de Portuguesa.
ou energéticas. xk
desenvolvimento, pelos limites
• Incentivos à pluriatividade e à reforma impostos à produção.
antecipada dos agricultores. - Mercado Único (1992) expôs PAMAF: Programa
de Apoio à
pre matura mente os agricultores
• Promoção do pousio temporário. Modernização
portugueses à livre concorrência.
• Incentivos à agricultura biológica e à silvicultura. Agrícola e Florestal.

120
As áreas rurais em mudança

1999 - Reforço das medidas da reforma de 1992 e redefinição dos pilares da PAC
4 4
1.° Equilíbrio dos mercados 2? Desenvolvimento rural com base na sua multifuncionalidade: económica,
(redução de excedentes) social, ambiental e de ordenamento do território

2CD3 - Segunda reforma da PAC: mantém os pilares e introduz alterações

4 4 4
Orientação para a procura Pagamento único por exploração Princípio da condicionalidade
Liberdade para os agricultores Os agricultores recebem um só As ajudas financeiras passam
produzirem de modo a responder pagamento, desligado do volume a depender do cumprimento
à procura dos mercados. da produção. das normas ambientais.

2009 - “Exame de Saúde da PAC*5: realça os novos desafios que exigem adaptação da PAC

Alterações Proteção da Promoção da Energias Reestruturação


Gestão da água
climáticas biodiversidade inovação renováveis do setor leiteiro

2013 - Terceira reforma da PAC: mantém os pilares e aprofunda os objetivos e as medidas para responder
aos desafios no “Exame de Saúde da PAC"

Principais objetivos

4 4
Simplificar os instrumentos e
Promover uma Distribuir mais Aumentar a
mecanismos de acesso, pagamento
agricultura equitativamente os fundos competitividade dos
e controlo dos apoios da PAC,
mais ecológica pelos agricultores da UE agricultores europeus
beneficiando os pequenos agricultores

Doe. 1 Ser agricultor em Portugal já dá prestígio


Efeitos da PAC em Portugal
0 ministro da agricultura afirmou que o processo de inte
A integração na PAC viabilizou:
gração europeia foi fundamental para o desenvolvimento
• a diminuição do número de explorações agrí­ da agricultura portuguesa. "Mas o mais importante foi a
formação, pois atualmente, muitos equipamentos são ver
colas e o aumento da sua dimensão média;
dadeims computadores com sistemas inteligentes de auto
• o investimento em infraestruturas, máquinas mação e georreferenciação. o que exige mais qualificações.
1 loje, a agricultura portuguesa ê mais ecológica e mais em
agrícolas, tecnologia moderna, inovação e
presarial e muitos jovens estão a investir em novas ideias,
formação dos agricultores; novas técnicas, novos produtos e mercados?
• o aumento da produtividade, do rendimento
Diário de Notícias, 21/01 . '2019 (adaptado)
e da competitividade nos mercados.

VERIFICA SE SABES
f T"
AVALIAÇAO

Enunciar os primeiros objetivos da PAC e as alterações das sucessivas reformas.

Explicar as dificuldades e os benefícios da integração da agricultura portuguesa na PAC.

121
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

Continuar a desenvolver o setor agrário


A concorrência internacional e as exigências da PAC colocam desafios que obrigam o setor
agrícola português a aprofundar a sua modernização, integrada na política de desenvolvi­
mento rural, que tem vindo a valorizar cada vez mais a sustentabilidade.

Principais fundos comunitários de financiamento desta política

FEAGA - Fundo Europeu Agrícola FEADER - Fundo Europeu Agrícola


de Garantia de Desenvolvimento Rural

Financia: Financia o Programa de Desenvolvimento Rural - atualmente


• subsídios à exportação de produtos PDR 2020 - que, em Portugal, tem como princípio o crescimento
agrícolas para países terceiros; sustentável das atividades agroflorestais.
• ações de regularização dos mercados Objetivos estratégicos:
agrícolas e de promoção dos produtos - aumentar o valor acrescentado do setor agroflorestal
agrícolas; e dos rendimentos da agricultura;
• pagamentos diretos aos agricultores; - promover uma gestão eficiente, tendo em conta a proteção
• despesas de reestruturação em dos recursos naturais e a prevenção das alterações climáticas;
diferentes setores agrícolas. - criar condições para a dinamização económica e social das
áreas rurais.

Para aumentar a competitividade da agricultura e responder cada vez melhor às exigências


da PAC, é necessário continuar a:

Modernizar o setor agrícola

• Redimensionar as explorações Permite aumentar a dimensão económica, dando à exploração maior


agrícolas, pelo emparcelamento capacidade de investimento em inovação e tecnologia e, assim, maior
-junção de parcelas. produtividade e competitividade.

• Melhorar a organização dos Utilizar as novas formas de marketing e comércio eletrónico para
produtores e as redes de promoção e venda das produções agrícolas e promover a marca
comercialização. Portugal no mercado europeu e mundial.

■ Apostar na qualidade dos produtos, valorizando os recursos naturais, as especialidades, os saberes


e as técnicas regionais e locais, com maior valor acrescentado.
sp sk

DOP IGP ETG

Produtos Com Produtos com


X V '1

agrícolas e característica características


alimentares ou reputação peculiares,
com específicas que produzidos com
características associam um ingredientes
específicas, produto a uma tradicionais
produzidos com ingredientes da dada região, onde ocorre pelo e segundo métodos
região onde são transformados menos uma fase do processo também tradicionais.
e preparados, com métodos de produção.
tradicionais reconhecidos.
As áreas rurais em mudança

* Diversificar culturas Permite aproveitar janelas de oportunidade (áreas de mercado com potencial e
e apostar na exportação pouca concorrência)* responder a novas necessidades de mercado e recuperar
e na internacionalização produções tradicionais* aumentando a competitividade (DocsT1e2;.

A nova agricultura de precisão, que utiliza as TIC, exige grande investimento


• Investir na inovação e em tecnologia que realiza múltiplas funções deforma muito precisa, ao nível da
formação dos agricultores temporização, climatização (temperatura e humidade), rega, vigilância do estado
de saúde e maturação vegetal e animal, etc. (Doc, 3).

Construção de barragens e respetivos perímetros de rega* de infraestruturas


• Continuar a melhorar
de acesso e promoção do ordenamento das explorações florestais
as infraestruturas
e da instalação de outras atividades em espaço rural (Doc. 4).

Doc. 1 Assinatura genética única Doc. 2 Novos mercados internacionais

O projeto de recuperação de populações de centeio “As exportações têm tido um aumento constante,
de altitude da região da serra da Estrela, desenvolvido o que prova o interesse dos mercados internacionais
por uma empresa de sementes e pelo Instituto Superior pelas nossas empresas” disse o secretário de estado da
de Agronomia de Lisboa, permitiu descobrir dez varie agricultura, em Paris, na feira do setor agroalimentar. E
dades autóctones, recursos genéticos inexplorados que disse estar a trabalhar na abertura de 53 novos merca
abrem uma janela de oportunidade. dos internacionais.

Wz do Campo, n? 216, junho dc 2018 (adaptado) Agência Lusa, 22/10/2018 (adaptado)

Doc. 3 Agricultura de precisão Doc. 4 Reduzir a vulnerabilidade às secas

Hoje a agricultura é feita com sensores, tciblets, GPS Foi aprovado o Programa Nacional de Regadios no
e outras tecnologias que permitem um novo paradigma âmbito do PDR 2020, que abrange 96 385 ha.
de eficiência: aumentar a produtividade, reduzindo os
custos de produção e os impactes ambientais. Áreas de intervenção do PNR (ha)

Região Novo regadio Modernização Total

Algarve e SO
132 14 545 14 677
Alentejano

Alentejo 51 420 14 566 65 986

Litoral Norte
180 10 250 10 430
e Centro

Interior Norte
3 600 1692 5 292
e Centro
Agrotec, n.° 27, agosto dc 2018 (adaptado)

VERIFICA SE SABES

AVALIAÇAO

Indicar os principais fundos de financiamento da PAC e a que fins se destinam. Pp.134e135


GRUPO I:
0uestões4e6
Enunciar aspetos em que o setor agrícola deve continuar a modernizar-se.
Questão 4

123
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

III. Novas oportunidades para as áreas rurais


O desenvolvimento sustentável das áreas rurais implica a sustentabilídade da agricultura
como atividade económica capaz de atrair e fixar populaçao jovem e mais qualificada (Doc. 1).

Doc. 1 Agricultura - um setor em transformação

0 estudo "Panorama das Qualificações", do Centro Europeu para o Desenvolvi


mento da Formação. prevê que 26% do novo emprego em Portugal, até 2025, seja
criado na agricultura. A verdade é que a agricultura portuguesa está a seguir um
novo rumo, com a introdução de novas culturas, inovação tecnológica, utilização
mais eficiente dos recursos naturais, melhor organização da produção, maior qua
lificação técnico profissional e cobertura de novos mercados.

Há cada vez mais startups agrícolas Inovadoras e tecnológicas, com oferta de


emprego em serviços ligados à agricultura (investigação, programação e manuten
ção de sistemas digitais, gestão de marketing, etc.).

www.c-kommista.pt (consultado cm 21/01/2019, adaptado)

Analisa o doc. 1:

1. Enumera três aspetos em que a agricultura portuguesa está a desenvolver-se.

2* Explica como esse desenvolvimento pode favorecer o rejuvenescimento da população agrícola.

Para o desenvolvimento das áreas rurais, é essencial aproveitar


Recursos endógenos: recursos
os recursos endógenos, para diversificar as atividades lucrativas naturais próprios de uma região
das explorações de modo a aumentar o emprego pela plurlatívída- Pluriatividade: acumulação do
de. Também permite diversificar as fontes de rendimento - plu rir- trabalho agrícola com outras
atividades.
rendimento.
Plurirrendimento: acumulação
Nas áreas rurais portuguesas, a diversificação das atividades lucra­ dos rendimentos da agricultura
tivas não agrícolas tem vindo a aumentar significativa mente Rg.i). com os de outras atividades.

Fig.t Atividades lucrativas não agrícolas, nas explorações portuguesas (2016) e sua evolução (2009 a 2016).

Analisa o gráfico da fig. 1:

3. Identifica, por ordem decrescente, as trés atividades lucrativas não agrícolas que:
a. estão em maior número de explorações;
b. tiveram maior crescimento entre 2009 e 2016.
**************************

124
As áreas rurais em mudança

O papel dos serviços


Os serviços e equipamentos públicos contribuem para
a igualdade de oportunidades e de direitos dos cida­
dãos. Porém, em muitas áreas rurais portuguesas, persis­
tem ainda carências nas redes ou na qualidade dos ser­
viços (Fig. 2). Nos anos de crise económica, foram mesmo
retirados muitos serviços de localidades do interior.

4/teroçdto, ju/ho de 2018, DGT, 2019


Analisa o mapa da fig. 2:

4. Verifica a legenda.

5. Compara a oferta, em número e diversidade de funções:

a. as capitais de distrito do interior e as do litoral;


N.° de unidades Nível de diversidade
b. o interior a norte do rio Tejo e todo o Alentejo. funcionais funcional
^-252 12 3 4 5
■■■
População residente por freguesia/
/entidade hospitalar

- PA/POf
.—' Área de influência hospitalar

Para a sustentabilidade das áreas rurais é fundamental o Neta: a área de influencia hospitalar não está

desenvolvimento de serviços, no âmbito do PDR 2020 Fig. 2 Equipamentos e serviços públicos de saúde (2017).

e da política de descentralização e coesão territorial,


uma vez que estes serviços:

• elevam a qualidade de vida, como no caso das re­


des de distribuição de água, eletricidade e teleco­
municações, da saúde, educação, cultura, apoio aos
idosos, lazer, etc. (Fig. 3);
• criam emprego, proporcionando rendimentos e pro­
movendo a fixação da população;
• apoiam outras atividades económicas, como a agri­
cultura, a indústria e o turismo - serviços bancários,
seguros, transportes, formação profissional, etc. -
que servem também a população.

Fig. 3 Parque de lazer numa área rural (Loriga. concelho de Seia).

A própria PAC, ao valorizar o papel do agricultor como agente de conservação ambiental,


incentiva a criação de novos serviços na área do ambiente. O PDR 2020 apoia projetos de
prestação de serviços de aconselhamento e acompanhamento técnico e científico das explo­
rações agrícolas e florestais.

VERIFICA SE SABES

Relacionar o desenvolvimento sustentável das áreas rurais com os progressos na agricultura


e com o melhor aproveitamento dos recursos endógenos. avaliação

Explicar o papel dos serviços para o desenvolvimento das áreas rurais.

125
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

O turismo em espaço rural Turismo: deslocações de lazer com


duração superior a 24 horas.
Em Portugal, a atividade turística cresceu muito nos últimos anos,
Turismo no espaço rural (TER):
tendência que inclui o turismo em espaço rural (TER), que se conjunto de atividades e serviços de
baseia na ligação aos recursos naturais e paisagísticos, aos va­ alojamento e animação, realizados e
prestados a turistas no espaço rural,
lores culturais, às práticas agrícolas e particularidades regionais,
mediante remuneração.
podendo ser praticado em diferentes modalidades (Fig. 1).

Agroturismo: observação e participação


Número de estabelecimentos em atividades agrícolas (vindima, apanha
por tipo de TER (%) em 2017 de fruta, desfolhada, cuidado de animais,
produção de queijo, mel, etc.).
Em Portugal

Casas de campo: casas rústicas


particulares, com arquitetura, materiais
de construção, mobiliário e decoração
característicos da região. Geralmente
&4% são casas pequenas, onde também
pode viver o proprietário, que organiza
atividades de lazer (passeios pedestres,

<1
a cavalo, de bicicleta, etc.) e disponibiliza
os equipamentos necessários.

R. A. Açores R. A. Madeira Hotel rural: estabelecimento hoteleiro


em área rural fora da sede de concelho.
Deve ocupar a totalidade de um ou
Agroturismo Casas de campo
Hotéis rurais Outros TER
mais edifícios, com um mínimo de dez
quartos ou suítes e a sua arquitetura, os
materiais de construção, o mobiliário e a
decoração devem refletir as características
tradicionais da região.

Esítrtfstitas üo Turismo 2017, INE, 2018


Oferta de quartos em TER, por regiões (NUTS II), em 2017
i

Turismo de aldeia: um mínimo de cinco


casas particulares, em aldeias que, no
seu conjunto, mantêm as características
tradicionais da região. O Programa das
Norte Centro A. M. Lisboa Alentejo Algarve Aldeias Históricas de Portugal inclui-se
R. A. Açores R. A. Madeira
nesta forma de turismo.

Fig.1 Número de estabelecimentos por tipo de TER. em Ponugal (A) e por NUTS II (B), e oferta de quartos, por NUTS II (C), em 2017.

Analisa os gráficos e o mapa da fig. 1:

1. Verifica a legenda comum aos gráficos e ao mapa.

2. Identifica os dois tipos de TER que se destacam:


a. a nível nacional; b. em cada região.

3. Descreve a distribuição regional da oferta de quartos em TER.

126
As áreas rurais em mudança

R. A. Açores R. A. Madeira
Em muitas áreas rurais, há também a oferta de tu­
Algarve
rismo de habitação, em solares, casas apalaçadas 7
ou residências de reconhecido valor histórico e Alentejo
34
arquitetónico, com mobiliário e decoração ade­ A. M. Lisboa
4
quados à época histórica e um serviço de elevada
qualidade. Centro

Fig.2 Estabelecimentos de turismo de


habitação (2017).

Outras atividades turísticas em espaça rural

Turismo ambiental - Turismo fluvial - atividades


contato com a Natureza de lazer e desporto nos rios
e atividades ao ar livre. e albufeiras.

Turismo gustativo
Turismo cultural -
e enoturismo - promoção
descoberta do património
da diversidade e qualidade
arqueológico, histórico
da gastronomia e dos vinhos
e etnográfico local.
regionais.

Turismo termal - associado às


Turismo cinegético - nas ocorrências de águas termais,
zonas de caça turística conjuga-se com outras ofertas
e associativa, promovendo turísticas e desportivas que
a preservação do ambiente. aproveitam os recursos e
paisagens regionais.

O turismo em espaço rural contribui para a fixação de população e para a sustentabilidade das comunidades rurais,
porque gera emprego e riqueza Além disso, tem importantes efeitos multiplicadores - impactes positivos noutras
atividades económicas.
sk

O desenvolvimento dos
A produção de A conservação
serviços, da construção A preservação
artesanato e de produtos do património
civil, dos transportes, do da Natureza e do
alimentares regionais: arquitetónico, artístico
comércio, da restauração, património natural
compotas, enchidos, e cultural (material
de atividades culturais e de e paisagístico.
queijos, etc. e imaterial).
lazer, etc.

VERIFICA SE SABES

Caracterizar as diferentes modalidades de TER e a sua distribuição regional. AVALIAÇÃO

Enumerar outras formas de turismo que podem ser desenvolvidas no espaço rural. Pp.134e135
GRUPO I:
Questão 8
Explicar o contributo do TER para o desenvolvimento sustentável das áreas rurais.

127
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

O papel dinamizador da indústria


A indústria é um importante fator de desenvolvi­
mento das áreas rurais. Destacam-se os setores da
madeira, da cortiça e agroalimentar (Fig. 1 e Doc. 1).

Fig. 1 Evolução da contribuição da indústria agroalimentar


para o emprego nacional.

Doc. 1 Papel do setor agroalimentar para a economia nacional

Abate de animais, prep. s conser. de


O setor agroalimentar tem um papel importante carne e de prod. ã base de carne
no comércio internacional, representando, em 2016, Fabricação de produtos de padaria
12,8% do valor das importações e 8.5% das exporta e outros produtos á base de farinha

ções de bens e serv iços. Note se que as exportações Indústria d© laticínios


deste setor acompanharam a tendência crescente,
Fabricação de alimentos
mas de forma mais acentuada. para animais
Fabricação de outros
() valor das vendas das indústrias alimentares produtos alimentares
aumentou 287 milhões de euros, face a 2015.
Preparação e conservação de peixes,
crustáceos e moluscos
A atividade de abate de animais, preparação e
Produção de óleos e gorduras
conservação de carne e produtos à base de carne foi animais e vegetais
a que mais se valorizou, com 18,7% do valor total de
Preparação e conservação de frutos
vendas deste setor. e produtos hortícolas

Estatísticas Agrícolas 2017,1NE, 2018 (adaptado)

Analisa a fig. 1 eo doc. 1:

li Descreve a evolução do número de trabalhadores na indústria agroalimentar.

2* Caracteriza o setor agroalimentar, indicando os três ramos mais importantes.

A indústria, nas áreas rurais, ■ A montante: promove o desenvolvimento de atividades produtoras


tem importantes efeitos de matéria-prima (indústria extrativa, silvicultura, produção agrícola).
multiplicadores.

vk • Ajusante:
- aumenta a criação de riqueza, pois acrescenta valor comercial
E importante, para se desenvolver:
às matérias-primas pela sua transformação;
• criar incentivos fiscais;
- gera emprego, direta e indiretamente, e contribui para fixar população;
• simplificar o processo
- aumenta o consumo, contribuindo para o desenvolvimento
de instalação e início
do comércio local e regional;
de atividade;
- induz a instalação de industrias complementares e de serviços
• aumentar a oferta de
(transportes, formação, logística, etc.);
formação e qualificação dos
- promove a internacionalização da região, através das exportações.
jovens e da população ativa.

A instalação de uma indústria em espaço rural deve respeitar os princípios do desenvol­


vimento sustentável, cumprindo as normas relativas à redução e tratamento de resíduos e
águas residuais, bem como ao controlo dos níveis de emissão de gases e poeiras.

128
As áreas rurais em mudança

Energia e desenvolvimento rural Metas de consumo


energético até 2020
Nas áreas rurais conjugam-se diferentes fatores favoráveis à produção
Que, do consumo final de
de energia a partir de fontes renováveis: energia, sejam provenientes
de fontes renováveis:
• recursos naturais renováveis - sol, água, vento e biomassa;
• 20%-naUE;
• liberdade dos agricultores na escolha das culturas, sem perderem • 30% - em Portugal.
os subsídios à produção no âmbito da PAC;
• política energética, nacional e comunitária, que pretende aumentar, a curto prazo, o con­
sumo de energia renovável.

A produção de energia renovável é uma vertente importante para a sustentabilidade das áreas rurais

Biomassa ■ Biogás, produzido a partir de efluentes agropecuários, da agroindústria, pela


degradação biológica anaeróbica {sem oxigénio) da matéria orgânica.
Produção de energia ■ Biocombustíveis líquidos, produzidos a partir das culturas energéticas, das quais se
a partir de: obtém o biodiesel e o etanol
• resíduos florestais
■ Eletricidade, produzida em centrais de biomassa e minicentrais associadas
e agrícolas;
a unidades de pecuária {o excedente pode ser vendido ã rede pública, reduzindo
• efluentes da pecuária. as despesas com energia e diversificando os rendimentos da exploração).

Existem boas condições:


Energia eólica e solar ■ nas áreas rurais, onde o custo do solo
é mais acessível, fator particulai mente
• Aumentam a oferta
importante para as centrais solares,
de emprego.
grandes consumidoras de espaço.
• Diversificam a
■ em áreas de montanha e no litoral,
base económica
onde a velocidade e a regularidade do
da população
vento permitem o seu aproveitamento
rural, pela venda
energético deforma mais contínua.
ou arrendamento
de terrenos para A maior incidência de:
colocação de ■ parques eólicos ocorre nas serras
aerogeradores e de Montemuro e Montejunto (Fig. 2);
painéis solares. ■ centrais solares ocorre no interior
do Alentejo, devido à maior insolação.

Têm menores impactes ambientais


Mini-hídricas do que as grandes barragens.
■ Podem abastecer pequenas localidades
• Pequenas barragens de energia e água para rega.
hidroelétricas ■ Permitem também gerar receitas para
o desenvolvimento local.

Fig. 2 Centros de produção de energia renovável.

VERIFICA SE SABES

Explicar o contributo para o desenvolvimento e a sustenta bil idade das áreas rurais da: í “
AVALIAÇAO

a. indústria transformadora; b. produção de energias renováveis. Pp.134e135


GRUPO I:
Indicar medidas de incentivo à instalação da indústria nas áreas rurais. Questão 5
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

A silvicultura
As florestas constituem uma riqueza ambiental incalculável e uma importante oportunidade
de multifuncionalidade nas áreas rurais, devido às suas diferentes funções.

Funções da floresta
L u

Social Ambiental Económica

• Proporciona ar puro Possibilita: • Produz matérias-


e espaços de lazer ■ a preservação dos solos; -primas e frutos.
à população. ■ a conservação da água; • Gera emprego.
■ a regularização do ciclo hidrolõgico; • Cria riqueza.
■ o armazenamento de carbono;
■ a proteção da biodiversidade.

A floresta ocupa pouco mais de um terço do território nacional, constituindo uma parte mul­
to importante das áreas rurais. Caracteriza-se por uma grande diversidade (Fig-i).

Instituto da Conservação da Natureza


e das Florestas. 2019
-bravo -manso
Fig.1 Principais espécies da floresta portuguesa, segundo a área ocupada.

• Fragmentação da propriedade
■ Melhorar e implementar o ordenamento e gestão
florestal, que dificulta a organização
florestal, contrariando o abandono florestal.
e a gestão da floresta.
■ Promover o emparcelamento, através de incentivos
• Baixa rendibilidade, devido ao
e da simplificação jurídica e fiiscal.
ritmo lento de crescimento das
■ Promover o associativismo, a formação profissional
espécies mais características, como
e a investigação florestal.
o pinheiro-bravo.
■ Reduzir a vulnerabilidade a pragas e doenças.
• Elevado risco da atividade, pela
■ Melhorar a coordenação do combate a incêndios.
frequência de grandes incêndios.
• Despovoamento e envelhecimento ■ Melhorar a prevenção da ocorrência de incêndios
demográfico, que votam ao através de:

abandono muitas parcelas florestais. - limpeza de matos, povoamentos e desbastes;


- melhoria da rede viária e de linhas corta-fogo;
• Abandono de práticas de pastorícia
e de recolha do mato, que limpavam - otimização dos pontos de água;
o substrato arbustivo. - abertura de faixas de segurança.

130
As áreas rurais em mudança

Sustentabilidade ambiental das áreas rurais Agricultura convencional:


designação que atualmente se dá
O impacte ambiental da produção agrícola convencional é muito à chamada agricultura moderna
elevado e difuso, afetando negativamente a qualidade dos solos e - que utiliza intensivamente
dos recursos hídricos de extensas áreas. máquinas e agroquímicos.

As práticas agrícolas amigas do ambiente promovem a sustentabilidade da agricultura


como atividade económica mas também das áreas rurais, pois as atividades económicas que
nelas se desenvolvem têm a qualidade do ambiente como base de sustentação.

A proteção integrada consiste na avaliação ponderada de todos os métodos de proteção


das culturas e na integração de medidas adequadas para diminuir as populações de organismos
nocivos, utilizando os produtos fitofarmacêutícos e outros meios de intervenção de forma
Proteção
-> económica e ecologicamente justificável. Assim reduzem-se os riscos para a saúde humana e para
integrada
o ambiente, privilegiando o desenvolvimento de culturas saudáveis, com a menor perturbação
possível dos ecossistemas agrícolas e agroflorestais, e incentivando mecanismos naturais de luta
contra os inimigos das culturas.

Sistema agrícola de produção de


alimentos compatível com a gestão
racional dos recursos naturais
e privilegiando a utilização dos
Produção mecanismos de regulação natural
integrada em substituição de fitofármacos.
É elaborado um plano de exploração,
descrevendo o sistema agrícola e a
estratégia de produção para permitir
decisões fundamentadas.

Sistema global de gestão das

E sfataflcascta Indústria 2016. INE, 2018


Agricultura explorações agrícolas e de produção Outros
de alimentos que combina as melhores 22,3%
biológica
práticas ambientais, um elevado nível
ou de biodiversidade, a preservação dos
Modo de recursos naturais, a aplicação de normas
produção exigentes em matéria de bem-estar
biológico dos animais e método de produção em
sintonia com a preferência de certos
(MPB)
consumidores por produtos obtidos
utilizando substâncias e processos 1.4%

naturais (Fig. 2).


Fig. 2 Â rea de SAU e número de produtores em MPB,
em Portugal continental (A), e principais culturas em MPB,
em Portugal (B), em 2017.

VERIFICA SE SABES

Explicar como contribuem para o desenvolvimento e a sustentabilidade das áreas rurais:


a. a indústria transformadora; b. a produção de energias renováveis. AVALIAÇÃO

Indicar medidas de incentivo à instalação da indústria nas áreas rurais. Pp.134e135


GRUPO IV:
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

SÍNTESE

Os sistemas agrários em Portugal: contrastes


xk xk xk %k
■rB----------------- -i------------------------------- —----—- Í--—----------------------------- ----------------------------- ---------------------------- -*—-------------------- ------ --------------------------------------------------3,
■1

Regiões i
I ll
Litoral I
Interior I b
Norte 11
I

agrárias 1 Temperatura ; Maior amplitude Temperatura Mais quente e seco.


í EDM i
I
I mais amena, : térmica anual mais baixa e ; Planícies de
II r

1
TM i
I
precipitação (geada no precipitação mais solos férteis,
I

EL 1
abundante e inverno) e abundante a NO. e peneplanície
I

BI I
1 maior humidade. i precipitação fraca i Relevo mais alentejana, de solos
RO •
I
I I
Solos mais férteis. (risco de seca). Ü
acidentado. ll
mais pobres.
í ALE 1

Relevo de : Solos mais Maior densidade Propriedade de


!

í ALG I
i
i menor altitude e i pobres, populacional. i média e grande
I

i AÇO •

I
planícies aluviais. sobretudo nas Fragmentação da dimensão.
i
i I I I

MAD I
: montanhas. propriedade.
i *

I
I
I
I
I
I
I

Espaço rural Paisagens agrárias tradicionais


xk xk
' lr
I
I

Espaço rural I
I
1 Sistema intensivo geralmente associado a:
1

• Terras 1
- policultura de regadio; Norte
*

aráveis. I
i
1
1 - campos pequenos, irregulares e fechados; i i Litoral
Espaço agrário • Culturas

i
- povoamento disperso.
permanentes. I I I

Espaço agrícola • Pastagens > I

Sistema extensivo geralmente associado a: I


I
I
I

permanentes. I
I
I
I
I
I
I
- monocultura de sequeiro;
• Hortas
- campos grandes, regulares e abertos; I
I
I
I
SAU familiares. I
I
I
I
I
I
I

- povoamento concentrado.

Problemas estruturais que ainda afetam a agricultura portuguesa

J.BI--H-S ■■■■■■'■ -p■= ■= ra-s-av a-BK-a-a i. ■'


I I I
■ i

■ Áreas rurais ■ I População agrícola Explorações


I i I
i i

i • Des povoa mento. I! I


■ Envelhecida e com • Predomínio da pequena
I i i

i • Fraco dinamismo económico. !



li
I

I
I níveis de escolaridade dimensão.
1 i i

i • Reduzida área de solos com ■


i I
I
red u zi d o s, sobretu d o • Produtividade e rendimento
1 i i

boa aptidão agrícola. li I


nos mais idosos. agrícola baixos
i i
■ I
A h,

Política agrícola comum e a integração da agricultura portuguesa


xk xk
li I- I

1957 Tratado de Roma: objetivos da PAC. Apoios pelo PEDAP e PAMAF


!
1962 Pilares: unicidade de mercado, preferência I I
Dificuldades:
comunitária e solidariedade financeira. i • limites à produção (V reforma);
Modernização e aumento da produção: : • concretização do mercado único.
excedentes e problemas ambientais. : Progressos:
1992 Ia reforma - novos pilares: reequilíbrio da i • redução do número de explorações
I

I
oferta e da procura e preservação ambiental. I
e aumento da dimensão média;
1999 Muda o 2.° pilar: desenvolvimento rural • modernização das infraestruturas
1
sustentável. I e tecnologias;
2003 2.a reforma: orientação da produção para
: • apoio à formação profissional;
a procura e princípio da condicionalidade. I

i • maior produtividade e
2013 3? reforma: promoção da agricultura
competitividade.
sustentável e do desenvolvimento rural.
'+B ■ ■■■!■■■ ■ ■!■■■■■ ■ ■!■■■■■ ■ »■■■ ■ ■■■■■!■ ■ ■ »■■■■ ■ ■ »■■■ ■ ■■■■■■■ ■ ■■■■■!■■■ ■ ■!■■■■■ ■ ■!■■■!■ ■ ■■■■■■■ ■

132
As áreas rurais em mudança

Mellhorar a produtividade e o rendimento agrícola... -> ... aproveitando fundos europeus

................... ......................... .
• Redimensionar as explorações. Principais instrumentos de
■ Diversificar culturas e apostar na qualidade dos produtos. financiamento da PAC:
■ Melhorara organização cooperativa dos produtores. • FEAGA - apoia a atividade
agrícola e as tecnologias
• Apostar na internacionalização e nas exportações.
e estruturas agrícolas;
• Investir na inovação tecnológica e científica.
• FEADER-apoia
• Melhorar a formação dos agricultores.
projetos de promoção do
• Continuar a melhorar as infraestruturas.
desenvolvimento sustentável
das áreas rurais.

i y

i i
Novas oportunidades para as áreas ruraisi
i
i
i

Dinamização económica do espaço * de práticas agrícolas sustentáveis:


rural, através: r>! ■ da valorização dos recursos endógenos;
■ da diversificação de atividades lucrativas.

Atividades Contributo para o desenvolvimento das áreas rurais

I
I I
Proporcionam qualidade de vida. I
I • Aumentam as
Serviços I|->iI possibilidades
Apoiam outras atividades económicas. I
I
I

I I
da pluriatividade e
I
1

Turismo I I
i
I do plurirrendimento.
I

em espaço >->Í Aproveita diferentes potencialidades do espaço rural.


I
I
i • Elevam o
I
rural Promove a internacionalização das regiões. I
I
rendimento da
I
I
I
I
I
I
I
população agrícola.
I
I
I
■ Aumenta o consumo, devido à oferta de emprego.
I
I
I
I I
• Criam emprego
Dinamiza outras atividades económicas, a montante I

>
e riqueza para as
I I
(produção de matérias-primas} e a jusante (outras I
I
I
I
I
I

I
áreas rurais.
I I indústrias, serviços e comércio). I
I
Indústria
I I
I I I
• Contribuem para
\ .. ..... ......................................................................... --................. -----......................... -......................................... I
I
I
a fixação da
■ ■ Aproveita os recursos endógenos naturais: I população e para
Produção I I I
I
I
biomassa, vento, insolação e recursos hídricos. a sustentabilidade
de energia I I I
I
i
* Ajuda a concretizar as metas da política energética. I
das áreas rurais.
IJ ..... .... -.... - - ..... -.... - ------ -------- ------
I

I I
I
I I • Aproveitam
I I
I
I
I
I
I
■ Potência a função social, económica e ambiental I
I
I
os recursos
I
I
I
i
I
I
da floresta. I
endógenos e a
I I I
I ■ I

I i Principais problemas: baixa rendibilidade, multifuncionalidade,


I I I
i
I
I
I
I
I
I
I
■ fragmentação, elevado risco de incêndio,
I
do espaço rural.
I

Silvicultura despovoamento e abandono de práticas tradicionais I


I • Têm efeitos
I I
I


' de limpeza da floresta. I


I
multiplicadores,
I I I
I I
I
I
I
I
I
■ Possíveis soluções: promover o ordenamento, I
ajudando a
I
1
I
I
I
i
I
I
a limpeza e o associativismo, melhorara prevenção desenvolver
I I I
I ■

e os sistemas de combate aos incêndios.


I
1 outras atividades
I i
I I I
I
I
1
económicas.

’ Proteção integrada, produção integrada e I


I
1

agricultura biológica, para preservar qualidade I

Agricultura ; dos solos e da água e a biodiversidade.


I
sustentável: ■ A ~ . I

- Agricultura de precisão, para produzir mais, I


I

reduzindo custos e impactes ambientais. I

/ - -
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e urbanas

Avaliação

L Seleciona a letra do conceito que corresponde a cada uma das definições seguintes.

Definição Conceito

1 Área do espaço agrícola ocupada com culturas. A. Agricultura


de precisão
2. Inclui o espaço agrário e a ocupação dominante é a agroflor estai.

3* Responsável jurídico e económico pela exploração agrícola. B. Efeitos


multiplicadores
4. Visa aumentar a produtividade, reduzindo os custos de produção
e os impactes ambientais. C. Espaço rural

5. Que combina as melhores práticas ambientais com um elevado nível


D. Pluriatividade
de biodiversidade e a preservação dos recursos naturais.

6. Relação entre a quantidade produzida ou o valor da produção


E. Produtividade
e a quantidade de horas de trabalho da mão de obra utilizada.
F. Produtor agrícola
7, Acumulação do trabalho agrícola com outras atividades.
G. SAU
S. Influência que uma dada atividade económica tem no
desenvolvimento de outras atividades da mesma região. H. Sustentável

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes,

1. No noroeste de Portugal continental, a temperatura é amena e há grande humidade relativa.

2. No nordeste de Portugal continental, há uma grande amplitude térmica anual, ocorrendo geada
frequentemente.

3. No centro interior de Portugal continental, o clima ameno e húmido é propício aos cereais de
regadio e aos bovinos.

4. O vale do Tejo tem clima ameno, fraca humidade e solos pouco férteis, nas grandes planícies.

5. O centro interior é uma região pouco propícia á produção de cereais de regadio e de gado bovino.

6. A maior parte do sul continental tem um clima mais quente e seco, mas está em boa parte
irrigado artifícialmente, o que permitiu diversificar as culturas.

7. No extremo sul do continente, a temperatura mais alta e a menor secura são propícias á
produção de amêndoa, figo e alfarroba, no litoral, e de laranja e hortícolas, na serra.

S, O interior de Portugal continental, desde o Alentejo a Trás-os-Montes, tem uma importante


ocupação agrícola com a olivicultura.

9, O turismo em espaço rural baseia-se na ligação aos recursos naturais e paisagísticos, aos
valores culturais, às práticas agrícolas e às particularidades de cada região.

10. Nas explorações portuguesas, praticamente não há diversificação das atividades lucrativas, que
poderiam aumentar o rendimento dos produtores.

11 A maior incidência de parques eólicos ocorre nas serras de Montemuro e Montejunto, enquanto
a construção de centrais solares ocorre principalmente no interior do Alentejo.

12, A produção de energia a partir de fontes renováveis, apesar dos enormes benefícios
ambientais, não tem efeitos positivos nas áreas rurais.

134
As áreas rurais em mudança

III. Seleciona a opçào de resposta correta em cada uma das seguintes questões,

1, As regiões agrárias do continente com a menor dimensão média das explorações agrícolas são:
A. a Beira Litoral e o Ribatejo e Oeste.
B. a Beira Interior e a Madeira.
C. a Beira Litoral e o Entre Douro e Minho.
D. o Entre Douro e Minho e o Algarve.

2. Pelo princípio da condicionalidade, os produtores só recebem apoio financeiro se:

A. usarem fertilizantes e adubos em abundância, químicos ou naturais.


B. produzirem de acordo com as normas agroambientais.
C. a exploração tiver uma dimensão superior à média nacional.
D. praticarem o modo de produção biológico.

3* Na evolução da PAC, houve dois aspetos que foram ganhando cada vez maior importância:

A. a sustentabilidade e o desenvolvimento rural.


B. a modernização e o aumento da produção.
C. o equilíbrio dos mercados e o ambiente.
D. a produção biológica e a preservação ambiental.

4. Dois dos objetivos do 2.° pilar da PAC. no horizonte 2014-2020, sao:


A. baixar os preços dos produtos no consumidor e reconverter áreas de pastagens
em terras agrícolas.
B. reduzir a produção extensiva e desenvolver ações com impacte na redução
das alterações climáticas.
C. diversificar as técnicas intensivas de produção agropecuária e apoiar as explorações familiares.
D. promover a diversificação da base económica e dinamizar o tecido social das áreas rurais.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Distingue as paisagens rurais tradicionais associadas ao sistema extensivo e ao sistema


intensivo, indicando a sua distribuição geográfica em Portugal.

2. Caracteriza as explorações agrícolas em Portugal.

3. Elabora uma cronologia dos principais momentos de evolução e alterações da PAC.

4. Reflete sobre os efeitos da integração da agricultura portuguesa na PAC.

5. Indica os principais problemas com que se depara o setor da silvicultura, em Portugal.

6. Apresenta soluções para os problemas que indicaste.

7. Caracteriza os modos de produção agrícola sustentável apoiados pela PAC.

3. Defende a multifuncionalidade como promotora da sustentabilidade das áreas rurais.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões

Exame 2014 - Ia fase, grupo IV Exame 2017 - 1.a fase, grupo III Exame 2019 - Ia fase, questões 6 e 7

Exame 2015 - 2a fase, grupo VI Exame 2017 - 2.a fase, grupo III Exame 2019 - 2? fase, questões 5 a 8

Exame 2016 - Ia fase, grupo III Exame 2018 - Ia fase, questões 6,8 e 10

Exame 2016 - 2.a fase, grupo VI Exame 2018 - 2.a fase, questão 13

135
Tema III

SUBTEMA 2 I. Organização interna

II. Expansão urbana


As áreas urbanas: III. Qualidade de vida urbana

dinâmicas internas

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Analisar padrões de distribuição espacial das diferentes áreas funcionais, realçando as heteroge­
neidades no interior das cidades de diferente dimensão e em contexto metropolitano e náo metro­
politano, em resultado da expansão urbana recente, sugerindo hipóteses explicativas
• Relacionar a evolução da organização interna da cidade com o desenvolvimento das acessibilidades
e das alterações dos usos e valor do solo, analisando informação a diferentes escalas.
• Investigar as principais componentes da paisagem urbana, nomeadamente as ambientais e sociais,
que condicionam o bem-estore a qualidade devida nas cidades portuguesas.
• Divulgar exemplos concretos de ações que permitam a resolução de problemas ambientais e de
sustentabilidade no espaço urbano, revelando capacidade de argumentação e pensamento crítico

Q Termos e conceitos
- Acessibilidade - Função urbana e - Pressão urbanística - Planos municipais
- Espaço urbano função rara/vulgar - Movimento de ordenamento
- Área funcional pendular do território (PDM,
- População urbana
PU e PP}
- Taxa de - Diferenciação social - Área metropolitana
- Processos de
urbanização - Expansão urbana - Fator de localização
revitalização
- Centro urbano/ - Suburbanização, industrial
urbana:
cidade periurbanização, - Gentrificação ou reabilitação,
- CBD/baixa rurbanização nobílilação urbana requalificação
- Diferenciação - Malha urbana - POLIS e renovação
funcional
As áreas urbanas: dinâmicas internas

I. Organização interna
Espaço urbano e cidades
Espaço urbano: área com
O espaço urbano apresenta características que o individualizam população e ocupação do solo
de características urbanas.
na paisagem:
População urbana: população
• grande densidade demográfica e de edifícios, geralmente com residente em áreas urbanas - em
construção em altura; Portugal considera-se a que reside
em lugares urbanos (com mais de
• trânsito intenso, com congestionamentos frequentes; 2000 habitantes).
• predomínio de atividades do setor terciário, que empregam Centros urbanos: aglomerados
a maioria da população ativa urbana; populacionais com mais de 10 mil
habitantes e as capitais de distrito
• oferta de grande diversidade de serviços e comércio: que não atinjam esse número
• ritmo de vida intenso, marcado pelo anonimato e, muitas vezes, (significado mais abrangente, que
inclui áreas urbanas sem estatuto
pelo isolamento, sobretudo de idosos.
de cidade).
Cidade: estatuto de um aglomerado
Nem todas as áreas urbanas se incluem na categoria de:
populacional atribuído com base
• centro urbano - depende da dimensão demográfica; em critérios de caráter demográfico,
funcional e político-administrativo.
• cidade - depende do cumprimento de certos critérios.

Definição de valores Decisão política que valoriza aspetos


Consideração dos setores de atividade históricos, culturais ou outros de
mínimos de número
que empregam a população (secundário interesse nacional presentes no
de habitantes ou de
e terciário) e as funções que servem lugar urbano, mesmo sem cumprir os
eleitores e/ou de
a população e as áreas envolventes. critérios demográfico e funcional.
densidade populacional.

Doc* 1 Lei n.° 11/82 de 2 de junho


Em Portugal:
Artigo 13."
• a elevação a cidade depende dos
Uma vila só pode ser elevada à categoria de cidade quando
critérios demográfico e funcional,
conte com um número de eleitores, em aglomerado populacio
mas pode também respeitar o jurí­ nal contínuo, superiora «000 e possua, pelo menos* metade dos
dico-administrativo (Doc. 1); seguintes equipamentos coletivos:

• o número de habitantes a residir a) instalações hospitalares com serviço de permanência;


em lugares urbanos tem aumenta­ b) farmácias;
c) corporação de bombeiros;
do consideravelmente, sobretudo d) casa de espetáculos e centro cultural;
nos de maior dimensão, no litoral; e) museu e biblioteca;
f) instalações de hotelaria;
• quase metade da população resi­
g) estabelecimentos de ensino, até ao nível secundário;
de em cidades estatísticas (cen­ h) estabelecimentos de ensino pré primário e infantários;
tros urbanos com mais de 10 mil i) t ra n sportes pú bl ico s u rba nos e subu rba nos;
j) parques ou jardins públicos.
habitantes e capitais de distrito);
• o número de cidades aumentou Artigo n.°
significativamente nas últimas Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetó
décadas, sobretudo nas áreas nica poderão justificar uma ponderação diferente dos requisitos
metropolitanas de Lisboa e Porto. enumerados no artigo 13.".

137
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

As funções urbanas e a sua Função urbana: bem ou serviço oferecido


organização espacial pelo espaço urbano (habitação, comércio,
serviços e alguma indústria).
Área funcional: área onde se concentra
Nas cidades existe uma grande oferta de funções urbanas que,
um determinado tipo de funções urbanas
geralmente, se encontram organizadas em áreas funcionais.
(residencial, comercial, cultural, lazer,
restauração, etc.).
A renda locativa - mais elevada Renda locativa: custo do solo, que se
no centro e diminui para a periferia. reflete também nas rendas dos imóveis.
Em certas áreas fora do centro a Especulação fundiária: sobrevalorização
A organização renda locativa pode aumentar, pela do solo pelo aumento da procura ou pela
funcional acessibilidade ou concentração de oferta de novas condições pelo centro.
depende de algumas funções importantes (Fig. 1) Função rara: que se encontra em poucos
vários fatores, lugares, exigindo, por vezes, grandes
destacando-se: A relação oferta/procura - o aumento deslocações para se lhe aceder.
da procura de habitação, escritórios, etc. CBD: área central da cidade, onde
gera especulação fundiária, elevando se concentram funções raras.
a renda locativa. Em Portugal, corresponde à baixa.

Custo do solo {Cm2)


6142 - 6267
5111-5209 Analisa o mapa da fig. 1:
4135-4900
3183-3865 1. Campara a variação da rendia locativa em A e B.
2229 - 2995

2. Justifica a diferente variação em B.

O centro das cidades individualiza-se pela Importân­


cia das funções que concentra, sendo geralmente
S designado por CBD (da expressão Central Business
15 km
District, área central de negócios). Em Portugal de­
Fig. 1 Variação da renda locativa na cidade de Lisboa signa-se baixa.
em janeiro de 2019.

Para este efeito contribui a acessibilidade proporcionada pela convergência das principais
vias de circulação viária para o centro. Assim, as atividades presentes no CE!D são as mais
sensíveis à centralidade e capazes de suportar uma renda locativa elevada, geralmente do
setor terciário mais especializado.

A renda locativa e as atividades do centro explicam as principais características do CBD


4,
• Comércio especializado e restauração. - Grande intensidade de tráfego, de veículos e peões,
• Níveis mais altos de decisão da administração pela concentração de funções raras.
públ ica (ministérios, tribunais superiores, etc.) e da - População flutuante numerosa, que se desloca
atividade privada (sedes de bancos e companhias ao centro sem residir nele.
de seguros, empresas de serviços especializados, - Reduzido número de residentes, sendo sobretudo:
ateliers de moda, design e informática, etc.). - idosos, em casas antigas de rendas baixas;
• Atividades de animação lúdica e cultural - salas de -jovens e adultos, em edifícios novos ou renovados
espetáculo importantes, galerias de exposições, etc. de habitação permanente, com rendas elevadas.

As características do centro da cidade são mais ou menos acentuadas, consoante a dimensão


do centro urbano e as relações que estabelece com a área envolvente e com outras cidades.

138
As áreas urbanas: dinâmicas internas

Diferenciação espacial e dinâmica funcional no CBD


As funções do CBD encontram-se organizadas no espaço:

Funções mais nobres ou raras Nas ruas e praças Nos pisos térreos
e estabelecimentos com maior prestígio principais dos edifícios

Funções mais comuns ou que exigem Nas ruas e praças Nos andares
menor contacto com o público secundárias superiores dos edifícios

Assim, existem ruas ou áreas mais especiali­


zadas em certo tipo de comércio ou função,
como ocorre no centro de Lisboa (Fig. 2):

• na rua Augusta, comércio não diário de


marcas de prestígio de vestuário, calçado,
acessórios, etc.;
• na rua do Ouro, comércio de bens mais va­
liosos e sedes de bancos e seguros;
• nas ruas vizinhas, comércio menos espe­
cializado e restauração;
• na rua das Portas de Santo Antão, no se­
guimento do teatro de D. Maria (Rossio nor­
te), oferta cultural e de lazer, no Coliseu,
Politeama e outros;
• nos Restauradores e na avenida da Liberda­
de, comércio e serviços de grandes mar­
cas e hotéis de luxo;
• na rua da Palma e vias contíguas, comércio
banal e grossista;
• na praça do Comércio, as funções de
administração central (ministérios) foram
substituídas pela função lúdica e cultural
(restauração, galerias, espetáculos, espa­ Fig. 2 Centro da cidade de Lisboa: exemplos de áreas funcionais.
ços de passeio, etc.).
Analisa a imagem da fig. 2:

3* Associa as funções descritas no texto às respetivas locali­


zações no mapa.

A atratividade do centro eleva a renda locativa e provoca grande congestionamento, diminuindo a acessibilidade.
Assim, no CBD, dá-se uma sucessão de funções - dinâmica funcional:
4, 4z
Atualmente assiste-se a uma descentralização - saída
Na segunda metade do século XX registou-se a
do centro - das funções terciárias menos especializadas
substituição da função industrial e de parte da função
ou que ocupam mais espaço, que dão lugar a outras mais
residencial pelo comércio e pelos serviços.
especializadas e às funções turística, cultural e de lazer.

139
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

Novos padrões de organização espacial das funções terciárias


A dinâmica funcional do centro da cidade, a expansão das atividades terciárias e o desenvol­
vimento das acessibilidades dão origem a:

• Novas centralidades, em áreas da cidade com - Grandes zonas terciárias, na periferia das cidades,
mais espaço disponível, infraestruturas modernas, na convergência de importantes vias rodoviárias
acessibilidade e oferta de espaços residenciais eonde se encontram grandes superfícies de
e empresariais de qualidade, com boa envolvente comércio especiallizado e serviços mais exigentes
paisagística e ambiental em espaço.

Exemplos: a Boavista, no Porto, e o Parque das Exemplos: fóruns, retai! parks, zonas comerciais,
Nações, em Lisboa, onde a Gare do Oriente é um parques empresariais, que oferecem também
interface de diferentes modos de transporte, com restauração, espaços para reuniões, feiras de
ampla oferta de parqueamento automóvel. negócios e congressos, além de estacionamento.

Distância
em tempo

■ 15 | 30
60'

Oceano
Atlântico

Vouzela
Aveiro RetaiLPa
<
VtSOLl
Gare do Oriente, Lisboa.
(

Por isso, atrai: M Aveiro

- funções centrais, como o comércio e os serviços


especializados; isboa

- população de maior poder económico;


■■■
- investimento em áreas de negócio atuais Coimbra
e associadas às novas tecnologias;
Aveiro Retail Park
- atividades lúdicas e culturais;
- eventos de nível nacional e internacional;
- turismo e atividades associadas.

Exemplo: Tagus Park, Oeiras


• Parques de inovação e tecnologia, nas
periferias acessíveis e ambientalmente
bem localizadas, direcionados para a
investigação, ciência e tecnologia, com
campus universitários, incubadoras de
empresas e serviços especializados
de apoio aos negócios (prospeção
de mercado, logística, marketing,
programação, design, gestão,
contabilidade, etc.).

Para evitar o declínio do centro, com a saída de funções centrais, tomam-se medidas como:

• gestão do trânsito, melhoria dos transportes públicos e espaços de estacionamento;


• reabilitação de edifícios e requalíficação dos espaços envolventes;
• criação de áreas pedonais - ruas e praças reservadas à circulação de peões;
• apoio à instalação de novas funções e dinamização de eventos que atraem a população.

140
As áreas urbanas: dinâmicas internas

A função industrial - do centro para a periferia


Fator industrial:
Desde o seu início que as cidades atraíram a indústria, tendo constituído um situação ou razão que
influencia a localização
importante fator de localização industrial. Porém, a presença da indústria nos
de uma indústria.
centros urbanos tornou-se cada vez menos vantajosa.
......................................................................................................... .................................................................................................................................................................................................................................................................

Dificultam a permanência, na cidade, da indústria que:


• O contínuo aumento da renda locativa
■ ocupa espaços de grande dimensão;
e da pressão imobiliária.
* gera mais efluentes, ruído e poluição atmosférica;
• A exigência de melhor qualidade
do ambiente, pela população. ’ gera mais tráfego de trabalhadores e também de matérias-
• O congestionamento do tráfego urbano.
-primas e produtos finais, geralmente em veículos pesados
e mais poluentes.

A indústria desloca-se para a periferia ou para áreas rurais acessíveis, onde encontra vantagens,

4. 4/ 4"
Preços mais baixos Parques industriais ou empresariais Melhor acessibilidade, Disponibilidade de mão
do solo e, em muitos (indústria e terciário), com boas reduzindo os custos de obra com diferentes
casos, também infraestruturas, permitindo aproveitar de transporte, que níveis de qualificação
da água, além de complementaridades e, assim, se torna mais rápido, e residente nas áreas
menores custos reduzir custos de produção. o que permite elevar suburbanas próximas.
fiscais. a produtividade.

Exemplo: Parque Empresarial de Estarreja

- Pouco poluentes e menos exigentes em espaço e em energia.


- Utilizadoras de matérias-primas leves e pouco volumosas.
Indústrias que
- Oferecem bens de consumo diário ou frequente, como tipografias, panificadoras
encontram vantagens
e reparação automóvel.
no centro da cidade
- Associadas a produtos especializados,, como a joalharia e a alta-costura, e às novas
tecnologias de comunicação.

VERIFICA SE SABES
— J
Enunciar as principais características da cidade e os critérios para a sua definição, em Portugal. í “
AVALIAÇAO

Caracterizar o CBD, explicando a diferenciação espacial em áreas funcionais. Pp. 152e153


GRUPO I:
Explicar a dinâmica funcional do centro da cidade e seus efeitos na organização espacial. Questões 1e2

Questão 1
Explicar a evolução da localização industrial em relação à cidade.
GRUPO IV:
Questões 4 a 6

141
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

Função residencial e segregação espacial Segregação


espacial: função
A função residencial, na maioria das cidades, é a que ocupa mais espaço, eviden­
residencial
ciando uma clara segregação espacial em áreas residenciais que se distinguem: distribuída por
áreas de grande
• pela localização, relacionada com o custo do solo;
homogeneidade
• pela qualidade de construção e características arquitetónicas; interna e por uma
forte desigualdade
• pela oferta de serviços que proporcionam qualidade de vida;
entre elas.
• pelo nível socioeconómico da população que nelas reside.

Classes mais favorecidas Classes médias

Em áreas de boa acessibilidade e prestígio social, • Em áreas menos centrais da cidade ou nas
com boa envolvente ambiental e paisagística, em suas periferias - áreas suburbanas onde
áreas históricas e tranquilas da cidade ou nas novas o custo do solo é menor e há oferta de
centralidades. transportes públicos, ou boa acessibilidade
rodoviária.
Exemplo: habitação de luxo no Porto • Constituídas, sobretudo, por prédios
de apartamentos com alguma qualidade
Quando pensamos em imóveis no Porto, visualiza de construção e uma arquitetura marcada
mos os Aliados, a Ribeira, a Boavista, a Foz. Ora, neste pela uniformidade.
condomínio fechado, com seis casas de 281 a 343 m2, • Servidas por atividades terciárias
numa avenida emblemática, de arquitetura contem e equipamentos públicos, como escolas,
porânea, de linhas puras, todas as unidades têm dois centros de saúde, espaços desportivos, etc.
pisos, com elevador, piscina privativa e uma boa área
de jardim. Exemplo: condomínio em Lisboa

Casa Portuguesa, fevereiro de 2018

Constituídas por vivendas ou apartamentos, de boa


qualidade de construção e uma arquitetura diferenciada,
por vezes em condomínios fechados, com jardim,
piscina, etc.

Exemplo: moradia de luxo, em Cascais

• As áreas residenciais de nível médio também


se expandem para periferias mais afastadas,
com boa acessibilidade à cidade, sendo
maioritariamente constituídas por vivendas.

Exemplo: condomínio em Sesimbra

Viver no campo e trabalhar na cidade ê


o binómio cada vez mais procurado. Este
condomínio, a 35 km de Lisboa, rodeado
Servidas por atividades terciárias, pouco concentradas, pelo verde da serra e próximo da praia,
sobretudo comércio sofisticado e serviços de tem 34 moradias bioclimáticas, piscina e
proximidade. jardim.
As áreas residenciais de nível elevado também se Green Acres, março de 2019
localizam na periferia, próximo do campo ou do mar,
mas com ligações rápidas à cidade.

142
As áreas urbanas: dinâmicas internas

Classes menos favorecidas

A população das classes mais pobres reside em diferentes áreas da cidade ou da sua periferia.

Em bairros de habitação social:


Exemplo: habitação social em Espcsende
• Construídos pelo Estado ou pelas autarquias,
para realojar população de fracos recursos,
antes residente em bairros de habitação
precária.
• Constituídos por edifícios idênticos,
com apartamentos de pequena dimensão
e equipamentos mínimos.

Atualmente, procura-se garantir a qualidade


de vida e a promoção social evitando bairros
de grande dimensão e optando pela sua
dispersão e integração em áreas residenciais
das classes médias.

No centro antigo da cidade: Em bairros de habitação precária:


• Casas devolutas em edifícios degradados, • Barracas em áreas periféricas, ou prédios inacabados, sem
ocupadas por imigrantes pobres. acesso legal às redes públicas de água, energia, saneamento
• Edifícios degradados, muitas vezes em risco básico e telecomunicações.
de derrocada, onde vive uma população • Em solos expectantes - desocupados - da autarquia ou de
idosa de fracos recursos, que paga rendas particulares, acolhem uma população de escassos recursos,
muito baixas e se sente pressionada a sair sobretudo imigrantes.
do seu espaço de toda a vida. - Devido ao desemprego e ã pobreza, tornam-se propícios
à exclusão social e a problemas como a delinquência juvenil
Exemplo: pressão para sair e a violência.
Exemplo: bairro de habitação precária, Louras
Viver no coração de Alfama é estar
sozinho no mundo, para Rafael More
no. É como se estivesse a mais nas duas
assoalhadas onde se conta toda a histó
ria da sua vida É muito mau o que sen
te. Por isso abrevia: “A senhoria quer
que eu saia, para renovar o prédio e lhe
dar outro uso”.
No último ano, duplicaram os pe
didos de ajuda no escritório de ad
vogados da junta de freguesia, pelo
mesmo motivo pressão dos senho
rios.

Público, 31/03/2018

VERIFICA SE SABES

í------------- “
Explicar a segregação espacial na distribuição da função residencial, no espaço urbano. AVALIAÇAO

Pp. 152e153
Caracterizar as diferentes áreas residenciais, justificando a sua localização.
GRUPO IV:
Questões 7e 8

143
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

II. A expansão urbana


O crescimento urbano associa-se ao próprio dinamismo interno das cidades, que altera os
padrões de localização das diferentes funções, podendo considerar-se duas fases:

• fase centrípeta - as cidades atraem a população e as atividades económicas, gerando


concentração demográfica e económica nos centros urbanos;
• fase centrífuga - o aumento da renda locativa provoca a deslocação, para a periferia, da
população e de muitas atividades económicas, dando-se a expansão urbana para áreas
periféricas.

Surge, assim, a suburbanização, facilitada por fatores como:


Em Portugal, o processo de
■ falta de habitação e o seu elevado custo no interior das cidades;
suburbanização foi mais importante
■ existência de vastas áreas disponíveis, na periferia da cidade,
na segunda metade do século XX,
onde o custo do solo é baixo;
com o êxodo rural, intensificando-se
• desenvolvimento dos transportes públicos e vias de
a partir dos anos 70, apresentando
comunicação;
hoje uma alteração nos seus padrões
• aumento da motorização das famílias;
de expansão.
• expansão e modernização do setor da construção civil.

■ Inicialmente desenvolve ram-se numa grande dependência Suburbanização:


em relação à cidade, funcionando como dormitórios. processo de
■ Atualmente, pela expansão das funções urbanas - as expansão para
que saem da cidade e as que surgem com o crescimento os subúrbios -
suburbano (comércio, serviços de saúde, educação, periferia - da
etc.) -, a relação passa a ser de interdependência e mancha urbana.
complementaridade, tornando-se cada vez mais intensa Mancha urbana:
e complexa e desenvolvendo-se também entre as cidades espaço contínuo de
das áreas suburbanas. ocupação urbana.

O processo de expansão urbana continua para lá da cintura suburbana, com:

Nas áreas rurais contíguas à cintura suburbana vão


Deslocação de pessoas
surgindo funções urbanas, como indústrias e serviços
e atividades económicas urbanas
de armazenagem, que induzem o aparecimento
para pequenas cidades e vilas
de outras atividades e de áreas residenciais, num padrão
situadas no espaço rural, a maior
de localização descontínua e difusa, intercalado com áreas
distância (Fig-U
de ocupação rural.

Analisa a imagem da fig. 1:

1. Indica as alterações introduzidas


pelas funções urbanas.

Fig.1 Rurbanização, em Torres Vedras.

144
As áreas urbanas: dinâmicas internas

Formação das áreas metropolitanas


Em Portugal, o processo de suburbanização ocorreu
sobretudo no litoral e à volta de Lisboa e do Porto,
seguindo as principais vias de comunicação.

A expansão de atividades económicas gerou emprego


e crescimento demográfico, e atraiu grande diversidade
de serviços e comércio. Muitos aglomerados suburba­
nos ganharam vida e foram elevados a cidade (Hg. 2).

Nas áreas suburbanas, surgem potencialidades e pro­


blemas que é necessário gerir em conjunto, pelos di­
ferentes municípios. Assim, foram criadas as áreas
metropolitanas (AM) de Lisboa e do Porto (1991) e as
comunidades intermunicipais (CIM), que são coinci­
dentes com as NUTS III. Em 2013 foram redefinidas as
■"Ti
atribuições, órgãos e competências das AM (Doc. 1). <5
CM

LU

Fig. 2 População residente em cidades (2011).

Doc. 1 AM de Lisboa e do Porto e principais atribuições


AM do Porto AM de Lisboa
1. Pôv. de Varzím 1. Mafra
a) Elaborar planos e programas 2. Vila do Conde 2. V. F. Xira
de investimento público. 3. Trofa 3. Loures
4. Santo Tirso 4. Sintra
b) Promover, planear e gerir as 5. Matosinhos 5. Odivelas
6. Maia
estratégias de desenvolvimento. 6. Amadora
7. Va longo 7. Cascais
8. Porto
c) Articular os investimentos ao nível 8. Oeiras
9. Gondomar g. Lisboa
metropolitano. 10. Paredes 10. Almada
11. V. N. de Gaia 11. Seixal
d) Participar em programas 12. Espinho 12. Barreiro
de desenvolvimento regional. 13. Sta. M. da Feira 13. Moita
14. S. J. da Madeira 14. Montijo
e) Participar na definição de redes 15. Olitf. d& Azeméis 15. Alcochete
16. Vale de Cambra
de serviços e equipamento. 16. Sesimbra
17. Arouca 17. Palmeia
f) Participar em entidades públicas 0 50 km 18. Setúbal
metropolitanas.
Lei 75/2013, Didrio da RepüWtoa, V série, N.q 176, 12/09/2013 (adaptado)

Analisa o mapa da fig. 2 e o doc. 1:

2. Identifica, na fig. 2t as áreas mais urbanizadas, em Portugal continental e nos arquipélagos.

3. Explica a importância das AM, referindo o respetivo tipo de competências.

VERIFICA SE SABES
AVALIAÇÃO

Pp.152e153
Explicar suburbanização, periurbanização e rurbanizaçâo, indicando os respetivos fatores. GRUPO I: Questões 4e 5
GRUPO II: Questões 3 e 4
Explicar a evolução da relação áreas suburbanas — cidade principal a formação das AM. GRUPO III: Questão!
GRUPO IV: Questões 9 e 10

145
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

Dinamismo demográfico e económico das áreas metropolitanas


As áreas metropolitanas* com uma densidade populacional muito superior à nacional e uma
complexidade de relações espaciais geradoras de complementaridades sociais e económi­
cas* constituem polos dinamizadores do desenvolvimento nacional.

Tab. 1 Indicadores de dinamismo demográfico em 2017. Tab. 2 Indicadores de dinamismo económico em 2017.

Portugal AM de Lisboa

População (n.°) 10 291 027 2 833 679 1 719 702 Ganho médio

A riüdftos EstatístJtos /te g b n a /s 2 0 1 7 , 1NE. 2018


1105.6 1388.5 1095,5
mensal (€)
índice sintético
1,37 1.67 1,32
de fecundidade Emprego
4756.6 1270.6 1654,0
(milhares)
índice de
155.4 135,8 148,0
envelhecimento VAB (103 €) 85 410 310 38 323 032 14 108 987

Imigrantes Despesa em
4,05 7,27 0,8 5,3 6,7 5,2
(% da população) l&D (% PIB)

Taxa esc. ens. sup. (%) 37.2 50,6 46,2 Empresas com
-I- 250 colabora­ 862 420 158
Unidades dores (n.°)
3927 1134 920
de investigação (n.°)
Nota: l&D - Investigação o Desenvolvimento

Analisa as tabs. 1 e 2:

1. Recorda o significado de cada indicador.

2, Compara o valor nacional de cada indicador com o das áreas metropolitanas e destas entre si.

As duas áreas metropolitanas, no seu conjunto:

• Concentram 44,3% da população total.


■ Ofe rece m cerca d e 6 3% do em p re g o tota I.
• Atraem maior número de imigrantes.
■ Produzem 61,4% do VAB nacional e quase 70%
• Têm uma população: do valor das exportações do país.
- com maior capacidade de renovação;
■ Incluem 67% do número de grandes empresas.
- menos envelhecida e com mais ativos;
■ Obtêm 41,7% do PIB nacional.
- mais instruída e qualificada;
■ Investem mais em l&D
- com mais doutorados em ciência e tecnologia.

Maior destaque da AM de Lisboa

Este dinamismo, associado à expansão urbana, também gera efeitos negativos:

• movimentos pendulares mais intensos e distantes, mantendo o fluxo dominante para a cidade,
mas efetuando-se também em sentido inverso e entre diferentes pontos das AM;
• aumento do trânsito, do consumo de combustíveis e das emissões de gases poluentes;
• maior custo e tempo das deslocações diárias, prejudicando a saúde e as famílias;
• pressão urbanística sobre áreas rurais e florestais, reduzindo a biodiversidade.

AVALIAÇAO

Explicar a importância das AM para o desenvolvimento nacional, com parando-as entre si.

146
As áreas urbanas: dinâmicas internas

III. A qualidade de vida urbana


Principais problemas
O crescimento urbano e a dinâmica interna das cidades con­
duzem a problemas que afetam a qualidade devida de quem Exemplo: saturação de serviços

habita nelas e nas suas áreas suburbanas:


São cada vez maiores as filas de
Saturação de infraestruturas e serviços públicos espera nas conservatórias do registo
civil e nas lojas do cidadão em Lisboa.
• Excesso de trânsito e difícil estacionamento.
• Rede de transportes públicos insuficiente. RTP Notícias, 22/04/2019

• Tempos prolongados de espera nos serviços


de administração, justiça, saúde, etc.

Exemplo: custo do solo na AM de Lisboa, em 2018


Difícil acesso a habitação
Euro/m2
■ Degradação dos edifícios no centro antigo.
4668
■ Habitação sem condições mínimas de segurança e conforto 3293
(edifícios antigos e bairros de lata). 2752
1566 a 1906
■ Especulação imobiliária, que "expulsa" da cidade os que têm 939 a 1465
menos recursos, pela subida das rendas devido ao rápido
aumento da procura.
■ Falta de políticas de arrendamento acessível.

INE, 2010
Problemas sociais
■ Envelhecimento demográfico, solidão, sensação de abandono
e insegurança entire os idosos que permanecem no centro,
ainda com rendas antigas, enquanto os mais jovens procuram, Exemplo: pessoa sem abrigo
na periferia, habitação a preço mais acessível.
■ Pobreza entre os idosos, devido a baixas pensões
de reforma, nas famílias monoparentais só com um salário, ->
e em situações de desemprego e exclusão social -
imigrantes, minorias e pessoas sem abrigo.

Problemas ambientais

• Ocupação de leitos de cheia, que agrava o efeito


das inundações.
• Falta de zonas verdes e vias pedonais e de transportes Exemplo: ilha de calor - Coimbra
suaves (bicicletas, trotinetas, etc.).
• Produção de grandes quantidades de resíduos.
• Impermeabilização dos solos (ruas e passeios).
• Elevado consumo de energia.
• Elevados níveis de ruído e de poluição atmosférica.
• Materiais de construção que absorvem muito calor.

Analisa os textos e as imagens:

3. Indica e comenta situações atuais que retratem os principais


problemas urbanos.

147
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

Recuperação da qualidade Doc, 1 Lei n.° 31/2014 de 30 de maio


de vida urbana
Artigo 11.°
O papel do planeamento Relação entre programas e planos territoriais
1. (.) programa nacional da política de ordenamento
Nas últimas décadas assistiu-se, em Portugal, a do território, os programas sectoriais e os progra
uma crescente valorização da política de ordena­ mas especiais prosseguem objetivos de interesse
nacional e estabelecem princípios e regras orien
mento do território, desde o nível nacional ao re­
tadoras para os programas regionais.
gional e municipal. 2. Os programas regionais prosseguem os objeti
vos de interesse regional, respeitando os pro
gramas de âmbito nacional.
Foram elaborados diversos instrumentos de ges­
3. Os planos territoriais de âmbito intermuni
tão territorial, enquadrados pela lei de bases ge­ cipal e municipal devem respeitar, desenvolver
rais da política pública de solos, de ordenamento e concretizar as orientações dos programas
territoriais preexistentes de âmbito nacional e
do território e de urbanismo (Doc. 1).
regional.
1. Os planos de âmbito municipal devem respeitar
O planeamento é um processo essencial na pre­ as orientações dos programas intermunicipais.
venção e resolução dos problemas urbanos, uma *Lci de bases gerais da política pública de solos, de or­
denamento do território e de urbanismo" (adaptado)
vez que pretende gerir a utilização do espaço de
forma ordenada, de modo a criar condições de
vida adequadas.

Para o planeamento urbano são muito importantes os Planos Diretores Municipais,


os Planos de Urbanização e os Planos de Pormenor:

Plano Diretor Municipal Planos de Urbanização


• Estabelece as linhas gerais • Definem a ocupação do solo e a organização espacial
dos usos do solo, no território do território municipal do perímetro urbano.
municipal, e da execução
do próprio PDM. — 'ntG9ra Planos de Pormenor
• Vigora durante dez anos, após • Desenvolvem e concretizam, com detalhe, propostas
o que deve ser revisto para de ocupação e de organização de uma área específica
redefinir estratégias em resposta do concelho (Fig. 1).
a novas necessidades • Servem de base aos projetos de infra estruturas,
e/ou oportunidades. da arquitetura dos edifícios e dos espaços exteriores.

ESTRUTURA ECOLÓGICA
2ZZZ1 Área verde de utilização pública
w w w .cm -gala.pt { consulta do em 19/04/2019)

] Área verde de enquadramento de espaço canal

SOLO URBANIZADO
F ~~1 Habitação multifamiliar
W15| Comércio e serviços

SOLO DE URBANIZAÇÃO PROGRAMADA


"| Habitação multifamiliar
_ _I Área mista - Tipo I
j Área mista - Tipo II
] Equipamentos de utilização coletiva
] Habitação multifamiliar consolidada

Fig,1 Excerto da planta de zona mento do plano de urbanização da Barrosa {Vila Nova de Gaia).

Analisa a planta da figura 1:

1. Verifica a legenda. 2. Comenta a localização dos novos usos programados.

148
As áreas urbanas: dinâmicas internas

A revitalização das cidades


A revitalização urbana é uma das prioridades dos respetivos municípios e, geralmente,
é concretizada através de ações de reabilitação, requalificação e renovação urbana.

Reabilitação urbana IFRRU: instrumento financeiro para reabilitação


■ Operações urbanísticas de conservação, alteração, e regeneração urbanas.
reconstrução e ampliação de edifícios para melhorar as
Reabilitar para Arrendar
condições de uso, conservando o seu caráter fundamental;
mantém os usos do solo. JESSICA: iniciativa da Comissão Europeia, com
o apoio do Banco Europeu de Investimento.
R eq u al if ica ç ão u rba na
■ Recuperação de edifícios e espaços urbanos, com alteração
das antigas funções, procedendo ao ordenamento de áreas POLIS: Programa de Requalificação Urbana
degradadas ou desocupadas. e Valorização Ambiental das Cidades - que já
■ Valorização da cidade nos domínios urbanístico, social terminou e apenas continua a apoiar os planos
e ambiental, melhorando a sua atratividade ainda por concluir.
e competitividade
IFRRU: também apoia as operações
Renovação urbana de requalificação urbana.
■ Demolição total ou parcial de edifícios e estruturas antigas
e degradadas.
Em Portugal, o melhor exemplo é o Parque das
■ Construção de novos edifícios e espaços com funções
Nações - uma área industrial degradada que
urbanas diferentes das anteriores.
foi substituída por outra de comércio e serviços
■ Criação de áreas residenciais para população especializados, com habitação de qualidade,
de classes altas. constituindo um novo centro da cidade (Fig.2).

Fig.2 Vista do Parque das Nações.

Em Lisboa e no Porto, a reabilitação tem sido impulsionada pelo investi­ Gentríficação: substituição
mento em alojamentos turísticos e pela procura de habitação de luxo, de residentes de menores
verificando-se um processo de gentríficação que poderá descaracterizar recursos por outros de
maior poder económico.
as cidades, sendo necessário que a política urbana previna esse problema.

VERIFICA SE SABES avaliação

Pp. 152e153
GRUPO I:
Explicar os principais problemas do espaço urbano. Questão 3

Questões 5 e6
Enunciar os principais instrumentos de ordenamento do espaço urbano. t'

149
TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e áreas urbanas

SÍNTESE

Espaço urbano
4/ F—. ------------------------------------------------------- ■------------------------ . ---------------------------------- ---------------------- ■------------------------ . ---------------------------------- — ---------------------------------------------- - ------------------------------

I I

I
Características I
I
I
I
I
I
Designação - depende sobretudo da dimensão demográfica:
I II

í • Densidade I '
- Lugar urbano - com mais de 2000 habitantes.
demográfica alta i * |
i
i
- Centro urbano - com mais de 10 mil habitantes.
ou muito alta,
I
i
i
I
1
i
- Cidade - estatuto dependente de critérios:
• Trânsito intenso. I
I
I

I i
xP xp 4/
I • Predomínio do setor i
I I
i I

terciário. i
i
Demográfico 1 i Funcional ■ a Jurídico-administrativo
• N.°de ■ Setores de • Características
I
I

I
• Diversidade de i !
I

serviços e comércio. I
I
i
i
i habitantes. i i atividade. que justificam
!
- Densidade ■ Funções urbanas estatuto de cidade.
I
• Ritmo de vida intenso. !
I
i
I

i
i

populacional. que oferece.


4 F FF F 4

............... ................... xp xp
ta ria
1 i;
4
I
i
Aglomerado Pelo menos cinco Sem os critérios
! ! ■ -
Em Portugal Ü
I
urbano contínuo
; com mais de
I
dos equipamentos
coletivos indicados
anteriores, mas por
(Lei n.° 11/82) ■

I
I
I
I
razões importantes de
i I I

1 8000 eleitores. na lei.


; : ordem cultural ou outra.
1 > I
' I

I
I
l>
I
I 1 :

Organização funcional no espaço urbano

4 4 4

Funções urbanas - bens e serviços oferecidos pelo espaço urbano. Custo do solo, que:
I '
I ■
I
I
I

A sua distribuição espacial é muito influenciada pela renda locativa. I


I
é mais alto no
4 4
i

4/ 4/ I
I centro;
e"
diminui para a
4 I' ’l 4
I I

Áreas terciárias I
1
Áreas industriais Áreas residenciais I
I

periferia, exceto
. CBD: comércio •
I
• Saída da cidade •
I
Segregação espacial I

nas novas
i I I
4 1 I I I
I

e serviços das maiores - diferenciação das ■



I
!
I I centralidades,
especializados i
I
I mais poluentes, ■ áreas residenciais: i I
I
I
I
I

onde também
e organizados em I para parques I
i
■ localização; I
I I
i
I
I
i i I
I
I
é alto;
áreas funcionais. industriais ou I ■ qualidade de I

depende da
4 ! I i
I I i i I

• Outras áreas:
i
i
I empresariais nas construção e
I
I
I
i I
I I

procura, que,
comércio e !
I
i
áreas suburbanas i
arquitetura; i
i I
I
I i
1
periurbanas ou
i
I
I
I sendo elevada,
serviços. I I
i
’ equipamentos,
I
i

provoca preços
! i i
► I

’’.......... ........ <P............... rurbanizadas. I


i
1 I comércio e
I
I
I
I I
i
I ■
especulativos.
!
• Permanência •
I serviços.
i

Dinâmica funcional: I
i
I
I h 4
I
das de menor I

.............. 'T
sucessão de funções I
I

I
i
dimensão e de i i
: centrais - saída de I

Segregação social: diferentes classes sociais


bens de consumo,
i

comércio e serviços I
em áreas residenciais cujas características
i
diário ou mais
mais banais e I
indicam o seu nível de vida.
i i
I valiosos. i i
instalação de outros !
I
i
I i 4-
de maior prestígio. I
I

i r........................................................................ ”................ ..
............. sp........... A função residencial também sofre alterações:
4 I
I
’ Domina a população idosa, que paga ainda
I

Dá origem a: t
i
i rendas antigas.
• Novas centralidades: funções terciárias

I
I
• A alteração da lei do arrendamento
especializadas, muitas deslocadas i
i

e o aumento da procura está a fomentar


do centro antigo. !
I
a gentrificação permitida pela reabilitação
i
i

• Amplas zonas comerciais e de serviços, i

e consequente valorização dos imóveis,


>

na periferia, com grandes superfícies •


I
1
i para vender, arrendar ou afetar ao turismo.
i

especializadas.
'4.......................................................... ______ __________________

150
As áreas urbanas: dinâmicas internas

Expansão urbana

Crescimento urbano Áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto


sk sk
i i

Fase centrípeta I
I
i
i
I
í
Fase centrífuga I
I
i
’ Criadas em 1991, com atribuições
i i

• Concentração ■

I
1
I
• Saída de I 1
redefinidas em 2013.
i I I

de população i i
população i
’ Constituição: 19 concelhos (AM do Porto);
e atividades. !
I
i
i
I
i
i
e de muitas
I
I
i
i
18 concelhos (AM de Lisboa).
• Crescimento I
i
!
I
atividades I
I

interno.
i
i


i
da cidade. I f..................................................................................................................................................................................................

!
I
Atribuições das AM Que sejam
q; ■
I
1 ’ Resolver problemas. I
I
comuns ou

I
I

Expansão urbana para:


i
i
I
1 - Construir infra estruturas I
do interesse
• as periferias I
I
i
I
I
1 e equipamentos.
I
I
i
de todos os
i

- da cidade - suburbanização -, dando I


I
I
I ’ Planear e concretizai
I
I
i
municípios
I

continuidade à mancha urbana;


I
i !
I
i programas de I
I
li
da AM.
■I
I

- das áreas suburbanas - periurbanização -, I


I
i
I
I
i
desenvolvimento. I
I

>
de modo disperso, intercalado com I
I
I
i
i
’ Articular investimentos. I
I

I

a ocupação rural;
i t'
I
i - Participar em programas de I

I

• o espaço rural mais distante - rurbanização. I


I
i
I
i desenvolvimento regional.
'!
I
I

V

4/.............................. %
SP
r-- --------------------------------------------------------------------------------
i ■ ■
> •
I

Fatores da expansão urbana I ' As AM têm maior


i
i
u

São polos
• Renda locativa alta na cidade e mais baixa na dinamismo: I

periferia, onde há oferta de habitação nova. ■ demográfico;


'•
I'
«
i
dinamizadores do
■ desenvolvimento
• Desenvolvimento dos transportes e suas vias, : : ■ social; I

'•
I'
i nacional.
e banalizacão do uso diário do automóvel. ■ económico. I I
I
i
i

>1 fc ■

Qualidade de vida urbana


sk
/— — ———- ——--——
Problemas Planeamento
• Saturação de infraestruturas e serviços públicos, • Processo essencial na prevenção
sobretudo nos transportes e na saúde. e resolução dos problemas
• Difícil acesso a habitação com boas condições urbanos, uma vez que pretende
de habitabilidade e com rendas acessíveis. gerir a utilização do espaço de
• Degradação dos edifícios, espaços e equipamentos. I
forma ordenada, de modo a criar a

• Envelhecimento da população e pobreza dos condições de vida adequadas.



I

idosos, dos imigrantes e das pessoas sem abrigo. Instrumentos do planeamento urbano:
• Problemas ambientais, principalmente a produção • Plano Diretor Municipal;
■í

de resíduos e a poluição atmosférica. : • Plano de Urbanização;


1

• Plano de Pormenor.
'+■■ ■ ■■■■■ ■ ■ ■■■»■■■ ■ ■!■■■■ ■ ■ ■■■■ ■ ■ ■■■■■*■ ■ »■■■ ■ ■ ■)■■■■■ ■ ■!■■■■■ ■ ■ ■■■■ ■ I

Revitalização da cidade
........................................... <k.........................................................

j. = a----s-= rrwwwr
>k
- rsn-a-a ■■■!■■■■ b-b-b-k-b-b b-bbh-b vb-kb-b-b b-b-bís-b-b b-kk-b-b-bbib-b
■I I

Reabilitação Requalificação i Renovação


• Recuperação • Recuperação, alteração - Demolição/Substituiçâo de áreas
de edifícios e ou criação de espaços e degradadas, que se tornam áreas
equipamentos infraestruturas que contribuem novas e modernas, atrativas para
urbanos. para elevar a qualidade de vida a população e para as atividades
• Não se e para a valorização ambiental I
económicas.
alteram da cidade. : - Geralmente, as áreas renovadas
I

funções. i • Há alteração de funções. atraem as funções centrais.

151
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

Avaliação

L Seleciona a letra do conceito que corresponde a cada uma das definições seguintes.

Definição Conceito
1. Saída de certas funções do centro da cidade, que sâo substituídas A. Critério funcional
por outras de nível mais elevado.
2. Valorização do tipo de funções urbanas que estão presentes. B. Fase centrípeta

3. Alteração das funções dos edifícios/es paços e da distribuição


C. Periurbanizaçào
da população e das atividades económicas.
4. Movimento de concentração demográfica e económica D. Requalificação
nos centros urbanos. urbana
5. Instalação de funções urbanas em áreas rurais da coroa suburbana
de forma descontínua e dispersa. E. Dinâmica funcional

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes,

1. As funções associadas ao CBD tendem a deslocalizar-se para outras áreas que, pela sua
acessibilidade, se vão constituindo como novas central idades.
2. Na fase centrífuga, a população diminuí no centro da cidade e dá-se o crescimento demográfico
nas áreas suburbanas.

3. Entre os impactes territoriais negativos da suburbanização destacam-se a destruição de solos


agrícolas e florestais e a falta de equipamentos coletivos nas novas áreas residenciais.
4. Nas respetivas áreas metropolitanas, os concelhos de Lisboa e do Porto foram os que
registaram um maior crescimento demográfico nas duas últimas décadas.
5. Nas cidades, a saturação das diferentes infra estruturas nunca é problema porque estas,
geralmente, expandem-se à medida das necessidades da população.
6. As chamadas “ilhas de calor", nas cidades, são provocadas pelo trânsito intenso, pela
impermeabilização dos solos e pelos materiais de construção dos edifícios.

IIL Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões.

1. As AM de Lisboa e do Porto, em termos europeus, constituem, respetiva mente:


A, distritos, agregando, respetiva mente, 19 e 18 concelhos.
B, NUTS II e NUTS III, agregando, respetivamente, 19 e 18 concelhos.
C, NUTS II e NUTS III, agregando, respetivamente, 18 e 17 concelhos.
D regiões administrativas, agregando, respetiva mente, 18 e 19 concelhos.

2. O índice de envelhecimento:
A. nas AM é superior ao nacional.
B. é inferior ao nacional só na AM de Lisboa.
C. na AM do Porto é superior ao nacional.
D. nas AM de Lisboa e do Porto é inferior ao nacional.

3. Nas duas AM, concentra-se aproximadamente:


A. um quarto da população total nacional.
B. dois terços do emprego total.
C. 60% do VAB total nacional.
D. metade do valor das exportações.

152
As áreas urbanas: dinâmicas internas

IV. Responde às questões seguintes.

1. Descodifica as siglas PDM, PU e PR

2. Associa cada afirmação ao respetivo instrumento de ordenamento territorial.


A. Fixa as linhas gerais de ocupação do território municipal.

B Define a organização espacial de uma área do perímetro urbano do território de uni concelho.

Q Ê revisto periodicamente para melhor fazer o planeamento do território, a nível municipal.

D. Define a organização espacial de uma área específica do concelho.

E. Faz o planeamento pormenorizado de certas áreas para lazer, como parques ribeirinhos.

F. Projeta as intervenções relativas a áreas urbanas, como a construção de um novo bairro.

3. Lê as afirmações A, Be C.
A. Na zona oriental de Lisboa surgiu, numa área que já foi das mais industrializadas
da cidade, uma nova centralidade onde se concentram numerosas funções centrais.

B. O centro histórico do Porto e a Ribeira têm sido alvos de numerosas ações de recuperação
de edifícios degradados, que conferem á cidade um aspeto mais seguro.

C. Na áirea ribeirinha entre Vila Franca de Xira e Alhandra surgiu um agradável parque de lazer,
onde o cais de pesca se transformou numa moderna marina.

Associa a cada afirmação a ação de revitalização urbana que lhe corresponde.

4. Caracteriza o espaço urbano, referindo os diferentes critérios para definir cidade.

5. Explica a diferenciação funcional que se verifica no CBD, em superfície e em altura.

6. Descreve a dinâmica funcional do CBD, indicando o tipo de novos espaços a que dá origem.

7. Caracteriza as diferentes áireas residenciais que é possível distinguir numa cidade.

8. Comenta criticamente a segregação espacial ao nível das áreas residenciais.

9. Relaciona a suburbanízação com a fase centrífuga, aplicando-a ao caso da indústria.

10. Distingue suburbanízação, períurbanização e rurbanização.

11. Justifica a afirmação: “As AM de Lisboa e do Porto são polos de desenvolvimento nacional.”

12. Aponta dois problemas urbanos, apresentando os processos de revitalização que poderão
resolvê-los e os programas/iniciativas que existem para dar apoio a esses processos.

Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2012 - 2.° fase, grupo III Exame 2015 -1.n fase, grupo III Exame 2019 -1.° fase, questão 10

Exame 2014 - 2.° fase, grupo IV Exame 2016 - 2.n fase, grupo III Exame 2019 - 2.fl fase, questão 3.4

Exame 2015 - 1.a fase, grupo VI Exame 2018-1.n fase, questões 12 a 14

153
Tema III

SUBTEMA 3 I. A rede urbana portuguesa

II. Reorganizar a rede


urbana nacional
A rede urbana III. Reconfiguração
do território
portuguesa

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Analisar as principais características da rede urbana nacional, comparando-a com a de outros países
da União Europeia.
• Caracterizar a hierarquização da rede urbana portuguesa, tendo em canta a diversidade e a impor­
tância das funções dos aglomerados urbanos.
• Analisar os processos de relação hierárquica entre cidades e os de complementaridade e cooperação
• Apresentar diferentes hipóteses de articulação da rede urbana portuguesa, consultando instrumentos
de ordenamento do território.
• Analisar as principais relações entre espaço urbano e espaço rural.
• Analisar casos de reconfiguração territorial a partir de parcerias territoriais e/ou do aparecimento de
novos agentes territoriais.

Q Termos e conceitos

- Aglomeração urbana - Complementaridade - Lugar central


e cooperação territorial
- Arco metropolitano - Macrocefalia
- Descentralização
- Área de influência - Rede urbana
ou hinterland - Desconcentração
- Policentrismo
- Bipolarízação urbana - Deseconomia
- Sistema urbano
de aglomeração
- Centralidade
- Economia de aglomeração
- Coesão territorial
A rede urbana portuguesa

I. A rede urbana portuguesa


Uma rede ou sistema urbano pode ter maior ou menor equilíbrio, que depende da:

• dimensão (número de habitantes);


• distribuição espacial das cidades;
• importância das funções que oferece.

Desequilíbrio demográfico Rede urbana ou sistema


urbano: conjunto de cidades
A rede urbana portuguesa apresenta um acentuado desequilíbrio
e suas periferias, de um dado
demográfico, que se explica pela desigual repartição da população território (região, país ou espaço
residente no território (Figs. 1 e2). internacional), que estabelecem
relações de complementaridade e
dependência, com uma certa ordem
hierárquica.
Milhares de habitantes
600

Lisboa

500 Duas grandes cidades, com


grande destaque de Lisboa

2 Cd3
Porto
400

IN E,
_V.N. de Gaia
Amadora Poucas cidades com mais

R efrafo Territorial de P ortugal 2011,


300 Braga
Funchal de 100 mil habitantes
Coimbra
Setúbal
Almada
200 Agualva-Cacém
Reduzido número de cidades
Queluz de médlia dimensão
Odivelas
Aveiro
100 Guimarães
Rio Tinto Grande número de cidades
Barreiro
de pequena dimensão
20 i 11:; i n E TTmTTTLnrTYTriTrVrTJ rTiiHiij u j t j a t>
D

Fig.2 Escalonamento urbano, Portugal.

Analisa as figs. 1 e 2:

1. Identifica as cidades com mais de


Açores 100 mil habitantes.

2. Indica a dimensão da maioria das


cidades portuguesas.

n 3. Compara, na fig. 2, o escalonamento


o
urbano de 1981 e de 2011.
LU

Fig.1 Rede urbana portuguesa, segundo o número de habitantes das cidades


(2011 - dados contabilizados apenas nos recenseamentos).

■ Apenas sete cidades com mais de 100 mil habitantes. Sistema macrocéfalo
Rede urbana
■ Reduzido número de cidades de média dimensão. (com uma cidade muito
portuguesa:
■ Predomínio de ciidades de pequena dimensão. destacada), que muitos
dimensão
■ Destacam-se duas grandes cidades de grande dimensão, consideram bicéfalo (duas
demográfica
sendo Lisboa muito maior do que o Porto. cidades muito destacadas).
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

Desequilíbrio na distribuição geográfica


A distribuição geográfica das cidades em Portugal caracteriza-se por um forte contraste
entre o litoral e o interior, seguindo o padrão de lítoralização característico do território
nacional (Fig. i).

or
Póvoa deVarzim

Bragança
Vila do ContjeQ OTl5ofa O

S. Mamede de Infe:
/ '.Ermesinde
Matosii
Alfera
Sra. da Hoi
Portol Va longo
'ç Gon domar Avein
Vila Nova de Ga
CRães
Espinho (_.i Lourosa

Sta. Maria da Fe ira Q


Sâo João da MadeiraQ
Oliveira dè Azeméis'. ; Vale Cambra
i Portalegre
O o 50 km
I

Analisa o mapa da fig. 1:


Vila Franca
Frant
Xíra
de Xira
OAIverca Évora 1. Verifica a legenda.

Agualvj
Q
do Ribatejo
(jp. Sta. Iria
Xtivéi oskca vém
o, Milhares
de 2. Descreve a distribuição espacial
habitantes
-Cacérl □1)12/ \
?■
das cidades:
< y Lisboa]
9*’
IAI m t
Montijo
>—r-
a. no continente;
Costa
Caparica
< Barreiro b. nos Açores;
Amora
I 600 c. na Madeira.
I I 3^0
IOO
IO
25 km 3. Compara o número e a dimen­
Faro s
são das cidades:
a. do litoral e do interior;

rs
b. do norte e do sul do 1país,
s
2 4. Justifica o contraste entre:
t a. norte e sul;
8« b. litoral e interior.
S
£C
***•*•*«****•*»*«*«****»*•
■u

Fig.1 Rede uhbana portuguesa - distribuição espacial e dimensão demográfica.

Arco metropolitano: área


■ Maioria das cidades localiza-se no litoral ocidental, metropolitana e sua área
de Viana do Castelo a Setúbal. de influência e interação.
• Concentração urbana no litoral algarvio. Aglomeração urbana:
■ Clara bipolarização - concentração de maior agrupamento populacional
número de ciidades, e com maior dimensão, nos que, sem ter em conta os
Rede urbana
arcos metropolitanos de Lisboa e do Porto, que limites administrativos, forma
portuguesa:
incluem as maiores aglomerações urbanas. uma zona construída em
distribuição
• Menor número de cidades, e com menor que nenhuma construção
geográfica
dimensão, em todo o interior. dista mais de 200 m da mais
■ Menor numero e menor dimensão das cidades em próxima.
todo o Alentejo, exceto na península de Setúbal. {Definição da ONU, citada por João
■ Nas regiões autónomas apenas se destacam o Ferrão e Fernando Vala, 2001)
Funchal e Ponta Delgada.

156
A rede urbana portuguesa

Hierarquia funcional da rede urbana Área de influência: área complementar


da cidade em relação à qual a cidade
As cidades, como espaços de interação e oferta de bens e ser­ atrai população e oferece bens, serviços
viços, interagem com a sua área de influência, funcionando e emprego e que, por sua vez, oferece
à cidade serviços, bens e mão de obra.
como lugares centrais. Essa área de influência depende da
Lugar central: com boa acessibilidade
maior ou menor centralidade do lugar - facilidade de acesso e e oferta de bens e serviços a uma dada
nível e diversidade de funções que oferece. área de influência.

■ Funções de nível superior - bens e serviços mais raros e Presentes em menor número de centros
especializados e menos acessíveis. P. ex.: comércio de luxo, urbanos - os de maior dimensão e com
hospital central, universidade, ministérios. maior área de influência.

■ Funções de nível inferior - bens e serviços mais frequentes e Presentes em grande número de lugares,
próximos da população. P. ex.: padaria, farmácia, escola básica. com uma área de influência menor.

As cidades, pelas funções que oferecem, influen­ R. A Açores


ciam a organização do território (Fig. 2).

Rede urbana: hierarquia de funções c »,•

Litoral ocidental, • Maior número e maior


••U
a norte de Setúbal -> diversidade de funções.
e litoral algarvio • Alta acessibilidade. IÇ ©

• Menor número e menor

D iagnóstico 2018, DG Território, 2018


Interior e litoral
alentejano.
-> diversidade de funções.
• Baixa acessibilidade. R. A Madeira

Clara hierarquia funcional k

1. °AM de Lisboa e AM do Porto, com grande número N.° de unidades Nível de diversidade
funcionais funcional
e diversidade de funções e alto nível .—2565
de acessibilidade, destacando-se Lisboa.

2. ° Litoral do Norte, Centro e Algarve, com uma boa Níveis de acessibilidade aos serviços
de interesse geral
-P N P O T/A lteraçâo
oferta funcional e acessibilidade média a alta, Alta HHH HM Baixa
destacando-se Coimbra. I I Sem dados

3. ° Interior Norte, Centro e Alentejo, com menor Fig ■ 2 Oferta funcional, em Portugal (2017).
oferta funcional e acessibilidade média a baixa,
destacando-se Bragança, Viseu, Guarda, Covilhã, Analisa o mapa da fig. 2:
Castelo Branco, Évora e Beja.
5. Caracteriza a oferta funcional e o nível de acessibili­
4. ° Regiões autónomas, com fraca oferta funcional,
dade na região da tua escola.
exceto Funchal e Ponta Delgada.

I
VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

P. 163
GRUPO b Questões 1,4e 5
Caracterizar a rede urbana, quanto à sua dimensão, distribuição e hierarquia funcional. GRUPOU: Questões 1e 2
GRUPO III: Questões 1 e 2
GRUPO IV: Questão 1

157
TEMA III Os espaços organizados pela população: áreas rurais e áreas urbanas

A rede urbana nacional no contexto europeu Sistema urbano monocêntrico:


a população e as funções urbanas
O sistema urbano nacional apresenta um claro domínio de concentradas estão numa área urbana
duas cidades de grande dimensão e com funções de nível hie­ que se destaca claramente das outras.
rárquico superior, que estendem a sua influência a todo o país, Também se designa macrocéfalo.
Sistema urbano policêntrico:
com Lisboa clara mente destacada das restantes.
a população e as funções
No contexto europeu, Portugal está entre os países cuja rede urbanas distribuem-se por muitas
aglomerações urbanas de dimensão
urbana mais se aproxima de um sistema monocêntrico, face ao
idêntica.
sistema policêntrico dos países mais desenvolvidos Fig.ij.

x
Região metropolitana
capital
Outras região
metropolitanas
Regiões nâo
metropolitanas

Nota: Área metropolitana


- aglomeração urbana
(uma ou mais NUTS III)
Mar com, pelo menos, 50%
do Báltico '
da população a viver
Morte
numa área urbana
funcional, com 250 000
habitantes ou mais.

Analisa o mapa da fig. 1:

1. Verifica a legenda.

2. Compara as áreas metro­


politanas de Portugal, Espa­
nha e Alemanha.

3. Indica dois países com


sistema:
a. monocêntrico;
Mar Mediterrâneo
b. policêntrico.

Fíg, 1 NUTS III consideradas como áreas metropolitanas, na UE (2018).

Cidade média: dimensão ótima,


económica e socialmente
Nos sistemas urbanos policéntricos, as cidades médias são em
equilibrada, com as vantagens
maior número, facilitando o desenvolvimento regional, porque das economias de aglomeração.
proporcionam as vantagens das economias de aglomeração, Economia de aglomeração:
que geram crescimento económico. concentração de população e
empresas que permite minimizar
o custo unitário de serviços e
Em Portugal, os desequilíbrios da rede urbana têm como
infraestruturas (transportes,
efeitos a: comunicação, água, energia,
etc.) e beneficiar da cooperação
• fraca inserção da economia regional na nacional; e complementaridade que
• limitação da complementaridade entre centros urbanos e, estabelecem entre si.
como tal, do dinamismo económico e social; Deseconomia de aglomeração:
concentração excessiva que
• limitação da competitividade no contexto europeu e mundial,
gera problemas de saturação de
pela perda de sinergias que uma rede urbana equilibrada infraestruturas e serviços, tornando
proporciona. as desvantagens da concentração
maiores do que as vantagens.

158
A rede urbana portuguesa

II. Reorganizar a rede urbana nacional Coesão territorial:


desenvolvimento sustentável
do território, no seu todo,
Contributo das cidades médias reduzindo ao mínimo as
disparidades e valorizando
O desenvolvimento das cidades médias é essencial para o desenvolvi­ os recursos endógenos e
mento de uma rede urbana mais polícêntrica. No interior, desenham-se al­ as características da região,
guns subsistemas urbanos polarizados por cidades médias com ligações de modo a criar melhores
oportunidades para a
viárias que facilitam os contactos e o desenvolvimento económico (Fig. 2).
população e para as empresas.

R. A. Açores
Região Subsistemas urbanos no interior

Norte Bragança, Chaves e Vila Real. &

Viseu e centros urbanos próximos,


Centro incluindo Seia e Lamego.
Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.

Évora, Portalegre e Beja em conexão


Alentejo com cidades próximas.
Sines, Odemira e Alcácer do Sal.

D iagnóstico 2018, DG Território, 2018


Faro, Loulé e Olhão. R. A. Madeira
Algarve
Portimão, Lagos e Lagoa.

Nestes subsistemas urbanos geram-se dinâmicas


Tipologia de centros urbanos
de cooperação em que as especificidades de cada Áreas metropolitanas
Centros urbanos regionais
cidade complementam as restantes, originando Outros centros urbanos
complementaridades que permitem desenvolver a Articulações interurbanas
sl\ Níveis de relação interurbana
região porque:

-
• Comedores de polaridades

P N P O T /A lteroçtío
• atraem população, atividades económicas e Redes nacionais e internaconiais Tipologia de subsistemas territoriais
Comedor rodofenoviãrio jk Ligações A valorizar
mais funções especializadas; Comedor rodoviário “ internacionais
A Consolidar
■ ■I Comedor ferroviário •"V Rede viária A estruturar
• induzem o crescimento demográfico e económico
nas áreas periurbanas e rurais que ligam as cidades; Fig. 2 Sistema urbano e articulações interurbanas.

• beneficiam o espaço rural envolvente, pela oferta


Analisa o mapa da fig. 2:
de emprego, comércio e serviços essenciais à po­
pulação e às empresas. 4. Verifica a legenda.

5. Localiza os subsistemas referidos acima.


Assim, o crescimento das cidades médias é funda­
mental para o desenvolvimento regional e para a 6. Explica a sua relação com as redes de transporte.
coesão territorial.

VERIFICA SE SABES

avaliação

Comparar a rede urbana portuguesa com a da maioria dos países europeus.

Indicar efeitos do desequilíbrio do sistema urbano nacional.

Explicar como as cidades médias podem contribuir para aumentar a coesão territorial.

159
TEMA III Os espaços organizados pela população; áreas rurais e áreas urbanas

III. Reconfiguração do território


Articulação do sistema urbano
Alcançar um sistema urbano mais polícéntrico passa pelo desenvolvimento das cidades
médias, que será fator de desconcentração demográfica e económica. Para tal, é necessário:

- Para atrair o investimento em atividades como:


• Valorizar e promover os - o turismo, aproveitando recursos naturais, património natural, práticas
recursos endógenos e as agrícolas e tradições, monumentos e lugares de interesse histórico,
potencialidades regionais equipamentos e espaços de lazer, etc.;
(Doc. 1). - as indústrias de exploração e transformação de recursos da floresta
e do subsolo e de produtos agrícolas.

• Completar e melhorar as - Para tornar mais fácil e rápida:


ligações da rede viária urbana - a circulação no interior das regiões:
à rede nacional secundária, - a acessibilidade aos centros urbanos a partir das respetivas áreas
e desta à fundamental. de influência.

• Criar parcerias de
Para aumentar a diversidade da oferta formativa e a competitividade
cooperação entre autarquias,
regional, tendo em conta as potencialidades das regiões, de modo
universidades, empresas,
a captar estudantes, ao nível nacional e internacional, e promover a
entidades locais, e entre as
cooperação com as empresas, com vista à investigação e à inovação.
próprias universidades (Doc. 2).

• Aumentar a oferta de serviços


Para melhorara qualidade das condições de vida e facilitara instalação
e equipamentos nas áreas
de empresas, tornando as regiões mais atrativas para a fixação
intermédias dos subsistemas
populacional.
urbanos do interior.

Pela reabilitação de edifícios, requalificação de equipamentos e espaços


• Promover a revitalização
e renovação de áreas degradadas, de modo a melhorar o ambiente
dos centros das cidades.
urbano e tornar as cidades atrativas e sustentáveis.

• Organizar eventos Para promover a internacionalização das cidades e dos seus


internacionais e participar em produtos e serviços, e tomá-las atrativas para o turismo e para
redes urbanas internacionais. o investimento estrangeiro.
4,

Facilitarão a integração e interação das principais cidades na rede urbana nacional e internacional,
promovendo, ao mesmo tempo, a integração e o desenvolvimento das economias regionais.

Doc. 1 Interior - o luxo do século XXI Doc. 2 Incubadora em parceria

“O interior da região Centro é uni produto turístico valioso. A Câmara de Viseu assinou um protocolo
Temos vários exemplos: com a Víssaium XXI Associação para o
■ turismo religioso de raiz judaica, com hotéis kosher que Desenvolvimento de Viseu, da Universidade
respeitam as práticas judaicas; Católica , para a criação de uma incubadora
■ percursos e excelentes condições para o turismo ativo
de base tecnológica, aproveitando fundos
comunitários. O município garante o
e de contacto com a Natureza que, além de visitantes, atrai
jovens empresários; financiamento nacional e o suporte a projetos
de empreendedorismo que venham a ser
■ gastronomia, artesanato, festas populares, produtos
desenvolvidos na incubadora.
regionais, tradições e património.
Tudo isto tem sido decisivo para travar o despovoamento”, Este protocolo insere se na estratégia municipal
conclui o presidente da Entidade Regional de Turismo do de captação de investimento e fixação de
Centro. empresas de base tecnológica e sturmps.

Imagens de Marca, 26/12/2018 (adaptado) Jornaí do Centro, 03/12/2018 (adaptado)

160
A rede urbana portuguesa

Parcerias entre áreas urbanas e áreas rurais


As cidades médias e os subsistemas em que se integram só serão motores de competitivi­
dade regional se o seu desenvolvimento ocorrer de forma integrada com o espaço rural,
potenciando inter-relações urbano-rurais.
r

Tradicionalmente Nas últimas décadas


.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ J b_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________d

Consideravam-se as relações/trocas urbano-rurais As interações urbano-rurais intensificaram-se


em termos: e tornaram-se mais complexas, incluindo:
• espaciais - movimento de pessoas, bens, capital, - serviços de recreio e lazer, no espaço rural;
informação, etc.; - residência urbana em vilas e aldeias;
• económicos - troca de bens da agricultura (rural) - mistura de funções urbanas e rurais, sobretudo
e da indústria (urbano) e de serviços (urbano). nas áreas de periurbanização e rurbanização.
4-
A nova realidade exige planeamento e articulação entre agentes políticos, económicos e sociais,
para definir objetivos e formas de ação comuns, de modo a conseguir uma gestão eficiente e sustentável
dos recursos naturais, humanos e materiais.

Assim, ganham relevo as parcerias urbano-rurais.

4
São uma forma
Envolvem autarquias, empresas, Visam, consoante o tipo de parcerias, alcançar
organizada e eficaz de
universidades e, muitas vezes, objetivos de desenvolvimento económico
interação entre as áreas
organizações não governamentais e social, tendo em conta a proteção
urbanas e rurais.
e outras da sociedade civil. dos recursos naturais e do ambiente.

As relações de complementaridade e cooperação urbano-rural promovem e potenciam as


especificidades e o encontro de soluções para problemas comuns. São bons exemplos:

• a iniciativa INTERREG, que envolve regiões fronteiriças afastadas dos principais eixos de
desenvolvimento do respetivo país e que promove a cooperação de espaços vizinhos,
através de projetos comuns de desenvolvimento regional, rural e urbano;
• a iniciativa LEADER, que apoia o desenvolvimento rural através de ações integradas de
base territorial (AIBT), no âmbito de programas regionais de aplicação de fundos euro­
peus.

A descentralização, se garantir o exercício das


Descentralização: distribuição de competências de
competências das comunidades intermunici- órgãos centrais para órgãos regionais e locais, com vista
pais e dos órgãos de poder local, reforçará o à aproximação do Estado aos cidadãos e à promoção dos
interesses de uma determinada comunidade inserida num
papel regional e local no processo de desenvol­
dado território com características e projetos próprios.
vimento sustentável e coesão territorial.
(Segundo Díogo do Amaral, 2010)

Enunciar formas de desenvolveras cidades médias com vista a um sistema urbano mais policêntrico. avaliação

Defender a importância das parcerias urbano-rurais para a coesão do território.


TEMA III Os espaços organizados pela populaçao: áreas rurais e áreas urbanas

SÍNTESE

Espaço urbano

Dimensão Distribuição espacial Hierarquia funcional


I • Sistema macrocéfalo: ■ Grande concentração na • Maior acessibilidade e funções
I
uma cidade - Lisboa faixa ocidental, de Viana I
em maior número e maior
- muito maior do que ■ do Castelo a Setúbal, diversidade nas AM, sobretudo
as restantes. e no litoral algarvio. de Lisboa.
I
1

1 ■I ■

• Apenas sete cidades • Bipolarização nas AM • Seguindo-se as cidades


ti
com mais de 100 mil I
de Lisboa e do Porto. do litoral ocidental e algarvio,
li
habitantes. I i
• Cidades em menor II
num nível intermédio de
• Poucas cidades número e menor funções e acessibilidade.
I

médias. dimensão em todo • Todo o interior e a maioria das


• A maioria das o interior. 1 ilhas com fraca oferta funcional
cidades com menos • Nas RA, destaca-se e menor acessibilidade.
de 20 mil habitantes. o Funchal, com mais
de 100 mil habitantes.

■ Fraca inserção da economia regional na nacional.


A rede urbana nacional aproxima-
■ Limitação da complementaridade interurbana
-se de um sistema monocêntrico.
e da competitividade no contexto internacional.

Reorganizar a rede urbana: o papel das cidades médias

Alcançar um Através de dinâmicas Atraem população,


li
sistema urbano I
de cooperação que permitam atividades económicas
mais policêntrico, aproveitar melhor e funções mais raras.
: desenvolvendo as ; as especificidades e potenciar Induzem o desenvolvimento das
cidades médias. complementaridades. respetivas áreas de influência.

Reconfiguração do território

d
1
Articulação do sistema urbano Parcerias urbano-rurais
• Valorizar e promover os recursos endógenos e • São uma forma organizada e eficaz
as potencialidades regionais, para desenvolver de interação urbano-rural.
atividades económicas como o turismo e a indústria. • Dinamizadas por autarquias,
• Completar e melhorar as ligações da rede viária empresas, universidades e outras
urbana às redes nacionais - secundária organizações não governamentais
e fundamental -, para melhorar a acessibilidade e da sociedade civil.
no interior das regiões e aos centros urbanos. • Para alcançar o desenvolvimento
• Criar parcerias de cooperação entre as autarquias económico e social, protegendo
e entidades locais, e entre as diferentes os recursos naturais e o ambiente.
universidades, para aumentar a capacidade
de investigação e inovação.
Através de contactos regulares e
• Aumentar a oferta de serviços e equipamentos.
trabalho de articulação e cooperação
• Promover a revitalização dos centros das cidades,
entre as partes envolvidas, de modo a
para as tornar mais atrativas e sustentáveis.
desenvolver sinergias que potenciam
• Organizar eventos internacionais e participar
o desenvolvimento regional.
I
em redes urbanas internacionais.
I

162
A rede urbana portuguesa

Avaliação

L Seleciona a leira do conceito que corresponde a cada uma das definições seguintes.

Definição Conceito

1. Área em relação à qual a cidade atrai população e oferece bens, A. Rede urbana
serviços e emprego, e que é também complementar da cidade.

2. A população e as funções urbanas distribuem-se por muitas B. Área de influência


aglomerações urbanas de dimensão idêntica.

3* Com dimensão ótima, económica e socialmente equilibrada, C. Lugar central


com as vantagens das economias de aglomeração.

4. Cidades e suas periferias, inseridas num território, D. Cidade média


com inter-relações de dependência e complementaridade.

5. Com fácil acessibilidade e oferta de beins e serviços a uma E. Sistema policêntrico


dada área de influência.

IL Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes,

1, O desequilíbrio da rede urbana portuguesa manifesta-se apenas pela distribuição geográfica


das cidades.

2. Apenas sete cidades portuguesas têm mais de 100 mil habitantes, sendo em maior número
as que têm menos de 20 mil habitantes.

3, Uma forte concentração de funções de nível superior num pequeno número de cidades denota
um desequilíbrio funcional, situação que se verifica em Portugal.

4. O desenvolvimento de cidades de média dimensão não é um fator relevante para


o desenvolvimento regional nem para a coesão nacional.

IIL Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões.

1. As maiores aglomerações urbanas 2. Entre as sete maiores cidades


localizam-se: portuguesas não está:

A. em todo o litoral português. A. Braga.


B. no litoral, desde Setúbal a Viana do Castelo. B. Funchal.
C. no interior, sobretudo nas regiões autónomas. C. Vila Nova de Gaia.
D. na AM de Lisboa e no litoral do Algarve. D. Setúbal.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Caracteriza a rede urbana portuguesa, em termos demográficos, geográficos e funcionais.

2. Explica porque se considera que cidades como Viseu e Castelo Branco têm uma dimensão ótima.

3. Relaciona as acessibilidades com a maior ou menor cooperação interurbana.

4. Justifica a afirmação: “O desenvolvimento das cidades médias é fundamental para a coesão


do território nacional”

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2010 - Ia fase, grupo IV Exame 2014 - V fase, grupo III Exame 2017 - 2.a fase, grupo VI

Exame 2011 - 1.a fase, grupo VI Exame 2016 - V fase, grupo VI Exame 2018 - 2 a fase, questão 19

Exame 2011 - 2.a fase, grupo VI Exame 2016 - 2.a fase, grupo IV Exame 2019 - Ia fase, questões 8 e 9

163
Tema IV I. Modos de transporte:
diversidade e
complementaridade

SUBTEMA1 II. Desigualdade espacial


das redes

Os transportes III. As telecomunicações e o


seu impacto nas relações

e as comunicações interterritoriais

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Avaliar o papel das redes de transportes e telecomunicações no desenvolvimento e a competitividade
dos modos de transporte, de acordo com a sua finalidade.
• Relacionar a distribuição das redes de transporte com a da população e a do tecido empresarial.
• Evidenciar a importância da inserção das redes de transporte nacionais nas redes europeias e trans­
continentais, refletindo sobre a posição de Portugal no espaço europeu e atlântico.
• Interpretar o padrão de distribuição das redes de telecomunicação através da análise de mapas.
• Equacionar oportunidades criadas pelas TIC na organização espacial e nas relações interterritoriais.
• Emitir opiniães sobre casos concretos da importância dos transportes e telecomunicações para
a sustentabílidade da qualidade de vida das populações.
• Propor ações de sensibilização relativas ao uso ético das telecomunicações

Q Termos e conceitos

- Ciberespaço - Globalização - Rede - Transhipment


Transeuropeia de
- Distância relativa - Hub - Transporte/
Transportes (RTE-T)
(tempo e custo) plataforma
- Isócrona e isótima
- Tecnologias de multímodal
- Difusão espacial
- Logística informação e
5
- Sociedade digital
- Efeito barreira comunicação (TIC)
- Rede
- Sistemas de
- Fluxo de Transeuropeia de - Telecomércio
informação
informação Energia (RTE-E) e teletrabalho
geográfica (SIG)
Os transportes e as comunicações

I. Diversidade dos modos de transporte Modo de transporte:


meio em que ocorre a
deslocação - terrestre
Acessibilidade e desenvolvimento (rodoviário, ferroviário
e por tubos ou condutas),
A ocupação humana e as redes de transporte influenciam-se mutuamente,
aquático (marítimo e fluvial)
transformando os territórios e as suas paisagens. ou aéreo - utilizando meios
de transporte: os diferentes
• As áreas de maior acessibilidade natural (planícies, litoral e vales veículos.
dos rios) facilitam a fixação humana e a construção de ínfraestru-
turas de transporte (Fig. ij.
• A acessibilidade das redes de transporte proporciona melhores condições para
a fixação de população e atividades económicas e, assim, maior desenvolvimento.

Analisa os mapas das figs, 1 e 2:

1. Verifica a legenda do mapa da fig. 1.

2. Compara as principais redes e infra estruturas de


transporte, entre:

a. o norte e o sul;

b. o litoral e o interior.

3* Faz a mesma comparação para a acessibilidade


ínfraestrutural.

4. Explica as diferenças que encontraste.

Redes e inffaestruturas
50 km
III Corredor rodafcicviâ rio
Corredor rodaviàrio
•■i Corredor fc-rrc viário
A posição geográfica de Portugal confere-lhe +■+ Lizraçccs rriemaclarais-
pZ?| Aeroporto Internacsanal

responsabilidades e oportunidades privilegiadas no A


. Aeroportos sem serv^o
internacional rcgubr Acesst>ilidade
taloLogehco ínfraestrutural
papel de gerar maior acessibilidade entre a Europa ir tarto Pnndpd (velocidade
f1 tarto do Cfuzoro
equrvalente

PNPOT, 2018
em reta, kntfh)
e o mundo. - tado de fibra õbca
submarina >80
Gasoduto existente [70-80[
H ou phneadc-
[6O-7O[
Este papel é relevante, sobretudo, ao nível do trans­ Interigaçao elétrica
cxEtenteou pbneada <60
iwnwiyi p —p
porte marítimo (Fig. 2).
Fig.1 Rede e infreestruturas de transporte e acessibilidade
Ínfraestrutural, em Portugal (2017).
Shlpplng Denslty Data, Ha #stra Unlverslty, 2018

Fig. 2 Portugal,
com acesso às
principais rotas
atlânticas e às maiores
rotas mundiais (2017).

165
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Competitividade dos modos Distâncias relativas: expressas em variáveis que


de transporte dependem do modo de transporte ou da via utilizada,
como são:
Os diferentes modos de transporte, pelas ca­ - distância-tempo: tempo necessário para efetuar
uma determinada deslocação usando um certo
racterísticas próprias de cada um, apresentam
modo/meio de transporte. Pode ser representada
vantagens e desvantagens que dependem das num mapa através de isócronas - linhas que unem
distâncias relativas, mas também: pontos de igual distância-tempo;
- distância-custo: despesa efetuada numa
• da natureza do tráfego;
determinada deslocação, usando um certo modo/
• do tipo de mercadorias; meio de transporte. Pode ser representada no
mapa por isótimas - linhas que unem pontos de
• dos trajetos a percorrer;
igual distância-custo.
• da sua maior ou menor rapidez.

Vantagens Desvantagens

o • Grande flexibilidade de itinerários - grande - Forte impacte ambiental - pela emissão


fã vantagem nas curtas e médias distâncias, de gases com efeito de estufa (GEEJl
o • Especialização dos veículos e serviços, com - Congestionamentos de trânsito - nas cidades
boa adequação às múltiplas necessidades do e principais eixos de tráfego internacional.
tráfego de passageiros e mercadorias. ' Elevada sinistralidade.

• Grande capacidade de carga, maior rapidez


• Rigidez de itinerários - o transbordo é uma
e menor custo - vantajoso, face ao rodoviário,
desvantagem face ao rodoviário, nas curtas
para mercadorias, nas longas distâncias.
e médias distâncias.
• Via própria - mais rápido e seguro do que
• Menor velocidade do que o avião-
o rodoviário, vantajoso no tráfego suburbano
desvantagem no tráfego de passageiros
-> de passageiros.
a longas distâncias.
• Uso de energia elétrica - menos poluente.
• Mais caro do que o navio - desvantagem
• TGV (alta velocidade) - vantajoso face ao avião,
no tráfego de mercadorias, face ao modo
nas médias distâncias, pelo menor custo.
marítimo, nas longas distâncias.
• Especialização do material circulante,
das ferrovias e dos serviços.

• Muito elevada capacidade de carga - o mais • Menor velocidade e a necessidade de


adequado para as mercadorias volumosas transbordo - desvantagens nas curtas
e pesadas, sobretudo nas longas distâncias. e médias distâncias e para mercadorias
• Boa relação entre energia gasta e carga urgentes.
transportada - comparativamente, • Dependência dos transportes terrestres
as emissões de GEE são muito inferiores - que o tornam mais caro e demorado para
às do rodoviário. pequenas cargas e nas curtas distâncias.
• Custo inferior nas longas distâncias - pela • Risco de poluição marinha - derrames de
maior capacidade de carga e menor consumo substâncias perigosas, como óleos de motor,
energético. perda de carga, ruído e emissões de GEE, etc.

• Grande rapidez - vantagem nas longas • Custo mais alto e processo demorado
o distâncias; no tráfego de passageiros, que de embarque/desembarque - desvantagem
■Qj .
.o -> beneficiam também de maior comodidade; e nas pequenas e médias distâncias.
** no tráfego de mercadorias perecíveis, de maior • Muito poluente - elevado consumo
valor, mais urgentes ou mais leves. de energia.
Os transportes e as comunicações

As características e as vantagens dos diferentes modos de transportes


Estrutura modal: contribuição
levam à sua maior ou menor utilização, no espaço nacional, europeu e de cada modo de transporte
mundial, o que vai determinar a estrutura modal do tráfego de passa­ para o tráfego de passageiros
ou mercadorias.
geiros e mercadorias (Figs. ie2).

Portugal UE
Passageiros Passageiros

Ferroviário
21% Ferroviário
. Maritirro K 6,9%
3%
Aéreo Marítimo
Rodoviário 1% Rodoviário 0,4%
7516 81.8%

Aéreo
10,9%

Ferroviário
Portugal 4,1% UE
Mercadorias Mercadorias
Ferroviário
12%

Rodoviário Marítimo Rodoviário Marítimo


61,8% 34% 51% 34%

Aéreo v-------- Aéreo


3%

Fig.1 Estrutura modal do tráfego interno de passageiros e mercadorias, em Portugal (2017) e na UE (2016).

Analisa as figs. 1 e 2:
LU
2
1. Identifica, nas legendas, a cor de cada modo de trans­ K

porte. O
íM
ífl
■'I: ■:=ü

2. Indica o modo mais utilizado, em Portugal e na UE: 3


CM
o
LLÍ

a. no tráfego interno de passageiros; EZ (J


-□
E JD

b. no tráfego interno de mercadorias; G


O
íM
cu

c. na exportação de mercadorias.
■Zl
a O
5
a».
a
a
3. Sugere, justificando: et o
O Cl

a. um efeito ambiental e outro territorial da estrutura Aéreo 8


Ferroviário
a
^1
£
modal representada na fig. 1; Rodoviário
3
ÍJ
£
5
Pipeline
b. o modo de transporte que teria maior percentagem tf! Ql
Q
Marítimo 9 çn
se a fig. 2 representasse o tráfego externo de pas­ «/I O
l-LI ■TM

sageiros. Fig.1 Estrutura modal do tráfego internacional


de mercadorias, em Portugal (2017) e na UE
(2016).

O transporte rodoviário, pela sua flexibilidade, é o mais utilizado no tráfego interno de passa­
geiros e mercadorias em Portugal e na UE. No tráfego internacional de mercadorias, o modo
marítimo é o responsável por mais de 60% do tráfego total, pela elevada capacidade de carga
e baixo custo.

167
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

III. Desigualdade espacial das redes de transporte


Redes terrestres
Rede de transportes: conjunto de vias e
Apesar dos grandes progressos na extensão, qua­ infra estruturas que se interligam, permitindo a
lidade, veículos e serviços das redes de transporte, circulação dos meios de transporte, num dado
território (região, país, etc.).
ainda existem grandes desigualdades.

Rede rodoviária Rede ferroviária

4-
A rede rodoviária, no continente, é mais densa ao A rede ferroviária é mais extensa e moderna no
longo do litoral, onde se localiza também a maior parte litoral, onde a totalidade da linha é eletrificada e de
da extensão da rede fundamental: as autoestradas via dupla ou quádrupla. É também no litoral que são
e outros itinerários principais (IP) (Fig. 1). oferecidos os melhores serviços [Fig. 2}.

# Bragança
Viana doí
Castelo Braga
Guimarães
Régua
Porto
r» "V Pocinho
Vila Real

Avein Viseu Salamanca

Guarda
Coimbra

Castelo Branco
Tomar
Entrgrícamento'

antar Portalegre

■Ti Badajoz

e INE, 2019
6
CN
Évora
LU
50 km
QJ Setúbal
rn
s ofldal da REFER, 2013
CN

k.i

n
Ourique
E Rede principal
o
ü_
Neves-Corvo Rede
xi
ui
complementar
ca V. R. S. António
xi
ca Rede
S,'te

+ =■ secundária

1 ----------------------------- 1
Rede Linhas Comprimento
Rede complementar Eletrificada
fundamental exploradas total (km)

IP IC EN ER Via larga: 2 433,4


Itinerários Principais Itinerários Estradas Estradas - simples 1 822.9
1 639,1 km
(inclui autoestradas) Complementares Nacionais Regionais - cup aesi perior 610,6 (64,4% do total)

2337 km 1893 km 5291 km 4791 km Via estreita simples 112,5

Fig. 1 Rede rodoviária nacional. PRN 2000. Fig, 2 Rede ferroviária nacional, 2013.

Analisa os mapas e os dados das figs. 1 e 2:

1. Descreve a distribuição espacial da rede rodoviária fundamental e da rede ferroviária principal.

168
Os transportes e as comunicações

A desigualdade na distribuição destas redes associa-se às assime­


Doc. 1 Destruição de acessos
trias demográficas e socioeconómicas do país (Fíg. 3j. Uma maior
coesão territorial exige muito mais atenção ao interior e maior José Exposto está revoltado com
investimento, nomeadamente: as obras de consolidação de um ta
lude da autoestrada, em Quintela de
• na ligação norte-sul por autoestrada, já que o IC2 é insuficiente Lampaças (Bragança), pois perdeu o
acesso direto a uma propriedade. Se
para tanto tráfego, existindo grande riisco de sinistra lida de;
antes andava meia dúzia de metros
• nas vias de acesso das vilas e cidades à rede fundamental, que para lá chegar, agora tem de percor
têm, muitas vezes, um efeito de barreira, funcionando como obs­ rer cerca de três quilómetros, por
que as obras engoliram o caminho
táculo à circulação local (Doc. 1).
público, além de terem destruído
uma linha de água ali existente.
As redes de transporte terrestre apresentam uma maior concentra­
Mensageiro de Bragança, 10/10/2014
ção nas áreas metropolitanas (AM) do Porto e de Lisboa, acompa­
(adaptado)
nhando a densidade demográfica, a expansão urbana e a intensifi­
cação dos movimentos pendulares.

No tráfego urbano e suburbano de passageiros destacam-se o Analisa o doc. 1:


transporte:
2. Comenta a situação relatada e pro­
• rodoviário, sobretudo o automóvel (Fig.3); põe medidas de compensação para
a população.
• ferroviário, nas ligações suburbanas;
• metropolitano, nas ligações urbanas.

AM Porto AM Lisboa
Analisa a fig. 3: 1,2% 1,6%

3. Verifica a legenda.

4. Compara a estrutura modal


nas AM de Lisboa e do Porto. Automóvel
Motociclo
a. Indica problemas que se lhe
Autocarro
associam. Comboio
Metropolitano 8,8%
b. Propõe soluções. Modos suaves
Outros 0,9%

Ag. 3 Estrutura modal do tráfego de passageiros nas AM do Porto e de Lisboa.

Incentivar a mobilidade sustentável é um importante desafio ambiental. Para isso, é necessário:

• melhorar os transportes públicos e criar soluções de mobilidade sustentável nas áreas


suburbanas, para que sejam efetivamente uma verdadeira alternativa ao automóvel;
• criar vias de circulação segura para os meios suaves e regular a sua utilização;
• dinamizar campanhas de educação e sensibilização para a mobilidade sustentável.

VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

Relacionar a acessibilidade com o desenvolvimento, no espaço nacional.

Descrever e explicar as implicações da distribuição das redes de transporte terrestre.

Equacionar a mobilidade sustentável como alternativa viável e imprescindível.

169
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Rede nacional de portos marítimos


Portugal dispõe de portos de águas profundas, capazes de receber os maiores navios
de transporte de mercadorias, sendo, assim, fundamentais no tráfego internacional de:

Destaca-se o porto do Funchal, em número de navios e de passageiros,


• passageiros - alguma logo seguido do de Lisboa:
expressão entre as ilhas '------------------------------ r---------- i
Ponta
dos Açores e, cada vez mais 2017 Funchal Lisboa Leixões Portimão
Delgada
importante, na receção de
navios de cruzeiro; Passageiros (103) 539 521 99 96 28

■ Os portos principais, pela capacidade e volume de carga, são os de


Leixões, Aveiro. Lisboa. Setúbal e Sines, destacando-se, nas regiões
autónomas, os do Caniçal e de Ponta Delgada.
■ O porto de Si nes destaca-se muito pela sua dimensão e pela
concessão do terminal XXI à maior empresa portuária do mundo.
• mercadorias - importação,
■ A associação dos portos às plataformas logísticas permite uma maior
exportação e serviços de
participação de Portugal nas cadeias internacionais de transporte
transhipment e logística.
intermodall, valorizando o seu papel como elo de ligação entre a
Europa e o mundo (Figi. 1).
■ O uso de contentores e a standard izaçao das suas dimensões
revoluciono li o transporte de mercadorias, pela facilidade de
transbordo e acondicionamento.

Logística: organização e gestão de fluxos de


R. A. Açores

A Lajes
L/das Flores
N


r_
> ■
<>/iana do CasteloLJ 1
k

- Valença
mercadorias e serviços, da origem ao destino.
Plataforma logística ou multimodal:
infraestrutura onde se interligam dois ou
Q
Praia da Graciosa
r 1:
I i Porto
mais modos de transporte, se faz o transbordo
de mercadorias e se prestam os serviços
Maia/Trofa
• Leixões de logística.
W3 ^|3S I» Transporte multimodal ou intermodal:
Cais Cacia ,,
Aveiro
*
conjugação de diferentes modos de
Guarda transporte.

Ponta Figueira da Foz


Delgada

R. A. Madeira r<
Porto i-
b

u
i

ç- Santo J
J

eLj^boa Norte
obr alinho
Elvas/Caía
£
Lisboa F-i - - - ■ Badajoz
£ Analisa a fig. 1:
Setúbal Plataformas E
O logísticas 6 1. Verifica a legenda dos mapas.
* Urbana
Sines 0^ • Portuária
Milhares de ü 2. Compara o movimento de mer­
♦ Regional
toneladas &
Transfronteiriça c cadorias nos portos principais.
50 000
K CCA
3. Explica o papel dos portos marí­
15 000
x'10 000 Tunes# timos na valorização de Portugal
■< 5000 Portimão-
2000 como “porta da Europa".

e • * 1 r • • «

Fig, 1 Movimento de mercadorias nos principais portos marítimos e rede de


plataformas logísticas (2017).

170
Os transportes e as comunicações

Rede nacional de aeroportos e aeródromos


Na rede aeroportuária nacional, destacam-se os N
p Corvo
aeroportos internacionais de Lisboa, do Porto,
Bragança
i-i/Flores «
de Faro, do Funchal e de Ponta Delgada (Fig. 2).
Q Graciosa Mi rand ela
Vi lar da Luz *
•Vila Real Mogadouro
Porto
Lajes
spinho
cs
Analisa a fig. 2: Viseu»
• Seia
8 Covilhã*
4. Verifica a legenda do mapa. £
4—1 Cojtnbra» .
•Lousa Monfortinho
Ponta Delgada <

2018
5. Compara o movimento de passageiros Q *
c Proença-a-Nova
Santa MariaÇ^ ÍO
dos aeroportos internacionais.

IN E.
8

íes e C om unjtaçâes 2017,


6. Sugere uma explicação para o:
a. destaque de Lisboa;

b. tráfego de Faro e do Funchal.

7. Identifica e justifica o principal contraste


na distribuição dos aeródromos.

30 000 000 1
15 000 000

Estatístlcas dos
10 000 000
5 000 000
2 000 000
Os maiores aeroportos servem o tráfego de pas­
sageiros:

• internacional - principalmente de turistas;


• nacional - ligação inter-regional. Aeronaves
(milhões) 99,9 42,3 28.6 12.8 9,6
Os aeródromos permitem ligações rápidas às
Passageiros
principais cidades e aeroportos, aumentando (milhões)
26,7 10,8 8.8 3,2 1,9

a acessibilidade do interior às funções mais


Ag. 2 Rede aeroportuária nacional e capacidade dos principais
especializadas e aos centros de inovação e de aeroportos - aeronaves e passageiros (2017).
negócios.

Atualmente, o aeroporto de Lisboa está no limite da sua capacidade, pelo que:

• estão em preparação obras para a sua ampliação;


• estuda-se a transformação do aeródromo do Montijo em aeroporto;
• muitos defendem a criação de ligações rápidas entre Lisboa e Beja, para aproveitar
as excelentes condições do aeroporto e dinamizar a região do Baixo Alentejo.

VERIFICA SE SABES

Caracterizar as redes nacionais de transporte rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo. í------------- “


AVALIAÇAO

Descrever a distribuição espacial das redes, relacionando-a com as assimetrias regionais. Pp.184e185
GRUPO I:
Indicar as intervenções previstas para melhorar as redes de transporte, em Portugal. Questões 2,3 e 6

Questões 4 e5
Sugerir formas de reduzir as desigualdades na acessibilidade, com vista à coesão territorial.
GRUPO IV:
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Redes de transporte e distribuição de energia


As redes de distribuição de energia dependem dos locais de
origem e de consumo e do tipo de energia transportada.

■ É distribuído pela rede nacional de


Oj
gasodutos - um gasoduto principal,
O gás natural chega- O (Pombal)
de alta pressão, de onde derivam
nos pelo terminal
ramais secundários de média
de gás liquefeito
pressão ed a partir deles, as redes de
de Sines.
distribuição local de baixa pressão
(RfM)
K
R’ Gasoduto que liga
Campo Maior ao
• É distribuído por: Magrebe (Argélia)
- oleodutos para as refinarias de
Leça da Palmeira e de Sines, onde
z

Galp Energia, 2013 e Galpgás, 2018


Terminal de gás
se produz gasóleo e gasolina, que liquefeito (Sines)
O petróleo chega-
são armazenados no parque de
nos por via marítima.
combustíveis de Aveiras. ligado ã Áreas de Concessão - emp. concessionárias
(redes secundárias e ramais)
refinaria de Sines por um oleoduto; Áreas de Concessão - empresas licenciadas
- modo rodoviário, para as empresas (redes secundárias e ramais)
Gasoduto - Rede Nacional de Transporte
distribuidoras, portos e aeroportos.
■ UAG - Unidade autónoma de gás
C* Cavernas - Armazenamento subterrâneo
GNL - Terminal de gás natural liquefeito
• É distribuída pela REN - Redes
Energéticas Nacionais através Fig. 1 Rede nacional de distribuição de gás
de sistemas com diferentes natural (gasoduto) e oleoduto Sines-Aveiras
A eletricidade
de Cima.
é produzida em infraestruturas:
Portugal, sendo a - de muito alta tensão, pela Rede
rede elétrica mais Nacional de Transporte - RNT;
Analisa o mapa e o gráfico das figs. 1 e 2:
densa no litoral. - de alta, média e baixa tensão,
pela Rede Nacional 1. Verifica as respetivas legendas.
de Distribuição - RND.
2. Descreve a:

• Chega por via marítima ao: a. distribuição da rede de gasodutos;


- porto de Sines, ligado ao parque b. evolução da produção de energia
Petróleo de combustíveis de Aveiras de Cima a partir de fontes renováveis.
por oleoduto;
- terminal offshore de Leixões.

Portugal tem uma grande dependência energética, pelo 2Z


5

que é muito importante continuar a apostar:



C
• na produção de energias renováveis, nomeadamen­ O
wn
te eletricidade, aproveitando as elevadas potenciali­ 1/
ZJ
T3
D
dades de sol, mar e vento (Fig. 2); 3—
Estatísticas Rápidas, DGGE, 2019

2L

• na ligação às redes de energia europeias e africa­


nas, de modo a diversificar as origens dos produtos
Fotovoltaica
energéticos que importa e poder exportar energia Geotérmica
proveniente de fontes renováveis. ■ Biogas
Biomassa
■ Eólica
Hídrica

Fig. 2 Evolução da produção de energia


a partir de fontes renováveis, em Portugal.
Os transportes e as comunicações

Redes de transporte, ocupação demográfica e desenvolvimento


A organização espacial das principais redes de transporte está diretamente relacionada
com a distribuição da população e do tecido empresarial, sendo mais densa e com maior
qualidade nas áreas mais urbanizadas e onde predominam o comércio, outras atividades ter­
ciárias mais produtivas e qualificadas e a indústria Figs, 3e 4}.

O 20 km

t1
<50
50 - < 112
n 112 -<222
■ 223-<1000
■ 1000-5000 0 50 km

■ >5000

NUTS III

Fig.3 Densidade populacional por concelhos, em 2017.

Analisa os mapas das figs. 3 e 4:

3. Verifica as respetivas legendas.


Perfis de atividade económica Agricultura, agroalimentar,
M Serviços, transportes construção, comércio e serviços
4. Identifica os valores de densidade populacional e o
e logística Agroflorestal, agroalimentar,
perfil de atividade económica, para: comércio, serviços e construção

Estratégia e M odelo Territorial, 2018


M Comércio e serviços
■ Comércio, serviços e turismo Agricultura, agroalimentar,
a. a AM do Porto; M Indústria e serviços comércio e serviços
■8 Pesca e aquicultura
Silvicultura, indústria
b. a AM de Lisboa; madeira/cortiça Produção de energia
(fontes renováveis)
c. o litoral algarvio; Redes e infraestruturas
d. o concelho do Funchal; • Corredor rodoferroviário
Corredor rodoviário
Infraestruturas económicas
e. o concelho de Ponta Delgada. ••• Corredor erroviário
M* Entidades gestoras de clusters
Ligações internacionais
Incubadora de Empresas
4. Aeroporto Internacional
5. Repete o exercício para as NUTS III do: Parques/Centros Tecnológicos
x Outros Aeroportos
Porto Principal ~ Plataforma Logística
a. interior Norte e Centro; b. Alentejo. Base Espacial
-

0 Porto de Cruzeiro
PNPOT

*
Rede de fibra ótica submarina
6. Explica a diferença dos perfis, tendo em conta as
redes e infra estruturas de transporte.
Fig.4 Base económica local e regional e redes de infraestruturas
económicas e de transportes.

VERIFICA SE SABES AVALIAÇÃO

Pp.184e185

Relacionar a distribuição das redes de transporte, da população e do tecido empresarial. Questão 1

Questão 3
Sugerir fornias de reduzir as desigualdades na acessibilidade, com vista à coesão territorial.
Questão 8

173
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Inserção de Portugal na rede transeuropeia de transportes: RTE-T


No âmbito da política comum dos transportes, foi projetada e está em construção uma rede
transeuropeia de transportes - RTE-T, constituída por nove corredores multimodais (Rg.i).

Cada corredor inclui pelo menos:


ATL - AUãnlico (StSE km}
• BAC - Báltico Adriático (4688 kij
• três modos de transporte;
MED - Mediterrâneo pJS5 km)
• três Estados-membros; > • NSB - Mar do Norte
Báltico (6244 km)
• dois troços fronteiriços. * NSM-Mar do Norte
Mediterrâneo (£791 km}
• OEM - Europa Oriental
Portugal insere-se no Corredor Mediterrâneo Oriental
(5830 km)
Atlântico, que liga a parte ociden­
RALP - Reno Alpes (2994 km}
tal da Península Ibérica aos portos * P - Reno Danúbio(5a£i2km)

de Havre e Ruão, a Paris e a Es­ SCM - Escandinávia


Mediterrânea (9290 km)
trasburgo. Inclui:
Mar Negro
• linhas ferroviárias de alta velo­
cidade e linhas convencionais;
• o rio Sena, como via fluvial;
• a vertente marítima, que é fun­
damental e será ligada à ferro­
viárias, entre Sines e a fronteira
espanhola e entre Aveiro/Porto Fig.l Os principais corredores multimodais da RTE-T (modelo simplificado).
e Valladolid, Espanha.
Analisa o mapa da fig. 1:

1, Indica o número de corredores e as regiões da UE que interligam.

Política comum de transportes - RTE-T

Objetivos
■ Colmatar lacunas nas redes de transporte dos Estados-membros, Metas
para interligar e tornar acessível todo o espaço comunitário. - Até 2030, concluir a rede
■ Promover uma mobilidade sustentável, menos baseada na rodovia, principal, estruturada em nove
com maior eficiência energética e menos poluente. corredores multimodais.
■ Suprimir estrangulamentos que dificultam o bom desempenho - Até 2050, concluir a rede
do mercado interno e ultrapassar barreiras técnicas (p. ex.: diferentes global, para facilitar o acesso
normas na ferrovia), para viabilizar cadeias de transporte inter modal a todas as regiões europeias.
eficientes, para passageiros e mercadorias.

O programa para 2021-2027 inclui novos objetivos, destacando-se:


■ garantir uma mobilidade conectada, inteligente, sustentável, inclusiva e segura;
■ reforçar as infra estruturas estratégicas para assegurara mobilidade militar.

Portugal beneficiou da política comum dos transportes, através de fundos que permitiram:

• aumentar muito a extensão da rede de autoestradas e outros IP e IC;


• modernizar e ampliar os portos marítimos e os aeroportos;
• modernizar alguns troços da ferrovia, sobretudo a linha do norte, com a introdução de linha quádrupla
e do serviço Alfa Pendular com ligação ao Algarve, viabilizada pela construção do tabuleiro ferroviário
na ponte 25 de Abril.

174
Os transportes e as comunicações

Inserção de Portugal na rede transeuropeia de energia: RTE-E


A União Europeia é um espaço de dependência energética, sobretudo em relação aos com­
bustíveis fósseis, o que constitui uma vulnerabilidade que será reduzida pela rede transeuro­
peia de energia. Esta rede permitirá:
......................................................................................................................................

■ dinamizar o mercado interno de energia - os paiíses com mais Redução:


potencialidades (p. ex.r a energia solar no sul da Europa) vão produzir - da dependência externa,
e disponibilizar mais energia na rede, fazendo baixar os preços pela maior produção
ao consumidor, pelo aumento da concorrência; interna;
■ uma gestão mais inteligente e sustentável da produção de energia, - das emissões de GEE,
aproveitando melhor os recursos naturais, sobretudo os de maior pelo uso de fontes
irregularidade sazonal (p. ex.: precipitação, insolação, etc.), e aumentando renováveis e menor
a eficiência energética das redes e do consumo. consumo.

São prioridades, no setor:

• da eletricidade, a conexão
de redes isoladas, a ligação
de todos os Estados-mem-
bros e as ligações com esta­
dos terceiros;
• do gás natural, o aumento da
capacidade de receção e ar­
mazenamento e o alargamen­
to das redes de distribuição.

Analisa o mapa da fig. 2:

2, Verifica a legenda.

3. Identifica as redes a que Portugal


se encontra ligado. Fig,2 Rede transeuropeia de energia - infra estruturas em construção (2018).

Os grandes objetivos da política comum de energia, para 2021-2027, são:

• garantira segurança no abastecimento;


• promover o bom funcionamento do mercado interno de energia;
• aumentara eficiência energética ea moderação no consumo, sobretudo nos transportes;
• descairbonizar a produção e o consumo de energia, através da valorização das fontes
renováveis, de modo a alcançar as metas na redução das emissões de GEE;
• promover a investigação e a inovação, para aumentara competitividade do setor energético.

VERIFICA SE SABES
f ~
AVALIAÇAO

Relacionar os objetivos e as metas das políticas comuns dos transportes e da energia.

Explicar a importância da inserção, nas redes europeias, das redes nacionais de transporte
e energia, referindo benefícios para o nosso país e para a UE.

175
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

III. As telecomunicações Telecomunicações: meios e


formas de comunicação à distância.
Ciberespaço: espaço virtual de troca
Desenvolvimento das TIC de informação e interação.

Os progressos das tecnologias da informação e comunica­ Tecnologias de informação


e comunicação (TIC): meios técnicos
ção (TIC) e a rápida difusão espacial das suas redes fizeram:
(computador, fibra ótica, antenas
• desaparecer, praticamente, a distância-tempo; de difusão, etc.) e sistemas (redes,
empresas, serviços) que permitem
• reduzir muito a distância-custo; a transmissão, o acesso e o uso
• surgir um novo conceito de espaço - ciberespaço - onde da informação, num espaço que vai
da escala local à mundial.
a interação é cada vez maior entre pessoas, empresas e
Globalização: processo de mundialização
organizações, contribuindo decisiva mente para acelerar
dos fenómenos sociais, económicos,
o processo de globalização; políticos, ambientais, que gera uma
• aumentar rapidamente o acesso à internet e às múltiplas interdependência cada vez maior entre
os diferentes espaços geográficos.
possibilidades que ela oferece (Fig.1).

Analisa a fig. 1:

1. Verifica a legenda.

2. Descreve a evolução da adesão


à internet, comparando os dois
tipos de ligação.

Fig. 1 Evolução da taxa de adesão ã internet por banda langa fixa e móvel, em Portugal.

Assim, as telecomunicações são. hoje, um setor muito importante porque:

’ geram riqueza e emprego, compensando - são fator de desenvolvimento de outros setores, devido
largamente os postos de trabalho que -> à maior produtividade que induzem e à conectividade, o que
fazem desaparecer (Tab. 1); facilita os negócios e a internacionalização das empresas.

Tab. 11ndicadores das empresas de informação e telecomunicação em Portugal.


r
2017 Empresas Pessoal ao serviço Volume de negócios

Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de


Número Número Valor Valor
variação variação variação variação

Total nacional 3,90% 5,10% (106 €) 9,10% (10e €) 8,50%

Informação e
17 837 8.40% 102 124 8,5% 12 481 4,9% 5 688 5,5%
telecomunicações

Empresas em Portugal 2017, INE. 2018

Analisa a tab. 1:

3. Caracteriza as empresas de informação e telecomunicação, em Portugal.

4* Compara as taxas de variação destas empresas com a do total nacional.

176
Os transportes e as comunicações

Dinamização das relações interterritoriais Teletrabalho ou trabalho remoto:


trabalho à distância através de meios
O crescimento do volume e da rapidez e intensidade dos fluxos de informáticos e redes digitais.
informação torna possível a Intensificação dos contactos e do Inter­ Telecomércio ou comércio
câmbio entre áreas geograficamente distantes, sendo cada vez eletrónico: venda/compra de bens
através das redes digitais, com
mais comuns práticas como o teletrabalho, o telecomérclo, a rea­
suporte de empresas de transporte
lização de reuniões e negócios no espaço virtual, numa dinâmica de encomendas.
de comunicação que é habitual designar-se por sociedade digital
ou sociedade da informação (Figs. 2 a 5).

Inquérito à Utilização de TIC nos Empresas 2017, INE, 2018


Identificação Como parte Identificação
de pessoas do produto e proteção
ou controlo ou da prestação do produto
de acesso de serviços após produção

Fig. 2 Serviços de computação em nuvem adquiridos pelas empresas Fig. 3 Empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço que
com 10 ou mais pessoas ao serviço, em Portugal (2017). usam identificadores digitais, em Portugal, por finalidade
(2017).

N.° de pessoas ao serviço

/nquér/to d Utilização de TIC nas

Fig. 4 Proporção de empresas, segundo o escalão de pessoal ao serviço, Fig. E E mpresas segundo o escalão de pessoal ao serviço
que fizeram comércio eletrónico, em Portugal, por tipo de transação (2017). que empregam profissionais de TIC, em Portugal (2017).

Analisa os gráficos das figs. 2 a 5:

5. Verifica os indicadores representados e as respetivas unidades.

6. Identifica os usos que as empresas dào às TIC.

7. Descreve o uso das TIC e o emprego dos seus profissionais* segundo a dimensão das empresas.

177
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Distribuição das redes de telecomunicação


Em Portugal, o acesso aos serviços de telecomunicações cresceu rapidamente e com qua­
lidade, o que se deveu à criação de infra estruturas que permitiram a difusão espacial das
redes, o aumento da sua capacidade e o crescimento dos fluxos de informação, em volume
e velocidade (Figs. 1 e 2).

2018 IN E,
Estoflsflcos dos Transportes e Comunicações 2017,
oo
O
■TM

I + + O
u
32 36 36 40 41 37 39 39
Prestadores de serviço fixo de internet (n.°) <
Fig. 1 Evolução do tráfego e do número de prestadores de serviços Rg. 2 Evolução do número de assinantes de pacotes
de internet em banda larga, em Portugal de telecomunicações, em Portugal

Analisa os gráficos das figs< 1 e 2:

1 Verifica os indicadores representados e as respetivas


unidades.

2. Descreve a evolução de cada um deles.

/nquér/to d Utlllzoçào de TIC nos Famílias 2017, INE, 2018


As redes de telecomunicação cobrem todo o território
português, embora ainda com algumas desigualdades:

• na qualidade do sinal, mais fraco nas áreas de monta­


nha e nos vales profundos;
• no acesso aos serviços, que revela desigualdades
regionais (Fig. 3).

Analisa o gráfico da fig. 3:

3. Identifica, justificando, as diferenças regionais na ligação


à internet em banda larga.
Fig. 3 Agregados domésticos com ligação à internet em
banda larga, por NUTS II (2017)

A igualdade de acesso às TIC e ao desenvolvimento das competências para a sua utiliza­


ção é um fator crucial para a inclusão social e no mercado de trabalho. Em Portugal foram
implementadas medidas como a inserção, nos currículos nacionais, da disciplina de TIC,
a criação de programas de apoio aosjovens na aquisição de computador e acesso à internet
e a disponibilização gratuita de redes wi-fi e serviços de apoio em TIC, em muitos municípios.

178
Os transportes e as comunicações

As desigualdades na distribuição da população e das atividades


Redes de comunicação:
económicas explicam o desigual acesso às telecomunicações. Po­ infraestruturas e serviços que
rém, as regiões portuguesas incluem-se entre as que, na UE, têm ní­ permitem a transmissão e a receção
veis mais elevados de ligação à internet em banda larga (Figs. 4e 5). de informação à distância.

Agregados
familiares
(% do total
nacional)

Mar
do
Norte
rp
Mar I
í
Báltico /

Sem dados
disponíveis

Mar Mediterrâneo

Fig, 4 Distribuição territorial dos acessos Fig, 5 Agregados familiares com ligação à internet em banda larga, nas NUTSIII da UE.
à internet em banda larga, em local fixo, por em 2017.
100 alojamentos, em 2017.

Hub: centro de conexão ondò


Portugal encontra-se ligado ao mun­ chega e é difundido grande
do pelas redes mundiais de: volume de informação.

• comunicação por satélite, de que


fez parte o primeiro satélite por­
tuguês PoSAT-1 (já desativado),
e que incluirá o segundo satélite •A
luso, o Infante, a partir de 2021; I *i r
è
• cabos submarinos de fibra ótica,
inserindo-se no hub do Atlântico TeieGeogcaphy, 2017
Norte (Fig. 6). Rede mundial de cabos submarinos Oceano
de fibra ótica
índico
Analisa os mapas das figs. 4 a 6: Cabos com amarração a Portugal
Outros cabos
4. Caracteriza o acesso à internet, em ■ Cidades conetadas a Portugal 0 2000 km
* Outras cidades
Portugal, considerando o contexto
europeu e mundial. Fig, 6 Rede mundial de cabos submarinos de fibra ótica (2017).

VERIFICA SE SABES
.____________________ J • “

AVALIAÇAO

Equacionar oportunidades criadas pela evolução das TIC para as pessoas e as atividades económicas.

Interpretar mapas de distribuição das redes de telecomunicação, em Portugal, inserindo o país


no contexto europeu e mundial.

179
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Telecomunicações e qualidade de vida SIG: sistema de hardware, software e


procedimentos que possibilita a recolha,
Assiste-se, também, ao crescimento do número de ser­
gestão, manipulação, análise e representação
viços disponíveis pela internet, o que, além de aumen­ visual (em gráficos, mapas, modelos digitais,
tar a sua acessibilidade, dinamiza a utilização dos pró­ etc.) de grande volume de dados espaciais,
com vista à resolução de problemas espaciais
prios serviços, reduzindo custos, aumentando a sua
e ao planeamento do território.
rendibilidade e contribuindo para a sustentabilidade
ambiental.

Na vida pessoal e social permitem: Exemplo: Pessoas (16-74 anos) que utilizam:

• websites oficiais, em Portugal (2017);

• uma maior inclusão social, reduzindo o isolamento

Inquérito á Utilização de TIC nos


de muitas pessoas;
• o contacto com familiares e amigos, que podem

Empresas 2017, IN E, 2018


estar em qualquer parte do mundo;
• o acesso a serviços públicos e privados e a informação
de todo o tipo e de todo o mundo;
• a compra e a venda de bens sem sair de casa;
• a reserva e o pagamento de viagens e alojamento; informação impressos e enviar
impressos
• conhecer e cartografar o território, usando os sistemas
de informação geográfica (SIG);
• a utilização da orientação por GPS em deslocações • internet banking.
de lazer e em trabalho;
• a divulgação de acontecimentos, saberes, ideias

Inquérito à Utilização de TIC nas


e experiências, viabilizando o intercâmbio científico
e cultural e a cidadania global;

Empresas 2017, INE, 2018


• uma maior inclusão, no mercado de trabalho, de
cidadãos com necessidades especiais.
E muitas outras possibilidades que facilitam o nosso
dia a dia, o exercício da cidadania e o nosso trabalho
como estudantes ou profissionais, etc.

Na economia permitem: Exemplo: Proporção de empresas com 10 ou mais


pessoas ao serviço (2017)

• efetuar contactos, negócios, operações financeiras,


campanhas de marketing, comércio online, etc.;
• agilizar o funcionamento das atividades económicas;
• contribuir para o emprego e a riqueza;
• aceder e contratar serviços de logística e transporte
para colocar produtos nos mais diversos mercados
mundiais;
• efetuar e receber pagamentos por via eletrónica.
Fonte ???

E muitas outras possibilidades que facilitam


a operabilidade das empresas e aumentam
a sua produtividade.

180
Os transportes e as comunicações

No ambiente permitem: Exemplo: Robôs protegem a floresta da Madeira

A Madeira está a desenvolver um sistema de deteção


• a redução da emissão de GEE, evitando inúmeras
de incêndios florestais com base numa rede de robôs
deslocações (teletrabalhot comércio eletrónico,
totalmente automatizados, com duas câmaras inteli
serviços online, etc.);
gentes: uma ótica, com alcance de 10 km, e outra ter
• uma maior fluidez de trânsito, reduzindo mogrãfica (deteta calor), com alcance de 5 km.
os custos e a duração das viagens;
(.) sistema de robôs está ligado a 66 estações digitais que
• a gestão mais eficiente das rotas dos diferentes
cruzam os parâmetros recebidos dos robôs com as condi
modos de transporte, com sistemas de
ções atmosféricas e o histórico de intensidade e direção do
georreferenciação e gestão inteligente
vento, para melhor planear a intervenção dos bombeiros.
do tráfego;
• a redução dos gastos de papel e tinta Público, 30/03/2019 (adaptado)
na impressão de documentos que passaram
a ter formato digital;
• mais solidariedade nacional e internacional
em situações de catástrofes naturais;
• a divulgação e a promoção da educação
ambiental.
E muitas outras possibilidades ao nível da
inovação e gestão dos sistemas de preservação
ambiental, sobretudo na gestão de resíduos,
produção de energia e eficiência de utilização
dos recursos naturais.

Fraudes eletrónicas e difusão de vírus informáticos, comportamentos e ideias atentatórios


dos direitos humanos, da segurança e da liberdade e democracia.

A produção de lixo eletrónico, muitas vezes transferido para países em desenvolvimento,


onde não é reciclado e vai contaminar solos e águas.
As
telecomunicações
0 cyberbulíying, que aproveita as vantagens dos meios digitais para maltratar e assediai
também têm
as pessoas.
efeitos negativos
e, muitas vezes,
Os perigos associados ao “convívio" com desconhecidos, nas redes sociais, sobretudo para
globais:
crianças e adolescentes.

A divulgação de notícias falsas, informação incorreta e ideias perigosas que induz os


utilizadores em erro, prejudicando os cidadãos e as empresas que são alvo de calúnias
e promovendo atitudes e decisões que põem em perigo grupos vulneráveis (adolescentes,
minorias, etc.) e até a própria democracia.

As competências a desenvolver para a utilização das TIC devem incluir a educação ética digital,
sensibilizando para a necessidade de, no espaço virtual, agir de acordo com os mesmos va­
lores de responsabilidade, honestidade e respeito que são devidos nos espaços físicos das
relações humanas.

VERIFICA SE SABES

C----------- “
Enunciar efeitos positivos e negativos, para os cidadãos e as empresas, da utilização das TIC. AVALIAÇAO

Pp.184e185
Sugerir medidas de sensibilização para o uso ético das telecomunicações.
Questões 7e 8

181
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

SÍNTESE

Modos de transporte

t‘ . «B.
4/
B.B.Í------------------------------------------- S.B.------------------------------------- B.------------------- B.B.------------------- •l

I '
I I

: Diversidade I
I

I
I
I
Complementaridade
' •
■ I '
I I
I I
• Modos de transporte:
I


I
I

I
Vantagens e desvantagens, tendo em conta:
: • terrestre - rodoviário, ferroviário - tipo de tráfego (passageiros/mercadorias);
e redes de energia; I


>

I
- distância e espaço da deslocação (nacional,
• aquático - marítimo e fluvial; intra ou intercontinental);
: • aéreo. • adequação dos veículos ao volume e peso das
I
I mercadorias ou ao número de passageiros; i
1

• custos da deslocação em relação com o tempo


Cadeias de transporte multimodal,
de viagem e a distância a percorrer.
apoiadas em plataformas logísticas, ■
I
I
I

H
li I I

4 ■ i I I
I I I

Modo

Redes nacionais de transporte
Características
> I
1
Distribuição espacial
H'

i Constituída por: •
I
!
: Cobre todo o país, sendo:
i
1
• • rede fundamental-IP (IP+ AE); I
I

I
• mais densa no litoral, onde se localiza
- rede complementar - IC e EN; a maior extensão da rede fundamental,
- rede de estradas regionais - ER; I
i
I
!
1
com alguns eixos de ligação à fronteira;
1 i
I 1 i

: - outras estradas secundárias. • menos densa no interior e em todo o sul.


I I !
L

Rodoviário I
«■■■■■ B-BIBBB B-B-BBB =■=■- - - B-B1BB-B B-B-S IB B B-B-S !B B B-B- B-S'
j1
i

i Constituída por: !
I
i
Não cobre todo o país:
• rede principal, de Braga I
i
• litoral - redes suburbanas e rede
i

i a Olhão e ligações a Vilar I principal, eletrificadas e de via dupla


Ferroviário Formoso e Évora; I
I
I
1
ou superior;
I
I

i • rede complementar - regional; ■

I
I
i
• interior - linha do Douro, da Beira e
I I
1
I

: - rede secundária - local. I


I I
1
ligações a Eivas e V. R. de Santo António.
7 1

J> ■ii
I i i

I
Rede de gasodutos principal : i Não cobre todo o país: serve as principais
I
I
e secundária. i i cidades, a maioria no litoral.
/ '‘■air-EBB ■ b-bbb-b ■ ■ b-bbb-b-b ■ b-bbib-b ■

Energia •1 - ----------------------------------------- --------------------------------------------------------------- ------------------------- --------------------------------------------------------- ________

I
I
I
’ Rede elétrica: muito alta tensão ’ i Cobre todo o país: maior densidade
I e alta, média e baixa tensão. i' i de linhas e maior tensão no litoral.
I I
I I I

I
l"

i • Rede de portos marítimos, I


I • Portos principais - Leixões, Aveiro,
a maioria de águas profundas, I
I
I
I
Lisboa, Setúbal, Sines, Caniçal
servindo as principais rotas I
I
e Ponta Delgada.
I
I
atlânticas. !
I
• Sines - destaca-se muito dos
Marítimo ■ ■“
I

i • Inseridos em plataformas 1
I
I
I
I
restantes.
i i

logísticas. i i

! I
I I
i i
• Potencial: portos de entrada >
I I

na Europa, com transhipment. i


i
I
i

7 'h,

í---“ — r'


I *
• Lisboa (muito destacado), seguido de
• Aeroportos internacionais. i
i
i
■ ■
Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada.
Aéreo • Aeroportos nacionais. I r |
I
I
I
I
I
I
• Beja, Porto Santo e outros dos Açores.
i • Aeródromos. I

I
I

!
• A maioria no interior.

182
TEMA IV A populaçao: como se movimenta e comunica

Avaliação

L Seleciona a letra do conceito que corresponde a cada uma das definições seguintes.

Definição Conceito

1 Conjugação de vários modos de transporte. A. Rede fundamental

2. Transbordo de mercadorias de um navio para outro, de maior B. Distâncias relativas


ou de menor dimensão.
C. Plataforma logística
3* Parte da rede viária que inclui todos os itinerários principais.
D. Transporte multimodal
4. Meios de deslocação sem impactes ambientais.
5. Tempo ou custo despendidos para efetuar uma dada deslocação. E. Transhipment

6. Oferece serviços de transbordo e logística, viabilizando as cadeias F. Modo de transporte


de transporte multimodal. suave

II. Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes,

1. Os transportes e as comunicações constituem ramos de atividade económica de grande


importância, além de servirem de suporte às restantes atividades económicas.

2. As características e as vantagens dos diferentes modos de transportes, assim como o tipo


de tráfego e as distâncias a percorrer, determinam a estrutura modal.

3. No território continental, verifica-se um claro predomínio da utilização do transporte ferroviário,


tanto no tráfego de passageiros como de mercadorias.

4. A rede ferroviária complementar identifica-se com os eixos de maior procura e com as principais
acessibilidades ás plataformas logísticas, portos, aeroportos e fronteiras.

5. Em Portugal, apesar dos grandes progressos nas redes de transporte, nas últimas décadas,
ainda existem desigualdades que colocam em desvantagem algumas regiões do país.

6. Para incentivar a mobilidade sustentável é necessário melhorar os transportes públicos


e criar soluções de mobilidade sustentável nas áreas suburbanas que sejam efetivamente
uma verdadeira alternativa ao automóvel.

7. Criar espaços de circulação segura para os meios suaves e regular a sua utilização permite
incentivar a mobilidade sustentável.

3, Foram definidos oito corredores multiniodais no âmbito da RTE-E.

9. As ilhas das regiões autónomas encontram-se conectadas por cabos submarinos de fibra ótica.

III, Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões.

1. O modo de transporte mais usado, em Portugal, na exportação de mercadorias é:

A, o marítimo, seguido do rodoviário. C, o marítimo, seguido do ferroviário.


I . o rodoviário, seguido do ferroviário. D. o rodoviário, seguido do marítimo.

2. O modo de transporte mais usado, em Portugal, no tráfego interno de passageiros é:


A, o marítimo, seguido do rodoviário. C, o marítimo, seguido do ferroviário.
I . o rodoviário, seguido do ferroviário. D. o rodoviário, seguido do marítimo.

3. Portugal importa gás natural da Argélia e da Nigéria, que entra no nosso país, respetiva mente, por:

A. transporte marítimo, no terminal de gás liquefeito de Sines, e gasoduto, em Campo Maior.


B. gasoduto, em Campo Maior (Alentejo), e transporte marítimo, nos portos de Sines e Setúbal.
C. gasoduto, que liga o Magrebe ao Alentejo, e através do terminal de gás liquefeito do porto de Sines.
D gasoduto, que liga o Magrebe ao Alentejo, e através do terminal offshore do porto de Leixões.

184
Os transportes e as comunicações

4. Na rede transeuropeia de transportes, as redes portuguesas inserem-se no corredor:


A. multimodal do Mediterrâneo, que incluí as vertentes marítima, ferroviária e aérea.
B. multimodal Atlântico, que inclui as vertentes aérea, marítima, ferroviária e rodoviária.
C Atlântico, que incluí ferrovia convencional e de alta velocidade e o transporte marítimo e fluvial.
D. Mar do Norte-Mediterrâneo, que inclui as redes rodoviárias e ferroviárias de alta velocidade.

5. Os pacotes de telecomunicação que mais aumentaram em número de assinantes são:

A. quádruplos e superiores. C. triplos e quádruplos.


B* duplos e triplos. D* duplos e quádruplos.

6. A NUTS II com mais agregados familiares ligados à internet em banda larga é:

A. AM Lisboa, seguida da Madeira e do Algarve.


B AM Lisboa, seguida da AM do Porto e dos Açores.
C. AM Lisboa, seguida das regiões autónomas.
D. Norte, seguida da AM Lisboa e dos Açores.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Indica as vantagens comparativas dos transportes rodoviário e ferroviário e dos transportes


marítimo e aéreo no tráfego de passageiros e de mercadorias.

2. Compara a importância dos modos marítimo e rodoviário em Portugal, no tráfego interno


e externo de mercadorias.

3. Justifica a importância da contentorização para as cadeias de transporte multimodal.

4. Desenvolve a afirmação: “Os portos marítimos são fundamentais para a valorização económica
da posição geográfica de Portugal, sobretudo se estiverem bem servidos de ligações terrestres".

5. Explica a importância da criação das redes transeuropeias de transporte e distribuição de


energia, referindo as prioridades da política energética.

6. Contextualiza a situação de Portugal na União Europeia relativamente à sociedade da informação.

7. Equaciona os benefícios, face aos efeitos negativos, do desenvolvimento das


telecomunicações.

8. Explica a importância das redes de transporte e telecomunicações para a coesão territorial.

Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2012 - V fase, grupo VI Exame 2015 - V fase, grupo IV Exame 2017 - 2.afase, grupo IV

Exame 2012 - 2a fase, grupo IV Exame 2015 -2a fase, grupo IV Exame 2018 - 2a fase, questão 17

Exame 2013 - Ia fase, grupo IV Exame 2016 - 1a fase, grupo IV Exame 2019 - 2 a fase, questão 13

Exame 2013 - 2.afase, grupo IV Exame 2016 -2afase,grupo IV

Exame 2014 - Ia fase, grupo IV Exame 2017 -V fase, grupo VI

185
Tema V I. Últimos alargamentos

SUBTEMA 1 II. Política ambiental

III. Política de coesão


regional

Portugal na União Europeia

Neste subtema desenvolverás as seguintes aprendizagens:


• Reconheceras principais etapas da construção da União Europeia, analisando fontes diversas
• Refletir sobre os desafios e as oportunidades que se colocam a Portugal e ã Unido Europeia perante
os últimos alargamentos e a previsível integração de novos países.
• Analisar a evolução das políticas nacionais e as ações da União Europeia, entre outras entidades não
europeias, em matéria ambiental.
• Identificar as principais áreas protegidas em Portugal, interpretando mapas.
• Relacionar a localização dos principais espaços de proteção ambiental e o seu contributo para
o equilíbrio sustentável de ordenamento do território.
• Debater as prioridades da política ambiental da União Europeia.
• Apontar as principais disparidades regionais de desenvolvimento em Portugal e na União Europeia.
• Conhecer os grandes objetivos e o papel da política regional de coesão da União Europeia.

Q Termos e conceitos

- Agenda 2030 - Economia circular - Objetivos de - Parque Nacional


- Área Protegida e hipocarbónica Desenvolvimento
- Parque Natural
Sustentável (ODS)
- Estratégia Nacional
- Desenvolvimento - Plano Nacional
de Educação - Pegada ecológica da Água (PNA)
inteligente,
Ambiental
sustentável - Paisagem e
- Rede Natura 2000
e inclusivo - Indicadores de paisagem cultural
coesão territorial - Reserva Natural
Portugal na União Europeia

I. Alargamentos da União Europeia

Uma comunidade em construção


A União Europeia, com o maior alargamento da sua história, em 2004, e mais dois, em 2007
e 2013, passou a contar com 28 Estados-membros (Fig. ij.

Fases de alargamento da UE
^B Fundadores da CEE - 1957
Finlândia
ZZ i.o alargamento -1973
ZZ 2.° alargamento - 1981
Suécia ZZ 3.° alargamento - 1986
Estónia I—J Reunificação alemã -1990
Mar
4.° alargamento -1995
do
Norte Din ZZ 5.° alargamento - 2004
^B 6.° alargamento - 2007
Lituânia
^B 7° alargamento - 2013
ZZ Está a negociar saída da UE

Oceano Polónia Candidatos ã adesão


Atlântico Alemanha Jâ em negociações
Luxemburgo ^B Montenegro, Sérvia e Turquia
Chéquia
Eslováquia
Candidatos ã adesão à espera
do Início das negociações
França BB Albânia, Macedónia do Norte

X ■

Potenciais candidatos
Espanha r Bulgária Bósnia e Herzegovina, Kosovo
ontenei 3VO
Nota: a adesão do Chipre,

Site oficial da UE, 2019


país asiático, foi aceite pela
Mar Mediterrâneo sua ligação histórica â Grécia.

Turquia

400 km
* Malta Chipre

Fig. 1A União Europeia e os países candidatos e potenciais candidatos em 2019.

Analisa o mapa da fig. 1:

1. Verifica a legenda e respetivas cores.

2. Identifica os países da UE, antes do seu maior alargamento.

3* Indica os três alargamentos para a Europa de Leste e Sudeste e identifica os respetivos países.

Doc, 1 Novos alargamentos


A constituição, em 1957, da Comunidade Econó­
mica Europeia (CEE), que deu origem à União “O alargamento aos Balcãs Ocidentais, previsto para
2025, é importante para essa região. pelo ganho económico
Europeia (UE) em 1992, foi essencial para a ga­ da inclusão no Mercado Único e porque serã o ponto final
rantia da estabilidade e da paz necessárias ao do longo processo de transição desde o colapso da Jugos
lãvia e o final das guerras civis dos anos 90’, explicou o
progresso social e económico da Europa.
diretor de política externa do Centro para a Reforma Eu
ropeia. Para o especialista, “para a União Europeia, este
Os progressos alcançados e o objetivo de incluir alargamento tem um significado primariamente político, a
todos os países europeus levaram aos sucessi­ UE está a mostrar que se mantêm aberta a países que cum
prem os critérios, esperando que a sua adesão consolide a
vos alargamentos e permitem projetar a futura estabilidade regional, como ocorreu na Europa de Leste/
integração de novos estados (Doc. i).
Diário de Notícias, 19/01/2018 (adaptado)

187
TEMA V A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

Preparação do alargamento a leste


Até ao início da década de 1990, seria impensável a adesão dos países da Europa de Leste
(designação geográfica com conotação política: países comunistas), devido ao regime
comunista, incompatível com a democracia e a economia aberta da União Europeia. A queda
dos regimes comunistas e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),
no início dos anos 90, possibilitou a abertura da União Europeia aos países de leste (Doc.1i.

Doc. 1 A normalização das relações

A queda dos regimes comunistas, desencadeada pela destruição do


muro de Berlim e pela PerestrPika russa (reestruturação que levou à
mudança do regime político da URSS e à independência da maioria
das repúblicas socialistas soviéticas), permitiu o reatar de relaçües.
Assim, a União Europeia:

■ reconheceu os novos estados que resultaram da desintegração da


União Soviética e da Jugoslávia e da separação da Checoslováquia;

■ formalizou as relaçães com esses países, através de acordos bilate


rais de comércio e cooperação;

■ decidiu, no Conselho Europeu de Copenhaga, em 1993, que esses


países, se assim o desejassem, poderiam aderir à União Europeia,
desde que pudessem assumir as suas obrigações de Estados
membros.
Monumento da queda do muro de Berlim
Fichas Técnicas, Parlamento Europeu, 2019 (adaptado)
(11 de novembro de 1989).

Analisa o doc. 1:

1. Relaciona a informação do documento com os teus conhecimentos da história do século XX.

2. Indica os passos dados pela União Europeia para a aproximação aos novos países.

Os países candidatos beneficiam de uma estratégia de pré-adesão e de instrumentos de apoio


próprios para alcançarem as condições necessárias á sua Integração. Essas condições, de caráter
político, económico e jurídico, foram definidas no Conselho Europeu de Copenhaga, em 1993.

Critérios de Copenhaga ou critérios de adesão

Critério político Critério económico Critério jurídico

As instituições do país têm de A economia do país tem de: O país tem de ser capaz de:
ser estáveis, para garantirem: • ser uma economia de • adotar as regras, normas
• democracia; mercado; e políticas comuns que
• primado do direito; • ter capacidade para constituem o corpo
• respeito pelos direitos concorrer no mercado legislativo da UE;
humanos; comunitário. • garantir o seu cumprimento.
• proteção das minorias.

A adesão da Turquia, país candidato desde 1987, tem sido sucessiva mente adiada pela dificul­
dade no cumprimento desses critérios, sobretudo os políticos e jurídicos, o que tem Impedido
um acordo de todos os Estados-membros.

188
Portugal na União Europeia

Alargamento: desafios e oportunidades


Os últimos alargamentos, pelo
grande número de novos países,
M 2005 M 2017
implicaram grandes alterações
para a União Europeia (Fig.1):

• no território;

• na população;

EUROSTAT, 2019
• no nível médio de desenvol­
vimento.

Surgiram, assim, oportunidades


e desafios, para a União Euro­ novos países

peia e para os membros mais Fig. 1 Alterações na população e no PIEt/capita, com os alargamentos.

antigos, como Portugal.

Oportunidades

- Expansão do mercado único: - Empobrecimento geral, pois,


- em território produtivo; na maioria dos novos países, o PIB
- no número de habitantes e de ativos. por habitante é inferior, reduzindo
a média comunitária e exigindo
- Reforço da posição mundiall da UE, no contexto:
fundos de apoio à integração.
- político - maior influência nas decisões
Para a UE - Aumento da heterogeneidade
de nível mundial;
económica, social e cultural,
- económico - maior capacidade
que implica maiores dificuldades
de concorrência nos mercados e maior peso
na conciliação de interesses,
da moeda única (euro).
na busca de consensos e na tomada
de decisões.

- Tem vantagens face aos novos países, - Tornou-se mais periférico, pois o
por estar integrado há mais tempo: alargamento fez-se para leste.
- melhores infraestruturas; - Perdeu parte dos fundos estruturais.
- estruturas produtivas mais modernas: - Passou a ter maior concorrência
- maior desenvolvimento humano; nas exportações e na captação de
- maior estabilidade política; investimento estrangeiro.
Para Portugal - melhor sistema bancário. - Teve de competir com as vantagens
- Maior facilidade de internacionalização dos novos Estados-membros:
das empresas portuguesas. - maior centralidade;
• Maiores possibilidades de negócio - mão de obra mais barata;
num mercado comunitário alargado. - maior produtividade do trabalho;
- Beneficia da participação no maior mercado - mais apoios comunitários.
comum do mundo.

f------------- “
VERIFICA SE SABES AVALIAÇAO

P. 199
GRUPO I:
Identificar os países fundadores da UE e os que aderiram nos sucessivos alargamentos. Questão 1

Indicar os critérios de adesão, definidos em Copenhaga. Questão 1

Questão 1
Explicar as oportunidades e os desafios dos últimos alargamentos, para a UE e para Portugal.
Questêo 1

189
TEMA V A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

II. Política ambiental da União Europeia

Etapas e documentos fundamentais


A União Europeia segue as mais exigentes normas ambientais e é líder mundial na pro­
moção de medidas globais de proteção do planeta (Doc. i).

Doc, 1 Marcos da política ambiental na UE

1967 Primeira diretiva ambiental: classificação, embalagem


e rotulagem de substâncias perigosas.

1973 Constituição da Direção do Ambiente e Proteção dos Con


sumidores.

1981 Constituição da Direção Geral do Ambiente, Segurança


Nuclear e Proteção Civil.

1992 Tratado de Maastricht, que constituiu a base jurídica da


política comum do ambiente.

1991 Criação da Agência Europeia do Ambiente.

1999 Tratado de Amesterdão, que instituiu o dever de integrar a


proteção ambiental em todas as políticas setoriais da UE, Manifestação de jovens europeus pelo
tendo em vista promover o desenvolvimento sustentável. ambiente - Liubliana, 15/03/2019.

2007 Tratado de Lisboa, que fez da luta contra as alterações climáticas um objetivo específico, bem como a garantia
do desenvolvimento sustentável, nas relações com países terceiros.

2013-2020 Sétimo programa de ação em matéria de ambiente (PAA).

Site da União Europeia (consultado cm 27/04/2019, adaptado)

A política ambiental da União Europeia alicerça-se em três documentos fundamentais.

Tratado de Lisboa, em que se evidenciam, em termos ambientais:

4- 1
Artigo 11.° Artigo 191.° - Artigo 191.° - n.° 2
Estabelece a A política de ambiente da União contribui para: A política ambiental da
integração da ■ preservar, proteger emelhorara qualidade União baseia-se nos
proteção ambiental do ambiente; princípios da precaução,
em todas as políticas • proteger a saúde humana; da prevenção e do
e atividades da ■ a utilização racional dos recursos naturais; poluidor-pagador,
UE, com vista ao ■ promover medidas para lidar com problemas devendo os danos
desenvolvimento ambientais, ao nível internacional, nomeadamente ser prioritariamente
o combate às alterações climáticas. corrigidos na fonte.

Estratégia “Europa 2020" para o crescimento e o emprego com sustentabilidade


xb 4-

Entre os cinco objetivos principais, a atingir até ao final Lançou a iniciativa “Uma Europa eficiente no uso
de 2020, o terceiro respeita às alterações climáticas de recursos”, que promove dissociação entre
e à sustentabilidade energética: o crescimento económico e o uso de recursos
• reduzir 20% (ou 30%, se possível) as emissões naturais - usar menos recursos para produzir
de gases com efeito de estufa face a 1990; a mesma ou mais riqueza, apoiando a:
• obter 20% da energia de fontes renováveis; ■ transição para uma economia de baixo carbono,
• aumentar em 20% a eficiência energética. com energias renováveis e eficiência energética;
■ modernização do setor dos transportes.

190
Portugal na União Europeia

Domínios Objetivos principais

1. Proteger, conservar e reforçar o capital natural da União.


Reforçar a eficácia
2, Tornar a União uma economia hipocarbânica, eficiente na utilização
da política ambiental
-> dos recursos, verde e competitiva.
em três áreas
prioritárias 3. Proteger os cidadãos contra as pressões de caráter ambiental e os riscos
para a saúde e o bem-estar.

4. Melhorar a aplicação da legislação da União relativa ao ambiente.


5. Melhorar a base de conhecimentos sobre o ambiente e alargara fundamentação
Viabilizar para a política ambiental.
a concretização 6, Assegurar investimentos no domínio ambiental climático e ter sempre em conta
da política ambiental os custos ambientais de todas as atividades da sociedade.
7. Integrar de forma mais eficaz os objetivos ambientais em políticas comuns,
nas que estão em vigor e noutras que venham a ser criadas.

Responder a desafios 8, Tornar as cidades da União mais sustentáveis.


locais, regionais 9. Ajudar a União a abordar o ambiente internacional e as alterações climáticas
e mundiais deforma mais eficiente, de modo a cumprir os objetivos de redução de emissão
de gases com efeito de estufa (GEE) do Acordo de Paris.

Doc. 2 Agenda 2030

Deste modo, a política


() documento ^Transformando o nosso Mundo: a Agenda para o Desenvolvimen­
ambiental da União Eu­ to Sustentável de 2030’ ê fruto do trabalho conjunto de governos e cidadãos de
ropeia contribui para a todo o mundo para criar um novo modelo global sem pobreza e com prosperidade e
bem estar, protegendo o ambiente e combatendo as alterações climáticas de modo
concretização da Agen­
a alcançar uma vida digna para todos, dentro dos limites do Planeta. Para isso, esta
da 2030 (Doc. 2). beleceu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODSJ, a concretizar até 2030.

Analisa o esquema acima


e o doc. 2:

1. Identifica os ODS para


cuja concretização o
7.° PAA da UE contribui.

<r wffnntí
I3.“o 14 wwn*
14 namavu IU «inm 10 tumucts
IRCWJ
17 PUOBISMM
1/ IWUWM1ICÀ0
XBOMIMB

<•> X
OBJETIVOS
SVlTtNtAVtl

Site da Agenda 2030 (consultado em 28/04/2019, adaptado)

191
TEMA V A integração de Portugal na Unia o Europeia: novos desafios, novas oportunidades

Política ambiental em Portugal


Em Portugal, a política ambiental iniciou-se depois da adesão à União Europeia, acompanhando
e dando cumprimento às grandes opções comunitárias.

• 1987 - Primeira Lei de Bases do Ambiente, revista em 2014.

• Elaboração do quadro legislativo, em matéria ambiental, que respeita o direito internacional


e transpõe, para a legislação nacional, o quadro normativo comunitário.

i'
v

■ Plano nacional da água e lei da água (PNA).


Água
■ Planos de ordenamento das regiões hidrográficas (PGRH), das bacias
• Diretiva-quadro da água
hidrográficas (PGBH)r das albufeiras (POA)e das orlas costeiras (POOC).
• Diretiva-quadro da
■ Plano de situação do ordenamento do espaço marítimo (PSOEM).
estratégia marinha
■ Estratégia nacional para a gestão integrada da zona costeira (ENGIZC).

■ Programa nacional para as alterações climáticas 2020/2030 — promove


Recursos e resíduos o cumprimento do Acordo de Paris, na redução de emissão de GEE.
• Diretiva-quadro dos ■ Plano estratégico para os resíduos sólidos urbanos (PERSU).
resíduos ■ Plano estratégico dos resíduos hospitalares (PERH).
• Transformar os resíduos ■ Plano nacional de prevenção de resíduos industriais (PNAPRI):
em recursos - a chave - 1.c prevenção - evitar a produção de resíduos;
para uma economia - 2 ° reutilização — utilização eficiente dos recursos;
circular - 3.° reciclagem - utilização de resíduos como matéria-prima;
- 4.° outras formas de recuperação - convite ã criatividade;
- 5.° incineração ou deposição em aterro, se não houver outra solução.

Biodiversidade
■ Estratégia nacional de conservação da natureza e biodiversidade 2030 (ENCNB),
• Diretivas Aves e Habitats para valorizar o território, as paisagens e os valores naturais.
- Rede Natura 2000 (RN)
■ Criação de parques nacionais, parques naturais e reservas naturais.
(Doc. 2}

Paisagem: espaço geográfico


observável com elementos só
Doc. 1 Economia circular naturais ou naturais e humanos.
Paisagem cultural: onde a ocupação
Baseia se no uso eficiente dos recursos naturais, pela: humana do território evidencia
aspetos culturais (técnicas agrícolas,
■ reutilização de resíduos,
património construído, povoamento,
no processo produtivo;
etc).
■ reciclagem dos resíduos Parque nacional: área com regiões
que não podem ser reu
e paisagens naturais e humanizadas,
tilizados;
biodiversidade e geossítios de valor
■ eficiência energética, científico, ecológico e educativo.
pela inovação tecnológi Parque natural: área com
ca e pelo uso de energia predomínio de ecossistemas
renovável» para dimi naturais ou seminaturais, onde a
nuir as emissões de GEE.
preservação da biodiversidade
depende da atividade humana.
Reserva natural: área de fraca
Analisa o doc. 1: presença humana, com elementos
ecológicos, geológicos e geográficos
1» Explica o que é a economia circular, a partir do documento. de valor científico ou educativo.

192
Portugal na União Europeia

Doc. 2 Rede Natura 2000

É unia rede europeia de áreas protegidas que visa asse


gurar a biodiversidade, através da recuperação ou conser
vação de habitats naturais, da flora e da fauna selvagens,
num estado de conservação favorável. Resulta da aplica
ção de duas diretivas: is
■ Diretiva Aves: proteção, gestão e controlo das espécies Açores o
_u

de aves que vivem no estado selvagem, em zonas de M 5 4—1


EZ
w
Madeira
proteção especial (ZPE) dos habitats. cuja salvaguarda é <

N.° de áreas O
prioritária para a conservação das populações de aves. da RN
c

Oi

■ Diretiva Habitats: conservação da biodiversidade, atra O


u

vés da conservação dos habitats naturais, mediante a SIC

criação de um conjunto de sítios de interesse comuni­ ZPE


■■ SIC + ZPE
tário (SIC).

Site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)


(consultado em 29/0-1/2019, adaptado)

Doc, 3 Travar o aquecimento global é tarefa de todos


Os objetivos da política ambiental na­
cional e europeia contribuem para o pla­
O Acordo de Paris, em vigor desde 2016, ratificado por 60 países (in
no internacional, nomeadamente: cl ui iido os da UE), visa descarbonizar as economias mundiais, ten
do como objetivo limitar o aumento da temperatura média global a
• na conservação da Natureza; 2 LIC acima dos níveis pré industriais, para reduzir os riscos das alte
• nas alterações climáticas (Doc. 3). rações climáticas.
Site da APA (consultado cm 29/0-1/2019, adaptado)
Para estes objetivos TODOS temos de:

• mudar mentalidade e atitudes;

• aumentar o esforço para reduzir a


pegada ecológica (Fig.i).

A Estratégia Nacional de Educação


Ambiental 2020 pretende promover a
educação ambiental transversal e inclu­
siva, que conduza a uma mudança civi-
lizacional de hábitos sustentáveis em
todas as dimensões da vida humana.

Hectare global por ano (hg/h/ano): qualidade de terra, água e outros recursos,
expressa numa unidade equivalente ao hectare, necessários para sustentar um
Analisa os does. 2 e 3 e a fig. 1: indivíduo, por um ano, de acordo com o seu nível de vida.

Fig. 1 Pegada ecológica por habitante (2017).


2. Verifica, no doc. 2 ,se existe algum SIC ou alguma ZPE na tua região.

3. Indica atitudes com que podes contribuir para o objetivo do Acordo de Paris.

4, Compara, na fig. 1, a pegada ecológica de Portugal comi a dos países da UE e do mundo.

í “
AVALIAÇAO
VERIFICA SE SABES
P. 199
GRUPO I:
Questões 2 e5
Indicar os principais objetivos da política ambiental europeia e portuguesa, referindo os docu­
Questões 2 e4
mentos que viabilizam a sua concretização e relacionando-a com o contexto global.
GRUPO IV:
Questões 2 e3

193
Portugal na União Europeia

Doc. 2 Rede Natura 2000

É unia rede europeia de áreas protegidas que visa asse


gurar a biodiversidade, através da recuperação ou conser
vação de habitats naturais, da flora e da fauna selvagens,
num estado de conservação favorável. Resulta da aplica
ção de duas diretivas: is
■ Diretiva Aves: proteção, gestão e controlo das espécies Açores o
_u

de aves que vivem no estado selvagem, em zonas de M 5 4—1


EZ
w
Madeira
proteção especial (ZPE) dos habitats. cuja salvaguarda é <

N.° de áreas O
prioritária para a conservação das populações de aves. da RN
c

Oi

■ Diretiva Habitats: conservação da biodiversidade, atra O


u

vés da conservação dos habitats naturais, mediante a SIC

criação de um conjunto de sítios de interesse comuni­ ZPE


■■ SIC + ZPE
tário (SIC).

Site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)


(consultado em 29/0-1/2019, adaptado)

Doc, 3 Travar o aquecimento global é tarefa de todos


Os objetivos da política ambiental na­
cional e europeia contribuem para o pla­
O Acordo de Paris, em vigor desde 2016, ratificado por 60 países (in
no internacional, nomeadamente: cl ui iido os da UE), visa descarbonizar as economias mundiais, ten
do como objetivo limitar o aumento da temperatura média global a
• na conservação da Natureza; 2 LIC acima dos níveis pré industriais, para reduzir os riscos das alte
• nas alterações climáticas (Doc. 3). rações climáticas.
Site da APA (consultado cm 29/0-1/2019, adaptado)
Para estes objetivos TODOS temos de:

• mudar mentalidade e atitudes;

• aumentar o esforço para reduzir a


pegada ecológica (Fig.i).

A Estratégia Nacional de Educação


Ambiental 2020 pretende promover a
educação ambiental transversal e inclu­
siva, que conduza a uma mudança civi-
lizacional de hábitos sustentáveis em
todas as dimensões da vida humana.

Hectare global por ano (hg/h/ano): qualidade de terra, água e outros recursos,
expressa numa unidade equivalente ao hectare, necessários para sustentar um
Analisa os does. 2 e 3 e a fig. 1: indivíduo, por um ano, de acordo com o seu nível de vida.

Fig. 1 Pegada ecológica por habitante (2017).


2. Verifica, no doc. 2 ,se existe algum SIC ou alguma ZPE na tua região.

3. Indica atitudes com que podes contribuir para o objetivo do Acordo de Paris.

4, Compara, na fig. 1, a pegada ecológica de Portugal comi a dos países da UE e do mundo.

í “
AVALIAÇAO
VERIFICA SE SABES
P. 199
GRUPO I:
Questões 2 e5
Indicar os principais objetivos da política ambiental europeia e portuguesa, referindo os docu­
Questões 2 e4
mentos que viabilizam a sua concretização e relacionando-a com o contexto global.
GRUPO IV:
Questões 2 e3

193
TEMA V A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

III. Política Regional da União Europeia

Desigualdades persistentes, na UE e em Portugal


As desigualdades de rendimento e qualidade de vida evidenciam-se ao nível comunitário,
nacional e regional, tal como nas características socioeconómicas (Figs. 1,2e3).

50 000- PPS: Purchasing Power Standard ou Poder de Compra


Padrão - unidade monetária artificial que compara o custo da
mesma quantidade de bens e serviços em todos os países.
40 000 O O
ISCED: Intematíonaí Standard Classificatian ofBducation. CM
LU
Z)
30 000
ISCED aí
£1
■°°A O Alto (nível 5 a 8) §
°°Ooo o O Médio (nível 3 a 4) Lu
° °?8®oooç JÊ

20 000 O^ o°°oo O Baixo (nível 0 a 2) ui


c
£1
o ° oo°oO°° °o
o o O o5 o ° O 8
~ On“° °OO o
10 000 n°^o^8g8888
C

"§8 S

0
Fig 1 Poder de
compra, segundo
os níveis de
escolaridade
(2017).

<y) Área de residência


rn
o • Predominantemente urbana
70 — • Mediamente urbana
• Predominantemente rural
60 —

50 —

Fig. 2 PIB
por habitante,
segundo o tipo
de área de
residência (2017).

Fig. 3 Risco
de pobreza
e exclusão,
Grupo etário Condição perante o emprego segundo as
características
socioeconómicas,
Analisa os gráficos das figs. 1, 2 e 3:
na UE (2017).

1. Descreve as desigualdades representadas, entre os países e em cada país.

2. Relaciona o risco de pobreza com as características demográficas e socioeconómicas.

194
Portugal na União Europeia

As diferentes políticas ao nível fiscal e social também influenciam as desigualdades (Fig. 4).

Proteção social Educação Dinamarca


França
Alemanha
Finlândia
Bélgica
Dinamarca
Irlanda
Bélgica
Espanha
Áustria Portugal
Grécia Itália
Itália UE28
Suécia Áustria
Croácia Suécia
Hungria Grécia
UE28 Chipre
Eslovénia R. Unido
Portugal França
Alemanha Luxemburgo
Holanda Eslovénia
Espanha Letónia
Luxemburgo Finlândia
Eslováquia Holanda
R. Unido Polónia
Polónia Chéquia
Estónia Eslováquia
Chéquia Malta
Chipre Estónia
Malta Roménia

Eurostat, 2018
Letónia Croácia
Bulgária Hungria
Roménia Lituânia
Irlanda Bulgária

0.25 0,20 0.15 0.10 0.05 0.00 0.00 0,05 0,10 0,15 0.20 0,25 0,20 0,35

Despesa do Estado (% do PIB) na UE (2017) EU R/kWh consumidores domésticos (2017)


Fig. 4 Desigualdades nas políticas de caráter social e fiscal, na UE (2017).

Em Portugal, a falta de uma política de coesão evidencia-se em muitos indicadores.

Exemplos:

Ás Pessoas 2017, INE, 2019


r 1
Ganho médio mensal
Escolaridade N.° de hospitais Médicos/1000
2017
Euros Feminino inferior em (%) superior (% pop.) habitantes

Norte 986.90 9,8 22 33 5,0

Centro 966,30 11,5 23 34 4,7


A. M. Lisboa 1388,50 11,2 34 28 6.4

Alentejo 997.80 11.9 20 6 2,9


Algarve 942.70 7,0 22 4 3,9
INE 2019

R. A. Açores 1023,90 8.9 18 3 3,3

R. A. Madeira 1063,50 9,5 22 3 4,1

Analisa os gráficos da fig. 4 e os dados dos exemplos:

3* Compara a situação de Portugal com a dos outros países em todos os indicadores.

4. Compara as regiões portuguesas relativa mente aos indicadores representados.

195
TEMA V A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

Promover a coesão económica e social Coesão territorial: desenvolvimento


sustentável do território, no seu todo,
A política de coesão regional promove a redução das reduzindo as disparidades a um nível mínimo,
disparidades económicas, sociais e territoriais, aplican­ de modo a criar melhores oportunidades para
do os fundos estruturais e de investimento (FEIE). empresas e pessoas, valorizando os recursos
e as características próprias da sua região,
coordenando as políticas locais, regionais,
nacionais e comunitárias.

Englobam: Têm como objetivo:

• Fundo Europeu de ’ Fortalecer a coesão económica e social na UE,


Desenvolvimento Regional (FEDER) reduzindo os desequilíbrios entre as regiões.
- Reduzir as desigualdades entre as pessoas, melhorando
• Fundo Social Europeu (FSE) as oportunidades de emprego e de educação
e diminuindo a vulnerabilidade à pobreza.
* Fundo Europeu Agrícola do ’ Resolver problemas das zonas rurais e promover o seu
Desenvolvimento Rural (FEADER) desenvolvimento sustentável.
- Apoiar as pescas (emprego, formação, modernização)
* Fundo Europeu para os Assuntos e promover o desenvolvimento e a sustentabilidade
Marítimos e as Pescas (FEAMP) das comunidades costeiras.
- Os Estados-membros com Rendimento Nacional Bruto
• Fundo de Coesão
por habitante inferior a 90% da média da UE.
’ Apoiar os países e as regiões afetadas por desastres
* Fundo de Solidariedade
ou catástrofes naturais, como inundações ou incêndios.
daUE(FSEU)

A política de coesão tem um papel primordial na estratégia comunitária para o crescimento


e o emprego - Europa 2020 com três prioridades e cinco metas fundamentais.

Reduzir a taxa de
Assegurar o
abandono escolar até,
emprego de 75%
pelo menos, 10%
da população dos
e elevar para, pelo
20 aos 64 anos.
menos, 40% do total,
o número de pessoas
Desenvolvimento Desenvolvi mento
dos 30 aos 34 anos
inteligente significa inclusivo promove a Retirar 20 milhões
com curso superior
desenvolver uma participação no mercado de pessoas do risco
ou equivalente.
economia baseada no de trabalho e uma maior de pobreza
conhecimento e na coesão social e territorial ou de exclusão.
inova ca o.
Desenvolvimento
sustentável promove
uma economia
mais eficiente em
termos de gestão
dos recursos,
Assegurar um hipocarbónica
investimento de, Reduzir as emissões de carbono
e competitiva.
pelo menos, 3% do em 20% face aos níveis de 1990,
PIB da UE em l&D. aumentar a quota de utilização
de energias renováveis para 20%
e fazer uma gestão energética
mais eficiente.
Estratégia Europa 2020 (adaptado)

196
Portugal na União Europeia

Após 2020; a política de coesão continuará a atribuir os fundos categorizando as regiões,


como até aqui (menos desenvolvidas, em transição e mais desenvolvidas), mas acrescentan­
do outros critérios além do PIB per capita: desemprego jovem, baixo nível de escolaridade,
alterações climáticas e acolhimento e integração de migrantes (Fig. ij.

Analisa o mapa da fig. 1:

1. Verifica, na legenda, a forma


como se classificam as regiões.

2. Identifica os países com mais

Panorama, n.’ 65, UE, 2018


regiões elegíveis para apoio
no objetivo convergência.

3. Identifica a(s) região(ões) por-


tuguesa(s) que se encontra(m)
em cada classe da legenda.

Fig. 1 Elegibilidade das regiões para o fundo de coesão (2021-2027).

De 2021 a 2027, o investimento terá cinco prioridades - construir uma Europa mais:

Inteligente Verde e Conectada Social Próxima


• Inovação hipocarbónica • Redes - Emprego dos cidadãos

• Digitalização • Metas do Acordo estratégicas: de qualidade • Estratégias de


• Transformação de Paris - de transportes - Educação desenvolvimento:
económica • Transição para - digitais - Competências - a nível local
• Apoio às as energias - Inclusão social - urbano
pequenas e renováveis - Igualdade de sustentável
médias empresas • Combate às acesso à saúde
alterações
climáticas

VERIFICA SE SABES

Descrever , analisando indicadores de desenvolvimento territorial, as principais desigualdades AVALIAÇÃO

económicas e sociais que ainda persistem: P. 199


GRUPO I:
a) na União Europeia, entre países: b) em Portugal, entre diversas regiões; Questões 3 e4

c) na sociedade, tendo em conta características socioeconómicas da população. Questão 5

Questão 2
Explicar a política de coesão regional, fundos que aplica e seus principais objetivos.
GRUPO IV:
Questão 4

197
TEMA V A integração de Portugal na União Europeia: novos desafios, novas oportunidades

SÍNTESE

Ültímos três alargamentos da UE


4/ 4^ 4/

Preparação Desafios Oportunidades

■ b I* l"

• Anos 90: queda dos : Para a UE: i Para a UE:


regimes comunistas - Aumento da - Aumento do território
permite a adesão heterogeneidade, que e da população.
I

desses países. dificulta a conciliação. i - Reforço da posição


• 1993: critérios de adesão. - Empobrecimento global - mundial, aumentando
• Antes da adesão: menor coesão territorial. I
a sua capacidade de
estratégias de pré-
I
I
I I
influência e de decisão.
-adesão ajudam os países lJ I

a alcançar as condições : Para Portugal: : Para Portugal:


de adesão. ’ Situação mais periférica.. • Maior estabilidade política
• Após a adesão - - Perde fundos comunitários. e melhores estruturas
1

instrumentos de apoio ’ Concorrência dos novos sociais, financeiras


I

específicos para cada países, que recebem mais e produtivas.


fundos e têm mão de í - Acesso a um mercado
I
obra barata e qualificada, comum maior e com
atraindo mais capital mais oportunidades de
estrangeiro. internacionalização.

Política ambiental - alcançar uma vída digna para todos dentro dos limites do planeta
4/4^ 4*
'■s
I É I
i
I

Evolução F
Prioridades I
Ações
I F I
I F I I
I
I

Marcos que se destacam: Europa 2020 e sétimo • Reforço dos apoios da UE


I

• Tratado de Maastricht - I
I
I
programa de ação em à política ambiental.
cria a política comum do I
I F
matéria ambiental: 1
• Maior integração dos
I
I
ambiente. Proteger, conservar objetivos ambientais
I

• Tratado de Amesterdão
I
I
I
i

i
e reforçar o capital noutras políticas e nas
i

- institui a inserção da I
I
1 natural. atividades da UE.
I • i
I i II

proteção ambiental em I i
Alcançar uma economia . Concretização dos objetivos
1
I
todas as outras políticas. I
I
I

i
i
hipocairbónica e ambientais ã escala local,
I

• Tratado de Lisboa - I
eficiente no uso dos sobretudo nas cidades
I t
I i

prioriza a prevenção das


I i
recursos naturais, verde i i e a nível mundial.
>
I > ■

alterações climáticas e a I
I
I
i
i
i
e competitiva. I
I
i
!
i
i Participar na concretização
sustentabilidade ambiental ■ 1

Proteger os cidadãos I 1
da Agenda 2030 e dos ODS.
! I I

nas relações com países 1


I
dos perigos e riscos i i


Reduzir a pegada ecológica.
1 >

F
terceiros. I
>
í
1
ambientais. I
I
i
I
i
i I ■ i H
4>

i
i A política ambiental portuguesa insere-se na europeia e prossegue as mesmas prioridades.
i

Política de coesão regional - promove a redução das disparidades regionais


si/ qz sj/
1 ■ 1

Prioridade: desenvolvimento i Aplicação de fundos Após 2010


1 F 1 F
1 F 1 F

■ Inteligente i : Beneficia mais as regiões Uma Europa mais inteligente,


■ Inclusivo ímenos desenvolvidas - ; mais verde, mais conectada,
1 " 1 F

■ Sustentável Í Í com PIB/capita inferior a mais social e mais próxima


I ■ 75% da média da UE. dos cidadãos.
1 ■
I ■ ■! ■
II _ r r ■■ z-a va - r9-r’TB-11 "• ve-e = ra-BK-B =■=■=■■=■=■= s-s-bb-s wwnB-a rrsB-a-a e-e-VB-e rvBBB-a =-s-T

Para alcançai a coesão territorial - desenvolvimento sustentável de todo o território.


1

198
Portugal na União Europeia

Avaliação

L Seleciona a leira do conceito que corresponde a cada uma das definições seguintes.

Definição Conceito

1. Condições necessárias para a adesão à UE. A. Europa mais inteligente

2, Menor uso de recursos naturais, reutilização e reciclagem,


B. Coesão territorial
eficiência energética e baixa emissão de GEE.
C. Critérios de Copenhaga
3, Desenvolvimento sustentável e equitativo do território, no seu todo.
4, Investimento em inovação, digitalização e transformação D. Pegada ecológica
económica, com apoio às pequenas e médias empresas.
E. Economia circular
5. Quantidade de recursos naturais necessários para sustentar um
indivíduo, de acordo com o seu nível de vida. F. Crescimento inteligente

IL Classifica como verdadeira ou falsa cada uma das afirmações seguintes,

1. O reforço da posição da União Europeia no contexto político internacional e no mercado


mundial é um dos aspetos positivos dos alargamentos de 2004, 2007 e 2013.

2. As primeiras medidas comunitárias no domínio ambiental datam de finais dos anos 50.

3. A aposta numa economia hipocarbónica relaciona-se com a prevenção das alterações


climáticas, que poderão intensificar catástrofes meteorológicas.

4. A Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020 pretende promover mudança civilizacional,


com maiores níveis de escolaridade e compreensão do equilíbrio ambiental.

5. A política regional da UE promove a coesão pela redução das disparidades territoriais,


aplicando o Fundo de Coesão, o FEDER e o FEADER, entre outros.

III. Seleciona a opção de resposta correta em cada uma das seguintes questões,

1, O tratado que conferiu às medidas ambientais o estatuto de política comunitária foi o de:
A» Nice. B, Lisboa. C Maastricht. Amesterdão.

2. São consideradas regiões desfavorecidas as que têm um PIB/habitante em PPS inferior a:

A. 55% da média comunitária. C. 65% da média comunitária.


B- 80% da média comunitária. D. 75% da média comunitária.

IV. Responde às questões seguintes.

1. Equaciona desafios e oportunidades, para a UE e Portugal, dos últimos alargamentos.

2 Explica a importância das áreas ambíentalmente protegidas para a valorização do território


e dos seus valores naturais, exemplificando com duas diretivas comunitárias.

3, Indica as prioridades da política ambiental portuguesa, inseríndo-a no contexto europeu.

4. Explica como pode a política de coesão regional beneficiar o desenvolvimento do nosso país.

Questões de exame Complementa o teu estudo resolvendo as seguintes questões.

Exame 2013 - Ia fase, grupo V Exame 2018 - 1.a fase, questão 16 Exame 2019 - Ia fase, questões 12 e 13

199
Todas as provas-modelo tèm a duração de 120 minutos com 30 minutos de tolerância

Para cada resposta, identifique o item.


Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.
Não é permitido o uso de corretor.
Risque aquilo que pretende que não seja classificado.
Não é permitido o uso de calculadora.
É permitido o uso de régua, esquadro e transferidor.

Apresente apenas uma resposta para cada item.


As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escrevah ma folha de respostas, o grupo,
o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Nas respostas aos itens que envolvem a produção de um texto, deve ter em conta os conteúdos e a sua organização,
a utilização da terminologia específica da disciplina, a integração da informação contida nos
documentos e a eficácia da comunicação em língua portuguesa.
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 1

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 A evolução recente da população residente em Portugal tem sido acompanhada, por um lado, pela
quebra sensível da natalidade e da fecundidade e, por outro, pelo aumento da esperança de vida,
convergindo estes fatores no sentido de um rápido envelhecimento da população.
PNPOT/Diagnóstico, julho de 2018, DGT, 2019
Milhões

da Popuioçtlo Residente, INE. 2019


Censos da População e Projeções
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2020 2030 2040
Figura 1 População residente efetiva (até 2011} e estimada (cenário central 2020 a 2040), em Portugal (1864-2040).

1.1 A variação da população residente representada de 1864 a 2011 resultou dos comportamentos
demográficos sintetizados

(A) no índice sintético de fecundidade.


(B) na taxa calculada com base na natalidade e na mortalidade de cada ano.
(C) no saldo migratório calculado por 1000 habitantes (%o).
(D) na taxa calculada com base no crescimento natural e migratório.

12 O crescimento significativo e consistente da população residente, de 1984 a 1960, deveu-se


(A) ao aumento da taxa de natalidade, apesar de a taxa de mortalidade se ter mantido estável.
(B) ao aumento da esperança média de vida, com a taxa de natalidade alta, mas decrescente.
(C) ao saldo migratório calculado por 1000 habitantes (%o)
(D) à taxa calculada com base no crescimento natural e crescimento migratório.

13 Em 20011, os censos contabilizaram a população residente em Portugal, um pouco acima dos


10,5 milhões, facto que se relacionou diretamente com a ocorrência do maior
(A) fluxo imigratório, maioritariamente oriundos dos PALOP, Europa de Leste e Brasil.
(B) surto de construção civil e obras públicas, associado à Expo 98, que criou emprego.
(C) aumento da oferta de emprego qualificado, por efeito da nossa adesão à União Europeia.
(D) fluxo emigratório, devidlo à crise económica dos anos de 1990, com a queda da URSS.

202
PROVA-MODELO DE EXAME 1

1,4 O decréscimo demográfico previsto para 2020 assoda-se à queda da taxa de crescimento
efetivo, motivada pela queda

(A) da taxa de crescimento natural, apesar do aumento da taxa de crescimento migratório.


(B) da taxa de natalidade e o aumento da taxa de mortalidade, com a crise económica.
(C) das taxas de crescimento natural e migratório, pelo elevado aumento da emigração.
(D) da taxa de crescimento migratório, apesar da ligeira subida da taxa de natalidade.

15 A evolução recente da população residente em Portugal permite deduzir que se verificará


(A) um aumento dlo índice de dependência de idosos e do índice de dependência de jovens.
(B) uma diminuição da taxa de natalidade pelo previsível crescimento económico do país.
(C) um aumento da taxa de natalidade, pelo crescimento da taxa de imigração.
(D) um crescimento continuado do número de idosos por cada 100 jovens.

2. O envelhecimento demográfico, referido no texto inicial, coloca desafios a que urge dar resposta.

2.1 Indique dois desafios que o envelhecimento demográfico coloca à sociedade portuguesa.

2.2 Apresente duas medidas que possam ajudar a vencer cada um dos desafios que indicou.

203
PROVAS-MODELO DE EXAME

3. A repartição da população residente em Portugal apresenta contrastes evidentes que derivam de


fatores naturais e humanos e levantam problemas que se associam, desde a excessiva concentração
ao despovoamento de áreas com fraco dinamismo demográfico, económico e social. As soluções
passarão, necessariamente, por uma maior coesão territorial.

Figura 2 Variação cia população residente, por freguesia, do recenseamento de 2001 para o cie 2011.

31 Atendendo à escala do mapa da Figura 2, podemos afirmar que a cidade do Interior, com ganho
de população e distando, em linha reta, cerca de 400 km de Lisboa, se localiza
(A) no extremo noroeste de Portugal continental.
(B) a sul do Tejo, no interior alentejano.
(C) no extremo nordeste de Portugal continental.
(D) no arquipélago da Madeira.

3.2 As dinâmicas negativas registadas nas últimas décadas na maioria do território nacional devem-
se a fatores naturais e humanos, em que se destacam
(A) o grande desenvolvimento económico das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.
(BJ a melhor qualidade de vida nas cidades médias como Viseu, Castelo Branco e Évora.
(C) o relevo do litoral, com planícies aluviais, solos férteis e maior acessibilidade natural.
(D) o clima e relevo mais favoráveis e maior dinamismo demográfico e económico do litoral.

204
PROVA-MODELO DE EXAME 1

3.3 No interior das regiões Norte e Centro, algumas áreas evidenciam uma variação demográfica
contrária à tendência geral de litoral ização. Essas exceções explicam-se pelo
(A) desenvolvimento de polos de dinamismo económico em torno de cidades médias, como
Viseu e Guarda, capazes de atrair população, sobretudo das áreas rurais envolventes.
(B) desenvolvimento de polos de dinamismo económico em torno de cidades médias,
como Castelo Branco e Évora, capazes de atrair população, sobretudo das áreas rurais
envolventes.
(C) excessivo crescimento das cidades do litoral, levando muita população a migrar para as
cidades médias do interior, como Covilhã, Guarda, Vila Real e Bragança.
{D} excessivo crescimento das cidades do litoral, levando muita população a migrar para as
cidades médias do interior, como Tomar, Portalegre, Évora e Beja.

4, No litoral, também há várias freguesias onde se registou uma perda demográfica significativa, no
período de 2001 a 2011.

4.1 Identifique, nas áreas destacadas do mapa da Figura 2, dois concelhos urbanos com freguesias
em perda demográfica.

4.2 Apresente duas razões que expliquem essa perda de população.

5, As questões demográficas constituem uma referência essencial e incontornável para as políticas


de ordenamento do território.

5,1 Considere as situações A e B e selecione apenas uma.

(A) O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas divulgou na semana passada


que, entre o início deste ano (2017) e o final do mês passado, arderam mais de 440
mil hectares da floresta portuguesa - quatro vezes mais do que a média dos dez anos
anteriores.
Público, 10/11/2017

(B) As longas filas no Porto, Mala, Gaia e Lisboa, e as agendas que chegam a apresentar
vagas só para agosto, podem ainda agravar-se, devido ao enorme volume de pedidos
e de renovações do cartão de cidadão.
Jornal de Notícias, 7/05/2019

Explique a relação da situação selecionada com a distribuição da população, Indicando dois


aspetos em que o ordenamento do território pode contribuir para a resolução do problema.

205
PROVAS-MODELO DE EXAME

6. O subsolo português é pobre em recursos energéticos - as reservas de carvão estão esgotadas


e não se conhecem reservas acessíveis de outros combustíveis fósseis. Por isso, a mportaçâo de
fontes de energia continua a ter um grande peso na nossa balança comercial, sendo que o seu
consumo apresenta disparidades territoriais importantes.

Carvão R. A. Açores

Petróleo

Arábia R. A. Madeira
Saudita
11%

Azerbaijão
11%

Gás natural
Toneladas
Outros 1 ■■ 4058-58 617
- 1551-4058
626-1551

DGEG, 2010
300-626
Nigéria
0-300

Figura 3 Origens dos combustíveis fósseis importados e distribuição do


consumo de gasolina IO95, por concelho (2017).

6,1 A maior percentagem das importações de combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás natural
- provém, respetiva mente:
(A) da América do Sul; de África, Médio Oriente e Rússia; e do Norte de África.
(B) do Norte de África; da América do Sul; e de África, Médio Oriente e Rússia.
(C) da América Central; de África, Médio Oriente e Europa Oriental; e do Norte de África.
(D) da América do Sul; de África, Médio Oriente e Europa Oriental; do Norte de África.

6,2 O gás natural importado da Argélia e da Nigéria, entra em Portugal, respetiva mente, por
(A) transporte marítimo, no terminal de gás liquefeito de Sines, e gasoduto em Campo Maior.
(B) gasoduto, em Campo Maior (Alentejo), e transporte marítimo, nos portos de Sines e Setúbal.
(C) gasoduto, que liga o Magrebe ao Alentejo, e pelo terminal de gás liquefeito do porto
de Sines.
(D) gasoduto, que liga o Magrebe ao Alentejo, e através do terminal offshorc do porto
de Leixões.

206
PROVA-MODELO DE EXAME 1

6.3 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de problemas decorrentes da nossa


dependência energética.
L Emissão de gases com efeito de estufa, que agravam o aquecimento global.
IL Vulnerabilidade da economia face às oscilações dos preços dos combustíveis, sobretudo
do petróleo.
III. Risco de falhas no abastecimento, na sequência de conflitos armados ou outras crises
internacionais.
IV. Derrame e incêndio nas refinarias, nos oleodutos e gasodutos e nos postos
de abastecimento, mais graves quando ocorrem em áreas urbanas.
V Elevada despesa externa com a importação de combustíveis, desfavorável ao equilíbrio
da balança comercial.
(A) I; III; V. (C) II; III; IV.
(B) II; III; V. (D) II; IV; V.

7. No concelho de Borba, onde ocorreu o acidente, de um total de 55 pedreiras apenas 5 {9%)


permaneciam ativas, o ''que constitui um enorme passivo ambiental”. É assim que o presidente da
associação ambientalista Zero olha para a situação, sublinhando que é "necessário um plano de ação"
para solucionar este problema, que "constitui um risco para as populações'1, com "os poços a céu
aberto e ao abandono".
Diário de Noticias. 21/12/2018

71 Mencione o recurso explorado na região referida e a respetiva unidade geomorfológica.

72 Explique a importância desse recurso para o valor das exportações do respetivo grupo
de minerais.

73 Um plano de ação para resolver o problema das pedreiras desativadas e dos riscos que
os poços a céu aberto significam para a população, passaria por duas vertentes:
A - Aproveitar o passivo económico, reativando a exploração de algumas pedreiras.
B - Valorizar o passivo ambiental, dando novas funções às pedreiras abandonadas.

Indique, para cada uma das estratégias, A e B, uma medida que, como autarca, tomaria para
valorizar as pedreiras, explicando como essas medidas contribuiriam para o desenvolvimento
da região.

207
PROVAS-MODELO DE EXAME

8. Na frente polar, formam-se frequentemente perturbações frontais, que têm grande influência no
estado do tempo, em Portugal.

Figura 4 Esquema de uma perturbação frontal.

8.1 Selecione a sequência que corresponde aos números e letras da Figura 4, tendo em conta
o sentido de deslocação de uma perturbação frontal do hemisfério norte.
(A) 1- Ar frio posterior; A - Frente quente; 2 - Ar quente; B - Frente fria; 3 - Ar frio anterior.
(B) 1 - Ar quente posterior; A - Frente quente; 2 - Ar frio; B - Frente fria; 3 - Ar quente anterior.
(C) 1 — Ar frio anterior; A - Frente quente; 2 - Ar quente; B - Frente fria; 3 - Ar posterior
(D) 1 - Ar frio anterior; A - Frente fria; 2 - Ar quente; B - Frente quente; 3 - Ar posterior

8-2 À passagem da perturbação frontal representada, o lugar X serã afetado por uma sucessão
de estados do tempo que se apresentam a seguir de forma desordenada.
I. Diminuição da temperatura, formação de nuvens de desenvolvimento vertical e ocorrência
de aguaceiros fortes.
IL Aumento da temperatura, formação de nuvens de desenvolvimento horizontal e ocorrência
de chuva contínua, fraca ou moderada.
III. Diminuição da temperatura e fraca nebulosidade.
IV. Ligeiro aumento da temperatura e céu pouco nublado.

Selecione a opção que corresponde à sequência correta das condições meteorológicas no


lugar X.

(A) IV; I; III; V (C) I; II; III; IV.


(B) II; IV; III; V. (D) II; IV; I; III.

8.3 Indique a época do ano em que Portugal é mais afetado pelas perturbações da frente polar
e a sua influência no regime fluvial da rede hidrográfica portuguesa.

208
PROVA-MODELO DE EXAME 1

9, Lisboa está a viver um pico de projeção internacional enquanto destino turístico, ao mesmo tempo
que o seu mercado de habitação adquire formatos de ativo financeiro e atrai dinâmicas globais de
procura e de investimento estrangeiro. (...) Assiste-se agora a uma gentrificação turística, mediante
a transformação dos bairros populares e históricos da cidade-centro em locais de consumo e
turismo, pela expansão da função de recreação, lazer e alojamento turístico ou arrendamento de
curta duração, que começa a substituir gradual mente as funções tradicionais da habitação para uso
permanente, arrendamento a longo prazo e o comércio local tradicional de proximidade, agravando
tendências de desalojamento e segregação residencial. (...) necessidade de um planeamento
e ordenamento turístico da cidade, que contemple as capacidades de carga turística e acautele
as questões da resiliência e sustentabilidade social das comunidades.
Mendes, L. (2018) - "Gentrificação turística em Lisboa: Impactos do alojamento local na resiliência e sustentabilidade social
do centro histórico”. Poder Local. Revista de Administração Democrática, n" 155, pp. 58-73.

9.1 A afirmação sublinhada no texto refere-se ao processo de


(A) dinâmica funcional, que induzirá a migração de funções para outras áreas urbanas.
(B) segregação espacial, que origina as diferentes áreas da função residencial urbana.
(C) diferenciação funcional, que caracteriza a organização espacial das funções do centro.
{D} especulação imobiliária, que eleva a renda locativa, induzindo a gentrificação.

9.2 O fenómeno de gentrificação turística do centro histórico de Lisboa, descrito no texto, refere-se
a um processo de substituição gradual de
(A) residentes de longa data, sobretudo população idosa de parcos recursos económicos,
por residentes (permanentes ou temporários) mais jovens e com maior poder económico.
(B) residentes de longa data, sobretudo população ativa, por residentes (permanentes
ou temporários) jovens profissionais em busca de sucesso nas startups da cap tai.
(C) residência permanente, sobretudo de idosos de fracos recursos, por alojamento turístico
ou de curta duração, e também do comércio tradicional, por funções associadas ao turismo.
(D) residência permanente de população de todas as classes sociais, por alojamento turístico
ou de curta duração, e também do comércio, por novas funções associadas ao turismo.

10. A evolução descrita no texto tem contribuído para um importante processo de regeneração do
edificado do centro histórico de Lisboa e também da cidade do Porto, através do investimento
privado e de programas oficiais de apoio à reabilitação e ã requalificação urbana.

10.1 Distinga os processos de reabilitação e requalificação urbana.

10.2 Selecione um dos processos:


A - Reabilitação
B - Requalificação

Indique duas medidas quie, como autarca, tomaria para incentivar o processo selecionado,
explicando o seu contributo para a revitalização do centro histórico da cidade.

209
PROVAS-MODELO DE EXAME

11. A opção por um modo de transporte depende de muitos fatores, entre eles o tipo de mercadoria,
o tempo da deslocação e o custo unitário.

le/mína/s AortbtíTtos e Infraes trotaras togísflcas em Portugal,


Associação Comercial do Porto, 2016
Figura 5 Tempo e custo do transporte de 2500 notebooks, em contentor, segundo modo de transporte.

111 Selecione, analisando a informação do mapa da Figura 5, a opção na qual se associa


corretamente cada uma das afirmações da coluna A ao respetivo conceito da coluna B.

Coluna A Coluna B

L “Transporte porta a porta” - do local de origem 1 Distância-custo


ao local de destino - implicará... 2. Aéreo
II. A opção pelo modo de transporte, no caso desta 3. Transhipment
mercadoria, dependerá sobretudo...
4. Marítimo
III. Se o destino fosse o Japão, o modo de transporte
5. Distância-tempo
mais adequado seria...
6. Transporte multimodal

(A) 1-6; II-5; III-4. (C) I-6; 11-1; III-4.


(B) I-3; 11-1; III-1. (D) I-6; 11-1; III-3.

112 Um mapa que representasse vários destinos situados à mesma distância-tempo, utilizaria:
(A) isóbaras. (C) isócronas.
(B) isótimas. (D) isoipsas.

210
12, O momento atual representa uma janela de oportunidade para promover a eficiência e a
concorrência no setor portuário, nomeadamente na área do transhipment. No horizonte dos
próximos 5 a 10 anos, a implementação do plano de investimentos para o sistema portuário,
no valor de cerca de 1,8 mil milhões de euros, oferece oportunidades para melhorar a capacidade
e as condições de intermodalidade, previstas na RTE-T para o corredor multimodal do Atlântico..
Concorrência no Setor Portuário. Autoridade da Concorrência, 2018

12.1 Apresente duas razões que oferecem, aos nossos portos, condições naturais
de competitividade como plataformas de entrada na União Europeia,

12,2 Explique o facto de a política europeia de transportes considerar prioritários, no tráfego


de mercadorias, os projetos ligados aos modos marítimo e ferroviário.

Item

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 13 1.4 1,5 2.1 2,2 3.1 3.2 33

6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 60

4,1 4,2 5.1 6.1 6.2 63 7,1 7.2 73 8.1

6 6 8 6 6 6 6 8 12 6 70

8,2 8,3 9.1 9.2 10.1 10,2 11.1 11.2 12.1 12.2

6 8 6 6 6 12 6 6 6 8 70

TOTAL 200

211
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 2

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 A tendência de envelhecimento demográfico verifica-se há várias décadas na Europa, com um


crescente aumento da proporção de idosos e um decréscimo da proporção de jovens e de pessoas
em idade ativa.
Em 2016, entre os países da UE28, a maior proporção de jovens na população verificou-se na Irlanda
(21,1%), enquanto a percentagem mais baixa se verificou na Alemanha (13,4%). Portugal apresentava
uma proporção de jovens inferior à média e uma das mais baixas entre os países da UE28.
Estatísticas Demográficas 2017, INE 2019

Figura 1 Evolução do número de indivíduos em idade


potencialmente ativa, por idoso, em Portuiga I.

1.1 No texto inicial e no gráfico da Figura 1 pode comprovar-se


(A) um progressivo aumento da taxa de atividade.
(B) que não houve diminuição do coeficiente entre a população idosa e a população jovem.
(C) que o aumento do desequilíbrio entre idosos e ativos fez crescer o índice
de envelhecimento.
(D) que o índice de dependência total cresceu, por efeito do aumento do número de idosos.

12 Tendo em conta a evolução representada na Figura 1 será necessário promover


(A) o aumento da população ativa, através de políticas de em gração.
(B) o aumento da escolaridade obrigatória, para tornar os ativos mais produtivos.
(C) o incentivo à imigração legal, acompanhada de políticas de integração.
(D) a qualificação da população adulta e ativa, através de uma melhor formação escolar
e profissional.

212
PROVA-MODELO DE EXAME 2

13 No contexto da UE28, e tendo em conta a proporção de jovens, em 2016, a taxa de natalidade


(A) foi superior à média da UE28, na Irlanda e na Alemanha.
(B) foi inferior à média da UE28, na Irlanda e em Portugal.
(C) foi superior à média da UE28, apenas na Irlanda.
(D) foi inferior à média da UE28, em Portugal e na Irlanda.

14 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações verdadeiras.


I. A confirmar-se a previsão de redução da proporção de jovens, em Portugal, a taxa de
atividade também diminuirá, reduzindo ainda mais o número de ativos por cada idoso.
IL A receção de Imigrantes em idade ativa e reprodutiva será uma forma de reduzir
o envelhecimento demográfico e rejuvenescer a população ativa.
III. Prevé-se a continuação do declínio da população residente em Portugal e o agravamento
do índice de envelhecimento demográfico.
IV. O número de indivíduos em idade ativa, por cada Idoso, poderá aumentar, ainda que com
valores negativos das duas componentes da taxa de crescimento efetivo.
(A) I; II; III (C) I; III; IV.
(B) II; III; IV. (D) I; II; IV.

15 Como exemplo de políticas demográficas para travar o decréscimo da população residente


em Portugal, podemos salientar
A. as políticas natalistas, com medidas como o aumento do horário de trabalho, para que
as famílias possam ter mais rendimento.
B. as políticas económicas, com medidas que promovem o aumento do emprego
e a possibilidade de conciliar os horários de trabalho com a vida familiar.
C. as políticas antinatalistas, com medidas que ajudam os casais a ter o número de filhos cujas
despesas conseguem suportar.
D. as políticas natalistas, com medidas de aumento dos subsídios familiares, promoção
do emprego seguro e redução e flexibilidade do horário de trabalho, consoante o número
de filhos.

16 Explique, apresentando duas razoes, porque o envelhecimento da população ativa prejudica


o desenvolvimento da economia portuguesa.

213
PROVAS-MODELO DE EXAME

2, Uma das mais-valias do território português é a extensão do litoral, uma área dinâmica e complexa
que oferece múltiplas usos e oportunidades, mas apresenta uma elevada sensibilidade ambiental

A Praiada Barra (IIhavo)


- entre a ria e o mar

Cabo
Mondego

"Ilha" do Baleai

Litoral baixo,
de areia
Arriba baixa
ou rochas
Arriba alta
Arriba morta

Figura 2 A linha de costa, em Portugal continental, e dois pormenores que se destacam no seu relevo.

2.1 Na linha de costa portuguesa, predomina o relevo


(A) baixo e com extensos areais muito expostos aos ventos de oeste.
(B) baixo e rochoso, com muitas reentrâncias de praia.
(C) alto e com muitas reentrâncias, onde se formam praias abrigadas.
(D) alto e rochoso, com muitas arribas talhadas em xisto e calcário recente.

2,2 A costa baixa e rochosa caracteriza o litoral a

(A) norte de Espinho, onde se encontram praias em áreas de costa de emersão,


(B) sul de Espinho, prolongando-se até ao cabo Mondego.
(C) norte do cabo de Sines, onde se encontram praias em áreas de costa de emersão.
{D} norte do cabo de São Vicente e no barlavento algarvio.

23 A imagem A da Figura 2 corresponde ao lugar assinalado no mapa com a letra


(A) W. (C) Y.
(B) X. (D) Z.

214
PROVA-MODELO DE EXAME 2

2.4 A área costeira representada na imagem B, da Figura 2, poderá ainda evoluir, mas já apresenta
uma forma de relevo litoral idêntica a um dos acidentes da linha de costa portuguesa.

Justifique a afirmação anterior, mencionando o acidente do litoral a que se refere e explicando


como poderá evoluir a "ilha" do Baleai.

2.5 Selecione, observando o mapa da Figura 2, a opção correspondente à associação correta


de cada uma das afirmações da coluna A ao respetivo conceito da coluna B.

Coluna A Coluna B

L Formou-se pelo recuo do mar e pela acumulação 1. Concha de São Martinho


de areias de origem marinha e de sedimentos 2. Ria Formosa (Faro)
fluviais.
3. Tômbolo de Peniche
IL Reservas naturais integradas na rede Natura 2000,
4. Ria de Aveiro
como zonas estuarimas de proteção especial.
5. Estuários do Tejo e do
III. Área lagunar com um cordão de ilhas-barreira
Sado
formadas pela acumulação de sedimentos marinhos.

(A) I-2; II-3; III-4. (C) I-2; III -1; III -4.
(B) I-4; II-5; III-2. (D) I -5; II-2; III - 1.

3. A costa portuguesa está em riisco. Quem o diz são os especialistas e ambientalistas da Quercus que,
ao SOL, destacam algumas praias, de norte a sul do país, onde o desaparecimento do areal tem
sido mais notório. Apontam como principais razões a diminuição dos sedimentos transportado pelos
rios até ao mar. Na base do problema pode haver também outras explicações de ordem natural,
sobretudo relacionadas com as alterações climáticas.
SOL. 28/07/2018

3.1 Em Portugal, estão em vigor instrumentos para o ordenamento das orlas costeiras, os
(A) POOC. (C) POBH.
(B) POA. (D) PSOEM.

3.2 Explique a influência de um dos fatores seguintes {A ou B) na redução dos areais em muitas
praias portuguesas.
A - Ação humana, que altera as bacias hidrográficas e explora recursos naturais.
B - Tendência de aquecimento global e consequentes alterações climáticas.

215
PROVAS-MODELO DE EXAME

4, Os recursos hídricos, muito condicionados pela irregularidade da precipitação, são uma componente
essencial do ordenamento do território e uma condicionante estratégica das opções espaciais
de desenvolvimento e da localização de usos e atividades humanas, além de serem o suporte
de muitos ecossistemas e habitats.
PNPOT/Alteraçao - Diagnóstico, julho 2018. DGT, 2019

Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, 2019


Figura 3 Escoamento médio anual, em duas bacias hidrográficas portuguesas.

4*1 Os mapas da Figura 3 representam, segundo as sub-bacias dos afluentes, a quantidade de água
(A) da precipitação que, em média, escoa ã superfície ou em canais subterrâneos, durante um ano.
(B) que passa na secção de um curso de água, por unidade de tempo (m’3/s).
(C) da precipitação que, em média, escorre ã superfície de uma bacia hidrográfica, durante um ano,
{D} doce disponível, nos cursos de água e albufeiras e nas toalhas freátlcas e aquíferos.

4,2 Comparando as duas bacias hidrográficas (A e B) da Figura 3, conclui-se que o escoamento


médio anual é mais elevado na bacia hidrográfica do rio

(A) Douro, sobretudo nos territórios drenados pelos afluentes que desaguam a jusante.
(B) Douro, sobretudo nos territórios drenados pelos afluentes que desaguam a montante.
(C) Tejo, príncipaImente nos territórios drenados pelos afluentes da margem direita.
{D} Tejo, porque a sua bacia hidrográfica, em território nacional, é maior do que a do rio Douro.

216
PROVA-MODELO DE EXAME 2

4*3 A primeira afirmação do texto inicial jusf'1ca-se porque a irregularidade da precipitação


é responsável pela ocorrência de

(A) uma ligeira variação sazonal do caudal dos rios sem influenciar as águas subterrâneas.
(B) unia grande variação sazonal do caudal dos rios, mais acentuada a norte do rio Tejo.
{C) um regime fluvial torrencial que caracteriza a maioria dos rios portugueses.
{D} inundações em diversas áreas ribeirinhas e de caudais de estiagem, sobretudo no sul do país.

4*4 A rede hidrográfica portuguesa caracteriza-se por um contraste norte-sul, que se evidencia
na configuração dos vales dos rios e na quantidade de água que transportam
(A) a norte da cordilheira central, vales fundos mas largos, propícios à construção de barragens,
e caudais mais volumosos e menos irregulares.
(B) a norte da cordilheira central, vales mais fundos e estreitos, propícios à construção
de barragens, e caudais mais volumosos e menos Irregulares.
(C) a sul da cordilheira central, vales pouco fundos e estreitos, propícios ã construção
de barragens, mas com caudais menos volumosos e mais Irregulares.
(D) a sul da cordilheira central, vales largos e abertos, como o do Alqueva, e com menores
caudais e regime fluvial menos irregular.

4*5 Em Portugal, estão em vigor instrumentos de planeamento da utilização sustentável dos


recursos hídricos. Programas de âmbito nacional e regional são, respetiva mente
(A) POAePGRH. (C) PNA e PGRH.
(B) PNAePNUEA. (D) PGBH e PNA.

5, O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva é um projeto estruturante para o Alentejo,


assumindo-se como investimento-âncora do desenvolvimento regional. O seu conjunto de
infraestruturas permite viabilizar, do ponto de vista económico e social, uma das regiões mais
desfavorecidas na Europa.
http://www.edia.pt/ (consultado em 03/07/2019)

Justifique a segunda frase do texto inicial, tendlo em conta os seguintes tópicos de reflexão:
A - Condicionantes, de caráter natural e demográfico, do desenvolvimento do Alentejo.
B - Oportunidades que a barragem e a albufeira do Alqueva proporcionam e de que modo
favorecem o desenvolvimento económico e social da região do Alentejo.

Na sua resposta, apresente dois aspetos para cada um dos tópicos.

217
PROVAS-MODELO DE EXAME

6. A agricultura é uma atividade económica que, mesmo com o enorme desenvolvimento científico
e tecnológico, está muito dependente dos condicionalismos naturais.

Clima mediterrãnico
com grande influência
atlântica

Clima mediterrãnico
com grande influência
continental

b Clima mediterrãnico
mais acentuado:
a mais ameno
e húmido;
b mais quente e seco

Clima
mediterrãnico
com maior
influência
tropical

Clima das áreas


de montanha
mais altas

Alterações
climáticas
induzidas
pelo relevo
M 16,1-17,0
0 50 km
M>17.0

Figura 4 Distribuição espadai da temperatura média anual, em Portugal, e principais domínios climáticos.

6.1 Os principais fatores que influenciam a variação espacial da temperatura média anual, são
(A) a altitude, que faz diminuir a temperatura média anual de sul para norte, e a distância
ao mar, que a faz aumentar de oeste para este.
(B) a latitude, que faz diminuir a temperatura média anual de sul para norte, e o relevo mais alto
a norte do Tejo, que acentua essa diminuição.
(C) a altitude, que torna mais frio o território situado a norte, e a distância ao mar, que faz
diminuir a amplitude térmica anual para o interior
(D) a latitude, que faz aumentar a temperatura média anual de sul para norte, e a altitude,
que acentua essa variação.

6.2 As afirmações seguintes são verdadeiras.


I. No litoral, a norte de Setúbal, e nos Açores, as médias da temperatura são mais amenas,
a precipitação tem valores superiores e o número de meses secos é menor.
IL No interior norte, a temperatura média é mais baixa no Inverno e mais alta no verão,
a precipitação é menos abundante e registam-se mais meses secos do que no litoral.
III. Em todo o sul continental e na Madeira, as médias da temperatura sao mais altas, sobretudo
no verão, e a precipitação tem menores valores, sendo maior o número de meses secos.

Justifique a veracidade de duas das três afirmações, apresentando duas razões para cada uma.

218
PROVA-MODELO DE EXAME 2

6>3 As regiões com melhores condições edafodimáticas para a horticultura e para a olivicultura
localizam-se, respetiva mente,

(A) em todo o litoral ocidental, com maior precipitação e solos muito férteis, devido à influência
do mar, e em todo o sul do país, sobretudo no Alentejo, pelas temperaturas mais elevadas.
(B) no litoral Centro e Norte, com maior humidade relativa do ar, pela proximidade do mar, e em
todo o sul do país, sobretudo no Algarve, pelas temperaturas mais elevadas.
(C) em todo o sul do país, sobretudo no Algarve, pelas temperaturas mais elevadas, e no litoral
Centro, com maior humidade relativa e solos férteis, devido à proximidade do mar.
(D) no litoral Centro, com solos férteis e grande humidade relativa do ar, e em todo o interior,
sobretudo no Alentejo e Trás-os-Montes, pela boa adaptação ao clima e aos solos.

7. Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações verdadeiras.


L No nordeste regista-se grande amplitude térmica anual e, no inverno, ocorre geada com
frequência, o que favorece a produção agrícola.
II. No Alentejo, mais sujeito a secas, cultivam-se cereais de sequeiro, mas a irrigação artificial
permitiu diversificar as culturas, incluindo as de regadio.
IIL No extremo sul do país, o clima tem maior influência tropical, sendo propício à produção
de amêndoa, figo, alfarroba, laranja e hortícolas.
IV, O arquipélago da Madeira, mais quente do que o continente, destaca-se na produção de
hortícolas, floricultura, banana e vinho.

(A)

(B)

8, Além dos condicionalismos físicos, os fatores humanos influenciaram as estruturas agrárias, que
constituem, atualmente, constrangimentos ao desenvolvimento da agricultura portuguesa. São
exemplos de fatores humanos
(A) os baixos níveis de rendimento e produtividade, a dependência externa de produtos alimentares
e a reduzida dimensão, física e económica, das explorações agrícolas.
(B) os elevados níveis de rendimento e produtividade, a dependência externa dos produtos
alimentares e a utilização de solos com fraca aptidão para a agricultura.
(C) os condicionalismos do relevo e do clima, a utilização de solos com fraca aptidão agrícola
e o elevado grau de aprovisionamento dos produtos agrícolas.
(D) o reduzido grau de aprovisionamento dos produtos agrícolas, o emparcelamento
das explorações agrícolas e a fraca ligação à indústria agroalimentan

219
PROVAS-MODELO DE EXAME

9, Nas últimas décadas, as áreas metropo itanas de Lisboa e do Porto mostraram um forte dinamismo,
reforçando a sua grande dimensão nacional (populacional, económica e funcional), que contrasta
com vastas áreas do Interior Norte e Centro e do Alentejo, com uma rede de centros urbanos de
pequena dimensão e poucas cidades médias.

Região metropolitana capital


Outras região metropolitanas
Regiões não-metropolitanas

Açores

0 50 km

Madeira

0 50 km

Mar Negro
Área metropolitana:
definição estatística ao nível
da UE - aglomeração urbana
(uma ou mais NUTS III)
com pelo menos 50% da
população a viver numa área
urbana funcional, com
250 000 ou mais habitantes.

Figura 5 NUTS III consideradas como áreas metropolitanas no território da UE (2018).

9,1 Na UE28, sobressaem com mais e menos áreas metropolitanas, respetiva mente,
(A) Alemanha e Reino Unido, em contraste com Estónia e Letónia.
(B) Irlanda e Portugal, em contraste com Holanda e Itália.
<C) França e Reino Unido e Holanda, em contraste com Irlanda e Grécia.
(D) Estónia e Letónia, em contraste com Alemanha e França.

9,2 Portugal é um dos países da UE28 cuja rede urbana se aproxima mais de um sistema urbano
(A) policêntrico, porque tem mais do que uma sub-região considerada área metropolitana.
(B) monocêntrico, pelo destaque da área metropolitana de Lisboa, mesmo em relação
à do Porto.
<C) policêntrico, porque tem cerca de 150 cidades e sete com mais de 100 mil habitantes.
(D) monocêntrico, pois a área metropolitana de Lisboa concentra 40% da população total.

220
PROVA-MODELO DE EXAME 2

9.3 Na distribuição geográfica, a rede urbana portuguesa apresenta maior concentração


(A) na faixa litoral a norte do Tejo, sobretudo nas regiões de Lisboa e do Porto.
(B) em toda a faixa litoral oeste, principal mente nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
(C) nas áreas de Lisboa e Porto e em torno das capitais de distritos, sobretudo Viseu e Guarda.
{D} no litoral a norte de Setúbal, na costa algarvia e também na área do Funchal.

9.4 Nos sistemas urbanos policéntricos, as cidades médias estão em maior número, o que tem
vantagens para o desenvolvimento regional, porque
(A) funcionam como economias de aglomeração, pela sua dimensão ótima.
(B) o crescimento económico facilita a diversificação das funções que oferecem.
(C) formam-se subsistemas urbanos que geram uma dinâmica de desenvolvimento.
{D} atraem atividades económicas que geram emprego e atraem mais população.

10, A construção dum sistema urbano policêntrico deve reforçar o desenvolvimento urbano e
a integração entre territórios (relações interurbanas e rurais-urbanas) de forma a atenuar as
disparidades socioeconómicas inter e intrarregionais.
PNPOTI Estratégia, julho 2018. DGT, 2019

10.1 Nas regiões do Centro e do Alentejo, desenham-se subsistemas urbanos que estão a dinamizar
o desenvolvimento do interior, respetivamente,
(A) Bragança - Chaves - Vila Real e Guarda - Covilhã - Fundão - Castelo Branco.
(B) Viseu e centros urbanos próximos, até Seia e Lamego, e Portalegre - Évora - Beja.
(C) Santa Maria da Feira - Aveiro - Viiseu e Portalegre - Évora - Beja.
(D) Bragança - Chaves - Vila Real e Portalegre - Évora - Beja.

10.2 Para a construção de um sistema urbano policêntrico, capaz de promover uma maior coesão
territorial, é fundamental gerar dinâmicas de:

A - maior cooperação entre as cidades médias de uma região;


B - maior Interação das cidades médias com as áreas rurais envolventes.

Selecione uma das opções (A ou B) e apresente duas medidas, explicando de que modo
poderão gerar essa dinâmica.

Item

Cotação (em pontos)

1.2 1.3 1.4 2.1 2.2 2.3 2.4

6 6 6 6 6 8 6 6 6 8 64

2,5 3,1 3.2 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 5, 6.1

6 6 8 6 6 6 6 6 12 6 68

6,3 7, 8. 9.1 9,2 9,3 9.4 10.1 10,2

8 6 6 6 6 6 6 12 68

TOTAL 200

221
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 3

Duração da Prova: 120 minutos | Tolerância: 30 minutos-

1 A tendência de envelhecimento demográfico verifica-se há várias décadas na Europa, com um


crescente aumento da proporção de idosos e um decréscimo da proporção de jovens e de pessoas
em idade ativa.

População dos 25 aos


<20 40—<50
Média UE28 ' População dos 25 aos
<5 15-<20
Média UE28
64 anos com nível
20 —<30 >50
31,4% 64 anos em atividades
5 —<10 S20
10,9%
de escolaridade de aprendizagem
30—<40 Dados não disponíveis 10 —<15 Dados não disponíveis
superior ao longo da vida

Açores Açores

0 50 km D 50 km

Madeira Madeira

0 90 km 0 50kra

Oceano Atlântico Oceano Atlântico

Eurostat. 2019
iMfií
500 km 500 km

Figura 1 Níveis de escolaridade e participação em atividades de ALV da população dos 25 aos 64 anos, na Europa, em 2018.

1.1 Na Figura 1, podemos verificar que, em Portugal, a proporção de população dos 25 aos 64 anos
com escolaridade de nível superior situa-se
(A) abaixo da média comunitária, em todas as regiões, com menos de 30% do total.
(B) abaixo da média comunitária, em todas as regiões, com menos de 40% do total.
(C) abaixo da média comunitária, em todas as regiões, excepto na Área Metropolitana
de Lisboa.
(D) na média comunitária, em todas as regiões, excepto no Alentejo, em que é mais baixa.

1.2 Relativamente à proporção de população dos 25 aos 64 anos que participa em atividades
de aprendizagem ao longo da vida, Portugal apresenta valores
(A) da classe Inferior, em todas as regiões, como os países da Europa Oriental e do sudeste.
(B) que se inserem na classe dos 10 a < 15%, em todas as regiões, sem nenhuma exceção.
(C) da classe dos 5 a <10%, em seis regiões, e de 10 a <15%, na Área Metropolitana de Lisboa.
(D) das classes de <5% e de 10 a <15%, em todas as regiões, sem exceção.

222
PROVAS-MODELO DE EXAME

2, Portugal apresenta uma geologia diversificada e com potencial


em recursos minerais, destacando-se as jazidas de cobre e zinco
e de tungsténio, os mármores do Alentejo, os calcários do Maciço
Estremenho, os granitos do norte do país, os minerais para cimento
e as rochas ornamentais.

F 1
Indústria Min. para Minérios Águas: termas
extrativa industriais construção metálicos e engarraf.

Emprego
713 4 998 2 747 2 083
direto (n.°)

Produção 4 939 6441 46 618 3311 442 769 t 1 460 301 kL


Valor da
59 520 337 217 446 142 229 821
produção (103€)

Estutfstrcas da indústria Extrativa 20 IS, DGEG. 2019 Figura 2 Unidades


geomorfológicas de Portugal
continental.

2,1 Em Portugall continental, individualizam-se três unidades geomorfológicas (A, BeC) pelas
características geológicas.
(A) O Maciço Hespérlco - A; as bacias do Tejo e do Sado, de rochas sedimentares, sobretudo
calcário - C; e as orlas sedimentares, de rochas sedimentares detríticas - Bi e Eh.
(B) O Maciço Hespérlco - A; as orlas sedimentares, de rochas sedimentares detríticas - C;
as bacias do Tejo e do Sado, de rochas sedimentares* sobretudo calcário - Bi e Ba.
(C) O Maciço Hespérlco, mais antigo - A; as bacias do Tejo e dlo Sado, de rochas sedimentares,
detríticas - C; e as orlas sedimentares, que constituem a unidade mais recente - Bi e Ba.
(D) O Maciço Hespérlco - A; as orlas sedimentares, de rochas sedimentares - Bi e Ba; e as
bacias do Tejo e do Sado, a unidade mais recente, de rochas sedimentares detríticas - C.

2,2 As afirmações seguintes são verdadeiras.


I. Nas unidades Bi e Ba, exploram-se sobretudo os minerais para construção e indústria.
IL Na unidade A, exploram-se minérios metálicos, rochas ornamentais e águas minerais..
III. Nas regiões autónomas explora-se o basalto e a lava e, nos Açores, também a geotermla.

Justifique duas das trés afirmações, tendo em conta a constituição geológica das unidades
geomorfológicas.

2,3 De acordo com a tabela da Figura 2, o setor da indústria extrativa com menor volume
de produção e simultaneamente com maior valor produzido é o
(A) dos minerais industriais.
(B) dos minerais para construção.
(C) dos minérios metálicos.
(D) das águas (termas e engarrafamento).

224
PROVA-MODELO DE EXAME 3

3, Durante o primeiro semestre de 2019, as fontes de energia renovável foram responsáveis pela
produção por 55,2% do total de eletricidade consumida. A energia solar contribuiu com 2,3%,
apresentando um forte potencial de crescimento, apesar dos condicionalismos inerentes.

Figura 3 Produção mensal de energia solar (térmica e fotovoltaicaf em 2018.

3.1 A variação anual da produção de eletricidade a partir da energia solar é influenciada pela
diferença sazonal da
(A) insolação.
(B) temperatura.
(C) duração do mês.
(D) rotação da Terra.

3.2 A produção de eletricidade a partir da luz solar, em Portugal, reflete a variabilidade da radiação
global ao longo do ano, por efeito
(A) do regime de nebulosidade.
(B) da exposição das vertentes à insolação.
(C) do movimento de translação da Terra.
(D) da latitude e da altitude.

3.3 Em Portugal, loca zado numa latitude intermédia, na zona temperada do norte, os valores
da radiação global são mais elevados quando
(A) o Sol atinge o seu zénite sobre o trópico de Capricórnio, iluminando mais o hemisfério norte.
(B) a radiação solar incide na perpendicular, na superfície terrestre, à latitude do trópico de Câncer.
(C) a Terra se encontra no equinócio de junho e o Sol incide mais direta mente no hemisfério norte.
(D) não liã nebulosidade no litoral e os dias tém maior duração, tornando a Insolação maior.

4, A central solar foto voltaica de Vale de Moura, em Évora, vai começar a injetar eletricidade na
rede na próxima sexta-feira, 14 de junho, informou em comunicado a Axpo, empresa suíça de
comercialização de energia que firmou com os promotores do projeto um contrato para a compra
da energia deste empreendimento ao longo dos próximos 10 anos.
Expresso. 12/06/2019

A central de Vale de Moura vai contribuir para o desenvolvimento da região, ao nível


A - económico e ambiental. B - demográfico e social.

Selecione uma das opções (A ou B) e apresente, para cada aspeto referido, duas vantagens
da central, explicando como contribuem para o desenvolvimento da região.

225
PROVA-MODELO DE EXAME 3

13 De um modo geral, quanto maior o nível de escolaridade, maior a participação em atividades


de aprendizagem ao longo da vida. Um exemplo que comprova essa relação é
(A) a Área Metropolitana de Lisboa face às restantes regiões.
(B) a Lituânia, que constitui uma única NUTS II.
(C) todas as NUTS II da Grécia.
(D) a região de Dublin, na Irlanda.

14 Os níveis de escolaridade ainda inferiores à média comunitária prejudicam a competitividade


das empresas portuguesas, uma vez que
(A) dificultam a aprendizagem ao longo da vida e a requalificação profissional.
(B) reduzem a capacidade de adaptação a novas metodologias e tecnologias de produção.
(C) aumentam o risco de desemprego e a vulnerabilidade às flutuações do mercado
de trabalho.
{D} aumentam a necessidade de investimento na formação e qualificação dlos trabalhadores.

15 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações verdadeiras.


O aumento das qualificações dos empresários e dos trabalhadores contribui decisiva mente
para o crescimento económico, uma vez que permite aumentar a capacidade de
L empreendedohsmo, adesão a inovações organizativas e investi mento em conhecimento
e atualização da tecnologia e dos processos produtivos.
II* responder melhor à procura, em diversidade e qualidade dos produtos e serviços.
III. aumentar a produção com mão de obra mais barata, diminuindo os preços finais.
IV* atrair investimento em empresas tecnológicas, que empregam mão de obra especializada
e bem paga.
(A) I; II; III. (C) I; III; IV.
(B) II; III; IV. (D) I; II; IV.

16 Entre as medidas que podem ser tomadas para continuar a elevar os níveis de escolaridade
e evitar o abandono escolar, antes da conclusão da escolaridade obrigatória, contam-se
(A) diversificação dos percursos escolares, maior oferta de cursos profissionais e incentivos
às empresas para o reforço da formação académica e da aprendizagem ao longo da vida.
(B) alargamento da escolaridade obrigatória até aos 25 anos, para que todos os jovens possam
adquirir qualificação de nível superior.
(C) promoção da inovação tecnológica nas escolas, para motivar os alunos e diversificar
a oferta escolar.
{D} criação de parcerias das escolas e universidades com as empresas, de modo a facilitar
a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

223
PROVAS-MODELO DE EXAME

5, A sustentabilidade das áreas rurais portuguesas dependerá da diversificação da base económica,


sobretudo com atividades que valorizem os recursos endógenos, bem como da criação de serviços,
equipamentos e infra estruturas que garantam boa qualidade de vida, para atrair e fixar população.
Mas também é fundamental continuar a desenvolver a agricultura, enquanto atividade económica,
como fator de resiliência ambiental.

5,1 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de ações que poderão contribuir para
a suste ntabilidade das áreas rurais, tendo em conta o texto inicial.
L Construção de vias de ligação às auto-estradas próximas, para facilitar o acesso dos
produtores agrícolas aos mercados, assim como para viabilizar o turismo em espaço rural.
IL Promover a instalação de uma empresa de novas tecnologias para apoiar a modernização
das explorações agrícolas e, assim, melhorar a sua produtividade.
III. Disponibilizar incentivos para a instalação de Indústrias intensivas em mão de obra, para
criar emprego e, assim, atrair e fixar população.
IV, Promover o desenvolvimento de unidades de agro-turismo e de atividades de exploração
da natureza, em percursos pedestres, ou do património histórico, em rotas temáticas.
(A) I; II; III. (C) I; III; IV.
(B) II; III; IV (D) I; II; IV.

5,2 Apresente dois exemplos de atividades lucrativas não agrícolas que aproveitem os recursos
endógenos e contribuam para a pluriativldade de uma exploração agrícola.

5,3 Com a integração na PAC, deram-se grandes progressos na agricultura portuguesa,


nomeadamente o aumento
(A) do número de explorações e da produtividade, pelo Investimento em Infraestruturas,
modernização das tecnologias e formação profissional.
(B) da mão de obra agrícola a tempo completo e da produtividade, pelo investimento
em infraestruturas, modernização das tecnologias e formação profissional.
(C) da produtividade e da dimensão das explorações, pelo investimento em infraestruturas
e na melhoria das condições de vida dos agricultores.
(D) da dimensão das explorações e da produtividade, pelo investimento em infraestruturas,
modernização das tecnologias e formação profissional.

5,4 A agricultura sustentável é apoiada pela PAC, contribuindo para a


(A) certificação de produtos de origem protegida baseada na Interdição do uso de fitofármacos.
(B) prática da agricultura tradicional orientada para o autoconsumo das famílias.
(C) formação de produtores agrícolas orientada para o equilíbrio dos ecossistemas.
(D) atribuição de subsídios aos agricultores baseada no rendimento agrícola.

226
PROVA-MODELO DE EXAME 3

5.5 Os pilares da PAC, desde 1999, pretendem promover uma produção agrícola
A. orientada para a procura, em diversidade, qualidade e quantidade, e práticas
agroambientais sustentáveis, com proibição total de uso de fitofármacos.
B. ambientaimente viável, que permita o desenvolvimento das áreas rurais, com base
na modernização das práticas agrícolas e no apoio exclusivo à agricultura biológica.
C. sustentável, orientada para a procura, em diversidade e qualidade, e o desenvolvimento
integrado, baseado na multifuncional idade e com vista à sustentabilidade das áreas rurais.
D. economicamente viável, que permita o desenvolvimento das áreas rurais, com base
na modernização tecnológica das práticas agrícolas e no aumento da produção.

5,6 A agricultura sustentável contribui para o equilíbrio dos ecossistemas e ajuda a manter
a biodiversidade, sendo, atualmente, mais um fator de desenvolvimento rural.
Selecione a opção que corresponde à associação correta de cada uma das afirmações
da coluna A ao respetivo conceito da coluna B.

Coluna A Coluna B

X. Avaliação ponderada dos métodos de proteção das culturas, 1. Produção


mantendo a utilização de fitofármacos a níveis económica integrada
e ecologicamente justificáveis. 2. Agricultura
Y. Gestão da produção de alimentos que combina as melhores de precisão
práticas ambientais, a preservação dos recursos naturais, 3. Agricultura
com a aplicação das normas mais exigentes. convencional
Z. Uso de tecnologias digitais diversificadas que automatizam 4. Agricultura
a produção e utilizam com muita eficiência os recursos biológica
e diminuem os impactes ambientais.
5. Proteção integrada

(A) X - 1; Y - 2; Z - 4. (C) X - 1; Y - 4; Z - 3.
{B} X - 5; Y - 4; Z - 2. (D) X - 5; Y - 4; Z - 3.

6. Entre as prioridades da política nacional de desenvolvimento rural para o período de 2014-2020


encontram-se
A - Promover a utilização eficiente dos recursos e apoiar a passagem para uma economia de baixo
teor de carbono e resistente às alterações climáticas.
B - Promover a inclusão social, redução da pobreza e o desenvolvimento económico das zonas
rurais, aproveitando recursos endógenos e promovendo a multifuncional idade.
https://www.dgadr.gov.pt/ (consultado em 05 de julho de 2019)

Selecione uma das prioridades (A ou B) e proponha duas medidas que Implementaria, se fosse
autarca, explicando como permitiriam concretizar os objetivos dessa prioridade.

227
PROVAS-MODELO DE EXAME

7 O modelo de planeamento e desenvolvimento


tem-se orientado para a regeneração urbana e
a redução da edificação em solo rústico e zonas
costeiras. Neste contexto, aumentaram muito as
obras de reabilitação do edificado, sobretudo em
Lisboa e no Porto, muitas vezes com investimento
estrangeiro. Esta dinâmica está a revitalizar os
centros das cidades, mas gera especulação
imobiliária, pelo que tem de ser combinada com
medidas que promovam a fixação de população
jovem das classes médias, de modo a evitar a
“expulsão” dos portugueses do centro das cidades
e uma completa gentrificação do território.
PNPOTI Estratégia, julho 2018. DGT. 2019.
Fíg ura 4 Área de reabilitação urbana, no Porto.

71 Selecione a opção que corresponde à associação correta entre as afirmações da coluna A


e os conceitos da coluna B.

Coluna A Coluna B

W. As obras de recuperação do edificado aumentaram 1 Renda locativa elevada


muito significativamente. 2. Descaracterização dos
X, Esta dinâmica está a revitalizar os centros das bairros históricos da cidade
cidades, mas gera especulação imobiliária. 3. Requalificação urbana
Y Evitar a “expulsão” dos portugueses e a completa 4. Reabilitação urbana
gentrificação do centro das cidades.
5. Investimento estrangeiro

(A) W - 2; X - 3; Y - 4. (C) W-2;X-1; Y-4.


(B) W-4;X-5; Y-2. (D) W-5;X-2;Y-1.

72 Explique, indicando dois aspetos, em que diferem a renovação urbana e o processo


de requalificação urbana descrito no texto inicial.

73 Apresente duas medidas que, como governante, poderia tomar para evitar o risco enunciado
no último parágrafo do texto inicial.
Cada uma das medidas apresentadas deverá referir-se a um dos seguintes aspetos:
A - Regulação do mercado de arrendamento.
B - Regulação do investimento em imobiliário.
C - Regulação da oferta de alojamento turístico.

228
PROVA-MODELO DE EXAME 3

IA A revitalização do centro das cidades exige um cuidadoso planeamento do espaço urbano,


de modo a que proporcione qualidade de vida e sustentabilidade, com medidas que permitam
(A) a circulação de modos suaves, em ciclovias, e o estacionamento dos automóveis a baixo
custo e em parques acessíveis, para atrair população flutuante à cidade.
(B) uma mobilidade hipocarbónica e a requalificação de espaços urbanos de fruição da cidade
(parques, Jardins, espaços de circulação pedonal, etc), para residentes e visitantes.
(C) facilidade de circulação e estacionamento (automóvel, bicicleta, e outros), para residentes
e pessoas que se deslocam à cidade em trabalho ou para outros fins.
(D) alargamento das linhas de metropolitano, para evitar o tráfego de transportes públicos,
permitindo uma maior fluidez do trânsito automóvel e a redução das emissões de GEE.

8, A requalificação das cidades médias, do ponto de vista urbanístico, permite melhorar o nível
hierárquico do ponto de vista funcional, induzindo também o alargamento da sua área de influência.
Esta afirmação é
(A) verdadeira - as novas funções dinamizam a economia regional, aumentando o emprego.
(B) falsa - a população da área de influência não aumenta, apesar da melhor oferta funcional.
(C) verdadeira - aumentando a especialização funcional, a cidade reforça a sua atratividade.
(D) falsa - a requalificação do espaço público não melhora a qualidade das funções urbanas.

9, O aumento do nível hierárquico funcional das cidades médias pode ser conseguido, sobretudo,
(A) pelo êxodo agrícola da região envolvente e o desenvolvimento das atividades terciárias.
(B) pela revitalização das zonas históricas e a criação de ãreas pedonais nas zonas terciárias.
(C) pelo êxodo agrícola da região envolvente e a fixação de sedes de multinacionais.
(D) pela deslocalização de serviços centrais e requalificação dos espaços com funções terciárias.

229
PROVAS-MODELO DE EXAME

10, A digitalização, a automação e a robótica estão a mudar a economia e a sociedade. A nova fase
é marcada pelo ciberespaço e sua articulação com as telecomunicações fixas e móveis, permitindo
o acesso individual a um espaço comunicacional e transacional global, organizado por plataformas
digitais e gerido por operadores globais.

R. A. Açores

A
*

R. A. Madeira

Acessos BLF
residenciais
por 100
alojamentos

46-60

31-45

16-30

5-15

Figura 5 Acesso residencial ã internet em banda larga, em Portugal, em 2018.

10.1 De acordo com o texto inicial, o desenvolvimento da tecnologia digital torna possível
(A) Intensificar os contactos e intercâmbios entre áreas geograficamente distantes.
(B) reduzir os custos das transações e o desaparecimento da distância-tempo.
<C) diminuir as desigualdades, acelerando o processo de inclusão global.
(D) desenvolver outros setores económicos, pela maior produtividade que induzem.

230
PROVA-MODELO DE EXAME 3

10.2 As telecomunicações contribuem para a prevenção das alterações climáticas, pois permitem
(A) aumentar a eficiência dos transportes públicos, com a dispon o lizaçao de acesso wi-fL
(B) reduzir as deslocações, através do teletrabalho, do telecomércio e dos serviços online.
(C) poupar recursos naturais e gerir sistemas de mobilidade e de produção mais sustentáveis.
{D} aumentar a eficiência da pesca, com técnicas digitais de deteção e captura do pescado.

10.3 O acesso à internet em banda larga evidencia, na Figura 5, maior desigualdade entre
(A) o norte e o sul do país.
(B) o litoral e o interior e regiões autónomas.
(C) as áreas mais e menos urbanizadas.
(D) classes sociais, escalões etários e género.

10.4 Portugal encontra-se ligado às redes globais através da rede


(A) transeuropeia de telecomunicações, via satélite, e pelo hub atlântico submarino.
(B) europeia de satélites de comunicação e da rede de fibra ótica do Atlântico.
(C) mundial de satélites de comunicação e de cabos submarinos de telecomunicação.
{D} digital europeia por satélite e também por cabos submarinos de fibra ótica.

Item

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 1.3 1.4 1,5 1,6 2,1 2.2 2.3 3.1

6 6 6 6 6 6 6 8 6 6 62

3.2 3,3 4. 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 6.

6 6 12 6 8 6 6 6 6 12 74

7,1 7,2 7.3 7.4 3. 9. 10,1 10.2 10.3 10.4

6 8 8 6 6 6 6 6 6 6 64

TOTAL 200

231
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 4

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 As migrações caracterizam o espaço português, embora, ao longo do tempo, tenham variado


as origens, os destinos e a intensidade dos fluxos migratórios, ao contrário do crescimento natural,
que tem decrescido continua mente, desde o início do século XX.

450 000-

Fstotfstfcros D & m ográflcas A nuais (1961 a 2017).


400 000-
I Saldo natural ■ Saldo migratório
350 000
300 000-
250 000-
200 000-
150 000-
100 000-
50 000 -

-50 000 4
-100 000

INE 2019
-150 000-
-200 000-
-250 000-

I"-- C? r-- r- r; r. r- ffi (S çn 'Ti tfj m íti iLcri tTiçri íti Ci çri íti Ci = Q Q n Ci O '□ 'J O Tí Ci F Fl
■ T- T- . . ’ . , . T- T- T- T- T- ■ T“ T~ -- - T“ T“ - . ■ T“ . f» TM TM

Figura 1 Evolução do número de indivíduos em idade potencialmente ativa, por idoso, em Portugal.

1.1 Com a informação da Figura 1, podemos calcular, para cada ano representado,
(A) a taxa decrescimento efetivo da população residente em Portugal.
(B) as taxas de crescimento natural e crescimento migratório.
(C) a variação, em número de habitantes, da população residente em Portugal
(D) a variação, em número de saídas, da emigração a partir de Portugal.

12 A Figura 1 evidencia um surto emigratórlo, que fez cair o saldo migratório para valores
negativos, que não foram compensados pelo saldo fisiológico positivo, tendo-se registado
(A) aumento da taxa de crescimento efetivo, com perda de população, de 1992 a 2005.
(B) perda de população, devido à taxa de crescimento efetivo negativa de 1962 a 1974.
(C) subida da taxa de crescimento natural, com aumento da população, depois de 1974.
(D) quebra da taxa de crescimento migratório, que fez diminuir a imigração, nos anos oitenta
do século XX.

13 A variação do saldo migratório deveu-se a contexto históricos que influenciaram as migrações


internacionais.
Indique o contexto quejustifica a variação do saldo migratório, em Portugal, para dois dos
períodos indicados a seguir (A, B e C).
A - Década de 1960
B - De 1974 a 1980
C - Década de 1990

232
PROVA-MODELO DE EXAME 4

Selecione a opção que corresponde à associação correta entre as afirmações da coluna A


e os conceitos da coluna B.

Coluna A Coluna B

W. Envelhecimento demográfico, no interior do país, 1 Êxodo rural


e receção de remessas dos emigrantes. 2. Emigração (década
X. Crescimento urbano, no litoral, e sub urbanização de 1960)
intensa, sobretudo em torno de Lisboa e Porto. 3. Emigração (depois de 2010)
Y Aumento da população, sobretudo na AM de Lisboa, 4. Imigração (década de 1970)
no Algarve e no Oeste.
5. Imigração (1992 a 2005)

(A) W - 3; X - 1; Y - 4. (C) W-1;X-2; Y-5


(B) W-2;X-3; Y-4. (D) W-2;X-1;Y- 5

Na segunda década deste século, o saldo migratório voltou a ser negativo, o que se deveu,
principalmente
(A) aos salários mais altos e às melhores oportunidades de qualificação e formação profissional,
noutros países da União Europeia.
(B) ã redução da imigração e ao aumento da emigração, por efeito da elevada taxa
de desemprego associada à crise económica.
(C) aos melhores salários e falta de profissionais qualificados, noutros países da União
Europeia, sobretudo nas áreas da enfermagem e das engenharias.
(D) ã redução da emigração e ao aumento da imigração, por efeito da elevada taxa
de desemprego associada à crise económica.

Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações corretas.


L A emigração dos anos 1960, teve efeitos demográficos mais importantes nas áreas rurais
do interior porque, no litoral, foi compensada pelo êxodo rural.
IL O surto de imigração, na década de 1990 e imício deste século, não teve efeitos
demográficos significativos em nenhuma região do país.
III. Atualmente, os em igrantes portugueses, na sua maioria, são jovens adultos e com
escolaridade de nível secundário e superior.
IV. A saída de emigrantes portugueses contribui para reduzir o crescimento natural e para
aumentar o envelhecimento demográfico.
PROVAS-MODELO DE EXAME

2. São Pedro do Sul é reconhecido como a maior


e mais desenvolvida estância termal da Península
Ibérica, com uma vocação milenar para o
termalismo de saúde, com a mais-valia
do património natural e humano que a envolve.
Na montanha, sobressaem cascatas, poços e
lagoas de águas límpidas, nas ribeiras da Landeira
e da Pena, e no rio Teixeira, um dos mais limpos da
Europa, muito procurado pelo canyoning. Tesouros
geológicos como a Livraria da Pena, a cascata
do Rio Teixeira ou as Penas do Diabo, revelam a
fascinante história do planeta que se entrecruza
com a dos seus habitantes - gravuras rupestres,
castros, estradas e pontes romanas, igrejas,
mosteiros, solares, pontes ferroviárias e modernas
vias de comunicação.
http://montanhasmagicas.pt/ (consultado em 06/07/2019) Figura 2 Termas de São Pedro do Sul

2,1 Em Portugal, existe um grande número de ocorrências hidrominerais que também apresentam
uma significativa diversidade, que se deve à complexa e variada
(A) geologia do território, associada a acidentes tectónicos que permitem a existência de águas
termais, sobretudo no Centro e Algarve.
{B} geologia do Maciço Hespérico, associada a acidentes tectónicos que permitem a existência
de águas termais, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
(C) morfologia do território, associada a fenómenos de vulcanismo que permitem a existência
de águas termais, sobretudo no Norte e Centro.
{D} geomorfologia do Maciço Hespérico, com muitos acidentes tectónicos que geram as águas
termais, sobretudo no Centro e no Alentejo.

2,2 O engarrafamento de águas minerais e de nascente tem tido um grande incremento devido

(A) à crescente procura para consumo e exportação, associada à maior exigência dos
consumidores com a qualidade da água.
(B) ao maior investimento no turismo de saúde, que promove o consumo de água engarrafada
e também potência a sua exportação.
(C) aos comprovados benefícios, para a saúde, associados ao consumo de água mineral
e de nascente, face ao consumo de água da torneira.
{D} às vantagens económicas e ao emprego que promove nas regiões onde se localizam
as oficinas de engarrafamento, quase sempre áreas rurais.

234
PROVA-MODELO DE EXAME 4

2.3 As três afirmações seguintes são verdadeiras.


I. As estâncias termais associam-se ao turismo de saúde, sendo cada vez mais procuradas
pelos seus benefícios, mas também pela envolvente natural e cultural que proporcionam
IL O turismo termal ou de saúde, além do emprego direto e da riqueza que geram,
têm importantes efeitos multiplicadores noutras atividades, contribuindo para
a sustentabilidade das áreas rurais.
III. As termas, assim como as atividades que lhes estão associadas, contribuem para
a valorização dos recursos endógenos e dlo património natural, histórico e cultural
da região em que se inserem.
Justifique a veracidade de duas das três afirmações, integrando na sua resposta informação
relevante do texto inicial.

3, A valorização energética a partir dos recursos geotérmicos do continente, apresenta uma grande
diversidade. O potencial geotérmlco jã revelado em Portugal continental encontra-se subexplorado,
devendo ser previstas linhas de apoio financeiro ao desenvolvimento de projetos com vista ao
incentivo para a utll zação direta destes recursos, nomeadamente na climatlzação de edifícios e na
produção de águas quentes sanitárias, aquecimento de piscinas e estufas, piscicultura, entre outros
usos que podem incluir a produção de eletricidade.
Geotermia - Energia Renovável em Portugal, DGEG, 2017

3,1 A valorização energética dos recursos geotérmicos, no continente, insere-se nos objetivos
da política energética nacional, nomeadamente
(A) reduzir as emissões de GEE, aumentar o contributo das energias renováveis para
o consumo final de eletricidade e garantir a autossuficiência energética.
(B) reduzir as emissões de GEE, aumentar o contributo das energias renováveis para o
consumo final de eletricidade e reduzir a despesa com a importação de combustíveis.
(C) aumentar o contributo das energias renováveis para o consumo final de eletricidade, reduzir
a dependência externa e desenvolver uma economia baseada no uso de recursos naturais.
{D} aumentar o contributo das fontes renováveis para a produção nacional de energia
e aumentara eficiência energética, para diminuir o consumo.

3,2 Defenda a frase sublinhada no texto, apresentando duas razões, uma de ordem económica
e outra de caráter ambiental.

235
PROVAS-MODELO DE EXAME

4. As florestas constituem uma riqueza ambiental incalculável e uma Importante oportunidade


de multifuncionalidade nas áreas rurais.

F igura 3 Distribuição da floresta (A) e carta de perigosidade de incêndio florestal (B), em 2017.

4,1 As três regiões com maior ocupação florestal, relativamente ao seu território, são
(A) Centro, Madeira e Norte.
(B) Centro, Alentejo e Norte.
(C) Norte, Alentejo e Madeira.
(D) Norte, Alentejo e Madeira.

4,2 As três regiões com maior perigosidade de incêndio coincidem com as mais florestadas e são
(A) Centro, Norte e Algarve.
(B) Centro, Alentejo e Algarve.
(C) Norte, Alentejo e Algarve.
(D) Centro, Alentejo e Norte.

4,3 No Centro e no Algarve (serra) há maior perigosidade de incêndio florestal, devido


(A) ã maior secura do verão, ao envelhecimento demográfico e ã falta de Infraestruturas
de proteção e salvaguarda das habitações e aldeias situadas em áreas florestais.
<B> ã coincidência da estação seca com a mais quente, ao despovoa mento, que vota a floresta
ao abandono, e à falta de acessos e de infraestruturas de comunicação.
(C) ao abandono de práticas de pastorícia e de recolha do mato e ao aumento da criminalidade
e dos interesses económicos na produção de energia a partir da b omassa florestal.
(D) ã coincidência da estação seca com os meses mais quentes, ao d es povo a mento, que vota
grandes extensões de floresta ao abandono, e ao aumento da criminalidade.

236
PROVA-MODELO DE EXAME 4

4*4 Para aumentar o rendimento do setor florestal português, podem ser adotadas medidas como
(A) a privatização da floresta pública e o cultivo exclusivo de espécies bem adaptadas ao clima
mediterrâneo, por serem mais resistentes aos incêndios.
(B) o maior parcelamento das áreas florestais, para serem mais fáceis de cuidar e vigiar,
diversificando as espécies plantadas.
(C) a promoção do emparcelamento, através de incentivos fiscais e da simplificação Jurídica,
para aumentar a dimensão económica das explorações.
(D) a nacionalização das áreas florestais abandonadas, cultivando espécies que tenham maior
procura nas indústrias da madeira.

4*5 As atividades agroflorestais contribuem para a sustentabilidade das áreas rurais, uma vez que

(A) contribuem para a preservação dos solos e para uma maior infiltração da água, capturando
também dióxido de carbono.
(B) proporcionam a pluriatividade na exploração de recursos florestais e fornecem matérias-
-primas para as indústrias transformadoras.
(C) garantem a biodiversidade e estabilizam as vertentes, além de proporcionarem emprego
na vigilância e cuidado da floresta.
{D} geram emprego na produção e aproveitamento de matérias primas e frutos, bem como nos
serviços de limpeza, vigilância e cuidado da floresta e em atividades turísticas e de lazer.

5, O envelhecimento populacional e o abandono progressivo das atividades agrícolas


e silvopastoris tudo mudaram. O abandono dos terrenos agrícolas e florestais e o absentismo
dos proprietários conduziram à acumulação de massa combustível e a maior frequência
e intensidade dos incêndios. A fragmentação da propriedade em microfúndios dificulta
economias de escala na gestão da floresta e na prevenção de incêndios.
Economia da Floresta e Ordenamento Territorial, Conselho Económico e Social, 2017

Selecione um dos seguintes problemas enunciados no texto inicial (A ou B).

A - O envelhecimento populacional e o abandono progressivo das atividades agrícolas


e silvopastoris.

B - A fragmentação da propriedade em microfúndios dificulta economias de escala na gestão


da floresta e na prevenção de incêndios.

Sugira duas medidas que implementaria, como autarca de um concelho no interior da região Centro,
explicando como contribuiriam para resolver o problema que selecionou.

237
PROVAS-MODELO DE EXAME

6. Nas áreas suburbanas surgem potencial idades e problemas que é necessário gerir em conjunto, pelos
diferentes municípios. Assim,foram criadas as áreas metropolitanas (AM) de Lisboa e do Porto (1991).

Figura 4 Concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto

6.1 Os concelhos numerados de 1 a 5, na AM de Lisboa, são, respetiva mente,


(A) S intra, Loures, Lisboa, Montijo e Setúbal.
(B) Sintra, V. F. Xira, Lisboa, Seixal e Setúbal.
(C) Cascais, Sintra, Oeiras, Almada e Sesimbra.
(D) Sintra, Loures, Lisboa, Almada e Palmeia.

6.2 Os concelhos numerados de 1 a 5, na AM do Porto, são, respetiva mente,


(A) Valongo, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia e Espinho.
(B) Póvoa de Varzim, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gala e Santa Maria da Feira.
(C) Espinho, Matosinhos, Porto, Valongo e São João da Madeira.
(D) Póvoa de Varzim, Espinho, Vila Nova de Gaia, Porto e Santa Maria da Feira.

6.3 Nas AM de Lisboa e do Porto, o maior índice de envelhecimento regista-se nos concelhos

(A) de Lisboa e da Póvoa de Varzim.


(B) do Porto e de Sintra.
(C) de Lisboa e do Porto.
(D) de Sintra e da Póvoa de Varzim.

6*4 O setor secundário tem maior representatividade no emprego dos concelhos das áreas
metropolitanas que se situam
(A) mais próximos de Lisboa, como Amadora e Odivelas.
(B) mais próximos do Porto, como Maia e Gondomar.
(C) mais afastados das cidades, como Mafra e Paredes.
(D) mais Industrializados, como Palmeia e Vale de Cambra.

238
PROVA-MODELO DE EXAME 4

7. No sistema urbano português, há funções claramente estruturadoras à escala regional e nacional.


É o caso do ensino superior, que exerce uma importante função na estruturação do sistema urbano
nacional, pois constrói um sistema de polaridades e áreas/regiões funcionais.
PNPOT \ Diagnóstico, julho 2018. DGT, 2019

Figura 5 Atratívídade concelhia: movimentos pendulares


e níveis de acessibilidade.

71 O mapa da Figura 5 evidencia, para os movimentos pendulares, um padrão semelhante


ao descrito no texto inicial, com uma hierarquia funcional com

(A) as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, seguidas das cidades com mais de 100 mil
habitantes.
(B) Lisboa destacada, seguida do Porto e, a maior distância, Coimbra e algumas cidades
médias ao nível regional.
(C) L isboa, a exercer influência sobre todo o país, muito destacada de todas as restantes cidades
(D) as cidades do litoral e algumas idades médias do interior a polarizarem a maior intensidade
de fluxos pendulares.

72 A importância das cidades de Lisboa e do Porto na hierarquia funcional do sistema urbano


português, associa-se à grande concentração demográfica nas suas áreas metropolitanas que,
do ponto de vista físico, apresentam vantagens atrativas para a fixação da população:
(A) boas acessibilidades e grande desenvolvimento da maioria das atividades económicas.
(B) grande desenvolvimento da indústria e dos serviços, clima ameno e relevo plano.
(C) bom clima, acessibilidade marítima e fluvial e boas infraestruturas de transportes.
(D) clima mais ameno, relevo mais plano e maior acessibilidade natural.

239
PROVAS-MODELO DE EXAME

8, As duas áreas metropolitanas, sobretudo a de Lisboa, constituem polos dinamizadores


do desenvolvimento nacional.

Justifique esta afirmação, tendo em conta os seguintes tópicos de reflexão:


• Dinamismo demográfico e social.
• Dinamismo económico e funcional.

Desenvolva a sua resposta apresentando dois aspetos para cada um dos tópicos.

9, A indústria transformadora tem vindo a modernizar-se e a alterar o seu padrão locativo,


prevalecendo ainda grandes desigualdades regionais

A nuário Estatístico d o P ortugal 2017,


Estabelecimentos (n.“) Pessoal ao serviço (□-•*> Volume de negócios {€)

Norte
Centro
A. M. Lisboa
M Alentejo
87%

INE, 2019
51% M Algarve
M R. A. Açores
M R A. Madeira
Figura 6 Distribuição regional cios principais indicadores da indústria transformadora, em Portugal e em 2016.

9,1 De acordo com a Figura 6, as três regiões com maior número de estabelecimentos da indústria
transformadora e mais pessoal ao serviço são, respetiva mente,
(A) Centro, Norte e AM de Lisboa; AM de Lisboa, Centro e Norte.
(B) AM de Lisboa, Centro e Norte; Centro, Norte e AM de Lisboa.
(C) Norte, Centro e AM de Lisboa; AM de Lisboa, Norte e Centro.
(D) Centro, AM de Lisboa, Norte; AM de Lisboa, Centro e Norte

9,2 O volume de negócios da AM de Lisboa destaca-se muito das restantes regiões, devido

(A) ao maior número de pessoas ao serviço por cada empresa da AM de Lisboa, o que permite
obter maior produção.
(B} à maior incidência, na AM de Lisboa, de empresas de média e grande dimensão, mais
Intensivas em tecnologia e com maior representatividade dos bens de equipamento.
(C) ao maior número de pessoas ao serviço, na AM de Lisboa, apesar de as empresas
do Centro e, principalmente, do Norte, serem mais intensivas em mão de obra.
(D) ao maior número de pessoas ao serviço, na AM de Lisboa, apesar de as empresas do Norte
e, principalmente, do Centro, serem mais intensivas em mão de obra.

9,3 A partir da Figura 6, conclui-se que, em Portugal predominam as empresas de dimensão


(A) maior, na AM de Lisboa e no Alentejo.
(B) média, nas AM de Lisboa e do Porto.
(C) pequena e média, em todas as regiões.
(D) pequena, nas sub-regiões do interior.

9,4 Apresente duas desvantagens do facto de, na sua maioria, as empresas do Norte e Centro
serem de pequena dimensão.

240
PROVA-MODELO DE EXAME 4

10, Atualmente, a presença da função industrial nos centros urbanos tornou-se cada vez menos
vantajosa, levando as indústrias a sair das cidades.

10/1 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações corretas.


Atualmente, a presença desta função nos centros urbanos tornou-se cada vez menos vantajosa,
levando as indústrias a sair dos centros urbanos.
L O facto de gerar Intenso tráfego de trabalhadores, matérias-primas e produtos finais,
geralmente em veículos pesados e mais poluentes.
IL O contínuo aumento da renda locatlva e da pressão do mercado imobiliário e a exigência
das políticas nacional e europeia, de melhor qualidade do ar e do ambiente urbano.
III. A renda locatlva é mais elevada nos parques industriais ou empresariais localizados nas
cidades e com boas Infraestruturas, permitindo aproveitar complementaridades.
IV, O tráfego intenso das cidades, que aumenta as distâncias relativas, elevando os custos
de produção e baixando a produtividade.

(A) I; II; III. (C) I; III; IV.

(B) (D) I; II; IV.

10.2 As indústrias que ainda encontram vantagens em localizar-se na cidade, geralmente, são
(A) apenas que prestam serviços especializados associados a bens de consumo ocasional,
mas de elevado preço, podendo suportar a elevada renda locativa.
(B) de pequena dimensão e associadas a serviços de proximidade, como a reparação
automóvel e o comércio a retalho, de bens de uso diário que não exigem grandes
deslocações.
(C) pouco exigentes em espaço, pouco poluentes e associadas a produtos especial zadlos,
como a joalharia e a alta-costura, e também a bens de consumo diário ou frequente.
{D} pouco poluentes e menos exigentes em espaço e em energia, necessitam de maior
proximidade ao público ou aos fornecedores de matérias primas e aos maiores clientes.

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 13 1.4 1S 1,6 2,1 2.2 23 3.1

6 8 6 6 6 6 6 6 8 6 64

3.2 4.1 4.2 43 4.4 4.5 5 6.1 6.2 63

8 6 6 6 6 6 12 6 6 6 68

6,4 7,1 7.2 8 9.1 9,2 93 9.4 10.1 10.2

6 6 6 12 6 6 6 8 6 6 68

TOTAL 200

241
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 5

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 Os comportamentos demográficos apresentam grandes desigualdades regionais, em Portugal.


1-7?'

A
AitoMinho Afto
17
/ado avgTâmegaTerras de
Área Trásos-Montes
Metropolitana i Tâmega
e Sousa Douro
do Porto —
■W
r w Viseu
Região
de Aveiro Beiras
e Serra
da Estrela

Beira
Baixa
Medio

Estatísticas De/nogfcíflcas 2017, INE, 2018


Tejo
Alto
! Lezíria Alentejo
Tejo
Áre
Mctropo. Alentejo
de Lisboa Central
0 50 km

Baixo
Alentejo TN (%o)
<6,5
R. A. Açpres 6,5 - 8,0
8,1 - 9,0
R. A Madeira >9,0

Figura 1 Taxas de natalidade (A), de mortalidade e de crescimento natural (Q. por NUTS III, em 2017.

1.1 Na distribuição da taxa de natalidade, por sub-regiões, evidenciam-se, com valores maiis baixos
e mais altos, respetivamente,
(A) a maioria das NUTS III do interior, com população mais envelhecida, e as regiões
autónomas, a AM de Lisboa eo Algarve, com mais população jovem, devido à imigração.
<B> as NUTS III do interior, com população mais envelhecida, e as regiões autónomas, a AM
de Lisboa e o Algarve, onde hã mais população Jovem.
(C) as regiões autónomas, a AM de Lisboa e o Algarve, com mais população jovem e menor
envelhecimento demográfico, e as NUTS III do interior, com população mais envelhecida.
(D) a maioria das NUTS III do interior, com população mais envelhecida, e a AM de Lisboa,
o Algarve e os Açores.

12 A taxa de mortalidade, considerando as duas primeiras classes e face ã taxa de natalidade,


apresenta um padrão de distribuição espacial que pode considerar-se
(A) semelhante e com os mesmos contrastes.
<B> inverso ao da taxa de natalidade.
(C) inverso, exceto no Baixo Alentejo.
(D) diferente mas sem contrastes.

242
PROVA-MODELO DE EXAMES

13 A taxa de crescimento natural apresenta valores


(A) negativos em todas as sub-regiões.
(B) negativos, exceto no Cávado e AM de Lisboa.
(C) negativos no interior e baixos no litoral.
(D) negativos, exceto nas AM de Lisboa e Porto.

14 Os valores táo baixos da taxa de crescimento natural refletem, essencialmente,


(A) o índice de envelhecimento, que indica a proporção de indivíduos em idade de procriar.
(B) a maior taxa de atividade feminina e a atual liberdade de escolha que a mulher tem.
(C) o alto índice de envelhecimento, pela diminuição da população jovem e aumento
dos idosos.
(D) o adiamento dlo casamento e do nascimento do primeiro filho, que reduz muito a natalidade.

2, As três afirmações seguintes referem-se a fatores sociais que influenciam os indicadores de


natalidade e fecundidade, em Portugal.
L O aumento da igualdade de género nas oportunidades de estudo e carreira profissional.
IL A difícil integração dos jovens no mercado de trabalho e a precariedade do emprego.
IIL A possibilidade que hoje existe de escolher o momento em que se pretende ter um filho

Explique, para duas das três afirmações, como influenciam os indicadores de natalidade.

3. O velho continente, cada vez mais envelhecido, perderá índice de sustentabilidade


N? de pessoas em Idade ativa por cada Idoso
50 milhões de habitantes em idade ativa, até 2050. As projeções
não deixam dúvidas: “a Europa caminha para o suicídio
demográfico" avisam investigadores da Fundação Robert
Schuman, um dos mais importantes centros de estudos sobre a UE.

Em entrevista ao Expresso, o economista e investigador Michel


(2016|
Godet explica que "não há consciência da dimensão do problema
e, apesar de não estar na agenda política, a demografia tem um
impacto decisivo na economia. O crescimento do PIB é mais
baixo nos países onde o aumento de população é menor, pelo
que o envelhecimento fará cair para metade o potencial de
crescimento económico da UE, até 2040”
Expresso, 02/02/2018

As conclusões dos investigadores da Fundação Robert Schuman podem sintetizar-se no problema


apontado (A) e no seu efeito económico (B)
A - O velho continente, cada vez mais envelhecido, perderá 50 milhões de habitantes em idade
ativa, até 2050.
B - Não há consciência da dimensão do problema e, apesar de não estar na agenda política,
a demografia tem um impacto decisivo na economia.

Selecione A ou B e apresente duas medidas, explicando de que modo contribuirão para reduzir o
envelhecimento (se optar por A} ou para fazer o problema entrar na agenda política (se optar por B).

243
PROVAS-MODELO DE EXAME

4. Orlando Ribeiro, talvez o maior geógrafo português,


olha para Portugal como um espaço moldado por
duas influências: o Mediterrâneo e o Atlântico. Nessa
base, identifica três áreas distintas, em Portugal; duas
marcadamente influenciadas por cada um destes
elementos e a terceira, uma faixa interior, onde as
influências mediterrânea e atlântica se combinam com
os efeitos da proximidade ao centro da Península Ibérica,
sobretudo a norte do Tejo. Divide ainda o país em Norte,
terra fria, montanhosa e chuvosa, e Sul, terra plana e seca.
A ocupação humana do nosso território é influenciada
por este espaço físico, que acaba por modelá-la.
Nesta combinação de natural e humano, o território,
se entendido como um macrossistema dinâmico, pode
ser Interpretado de acordo com um compósito de quatro
sistemas: a rede hidrográfica, o sistema biodiversidade
Diversidade
e seus habitais, o sistema de infraestruturas e redes funcional
O Baixa
de transportes e o sistema uirbano (rede de aglomerações
O Média
e suas interdependências). • Alta
0 Elevada
Programa Nacional para a Coesão Territorial, U MVI
(Unidade de Missão para a Valorização do Interior), 2017
Figura 2 Diversidade funcional, por concelho
e limite dos territórios do interior.

4,1 Selecione a opção que faz corresponder corretamente cada afirmação da coluna A, relativa
às ãreasque Orlando Ribeiro distinguiu no nosso país, ao respetivo conjunto de NUTS III
da coluna B.

Coluna A Coluna B

W. Marcadamente influenciada pelo 1. NUTS III do interior Norte e Centro


Atlântico. 2, NUTS III do litoral Norte e Centro
X, Mais influenciada pelo 3, NUTS III do litoral Norte e Açores
Mediterrâneo.
4, NUTS III do litoral Norte e Centro e AM de
Y, Influenciada pela proximidade Lisboa
ao centro da Península Ibérica.
5, NUTS III do Alentejo, Algarve

(A) W - 3; X - 1; Y - 4. (C) W- 5; X - 2; Y-1


(B) W-3;X-5;Y-1. (D) W-2;X-1;Y- 5

4,2 Na frase “terra fria, montanhosa e chuvosa, e Sul, terra plana e seca” estão subentendidos
fatores que tiveram grande influência na distribuição espacial da população, no território
português, nomeadamente
(A) clima, relevo e acessibilidade.
(B) disponibilidades hídricas.
(C) precipitação, temperatura e relevo.
(D) relevo e disponibilidades hídricas.

244
PROVA-MODELO DE EXAMES

4*3 No mapa da Figura 2t consideram-se territórios do interior, os concelhos que apresentam


(A) uma distância maior em relação à linha de costa, exceto as cidades médias, como Viseu,
e que dispõem de baixa ou média diversidade funcional.
(B) uma maior concentração demográfica e grande número de cidades com alta ou elevada
diversidade funcional, mesmo as de menor dimensão.
(C) grande distância do litoral, com grande número de cidades de pequena dimensão, com
baixa ou média diversidade funcional, exceto nas poucas cidades médias.
(D) menor densidade populacional, mais cidades de pequena dimensão e uma baixa ou média
diversidade funcional, exceto nas cidades médias, e incluem o Alentejo Litoral.

4*4 Nos territórios do Interior, destacam-se, com nível alto de diversidade funcional
(A) Vila Real e Guarda, no Norte; Covilhã e Castelo Branco, no Centro; e Évora, no Alentejo.
(B) Vila Real, no Norte; Guarda, Covilhã, Tomar e Portalegre, no Centro; e Beja, no Alentejo.
{C) Vila Real, no Norte; Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco, no Centro; e Évora,
no Alentejo.
(D) Vila Real, Viseu, Guarda, Covilhã e Castelo Branco, no Centro; e Évora, no Alentejo.

4*5 A elaboração do programa nacional para a coesão territorial tem grande pertinência, pois
(A) os desequilíbrios na ocupação do espaço criam graves problemas de gestão do território,
desperdiçando-se espaços e recursos naturais, que poderiam proporcionar riqueza.
(B) grande parte do território dispõe de recursos endógenos subaproveitados, como a floresta,
que o abandono e o envelhecimento demográfico vão destruindo.
(C) nos últimos 5 anos, o país perdeu 1808 estabelecimentos de ensino, dos quais 1027 no
território do interior demográfico, colocando em causa a sua sustentab Iidade económica.
(D) a coesão territorial, através de um desenvolvimento mais equilibrado, permitirá reduzir
as disparidades e fazer uma gestão do território mais cooperativa, integrada e justa.

4*6 É necessário promover a Inclusão social e a equidade distribuindo melhor as competências


territoriais, para aproximar o Estado dos territórios, através
(A) da descentralização de competências administrativas e respetivos serviços e da
desconcentração dos serviços públicos que garantem qualidade de vida aos cidadãos.
(B) do aumento da capacidade de atração dos territórios do interior, pela garantia de emprego,
rendimento e acesso a serviços de qualidade.
(C) da exploração de recursos endógenos, como o lítlo, para criação de riqueza que pode ser
investida no desenvolvimento.
(D) da criação de benefícios e Incentivos à fixação de população imigrante que, geralmente,
aceita trabalhos menos bem remunerados, de modo a travar o envelhecimento.

245
PROVAS-MODELO DE EXAME

5, As disponibilidades hídricas dependem, essencialmente, do volume de precipitação e da sua


distribuição ao longo do ano.

Açores
«
0

0 50 km

Madeira

Sistemas aquíferos
----- Rede hidrográfica
' Albufeira de águas
públicas
SA Sistema aquífero 50 km

Figura 3 Sistemas aquíferos e rede hidrográfica e principais


albufeiras, em Portugal

5,1 Em Portugal, o maior condicionalismo na gestão das disponibilidades hídricas é


(A) a irregularidade interanual e a desigual distribuição espadai da precipitação.
(B) a variação sazonal da precip tacão e sua desigual distribuição espacial.
(C) o desfasamento entre a época de maior precipitação e a de maior consumo.
(D) a existência de uma estação seca que afeta multo tempo o sul do país.

5,2 Uma forma de ultrapassar o principal condicionalismo na gestão das disponibilidades hídricas
é a construção de barragens
(A) de retenção, que formam albufeiras onde se retem a ãgua para abastecimento público e rega
agrícola, podendo também ser de produção, se tiver associada uma central hidroelétrica.
(B) e transvases que permitem levara água de uma bacia hidrográfica para outra, permitindo
um maior equilíbrio na distribuição espacial da água doce disponível.
(C) de armazenamento, que retêm a ãgua para abastecimento público e rega agrícola, podendo
também ser de produção, se tiver associada uma central termoelétrica.
(D) de retenção, que formam albufeiras onde se armazena a água para abastecimento público,
rega agrícola e produção de eletricidade, numa central hidroelétrica.

246
PROVA-MODELO DE EXAMES

5.3 As albufeiras assinaladas no mapa da Figura 3, com A, B,C e D, localizam-se, respetiva mente,
na bacia hidrográfica do
(A) Sabor, Zêzere, Mondego e Alqueva.
(B) Douro, Vouga, Tejo e Guadiana.
(C) Tua, Mondego, Alviela e Guadiana.
(D) Douro, Mondego, Tejo e Guadiana.

6, As disponibilidades hídricas subterrâneas dependem muito das formações rochosas e tipo de


aquíferos que formam.

6.1 Os sistemas aquíferos assinalados no mapa da Figura 3, com SA1, SA2, SA3 e SA4,
correspondem a diferentes unidades hidrogeo lógicas, respetiva mente,
(A) Maciço Hespérico, bacias do Tejo e Sado e orlas sedimentares - Ocidental e Meridional.
(B) Sistema Fissurado, sistema cársico - Ocidental e Meridional - e Sistema Poroso.
(C) Maciço Hespérico, Orla Sedimentar Ocidental, bacias do Tejo e do Sado e Orla Sedimentar
Meridional.
(D) Sistema Hespérico, sistema cársico - Ocidental e Meridional - e sistema do Tejo e Sado.

6,2 Os sistemas aquíferos assinalados no mapa, por ordem crescente de produtividade hídrica, são
(A) SA3, SA2, SA4 e SA1.
(B) SA1, SA2, SA4 e SA3.
(C) SA1, SA4, SA2 e SA3.
(D) SA3, SA4, SA2 e SA1.

6.3 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações corretas.


L Os aquíferos são formações geológicas permeáveis, cujo limite inferior e, por vezes,
também o superior, é constituído por rochas impermeáveis, permitindo a retenção da água
subterrânea.
IL Nas formações de xisto, granito e basalto a infiltração faz-se pelas fendas e fissuras
das rochas, formando grandes aquíferos, como os do Maciço Hespérico.
III. As rochas sedimentares detríticas são muito permeáveis, facilitando a formação de reservas
subterrâneas, em aquíferos porosos importantes e com grande produtividade aquífera.
IV Nas formações de natureza calcária, a calcite dissolve-se na água, abrindo fendas e fissuras
por onde a água se infiltra, formando toalhas cãrsicas, com aquíferos importantes.
(A) I; II; III (C) II; III; IV.
(B) I; III; IV. (D) I; II; IV.

247
PROVAS-MODELO DE EXAME

7. Em Portugal, a atividade turística cresceu muito nos últimos anos, tendência que Inclui o turismo em
espaço rural (TER).

do Turismo 2017, INE, 2018


Figura 4 Evolução da oferta de alojamento em Portugal, na última década.

71 Nos dez anos representados na Figura 4t verificou-se que o TER evidenciou


(A) um crescimento contínuo dos doiis indicadores.
(B) uma tendência crescente, com uma quebra de 2010 a 2014.
(C) um crescimento regular a acompanhar o restante turismo.
(D) um crescimento que se tem acentuado desde 2007.

72 O crescimento do TER resulta de fatores externos e internos, nomeadamente


(A) a promoção de Portugal como destino turístico e os apoios do PDR 2020.
(B) a crise económica que levou muitos desempregados a investir no TER.
(C) o aumento global do turismo e o aumento da oferta, integrada no desenvolvimento rural.
(D) o aumento global do turismo, em Portugal, e a valorização dos recursos endógenos.

73 O TER ê uma forma adeguiada de promover o desenvolvimento rural porque


(A) apoia-se no património natural, histórico e cultural, promovendo a imagem da região,
além de criar emprego noutras atividades, mas, geralmente contribui para a saturação
do espaço rural.
(B) gera emprego direto e riqueza, tem efeitos multiplicadores no artesanato, comércio,
atividades de lazer, etc., além de dimamizar a pluriatividade e promover a região
e os seus produtos.
(C) gera emprego direto e riqueza, dinamiza a pluriatividade e promove a região e os seus
produtos, mas descaracteriza as regiões, pondo em causa a sua identidade cultural.
(D) contribui para a preservação do património natural, histórico e cultural, pois são a base
de atratividade para os turistas, mas contribui para o abandono da agricultura e da floresta.

248
PROVA-MODELO DE EXAMES

IA Seleciona a opção que associa corretamente cada situação da colluna A à respetiva modalidade
da coluna B.

Coluna A Coluna B

Em pleno planalto da Serra da Freita, com vista para 1. Agroturismo


a Frecha da Mizarela, a 100 metros da praia fluvial,
e a poucos minutos dos passadiços do Paiva, esta 2. Turismo de habitação
é a unidade hoteleira ideal para a sua estadia.
3. Turismo de aldeia
X. Na planície ribatejana, uma casa que testemunha
a vida rural típica, com decoração e mobiliário 4. Hotel rural
tradicional, cheia de conforto e tranquilidade.
Y. Recantos da Montanha, o lugar ideal para quem 5» Casa de campo
aprecia a vida ao ar livre e a participação nas
atividades do campo e cuidado dos animais.

(A) W - 5; X - 4; Y - 1. (C) W - 3; X - 1; Y - 5.
(B) W - 4; X - 3; Y - 1. (D) W - 4; X - 5; Y - 1.

7,5 Tal como outras atividades turísticas ligadas à natureza, o turismo cinegético também se pratica
nas áreas rurais e dedica-se à
(A) observação da vida selvagem, aproveitando a natureza para retemperar energias.
(B) preservação dos ecosistemas, quando é feito legalmente e nas zonas próprias.
(C) caça turística e associativa, praticada de forma a contribuir para o equilíbrio ambiental.
(D) fruição do espaço rural, podendo caçar um número limitado das espécies permitidas.

8, Visto pela perspetiva do desenvolvimento, o turismo no espaço rural é uma das atividades mais
adequadas para assegurar a revitalização_do tecido económico das_áreas rurais (A), sendo tanto
mais eficaz quanto melhor conseguir Integrar os recursos, a história, as tradições e a cultura de cada
região. Importa promové-lo de forma harmoniosa e sustentável, no respeito pelas característ cas de
cada região e pelos requisitos de qualidade e de comodidade exigidos pelos clientes (E!).
www.dgadr.gov.pt/diversrficacao/turisrno-rural (consultado em 07/07/2019)

Selecione uma das ideias-chave sublinhadas no texto (A ou B).

Desenvolva a ideia selecionada, referindo duas medidas que contribuam para a concretizar.

249
PROVAS-MODELO DE EXAME

9, A União Europeia segue as mais exigentes normas ambientais e é líder mundial na promoção
de medidas globais de proteção do planeta, nomeadamente no que respeita ã prevenção
das alterações climáticas e à mitigação dos seus efeitos.

CIDADES £
COMUNIDADES
SUSTENTÁVEIS

Tornar as cidades e os Tomar medidas urgentes


povoamentos humanos no sentido de combater
inclusivos, seguros, resilientes as alterações climáticas
e sustentáveis. e os seus impactos.

Figura 5 Dois ODS muito presentes na política ambiental


da UE.

9,1 Os ODS 11 e 13, na Figura 5, inserem-se no contexto do documento da ONU, com o grande
objetivo de
(A) alcançar uma vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.
(B) prevenir as alterações climáticas, na medida do possível, porgue o desenvolvimento
é prioritário.
(C) promover a sustentabilldade nas cidades, com uma vida segura e digna para todos.
{D} reduzir a pobreza e promover a maior utilização das energias renováveis.

9,2 A política ambiental europeia insere-se no contexto da agenda 2030, tendo entre os principais
objetivos, os seguintes:
I. Proteger, conservar e reforçar o capital natural da União Europeia.
II. Tornar a UE numa economia circular e hipocarbónica e competitiva.
III. Tornar as cidades da UE mais sustentáveis.

Selecione um dos três objetivos e apresente duas medidas gue poderão ajudar a concretizá-lo.

9,3 Desenvolver uma economia circular, na UEt imp ica, além do uso de energias renováveis, a
(A) descarbonização de todos os setores da economia, sobretudo o setor dos transportes.
(B) utilização eficiente de todlos os recursos naturais, evitando ao máximo o desperdício.
(C) reciclagem de papel, plástico e vidro e recolha seletiva de óleos e outros produtos.
(D) aplicação do princípio poluIdor-pagador, para desincentivar a degradação ambiental.

9,4 O acordo em vigor desde 2016, visa descarbonlzar as economias mundiais, tendo como
objetivo reduzir os riscos das alterações dimáticas. Este acordo foi ratificado
(A) no Rio de Janeiro, por 60 países.
(B) em Tóquio, por 55 países.
(C) em Paris, por 60 países.
(D) em Londres, por todos os países.

250
PROVA-MODELO DE EXAMES

9,5 É uma rede europeia de áreas protegidas que visa assegurar a biodiversidade, através
da recuperação ou conservação de habitais naturais, da flora e da fauna selvagens, num estado
de conservação favorável. Resulta da aplicação de duas diretivas:
(A) Diretiva Aves e Diretiva Habitais.
(B) Diretiva Aves e Diretiva da Água.
(C) Diretiva da Biodiversidade e Diretiva Habitais.
(D) Diretiva da Biodiversidade e Diretiva da Água.

10, No dia em que a greve estudantil voltou a sair ã rua, em vários


países, inclusive em Portugal, Greta Thunberg é reconhecida como
a pessoa que deu a cara para que se iniciasse um movimento
estudantil que, hoje, acontece em todas as partes do mundo.
À semelhança das instâncias de outros países, o parlamento
português aprovou um convite àjovem ativista para discursar na
Assembleia da República, mas Greta Thunberg já avisou que os
jovens não querem tirar seifies com os políticos, querem medidas
em defesa do Planeta.
TSF, 24/05/2019

A participação na preservação ambiental pode ser desenvolvida através:


A - do ativismo cívico, a exemplo de Greta Thunberg, para pressionar as instâncias que têm poder
para decidir e obrigar a cumprir regras e normas de preservação ambiental;
B - da mudança de comportamentos dos Indivíduos e da sociedade a que faz apelo o cartaz
da imagem: “Mudança humana e não do clima!”

Selecione uma das estratégias {A ou B) e apresente duas medidas, explicando como contribuirão
para a prevenção das alterações climáticas.

Item

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 13 1.4 2. 3. 4,1 4.2 43 4.4

6 6 6 6 8 12 6 6 6 6 68

4,5 4,6 5.1 5.2 53 6.1 6,2 6.3 7.1 7.2

6 6 6 6 6 6 6 6 8 6 62

7.3 7.4 7.5 8, 9.1 9.2 93 9.4 9.5 10.

6 6 6 8 6 8 6 6 6 12 70

TOTAL 200

251
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 6

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 Em Portugal, a estrutura etária continua a apresentar desigualdades regionais, embora tenham vindo
a diminuir, por efeito do envelhecimento da população residente nas regiões do llitoral e nas regiões
autónomas.

População residente por grandes grupos etários


80*

70

!!!!!!!
60
50
40

30

20
10
0
Norte Centro A. M. Lisboa 1 Alentejo Algarve R. A. Açores 1 R. A. Madeira

NUTS II; população jovem NUTS II; população em idade ativa NUTS III: população idosa

2017, IN E 2018
Portugal; população jovem Portuga ; população em idade ativa ----- Portugal; população idosa

índice de renovação da população em idade ativa fi.°J

E stnifctitas üa Popuíaçõo
Figura 1 Estrutura etária da população residente, por NUTS III, e índice de renovação da população ativa (IRPA), em 2017.
Nota: índice de renovação da população em idade ativa - número de pessoas com idade de entrar no mercado
de trabalho, por 100 pessoas em idade de reforma.

1.1 De acordo com a Figura 1, apresentam um valor igual ou superior à média nacional, por ordem
decrescente e, respetivamente, na proporção de jovens e de idosos, as NUTS II
(A) AM de Lisboa, Algarve, Açores e Madeira; Centro, Alentejo, Algarve e AM de Lisboa.
(B) Norte, AM de Lisboa, Açores e Madeira; Alentejo, Centro, AM de Lisboa e Algarve.
(C) AM de Lisboa, Açores, Algarve e Madeira; Alentejo, Centro, AM de Lisboa e Algarve.
(D) AM de Lisboa, Açores, Madeira e Norte; Centro, Alentejo, Algarve e AM de Lisboa.

12 As NUTS II que, simultaneamente, apresentam uma proporção de jovens e um índice


de renovação de população ativa igual ou superior à média nacional, são
(A) Norte, AM de Lisboa e Açores.
(B) AM de Lisboa, Algarve e Açores.
(C) Açores, Madeira, AM de Lisboa e Algarve.
(D) AM de Lisboa, Açores e Madeira.

13 Explique, apresentando duas razões baseadas na informação da Figura 1 o facto de o Alentejo


apresentar o menor índice de renovação da população em idade ativa.

252
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 6

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 Em Portugal, a estrutura etária continua a apresentar desigualdades regionais, embora tenham vindo
a diminuir, por efeito do envelhecimento da população residente nas regiões do llitoral e nas regiões
autónomas.

População residente por grandes grupos etários


80*

70

!!!!!!!
60
50
40

30

20
10
0
Norte Centro A. M. Lisboa 1 Alentejo Algarve R. A. Açores 1 R. A. Madeira

NUTS II; população jovem NUTS II; população em idade ativa NUTS III: população idosa

2017, IN E 2018
Portugal; população jovem Portuga ; população em idade ativa ----- Portugal; população idosa

índice de renovação da população em idade ativa fi.°J

E stnifctitas üa Popuíaçõo
Figura 1 Estrutura etária da população residente, por NUTS III, e índice de renovação da população ativa (IRPA), em 2017.
Nota: índice de renovação da população em idade ativa - número de pessoas com idade de entrar no mercado
de trabalho, por 100 pessoas em idade de reforma.

1.1 De acordo com a Figura 1, apresentam um valor igual ou superior à média nacional, por ordem
decrescente e, respetivamente, na proporção de jovens e de idosos, as NUTS II
(A) AM de Lisboa, Algarve, Açores e Madeira; Centro, Alentejo, Algarve e AM de Lisboa.
(B) Norte, AM de Lisboa, Açores e Madeira; Alentejo, Centro, AM de Lisboa e Algarve.
(C) AM de Lisboa, Açores, Algarve e Madeira; Alentejo, Centro, AM de Lisboa e Algarve.
(D) AM de Lisboa, Açores, Madeira e Norte; Centro, Alentejo, Algarve e AM de Lisboa.

12 As NUTS II que, simultaneamente, apresentam uma proporção de jovens e um índice


de renovação de população ativa igual ou superior à média nacional, são
(A) Norte, AM de Lisboa e Açores.
(B) AM de Lisboa, Algarve e Açores.
(C) Açores, Madeira, AM de Lisboa e Algarve.
(D) AM de Lisboa, Açores e Madeira.

13 Explique, apresentando duas razões baseadas na informação da Figura 1 o facto de o Alentejo


apresentar o menor índice de renovação da população em idade ativa.

252
PROVA-MODELO DE EXAME 6

2, As migrações internacionais também influem na evolução dos indicadores da estrutura etária e da


população em idade ativa.

Tabela 1 População estrangeira com estatuto de residente, or género, em Portugal e em 2017


r
Imigrantes Emigrantes
■Ji
5

Ano HM H M HM H M n

LlT
2012 15 834 7 614 8 214 51 958 34 540 17 418 ix-
Ci
CM
2013 14 047 6 582 7 460 53 786 35 632 18154
tl
£

2014 14 955 7 334 7 621 49 572 32 274 17 298

2015 16 940 8 015 8 925 40 377 26 806 13 571


■>1
O
2016 20118 9 791 10 324 38 273 23 509 14 764 £

2
2017 27 989 13 258 14 723 31 753 21 970 9 783 «/I
Uj

2.1 De acordo com a Tabela 1, de 2012 para 2017, a imigração para Portugal registou
(A) uma diminuição, de 2012 para 2013, para voltar a subir nos anos seguintes, a um ritmo cada
vez menos acentuado e sempre com maior número de mulheres do que homens.
(B} uma diminuição, de 2012 para 2014, para voltar a subir nos anos seguintes, a um ritmo cada
vez mais acentuado, sempre com maior número de mulheres do que homens.
(C) uma diminuição, de 2012 para 2013, para voltar a subir nos anos seguintes a um ritmo cada
vez mais acentuado, até 2017, sempre com a imigração feminina superior ã masculina.
(D) uma diminuição, de 2012 para 2013, para voltar a subir, nos anos seguintes a um ritmo cada
vez mais acentuado, sempre com maior número de homens do que mulheres.

2,2 No que se refere à emigração, verificou-se que


(A) depois de aumentar de 2012 para 2013, Iniciou um ciclo decrescente até 2017, com
a emigração feminina a representar à volta de metade da masculina, em cada ano.
(B) aumentou de 2012 para 2014, passando depois a diminuir até 2017, com a emigração
feminina a representar menos de metade da masculina, em todos os anos.
(C) depois de aumentar de 2012 para 2013, Iniciou um ciclo decrescente até 2017, com
a emigração feminina a representar cerca do dobro da masculina, em cada ano.
{D} aumentou de 2012 para 2013, passando depois a diminuir até 2017, com a emigração
feminina em número muito superior à dos homens.

2.3 De 2012 para 2017, o saldo migratório apresentou valores


(A) positivos e com tendência a decrescer e a tornarem-se negativos.
(B) negativos e com tendência crescente, aproximando-se do valor zero.
(C) negativos até 2013 e, a partir daí, oscilando entre valores próximos do zero.
{D} positivos até 2013 e, a partir daí, oscilando entre valores próximos do zero.

253
PROVAS-MODELO DE EXAME
F

3, As cartas meteorológicas ou sinóticas são um instrumento muito útil de representação da previsão


do estado do tempo.

Oceano Atlântico

6103 ' W Jdl


Figura 2 Carta meteorológica de um dia do ano de 2019.

3.1 Na carta meteorológica, entre outros fenómenos atmosféricos, são visíveis


(A) um sistema frontal que termina com uma perturbação frontal, Já em fase de oclusão,
a noroeste das ilhas britânicas, e uma depressão barométrica de origem térmica, sobre
a Península Ibérica.
(B) um sistema frontal que termina com uma perturbação frontal, Já em fase de oclusão,
a nordeste das ilhas britânicas, e uma depressão barométrica sobre o Atlântico.
(C) uma perturbação frontal, a noroeste dos Açores, um anticiclone subtropical a influenciar
a Madeira e uma depressão barométrica de origem dinâmica, sobre a Península Ibérica.
{D} uma perturbação frontal, a sudeste da Gronelândia, o anticiclone dos Açores a influenciar
a Madeira e um anticiclone de origem térmica, sobre a Península Ibérica.

3,2 Tendo em conta o centro barométrico sobre a Península Ibérica, o estado de tempo previsto
para o continente será
(A) de aumento da temperatura e céu limpo em todo o território.
(B) calor e tempo abafado que terminará em precipitação, que será forte no interior Norte
e Centro, provavelmente acompanhada de trovoada e granizo.
(C) calor e tempo abafado que terminará em precipitação, que será forte no litoral Norte
e Centro, provavelmente acompanhada de vento forte de oeste.
{D} de descida da temperatura e céu llimpo em todo o território.

254
PROVA-MODELO DE EXAME 6

3,3 Nos centros barométrico assinalados com a letra X, a circulação do ar, pela sequência correta,
processa-se do seguinte modo:
(A) à superfície, converge, levando à ascensão do ar que, em altitude, diverge.
(B) em altitude, é convergente, depois descendente e, à superfície, divergente.
(C) à superfície, é convergente, fazendo subir o ar que, em altitude, converge.
{D} em altitude, é divergente, fazendo descer o ar que, à superfície, diverge.

3,4 Identifique a Imagem de satélite (A, B, C ou D) que se associa á carta sinótlca da Figura 3.

3,5 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações corretas.


I. A carta meteorológica da Figura 2 é de um dia de inverno, pois as perturbações frontais
estão deslocadas para sul.
IL O centro barométrico, sobre a Península Ibérica, é uma depressão de origem térmica.
III. O centro barométrico, a sudoeste de Portugal, é o antlciclone dlos Açores que, nesta época
do ano, estende a sua Influência mais para norte.
IV. No navio que se dirige para França, com a passagem da frente fria, será sentida uma
descida da temperatura e haverá ocorrência de aguaceiros fortes.

(A) I; II; III. (C) II; III; IV.


(B) I; III; IV (D) I; II; IV.

255
PROVAS-MODELO DE EXAME

4, A economia do mar encontra-se numa trajetória


de crescimento e afirmação mundial que deverá
continuar a reforçar-se no futuro. Portugal tem um
grande potencial de afirmação na economia do mar
em quatro grandes fileiras:
1. pesca, aquicultura e indústria do pescado;
2. transportes marítimos, portos e logística;
3. construção, manutenção e reparação naval;
4. turismo e lazer ligados ao mar.
Figura 3 Porto de Aveiro, visto do farol de ílhavo.

A economia do mar tem demonstrado uma forte dinâmica de resiliência e crescimento. Entre 2009 e
2017, o crescimento acumulado do VAB nas quatro fileiras foi de 38% contra 10,9% do PIB nacional.
Em atividades específicas como a aquicultura e a construção de embarcações de recreio e desporto,
esse crescimento ultrapassou os 400% acumulados. O mesmo se pode dizer da atividade portuária.
Jornal Económico. 18/04/2019 (texto adaptado)

4*1 A valorização da economia do mar, parte maior do nosso território, justifica-se pelos recursos
naturais que permite explorar e, principal mente, pelo posicionamento
(A) central, face às maiores rotas mundiais de comércio marítimo, e pelo turismo de sol e mar.
(B) geoestratégico, extensão da orla costeira, capacidade de l&D e experiência acumulada.
(C) periférico, na Europa, e pelos portos de águas profundas, que são portas de entrada na UE.
(D) de Portugal como Interlocutor privilegiado entre o espaço atlântico e a União Europeia.

4*2 Dos cinco principais portos marítimos portugueses, tem-se destacado, pelo investimento
estrangeiro e pelo crescimento do movimento de mercadorias, o porto de
(A) Aveiro. (C) Setúbal.
(B) Leixões. (D) Sines.

4*3 Selecione duas das quatro principais fileiras da economia do mar (1, 2, 3, e 4).
Apresente, para cada fileira, uma medida que promova o seu crescimento sustentável

5, O programa COSMO - monitorização da faixa costeira de Portugal continental - tem como missão
a recolha, processamento e análise de dados e informação sobre a evolução dos fundos marinhos
e coluna de água próximos, assim como das arribas, praias e dunas, ao longo da faixa costeira.
https://cosmo.apambiente.pt/ (consultado em 07/07/2019)

Selecione um dos dois tópicos (A ou B).


A - Desenvolvimento sustentável das atividades económicas associadas à orla costeira.
B - Preservação do mar, como sistema e habitat funda mental para o equilíbrio do planeta.

Defenda a pertinência do programa COSMO, apresentando dois argumentos.

256
PROVA-MODELO DE EXAME 6

6, Inserida na fileira da economia do mar com maior tradição, a aquicultura assume um papel cada vez
mais relevante na estratégia económica nacional.

Figura 4 Evolução do volume de produção da aquicultura, em Portugal, de acordo com


o regime de produção

6,1 Analisando o gráfico da figura 4, verifica-se que a produção aquícola registou uma tendência
de crescimento
(A) com redução em 2013 e 2015, predominando o regime extensivo de 2010 a 2017.
(B) regular, liderado pelo regime Intensivo até 2015 e, depois, pelo regime extensivo.
(C) com variações de ano para ano e fraca representaiividade do regime semi-intensivo.
(D) regular até 2012, com uma ligeira quebra, em 2013 e 2015, pela redução do regime
intensivo.

6.2 Os regimes de produção distinguem-se, principal mente, em função do tipo de


(A) Infraestruturas de produção e pela forma como são alimentadas as espécies.
(B) alimentação, desde totalmente natural (intensivo) a totalmente artificial (extensivo).
(C) alimentação, desde total mente natural (extensivo) a total mente artificial (intensivo)
{D} infraestruturas de produção e águas em que se desenvolve - doces, salobras ou salgadas.

6.3 A aquicultura desenvolve-se em tanques, estruturas flutuantes e viveiros, em águas doces, mas,
principalmente, em águas salobras ou marinhas, destacando-se as regiões
(A) Norte e Algarve, pelas áreas lagumares das suas rias, sobretudo a ria Formosa.
(B) AM de Lisboa, nos estuários do Tejo e Sado, e Algarve, nas águas salobras da sua ria.
(C) Centro e Algarve, pelo ambiente propício das suas áreas lagunares de águas salobras.
(D) Centro e AM de Lisboa, com áreas de água de rio e mar, propícias á aquicultura.

257
PROVAS-MODELO DE EXAME

7. A PAC foi a primeira política comum, visando a criação de um mercado comum, a garantia
do abastecimento de mercado com preços acessíveis a todos os consumidores e a aproximação
do nível de vida da população rural aos da população urbana.

Doc. A - A PAC mudou a vida dos europeus

Despesas da PAC - 2018


A po I ít ica agrícn I a co mu tn garantiu a mode m ização agríco la, a mel ho (mil milhões de euros)

riado nível dcvidadosagricultoreseacomidano prato a todos os cidadãos


europeus, propo rc i ona ndo produtos de alta q ua I id ade, seguro s e a preços Desenvolvimento
14,4
acessíveis.
Ao longo dos anos, a PAC soube adaptar se às novas circunstâncias
econômicas e às exigências dos cidadãos. Agora, está a ser remodelada
Ajudas de
para fazer face a novos e difíceis desafios. mercado

Comissão Europeia. 2019


Nos próximos anos, tornar se á mais equitativa e simples, mais
ecológica, eficiente e abrangente, incluindo o apoio ã plu ri atividade
nas áreas rurais. Apoios aos
agricultores
41.7
Rjiffíca Agrícola Gcmium - Uma parceria entre Europa e oe ügricuf toras.
Comissão Europeia, 2012 Total: 58.8 mil milhões €
= 36,8% do orçamento total da UE

7.1 As três afirmações seguintes são verdadeiras.


L A PAC financiou a modernização da agricultura e o rendimento dos agricultores, garantindo-
lhes preços mínimos, subsidiando as exportações e mantendo os preços acessíveis
ao consumidor.
IL As sucessivas alterações da PAC reduziram o apoio aos preços de mercado e aumentaram
a equidade na repartição dos fundos, reduzindo o seu peso no orçamento da UE, que era
de 90%.
III. Os pilares da PAC passaram de três para dois, que visam uma agricultura, promotora da
preservação ambiental e o desenvolvimento das áreas rurais.

Justifique a veracidade de duas das três afirmações, integrando informação do Documento A.

7.2 Tendo em conta o último parágrafo do Documento A, a afirmação sublinhada refere-se


(A) à primeira reforma da PAC, em 1992.
(B) à segunda reforma da PAC, em 2003.
(C) à última reforma, que incluiu objetivos relativos ãs alterações climáticas.
(D) às alterações previstas para o período orçamental de 2021 a 2027.

258
PROVA-MODELO DE EXAME 6

73 A integração na PAC colocou algumas dificuldades aos agricultores portugueses, devido


(A) à concretização do mercado único e às primeiras alterações da PAC, que expuseram
prematuramente o setor agrícola português à concorrência do mercado comunitário.
(B) às limitações à produção que Inviabilizaram a modernização do sector agrícola português,
apesar dos apoios específicos à nossa integração, no âmbito do FEADER.
(C) ao aumento de produção que foi exigido sem a necessária preparação tecnológica
e profissional do setor agrícola português.
{D} às li mitações à produção, para evitar excedentes de culturas energéticas, apesar de ter
beneficiado de apoios específicos, para facilitar a concorrência no mercado comunitário.

Z4 A PAC gerou grandes progressos na nossa agricultura, nomeadamente o aumento


(A) do número de explorações e da produtividade, pelo Investimento em Infraestruturas,
modernização das tecnologias e formação profissional.
(B) da mão de obra agrícola a tempo completo e da produtividade, pelo investimento
em infraestruturas, modernização das tecnologias e formação profissional.
(C) da dimensão das explorações e da produtividade, pelo investimento em infraestruturas,
modernização das tecnologias e formação profissional.
{D} da dimensão das explorações e da produtividade, pelo investimento em infraestruturas,
modernização das tecnologias e condições de vida dos agricultores.

Z5 Os objetivos da estratégia nacional para o desenvolvimento rural visam aumentar


a competitividade, privilegiando
(A) o investimento público e a organização estrutural; promovendo o aumento
da dimensão das explorações e organizações de produtores.
(B) a iniciativa privada e a organização estrutural; promovendo o aumento
da dimensão das organizações de produtores e a sustentabilidade.
(C) a iniciativa privada e a organização produtiva; promovendo a mecanização
das explorações agrícolas e a sustentabilidade.
(D) o investimento público e a organização produtiva; reduzindo a dimensão
das explorações agrícolas.

73 O reforço da competitividade da nossa agricultura pode ser conseguido com medidas como a
(A) especialização na venda de produtos DOC, IPC e ETG, produzidos em modo biológico.
(B) modernização das organizações e utilização exclusiva do modo de produção biológico.
(C) especialização da agricultura biológica em produtos de qualidade certificada.
{D} agricultura sustentável, certificação de produtos e valorização dos recursos humanos.

259
PROVAS-MODELO DE EXAME

8, Os projetos prioritários das redes transeuro peias de transportes (RTE-T} visam uma completa
interligação do território comunitário, apostando na eficiência e na descarbonização.

Comlssào Europeia. 2019


Figura 5 Financiamento da RTE-T por modo de transporte (2014-2020).

8.1 Selecione, com base na informação da Figura 5, a opção que corresponde à associação correta
de cada elemento da coluna A ao número correspondente da coluna B.

Coluna A Coluna B

W. A política comum de transportes 1 Investimento nas infraestruturas de apoio


(PCT) pretende reduzir o uso do à multimodalidade.
modo rodoviário e aumentar o uso 2. Apoio a diferentes sistemas informáticos
de meios menos poluentes. e digitais.
X. É objetivo da PCT tornar a 3. Apoio a todos os modos de transporte.
mobilidade mais inteligente, eficiente
4, Mais de metade dos projetos são
e segura.
ferroviários.
Y A PCT pretende que, no tráfego
5, Investimento em sistemas digitais de gestão
de mercadorias, se valorizem as
de tráfego, administração e segurança nos
vantagens dos diferentes modos
transportes.
de transporte.

(A) W - 5; X - 4; Y - 1. (C) W - 3; X - 1; Y - 5.
{B} W - 4; X - 3; Y - 1. (D) W - 4; X - 5; Y - 1.

8.2 Justifique, apresentando duas razões, a importância dada ao transporte ferroviário, na PCT.

260
PROVA-MODELO DE EXAME 6

9, A União Europeia é um espaço de dependência energética, o que constitui uma vulnerabilidade que
a política comum de energia (PCE) pretende reduzir, concretizando os projetos da rede transeuropeia
de energia (RTE-E), que permitirá alargar o mercado comum da energia.

9,1 Os projetos prioritários da RTE-E beneficiam setores menos poluentes e com mais vantagens
de Interligação, com vista ã redução da dependência externa. São os setores
(A) do petróleo e gás natural.
(B) da energia eólica e solar.
(C) do gás natural e eletricidade.
(D) do biocombustível e da eletricidade.

9,2 Para Portugal, a ligação das redes de energia à RTE-E é mais importante no setor
(A) do gás natural.
(B) da eletricidade.
(C) da energia eólica.
(D) da energia solar.

9,3 Para reduzir a dependência externa, a União Europeia aposta na


(A) prospeção de novas jazidas de petróleo em território europeu.
(B) procura de novos mercados de abastecimento de combustíveis fósseis.
(C) interligação das redes nacionais para poder haver maior segurança no abastecimento.
{D} produção de energia de fontes renováveis e dinamização do mercado interno da energia.

10, Os grandes objetivos da política comum dos transportes e da energia entrecruzam-se com
os da política ambiental que, para 2021-2027, tem entre as suas metas, as duas seguintes:
A - Aumentara eficiência energética e a moderação no consumo, sobretudo nos transportes.
B - Descarbonizar a produção e o consumo de energia, pela valorização das fontes renováveis.

Selecione uma das metas (A ou B).

Apresente duas medidas, exp cando como contribuem para a concretização dessa meta.

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 1.3 2.1 2.2 2.3 3,1 3.2 3.3 3.4

6 6 8 6 6 6 6 6 6 6 62

3.5 4,1 4.2 4.3 5. 6.1 6,2 6.3 7.1 7.2

6 6 6 8 12 6 6 6 8 6 70

7,3 7,4 7.5 7.6 8.1 8,2 9,1 9.2 9.3 10

6 6 6 6 6 8 6 6 6 12 68

TOTAL 200

261
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 7

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 A distribuição do emprego pelos principais setores de atividade económica é um indicador


fundamental do nível de desenvolvimento de uma região ou país.

259E.

Figura 1 Estrutura do emprego segundo os setores de atividade económica: evolução,


em Portugal (A) e por regiões, em 2017 (B)

11 A taxa de atividade permite conhecer a relação entre a população

(A) em condições de trabalhar e a população total.


(B) total e o número de desempregados.
(C) empregada e a população total.
(D) ativa e a população empregada.

12 De 1950 para 2017t na estrutura do emprego o setor que mais cresceu e o que mais diminuiu
foram, respetivamente
(A) o setor terciário e o secundário.
(B) o setor secundário e o primário
(C) o setor primário e o terciário.
(D) o setor terciário e o primário.

13 A evolução da contribuição dos três setores de atividade, para o emprego, evidencia


(A) a concentração da população nas áreas urbanas e a terciarização da economia.
(BJ a crescente modernização do setor agrícola e a desindustrialização das ãreas
metropolitanas.
(C) a redução do setor secundário, pela deslocalização da indústria mais intensiva em capital.
(D) o contínuo aumento da participação da mulher no mercado de trabalho.

262
PROVA-MODELO DE EXAME 7

14 O setor terciário foi o que mais cresceu nas últimas décadas e, atualmente, emprega quase
(A) três quartos da população ativa, pela expansão e diversificação do comércio e de grande
número de serviços ligados ao turismo e lazer.
(B) três terços da população ativa, devido à expansão e diversificação de serviços, como
a saúde, as telecomunicações e o turismo.
(C) 80% da população ativa em serviços diversificados, como o turismo e lazer, a saúde,
o desporto, a educação.
(D) 70% da população ativa em serviços diversificados, como o turismo e lazer, a saúde,
o desporto, a investigação, a educação e as telecomunicações.

15 O setor terciário é dominante no emprego de todas as regiões, mas destaca-se, pela sua maior
importância, na
(A) AM Porto, pela Importância dos serviços administrativos e sedes de empresas, e também
no Algarve e na AM Lisboa, sobretudo pela importância dos serviços de turismo.
(B) AM Lisboa, pela importância dos serviços administrativos e sedes de empresas, e também
no Algarve e na Madeira, sobretudo pela grande importância do turismo.
(C) AM de Lisboa, pela importância dos serviços administrativos e sedes de empresas, e
também no Algarve e na AM Porto, sobretudo pela importância do turismo.
(D) AM Lisboa, pela importância crescente do turismo e serviços administrativos, e também
no Algarve, pelo turismo, e nos Açores, por ser destino insular de excelência.

2, A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) tem, para oferta, cerca de dez mil empregos no setor turístico,
no âmbito do programa de recrutamento “Lança-te”, que se estreia nesta feira, com ofertas para
várias disponibilidades, tempo Inteiro, parcial e em diversos horários.
https://eco.sapo.pt (consultado em 09/07/2019)

Figura 2 Evolução das exportações do turismo,


em Portugal.

Explique a influência que o crescimento do turismo terá na estrutura do emprego, em Portugal.

263
PROVAS-MODELO DE EXAME

3, A integração na política comum das pescas (PCP) contribuiu para a modernização da frota de pesca
portuguesa, embora ainda prevaleça a pequena dimensão, em número de embarcações.

Doc. A - Progressos na frota de pesca portuguesa

Em 20 J8, do total de 49 embarcações entradas, 37 corresponderam a novas construções. A arqueação bruta das no
vas entradas quase quadruplicou face ao ano anterior, tendo se também registado um aumento de 62% na potência
motriz. Este aumento resultou sobretudo da entrada de 3 embarcações importadas, de grande capacidade e elevada
potência de propulsão.

Classes de GT

Estatísticas da Pesca. INE, 2019

3,1 Segundo o Documento A, de 2017 para 2018, a estrutura da frota de pesca portuguesa
(A) diminuiu ligeiramente no número de embarcações com menor potência motriz.
(B) aumentou ligeiramente no número de embarcações com menor arqueação bruta.
(C) subiu ligeiramente na classe superior a 100 GT, diminuindo a que é inferior a 5 GT.
(D) subiu ligeiramente na classe inferior a 5 GT, diminuindo um pouco a de mais de 100 GT.

3,2 Às características da frota portuguesa, que ainda dificultam a competitividade com outras frotas
mais modernas Juntam-se alguns condicionalismos naturais, destacando-se
(A) a plataforma continental estreita, com pouca extensão de mar rico em pescado.
(B) o movimento de navios, que afasta os cardumes e polui as águas.
(C) o upwe/tíng, que surge na altura da desova, em que a frota não pode fazer capturas.
(D) a deriva do Atlântico Norte que se junta à corrente fria das Canárias, à nossa latitude.

3.3 A informação do Documento A, permite deduzir que a frota de pesca portuguesa


(A) continua no seu processo de recuperação da estrutura de embarcações.
(B) aumentou a sua capacidade de operar em ãguas costeiras.
(C) está a aumentar o alcance de operabilidade, a eficácia e a capacidade competitiva.
(D) tem uma estrutura que dificulta a competitividade, sem sinais de progressos.

3.4 Explique a influência da plataforma continental para a pesca, apresentando duas razões.

264
PROVA-MODELO DE EXAME 7

3.5 As embarcações que entraram na frota portuguesa, em 2018, vão permitir reforçar a pesca
(A) costeira e do largo.
(B) costeira e longínqua.
(C) na costa interior e costeira.
(D) do largo e longínqua.

3,6 Selecione a opção que corresponde à associação correta entre os elementos das colunas Ae B.

Coluna A Coluna B

W. Opera em águas interiores (rios, 1. Utiliza meios modernos de deteção


estuários, lagoas) e perto da costa, (satélite, sonar, etc.), de captura (cerco,
por curtos períodos ou apenas arrasto, etc.) e conservação
sazonal mente. do pescado.
X. Atua além das 6 mn da costa, por 2. Com o apoio de um navio-fábrica,
várias horas ou até dias de navegação, utiliza tecnologia moderna para
em áreas afastadas da ZEE ou para deteção, captura e transformação
além dela. do pescado.
Y. Opera a mais de 12 mn, em águas 3. Utiliza meios modernos de captura
internacionais e de ZEE estrangeiras, de espécies de grande valor comercial.
com autonomia para permanecer no mar 4. Captura espécies de grande valor
até alguns meses. de mercado, com armadilhas e anzóis.

(A) W - 3; X - 2; Y - 4. (C) W - 3; X - 1; Y - 5.
(B) W - 4; X - 1; Y - 2. (D) W - 4; X - 5; Y - 1.

4, Na semana passada, os pescadores portugueses e espanhóis mostraram-se indignados com a


proposta de capturas de 10 799 toneladas de sardinha este ano, pedindo em Bruxelas a reavaliação
da quota com base nos recentes cruzeiros científicos.
Fonte oficial do Ministério dlo Mar confirmou ã agência Lusa que Portugal e Espanha propuseram
para este ano um mínimo de 10 799 toneladas, a repartir pelos dois países, depois de a Comissão
Europeia ter sugerido um limite de 10 300 toneladas.
Expresso. 15/05/2019

A definição de quotas de pesca é uma medida da política comum das pescas que nem sempre agrada
aos pescadores, mas que é multo Importante para garantir o futuro dos recursos e da própria pesca.
Explique a importância da definição de quotas tendo em conta as duas vertentes {A e B).
A - Sustentabilidade dos recursos piscatórios.
B - Sustentabilidade das comunidades de pescadores.
Na sua resposta, desenvolva dois aspetos de cada vertente.

265
PROVAS-MODELO DE EXAME

5, A sustentabilidade das áreas rurais depende muito da capacidade de aproveitamento sustentável


dos recursos endógenos, que permite diversificar as atividades lucrativas das explorações.
A produção de energia a partir de fontes renováveis é um dos setores a desenvolver.

APREN, 2018
Figura 3 Evolução da potência instalada das fontes renováveis de produção de eletricidade em Portugal.

5.1 A análise do gráfico da Figura 3 permite concluir que a fonte de energia mais utilizada e a que
registou maior crescimento foram, respetiva mente, a energia
(A) hídrica e solar.
(B) hídrica e da biomassa.
(C) hídrica e eólica.
(D) eólica e hídrica.

5,2 A fonte de energia renovável que apenas se produz numa das regiões autónomas e que
também contribui para a economia de muitas áreas do interior continental é
(A) a radiação solar.
(B) a geotermia.
(C) o vento.
(D) a biomassa.

5.3 Das energias renováveis, as que poderão trazer mais benefícios diretos aos agricultores, são:
(A) eólica - arrendamento de terrenos; biomassa vegetal - venda de resíduos florestais e
culturas energéticas; e biomassa ani mal - valorização energética dos efluentes pecuários.
(B) solar e mini-hídrica - arrendamento de terrenos, venda de energia á rede elétrica nacional
e poupança na fatura de eletricidade das explorações agrícolas.
(C) eólica - arrendamento de terrenos; e a grande hídrica - a produção das barragens
gera receitas para a região e as albufeiras ainda permitem dinamizar outras atividades
económicas.
(D) biomassa vegetal - venda de resíduos florestais e culturas energéticas; e solar -
aproveitamento de terrenos abandonados.

266
PROVA-MODELO DE EXAME 7

5.4 Nas áreas rurais do interior do Alentejo, os fatores naturais são mais favoráveis à produção
de energia
(A) eólica e solar.
(C) eólica e da biomassa.
(B) solar e da biomassa.
(D) eólica e hídrica.

5.5 Nas áreas rurais do Centro e Norte, os fatores naturais favorecem sobretudo a produção
de energia
(A) eólica e hídrica.
(B) solar e da biomassa.
(C) eólica e solar.
(D) hídrica e da biomassa.

6. As três afirmações seguintes são verdadeiras.


L A produção de energia contribui para a diversificação da base económica das áreas rurais.
II. O custo do solo, nas áreas rurais, é particularmente Importante para as centrais solares.
IIL A produção de energia renovável valoriza o papel ambiental dos espaços rurais.
Justifique a veracidade de duas das três afirmações, Integrando informação relevante da Figura 3
e do texto que a antecede.

7. A indústria é outro fator de desenvolvimento do espaço rural, desde que devidamente Integrada
e cumpridora das normas de preservação ambiental.

Selecione a opção que corresponde à associação correta entre as afirmações da coluna A


e os números da coluna B.

Coluna A Coluna B

W. Destacam-se as indústrias da madeira, da cortiça 1. Efeito multiplicador a jusante.


e do setor agroalimentar 2. Efeito multiplicador
X. Promove o desenvolvimento de atividades a montante.
produtoras de matéria-prima (mineral, silvícola, 3. Valorização da matéria-prima
e agrícola). como fator de localização.
Y. Aumento do consumo, que contribui para o 4. Fator de equidade social.
desenvolvimento do comércio local e regional.

(A) W-3;X--2; Y-4.


(B) W-1;X- 3; Y-2.
(C) W-3;X--2; Y-1.
(0) W-1;X- 3; Y-4.

267
PROVAS-MODELO DE EXAME

8, A aglomeração urbana, incluindo a cidade e a sua área suburbana, proporciona significativas


economias de escala, mas conduz a efeitos negativos, como os associados ao ruído, à saturação
de infra estruturas e serviços, aos congestionamentos e à emissão de GEE, entre outros problemas
ambientais. Estes efeitos negativos tendem a gerar o movimento inverso, que já se evidencia também
em Portugal, pela perda de habitantes nas duas maiores cidades do país, prevendo-se que o mesmo
venha a ocorrer nas áreas metropolitanas.

N.° de habitantes
3 ooo ooo n

Pra/eçôes do População Residente em Portugal 2012-2060,


2 500 ooo

2 000 000 -

1500 000 -

Cenário baixo Cenário central Cenário elevado

IN E. 2014
1 000 000 — —I— — —I— —I—
2015 2020 2015 2040 2050 2060

Figura 4 Projeções da populaçao residente na AM de Lisboa no horizonte de 2060.

8.1 Na projeção da população da AM de Lisboa, até 2060, prevê-se


(A) uma diminuição da população, em todos os cenários, a partir de 2030.
(B) uma diminuição da população, em todos os cenários, a partir de 2040.
(C) um ligeiro aumento da população, no cenário baixo, e descida no central e elevado.
(D) um aumento lento da população no cenário baixo, decrescendo de 2050 para 2060.

8,2 A evolução prevista na Figura 4 será motivada pelos efeitos

(A) da deseconomia que a excessiva aglomeração virã a criar e a elevada renda locativa.
(B) negativos da expansão urbana e também da previsível redução da população do país.
(C) da previsível redução da população total do país, que fará reduzir a das áreas urbanas.
(D) do crescimento da economia de aglomeração na AM de Lisboa.

8*3 Caracterize, temporal e espacial mente, o processo de sub urbanização em Portugal

268
PROVA-MODELO DE EXAME 7

8*4 No início do crescimento urbano, a cidade é um polo atrativo - é a fase


(A) centrífuga - há também grande concentração de atividades económicas.
(B) centrípeta - ainda não se verifica concentração de atividades económicas.
(C) centrípeta - aumento da concentração de população e atividades económicas.
{D} centrífuga - ainda não se verifica concentração de atividades económicas.

8*5 A expansão urbana - suburbanização - resulta de fatores como a


(A) necessidade de ocupar os solos da periferia da cidade, para reduzir a atividade agrícola.
(B) necessidade de libertar espaço na cidade para novas funções mais especializadas.
(C) renda locatlva alta, a dinâmica da construção civil e a expansão das atividades económicas.
{D} oferta de habitação e a expansão da rede viária, que aumenta o trânsito e a poluição.

8*6 O atual processo de expansão urbana, nas AM de Lisboa e Porto, caracteriza-se por uma
ocupação descontínua e difusa das áreas rurais da coroa urbana e designa-se
(A) rurbanização.
(B) suburbanização.
(C) desurbanização.
(D) periurbanização.

9, Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações corretas entre as seguintes.

L As áreas suburbanas começaram por se desenvolver nuima grande dependência em relação


ã cidade principal, funcionando como dormitórios.

IL Atualmente, a relação das áreas suburbanas com a cidade principal é de complementaridade,


desenvolvendo-se também entre as cidades das próprias áreas suburbanas.

III. A expansão suburbana fez-se seguindo os grandes eixos ferroviários e rodoviários


e, atualmente, a periurbanização segue também os eixos ferroviários.

IV, O crescimento urbano associa-se ao próprio dinamismo Interno das cidades, que altera
os padrões de localização das diferentes funções.
(A) I; II; III.
(B) II; III; IV.
(C) I; III; IV.
(D) I; II; IV

269
PROVAS-MODELO DE EXAME

10. A União Europeia foi sonhada e concretizada como um processo de paz e progresso, baseado
no princípio da solidariedade. Foi também o desejo de uma Europa estável e mais equitativa que
esteve na base dos últimos alargamentos a leste e a sul e sudeste.

10.1 Os últimos países que aderiram à UE foram


(A) a Bulgária, a Roménia e a Croácia.
(BJ a Estónia, a Letónia e a Finlândia.
(C) a Eslováquia, a Croácia e a Hungria.
(D) a Suécia, a Roménia e a Polónia.

10.2 A adesão à UE é um processo complexo que depende do cumprimento dos critérios


de Copenhaga, entre eles
(A) a existência de uma economia virada apenas para o mercado único e com políticas
de proteção das minorias.
(BJ economia de mercado viável e democracia estável, com respeito pelos direitos humanos
e proteção das minorias, capacidade de transpor a legislação europeia para a nacional.
(C) a proteção das minorias e dos direitos humanos, mercado viável e a Incorporação
da legislação da União Europeia, no direito nacional.
(D) a existência de uma economia de mercado, mas regulada pelo Estado, que também tem
de adotar políticas de proteção e regulação dos comportamentos dlos cidadãos.

10.3 Os últimos alargamentos, sobretudo o de 2004, exigiram adaptações da UE pelo grande


número de países mas também por serem, na sua maioria, da Europa de Leste - sem
experiência democrática e alguns com independência recente. A sua integração foi um fator
de estab lidade e enriquecimento cultural, mas que teve dois grandes efeitos:
A - Abriu novas oportunidades para a UE e cada um dos seus Estados-membros;
B - Colocou desafios ã própria comunidade, como um todo, e a cada um dos seus
Estados-membros.
Selecione um dos efeitos e indique duas oportunidades (A) ou dois desafios (B) que os últimos
alargamentos trouxeram a Portugal.

270
PROVA-MODELO DE EXAME 7

Item

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 1.3 1.4 1,5 2. 3,1 3.2 3.3 3.4

6 6 6 6 6 8 6 6 6 8 64

3.5 3.6 4. 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 6, 7.

6 6 12 6 6 6 6 6 8 6 68

8,1 8.2 8,3 8.4 8.5 8.6 9. 10.1 10.2 10.3

6 6 8 6 6 6 6 6 6 12 68

TOTAL 200

271
PROVAS-MODELO DE EXAME

Prova-Modelo de Exame 8

Duração da Prova: 120 minutos I Tolerância: 30 minutos-

1 É a ação protetora da atmosfera que filtra a radiação solar, fazendo com que só chegue à
superfície o tipo de radiações e a quantidade de energia necessárias, garantindo o equilíbrio
térmico indispensável à vida na Terra.

Radiação solar
total

■Jl

Figura 1 Esquema do balanço energético.

11 No esquema da Figura 1, as setas com as letras A1, A2 e A3, representam a

(A) reflexão e difusão, pela atmosfera, e a reflexáo, pelo topo das nuvens e pela superfície
terrestre.
(B) reflexão e difusão, pela atmosfera, e a absorção, pelas nuvens e pela superfície terrestre.
(C) difusão da radiação solar que a atmosfera reenvia para o exterior, protegendo a superfície.
(D) ação de filtro da radiação solar, que impede o excessivo aquecimento da superfície da Terra.

12 Explique o que é o efeito de estufa, utilizando informação pertinente do esquema da Figura 1.

13 No processo de absorção da radiação solar pela atmosfera, assume(m) particular importância o


(A) oxigénio e o hidrogénio, que absorvem parte da radiação solar, na troposfera.
(B) dióxido de carbono, que absorve boa parte da radiação infavermelha.
(C) ozono, que absorve a radiação ultravioleta, na estratosfera.
(D) vapor de ãgua, que impede a radiação terrestre de escapar para o Espaço.

14 A nível global existe um equilíbrio térmico, mas tal não acontece na maior parte da superfície
terrestre. Esta afirmação é
(A) falsa - o albedo é de cerca de 50% em toda a superfície terrestre.
(B) falsa - a quantidade de energia solar recebida distribui-se Igualmente na superfície.
(C) verdadeira - existe um excedente energético até aos 50° de latitude
(D) verdadeira - a radiação global varia com a latitude devido ã forma arredondada da Terra.

272
PROVA-MODELO DE EXAME 8

15 A quantidade de energia solar que atinge uma região varia ao longo do ano. O território
português recebe maior quantidade de energia no solstício de

(A) junho, quando os ralos solares Incidem diretamente sobre o trópico de Câncer.
(B) junho, quando os ralos solares Incidem diretamente sobre o trópico de Capricórnio.
(C) dezembro, quando os ralos solares incidem diretamente sobre o trópico de Câncer.
{D} dezembro, quando os ralos solares incidem diretamente sobre o trópico de Capricórnio.

16 A radiação global também varia com a altitude:


(A) quanto menor a altitude, menor a radiação global, devido à maior nebulosidade.
(B) quanto maior a altitude, maior a radiação global, devido à menor nebulosidade.
(C) quanto maior a altitude, menor a radiação global, devido ã maior nebulosidade.
{D} a radiação global aumenta com a altitude, devido ã menor espessura da atmosfera.

2. A variação latitudlnal da quantidade de energia pela superfície dá origem à circulação geral


da atmosfera, responsável pela distribuição global da precipitação.

Selecione a opção que corresponde à associação correta entre cada afirmação da coluna A
e o respetivo número da coluna B.

Coluna A Coluna B

W. Temperaturas elevadas, devido à baixa 1 Zona de altas pressões de origem


latitude, que aquecem o ar, tornando-o dinâmica e precipitação muito
pouco denso e leve. escassa.
X. O ar que divergiu, em altitude, a partir do 2. Zona de subida do ar - baixas
equador desce nas latitudes subtropicais, pressões térmicas e precipitação
o que explica a existência de grandes muito frequente e abundante.
desertos nessas latitudes. 3. Zona de subida do ar - baixas
Y. O ar que divergiu, à superfície, a partir dos pressões de origem dinâmica e
trópicos, encontra-se com o ar frio que precipitação abundante, sobretudo
divergiu à superfície a partir dos polos, no inverno.
formando as frentes polares. 4. Zona de altas pressões térmicas
e precipitação reduzida e pouco
frequente.

(A) W - 3; X - 1; Y - 5.
(B) W - 2; X - 1; Y - 3.
(C) W-4;X-1; Y-2.
(D) W-4;X-5; Y-1.

273
PROVAS-MODELO DE EXAME

3, A precipitação, em Portugal, caracteriza-se por uma grande irregularidade espacial e temporal


devido, essencialmente, à sua posição geográfica, que o coloca sob influencia de diferentes massas
de ar e centros de pressão atmosférica, com ação diferente ao longo do ano.

C/ífnototógfcos de Janeiro e Julho de 2018, IPMA, 2018


B o te is
Figura 2 Precipitação total, em janeiro e julho de 2018.

3.1 Qualquer tipo de precipitação resulta de um movimento de


(A) convecção do ar, que o obriga a subir, provocando a condensação do vapor de água.
(B) ascensão do ar, que ao subir arrefece, permitindo a condensação do vapor de água.
(C) ascensão do ar, que ao subir aquece, dando-se a condensação do vapor de água.
(D) subida do ar, que o torna mais denso, provocando a condensação do vapor de água.

3,2 O regime de precipitação, em Portugal, caracteriza-se por


(A) uma grande irregularidade ao longo do ano e de ano para ano.
(B) uma grande irregularidade a nível local, regional e nacional.
(C) valores mais altos no Inverno e primavera e mais baixos no outono.
(D) valores mais baixos quando é influenciado por depressões barométricas.

3,3 As secas meteorológicas, em Portugal, geralmente devem-se à maior duração da deslocação


para norte do centro barométrico, habitualmente designado por
(A) depressão térmica.
(B) perturbação frontal.
(C) depressão dinâmica.
(D) anticiclone subtropical.

274
PROVA-MODELO DE EXAME 8

3,4 Em Portugall continental, a região mais chuvosa, em janeiro, e menos seca, em julho, é
(A) o nordeste, por influência dos ventos húmidos e constantes que sopram de leste.
(B) o noroeste, por efeito do relevo concordante com a linha de costa,
(C) o noroeste, pela frequências das chuvas orográficas e maior influência das perturbações
frontais, sobretudo no inverno, que se encontram deslocadas para sul.
{D} as áreas mais altas do relevo, sobretudo a cordilheira central, por causa da orientação
do relevo, discordante da linha de costa.

3,5 Selecione a opção que corresponde ao conjunto de afirmações verdadeiras.


L O aumento da precipitação de sul para norte ê mais evidente em julho, salientando-se
o Alentejo como região mais seca.
IL Em janeiro, embora a precipitação aumente de sul para norte, o maior contraste evidencia-
se entre o litoral e o interior, sobretudo na região Norte.
III. A diminuição da preciprtação de oeste para este é mais evidente em janeiro, salientandlo-se
o Alentejo como região exposta ao primcipal fator de precipitação no inverno.
IV. Em janeiro, o maior contraste entre o litoral e o interior deve-se, essencialmente, à
proximidade e influência do oceano Atlântico e da deslocação, para sul, da frente polar.
(A) I, II e III
(B) II, III, IV.
(C) I, III e IV.
(D) I, II e IV

4, A ETAR de Alcântara serve mais de 750 mil habitantes


e destaca-se pelo seu telhado verde com cerca de
dois hectares - o maior da Europa - que diminui
o impacte paisagístico na cidade. Incorporando os
desafios da economia circular na gestão do ciclo
urbano da água, apresenta-se como uma verdadeira
Fábrica da Águia, onde a água residual ê tratada como
matéria-prima plena de recursos para usar, reutilizar,
reciclar e valorizar. Um dos exemplos é a rega do
telhado verde, feita com água reciclada a partir das
águas residuais tratadas na Fábrica.
www.aguasdotejoatlantico.acp.pt (consultado em 11/07/2019)

No tratamento de águias residuais, podem destacar-se dois benefícios principais (A e B).


A - Garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos.
B - Contribuir para a criação da imprescindível economia circular.

Explique a importância da Fábrica da Água para a cidade de Lisboa, apresentando duas razões para
cada benefício (A e B) e utilizando informação pertinente do texto inicial.

275
PROVAS-MODELO DE EXAME

5, As características das explorações agrícolas, em Portugal, têm evoluído favoravelmente, mas a sua
dimensão média ainda constitui um constrangimento à competitividade.
0,7% 84% 13,1% 10.a% 9,0% 30,8% 14,8% 12,3%

N.° de
explorações % de SAU

Variação 2013-2016
Classes
de SAU N.° expL SAU
(%) (%)

<1 -5PB -37


1a<5 -2.1 -2.3
5 a <20 0P6 0,9
20 a <50 0.7 ■0.7
50 a <100 0PB 1.1
100 a < 500 4PB 6.3
500 a <1000 -5.6 -6.3
700
2*1000 -5.1 -5.8
<1 la <5 5 a <20 20 a <50 50 100 500 £ 1000 hectares
a <100 a <500 a <1000

Figura 3 Número de explorações e soa representatividade na SAU nacional, por classes e dimensão.

Tabela 1 Constituição da SAU (%)


r ----------------------- 1
Terras aráveis
Horta Culturas Pastagens
Culturas familiar permanentes permanentes
Pousio
temporárias

Inquérito õs Explorações Agricolas 2016, INE, 2018

5,1 O maior numero de explorações agrícolas insere-se nas classes de


(A) < 1 ha e 1 a < 5 ha.
(B) 100 a < 500 ha e 500 a < 1000 ha.
(C) < 1 e 5 a < 20 ha.
(D) 1 a < 5 ha e 5 a < 20 ha.

5,2 Mais de metade da SAU nacional é ocupada por explorações agrícolas de dimensão

(A) 100 ou mais ha.


(B) inferior a 100 ha.
(C) inferior a 50 ha.
(D) 500 ou mais ha.

5,3 De acordo com a Tabela 1, de 2013 para 2016, registou-se um aumento


(A) das explorações com menos de 5 ha e com 500 ou mais ha e da SAU que ocupam.
(B) da dimensão média das explorações - classes de dimensão superior aumentaram mais.
(C) da percentagem de SAU ocupada pelas explorações de pequena dimensão.
{D} maior da SAU nas classes de 50 a < 100 ha e 100 a < 500 ha.
PROVA-MODELO DE EXAME 8

5.4 A maior parte da SAU, em Portugal, em 2016, de acordo com a Tabela 1, estava ocupada por
(A) culturas temporárias e pousio.
(B) pousio e pastagens permanentes.
(Q culturas temporárias e pastagens permanentes.
(D) culturas permanentes e temporárias.

5.5 Nos Açores, a SAU é predominantemente ocupada com pastagens permanentes, o que
se explica pela
(A) relevância das indústrias de transformação de carne de bovinos na economia da região.
(B) tradição de criação de gado bovino em pradlos naturais e relevância da indústria de laticínios.
(C) elevada fertilidade dos solos vulcânicos e certificação da carne de bovino dos Açores.
(D) humidade do ar e chuva frequente, associadas ao clima temperado marítimo.

6, O pousio é uma prática agrícola utilizada, sobretudo, nas regiões portuguesas onde se pratica
(A) a rotação de culturas, apesar dos solos férteis, devido ao relevo e à precipitação abundante.
(B) a monocultura com rotação de culturas, em solos pobres, apesar da humidade elevada.
(C) o regime de monocultura com rotação de culturas e ocupação intensiva dos solos férteis.
(D) o sistema extensivo tradicional, com monocultura e rotação de culturas, em solos pobres.

7. A análise das explorações por classes de dimensão económica (DE) revela uma estreita relação
entre a dimensão das explorações e a sua capacidade produtiva. Assim, em 2016:
• as unidades produtivas com mais de 100 mil euros de valor da produção padrão total (PPT), com
apenas 3,6% das explorações agrícolas, originaram 59,9% do VPPT nacional;
• em contrapartida, os cerca de 3/4 de explorações muito pequenas, geraram menos de 8 mil euros
e contribuíram apenas com 9,5% para o VPPT nacional.

Regionalmente observa-se uma grande assimetria na DE por exploração, com as explorações


da AM de Lisboa a gerarem, em média, 52,9 mil euros de VPPT, quase cinco vezes mais do que
o valor alcançado nas explorações do Norte.
Inquérito às Explorações Agrícolas 2016, INE, 2018

O texto inicial apresenta duas ideias-chave:


A - A dimensão espacial das explorações condiciona a sua dimensão económica.
B - Existem assimetrias regionais na dimensão económica das explorações.

Selecione uma das ideias-chave (A ou B).


Justifique a veracidade da ideia-chave selecionada, apresentando duas medidas e explicando como
podem concorrer para melhorar a competitividade do setor agrícola nacional.

277
PROVAS-MODELO DE EXAME

8. A estrutura modal dos transportes, de mercadorias ou passageiros, reflete vantagens


e desvantagens próprias de cada um.

11,2%

492%

32.3% 67,6%

G
CM

üH
Rodoviário Fenoviário Pipeline Automóvel Comboio Avião O
ÜL
Marftimo Fluvial Aéreo Motociclo Metropolitano Barco
Autocarro

Figura 4 Estrutura modal dos transportes de mercadorias e passageiros, na UE28, em 2017

8.1 No gráfico X, os dois modos de transporte mais utilizados são, por ordem decrescente,
(A) ferroviário e rodoviário.
(B) ferroviário e ma ritmo.
(C) marítimo e rodoviário.
(D) rodoviário e marítimo.

8.2 No gráfico Y, os dois modos de transporte mais utilizados são, por ordem decrescente,

(A) rodoviário e aéreo.


(B) automóvel e avião.
(C) rodoviário e avião.
(D) automóvel e autocarro.

8.3 Indique, para cada gráfico (Xe Y),o tipo de tráfego que representa (passageiros
ou mercadorias), justificando o predomínio em ambos do modo rodoviário.

9, Em Portugal têm vindo a ser tomadas medidas com vista á redução do transporte rodoviário nas
cidades. Exemplos dessas medidas são
(A) a limitação da circulação de automóveis de maior cilindrada, em certas zonas da cidade.
(B) a construção de parques de estacionamento gratuitos na entrada das principais cidades.
(C) a criação de vias de circulação de modos suaves e redução dos preços dos passes sociais.
(D) a oferta de transportes públicos coletivos mais eficientes e cumpridores de horários.

278
PROVA-MODELO DE EXAME 8

10, Reconhecendo a importância da política regional, o Tratado sobre o Funcionamento da União


Europeia consagra cinco artigos à «coesão económica, social e territorial» (artigos 174° a 178°}.

Esta política visa reduzir as disparidades económicas, sociais e territoriais entre as regiões da União
Europeia, apoiando a criação de empregos, a competitividade, o crescimento económico, a melhoria
da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.

Figura 5 Elegibilidade das regiões para o fundo de coesão (2021-2027).

10,1 Identifique, no mapa da Figura 5, as regiões portuguesas que se integram no grupo das que
estão em condições de receber mais apoios dos fundos da política regional.

10.2 De acordo com o mapa da Figura 5, os países da UE com mais de metade das suas regiões
elegíveis para os fundos da política regional são, além de Portugal e da Grécia,
(A) seis países do alargamento de 2004 e outro que aderiu em 2013.
(B) quatro países do alargamento de 2004, dois de 2007 e um de 2013.
(C) três países do alargamento de 2004, três de 2007 e um de 2013.
{D} cinco países do alargamento de 2004 e dois de 2007.

10.3 A política regional, até 2020, tem trés prioridades:


(A) desenvolvimento inteligente, inclusivo e sustentável para todas as regiões.
(B) desenvolvimento inteligente, eficiente e que conduza a uma economia circular.
(C) desenvolvimento sustentável, para retirar 20 milhões de pessoas do risco de pobreza.
{D} sociais, para assegurar o emprego a 75% das pessoas de 20 a 64 anos.

279
PROVAS-MODELO DE EXAME

11. Em Portugal, apesar de estarem diagnosticados todos os problemas da falta de coesão territorial e
identificadas as suas causas, ainda não existe uma verdadeira política de coesão territorial, persistindo
graves desigualdades regionais que dificultam o desenvolvimento do país como um todo.

R. A. Açores

índice sintético de
desenvolvimento (ISD)
Calculado a partir de um
conjunto de indicadores
diferentes, relativos a três
dimensões:
• competitividade;
• coesão territorial;
• qualidade ambiental.

R. A Madeira

ISD
100,0 — 113.2
89.9-99,9
Figura 6 Elegibilidade das 86,5 - 89,8
82.8 - 86,4
regiões para o fundo
80.4-82,7
de coesão (2021-2027).

111 As sub-regiões que se destacam com maior ISD são


(A) Grande Porto, Baixo Vouga, Grande Lisboa e Alentejo Litoral.
(B) AM do Porto e de Lisboa, Região de Aveiro e Alentejo Litoral.
(C) AM do Porto e de Lisboa, Região de Coimbra e Alentejo Litoral.
(D) Grande Porto, Região de Aveiro, AM de Lisboa e Alentejo Litoral.

112 A única NUTS III do interior que se insere na segunda maior classe de ISD é
(A) Évora. (C) Alentejo Central.
(B) Alto Alentejo. (D) Baixo Alentejo.

113 Apresente duas medidas que poderão promover o desenvolvimento das très sub-regiões da
última classe de ISD.

Item

Cotação (em pontos)

1.1 1.2 1.3 1.4 1,5 1,6 2. 3.1 3.2 3.3

6 8 6 6 6 6 6 6 6 6 62

3,4 3.5 4. 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 6, 7.

6 6 12 6 6 6 6 6 6 12 72

8.1 8.2 8,3 9. 10.1 10,2 10,3 11.1 11.2 11.3

6 6 8 6 8 6 6 6 6 8 66

TOTAL 200

280
PARTE I -10.° ANO

MÓDULO INICIAL 2, Beneficiar das vantagens do maior mercado único do mun­


do; permitir que os estudantes possam usufruir dos benefícios
do sistema de Bolonha, alargando, assim, as possibilidades de
P. 11 formação e o seu mercado de trabalho; e poder beneficiar de
1. a. Os pontos extremos de Portugal, em latitude, situam-se apoios financeiros para projetos de desenvolvimento.
a 42° 9’ 15"N e 30° 1’ 40” N; 3, Ao nível nacional, Portugal encontra-se organizado, admi­
b. Os pontos extremos de Portugal, em longitude, situam-se nistrativamente, em duas regiões autónomas (Açores e Madei­
a 6o 1T 20” O e 31° 16’ 7” O, ra) e dezoito distritos, no continente, umas e outros subdividi­
dos em concelhos e, estes, em freguesias.
Pp. 12e13 Ao nível comunitário, Portugal subdivide-se em três NUTS I
1. a. Corvo e Flores ; b. Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e (Portugal, Açores e Madeira). O Portugal continental subdivi-
Faial; c. São Miguel e Santa Maria; d. Madeira e Porto Santo. de-se em cinco NUTS II. As regiões autónomas, as Áreas Me­
2. e 3. Verifica a resposta no site da tua escola. tropolitanas de Lisboa e do Porto e o Algarve, além de cons­
4. Açores, Madeira e Portugal continental - o mesmo segmen­ tituírem regiões de nível 2, são também NUTS III, assim como
to de reta corresponde a menos km nos Açores e a mais no as oito, nove e quatro NUTS III em que se subdividem, respeti­
continente. vamente. o Norte, o Centro e o Alentejo.
4. Promoção da cooperação no plano económico, político e
Pp. 14e15 cultural; implementação do português como língua oficial em
1. As NUTS II sâo 7: Norte, Centro, Área Metropolitana de Lis­ organismos internacionais; ajuda portuguesa e europeia ao
boa, Alentejo, Algarve, Região Autónoma dos Açores e Região desenvolvimento dos restantes países.
Autónoma da Madeira. O Norte, o Centro e o Alentejo subdivi- 5. As comunidades portuguesas têm um papel muito impor­
dem-se em NUTS III. tante na difusão da língua e da cultura portuguesa, na dina­
2. O Norte subdivide-se em 8 NUTS III: Terras de Trás-os-Mon- mização de fluxos financeiros (remessas dos emigrantes) e na
tes; Douro; Alto Tâmega; Tâmega e Sousa; Alto Minho; Cáva­ promoção do consumo de produtos portugueses e dos desti­
do; Ave; Área Metropolitana do Porto. nos turísticos nacionais.
O Centro subdivide-se em 9 NUTS III: Região de Aveiro; Viseu
Dão-Lafões; Beiras e Serra da Estrela; Região de Coimbra; Mé­
dio Tejo; Beira Baixa; Região de Leiria; Oeste e Lezíria do Tejo.
O Alentejo subdivide-se em 4 NUTS III: Alto Alentejo, Alentejo Subtema 1 - A população: evolução e diferenças regionais
Central, Alentejo Litoral e Baixo Alentejo.
3.4. e 5. Consulta o site da câmara municipal da localidade da
Pp, 24e25
tua escola e verifica a resposta que deste.
1. 1900 - 30%a; 1950 - 24,9%*; 1975 - 20%a; 1995 - 10,1%o,
2000 -11,1 %o; 2017 - 8%*.
Pp. 18 e 19
2. a. 1916 a 1918 e desde 2007; b. 1900 a 1975; c de 1990 em
1 Em 1996, constituíram a CPLP: Portugal, no extremo sudoes­
diante.
te da Europa; Brasil, na América do Sul; os países africanos
3. Deu-se uma diminuição gradual e com algumas oscilações
de língua oficial portuguesa (PALOP) - Cabo Verde e Guiné-
de 1900 a 1995. depois estagnou em valores próximos de zero
-Bissau, na África Ocidental; Sâo Tomé e Príncipe, no Golfo da
até 2009. tomando-se negativa em 2010 e até 2017.
Guiné; Angola e Moçambique, na África Subsariana.
4. a. Até 1973, de 1986 a 1991 e desde 2010; b. De 1974 a 1983
Em 2002, Timor-Leste, no sudeste asiático, tornou-se inde­
e de 1992 a 2010.
pendente e passou a fazer parte da CPLP.
5. a. De 1950 a 1963 e de 1974 a 1986 e de 1992 a 2009;
Em 2004, a Guiné Equatorial aderiu à CPLP, tendo invocado a
b. De 1963 a 1973, de 1987 a 1990 e desde 2010.
parte do seu território em que se fala o português, que é uma
6.1950,8,5 milhões.
das línguas oficiais desse país.
1950 a 1963 - aumento; 1964 a 1973 - redução; 1975 a 1979
2. Maiores comunidades portuguesas: França; Brasil; Suíça;
- aumento; 1980 a 1991 - estagnação; 1992 a 2010 - aumento;
EUA; Reino Unido; Alemanha.
desde 2010 - diminuição.
S. 2018,10, 2 milhões.
Avaliação (P 21)
I. 1 - F; 2 - E; 3 - D; 4 - B; 5 - A; 6 - C.
II. 1. F (ao nível mundial, Portugal tem uma posição central no P. 26
Atlântico); 2. V; 3. V; 4. F (o Tratado de Lisboa entrou em vi­ 1, Cávado, Ave, Tâmega e Sousa, AM do Porto, AM de Lisboa
gor em 2009); 5. F (foi em 2004); 6. F (19 Estados-membros); e Açores.
7. F (3 extra comunitários). 2, A TCN tem valoras superiores a zero apenas no Cávado
III. 1. D; 2. C. e ma AM de Lisboa, sendo menos negativa (até -5.0) nas re­
IV. 1. Portugal, como país europeu periférico, situa-se longe do giões autónomas e no litoral continental (exceto Alto Minho e
centro mais desenvolvido da Europa, pelo que, ao longo do tem­ Alentejo Litoral), apresentando valores ainda mais baixos nas
po, o seu desenvolvimento foi mais tardio e a sua participação NUTS III do interior, onde se destacam o Alto Tâmega, Beiras
nos centros de poder teve pouca influência. Por outro lado, a sua e Serra da Estrela, Beira Baixa e Alto Alentejo.
centralidade atlântica tornou-o pioneiro e central nas viagens
marítimas de descoberta dos novos continentes e das maiores Pp, 28e29
rotas marítimas mundiais. Atualmente, a inserção na UE diminui 1. Pirâmides: de 1991 - amarela; de 2016 - azul; projeção para
os efeitos da posição periférica de Portugal e a sua centralidade 2080 — vermelha.
atlântica é cada vez mais importante, sobretudo, na participa­ 2. a. Redução: b. Redução das classes inferiores e aumento
ção nas grandes rotas comerciais marítimas e nas relações de das superiores, c. Aumento.
influência diplomática entre a Europa e os continentes africano 3 Em 1982, tornou-se inferior a 2,1 filhos por mulher em idade
e americano, em especial no que respeita aos países da CPLP. fértil - valor do índiice de renovação de gerações.

282
4. A esperança média de vida, em 1950, situava-se nos 2. A maioria dos imigrantes, em Portugal, têm idade ativa, sen­
60,5 anos para as mulheres e 55,5 anos para os homens. do as classes mais numerosas as de 20 a 39 anos, ou seja, em
Até 1980 cresceu acentuadamente, continuando a aumentar idade reprodutiva.
depois, mas mais lentamente. Em 2017 situava-se um pou­ 3. a. Deu-se um aumento da percentagem de ativos a partici­
co acima da média da UE, em 83,3 anos, para as mulheres, par em atividades de ALV, mantendo-se uma ligeira diferença
e 77,7 anos, para os homens. em favor dos homens.
b Deu-se um aumento da participação em ALV em todos
Pp. 30 e 31 os grupos etários, continuando cs mais baixos (18 a 44 anos)
1. Em 1981, 25,5% da população era constituída por jovens e a apresentar maior participação (mais de metade, chegando
11,4% por idosos. a 80% no caso dos jovens de 18 a 24 anos).
2. a. A proporção de jovens diminuiu muito, situando-se em c. Quanto ao nível de escolaridade, verifica-se que, tanto em
14,3% em 2017; b. A proporção de idosos aumentou muito, 2007 como em 2016, a participação em atividades de ALV
sendo de 21,3%, em 2017. é tanto maior quanto mais elevado é o nível de escolaridade.
3. a. Diminuição das classes mais jovens da população ativa;
b. As despesas do Estado aumentam. Avaliação (Pp, 40 e 41)
4. O índice de envelhecimento, em 1960, era de apenas 27,3%, L1 - F: 2 - V; 3 - V; 4 - F; 5 - V; 6 - V.
ou seja, havia 27,3 idosos por 100 jovens. Subiu a um ritmo IL1. D;. 2. B;XB
acentuado até 2000, passando a crescer menos acentuada­ III. 1. Portugal, em 2005, relativamente à percentagem de
mente nos 10 anos seguintes, e voltou a crescer mais rapida­ população dos 15 a 25 anos que concluiu o ensino secundá­
mente até 2017, ano em que se situava em 155,4%. rio, situava-se 20% abaixo da média da OCDE, apenas com a
5. Porque foi nesse ano que o número de idosos ultrapassou Turquia num nível inferior. Em 2015, verifica-se uma evolução
o de jovens. muito positiva, com Portugal acima da média da OCDE, exata­
6. a. Alto Minho, Cávado, Ave, Tâmega e Sousa, AM do Porto, mente a meio do ranking dos países desta organização.
Açores e Madeira; b. Alto Tâmega, Trás-os-Montes, Beiras e 2. Os níveis de escolaridade da população ativa portuguesa,
Serra da Estrela, Beira Baixa, Região de Coimbra, Região de ainda inferiores aos da maioria dos países da UE. apesar do
Leiria. enorme progresso verificado, têm como efeitos negativos a
7. Cávado, Ave, Tâmega e Sousa, AM do Porto, Região de maior vulnerabilidade ac desemprego e a menor produtivida­
Aveiro, Oeste, AM de Lisboa, Algarve, Açores e Madeira. de das empresas, sobretudo daquelas em que os empresários
também têm baixos níveis de escolaridade.
Pp. 32e33 3. Como se verifica pela análise do gráfico da fig. 2, e pelo
1. a. Aumento lento; b. Ligeira diminuição; c. Ligeiro aumento. estude efetuado anteriormente, a percentagem de população
2. A diferença é de 24% - a proporção de população ativa com baixos níveis de escolaridade (nenhum, 1.° ciclo e ci­
feminina mais do que duplicou. clo) tem diminuído, enquanto a proporção de indivíduos com
3. O setor primário, de 1950 para 2017, passou de cerca de 42% o 3.° ciclo e ensino secundário ou superior tem vindo a au­
para menos de 10%; o secundário, de um pouco mais de 20% mentar, sendo que, em 2017, o secundário era o mais repre­
para um pouco menos desse valor (depois de ter aumentado sentativo, seguido do superior. O aumento das qualificações
até 1981 voltou a diminuir); o setor terciário aumentou sempre, contribui decisivamente para o crescimento económico, pois
de pouco mais de 20%, em 1950, para mais de 70%, em 2017. aumenta a capacidade de; enfrentar riscos, favorecendo o
4. a. O setor terciário representa mais de metade do emprego empreendedorismo e a adesão à inovação; responder melhor
em todas as regiões; b. O setor secundário tem mais signifi­ á exigência dos consumidores relativamente à diversidade e
cado no Norte e Centro, devido à ainda maior industrialização qualidade dos produtos e serviços, o que favorece o consumo
destas regiões (sobretudo no litoral) e ao facto de ainda haver e, consequentemente, o aumento da produção e do emprego:
algumas indústrias intensivas em mão de obra. negociação e inserção nos mercados, o que favorece a expor­
tação e o investimento estrangeiro; melhorar a produtividade
Pp. 34e35 das empresas.
1. a. Passa de 35%, em 1991, para 2%, em 2017; b. Passa de Conclui-se que a educação dos jovens e a formação da popu­
8%, em 1991, para 21%, em 2017; c. Passa de 3%, em 1991, para lação em idade ativa são fatores decisivos para o desenvolvi­
25%, em 2017. mento do país.
2. Todas têm níveis de instrução inferiores aos da média da UE28. I. A taxa de crescimento natural (TCN) resulta da diferença
3. Portugal é o país da UE28 com maior percentagem de po­ entre a taxa de natalidade (TN) e a taxa de mortalidade (TM).
pulação apenas com o 3.° ciclo, sendo um dos seis com menor Assim, nas regiões com TN superior à TM, a TCN é mais posi­
percentagem de ativos com ensino superior. tiva. o que, em 2017, apenas se verificava no Cávado e na AM
4. De 1960 para 2016, deu-se uma descida continuada do ín­ de Lisboa, sendo que os valores menos negativos se regista­
dice de dependência (ID) de jovens, de 46,4% para 21,6%, en­ vam nas regiões autónomas e nas restantes NUTS III do litoral,
quanto o de idosos aumentou, passando de 12,7% para 32,5%. enquanto as mais negativas se registavam no interior, onde a
Esta evolução originou uma descida do ID total de 1960 para TN é mais baixa e a TM é mais alta, devido ao grande envelhe­
2001, por efeito da acentuada queda do ID de jovens. A partir cimento da população.
de 2001, o ID total voltou a subir, devido ao aumento do ID de 2. O decréscimo da TN, em Portugal, resultou, em primeiro lu­
idosos, que passou a compensar a descida do ID de jovens. gar, do desenvolvimento e apoio ao planeamento familiar, após
5. O ID de idosos tornou-se superior ao de jovens em 2001, ten- a Revolução de 25 de Abril de 1974. que permitiu a generaliza­
do-se verificado um aumento gradual da diferença entre ambos. ção do uso de métodos contracetivos. A crescente inserção da
mulher na vida ativa é outro fator importante, que se associa
Pp. 36 e 37 ao aumento da escolaridade obrigatória e da procura de reali­
1. Apoio às famílias em financiamento e na educação; área so­ zação profissional por parte da população feminina, factos que
cial (licenças de parentalidade e adoções); mercado de traba­ levaram ao aumento da idade do casamento/união de facto e
lho (apoio das empresas à família e horários flexíveis). ao adiamento do nascimento do primeiro filho. A dificuldade em

283
conciliar a vida profissional e familiar e a precariedade do em­
prego sâo outras razões que motivam a descida da TN.
3. Verifica-se uma relação direta entre o índice de envelheci­ Subtema 2 - A distribuição da população
mento e a proporção de idosos e de jovens, uma vez que este
índice estabelece a relação entre estes dois grupos etários. P. 43
Assim, nas NUTS III do interior, a maior proporção de idosos 1 A gradação de cores representa a densidade populacional,
em conjunto com uma menor percentagem dejovens determi­ desde <50 hab./km3, em amarelo claro, a > 5000 hab./km2,
na índices de envelhecimento mais altos, enquanto no litoral em vermelho escuro.
este índice apresenta valores inferiores, embora também ele­ 2. a, Cávado, Ave, “ârnega e Sousa, AM do Porto, Região de
vados, sendo que apenas as regiões autónomas, o Cávado e Aveiro, Oeste e AM de Lisboa; Todas as NUTS III do interior,
o Tâmega e Sousa, apresentam um índice de envelhecimento Alentejo Litoral. Algarve e Açores.
inferior a 120 idosos por cada 100 jovens. 3. As tendências referidas sâo:
4. A maioria da população migrante é constituída por jovens * a redução da população em todos os concelhos;
adultos (entre os 20 e os 34 anos) e, por isso, em idade ativa e * o reforço da bipolarizaçâo nas AM de Lisboa e do Porto e
reprodutiva, pelo que a imigração tem um efeito de rejuvenesci­ da perda demográfica no interior.
mento da população, nos países de chegada, fazendo diminuir 4. Estas tendências devem-se à redução do crescimento natu­
a idade média da população e ainda contribuindo para travar a ral e do crescimento migratório, ambos negativos.
queda da TN ou mesmo aumentá-la ligeira mente, o que diminui
o envelhecimento demográfico na base da pirâmide etária. Avaliação (P. 47)
5. Até 1950, o setor primário (I) foi dominante, mas veio sem­ I. 1 - D;: - B; 3 - E: 4 - A; 5 - Q
pre a decrescer, correspondendo hoje a menos de 10% do em­ II. a - F; b - F; c - F: d - V; < - V.
prego. O setor secundário (II), em 1950, representava metade III. ' - A; 2 -C.
do primário e um pouco mais do que o terciário (III). Até 1981 IV. 1. A distribuição da população, em Portugal, apresenta um
cresceu, chegando a representar 16 do emprego, mantendo- claro contraste entre o- litoral do continente, mais densamen­
-se até aos anos de 1990, para reduzir, depois, com a deslo- te povoado, e o interior e as duas regiões autónomas, com
calização industrial e a digitalização e automatização da tec­ menor densidade populacional. Verifica-se uma densidade
nologia industrial. O setor terciário (III), em 1950, representava demográfica superior à média nacional na maioria dos con­
menos de Vi do emprego e tem vindo a crescer cada vez mais, celhos do litoral ocidental, de Viana do Castelo a Setúbal, na
representando, em 2017, cerca de % do emprego. faixa litoral algarvia, na vertente sul da Madeira e nas ilhas de
6. As características da estrutura etária da população residen­ São Miguel e da Terceira.
te em Portugal e os níveis de escolaridade ainda inferiores, em Os principais fatores físicos - características de relevo, clima
média, aos da UE levantam problemas sociodemográficos que e solos - assim como os fatores humanos - condições de vida e
se relacionam, sobretudo, com a sustentabilidade da Seguran­ desenvolvimento das atividades económicas - explicam as de­
ça Social (envelhecimento demográfico) e a competitividade sigualdades na distribuição espacial da população portuguesa.
da nossa economia (níveis de escolaridade). No litoral, a conjugação de um relevo menos acidentado e do
O envelhecimento demográfico provoca a redução da popula­ clima mais ameno e húmido, permitiu a formação de solos mais
ção em idade ativa, sobretudo as classes etárias com menos férteis, assim como proporcionou maior acessibilidade interior
de 40 anos, reduzindo as receitas da Segurança Social, ao e exterior. Deu-se, assim, uma maior fixação de população e
mesmo tempo que faz aumentar a população idosa, aumen­ maior desenvolvimento da agricultura e do comércio que, por
tando as despesas com as pensões de reforma e ainda as da sua vez. levaram á construção de mais infraestruturas viárias,
saúde e dos cuidados sociais, levando, assim, a um desequi­ aumentando a acessibilidade e atraindo novas atividades eco­
líbrio das contas da Segurança Social que põe em risco as nómicas que geraram riqueza e emprego. Assim, às melhores
pensões de reforma dos ativos atuais. condições físicas juntaram-se fatores humanos atrativos que
Os níveis de escolaridade colocam as nossas empresas em des­ reforçaram a atratividade do litoral e, por isso, aumentaram
vantagem competitiva, sobretudo no mercado comunitário, pois a tendência de litoralizaçao.. Nas AM de Lisboa e do Porto, a
ainda induzem uma reduzida produtividade do trabalho, tanto maior concentração de atividades económicas explica a eleva­
dos empresários e quadros dirigentes, como dos colaboradores. da densidade de construção urbana e demográfica.
7. A resolução do problemas derivados do envelhecimento No interior, o relevo mais acidentado, a norte do Tejo, e o cli­
demográfico implica a adoção de medidas de rejuvenesci­ ma mais rigoroso (com maior amplitude térmica) e mais seco,
mento da população, através de: sobretudo no vale superior do Douro e em todo o sul do país
• incentivos ao aumento da natalidade - apoio financeiro (pelo afastamento do mar e pela influência dos ventos secos da
às famílias, emprego mais seguro e melhor remunerado, Península Ibérica), explicam os solos mais pobres e a sua menor
regras do mercado de trabalho que permitam uma melhor atratividade para a população e as atividades económicas, o
conciliação da vida profissional e familiar (creches, redução que resultou numa baixa densidade populacional e num menor
e flexibilização dos horários de trabalho, etc.); desenvolvimento humano.
• incentivos à imigração legal, acompanhada de políticas de Nos Açores e na Madeira, o principal fator é a insularidade,
integração social e no mercado de trabalho. que as torna regiões periféricas com menor acessibilidade e,
Para elevar os níveis de escolaridade, é necessário continuar a por isso, menos atrativas, podendo excetuar-se o Funchal e
apostar e a investir na educação, diversificando percursos es­ concelhos vizinhos da vertente sul, principalmente devido à
colares, de modo a responder às diferentes características e dinâmica portuária e, sobretudo, do turismo. A Madeira é con­
aptidões dos alunos, para que se reduza o abandono escolar siderada. desde há muito, o melhor destino insular da Europa.
e o insucesso. Ao mesmo tempo, podem ser criados incentivos
para as empresas proporcionarem ações de aprendizagem ao
longo da vida (ALV) aos seus colaboradores e também medidas
que incentivem os cidadãos a procurarem essa aprendizagem,
por exemplo, permitindo deduzir as despesas com ALV, no IRS.

284
3. As migrações ajudaram a reforçar o contraste entre o litoral de produção; os minérios metálicos, como menor vollume de
e o interior de Portugal continental e a menor densidade da produção, apresentam o maior valor produzido; o subsetor
maioria das ilhas portuguesas: das águas encontra-se em terceiro lugar nos três indicadores.
• O êxodo rural e a emigração, nas décadas de 50 e 60, Quanto á contribuição para o valor total da indústria extrativa,
levaram à perda de grande parte da população jovem e destacam-se os minérios metálicos, seguindo-se os minerais
jovem adulta do interior e das ilhas, provocando o seu en­ de construção, as águas e, em último lugar, com um valor mui­
velhecimento demográfico. to inferior, os minerais industriais.
• No litoral do continente, sobretudo nas AM de Lisboa e do 3. O mapa da fig. 1 representa o valor da produção de minas e
Porto, e nos concelhos do Funchal e de Ponta Delgada, o pedreiras, por distrito, em Portugal continental.
êxodo rural fez aumentar a população, atenuando a perda 4. Os distritos com maior valor de produção são Beja, muito des­
demográfica da emigração. tacado dos restantes, seguindo-se Santarém, Leiria, Porto e Évora.
• Nos anos 70, com o regresso de grande número de por­ 5. São as jazidas de Neves-Corvo e de Aljustrel.
tugueses das ex-colónias, e de 1992 a 2005, com o maior No Maciço Antigo, são extraídos todos os minerais referi­
fluxo imigratório registado em Portugal, a AM de Lisboa, dos no documento 1, exceto os calcários; b. Na Orla Sedimen­
o Algarve e o Oeste tiveram um aumento significativo da tar Ocidental são extraídos calcários.
população, uma vez que foi nestas regiões que se fixou o Para cada minério ecada mineral há um símbolo diferente.
maior número de imigrantes. S. a. Os minerais industriais são mais explorados nos distritos
Podemos, assim, concluir que as migrações acentuaram o situados nas Orlas Sedimentares e nas Bacias Sedimentares
contraste demográfico entre o litoral e o interior do conti­ do Tejo e Sado, destacando-se: o caulino, em Aveiro e Leiria;
nente, acentuando a litoralização e também a bipolarizaçâo. o calcário para indústria em Lisboa, Setúbal e Faro; e o sal-ge-
4. A forte pressão demográfica do litoral, tal como o despo- ma, em Lisboa e em Faro, com a unidade de maior produção
voamento do interior, levantam problemas e têm custos eco­ em Loulé; b. Os minérios metálicos são mais explorados em
nómicos e sociais importantes: distritos situados no Maciço Antigo, destacando-se os distritos
• no litoral - o desordenamento do espaço; a sobrelotação de Beja, em cobre e zinco; Castelo Branco, em tungsténio; e a
dos equipamentos e das infraestruturas; a degradação am­ Guarda, em estanho; c, Resposta individual.
biental e a desqualificação social e humana;
• no interior - abandono de campos e áreas florestais; a fra­ Pp.52 e53
ca oferta de bens e serviços; a degradação do património 1. Para cada mineral há um símbolo diferente.
e a falta de infraestruturas, serviços e de acessibilidade. 2. a. No Maciço Hespérico, os minerais mais explorados são
5. Para atenuar esses contrastes é necessário implementar o granito, o xisto, a ardósia e os mármores; b. Nas orlas sedi­
medidas que permitam promover uma maior coesão territo­ mentares, os minerais mais explorados são os calcários sedi­
rial, como por exemplo: aumentar a acessibilidade das regiões mentares e micro cristalinos, as margas e a brita calcária.
do interior, melhorando as infraestruturas rodo e ferroviárias 3. a. Maior volume de produção - agregados; b. Maior valor
e os serviços dos aeródromos e do aeroporto de Beja; criar de produção - rochas ornamentais.
incentivos fiscais à fixação de empresas e benefícios sociais e 4. As ocorrências de águas termais e minerais são em maior
salariais para os profissionais qualificados e melhorar a oferta número no Maciço Hespérico, sobretudo a norte do Tejo. Na
dos serviços de apoio à população e às empresas. Orla Ocidental existem algumas ocorrências determas e águas
minerais e de nascente e na Orla Meridional existem apenas as
termas de Monchique, também com engarrafamento de água
mineral. Nas Bacias do Tejo e do Sado, apenas existem duas
Subtema 1 - Os recursos do subsolo unidades de engarrafamento de águas de nascente.
5. As termas de Monchique, com o maior número de aquistas
P. 49 (inscrições), obtêm um valor muito inferior ás de São Pedro do
1. Em Portugal continental distinguem-se três unidades geo- Sul, com um menor número de inscrições.
morfológicas: o Maciço Hespérico ou Antigo, as Orlas Sedi­ Esta discrepância relaciona-se com a qualidade e diversida­
mentares (ocidental e meridional) e as Bacias Sedimentares de de tratamentos e serviços oferecidos nas termas e também
do Tejo e do Sado.
com a diversidade de atividades de turismo e lazer associados
2. O Maciço Hespérico é a unidade geomorfológica mais an­
às termas.
tiga, constituída por grande diversidade de rochas plutónicas
A produção de águas minerais e de nascente tem uma ten­
de grande dureza, como o xisto e o granito. Assim, exploram-
dência crescente iniciada no final do século XX.
-se os minerais metálicos e energéticos, assim como as ro­
Registou-se uma quebra de 2012 a 2014, motivada pela crise
chas ornamentais cristalinas (mármores e granitos) e as águas
económica, mas o crescimento foi retomado nos anos seguin­
minerais, de nascente e as ocorrências termais. As Orlas Se­
tes, atingindo mais de 1400 milhões de litros, em 2017.
dimentares são constituídas por rochas sedimentares, desde
as mais compactas, como os calcários e margas, às detríticas,
Pp. 54 e 55
como as areias, arenitos e argila. Na serra de Sintra, de origem
1. a. Há quatro bacias de concessão de prospeção de petró­
vulcânica, exploram-se também os granitos, as pedras calcárias
leo: uma em terra, a Bacia Lusítânica; três no mar, as bacias de
e o basalto. Nas Bacias Sedimentares do Tejo e do Sado ex­
Peniche, do Alentejo e do Algarve; b. Em São Miguel, no Pico
pio ram-se rochas detríticas - areias, arenitos, argila e cascalho.
Vermelho e na Ribeira Grande, e na Terceira, no Pico Alto.
2. Lares, Pego CCGT e Ribatejo - gás natural; Pego e Fisigen
Pp. 50 e 51
- carvão.
1. A tabela 1 representa o emprego e a produção (em volume
3. As centrais termoelétricas situam-se no litoral, para benefi­
e valor) da indústria extrativa, em Portugal.
ciar da proximidade dos portos marítimos, poironde entram os
2. Na indústria extrativa, destacam-se os minerais para cons­
combustíveis fósseis. Apenas as duias centrais do Pego (Abran-
trução, quanto ao emprego e volume de produção; os mine­
tes) estão no interior, poisa construção da primeira central deu-
rais industriais têm os menores valores do emprego, do valor
-se quando ainda havia exploração de carvão naquela região.

285
4. O gráfico representa a evolução do consumo de energia, Com o encerramento das minas e pedreiras, o abandono
em milhões de tep, desde 1996 a 2016. desses espaços torna-os perigosos para o ambiente, pela in­
5. De facto, a informação do gráfico confirma que houve um filtração de resíduos das escombreiras e antigos tanques de
crescimento do consumo até 2005, verificando-se, a partir de lavagem de minerais, e para a população, que pode ser afe­
2006, um decréscimo acentuado. Em 2015 e 2016, a tendên­ tada pela escorrência desses resíduos e pela contaminação
cia crescente foi retomada. dos solos e das águas e, além disso, fica sujeita a acidentes
6. Verifica-se que, nos distritos do litoral, sobretudo Porto, Lis­ resultantes da insegurança desses espaços.
boa e Setúbal, o consumo de energia é maior. No caso da 5. Os recursos do subsolo são recursos endógenos com valor
gasolina sem chumbo, a representação por concelhos permi­ económico e com capacidade de induzir desenvolvimento nas
te ainda verificar que, no interior e nas regiões autónomas, áreas rurais do interior, onde são mais explorados. Podemos
os concelhos das principais cidades, também apresentam um tomar como exemplo a extração de rochas ornamentais, como
consumo elevado, permitindo inferir que no caso da eletricida­ o mármore, o granito ou o xisto, que atrai investimento da in­
de e da gasolina tal também acontece. dústria extrativa, criando emprego e gerando riqueza na re­
gião. Este contributo pode ser alargado se forem criadas con­
Avaliação (Pp. 60 e 61) dições para a fixação da indústria transformadora das rochas
I. 1 - C; 2 - F; 3 - G; 4 - A; 5 - E; 6 - B; 7 - C; 8 - D. extraídas, para aplicação na decoração de edifícios, constru­
II. 1 A - Maciço Hespérico; B - Bacias Sedimentares do Tejo ção de mobiliário, estatuária, etc., de modo a diversificar o te­
e do Sado; C - Orlas Sedimentares {Ocidental e Meridional). cido empresarial e a aumentar a oferta de emprego e a fixação
2. 1 - Cobre e zinco; 2 - Caulino; 3 - Sal-gema; 4 - Rochas de população que, por sua vez, induzirá a dinamização do co­
ornamentais; 5 - Calcário sedimentar, 6 - Águas minerais. mércio, dos serviços, da construção e da atividade imobiliária.
3. O Maciço Hespérico tem mais ocorrências de recursos As unidades de exploração desativadas, ou mesmo em funcio­
hidrominerais. namento, podem ainda ser aproveitadas para a dinamização
4. A maior riqueza hidromineral do Maciço Hespérico deve-se, de atividades culturais e artísticas, nomeadamente relacio­
em primeiro lugar, à grande diversidade geológica, que o tor­ nadas com a escultura e o trabalho das pedras naturais para
na rico em minerais, ao grande número de falhas tectónicas, decoração, potenciando o desenvolvimento scciocultural da
que permitem a existência de águas termais, e à maior abun­ região, o que também contribuirá para o emprego especializa­
dância de precipitação a norte do rio Tejo, o que permite a do e para a criação de riqueza, associada ã atividade turística
existência de maior número de nascentes. e cultural.
5. As termas e as oficinas de engarrafamento são empresas
que geram riqueza e criam emprego, contribuindo para a fi­
xação da população. Ao atraírem pessoas de fora da região
permitem o desenvolvimento de outras atividades, como os Subtema 2 - A radiação solar
transportes, o artesanato, o comércio, a restauração e os ser­
viços de lazer e turismo. Assim, tornam-se fatores de desen­ Pp. 64 e 65
volvimento das regiões em que se inserem. O gráfico representa a variação anual da radiação solar glo­
III. 1 - B; 2 - B; 3 - C; 4 - A. bal, em kWh/m2, nas estações meteorológicas de Faro, Lisboa,
IV. 1. O Maciço Hespérico é a unidade geomorfológica mais Penhas Douradas, Porto e Bragança.
antiga, sendo constituída por grande diversidade de rochas 2. a. O valor mínimo ocorre nas Penhas Douradas, em dezem­
plutónicas de grande dureza, como o xisto e o granito. Assim, bro; b O valor máximo ocorre em Beja, em julho.
exploram-se os minerais metálicos e energéticos, tal como as 3. Em Faro, de janeiro a dezembro, registam-se valores de ra­
rochas ornamentais cristalinas {mármores e granitos) e as águas diação global superiores aos do Porto, em 20 a 30 kWh/m2.
minerais, de nascente e as ocorrências termais. As Orlas Se­ 4. Os mapas representam a radiação média global e dos me­
dimentares são constituídas por rochas sedimentares, desde ses de janeiro e julho, em kWh/m2, sendo os valores repre­
as mais compactas, como os calcários e margas, às detríticas, sentados por uma gradação de cores, desde os tons azuis,
como as areias, arenitos e argila. Na serra de Sintra, de origem valores mais baixos (inverno), aos laranja e vermelho escuro,
vulcânica, exploram-se também os granitos, as pedras calcárias valores mais altos (no- verão).
5. a. Norte litoral e áreas montanhosas: b. Todo o território a
e o basalto. Nas Bacias Sedimentares do Tejo e do Sado ex­
sul do Tejo e a margem morte do seu estuário.
pio ram-se rochas detríticas - areias, arenitos, argila e cascalho.
6. A radiação global, em julho, é superior ã de janeiro, em todo
2. Houve um crescimento do consumo até 2005, devido ao au­
o território, sobretudo no sul e interior. Tal explica-se pela maior
mento do nível de vida e ao desenvolvimento das atividades
obliquidade com que a radiação solar incide na superfície, nos
económicas. A partir de 2006, registou-se um decréscimo acen­
meses de inverno, em que o sol incide mais direta mente nas
tuado, provocado pela crise económica e também pela maior
latitudes do trópico- de Capricórnio (solstício de dezembro). Em
eficiência energética de eletrodomésticos, máquinas industriais
julho, a radiação global é superior, pois o sol incide mais direta­
e veículos de transporte. Em 2015 e 2016, a retoma económica
mente no hemisfério norte [solstício de junho).
voltou a fazer crescer ligeiramente o consumo de energia.
a. Quase todo o Alentejo e Algarve; b. Quase todo o terri­
3. Verifica-se que, nos distritos do litoral, sobretudo Porto, Lis­
tório a norte da cordilheira Central, sobretudo nas áreas de
boa e Setúbal, o consumo de energia é maior. No caso da
montanha.
gasolina sem chumbo, a representação por concelhos permi­
8. Verifica-se que a radiação global da Madeira, sobretudo na
te ainda verificar que, no interior e nas regiões autónomas,
vertente sul, é superior ã dos Açores, logo., terá maior insola­
os concelhos das principais cidades também apresentam um
ção. Já em relação ao Algarve, a Madeira recebe menos radia­
consumo elevado.
ção global, pelo que terá menor insolação.
4. A exploração de minas e pedreiras tem riscos ambientais,
que começam pela degradação da paisagem e redução da
Pp.66 e 67
biodiversidade e, em muitos casos, levam à contaminação de
1, O mapa representa a distribuição espacial da temperatura
solos e águas com resíduos tóxicos e radioativos, ameaçando
média anual em Portugal, com uma gradação de cores: tons
o equilíbrio ambiental e a segurança da população.

286
de azul (valores mais baixos), de verde e amarelo (valores in­ Os mapas representam o potencial cie aproveitamento tér­
termédios) e de laranja e vermelho (valores mais altos). mico e foto voltaico, com classes de níveis desde o baixo (ama­
2. a. Verifica-se que, em média, o sul é mais quente do que o relo claro) ac elevado e muito elevado (tons de vermelho).
norte, diminuindo a temperatura desde o litoral do Algarve (va­ . O maior potencial de aproveitamento térmico verifica-se
lores superiores) ao extremo norte e áreas mais altas (valores a sul do rio Tejo, sobretudo no- interior do Alentejo e em qua­
mais baixos); b. Do litoral para o interior também há uma varia­ se todo o Algarve; b. O maior potencial de aproveitamento
ção. A norte do Tejo, diminui do litoral para o interior, enquanto a foto voltaico verifica-se na região de Lisboa e grande parte do
sul, aumenta do litoral ocidental para o interior, sendo mais alta Alentejo e Algarve.
no litoral algarvio. O maior potencial dessas áreas deve-se à sua posição geo­
3. As isotérmicas de janeiro têm valores que vão dos 12 °C, gráfica, mais a sul, e, assim, com mais radiação solar e, sobre­
no sudoeste do Algarve, até 7 °C, no extremo nordeste do tudo no interior, também com maior insolação.
país, diminuindo de sudoeste para nordeste. Por seu lado,
as isotérmicas de julho apresentam valores superiores aos Avaliação (P, 71)
de janeiro, desde os 28 °C, no vale superior do Douro, até I. 1 - B; 2 - D; 3 - A; 2 - F: E - C; 6 - E
aos 17 °C, no cabo Carvoeiro, diminuindo, assim, do interior II. 1 - F; 2 - V; 3 - V; 4 - F; 5 - F: 6 - V.
para o litoral. III. 1 - C; 2 - A.
4. A temperatura média é mais alta em julho, devido à maior radia­ IV. 1. A radiação solar que atinge o topo da atmosfera passa
ção global, maior insolação e maior duração do dia, face a janeiro. pelos processos de reflexão, difusão e absorção, que confe­
5. a. As isotérmicas, em janeiro, dispõem-se obliquamente à rem à atmosfera uma função de proteção da Terra. Uma pe­
linha de costa, sendo evidente a influência da latitude e o re­ quena parte é também refletida pela superfície terrestre, pelo
levo mais alto, a norte; b. As isotérmicas, em julho, dispõem-se que só um pouco menos de metade (48%) é absorvida pela
quase paralelamente à linha de costa, com uma inflexão: superfície terrestre.
• para oeste, no vale superior do Douro, que é perpendicular A obliquidade com que a radiação solar incide sobre a su­
à fronteira, permitindo a penetração dos ventos quentes e perfície terrestre é menor no equador e vai aumentado para
secos que sopram de leste, da península sobreaquecida; os polos, pelo que a energia solar se dispersa por uma super­
• para nordeste, no vale do Mondego, que é oblíquo à linha fície cada vez maior e máxima nas latitudes elevadas. Por isso,
de costa, permitindo a entrada dos ventos de oeste, fres­ a radiação global - quantidade de energia solar que atinge a
cos e húmidos, até ao interior. superfície - diminuí com a latitude.
6. O mapa representa a distribuição espacial da amplitude 3 A variação sazonal da radiação global, em Portugal, relacio-
de variação térmica anual, numa gradação de cores, desde na-se com a situação geográfica, numa latitude quase subtropi­
o amarelo (valores mais baixos), ao vermelho escuro (valores cal, recebendo a radiação solar de forma mais direta nos meses
mais altos). de verão, pela posição do Sol no solstício de junho, e com maior
7. Os valores da amplitude térmica anual são mais baixos no obliquidade no inverno (solstício de dezembro), determinando,
litoral (8 °C a 10 °C), devido ao efeito moderador do mar sobre assim, uma radiação global mais elevada no verão.
as temperaturas. Vão aumentando para o interior, onde atin­ 4, A latitude é c principal fator de variação espacial da tempe­
gem 16 °C, junto à fronteira, nos vales do Guadiana, do Tejo ratura, em Portugal, fazendo com que, em média, diminua de
e do Douro, neste último com uma maior inflexão para oeste, sul para norte. Porém, em janeiro, essa variação faz-se sobre­
devido à influência dos ventos secos da península, frios no tudo de sudoeste para sudeste, devido à influência continen­
inverno e quentes no verão, que reforçam o efeito do afasta­ tal que reduz mais a temperatura no interior. Em julho, com a
mento do mar, ampliando a variação térmica anual. radiação solar a incidir mais próximo da perpendicular, esba-
te-se um pouco a diferença entre o sul e o norte, evidencían-
Pp. 68 e 69 do-se mais a influência oceânica no litoral. Daí a disposição
1. O mapa representa a radiação global na Europa, com uma das isotérmicas paralelamente à linha de costa, aumentando a
gradação de cores desde os tons de azul (valores mais baixos) temperatura do litoral para o interior.
aos verdes e amarelos (valores intermédios) e aos tons de la­ 5. A radiação global constitui um recurso económico porque
ranja e vermelho (valores mais altos). a ela se associam as temperaturas amenas do inverno e altas
2. Portugal, tal como a Espanha, inserido na Europa do Sul e no verão, com grande número de dias sem nebulosidade, o
atingindo latitudes inferiores às da Itália e da Grécia, recebe que permite:
valores de radiação global superiores aos de todo o restante * desenvolver a atividade turística pratica mente ao longo de
território europeu, onde a radiação global diminui para norte, todo o ano, sobretudo no Algarve e Madeira, mas também
mais acentuada mente no noroeste, devido à influência maríti­ no resto do país, com impactes muito positivos na econo­
ma, que gera mais nebulosidade. mia nacional;
3. A produção fotovoltaica - energia elétrica a partir da luz * fazer o aproveitamento térmico e fotovoltaico da energia
solar - aumentou acentuadamente desde 2009 até 2018, pas­ solar e, deste modo, reduzir a importação e utilização de
sando de 110 para 590 megaWatt. combustíveis fósseis, contribuindo para o maior equilíbrio
4. O investimento na produção fotovoltaica tem vindo a inten­ da balança energética e, ao mesmo tempo, reforçara redu­
sifica r-se, permitindo aproveitar um recurso natural abundan­ ção da emissão de gases com efeito de estufa.
te, produzindo uma forma de energia sem emissões e contri­
buindo para reduzir as importações de combustíveis fósseis.
5. A produção fotovoltaica é maior no Alentejo, com 34%, se­
Subtema 3 - Os recursos hídricos
guido de Lisboa, apenas com 19%, e do Centro, com 17%. O
grande destaque do Alentejo explica-se pela elevada radia­
P. 73
ção solar desta região, desde o litoral ao interior, pela latitude
1. Ao nível da circulação geral da atmosfera, as depressões ba­
mais baixa e pela menor nebulosidade devido ao clima mais
rométricas influenciam a zona equatorial e as latitudes subpola-
seco. Além disso, sendo pouco habitado, dispõe do espaço
res, os anticiclones influenciam as zonas polares e subtropicais.
necessário para a instalação fotovoltaica.

287
Pp. 74 e 75 Pp. 80 e 81
1. Em todas as cidades, a precipitação de dezembro a março 1. Verifica num mapa geral se respondeste bem.
é bastante superior à dos meses de verão. 2. Está representado o escoamento médio, em mm, das bacias
2. A comparação entre as diferentes cidades evidencia a re­ do Douro. Tejo e Guadiana, para os meses de janeiro e julho.
dução da precipitação de norte para sul (p. ex.: Braga e Faro) e 3. Nas três bacias, o escoamento médio de janeiro é muito
também de oeste para este (p. ex.: Braga e Bragança). superior ao de julho.
3. A situação geográfica de Portugal coloca-o sob a influência 4. a O Douro apresenta maior escoamento médio devido aos
das massas de ar e centros barométricos que afetam o Atlân­ maiores valores de precipitação, que diminui de norte para
tico Norte e a Europa. sul, pelo que o Guadiana é o que apresenta menor escoamen­
4. a. Depressão barométrica; b. Anticiclone. to médio; b. O maior escoamento de janeiro deve-se à preci­
5. a As frentes frias representam-se por triângulos; b As fren­ pitação mais abundante, por influência das baixas pressões
tes quentes representam-se por semicírculos. subpolares, deslocadas para sul, no inverno.
6. a. Na frente fria, as nuvens são de desenvolvimento vertical
e na quente, são de desenvolvimento horizontal; b. Na frente Pp.82 e83
fria, a precipitação é intensa e de curta duração (aguaceiros) e na 1. A azul estão representadas as albufeiras de produção e a
quente, é mais fraca e de duração mais prolongada. vermelho, as de retenção.
2. As bacias hidrográficas do Norte e Centro [Minho, Lima,
Pp. 76 e 77 Cávado, Ave, Douro. Vouga, Mondego e Tejo), têm mais albu­
1 No mapa, as classes variam de <500 mm a 3000 mm, com feiras de produção, enquanto que o Sado, o Guadiana e as Ri­
uma gradação de cor que vai do amarelo (até 500 mm) e azul beiras do Oeste e do Algarve têm mais albufeiras de retenção.
claro até ao azul mais escuro (2500 mm a 3000 mm). 3. No sul, o relevo mais plano e de vales abertos dificulta a
2. a. A precipitação apresenta um forte contraste entre o construção de barragens, além de haver fracos caudais.
norte, mais chuvoso, e o sul, bastante menos chuvoso; o lito­ As unidades hidrogeológicas coincidem com as geomor-
ral, com mais precipitação, sobretudo a norte da cordilheira fológicas: Maciço Hespérico, Orlas Sedimentares Ocidental e
Central, e o interior, mais seco, destacando-se o vale superior Meridional e Bacias do Tejo e do Sado.
do Douro e o interior alentejano; b. A precipitação apresen­ A legenda indica-nos a produtividade aquífera, que é menor
ta um forte contraste entre a vertente norte da Madeira, com nas áreas a verde e azul claro e maior nas áreas a azul menos
valores de precipitação muito mais altos, e a vertente sul, so­ claro e azul escuro.
bretudo na região do Funchal; c. Em São Miguel, a área do 5. A produtividade aquífera depende da permeabilidade das
Nordeste é a mais chuvosa, devido à altitude e, a oeste, na formações rochosas, que é maior na Orla Sedimentar Ociden­
elevação das Sete Cidades, a precipitação é menor, mas com tal e ainda superior nas Bacias do Tejo e do Sado.
valores superiores aos da parte central da ilha, onde se des­
taca o pico do Fogo e as áreas de Ponta Delgada e Ribeira Pp.84 e 85
Grande, com os valores mais baixos. 1. a. Norte, Centro, Alentejo e Algarve; b- AM de Lisboa e Madeira.
2. No Norte predominam as rochas impermeáveis do Maciço
Pp. 78 e 79 Hespérico e há maior disponibilidade de água superficial, en­
1. a. Em Braga registam-se valores mais elevados de precipi­ quanto a AM de Lisboa se encontra na área de maior produti­
tação e apenas dois meses secos, enquanto em Faro, além vidade aquífera.
de valores mais baixos, há cinco meses secos; b. Em Braga 3. A população servida pela rede pública de água passou de
registam-se valores mais elevados de precipitação do que em menos de 50%, em 1970, para 95%, em 2010, ao mesmo tem­
Bragança, mas com o mesmo número de meses secos - dois; po que a monitorização da sua qualidade passou dos 50%, em
c. Os valores de precipitação são semelhantes, no inverno, 1993, para 100%, em 2017.
mas mais baixos, em Braga, no verão, pois em S. C. das Flores 4. No mapa, as cores da legenda indicam, com azul mais claro,
não há meses secos; d. Nas Penhas Douradas, registam-se a classe com menos de 90% e vai escurecendo até mais de
valores de precipitação muito superiores, com dois meses se­ 98% de população servida pela rede pública de água.
cos, que em Coimbra podem chegar a três e, mais raramente, 5. a, O Tâmega e Sousa, onde há muitas famílias que se abas­
a quatro; e. Santana apresenta valores de precipitação muito tecem de furos próprios; e o Alentejo Litoral, sobretudo devi­
superiores e apenas um mês seco. O Funchal, além de menos do ao fraco povoamento- e também ao abastecimento próprio;
precipitação, tem cinco meses secos. b. Todas as do litoral, desde a AML ã Região de Aveiro,
2. a. A diferença deve-se à latitude, mais baixa em Faro, sen­ e a Madeira.
do que, em Braga, ao efeito da latitude se junta o do relevo
concordante com a linha de costa; b. Nas Penhas Douradas, a Pp.86 e87
altitude explica a precipitação mais abundante; c. A diferença A população servida por redes de drenagem de águas resi­
deve-se à latitude mais alta, que coloca S. C. das Flores sob duais passou de pouco mais de 60%, em 1990, para mais de
maior influência das baixas pressões subpolares; d. Santana, na 80%, em 2016, ao mesmo tempo que, no tratamento, passou
vertente norte da ilha, está exposta aos ventos dominantes, hú­ de cerca de 40%, em 1998, para quase 80%, em 2015.
midos, de noroeste. A vertente funciona como uma barreira de 2. No mapa, as cores da legenda indicam, com uma gradação
condensação. O Funchal encontra-se na vertente sul, abrigada de azul, a variação espacial da população servida por rede de
dos ventos dominantes, pelo que recebe menos humidade. drenagem e, em número, as E-AR.
3. Seis classes representativas das diferenças climáticas face 3. a. As NUTS III do litoral, com exceção do Lima e da AM de
ao clima mediterrânico, que é dominante. Lisboa, e ainda Alto Tâmega, Beiras e Serra da Estrela, Médio
4. Sta. Cruz das Flores; Ponta Delgada, Braga e Coimbra - do­ Tejo e Lezíria do Tejo; b. Apenas a AM de Lisboa.
mínio atlântico; Beja, Faro e Funchal - domínio mediterrânico
acentuado; Bragança - domínio continental; Penhas Doura­ Pp.88 e89
das - domínio continental, sendo também influenciada pela 1, Verifica a resposta ma figura 1.
altitude.

288
Avaliação (Pp. 92 e 93) Pp.96 e 97
I. 1 - F; 2 - G; 3 - A; 4 - H; 5 - C; 6 - B; 7 - D; 8 - E. 1. Os mapas representam a relação entre a configuração da
II. 1 - V; 2 - F; 3 - V; 4 - F; 5 - F; 6 - F; 7 - V; 8 - F; 9 - V; linha de costa, pouco recortada, e as formações geológicas
10-V que contactam com o mar.
III. 1 - D; 2 - B; 3 - B; 4 - A. 2. A costa baixa e rochosa encontra-se a norte de Espinho,
IV. 1. Em Portugal, a precipitação anual diminui de norte para sul em granito e xisto (Maciço Antigo). A costa de praia, talhada
e de oeste para este, apresentando valores superiores no in­ em arenitos, encontra-se de Espinho a São Pedro de Moei, da
verno. Esta variação deve-se, em primeiro lugar, à influência das Nazaré a Peniche, no estuário do Tejo, na costa de Tróia e de
massas de ar e dos centros de pressão barométricos que colo­ Santo André e no sota vento algarvio. A costa de arriba alta
cam o norte, sobretudo o litoral, sob maior influência das pertur­ coincide com os troços da linha de costa talhados em:
bações da frente polar, principalmente no inverno, enquanto o * calcário recente, da Nazaré ao cabo da Roca, na costa de
sul é mais influenciado pelo anticiclone dos Açores, mesmo no Setúbal e no barlavento algarvio;
inverno, embora com menor influência do que no verão. * xisto, no litoral alentejano, do cabo de Sines para sul.
2. As bacias hidrográficas portuguesas são Minho, Lima, Cá­ Na margem norte do estuário do Tejo e na costa de Caparica,
vado, Ave, Douro, Vouga, Mondego, Tejo, Sado, Guadiana, encontram-se os maiores troços de arriba morta da linha de
Ribeiras do Oeste, do Algarve, da Madeira e dos Açores. A costa portuguesa.
irregularidade da precipitação reflete-se nas disponibilidades 3. Os acidentes do litoral português associam-se a caracte­
hídricas, maiores a norte e no inverno, o que explica o menor rísticas específicas da linha de costa. No litoral ocidental, a
escoamento e a maior irregularidade dos caudais registados norte do Tejo, encontram-se, de norte para sul, a ria de Aveiro,
nas bacias do suk a concha de São Martinho do Porto e o tômbolo de Peniche.
3. No noroeste, a precipitação é mais abundante porque se jun­ Seguem-se os estuários do Tejo e do Sado e, no litoral sul,
tam a precipitação frontal, por influência mais frequente das baixas destaca-se a ria Formosa ou ria de Faro.
pressões subpolares, e as chuvas orográficas, devido às monta­ 4. Figueira da Foz, a sul do cabo Mondego, e Sesimbra, a sul
nhas de noroeste que funcionam como barreira de condensação. do cabo Espichei.
4. O desfasamento entre a época de maior precipitação e a A plataforma continental é mais estreita na zona da Naza­
de maiores necessidades de consumo torna imprescindível a ré, devido ao vale submarino estreito e profundo (canhão da
construção de infra estruturas - barragens - que permitam re­ Nazaré), responsável pelas famosas ondas gigantes da praia
ter e armazenar a água, de modo a manter as disponibilidades do Norte. É mais larga na zona de Aveiro e Figueira da Foz,
hídricas ao longo de todo o ano. atingindo a maior extensão ao largo do cabo da Roca.
5. A construção de uma barragem aumenta muito o potencial
de desenvolvimento da região, uma vez que permite: alargar a Pp. 98 e 99
área de regadio, para diversificar as culturas e aumentar a pro­ 1. Os gráficos representam a estrutura etária e os níveis de
dução; desenvolver indústrias agroalimentares e de tecnolo­ instrução dos ativos da pesca.
gia agrícola; criar serviços de apoio às empresas e infraestru- 2. A classe etária dominante é a dos 35 a 54 anos, verificando-
turas e serviços de lazer e turismo, com efeitos multiplicadores -se que a percentagem de pescadores com menos de 35 anos
noutras atividades económicas e culturais e na valorização do é pouco superior à dos 55 anos e mais. Mais de % dos ativos
património natural, histórico e cultural. Tudo isto promoverá da pesca detêm apenas o 2° ciclo de escolaridade e apenas
o desenvolvimento da região e contribuirá para atrair e fixar 7% têm o ensino secundário ou superior.
população. Um bom exemplo é a barragem do Alqueva. 3 As tabelas representam a evolução do número de embarca­
6. A convenção de Albufeira, assinada em 1998, visa promo­ ções e a capacidade da frota — arqueação bruta medida em
ver a gestão das bacias hidrográficas luso-espanholas, basea­ GT (gross tonoge, em inglês) que indica o volume de todos os
da nos princípios da sustentabilidade, da cooperação e da so­ espaços internos de um navio.
lidariedade que os dois países deverão respeitar. Assim, foram Tendo em conta as classes de GT, verifica-se que as de
definidas regas de utilização e cooperação que permitem gerir menor dimensão (< 5GT) são a grande maioria das embar­
a utilização da água em benefício dos dois signatários e sem cações (84% do tocai), enquanto as embarcações com 5 GT
prejuízo de nenhum deles. Para Portugal, esta convenção é a 100 GT representam apenas 13,8% e as que têm mais de
ainda mais importante, uma vez que é no território português 100 GT são apenas 2.2 % do total da frota. Porém, são esses
que se localizam os cursos inferiores dos rios ibéricos, cuja 2% (um número reduzido de embarcações) que concentram
quantidade e qualidade da água dependerá do uso que dela 64% do total de arqueação bruta, detendo % da capacidade da
tiver sido feito a montante. Daí a importância da Comissão de frota, enquanto as numerosas embarcações de menor dimen­
Aplicação e Desenvolvimento da Convenção da Albufeira e são representam menos de 10% da capacidade total nacional.
da atenção que as autoridades portuguesas competentes de­
verão prestar a todas as intervenções na parte espanhola das Pp. 100 e 101
bacias hidrográficas. . O mapa representa os portos de pesca e respetivos volu­
mes de descarga de pescado, equipamentos e serviços que
oferecem.
2. a. Com maior volume de descargas, destacam-se Sesimbra,
Subtema 4 - Os recursos marítimos
Matosinhos e Peniche; b. Na oferta de equipamentos, desta-
ca-se o porto de Matosinhos, com dez equipamentos e servi­
P. 95
ços, seguido dos da Póvoa de Varzim, Aveiro. Figueira da Foz
1. O alargamento da plataforma continental terá vantagens
e Sines, todos com sete equipamentos e serviços.
como: maior disponibilidade de minerais metálicos para ex­
3. O gráfico representa as espécies mais capturadas pela frota
plorar e comercializar, maiores oportunidades de investiga­
portuguesa, em volume e em valor de mercado.
ção científica no domínio da geologia marinha e da história
Verifica-se que, sendo a cavala a espécie mais capturada,
da navegação comercial e militar, aproveitando o património
o seu valorvem apenas em 7° lugar, ao contrário da sardinha,
cultural submerso.
que sendo a 3.a espécie mais capturada (perdeu o L“ lugar

289
devido às condicionantes das quotas e períodos de defeso), 6. Sendo grande parte cio nosso território constituído por mar
surge em 2.° lugar no valor comercial O carapau, que é a 2? e prevendo-se o seu alargamento, é importante que a econo­
espécie mais capturada, em valor está em 4,° lugar. Ao contrá­ mia volte a considerar a orla costeira e o mar como espaços
rio, o polvo, em 7.° lugar nas capturas, e o atum, em 5.°, sur­ de desenvolvimento e produção de riqueza, nomeadamente,
gem, respetiva mente, em 1.° e 3.° lugar no valor de mercado. através de:
5. As figuras 3 e 4 representam, respetivamente, a evolução * atívi d ades d e tu rismo e lazer;
da aquicultura em número de estabelecimentos e volume de * organização de eventos desportivos e culturais, associa­
produção e o valor produzido segundo o regime de produção. dos ao mar, como campeonatos de surfe vela; expedições
6. O regime extensivo em águas salobras é o que apresenta científicas e observação de espécies marinhas e aves que
maior valor de produção, mais de metade do total. Tal deve-se vivem dele;
ao facto de este regime ser mais praticado nas rias de Aveiro * produção de energia a partir de "ontes renováveis - ma­
e de Faro, onde se verificam as melhores condições naturais, rés, ondas, vento (parques eólicos no mar, aproveitando os
com águas pouco profundas e protegidas das correntes do ventos constantes de oeste);
litoral, ricas em nutrientes naturais e de fácil acesso, mesmo * exploração de recursos minerais, incluindo hidrocarbone-
para pequenos produtores. tos;
7. De 2010 para 2016, registou-se um crescimento na produ­ * a pesca sustentável, profissional e desportiva.
ção de congelados que, nas preparações e conservas, foi li­ A intensa litoralizaçâo tem provocado uma grande pressão
geiramente maior. A produção de produtos secos e salgados urbana sobre o litoral, por vezes com construção urbana na
manteve-se. orla costeira, mesmo sobre arribas e dunas, o que também
leva à poluição com efluentes e com o intenso movimento de
Avaliação (Pp. 106 e 107) navios. A construção de portos e marinas e de infraestrutu-
I. 1 - D; 2 - F; 3 - A; 4 - G; 5 - C; 6 - B; 7 - E. ras de proteção da costa alteram a dinâmica do transporte e
II. 1 - F; 2 - F; 3 - V; 4 - F; 5 - F; 6 - V; 7 - F; 8 - F; 9 - V; deposição de areias, levando à perda de extensas áreas de
10 - V; 11 - F. areal, problema que se acentua com a redução do volume de
III. 1 - C; 2 - A; 3 - D; 4 - C; 5 - B. sedimentos fluviais, devido á construção de barragens e à ex­
IV. 1. A linha de costa portuguesa é pouco recortada, com pou­ ploração de inertes.
cos locais que sirvam de portos naturais. Assim, os portos de A sobre-exploraçâo dos recursos píscícolas é outro proble­
pesca, em Portugal continental, regra geral situam-se no flan­ ma que ameaça a sustentabilidade das espécies e da própria
co sul dos cabos, que os protegem dos ventos de noroeste e pesca.
da deriva do litoral. A tudo isto acresce o já evidente avanço do mar, efeito do
2. Como a plataforma continental é estreita, não temos mui­ aquecimento global, que já levou ao desaparecimento de
ta abundância de pescado, pelo que ganha especial relevo a certas praias e á necessidade de realojamento de população
ocorrência, no verão, do fenómeno de upwelling - subida de dessas áreas costeiras.
águas profundas que arrastam grandes quantidades de nu­ Compreende-se, deste modo, a enorme importância do pla­
trientes do fundo marinho - que favorece o desenvolvimento neamento e ordenamento do litoral e da utilização do mar,
dos cardumes, nomeadamente da sardinha, mais abundante destacando-se:
e carnuda nessa época do ano. Daí a tradição de se comer * os POOC, que regulam as atividades e usos da orla costei­
sardinha no verão. ra e os usos balneares, limitando a construção, regulamen­
3. Com a nossa adesão à União Europeia (então, CEE), o se­ tando as atividades que afetam o litoral e definindo formas
tor das pescas teve apoios comunitários à modernização, de evitar e corrigir as disfunções territoriais, nomeada men­
nomeadamente das embarcações. Assim, as mais antigas e te com a construção de acessos pedonais sobrelevados,
tradicionais foram sendo desativadas, sendo substituídas por que protegem as áreas dunares, e a classificação e qualifi­
embarcações novas, com maior capacidade, mais modernas cação das praias estratégicas para o ambiente e o turismo.
e, por isso, em menor número. O envelhecimento da popu­ Além disso, são também efetuados estudos e adotadas
lação ativa na pesca também contribuiu para o abandono de medidas que permitem prever e mitigar os efeitos do avan­
muitas embarcações, até porque muitos pescadores recebe­ ço do mar, associado às alterações climáticas;
ram incentivos para a reforma antecipada e para o abate das * PSOEM, que visa reforçara posição geopolítica e estra­
suas embarcações. tégica de Portugal e valorizar o mar na economia nacional,
4. Uma boa parte dos estabelecimentos de aquicultura con- contribuindo para o ordenamento internacional da bacia
centram-se nas rias de Aveiro e de Faro e em alguns estuá­ atlântica.
rios. Por isso, a maior produção dá-se em águas salobras, nas
regiões do Centro e do Algarve, onde se destaca o regime
extensivo, que apenas usa alimento natural disponível nos
meios hídricos.
5. A indústria transformadora do pescado é mais importante
nas regiões Norte e Centro e opera principalmente nos se­
tores dos congelados, da salga e secagem e das conservas,
sendo que:
• o dos congelados tem maior produção;
• na salga e secagem, destaca-se o bacalhau;
• nas conservas destacam-se: a sardinha, com mais exporta­
ções; o atum, o mais importante no mercado nacional; e a
cavala, que é também muito exportada.

290
PARTE II -11.° ANO

6. a. Esta diferença reflete-se no volume de negócios, que é


muito superior no Alentejo, sobretudo o volume de negócios
Subtema 1 - As áreas rurais em mudança por exploração; b. O mesmo acontece em relação ao valor
P. 111 acrescentado bruto, concluindo-se que a dimensão física das
1. O documento, de 2018, é retirado do PNPOT - Programa explorações influi na sua dimensão económica - quanto maior
nacional de planeamento e ordenamento do território. a exploração, maior a possibilidade de investimento em tecno­
2. A primeira ideia do documento refere-se à agricultura como logia e inovação, o que garante maior produtividade dos fato­
atividade económica cujas características dependem da inte­ res de produção e, como tal, maior VAB e volume de negócios.
ração de diferentes fatores e que, como setor primário, produz Pp. 118 e 119
matérias-primas para outros setores. A segunda ideia é que 1. Verifica o que representa cada cor
esta função da agricultura gera fluxos entre as áreas rurais e 2. Q valor da produção total aumentou regularmente, graças so­
as áreas urbanas. bretudo ao aumento do ramo vegetal, uma vez que, nos últimos
3. No mapa da fig. 1, as cores que representam atividades mais anos, o ramo animal manteve um valor sensivelmente igual.
associadas às áreas rurais são o amarelo e os três tons de verde. 3. a. São: uva de mesa e para vinho; tomate para a indústria; e,
4. São dominantes nas NUTS III do Norte e Centro interior, as com a mesma percentagem, os hortícolas e a azeitona de mesa
do Alentejo e Minho-Lima, Oeste e Algarve e muito importan­ e para azeite; b. Por região, as principais culturas são: Norte -
tes na Região de Aveiro, de Coimbra e de Leiria, na Lezíria do milho forrageiro, vinha e batata; Centro - milho forrageiro, milho
Tejo e no Médio Tejo. para grão e frutos frescos; AM de Lisboa - tomate para a indús­
5. Apoio à população - escolas de 1.° ciclo e centros de saú­ tria, batata e uva de mesa; Alentejo - tomate para a indústria,
de. Apoio às empresas - aluguer de maquinaria, transportes e milho para grão e azeitona; Algarve - citrinos e frutos frescos;
veterinária, entre outros. Madeira - uva para vinho; Açores - milho para forragem.
6. Esses concelhos coincidem com os de algumas cidades 4. O Alentejo destaca-se no volume de produção devido à
médias do interior. maior extensão de SAU e ao predomínio de explorações de
Pp. 112 e 113 grande dimensão, que também gera capacidade económica
1. As regiões agrárias (RA) são nove, sete no continente e as de investimento e inovação, o que aumenta a produtividade.
duas regiões autónomas. 5. Norte - bovino; Centro - suíno; AM de Lisboa - suíno; Alen­
2. Verifique, num mapa geral, se respondeu corretamente. tejo - ovino; Algarve - ovino; Açores - bovino; Madeira - suíno.
6. São 181 901, que geram 88,1% do VPPT nacional.
Pp. 114 e 115 Cada cor da legenda indica uma OTE - Orientação Técnico-
1. A SAU apresenta a sua maior área no Alentejo (57,7% do -Económica.
total nacional) seguindo-se o Centro e o Norte, que perfazem Trás-os-Montes: viticultura, olivicultura e frutos de casca rija;
cerca de 34%, sendo os restantes cerca de 8% nas outras três Entre Douro e Minho: viticultura e bovinos de leite; Beira Litoral:
regiões - por ordem: Açores, Algarve e Madeira. A grande % viticultura, bovinos de leite e orizicultura; Beira Interior: ovinos,
de SAU no Alentejo, apesar de, em número de explorações, se caprinos e outros herbívoros, fruticultura e olivicultura. Ribatejo
encontrar em terceiro lugar, deve-se à muito maior dimensão e Oeste: horticultura intensiva, fruticultura e olivicultura; Alente­
média das explorações - quase 60 ha, enquanto a dimensão jo: horticultura intensiva, olivicultura, cerealicultura, bovinos de
média que se lhe segue é de apenas 10,7 ha, nos Açores. carne e suinicultura. Algarve: citrinos e frutos de casca rija.
2. A evolução descrita no texto, de 2009 para 2016, compro- 9, a. Nos Açores, o cllima húmido é propício aos prados natu­
va-se pelos seguintes valores do documento 1: o número de rais, que permitem a criação de gado bovino de alta qualida­
explorações diminuiu em 5,4 mil; a área de SAU mantém-se de; b. No interior do continente, a olivicultura ocorre de norte
em 3,6 milhões de ha, correspondente a quase 40% do terri­ a sul e expllica-se pela boa adaptação desta espécie ao clima
tório nacional; a dimensão média das explorações passou de mediterrânico - seco e de solos pobres.
12,0 para 14,1 ha. 10. No gráfico de colunas, representa-se as explorações, por
NUTS II e por classes de dimensão económica (do verde claro
Pp. 116 e 117
- menor - ao verde mais escuro - maior) e, no sectograma, re-
1. Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo.
presenta-se a contribuição de cada uma dessas classes para
2. Diminuiu em todas as NUTS II, destacando-se, com maior
o VPPT nacional.
perda, os Açores e a AM de Lisboa.
11, Em todas as regiões predomina a pequena e muito peque­
3. Os indicadores representados referem-se às características
na dimensão económica, pelo que as pequenas explorações
da população agrícola familiar (PAF) e dos produtores. A PAF
são em maior número, mesmo no Alentejo. Mas o pequeno
e os produtores agrícolas são, na sua maioria, residentes no
número de grandes explorações tem a maior parte da SAU.
Norte e Centro, sem instrução ou apenas com o nível básico,
12. O pequeno número de explorações de média e grande di­
sendo diminuto o número dos que têm escolaridade de nível
mensão económica geram 80% do VPPT nacional, pois a sua di­
secundário ou superior. Mais de metade detém formação pro­
mensão económica dá-lhes capacidade produtiva e permite-lhes
fissional agrícola que, em 8% dos casos, é completa, e quase
continuar a modernizar e a crescer no mercado.
um terço apenas tem formação prática. Quanto à idade, mais
de metade da população agrícola tem mais de 60 anos, sendo Pp. 124 e 125
que apenas 4% tem idade inferior a 40 anos. 1. A agricultura portuguesa está a desenvolver-se em aspetos
4. A estrutura etária da população agrícola é muito envelhe­ como a inovação tecnológica e eficiência, melhor organização da
cida, o que explica os baixos níveis de instrução e formação, produção e maior qualificação técnico-profissional, entre outros.
uma vez que a maioria dessas pessoas viveu a sua infância e 2. Uma agricultura mais inovadora e mais rentável torna-se
juventude numa época em que a escolaridade obrigatória era mais atrativa para pessoas jovens e qualificadas, o que poderá
só até ao 4.° ano de escolaridade. ajudar a rejuvenescer a população agrícola.
5. O Norte tem um número de explorações que é mais do do­ 3. a. Produção florestal, transformação de produtos agrícolas
bro do Alentejo, mas com uma dimensão média de apenas e prestação de serviços; b. Produção de energias renováveis,
6,8 ha, enquanto no Alentejo é de 58,9 ha. transformação de produtos agrícolas e turismo rural.

291
4. O mapa representa a oferta de equipamentos e serviços des povoa mento e envelhecimento da população, com abando­
públicos. no de práticas tradicionais que ajudavam à limpeza da floresta,
5. a. As capitais de distrito do litoral oferecem maior número elevado risco de incêndio e baixa rendibilidade.
de unidades funcionais e com maior diversidade; b. No inte­ 6. Melhorar o ordenamento, promover o emparcelamento e
rior, a norte do Tejo, as capitais de distrito apresentam uma o associativismo, melhorar a prevenção e o combate aos in­
diversidade funcional semelhante às do Alentejo, algumas em cêndios.
maior número; o maior número de outras cidades a norte do '. Os apoios da PAC dependem da utilização de práticas
Tejo torna a oferta funcional maior do que no Alentejo. sustentáveis - as que se enquadram na proteção integrada
e produção integrada (distinguem-se pelas características
Pp. 126 e 127
e quantidade dos fito"ármacos, mais restritiva e reduzida na
1. A legenda do mapa indica a cor que representa cada moda­
produção integrada) e no modo de produção biológico (total­
lidade de TER, enquanto a do gráfico indica a região.
mente natural, mas com práticas modernas de tecnologia leve
2. a. Casas de campo e agroturismo; b. Casas de campo e
e investigação científica).
agroturismo, em todas as regiões.
8. A muttifuncionalidade permite aproveitar melhor todas as
3. A oferta de quartos é maior no Norte (40% do total nacional),
potencialidades e recursos naturais do espaço rural (produ­
seguindo-se o Alentejo (27%) e o Centro (24%), sendo que as
ção de energia. “ER, etc.) complementando o rendimento da
restantes regiões apenas oferecem 9% do total nacional.
produção agrícola, ao mesmo tempo que gera emprego e, as­
Pp. 128 e 129 sim, promove a fixação de população e o rejuvenescimento
1. De 2008 para 2012 desceu ligeiramente (menos 12 mil), au­ demográfico.
mentando significativamente nos anos seguintes (mais 83 mil).
2. No setor agroalimentar, predominam os ramos associados à
transformação de produtos animais e de cereais, destacando- Subtema 2 - As áreas urbanas: dinâmicas internas
-se, por ordem decrescente: o abate, preparação e conserva­
ção de produtos à base de carne; a fabricação de produtos de Pp. 138 e 139
padaria e outros à base de farinha; a indústria de lacticínios. 1. De modo geral, a renda locatíva diminui do centro para a
periferia, como se verifica no traçado A. que baixa até à última
Avaliação (Pp. 134 e 135)
classe do mapa. Em B, a renda começa por diminuir com o
I. 1 - G; 2 - C; 3 - F; 4 - A; 5 - H; 6 - E; 7 - D; 8 - B;
afastamento do centro, mas volta a aumentar até aos 4135 a
II. 1 - V; 2 - V; 3 - F; 4 - F; 5 - V; 6 - V; 7 - F; 8 - V; 9 - V;
4900 €/m3.
10 - F; 11 - V; 12 - F.
2. Em B, a renda locativa, depois de atingir o mínimo numa
III. 1 - C; 2 - B; 3 - A; 4 - D.
zona menos valorizada da cidade, volta a subir com a apro­
IV. 1. Sistema intensivo - em regime de policultura, praticado
ximação do Parque das Nações - uma nova centralidade -
sobretudo no Entre Douro e Minho, na Beira Litoral e na Madei­
onde a renda locativa volta a ser mais afta.
ra, em campos de pequena dimensão, irregulares e fechados.
3. Verifica a localização das praças e ruas em que predomina
Sistema extensivo - em regime de monocultura, com rotação
cada função uribana.
de culturas e pousio, praticado sobretudo nas regiões agrárias
do interior e no Alentejo, em campos regulares e abertos que, Pp. 144 e 145
no Alentejo, são de grande dimensão. Alteração na função que ocupa o espaço - deixa de ser agrí­
2. Em Portugal ainda predominam as explorações agrícolas de cola e passa a ser residencial. O tipo de construção também é
pequena dimensão, a que se associa uma reduzida dimensão diferente do que é habitual nesta área rural.
económica. 2. Litoral de Setúbal a Viana do Castelo e litoral algarvio. Na
3. 1957 - instituição da PAC e dos seus principais objetivos; Madeira destaca-se a região do Funchal e, em São Miguel, a
1962 - início da PAC baseada em três pilares: unicidade de de Ponta Delgada.
mercado, preferência comunitária e solidariedade financeira; 3. Como cs concelhos de Lisboa e Porto têm uma grande
1984 - introdução de quotas de produção; 1988 - introdução interdependência com os das suas áreas suburbanas, há in­
do setaside, para reduzir os excedentes agrícolas; 1992 - 1." fraestruturas, problemas e investimentos que dizem respeito
reforma da PAC - dois pilares: preservação ambiental e equi­ a todos e, por isso, têm de ser decididos em comum. Por isso,
líbrio da oferta e da procura; 1999 - reforço das medidas da foi necessário criar as AM de Lisboa e do Porto, dotando-as
reforma de 1992 e redefinição dos pilares: equilíbrio dos mer­ de competências administrativas para gerirem os respetivos
cados e desenvolvimento rural sustentável; 2003 - 2." refor­ territórios como uma única unidade territorial, nos domínios
ma da PAC: mantém os pilares e introduz o pagamento único que dizem respeito a todos cs concelhos.
por exploração e o princípio da condicionalidade; 2013 - últi­
Pp. 146 e 147
ma reforma da PAC - reforça os objetivos ambientais, introduz
1. Consulta o glossário.
medidas de prevenção das alterações climáticas, torna a dis­
2. A AM de Lisboa distancia-se mais das médias do país, apre­
tribuição de fundos mais equitativa e simplifica os processos
sentando uma população menos envelhecida e mais qualifi­
para beneficiar os pequenos agricultores.
cada, com maior % de imigrantes, maior oferta de emprego,
4. Apesar das dificuldades iniciais, devido aos limites impostos
empresas de maior dimensão, mais investimento em l&D e in­
à produção (1984 e 1988 e reforma de 1992) e à concretização
dicadores económicos mais elevados, do que a AM do Porto.
do mercado único, os apoios específicos ao desenvolvimento
3. Está atento às notícias e associia-as aos problemas enuncia­
agrícola em Portugal traduziram-se: numa redução do núme­
dos nesta página.
ro de explorações, com aumento da sua dimensão média; na
modernização das infraestruturas e tecnologias; na maior e Pp. 148 e 149
melhor formação profissional; e no aumento da produtividade 1. A legenda indica as diferentes utilizações do solo.
e dos rendimentos. 2. O solo com destino á habitação confina com as habitações
5. Pequena dimensão das explorações, que dificulta a sua já existentes e com áreas de comércio e seirvíços, amplian­
gestão; abandono de grandes áreas florestais, devido ao do o espaço de ocupação urbana. A área de equipamentos

292
coletivos é diminuta e a área verde praticamente esquecida, 12. A degradação de muitos edifícios mais antigos e o trânsito
face ao espaço ocupado com função residencial. intenso. Soluções respetivas: reabilitação e ordenamento do
trânsito, com incentivo ao uso de transportes públicos.
Avaliação (Pp. 152 e 153)
I. 1 - E; 2 - A; 3 - D; 4 - C; 5 - B.
II. 1 - V; 2 - V; 3 - V; 4 - F; 5 - F; 6 - V.
III. 1 - C; 2 - D; 3 - C. Subtema 3 - A rede urbana portuguesa
IV. 1. PDM - plano diretor municipal; PU - plano de urbaniza­
P. 155
ção; PP - plano de pormenor.
1. Lisboa, Porto, V. N. de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e
2. A - PDM; B - PU; C - PDM; D - PP; E - PP; F - PU.
Coimbra.
3. A - Renovação; B - Reabilitação; C - Requalificaçâo.
2. Menos de 20 miII habitantes.
4. O espaço urbano caracteriza-se pon grande densidade po­
3. Em 1981 Porto e Lisboa tinham mais habitantes do que em
pulacional, de edifícios e atividades, sobretudo do terciário;
2011 e as restantes cidades tinham menos. Assim, de 1981 para
trânsito intenso; ritmo de vida; anonimato e, muitas vezes, iso­
2011, diminuiu a diferença entre as maiores cidades e as de
lamento. Para ser considerado cidade é necessário cumprir
menor dimensão.
certos critérios; demográficos - número e densidade de popu­
lação; funcionais - tipo e número de funções; jurídico-adminis­ Pp.156 e157
trativos - decisão por outros motivos relevantes. 1. A. legenda apresenta semicírculos em que o diâmetro indica
5. Os diferentes tipos de funções (comércio não diário; ad­ o número de habitantes, em milhares.
ministração; lazer; etc.) agrupam-se em praças, ruas ou áreas 2. a. O maior número de cidades, e as de maior dimensão,
funcionais, situando-se as mais importantes nas mais centrais, encontram-se no litoral, de Setúbal a Viana do Castelo, e no
diminuindo a sua importância com a distância ao centro. Tam­ litoral algarvio; b. Nos Açores todas as cidades se localizam no
bém há diferenciação funcional em altura, sendo o piso com litoral, destacando-se Ponta Delgada, em São Miguel, e Angra
acesso direto ao exterior ocupado com as funções mais im­ do Heroísmo, na Terceira, nas vertentes sul das ilhas; c. Na
portantes ou que exigem maior contacto com o público. Madeira, destaca-se o Funchal e mais quatro cidades no sul
6. As classes mais altas vivem em áreas da cidade mais valo­ e sudeste da ilha.
rizadas pelo estatuto, pela envolvência ambiental e pela aces­ 3. a. Do litoral para o interior, diminui o número e a dimensão das
sibilidade, em edifícios de melhor arquitetura e construção. As cidades; b. No norte do país, mesmo no interior, há mais cidades
classes médias vivem em áreas menos valorizadas da cidade, e de maior dimensão do que no sul, sobretudo no Alentejo.
onde é dominante a função residencial, mas servidas de trans­ 4. a. A concentração da população e das atividades econó­
portes, comércio e serviços importantes para o dia a dia, ou micas, no litoral, justifica o maior número e dimensão das ci­
nas áreas suburbanas. As classes mais baixas vivem em áreas dades; b. Para além do efeito da demografia, no sull do país,
antigas e degradadas da cidade, em bairros de habitação social o menor desenvolvimento das vias de comunicação também
ou em bairros de habitação precária. ajuda a justificar o menor crescimento urbano e o não apareci­
As áreas residenciais evidenciam uma segregação espacial, de mento de novas cidades.
acordo com o nível de vida da população que as habita, o que 5. Localiza a região da tua escola e verifica, na legenda, a clas­
perpetua as desigualdades, pois as novas gerações acabam se do nível de acessibilidade.
por frequentar escolas também diferenciadas pelo nível de vida
e não há contacto nem integração das várias classes sociais. Pp. 158 e 159
7. Na fase centrífuga, existe um movimento de saída da ci­ 1. A. legenda indica as cores das NUTS III com AM das capitais
dade, da população e das atividades económicas, devido à dos países; as outras AM: e as NUTS III sem AM.
elevada renda locativa e à exigência de espaço de muitas 2. Na Alemanha, a maioria das NUTS III tem dimensão urbana
empresas. Dá-se, assim, o crescimento da ocupação urbana de área metropolitana (pelo menos 50% da população vive
dos subúrbios, onde passa a existir oferta de emprego, na in­ numa área urbana funcional de 250 000 habitantes ou mais);
dústria e atividades de armazenagem, transporte e logística enquanto em Espanha há 17 (um pouco menos de metade) e,
e no comércio e serviços em grandes superfícies. O caso da em Portugal, são apenas 3, em 25.
indústria ilustra bem esta fase, uma vez que a sua exigência 3. a. Letónia e Grécia; b, Alemanha e Reino Unido.
em espaço, a poluição que provoca e o tráfego que gera não 4. A legenda apresenta os símbolos dos centros urbanos, se­
se coadunam com as cidades centrais, como Lisboa e Porto. gundo a sua importância, as redes nacionais e internacionais
Assim, deslocalizam-se para áreas suburbanas ou rurais, para de transporte, e os subsistemas territoriais.
parques industriais, onde encontram melhores infraestruturas, 5. O primeiro referido, situa-se na região Norte, formando um
a possibilidade de beneficiar de complementaridades, mão de triângulo; os restantes subsistemas formam uma área linear
obra e boa acessibilidade. de interligação.
10. A suburbanização corresponde ao alastramento do espaço 6. As interações urbanas que originam os subsistemas só são
urbano às áreas envolventes das cidades (subúrbios). Nas fran­ possíveis pelas ligações viárias e, por isso, associam-se aos
jas das áreas suburbanas, difundem-se, no espaço rural, de for­ eixos de transporte principais, sobretudo autoestradas.
ma descontínua, várias funções urbanas desde as residenciais
às económicas, num processo designado por periurbanizaçâo. Avaliação (P. 163}
A ruralização é o mesmo processo, mas mais afastado das cida­ L1 - B; 2 - E; 3 - D; 4 - A; 5 - Q
des, em meios rurais, normalmente nos arredores de vilas rurais. II. 1 - F; 2 - V; 3 - V; 4 - F.
11. As AM de Lisboa e do Porto concentram cerca de 40% da III. 11 - B; 2 - D.
população e produzem, em conjunto, mais de metade do VAB 1. A rede urbana portuguesa caracteriza-se por um gran­
e do PIB. concentrando as maiores empresas e espaços de de desequilíbrio ao nível geográfico, demográfico e funcional.
inovação e l&D, sobretudo a AM de Lisboa. Por isso, são polos Geograficamente a maioria das cidades concentram-se no li­
de desenvolvimento - a partir delas difundem-se as empre­ toral a norte de Setúbal e na faixa litoral do Algarve. Em popu­
sas, as inovações e investimentos, etc. lação e oferta de funções, temos duas grandes cidades com

293
maior quantidade e diversidade funcional, com a capital muito 3. A legenda representa as cores dos meios de transporte
destacada, poucas cidades médias, com alguma diversidade mais utilizados nas AM de Lisboa e Porto.
funcional, e a maioria das cidades com menos de 20 mil habi­ 4. A estrutura modal das duas AM é muito semelhante, sendo
tantes e fraca acessibilidade funcional. que, no Porto, se utiliza mais o automóvel e, em Lisboa, o com­
2. Porque têm um número de habitantes que lhes permite boio e o metropolitano são utilizados por uma percentagem
beneficiar das vantagens da economia de aglomeração, sem ligeiramente maior de pessoas, assim como os modos suaves,
atingir os excessos que as fazem entrar em deseconomia de mas com maior diferença, a. Elevada emissão de GEE e muitos
aglomeração. congestionamentos de trânsito que fazem perder tempo ás
3. Uma das formas de desenvolver o interior é através do pessoas e produtividade ás empresas, b. Incentivos e constru­
desenvolvimento das cidades médias que, por sua vez, será ção de vias próprias para maior utilização de modos suaves;
facilitado pela cooperação urbana que permite aproveitar as melhorar a qualidade e a eficiência dos transportes públicos;
especificidades e complementaridades. Porém, essa coopera­ medidas restritivas do uso do automóvel na cidade.
ção só é possível se houver boas ligações viárias entre as ci­
Pp. 170 e 171
dades e destas às suas áreas de influência. Quanto melhores
1. As legendas apresentam, respetiva mente, o volume de
as acessibilidades, maior será a possibilidade de cooperação.
mercadorias, por círculos proporcionais, desde 2 mil a 50 mil
4. Nestes subsistemas urbanos geram-se dinâmicas de coo­
toneladas; e as plataformas logísticas, por tipo de localização
peração em que as especificidades de cada cidade comple­
e área que servem.
mentam as restantes, o que permite desenvolver a região,
2. Entre os cinco portes principais, tem grande destaque o de
pois atraem população, atividades económicas e funções es­
Sines, com quase 50 milhões de toneladas, seguindo-se-lhe
pecializadas, induzindo o crescimento demográfico e econó­
o de Leixões, com perto de 20 milhões, e o de Lisboa, com
mico nas áreas intersticiais - áreas periurbanas e rurais que
pouco mais de 10 milhões.
ligam as cidades entre si. Assim, o crescimento das cidades
3. Os portos marítimos portugueses inserem-se na rede por­
médias induz o desenvolvimento regional, que é fundamental
tuária das principais rotas marítimas do Atlântico, que "azem
para uma maior coesão territorial.
a ligação à América, ao Mediterrâneo e, pelo canal de Suez,
ao Gol"o Pérsico e ac índico. Com águas profundas, os portos
portugueses podem receber navios dos maiores do mundo,
Subtema 1 - Os transportes e as comunicações que não podem atracar em muitos portos europeus, em águas
de menor profundidade. Assim, poderão funcionar como por­
P. 165 tas de entrada na Europa (portos Gateway) e, seguindo o ob­
1. A legenda apresenta os símbolos dos elementos das redes jetivo da política europeia de reduzir o uso do transporte ro­
e infraestruturas de transporte. doviário, apostar nos serviços de transhipment, que permitirão
2. a. Verifica-se que, a norte, há maior número de vias de co­ receber mercadorias e proceder à sua entrega e distribuição
municação; b. O principal eixo rodoferroviário liga Valença a em portos da Europa. É o que já está a acontecer no terminal
Faro, ao longo do litoral, onde se concentra a população, as XXI do porto de Sines e que explica a quase q uadruplicaçâo
cidades e as atividades económicas. do movimento de mercadorias, neste porto, desde 2012.
3. Mais uma vez, o litoral tem maior acessibilidade infraestrutural A legenda apresenta o movimento de passageiros, por cír­
do que o interior. Porém, neste caso é no norte que se encon­ culos proporcionais, desde 2 milhões a 30 milhões.
tram muitos concelhos com baixa ou muito baixa acessibilidade 5. Dos cinco aeroportos internacionais, destaca-se muito o de
infraestrutural, o que se deve ao relevo mais acentuado, que di­ Lisboa (Humberto Delgado}, com perto de 30 milhões, segui­
ficulta a construção de vias secundárias e torna as deslocações do do Porto (Francisco Sá Carneiro) e de Faro. Funchal (Cristia-
mais demoradas. No Alentejo e Algarve, a menor acessibilidade no Ronaldo) destaca-se um pouco do de Ponta Delgada (João
verifica-se nas áreas mais distantes das vias principais. Paulo II), ambos a distância considerável do aeroporto de Faro.
4. Estas diferenças explicam-se pela litoralizaçâo da popula­ 6. a. Lisboa é a capital e, por isso, a maioria das viagens turís­
ção e das atividades económicas. ticas e de negócios dirigem-se ao seu aeroporto; b. Faro deve
o seu movimento essencial mente ao turismo e, no Funchal,
Pp. 166 e 167 além do movimento turístico, há a considerar que o avião é
1. Nas figuras 1 e 2 cada modo de transporte é representado a único meio de ligação permanente e diária ao continente.
por uma cor. 7. Os aeródromos encontram-se repartidos por todo o país,
2. a. Rodoviário, em Portugal e na UE; b. Rodoviário, em Portu­ embora o seu número seja maior no interior, sobretudo a norte
gal e na UE; c. Marítimo, em Portugal e na UE. do Tejo. A maior incidência no interior justifica-se pelo facto de
3. a. Ambiental - elevada emissão de GEE; territorial - con­ ser a única ligação aérea ao litoral e à capital, o que é impor­
gestionamento dos principais eixos rodoviários; b. Seria o tante em casos urgentes de saúde ou outros e para desloca­
modo aéreo, pois é o mais rápido e cómodo para viagens de ções dos empresários.
grande distância.
Pp. 172 e 173
Pp. 168 e 169 A legenda do mapa apresenta os símbolos das infraestru-
1. A rede rodoviária é mais densa no litoral, onde existem mais tuiras da rede de gasodutos nacional. No gráfico, a legenda
vias principais {IP e IC), que se encontram ligadas à fronteira. indica a cor de cada energia renovável.
Também há alguns IP no interior, que, no Norte, são em maior 2. a. A. rede de gasodutos nacional é alimentada pelo gás
número e com características de autoestradas. A rede ferro­ transportado pelo gasoduto do Magrebe, que entra em Portu­
viária principal liga Valença a Faro, pelo litoral, com apenas um gal em Campo Maior e está diiretamente ligado à caverna de
eixo transversal, que liga Coimbra à fronteira de Vilar Formo­ armazenamento em Pombal e ao gasoduto que liga Valença
so, e outro que liga Lisboa a Évora. a Sines, com uma ramificação para a região de Viseu e outra
2. Por exemplo, a construção de um túnel ou de uma ponte para a da Guarda. Ou seja, é uma rede diretamente associada
sobre a autoestrada, assim como melhores ligações viárias de ás áreas mais povoadas que ainda não serve todo o país. No
acesso a essa infraestrutura. porto de Sines, foi construído um terminal de gás liquefeito,

294
onde se recebe gás natural transportado por via marítima, evi­ Pp. 178 e 179
tando, assim, a dependência exclusiva da Argélia; b. A pro­ 1. As figs. II e 2 representam, respetiva mente, a evolução do
dução de energia renovável tem vindo a aumentar, embora tráfego, prestadores de serviços e número de assinantes por
se verifiquem oscilações interanuais devido à irregularidade tipo de pacote.
interanual da precipitação, que influencia diretamente a pro­ 2. De 2010 para 2017, o tráfego em banda larga quintuplicou, en­
dução de energia hídrica. As restantes têm vindo a aumentar, quanto os prestadores de serviços apenas passaram de 33 para
sem quebras. 39.0 número de assinantes, aumentou significativamente de 2014
3. As legendas apresentam, respetivamente, as classe de para 2017, sendo os pacotes de 4 ou 5 serviços os que mais cres­
densidade populacional {de <50 a >5000 habitantes/km2) e os ceram, representando, em 2017, pouco menos de metade do total.
símbolos e cores que respeitam aos perfis de atividade econó­ 3. As regiões com maior proporção de agregados domésticos
mica, redes de infra estruturas de transporte, de conhecimento ligados à internet em banda larga, no continente, são a AM de
e inovação e económicas. Lisboa, Norte e Algarve (as mais urbanizadas). A elevada per­
4. a. Densidade populacional superior a 223 habJkm2 e per­ centagem nas regiões autónomas relaciona-se com o facto de
fil económico baseado na indústria e serviços; b. Densidade terem tido fibra ótica mais cedo, pois a sua ligação foi sempre
populacional superior a 223 hab./km2 com perfil económico por cabo de fibra ótica.
baseado nos serviços, transporte e logística; c. Densidade po­ Portugal encontra-se ligado às redes mundiais de comuni­
pulacional entre as classes de <50 e de 223 a 1000 hab./km2 cação por satélite e por cabos submarinos de fibra ótica.
e o perfil económico baseado no comércio, serviços e turismo;
d. Densidade populacional entre as classes de <50 e de 223 a Avaliação (Pp, 184 e 185)
1000 hab./km2 e o perfil económico baseado no comércio, ser­ I. 1 - D; 2 - Ei 3 - A; 4 - F; 5 - B; 6 - C.
viços e turismo; e. Densidade populacional entre as classes de II. 1 - V; 2 - V; 3 - F; 4 - F; 5 - V; 6 - V; 7 - V; 8 - F; 9 - V
<50 e de 223 a 1000 hab./kmJ e o perfil económico baseado III. 1 - A; 2 - B; 3 - C; 4 - C; 5 - A; 6 - C.
no comércio, serviços e turismo. IV. 1. Confere a tua resposta na p. 166.
5. a. Densidade populacional inferior a 223 hab./km2 e perfis 2. No tráfego interno, o rodoviário é mais importante, enquanto
económicos baseado na agricultura, no setor agroalimentar, no tráfego externo, é o marítimo.
indústria da madeira e cortiça, agroflorestal e algum comércio, 3. A utilização de contentores permite um acondicionamento
serviços e construção; b. Densidade populacional inferior a 112 seguro e facilita as operações de transbordo e arrumação da
habJkm2 e o principal perfil económico é o da agricultura, ser­ mercadoria nos diferentes meios de transporte, pelo que foi
viços e comércio. fundamental para o crescimento do comércio mundial.
6. As NUTS III com maior densidade populacional e de redes 4. Os portos marítimos portugueses inserem-se na rede por­
de transporte e com maior número de centros de conhecimen­ tuária das principais rotas marítimas do Atlântico, que "azem
to e inovação e infraestruturas económicas são as que têm a ligação à América, ao Mediterrâneo e, pelo canal de Suez,
perfis económicos baseados na indústria, comércio e serviços ao Gol"o Pérsico e ac índico. Com águas profundas, os portos
e, no caso de Lisboa, também transportes e logística. portugueses podem receber navios dos maiores do mundo,
que não podem atracar em muitos portos europeus, em águas
Pp. 174 e 175
de menor profundidade. Assim, poderão funcionar como por­
1. Os corredores multimodais são nove, conectados entre si e
tas de entrada na Europa (portos Gateway) e, seguindo o ob­
interligando todas as regiões da UE. Os seus nomes indicam
jetivo da política europeia de reduzir o uso do transporte ro­
as regiões que interligam, como é o caso do Eixo Atlântico, em
doviário, apostar nos serviços de transhipment, que permitirão
que se incluem as redes portuguesas.
receber mercadorias e proceder à sua entrega e distribuição
2. A legenda apresenta os símbolos relativos à parte das re­
em portos da Europa. Este papel será valorizado se houver
des de transporte de energia em construção.
boas ligações terrestres à fronteira.
3. Portugal tem as suas redes elétrica e de gasodutos ligadas
5. A RTE-T tem como prioridades ligar todas as regiões da Eu­
às europeias.
ropa, através de eixos multimodais que valorizem os transpor­
Pp. 176 e 177 tes menos poluentes, de modo a reduziras emissões de GEE e
1. A legenda distingue, pela cor, a banda larga fixa e móvel. os congestionamentos dos principais eixos rodoviários. A RTE-
2. A banda larga fixa tem vindo a aumentar, servindo 74% dos -E tem como prioridades garantir o abastecimento de energia
agregados familiares, em 2017. A banda larga móvel tem au­ a todas as regiões, valorizando essencialmente as ligações
mentado mais e ultrapassa os 140% - há mais do que um dis­ por gasoduto (para diversificar as fontes de abastecimento)
positivo de banda larga móvel por agregado familiar. e da rede elétrica, para apostar na produção interna de ener­
3. Em Portugal existiam, em 2017, 17 837 empresas de infor­ gias a partir de fontes renováveis, aproveitando as potencia­
mação e telecomunicação, com 102 124 pessoas ao serviço e lidades próprias de cada região, e aumentar o seu peso no
um volume de negócios de quase 12,5 milhões de euros e um consumo final, de modo a baixar as emissões de GEE.
VAB de 5,7 milhões de euros. 6. Portugal inclui-se entre os países da UE com maior acesso e
4. A taxa de variação (2016 para 2017) é bastante superior no uso das telecomunicações, tanto pela população como pelas
que respeita ao número de empresas e pessoas ao serviço, empresas e pela administração pública. Daí, por exemplo, a
mas inferior no volume de negócios e no VAB. escolha do nosso país para a realização do 1/l/eb Summit.
5. Os indicadores representados respeitam aos usos que as 7 As telecomunicações facilitam a vida diária dos indivíduos
empresas dão às TIC. e induzem maior produtividade nas empresas, além de con­
6. As empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço utilizam tribuírem para a preservação ambiental, pela redução das
as diversas possibilidades que a internet permite, desde a deslocações e gastes de papel e tinta em impressões que
gestão de pessoal e documentos à organização interna (figs. permitem. Porém, têm de ser utilizadas com responsabilida­
2 e 3), até às relações de negócios com outras empresas e de, evitando o uso excessivo (viciação, com efeitos negativos
clientes (fig. 4). na saúde e na sociabilização) e o uso para práticas ilícitas ou
7. São as empresas de maior dimensão que usam mais as TIC que atentam contra os direitos individuais e direitos humanos.
nos negócios e que empregam mais profissionais de TIC. É necessário desenvolver a ética na sua utilização-.

295
8. A coesão territorial exige cooperação, partilha, expansão das 2. O risco de pobreza evidencia as desigualdades segundo
empresas e contactos. Tal só é possível se houver acessibilida­ as características socioeconómicas da população, revelando
de e possibilidades de comunicação. Por isso, as redes de trans­ que as mulheres, os jovens dos 18 aos 24 anos, com baixa
porte e comunicação são essenciais para a coesão territorial. instrução e desempregados, são os grupos em maior perigo
de pobreza e exclusão.
3. Portugal situa-se abaixo da média da UE28 na proteção social
e na saúde e muito próximo da média, na educação. Nos preços
Subtema 1 - Portugal na União Europeia
do gás natural e da eletricidade está entre os seis que têm pre­
P. 187 ços mais attos e que mais taxas pagam sobre o seu consumo.
1. A legenda indica a cor que representa o ano de adesão e os 4. Entre as regiões portuguesas, sobressaem:
candidatos e potenciais candidatos à UE. * AM de Lisboa, com menor risco de pobreza, maior ganho
2. Antes do seu maior alargamento, em 2004, a UE era cons­ médio mensal, taxa de escolaridade superior mais alta e
tituída por 15 Estados-membros: França, Alemanha, Holanda, maior número de médicos por 1000 habitantes;
Bélgica, Luxemburgo e Itália (1957), Dinamarca, Reino Unido e * Regiões autónomas, com maior risco de pobreza, bem aci­
Irlanda (1973); Grécia (1981); Espanha e Portugal (1986); Áustria, ma da média nacional, apesar de, a seguirá AML, serem as
Finlândia e Suécia (1995). regiões com maior ganho médio mensal;
3. Em 2004, deu-se o maior alargamento para leste e sul: * Madeira, Alentejo e AM de Lisboa, com taxa de mortalida­
Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa (agora de infantil acima de três por mil, sendo a mais baixa no
Chéquia), Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Malta e Chipre. Em Norte.
2007, aderiram a Roménia e a Bulgária e, por fim, em 2013, a * Açores e Alentejo, com menor taxa de escolaridade supe­
Croácia. rior e menor número de médicos por 1000 habitantes.
Os hospitais são em maior número nas regiões mais povoadas
Pp. 188 e 189 - Centro, Norte e AM de Liisbca.
1. Consulta o manual de História, de 9.° ano ou 11.° ano. As desigualdades de género no ganho médio desfavorecem
2. Em primeiro lugar reconheceu-os como Estados indepen­ as mulheres em todas as regiões, sendo superior a 11% no
dentes, formalizou relações de comércio e cooperação, atra­ Alentejo, Centro e AM de Lisboa, e mais baixo no Algarve (7%).
vés de acordos bilaterais e, por fim, em 1993, decidiu aceitar
a adesão desses países, desde que cumprissem as condições Pp. 196 e 197
necessárias - critérios de Copenhaga. A legenda indica três classes de regiões - menos desenvol­
vidas, com PIEt/ca pita inferior a 75% da média europeia; regiões
Pp. 190 e 191 em transição, com PIB/capita entre 75 e 90%; as mais desenvol­
1. ODS 7 - Energia limpa; 11 - Cidades sustentáveis; 12 - Con­ vidas, com PIIB/capita superior a 90% da média da UE.
sumo e produção responsáveis; 13 - Ação climática; 14 - Vida 2. São os países da Europa de Leste e da Europa do Sul.
debaixo de água; e 15 - Vida sobre a Terra. 3. Mais desenvolvidas - AM de Lisboa; em transição - Algar­
Pp. 192 e 193 ve; menos desenvolvidas - as restantes.
1. Economia circular é um sistema de produção e consumo Avaliação (P. 199)
em que os recursos naturais são utilizados de forma eficien­ L1 - C; 2 - E: 3 - B; 4 - A; 5 - D.
te, com o mínimo de desperdício, passando mais do que uma II. 1 - V; 2 - F; 3 - V; 4 - F; 5 - V.
vez pelo processo de produção e consumo - reutilização e III. 1 - C; 2 - D.
reciclagem -, tudo com um consumo racional e eficiente de III. 1. Confere a tua resposta na p. 189.
energia de fontes renováveis. 2. As áreas protegidas permitem preservar as paisagens e a
2. Localiza a região da tua escola no mapa de Portugal e com­ biodiversidade, contribuindo para a valorização do território,
para com o mapa do doc. 2. onde se desenvolvem atividades económicas como o turismo
3. Consulta o site dos ODS e encontra muitas coisas que po­ que dependem desse património natural.
des fazer pelo ambiente. 3. Os objetivos da política ambiental nacional e europeia são
4. A pegada ecológica de Portugal situa-se num nível intermé­ coincidentes e visam também contribuir para os grandes ob­
dio, mais baixo do que a maioria dos países da UE e mais alto jetivos da agenda 2030, de preservar a Natureza, valorizando,
do que a maioria dos países do resto do mundo, o que signi­ assim, o capital natural, e prevenir as alterações climáticas,
fica que ainda será fácil, para Portugal, reduzir a sua pegada preparando a mitigação dos seus efeitos. Essa prevenção de­
ecológica. pende essencialmente da redução dos níveis de dióxido de
Pp. 194 e 195 carbono na atmosfera, o que implica mudar todo o paradigma
1. Os gráficos representam as desigualdades de poder de de desenvolvimento, passando a baseá-lo numa economia
compra entre os países da UE e também as desigualdades hipocarbónica (uso de energias renováveis, sem emissão de
internas, considerando três níveis de rendimento, o tipo de GEE) e circular (utilização eficiente dos recursos naturais, evi­
áreas de residência e as características socioeconómicas. tando o uso excessivo e o desperdício).
Verifica-se que, por exemplo, o Luxemburgo tem o seu nível 4. A política de coesão regional apoia o desenvolvimento
mais baixo superior ao mais alto de 12 países da UE, entre os das regiões, privilegiando as que tém um PIB/capita inferior
quais Portugal, que se encontra em 19.° lugar e entre a metade a 75% da média da UE28, como acontece com 5 das nossas
dos países com os três níveis internos de poder de compra 7 regiões. Deste modo, o desenvolvimento regional recebe
inferiores aos da média da UE28. apoios que, se forem bem aplicados, contribuirão para reduzir
Em todos os países o PIB/habitante é superior nas áreas pre­ as desigualdades regionais e, assim, aumentar a coesão ter­
dominantemente urbanas, sendo menor a diferença entre as ritorial nacional.
áreas medianamente urbanas e as que são predominantemen­
te rurais. Portugal encontra-se entre os dez países com menor
desigualdade no que respeita ao tipo de área de residência.

296
PARTE III - PROVAS-MODELO DE EXAME

PROVA-MOOELO DE EXAME 1 (PP.


4.1 Concelho do Porto e concelho de Lisboa (ou Oeiras).
4.2 São concelhos das cidades principais, onde a renda lo-
1.1 D. As restantes opções referem-se a indicadores que não cativa é elevada e existe oferta mais barata, nos concelhos
são utilizados no cálculo da taxa de crescimento efetivo - suburbanos, com boas ligações viárias ã cidade.
TCF = CN + CM/1000 - referida na opção D.
1.2 C. De 1974 para 1980, o crescimento demográfico regista­ 5. Situação A
do deveu-se ao regresso de muitos milhares de portugueses (Explique a relação) A ocorrência de incêndios é maior em
das ex-colónias, pelo que foi a taxa de crescimento migratório áreas do interior com fraco povoamento e população envelhe­
(saldo migratório por 1000 habitantes) que mais influiu no au­ cida, pois fica sem cuidados de limpeza e vigilância e, por isso,
mento da TCE. com maior risco de incêndio.
13 A. O aumento da população na década de 90 deveu-se (Medidas) O ordenamento do território deve:
ao aumento da emigração com origem nos PALOP (ex-coló- * ter em conta o reequilíbrio do povoamento, com medidas
nias), no Brasil e na Europa de Leste, onde a desagregação que atraiam e fixem população do interior, como, por exem­
da ex-URSS criou uma crise económica profunda. A opção B plo: instalação de serviços e equipamentos que garantam
indica as condições atrativas para a imigração. A opção C é a qualidade de vida e incentivos às empresas para se fi­
incorreta, uma vez que a imigração não veio ocupar lugares xarem no interior e, assim, gerarem emprego e atraírem
de trabalho qualificado. A opção D é incorreta porque o fluxo população;
não foi emigratório (saída) mas imigratório (entrada). * promover o emparcelamento das explorações "lorestais
1.4 A A TCN é uma das componentes da TCE, sendo negativa, de modo a que ganhem dimensão económica e possam
faz diminuir a população. A emigração tem diminuído, mas a investir mais na limpeza, no cuidado e na vigilância das
TCM é negativa. Assim, a população total tende a diminuir. As florestas.
restantes opções não são corretas, pois a TM não aumentou Com estas medidas seria possível evitar muitos incêndios.
(B), não houve aumento da imigração (C) nem da natalidade 5. Situação B
(D). (Explique a relação) A excessiva concentração de população
1.5 B Prevê-se um aumento do número de idosos, pois a faz com que a capacidade de resposta seja ultrapassada, dan-
esperança média de vida tem continuado a aumentar, e uma do-se a saturação de muitos serviços, como é o caso dos bal­
diminuição do número de jovens, pela descida continuada cões de renovação do cartão de cidadão.
da natalidade. Assim, o índice de envelhecimento (idosos/ (Medidas) O ordenamento do território deve:
100 jovens) vai aumentar. As restantes opções não são corre­ * ter em conta a oferta de serviços, com a sua ampliação,
tas pois, com a redução da natalidade, o índice de dependên­ alargamento dos horários ou alteração dos prazos e for­
cia de jovens vai diminuir (A), o crescimento económico não mas de renovação, nomeadamente por via eletrónica;
induz só por si o aumento da TN (C), e não se prevê aumento * promover o desenvolvimento de uma rede urbana mais
da imigração nem da TN (D). policêntrica, através da criação de uma boa rede viária de
interligação das cidades médias da mesma região e boas
2.1 Desafio demográfico - faz diminuir a TCN e a TCE, não acessibilidades a partir das respetivas áreas de influência.
garantindo a renovação de gerações, nem da população ativa; Esta medida poderia ser acompanhada de medidas de
Desafio económico - com a redução da população ativa, as descentralização de competências de administração do
receitas do Estado diminuem, tornando-se insuficientes para território e de desconcentração dos serviços da adminis­
fazer face ao aumento das despesas com as pensões de re­ tração central, o que induziria crescimento económico e
forma, o que põe em causa a qualidade de vida dos futuros demográfico.
idosos, depois de passarem a vida inteira a contribuir para as Com estas medidas seria possível evitar que as cidades do litoral
pensões dos atuais reformados. entrassem em deseconomia de aglomeração e, ao mesmo tem­
2.2 Devem ser tomadas medidas natalistas, como: campanhas po, haveria desenvolvimento regional e maior coesão territorial.
sobre a necessidade de garantir a substituição de gerações;
apoios diretos à natalidade (subsídios e redução de horário 6.1 A. Segu indo a ordem dos combustíveis fósseis e verifican­
de trabalho, proporcionais ao número de filhos); e promoção do o gráfico de cada um deles, apenas a opção A se refere à
da responsabilização das empresas na garantia de emprego localização correta das principais origens do carvão (Colômbia
seguro e bem remunerado. Outras medidas são as de promo­ -América do Sul); do petróleo (Angola - África: Rússia; Arábia
ção da imigração, de forma organizada, com integração dos Saudita e Azerbaijão - Asia Ocidental).
imigrantes no mercado de trabalho e no acesso à habitação 6.2 C. Apenas a hipótese C refere os locais de entrada e o
e nível de vida digno, para evitar os problemas de exclusão, modo de transporte pela ordem correta. A hipótese A, embora
racismo e xenofobia. referindo os dois locais de entrada do gás natural, apresenta-
Estas medidas fariam aumentar e rejuvenescer a população -os pela ordem inversa à correta. A hipótese B refere o porto
residente e a população ativa, garantindo maior equilíbrio ge- de Setúbal, que não tem terminal de gás natural liquefeito.
racional e a sustentabilidade da Segurança Social. A hipótese D refere o terminal offshore de Leixões, onde não
é descarregado gás natural.
3.1 C. Utilizando a escala, verifica-se que a única região do 6.3 B. As afirmações I e IV, apesar de verdadeiras, não decor­
interior com ganho populacional e distando 400 km de Lisboa rem da nossa dependência energética, ocorreriam ainda que
é Bragança. os combustíveis fossem produzidos em Portugal. Por isso, a
3.2 D. Todas as opções têm aspetos corretos, mas apenas a opção correta só pode ser a hipótese B.
D os reúne todos.
3.3 A. Apenas a opção A indica a origem correta da popula­ 7.1 O mármore, no Maciço Hespérico.
ção que fez crescer concelhos urbanos do interior, pois não 7.2 A exportação do mármore, uma pedra ornamental, consti­
tem origem na saída de população do litoral, como indicam as tui a maior parte do valor das exportações do grupo em que
restantes opções. se insere - minerais para construção.

297
7.3 Como autarca, poderia valorizar as pedreiras, seguindo (p. ex.: recuperação de uma praça e ruas adjacentes, em que
duas estratégias: são criados espaços verdes e de circulação pedonal ou de
Estratégia A - aproveitar as possibilidades económicas que modos suaves). Se incluir reabilitação de edifícios, pode ocor­
as pedreiras oferecem, através da sua reativação. Para isso, rer mudança de funções.
criaria infraestruturas de acesso às pedreiras, reduziria as con­ 10.2 Processo A - Criar um programa de empréstimos bancários,
tribuições municipais para as empresas que viessem fazer a com juros bonificados, aos proprietários dos edifícios a reabilitar,
exploração, apoiando práticas sustentáveis e promovendo a e redução do IMI, por cinco anos, para cs edifícios reabilitados.
instalação de indústrias de transformação do mármore. Processo B - A primeira medida seria identificar, no centro da
Estratégia B - valorizar o passivo ambiental, dando novas cidade, as áreas degradadas para fazer um plano conjunto de
funções às pedreiras abandonadas, através da requalificação requalificaçâo. de modo a que houvesse uma integração es­
do espaço, de modo que se tornasse seguro, ambientalmente tética e arquitetónica e uma boa associação das funções pre­
agradável e sustentável e pudesse servir como espaço lúdi­ sentes nesses espaços. A segunda medida, depois da requa-
co e cultural para ser usufruído pela população, funcionando llficação. poderia ser dinamizar atividades lúdicas e culturais
como atração turística para a região. que atraíssem a população para esses espaços, para que as
Essas medidas iriam gerar riqueza e criar emprego, ajudando funções urbanas aí presentes pudessem ter sustentabilidade
a fixar população nesta região do interior e, assim, contribui­ e, ao mesmo tempo, o centro da cidade ganhasse vida.
riam para o seu dinamismo demográfico e económico.
11.1 C. O tráfego marítimo exige transbordo e articulação com
8.1 C. Só a hipótese C indica a sequência correta, devido ao o rodoviário (I - 6); para esta mercadoria, sendo volumosa e
sentido de deslocação, de oeste para este: 1 - ar anterior, por­ sem urgência, a opção do transporte vai depender sobretudo
que passa primeiro; A - frente quente, pois tem menor declive, do custo (II - 1); A melhor opção será o modo marítimo (III - 4).
porque o ar quente sobrepõe-se lentamente ao ar frio; 2 - ar 11.2 C. Como o nome indica, seriam linhas isócronas (cronó­
quente, que está a sobrepor-se ao ar frio anterior e, ao mesmo metro - medição do tempo). Isóbaras - pressão atmosférica;
tempo, é empurrado pelo ar frio posterior - 3, formando-se a
isótimas - distância-custo; isoipsas - altitude.
frente fria - B - com maior declive e subida mais rápida do ar
quente, originando nuvens de desenvolvimento vertical.
8.2 B A sucessão da hipótese B é a correta, pois, com a apro­ 12.1 Localizam-se no cruzamento das principais rotas atlânti­
ximação da frente quente, a temperatura sobe um pouco e as cas e têm águas profundas, tornando-os aptos a receber na­
nuvens de desenvolvimento horizontal provocam chuva con­ vios de grande dimensão.
tínua, fraca a moderada (II); depois de passar a frente quente, 12.2 A política de transportes pretende tomar a circulação
chega o ar quente que faz subir um pouco a temperatura e, de mercadorias menos poluente e descongestionar os prin­
como sobe muito lentamente, provoca nuvens de fraco de­ cipais eixos rodoviários da União Europeia. O modo ferroviário
senvolvimento (IV); com a aproximação da frente fria, dá-se utiliza eletricidade, energia sem emissões diretas. No modo
uma ligeira redução da temperatura e começam a formar-se marítimo, apesar de os navios também usarem combustíveis
algumas nuvens (III); Por fim, com a chegada da frente fria, des­ fósseis, têm uma grande capacidade de carga, o que os torna
ce a temperatura e as nuvens de desenvolvimento vertical, menos poluentes, além de serem o único meio economica­
provocam chuva intensa, tipo aguaceiros (I). mente viável para as ligações intercontinentais.
8.3 Portugal, no inverno, é mais afetado por este tipo de situa­
ção meteorológica, que provoca mau tempo e precipitação. O
facto desta época do ano ser mais chuvosa e contrastar com PROVA-MODELO DE EXAME 2 (PP. 212 A 221)
o verão seco, reflete-se na rede hidrográfica que apresenta
um regime fluvial irregular, com maiores caudais no inverno e 1.1 D. Pela análise do gráfico verifica-se que a opção correta é a D.
menores, ou mesmo inexistentes, no verão. 1.2 C. Incentivar a imigração é uma das "ormas mais eficazes
de aumentar a população ativa rapidamente, A opção A é in­
9.1 A. A hipótese A é a correta porque o processo de dinâmi­ correta porque refere a emigração, que teria o efeito contrário
ca funcional refere-se à saída de certas funções do centro da ao desejado. As opções B e D, referem medidas para valorizar
cidade, sendo substituídas por outras. As hipóteses A e B re- a população ativa e não para a aumentar.
ferem-se a características urbanas que não estão associadas à 1.3 C. Tendo em conta a informação do texto, apenas pode ser
situação referida no texto. A hipótese D refere-se a uma causa correta a opção C, pois a Irlanda é o único país com percenta­
da dinâmica funcional. gem de população jovem superior á média europeia. Logo, as
9.2 C. A hipótese A refere-se ao processo simples de gentrifica- opções B e D estão incorretas e, na opção A, a Alemanha não
ção que pode ocorrer por causa diferente da referida no texto; pode ter uma TN superior á média da UE, sendo o país com
a hipótese B é falsa porque não predomina a população ativa menor proporção de jovens.
e sim a idosa; a hipótese D é falsa porque só as classes mais 1.4 A. A afirmação falsa é a IV, pois as componentes da TCE
pobres é que são obrigadas a sair, pois não têm meios de fazer são a TCN e a TCM. Se a TCNfor negativa, significa que a TN é
face à especulação, como se refere na hipótese C - a correta. baixa e, como tal, não haverá jovens suficientes para substituir
o número de ativos que se reformam. Se a TCM for negati­
10.1 Os dois processos distinguem-se pelo espaço interven­ va, emigram mais pessoas do que os imigrantes que chegam,
cionado e pelo tipo de intervenção; a reabilitação incide na logo, haverá redução da população ativa, já que a maioria dos
recuperação dos edifícios, dando-lhes melhores condições migrantes são adultos jovens.
para as suas funções (p. ex.: habitação nos andares superio­ 1.5 D. Porque refere o tipo de políticas adequadas - natalistas
res e comércio no piso térreo.) que se mantêm inalteradas; -. ao contrário das opções BeC. Além disso, indica medidas
a requalificaçâo respeita à recuperação ou remodelação de corretas, ao contrário da opção A.
espaços maiores, podendo incluir ou não recuperação de edi­ 1.6 Uma população mais envelhecida tem menor capacidade
fícios, com o objetivo de dar ao espaço intervencionado me­ de arriscar, de inovar e de aderir a novas tecnologias e formas
lhores condições ambientais e de bem-estar para a população de produção.

298
2.1 D. A costa portuguesa é pouco recortada e predominante­ 6.2 I é verdadeira, porque no litoral norte e nos Açores, o mar
mente rochosa e alta, de xisto (Maciço Hespérico em contacto modera as temperaturas, que são mais amenas. A influência
com o mar) e de calcário recente (Orlas Sedimentares). marítima e maior frequência da passagem de frentes e pertur­
2.2 A Conferir no mapa. bações frontais, tornam a precipitação mais abundante nessas
2.3 A ílhavo situa-se na ria de Aveiro - W. regiões; III é verdadeira, porque o afastamento do mar extrema
2.4 A chamada “ilha” do Baleai encontra-se ligada ao conti­ as temperaturas médias no interior e a maior influência conti­
nente por um istmo resultante da acumulação de areia e sei­ nental reduz a precipitação; III é verdadeira, porque a latitude
xos, com uma forma idêntica à do tômbolo de Peniche, de mais baixa do sul continental e da Madeira, fazem com que te­
maior dimensão e com o istmo mais consolidado. nham uma temperatura mais elevada e a maior influência tro­
2.5 B Confirme na p. 97. pical reduz a precipitação e eleva o número de meses secos.
6.3 D. Apenas a opção D refere as regiões onde existem as
3.1 A. POOC - planos de ordenamento das orlas costeiras. condições necessárias para a horticultura e para a olivicultura.
3.2 Fator A - a construção de barragens e a extração de areias
dos rios reduz a quantidade de sedimentos fluviais que chegam 7. C. Tendo em conta as afirmações da questão anterior, a op­
ao mar, reduzindo a deposição de areias nas praias. ção- correta só pode ser a C.
Fator B - o aquecimento global, devido ao degelo das calotes
polares, está a provocar a subida do nível médio das águas, S. A. Apenas a opção A reúne os principais constrangimentos
que estão a transgredir a costa, reduzindo ou fazendo desa­ da agricultura portuguesa. As restantes referem situações que
parecer muitos areais. não correspondem à realidade: elevados níveis de rendimen­
to -B) e de aprovisionamento (B); e de valorização e não cons­
4.1 A. Só a opção A corresponde à definição correta de escoa­ trangimento - emparcelamento (C).
mento médio anual.
4.2 A. A legenda indica-nos que o escoamento médio anual 9.1 A. No mapa pode verificar que a Estónia e Letónia só têm
maior está representado pelos tons de azul mais escuro. Logo, uma AM, pelo que as opções A e D são corretas, mas apenas
são as sub-bacias dos afluentes que desaguam no Douro a a primeira está pela ordem certa.
jusante (mais perto da foz), que têm escoamento médio anual 9.2 B. A rede urbana nacional aproxima-se mais do sistema mo­
mais elevado. no cêntrico, pelo que apenas se deveriam consideraras opções
4.3 D. A variação sazonal dos caudais, em Portugal, não é li­ B e C. Porém, o que o torna próximo do monccentrismo é o facto
geira, é acentuada, influencia também o escoamento subter­ de ter uma cidade muito destacada - Lisboa, relativamente dis­
râneo e sente-se mais a sul do Tejo, onde os caudais de es­ tanciada do Porto (B). A AML concentra apenas cerca de 25% da
tiagem são mais acentuados, chegando a secar. Os cursos de população do país e não 40% (C).
água com regime torrencial, em Portugal são sobretudo ribei­ 9.3 D. Observando o mapa da distribuição das cidades
ras em áreas de maior declive, como as regiões autónomas. (p. 156), verifica-se que apenas a opção D está correta.
4.4 B O relevo mais acidentado, a norte do rio Tejo, expli­ 9.4 C. As opções têm todas afirmações verdadeiras, mas a opção
ca a existência de vales mais profundos e com maior decli­ C é a correta, pois é abrangente, englobando todas as outras.
ve, propícios à construção de barragens. A precipitação mais
abundante, torna os seus caudais mais volumosos e menos 10.1 B. A opção A refere cidades do Norte e Centro; a opção
irregulares do que no sul do país. Só a opção B corresponde B é a correta, pois refere subsistemas urbanos do Centro e
a estas características. Alentejo; em C referem-se cidades do litoral; em D referem-se
4.5 C. PNA - Plano Nacional da Água (âmbito nacional) e PGRH cidades do Norte.
- Plano de Gestão das Regiões Hidrográficas (âmbito regional). 10.2 Opção A - Para a construção de um sistema urbano mais
policêntrico e capaz de dinamizar o desenvolvimento do in­
5. “O empreendimento do Alqueva é um projeto estruturan- terior, será necessário tomar medidas que promovam o de­
te para o Alentejo” porque veio tornar possível praticar uma senvolvimento das cidades médias e a cooperação entre elas.
agricultura produtiva e diversificada, com os mais modernos Para isso, proponho medidas como o reforço da rede viária,
meios tecnológicos - agricultura de precisão - que as con­ para que as deslocações entre cidades médias de uma região
dições físicas, de grande secura e solos relativa mente po­ sejam mais rápidas e, assim, possa haver maior interação e
bres, não permitiam. Além do desenvolvimento da agricultura, a população das suas áreas de influência possa chegar facil­
acrescentou novas oportunidades de investimento e cresci­ mente á cidade, para trabalho, compras, acesso a serviços ou
mento económico, nomeadamente na área do turismo: novas lazer. Outra medida seria a promoção de parcerias entre as
unidades de alojamento, sobretudo de turismo rural, enrique­ cidades, nomeadamente entre as instituições de ensino se­
cido pelas experiências que a extensa albufeira da barragem cundário e superior, de modo a que cada cidade oferecesse
proporciona e induzindo também a valorização do património cursos e áreas de estudo que complementassem as outras.
natural, histórico e cultural, com todos os seus efeitos multipli­ Assim, cs estudantes da região teriam mais opções para os
cadores no emprego, no comércio e nos serviços. seus percursos escolares e estes poderiam ter maior especia­
Assim, o empreendimento do Alqueva transformou o Alentejo lização e até atrair estudantes de outras regiões do país ou da
na região agrária com maior volume de produção e exporta­ UE, pelo programa Erasmus.
ção agrícola e está a torná-la num destino turístico de qualida­ A maior acessibilidade seria atrativa para o investimento em
de, dinamizado em moldes sustentáveis. Bem pode conside- atividades económicas, criando mais emprego e riqueza, e
rar-se como uma “âncora do desenvolvimento regional.” a oferta diversificada e especializada de ensino e formação
promoveria a fixação de população jovem e, mais tarde, de
6.1 B A temperatura diminui do equador para os polos, pelo famiílias jovens. Assim, estas medidas contribuiriam para o de­
que, em Portugal, diminui de sul para norte, onde a altitude, senvolvimento regional e, como tal, para a coesão territorial,
que também faz diminuir a temperatura, acentua mais a di­ que implica redução das desigualdades, entre regiões.
minuição de sul para norte. Apenas a opção B corresponde a Opção B - Para a construção de um sistema urbano mais po­
esta variação. licêntrico e capaz de dinamizar o desenvolvimento do interior,

299
será necessário tomar medidas que promovam o desenvolvi­ duas últimas não têm variação sazonal. A insolação, número
mento das cidades médias e a cooperação e interação entre de horas de céu descoberto com o Sol acima do horizonte,
elas e as áreas rurais envolventes. Para isso, proponho medi­ é que influencia a radiação global e, como tal, a produção de
das como o reforço da acessibilidade viária entre as cidades energia solar.
médias do interior e as áreas rurais envolventes, de modo a 3.2 C. De entre as três opções, apenas a C é correta, pois é
permitir deslocações mais rápidas e baratas, que promovam o movimento de translação, que coloca a Terra em diferentes
maior número de contactos e partilha de produtos, serviços, posições relativamente ao Sol, ao longo do ano, que deter­
saberes tradicionais e ideias inovadoras. Assim, será possí­ mina a variação sazonal da radiação global, influenciando a
vel aproveitar melhor as especificidades e especialidades produção de energia solar.
da região, em termos económicos, incluindo o turismo. Outra 3.3 B. De entre as três opções, apenas a B é cometa, pois
medida seria a criação de parcerias urbano-rurais que envol­ refere-se ao solstício dejunho, quando o Sol atinge o ponto
vessem autarquias, empresas, universidades, organizações mais alto no hemisfério norte, a uma latitude mais próxima de
não-governamentais e outras da sociedade civil, para promo­ Portugal.
ver o desenvolvimento económico e social, tendo em conta
a proteção dos recursos naturais e do ambiente, através da 4. Opção A - A produção de eletricidade a partir da radiação
criação de empresas de transformação de produtos agrícolas solar, na central de Vale de Moura, vai contribuir para o desenvol­
da região e conseguir a sua certificação. vimento da região, ao nível económico e ambiental.
A maior acessibilidade e a implementação de parcerias permi­ Ao nível económico, vai gerar emprego, sobretudo especia­
tiriam aumentar a cooperação entre as cidades e as áreas ru­ lizado, e aumentara riqueza produzida na região, induzindo
rais, diversificando as possibilidades de emprego, a criação de maior consumo, que se vai refletir no comércio e nos serviços,
riqueza, a proteção ambiental e do património e cultura locais. e também maiores receitas para a autarquia, que poderão ser
Assim, estas medidas contribuiriam para o desenvolvimento aplicadas na melhoria da qualidade devida da população.
regional e, como tal, para a coesão territorial, que implica re­ Ao nível ambiental, ao gerar uma energia renovável, vai con­
dução das desigualdades, entre regiões. tribuir para a redução do uso de combustíveis fósseis na pro­
dução de eletricidade e valoriza a região, do ponto de vista
ambiental, podendo a central desenvolver uma valência de
DE EXAME 3 (PP. centro de educação ambiental.
Deste modo, as vantagens da produção de energia solar favo­
recem o desenvolvimento da região.
1.1 C A análise do mapa permite verificar que a opção correta Opção B - A produção de eletricidade a partir da radiação
é a C. solar, na central de Vale de Moura, vai contribuir para o desen­
1.2 C A análise do mapa permite verificar que a opção correta volvimento da região, ao nível demográfico e social.
é a C. Ao nível demográfico, vai gerar emprego, sobretudo especiali­
1.3 A Aanál ise do mapa permite verificar que a opção correta zado, atraindo ativos com qualificações superiores e ajudando
éa A. a fixar os jovens que não terão de sair para procurar emprego.
1.4 B. Todas as afirmações são verdadeiras, mas apenas a op­ A fixação de população vai induzir um maior consumo, que
ção C responde à questão, pois a competitividade das empre­ se refletirá no comércio e nos serviços, e promover o setor
sas depende da formação dos empresários e seus colabora­ imobiliário da habitação. Também vai aumentaras receitas da
dores. Se tiverem mais escolaridade terão maior capacidade autarquia, com mais pessoas a pagar contribuições autárqui­
de aderir e utilizar métodos e tecnologias mais produtivas e, cas, que poderão ser aplicadas na melhoria da qualidade de
assim, aumentar a produtividade - relação entre a produção e vida da população.
o número de horas de trabalho humano necessárias. Ao nível social, também haverá um progresso, uma vez que
1.5 D. A afirmação III é incorreta porque o aumento das quali­ mais emprego e população rejuvenescida significa também
ficações não resulta em mão de obra mais barata e sim mais maior rendimento das famílias e elevação dos níveis médios
cara. Por isso, a opção correta é a D. de escolaridade, o que poderá refletir-se numa maior atrativi-
1.6 D. A opção C é a correta, pois é a que indica medidas para dade para o investimento em novos serviços públicos e ativi­
a escolaridade obrigatória, tal como pedido. dades económicas na região.
Deste modo, as vantagens da produção de energia solar favo­
2.1 D. A opção D é a única que refere correta mente a localiza­ recem o desenvolvimento de maior dinamismo demográfico e
ção das unidades geomorfológicas, a sua constituição geoló­ social da região.
gica e tempo relativo de formação.
2.2 I - Verdadeira, porque nas Orlas Sedimentares explora-se 5.1 D. A afirmação falsa é a III, pois indústrias intensivas em
o calcário, areais e arenitos, utilizados sobretudo na constru­ mão de obra têm fraca produtividade e tecnologia antiga e
ção, mas também o calcário para cimento e o sal-gema, para a poluente, logo não vão contribuir para a sustentabilidade.
indústria. II - Verdadeira, pois o Maciço Hespérico é a unidade 5.2 Exemplos: produção de energia eólica, solar, hídrica e da
mais antiga (rica em minérios metálicos e rochas ornamentais biomassa; indústrias agroalimentares ou associadas a recur­
- mármores e granito cristalino), com maior diversidade geo­ sos endógenos. Também poderia referir-se o “ER e os servi­
lógica (águas minerais) e com muitas falhas tectónicas (águas ços agro-ambientais.
termais), onde abundam minérios metálicos. III - Verdadeira, 5.3 D. A integração na PAC não fez aumentar o número de
abundam o basalto e a lava, devido à origem vulcânica; nos explorações (A), nem a mão de obra a tempo inteiro, devido à
Açores, pela atividade mais recente, é também possível pro­ promoção da pluriatividade (B). O aumento da produtividade
duzir energia geotérmica. não é influenciado, direta mente, pela qualidade de vida dos
2.3 C. A análise da tabela confirma que a opção correta é a C. agricultores (C), mas sim pela formação profissional (D).
5.4 C. A certificação de produtos não depende sobretudo do
3.1 A A temperatura (B), a duração do mês (C) e a rotação uso ou não de fitofármacos e refere-se, geralmente, a produ­
da Terra (D) não influenciam a radiação solar, além de que as tos transformados a partir de produções agrícolas (A). A prática

300
tradicional, embora mais amiga do ambiente, não ajuda a associado às explorações agrícolas e a dinamização de ativida­
atingir o objetivo da PAC de garantir produção alimentar para des de descoberta do território do concelho são outras medi­
todos (B). A PAC não atribui subsídios referenciados ao rendi­ das possíveis.
mento agrícola (D). Se os agricultores tiverem formação para Estas medidas permitiriam aumentar a multifuncionalidade,
praticarem uma agricultura mais amiga do ambiente, vão pro­ criar emprego e, assim, atrair população jovem e aumentar
mover o equilíbrio dos ecossistemas agroambientais, cumprin­ o rendimento dos agricultores, tornando-os mais autónomos
do o princípio da condicionalidade da PAC. economicamente e capazes de investir e inovar, tornando as
5.5 C. Os pilares da PAC são princípios que visam promover áreas rurais do meu concelho mais sustentáveis.
o equilíbrio da oferta e da procura e o desenvolvimento rural,
baseado na multifuncionalidade e na agricultura sustentável 7.1 B, W - refere -se á reabilitação de edifícios; X - só é possí­
(C - opção correta), mas sem proibição total de fitofármacos vel fazer a revitalização do centro ao ritmo a quie acontece, por
(A), apoiando práticas agrícolas amigas do ambiente, além do exemplo, em Lisboa e no Porto, com investimento estrangeiro;
modo de produção biológico (B), em que a prioridade não é o Y - refere-se a substituição dos habitantes locais por outros
aumento da produção, mas sim da sua qualidade (D). que não têm a cultura da cidade e vão descaracterizar os cos­
5.6 B. A opção B é a única que associa corretamente as afir­ tumes e a forma de vida.
mações X, Y e Z ao respetivo tipo de agricultura. A agricultura 7.2 A reabilitação refere-se apenas a recuperação de edifícios,
convencional não tem preocupações ambientais e a proteção sem alteração de funções, enquanto a requalificação se aplica
integrada tem exigências ambientais que incluem os proces­ a edifícios e espaços, ou só a espaços, que são recuperados
sos de produção, que não são referidos em X - proteção inte­ mas também modificados e enriquecidos, embora com uma
grada, em que os cuidados ambientais se centram apenas na componente de preservação ambiental, podendo- haver alte­
proteção das culturas. ração de funções.
7.3 Criar a obrigatoriedade de, em cada novo investimento,
6. Prioridade A - A política nacional de desenvolvimento um terço dos apartamentos manter rendas acessíveis, dando
rural integra, também, os principais objetivos da política am­ prioridade aos antigos moradores, para evitar uma excessiva
biental, entre os quais uma economia circular e com baixo gentríficação (A). Classificar zonas da cidade em que a trans­
teor de carbono. formação dos edifícios das suas funções tenha de obedecer a
No espaço rural, estes objetivos são fundamentais para a sus- regras de manutenção da arquitetura e de parte dos seus resi­
tentabilidade, pois a base económica está intimamente ligada dentes e das funções tradicionais, para não descaracterizar a
ao equilíbrio ambiental. Uma medida que poderia ser imple­ cidade (B). Definir números máximos de oferta de quartos em
mentada, para promover uma utilização eficiente dos recursos, cada zona da cidade (C}.
poderia ser: ajudar a desenvolver parcerias entre os produto­ 7.4 B. Apenas a opção B refere medidas que proporcionam
res agrícolas e as centrais de biomassa, de modo a aproveitar qualidade de vida e sustentabilidade. O estacionamento a bai­
os resíduos agrícolas para produção de eletricidade. Também xo custo (A), a facilidade de circulação e estacionamento (C} e
poderia promover ações de formação sobre compostagem de a maior fluidez do trânsito (D} atrairiam mais automóveis para
resíduos, para obtenção de adubo orgânico. Além de reduzir a cidade, aumentando as emissões de GEE e reduzindo a qua­
as tradicionais e perigosas queimadas, aumentaria e diversifi­ lidade de vida e a sustentabilídade.
cava as fontes de rendimento dos agricultores e evitaria des­
pesas e impactes de fertilizantes químicos. Outra medida seria S. C. Melhorar o nível de hierarquia funcional das cidades
a criação de programas de apoio à substituição de máquinas médias, significa aumentar o número e a especialização de
e utensílios agrícolas que utilizam combustíveis fósseis por funções que oferece, tornando-a mais atrativa para uma área
tecnologia não poluente (a eletricidade) e digital, que permi­ cada vez maior. Só a opção C confirma tudo isto.
te regular a utilização de água, fertilizantes, etc. de modo a
introduzir no campo apenas a quantidade mínima necessária. 9, D. A deslocalizaçâo de serviços centrais fará aumentar o ní­
Deste modo, além de uma utilização mais eficiente dos recur­ vel hierárquico das funções oferecidas e a requalificação das
sos, também se obteria uma significativa redução da emissão zonas terciárias valorizará o espaço e poderá atrair funções
de GEE, prevenindo as alterações climáticas. mais especializadas As medidas referidas nas restantes op­
Estas medidas permitiriam comprovar que uma economia ções não elevam o nível funcional.
mais verde também pode ser mais produtiva e mais lucrativa,
ajudando a desenvolver as áreas rurais ao mesmo tempo que 10.1 A. Apesar de as quatro afirmações serem verdadeiras, só
preservam o ambiente. a primeira está de acordo com o texto inicial.
Prioridade B - A política nacional de desenvolvimento rural 10.2 B. Só a opção B se refere diretamente ao menor uso de
integra, também, os principais objetivos da política regional de transportes e, como são o setor que emite mais GEE, está aqui
coesão económica e social. a maior contribuição das telecomunicações para a prevenção
Nas zonas rurais portuguesas, sobretudo do interior, a popu­ das alterações climáticas.
lação agrícola é predominante mente envelhecida e dispõe de 10.3 C. A desigualdade mais evidente é entre as áreas mais
fracos rendimentos, pois as explorações têm reduzida dimen­ urbanizadas, incluindo cidades do interior e-das regiões autó­
são física e económica. Aproveitando os fundos do FEADER nomas, e as rurais (C). Os contrastes entre litoral-interior e nor-
(fundo europeu agrícola de desenvolvimento rural), poderia te-sul são menos notórios (A e B) e as características sociais
promover incentivos e apoios autárquicos à criação de ativi­ não são visíveis no mapa (D).
dades lucrativas, como: a transformação de produtos agrícolas 10.4 C. As redes referidas nas opções A, B e D não existem.
por processos tradicionais, promovendo a sua certificação a
ajudando a criar parcerias com unidades comerciais e empre­
sas de marketing de cidades próximas, para a sua colocação no
mercado regional, nacional e internacional. A requalificação de
património natural ou histórico, para tornar o município atrativo
para o turismo rural, e apoiar a criação de alojamento turístico.

301
DE EXAME 4 (PP. etc.) e os turistas gostam de comprar produtos próprios das
regiões que visitam.

1.1 C. Os valores apresentados no gráfico apenas permitem 3.1 B. A produção de energias renováveis não tem como obje­
calcular a variação em número de habitantes, para cada ano, tivo garantir a autossuficiência (A), pois a curto e médio prazo
somando o saldo natural com o saldo migratório, que nos dá o é inviável, nem desenvolver uma economia baseada na ex­
crescimento efetivo (C). Para calcular as taxas indicadas em A ploração de recursos naturais (C), porque pretende-se que se
e B, precisaríamos do número total de habitantes. O indicador faça um uso eficiente; reduzir o consumo não é um objetivo,
emigração não nos é dado no gráfico (D). pois eficiência energética não significa redução, mas aprovei­
1.2 B Entre 1992 e 2005, não houve perda de população - os tamento racional sem desperdício, podendo mesmo aumentar
dois saldos foram positivos (A). A perda de população deu-se o consumo total. Em Portugal, além das vantagens ambien­
entre 1962 e 1974, devido ao saldo migratório tão negativo tais, é também importante reduzir o peso das importações de
que não foi compensado pelo fisiológico que com valores combustíveis (que é acentuado) na nossa balança comercial
acima de 50 mil {B - opção correta). A taxa de crescimento - opção B, a correta.
natural não poderia ter subido depois de 1974, pois o saldo
fisiológico decresceu (C). Não é o saldo migratório que influen­ 4.1 D. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção D é a
cia a imigração e sim o contrário (D). correta.
1.3 Período A - Crescimento demográfico nas décadas ante­ 4.2 A. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção A ê a
riores e falta de recursos e de emprego em Portugal, aliado correta.
à ditadura e ao início da guerra colonial (1961), que fizeram 4.3 B A opção B refere as causas naturais e humanas da
aumentar muito a emigração. maior perigosidade de incêndio. A opção A refere fatores que
Período B - A independência das ex-colónias, na sequência agravam os efeitos do incêndio, mas não são causas. Não está
da Revolução de 25 de Abril, fez regressar muitos milhares de provado que interesses económicos levem ao atear de fogos
portugueses que lá residiam, elevando o saldo migratório e (C), nem a criminalidade tem aumentado (D).
fazendo crescer a população, nessa década. 4.4 C. O que mais importa no ordenamento das florestas não
Período C - A desagregação da ex-URSS, a queda dos regi­ é o modo de exploração (privado ou público - A e D), e uma
mes comunistas da Europa de Leste e a grave crise económi­ das causas da fraca rendibilidade da floresta e abandono é o
ca subsequente, originaram um fluxo migratório em direção excessivo parcelamento (B). Assim, a opção C é a correta e o
aos países da UE, incluindo Portugal, que tinha aderido em aumento da dimensão económica das explorações florestais
1986 e estava em fase de grande crescimento da construção fará com que haja mais investimento. Se a floresta for explo­
de obras públicas, que absorveu muita mão de obra imigrante. rada, será cuidada e vigiada, diminuindo a perigosidade de
1.4 D. O envelhecimento demográfico do interior foi efeito do incêndio.
êxodo rural e da emigração da década de 1960, mas as re­ 4.5 D. A sustentabilidade das áreas rurais depende da multi­
messas dos emigrantes associam-se à emigração (W - 2); O funcional idade e do aproveitamento dos recursos endógenos,
maior crescimento urbano, em Portugal, coincidiu claramente pelo que a opção D é a mais completa.
com as décadas de maior êxodo rural (X - 1); Na fase de maior
imigração da nossa história (199 a 2005), os imigrantes fixa- 5. Problema A - O envelhecimento demográfico levoui ao
ram-se sobretudo na AM de Lisboa e no Algarve (Y - 5). abandono de muitas áreas "lorestais, por falta de mão de obra
1.5 B Desde 2010, o saldo migratório voltou a ser negativo, e de recursos económicos para investir na floresta. Pelas mes­
o que acontece sempre que a emigração cresce (geralmente mas razões, a criação de gado ovino e caprino, que limpava
em épocas de crise e falta de emprego) e a imigração diminui, as florestas, quase desapareceu. O abandono e a falta de lim­
pelas mesmas razões. Assim, só a opção B corresponde a esta peza levam á acumulação de muito mato rasteiro que facilita
situação. a ignição, mesmo natural, e alimenta a combustão, tornando
1.6 C. Apenas a afirmação II está incorreta, pois o surto de difícil o controlo das chamas. Assim, como autarca, poderia
imigração dos anos 90 fez aumentar a população e travou a promover o entendimento entre os diferentes proprietários de
queda da natalidade, sendo C a opção correta. explorações florestais abandonadas, no sentido de criarem
uma parceria com empresas do ramo silvícola ou de turismo,
2.1 B. As ocorrências hidrominerais estão associadas à diver­ para fazerem o aproveitamento económico e, ao mesmo tem­
sidade geológica e aos acidentes tectónicos, ambos presen­ po, cuidarem da floresta, podendo os proprietários receber
tes no Maciço Hespérico, com maior incidência nas regiões uma renda e, assim, ainda ter algum lucro.
Norte e Centro. Não se associam a fenómenos de vulcanis- Implementaria também um programa de repovoamento das
mo (C), nem têm maior incidência no Centro e Algarve (A) e áreas menos povoadas, requalificando aldeias e promovendo
Alentejo (D). a imigração, com programas de apoio à instalação e início de
2.2 A. O que faz crescer a oferta é o crescimento da procura. atividade agrícola e pastorícia, envolvendo as empresas da
Por isso, só a opção A está correta. região.
2.3 Afirmação I - O turismo de saúde dirige-se mais a uma Deste modo., poderia ser minimizado o problema do envelhe­
população em crescimento - a idosa -, mas a diversificação cimento e do abandono da floresta.
das ofertas turísticas em torno das termas também tem au­ Problema B - A fragmentação da propriedade dificulta o apro­
mentado. veitamento económico da floresta e também a sua gestão, o
Afirmação II - O turismo de saúde tem efeitos multiplicadores que se agrava com o envelhecimento demográfico e o aban­
porque induz o desenvolvimento de atividades de transporte, dono de muitas parcelas pelos herdeiros do antigo proprietá­
seguros de viagens, comércio, artesanato, lazer, etc., contri­ rio que, na maioria dos casos, vivem longe. Por isso, poderia
buindo para a sustentabilidade das áreas rurais. criar na própria autarquia um serviço de identificação e registo
Afirmação III - A oferta turística das regiões de termas ba- de todos os proprietários das parcelas abandonadas e propor-
seia-se muito no património natural e paisagístico, assim como -Ihes uma parceria de emparcelamento e exploração conjunta
no património construído e até no imaterial (músicas, festas. da área florestal, que poderia ser gerida pela própria câmara

302
ou por uma empresa parceira dos proprietários. Assim, conse- 10.2 C. As indústrias que têm vantagens em se instalar nas
guir-se-ia dar dimensão económica às explorações, de modo cidades são as descritas na opção C. As opções A e B referem
a que fossem rentáveis e estivessem bem cuidadas, evitando atividades que não pertencem ao setor industrial e a opção D
incêndios. Além disso, poderia criar bons acessos e rede de refere à proximidade de matérias-primas, que não são produ­
distribuição de água, para facilitar o combate aos incêndios e zidas nas cidades.
impedir que alastrassem. Faria também campanhas junto da
população sobre as melhores formas de prevenir os incêndios.
DE EXAME 5 (PP.
6.1 B. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção Béa cor­
reta.
1.1 D. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção D é a cor­
6.2 B Pela análise do mapa, verifica-se que a opção Béa reta.
correta. 1.2 B. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção Béa
6.3 C. Nos concelhos centrais - Lisboa e Porto - a renda loca- correta.
tiva é mais elevada, o que faz sair população para a periferia, 1.3 B Pela análise do mapa, verifica-se que a opção Béa
permanecendo as pessoas mais idosas, com casa comprada correta.
ou arrendada há mais tempo. Por isso, a opção C é a correta. 1.4 D. O envelhecimento demográfico tem também influência
6.4 D. Segundo as estatísticas estudadas, os concelhos de (A e C), mas não de forma tão direta. As causas referidas na op­
Palmeia e de Vale de Cambra são os que empregam mais ati­ ção B tiveram maior importância nas décadas a seguira Revolu­
vos na indústria transformadora. ção de 25 de Abril, com a grande abertura do mercado de tra­
balho para as mulheres e com a liberalização dos contracetivos.
7.1 B Pela análise do mapa, verifica-se que a opção Béa cor­ Atualmente, a principal razão da descida da taxa de natalidade
reta. é a importância dada à carreira profissional e a dificuldade em
7.2 D. A opção D é a única que refere apenas fatores físicos. conseguir estabilidade no emprego, que leva ao adiamento da
vida em casal e do primeiro filho (D - opção correta).
8. As áreas metropolitanas têm uma densidade populacional
muito superior à nacional, concentrando um pouco mais de 2. Afirmação I - A igualdade de género, permitiu ás mulheres
40% da população do país e atraindo também mais imigra­ estudar até mais tarde e construir uma carreira, o que levou
ção. Têm, por isso, maior dinamismo demográfico, com uma ao adiamento do casamento e do primeiro filho, assim como à
população menos envelhecida e com maiores níveis de esco­ redução do número de filhos.
laridade e qualificação. A AM de Lisboa destaca-se bastante Afirmação II - A dificuldade de inserção no mercado de tra­
em relação ao Porto, sobretudo no menor índice de envelhe­ balho e de conseguir estabilidade no emprego também fazem
cimento e maior taxa de natalidade, assim como nos níveis de adiar a opção de ter filhos que, para muitos, nem chega a con­
escolaridade e rendimento mais elevados. cretiza r-se.
Esta dimensão demográfica justifica o maior dinamismo econó­ Afirmação III - O acesso fácil e barato a contracetivos e cs
mico, que se traduz pela concentração de grande parte das em­ níveis de escolaridade, que elevam as expetativas de vida, fa­
presas de maior dimensão e na produção de mais de metade zem com que a maioria dos jovens adultos adiem a idade de
do VAB nacional. Assim, há maior oferta de emprego e maior procriar e optem por ter um filho, no máximo dois.
atratividade para o investimento estrangeiro, localizando-se nas
AM, sobretudo a de Lisboa, a maioria das sedes de empresas 3. Problema (A) - O envelhecimento demográfico decorre do
nacionais e estrangeiras. aumento da esperança média de vida, conjugado com a que­
Detendo também funções de nível superior, tanto públicas como da da natalidade. Para resolver esse problema, poderemos
privadas, têm grandes áreas de influência que, no caso de Lis­ incentivar o aumento da natalidade, através de apoios finan­
boa, se estende a todo o país, para algumas funções. ceiros às famílias com filhos e de garantias das empresas de
Deste modo, nas AM do Porto e, sobretudo, de Lisboa gera-se não afetar negativamente as trabalhadoras que decidem ser
uma complexidade de relações espaciais geradoras de com­ mães, garantindo-lhes as mesmas condições de ascensão na
plementaridades sociais e económicas que as tornam polos carreira. Também se pode incentivar a imigração., agilizando o
dinamizadores do desenvolvimento nacional. processo de acesso à autorização de residência e trabalho e
apoiando a integração com ajudas à habitação e às despesas
9.1 A. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção A é a familiares, pelo menos no primeiro ano, exigindo, em contra­
correta. partida, o respeito pela nossa legislação e pela nossa cultura.
9.2 B Não é o volume de produção que determina o volume Assim, seria possível rejuvenescer a população e garantir a
de negócios (A); Béa opção correta, caracteriza bem o tecido substituição dos ativos e das gerações, dando também opor­
industrial da AML; A intensidade em mão de obra refere-se tunidades a pessoas de países onde elas não existem.
a indústrias de menor tecnologia e por isso de menor VAB e Efeiito (B) - Para fazer este problema entrar na agenda po ítica,
volume de negócios {C e D). será necessário divulgar os seus efeitos sociais e económi­
9.3 C. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção C é cos. para que a população possa dar-lhe a devida importância
a correta. e mobilizar-se para exigir dos políticos a tomada de medidas
9.4 A pequena dimensão das empresas do setor industrial que possam reduzir o envelhecimento e garantir a substitui­
diminui a sua capacidade de investimento e inovação, o que ção dos ativos que atingem a idade de reforma, os cidadãos
reduz as possibilidades de aumentarem a produtividade e de que vão ser mais prejudicados por esta situação: os que agora
se internacionalizarem. contribuem para a segurança social e, quando atingirem a ida­
de de reforma, não terão população ativa suficiente para lhes
10.1 D. A afirmação III é falsa, pois a renda locativa não é mais garantirem a pensão, para a qual descontaram.
elevada nos parques industriais, que também não se situam Uma medida seria criar um grupo de pessoas interessadas, de­
nas cidades, mas sim nas suas periferias. bater o assunto, propor medidas que envolvam cs cidadãos,

303
o governo e as empresas e, a partir daí, colocar a informação 7.5 C. O turismo cinegético não tem como objetivos observar
nas redes sociais, criando um grupo próprio, para divulgar in­ a vida selvagem (A} e preservar os ecossistemas (B), embora
formação e recolher sugestões. Enviar essa informação para possa dar o seu contributo, nem apreciar o espaço rural (D),
os meios de comunicação social e para os diferentes parti­ mas sim praticar a caça, dentro das normas legais e ajudando
dos políticos. Além disso, poderia criar-se uma petição pública a controlar a população de certas as espécies, como o javali e
para levar este assunto ã Assembleia da República. o coelho, que se reproduzem muito rapidamente, tornando-se
A mobilização dos cidadãos é sempre a forma mais eficaz de nocivos para a agricultura (C).
chamar a atenção do poder político e lhe fazer perceber o que
é importante para quem vota. 8. Ideia-chave A - O TER dá um contributo muito completo
para o desenvolvimento das áreas rurais, pois tem efeitos di­
4.1 B Pela análise do mapa e do texto, verifica-se que a opção retos no emprego e na criação de riqueza, além dos efeitos
B é a correta. multiplicadores.. Duas medidas para o promover: apoiar os in­
4.2 C. Pela análise do mapa e do texto, verifica-se que a opção vestimentos em instalações de “ER (alojamento e atividades
C é a correta. de lazer), com benefícios fiscais, por exemplo, e desenvolver
4.3 D. Pela análise do mapa e do texto, verifica-se que a opção as acessibilidades e valorizar o património histórico da região.
D é a correta. Ide ia-chave B - O contributo do TER para o desenvolvimen­
4.4 C. Pela análise do mapa e do texto, verifica-se que a opção to das áreas rurais, não pode ter em vista apenas os aspetos
C é a correta. económicos, mas também a sustentabilidade dos espaços
4.5 D. A opção D é a mais abrangente, integra as restantes. naturais e paisagísticos que lhe dão a atratividade turística.
4.6 A. A descentralização de competências administrativas e Duas medidas para que o turismo se integre no espaço rural
de serviços públicos elevará o nível funcional dos territórios de forma harmoniosa e sustentável são: disponibilizar serviços
do interior, criando maior igualdade e coesão territorial (A - de orientação para os investidores tomarem as opções corre­
opção correta). A opção B integra-se na A; As opções C e D tas, de modo a que as unidades criadas se integrem bem na
contêm aspetos pouco sustentáveis, respetiva mente «a explo­ paisagem, sem destruir habitais, eque disponham de como­
ração de lítio» e trabalhos mal remunerados. didade para os hóspedes, mas respeitem as características e
tradições da região; regulamentar o número de unidades em
5.1 B. O que torna a variação interanual (A) e sazonal (B) mais funcionamento e de equipamentos de lazer e atividades, para
difícil de gerir é o facto de a estação seca ocorrer durante a evitar a descaracterização da região e manter o ambiente de
estação mais quente, ou seja, há menos disponibilidade quan­ tranquilidade e bem-estar que a Natureza proporciona.
do há maior necessidade de água {C - opção correta) e a esta­
ção seca é um efeito do estado do tempo e não o contrario (D). 9.1 A. O documento é a Agenda 2030, cujo grande objetivo
5.2 C. A opção A é a única que refere as designações certas está na opção A - a correta. A afirmação B é falsa, a prioridade
- barragem de retenção e barragem de produção - com o é a sustentabilidade. As opções C e D são corretas mas inse­
significado também correto. As restantes estão incorretas. rem-se no grande objetivo enunciado na opção A.
5.3 D. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção D é a 9.2 Objetivo I - Aumentar as inspeções às empresas mais
correta. poluentes, de modo a incentivar o efetivo cumprimento das
normas de respeito pelo ambiente e promover a redução e
6.1 C. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção C é a tratamento de resíduos, para não poluir os espaços naturais.
correta. Objetivo II - Criar incentivos para a utilização de veículos me­
6.2 D. Pela análise do mapa, verifica-se que a opção D é a nos poluentes, se possível elétricos, e aumentar a produção
correta. de eletricidade a partir de fontes renováveis, para reduzir as
6.3 A. A afirmação II é falsa porque os aquíferos fissurados, emissões de dióxido de carbono.
como os do Maciço Hespérico, são os que têm menor produ­ Objetivo III - Criar mais espaços verdes e de circulação pe-
tividade aquífera, pela sua menor dimensão. Assim, a opção donal e em veículos suaves e limitar a entrada e circulação de
B é a correta. automóveis particulares na cidade.
9.3 B. A opção B corresponde à definição de economia circu­
7.1 B. Pela anál ise do mapa, verifica-se que a opção B é a lar e engloba a opção C, que indica o modo de tornar o uso
correta. dos recursos naturais eficiente. A opção A refere-se à econo­
7.2 A. O TER beneficiou da internacionalização de Portugal, mia hipccarbónica que também se insere na circular. A afirma­
que tornou eficaz a sua promoção pelo Turismo de Portugal ção D é verdadeira mas não define economia circular.
através de plataformas digitais, assim como dos apoios da 9.4 C. O acordo foi assinado na cidade de Paris, por 60 países,
PAC no âmbito do pilar desenvolvimento rural e através do aopçac Céa correta. As restantes são incorretas.
Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020), que 9.5 A. A rede Natura 2000 integra dois tipos de áreas prote­
permitiu criar alojamento turístico em espaço rural. O fator gidas: as zonas de proteção especial, para conservação das
apresentado na opção B não é suficientemente forte para fa­ populações de aves, e os sítios de interesse comunitário que
zer aumentar o TER. As opções C e B referem o turismo global, visam a conservação da biodiversidade pela proteção dos ha­
que influencia pouco Portugal. bitais. A opção A é a correta, pois indica a Diretiva Aves e a
7.3 B. O TER tem de cumprir regras que impedem a saturação Diretiva Habitais.
do espaço rural (A) e a descaracterização das regiões (C) e
não gera abandono da agricultura, pelo contrário, precisa dela 10. Estratégia A - Como cidadãos portugueses, da Europa e
para se afirmar (D). A opção B refere os efeitos positivos do do Mundo, devemos estar informados e participar no debate
TER nas áreas rurais, que contribuem para o seu desenvolvi­ e na proposta de soluções sobre os assuntos e problemas no
mento sustentável {opção B - correta). nosso tempo. Tal como fez Greta Thunberg, que conseguiu
7.4 D. W refere as características de um hotel rural - integrado mobilizar jovens de toda a União Europeia para exigir dos po­
em plena natureza; X descreve as características de uma casa líticos a tomada de decisões e medidas contra as alterações
de campo e Y, as do agroturismo. climáticas. De facto, é o nosso futuro que está em causa. Uma

304
medida que pode ser tomada é a criação, nas escolas de todo 3.2 B. O centro barométrico formado sobre a Península Ibé­
o país, de grupos de reflexão sobre as alterações climáticas, rica é uma depressão, uma vez que as ísóbaras apresentam
que poderia designar-se como “Não nos roubem o futuro" Ou­ valores abaixo do normal (1013 hP ou mb}, logo, tem origem
tra, no seguimento desta, será a interligação de todos estes térmica (grande aquecimento da superfície que faz subir o ar)
grupos numa rede nacional, para troca de ideias e organiza­ e, por isso, origina o estado do tempo descrito na opção B.
ção de eventos que funcionem como campanhas de sensibili­ 3.3 A. Sendo uma depressão térmica, o ar sobe a partir da
zação para a urgência de travar as emissões de GEE, dirigidas superfície, logo a circulação do ar é a indicada na opção A.
aos políticos e à população em geral (manifestações, ações de 3.4 A. A opção A é a única que apresenta uma distribuição
rua em contacto direto com a população, organização de pa­ de nuvens correspondente ã posição do centro barométrico e
lestras e proposta de debates televisivos, etc,). Seria um modo das frentes, que originam nuvens e precipitação.
de exercício de cidadania e de luta pela preservação do equilí­ 3.5 C. A afirmação I é incorreta porque a carta sinótica repre­
brio ambiental do planeta, que depende do equilíbrio térmico, senta uma situação meteorológica de verão, pois só nesta
posto em causa pela excessiva emissão de GEE. época do ano a Península Ibérica está tão aquecida que pro­
Estratégia B - Todos nós, como seres vivos, integrados no voca a formação de baixas pressões térmicas, por convecção
ecossistema planetário, temos de dar o nosso contributo, to­ do ar. Por vezes, as manifestações da frente polar d es loca m-
mando consciência da situação e mudando a nossa forma de -se para sul no verão, mas são bloqueadas pelo anticiclone
estar no planeta e de utilizar tudo o que ele nos dá, mas que dos Açores e, neste caso, também pela baixa pressão sobre a
não é inesgotável nem indestrutível. península. C é a opção- correta.
A primeira medida que tomaria, se tivesse responsabilidades
governamentais, seria utilizar todos os meios de comunicação, 4.1 B. A opção B é a que se apresenta mais completa, englo­
incluindo redes sociais, para divulgar os objetivos da política bando A e parte de C. A opção D está fora de contexto, não
ambiental nacional e comunitária, explicando a sua razão de depende da valorização económica do mar.
ser e motivando a população a empenhar-se na sua concre­ 4.2 D. Pelos dados estatísticos estudados, D é a opção correta.
tização. Assim, daria cumprimento ao desígnio da Estratégia 4.3 Fileira 1 - Apoiar a substituição de técnicas agressivas de
Nacional de Educação Ambiental 2020, que pretende promo­ captura (arrasto do fundo, p. ex.) por outras que não arrastem
ver uma educação ambiental que conduza a uma mudança peixejúnior e a fauna e flora dos fundos marinhos.
civilizacional de hábitos sustentáveis em todas as dimensões Fileira 2 - Continuar a modernizar os portos portugueses, fa­
da vida humana. zendo o marketing da sua utilização, para que possam efetiva­
Outra medida seria a de criar incentivos para que os cidadãos mente tornar-se porta da Europa.
alterem hábitos que prejudicam o ambiente, nomeadamente ao Fileira 3 - Apoiar as empresas que se dedicam a esta ativida­
nível da entrega de embalagens de plástico e garrafas de plás­ de, ajudando-as a ganhar dimensão competitiva.
tico e vidro, nos estabelecimentos onde estes são vendidos, em Fileira 4 - Regulamentar as práticas turísticas, desportivas e
troca de vales de desconto, por exemplo. de descoberta da orla e águas costeiras, de modo a que se­
Porém, a mudança e a participação tem de ser de todos e cada jam praticadas sem efeitos nocivos para o equilíbrio ambiental
um dos cidadãos, na concretização dos 5 R’s: repensar os nos­ dessas zonas.
sos hábitos e alterar os que são nocivos para o ambiente; re­
cusar o consumo de bens cuja produção envolva métodos e 5. Tópico A - O programa COSMO tem toda a pertinência,
matérias-primas nocivas para o ambiente; reduzir o consumo ao como contributo para o desenvolvimento sustentável das ativi­
indispensável, para evitar desperdícios; reutilizar tudo o que for dades económicas associadas à orla costeira. Estas atividades
possível, libertando-se do hábito de usar e deitar fora; reciclar, vão desde a pesca, as indústrias do pescado e da construção
para que os recursos possam entrar no circuito produtivo mais e reparação naval, ãs que se associam ao lazer e ao turismo -
do que uma vez, evitando a criação de resíduos. hotelaria, oficinas de construção e reparação de embarcações
de recreio e desporto, pranchas de surf, artigos de mergulho e
de pesca, negócios e atividades de praia, etc.
DE EXAME 6 (PP. A monitorização do estado e evolução da linha de costa dispo­
nibiliza dados e informações relevantes para essas atividades
(p. ex.: estado das arribas e turismo balnear) poderem desenvol-
1.1 B Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção B é a ver-se de forma segura para quem as pratica. Além disso, essa
correta. monitorização permite ir ajustando as normas de ocupação das
1.2 D. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção D é orlas costeiras, de acordo com a sua evolução e as situações
a correta. reais, de modo a evitar danos ambientais irreversíveis.
1.3 O menor índice de renovação de população ativa no Alen­ Pela extensão da nossa linha de costa e a importância econó­
tejo deve-se à sua reduzida população jovem, insuficiente mica e ambiental da orla costeira, programas como o COSMO
para substituir os ativos que entram na reforma, uma vez que representam um contributo valioso para a proteção e valori­
esta região tem grande proporção de idosos, pelo que a po­ zação ambiental e económica dessa parte do nosso território.
pulação também é envelhecida. Tópico B - O programa COSMO tem toda a pertinência, como
contributo para a preservação do mar, como sistema e habi­
2.1 C. Pela análise da tabela, verifica-se que a opção C é a tat fundamental para o equilíbrio do planeta. As constantes
correta. ameaças ã qualidade da água e à segurança da fauna marinha
2.2 A. Pela análise da tabela, verifica-se que a opção A é a tornam urgente tomar medidas para a sua proteção. Para tal,
correta. torna-se imprescindível a recolha de dados e informações so­
2.3 B Pela análise da tabela, verifica-se que a opção B é a bre as características e evolução dos fundos marinhos e águas
correta. costeiras, bem como das arribas, praias e dunas, ao longo da
faixa costeira. Só assim será possível tomar as decisões e me­
3.1 A. Pela análise da carta sinótica, verifica-se que a opção A didas adequadas à sua preservação e à mitigação dos efei­
é a correta. tos da evolução natural, como o desgaste das arribas, ou de

305
ocorrências como o aparecimento de espécies invasivas ou 9.3 D. A redução da dependência energética nâc passa pela
problemas de poluição das águas. exploração ou por novos fornecedores de combustíveis fós­
Tendo Portugal uma extensa linha de costa e uma das maio­ seis (A e B), nem apenas na ligação das diferentes redes (C),
res ZEE do mundo, o mar tem grande importância económica mas sobretudo por mudar o paradigma energético, fazendo
e geopolítica. Programas como o COSMO são, por isso, um depender o fornecimento essencialmente de fontes renová­
contributo valioso para a proteção e valorização ambiental e veis e fazendo uma gestão mais eficiente a nível comunitário,
económica do nosso território marítimo. para o que é necessário interligaras redes e criar um mercado
comum da energia (D).
6.1 D. Pela análise do gráfico, verifica-se que a opção D é a
correta. 10, Meta A - Os grandes objetivos da política comum dos trans­
6.2 C. Os regimes de produção distinguem-se pelo tipo de portes, sendo transversais, estão presentes em todas as outras
alimentação, podendo ser intensiva (alimentação totalmente políticas e, por maioria de razões, na dos transportes e da energia.
artificial), extensiva (apenas os alimentos naturais do meio Para reduzir as emissões de GEE, talvez a maior prioridade
hídrico) e semi-intensiva (mistura os dois tipos de alimentos). ambiental dos nossos dias, é imperativo que se aumente a efi­
C é a opção correta. ciência energética, isto é, que a mesma quantidade de energia
6.3 C. O Centro, na ria de Aveiro, e o Algarve, na ria de Faro, possa realizar mais trabalho (iluminação, aquecimento, movi­
são as regiões com maior produção aquícola, pelas condições mentação, etc.). A eficiência ajudará a moderar o consumo.
naturais propícias. C é a opção correta. Para aumentar a eficiência, duas medidas possíveis são:
* a criação de programas de apoio à investigação científica e
7.1 Afirmação I - É verdadeira, tendo em conta o primeiro pa­ tecnológica, para obter material e equipamentos elétricos
rágrafo do texto e a história da PAC, cujos objetivos iniciais mais eficientes - menos consumidores de energia;
foram de garantir o abastecimento alimentar, apoiar financei­ * a realização de campanhas educativas de sensibilização
ramente a modernização agrícola e elevar o nível de vida dos da população para que, no seu dia a dia, utilizem a energia
agricultores de forma mais eficiente, desligando lâmpadas e aparelhos
Afirmação II - “Ao longo dos anos, a PAC soube adaptar-se às sempre que não estão a ser necessários, utilizando as má­
novas circunstâncias” e, por isso, fez sucessivas alterações, quinas com cargas máximas, etc.
visando reduzir o impacte ambiental e o seu peso orçamental Estas medidas permitiriam aumentar a eficiência energética e
(de início era superior a 90% e, em 2018, apenas 36,8% das moderar os consumos.
despesas do orçamento da UE). Meta B - Os grandes objetivos da política comum dos trans­
Afirmação III - O último parágrafo aponta para as orientações portes, sendo transversais, estão presentes em todas as ou­
da última reforma (2013), baseada em dois pilares: equilíbrio tras políticas e, por maioria de razões, na dos transportes e
do mercado e desenvolvimento rural sustentável. Este implica da energia.
práticas agrícolas sustentáveis e a pluriatividade como fator Para descarbonizar a produção e o consume de energia, de
de sustentabilidade das áreas rurais. modo a alcançar as metas na redução das emissões de GEE,
7.2 C. A última reforma (2013) foi orientada para a preserva­ será necessário valorizar ainda mais as fontes renováveis.
ção ambiental, incluindo o combate às alterações climáticas. Para isso, duas medidas possíveis são:
A data do documento (2012) inviabiliza as restantes opções. * incentivar o investimento na produção de eletricidade re­
7.3 A. Só a opção A indica as dificuldades que se verificaram novável e na investigação que permita gerir e aproveitar
na nossa integração. O FEADER não existia (B), foi exigido melhor os recursos naturais renováveis que permitem a
controlo da produção e nâo aumento (C). As culturas energéti­ sua produção, ao mesmo tempo que se estabelecem limi­
cas não eram excedentárias (D). tes temporais para o encerramento de centrais termoelétri-
7.4 C. A opção C é a que indica apenas progressos. A e B cas alimentadas a combustíveis fósseis;
indicam aspetos negativos. O aumento da produtividade não * ao nível do consumo, estabelecer incentivos fiscais ao uso
resultou das condições de vida dos agricultores (D) e sim da de veículos elétricos pela população e apoios às empresas
formação profissional. na substituição das suas frotas, aumentando, gradualmen­
7.5 B. De acordo com o documento estudado só a alínea B te, os custos dos transportes movidos a combustíveis fós­
está correta. Não se pretende privilegiar o investimento públi­ seis e limitando a sua circulação nas cidades.
co (A e D) nem a organização produtiva (C). Estas medidas permitiriam descarbonizar tanto a produção
7.6 D. A opção D é completa, englobando as restantes. como o consumo, levando à construção de uma economia hi-
pocarbõnica.
8.1 D. Na coluna B, os pontos 2 e 3 são imprecisos. Pelo que a
opção correta é a D.
8.2 A importância dada ao modo ferroviário deve-se ao facto PROVA-MODELO DE EXAME 7 (PP.
de os principais eixos rodoviários da UE se encontrarem con­
gestionados e, sobretudo, pelas elevadas emissões de CO2
libertadas pelos veículos rodoviários. O comboio é movido a 1.1 A. A opção A é a única que corresponde á definição de taxa
energia elétrica, daí a sua vantagem para os objetivos da UE de atividade.
de reduzir as suas emissões de GEE. 1.2 D. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção D é
a correta.
9.1 C. Os projetos prioritários são do gás natural, combustível 1.3 A. Uma das características das áreas urbanas é a ocupação
menos poluente, e da eletricidade, que pode ser produzida a da população ativa nos setores secundário e terciário, sendo
partir de fontes renováveis. que, nas últimas décadas, deu-se a saída da maioria das indús­
9.2 B. Para Portugal, são mais importantes as ligações da rede trias da cidade, permanecendo o terciário. Além disso, com
elétrica devido à grande potencialidade da sua produção a a modernização tecnológica da indústria e a deslccalização
partir de fontes renováveis, podendo vir a ser um importante das mais intensivas em mão de obra, o emprego no setor se­
setor exportador. cundário tem diminuído. Assim, deu-se uma terciarizaçâo da

306
economia - maior contributo do setor terciário para o empre­ atribuem-se apoios financeiros aos pescadores nos períodos
go, o PIB e o VAB nacionais. A opção correta só pode ser a A, em que não podem pescar.
as restantes estão incorretas. Porém, se não houvesse quotas, períodos de defeso e limi­
1.4 D. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção D é tações da dimensão das malhas das redes e dos tamanhos
a correta. mínimos de desembarque, rapidamente as comunidades en­
1.5 B. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção B é a trariam em falência, por falta de recursos para pescar.
correta.
5.1 C. Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção C éa
2. O crescimento do turismo tornará o setor terciário ainda correta.
mais importante na estrutura do emprego, uma vez que as ati­ 5.2 B Pela análise dos gráficos, verifica-se que a opção B é
vidades associadas ao setor turístico (hotelaria, restauração, a correta.
comércio, transportes, etc.) são todas do terciário, embora 5.3 A. A opção A é a correta, pois pode trazer benefícios di­
também induza crescimento na produção industrial de bens retos ac agricultor. As mini-hídricas (B), as barragens (C) e as
utilizados nas atividades mencionadas. centrais solares não beneficiam economicamente os agricul­
tores, embora tragam benefícios para as áreas rurais.
3.1 C. Pela análise do documento, verifica-se que a opção C 5.4 B. O Alentejo, com grande insolação e explorações de
é a correta. grande extensão, muitas cultivadas com bíomassa, é particu­
3.2 A. Em Portugal, o maior condicionalismo da abundância larmente favorável à produção de energia solar e de bíomassa.
de pescado é a pequena extensão da nossa plataforma con­ 5.5 A. No Norte e Centro, as condições naturais de relevo
tinental, pois é nas plataformas continentais que existe maior montanhoso (mais ventoso} e a maior precipitação e volume
abundância de pescado (A - opção correta). O movimento de dos caudais, conjugada com os vales encaixados, são mais
navios ocorre para lá da plataforma continental, não influencia favoráveis para produção de energia eólica e hídrica.
diretamente a pesca (B). A ocorrência de upwelling não coinci­
de com a desova (C) e a deriva do Atlântico Norte não se junta 6. Afirmação I - A produção de energia ou de matéria-prima
à corrente fria das Canárias (D). para esse efeito, assim como o arrendamento de terrenos, di­
3.3 C. Pela análise do documento, verifica-se que a opção versificam as atividades dos agricultores, logo diversificam a
C é a correta, pois a nossa frota ganhou capacidade, em base económica das áreas rurais.
arqueação bruta, e aumentou em força motriz, logo pode­ Afirmação II - Como as centrais solares ocupam muito espa­
rá operar mais longe, de forma mais eficaz, ganhando assim ço, nas áreas rurais com insolação, como o Alentejo, o custo
competitividade. do solo mais baixo é benéfico.
3.4 É nas plataformas continentais que se captura cerca de Afirmação III - Os espaços rurais, muito ligados à Natureza,
80% de todo o pescado ao nível mundial, uma vez que são têm um papel fundamental na preservação ambiental. Produ­
as zonas dos oceanos com maior abundância de pescado. Tal zindo energia renovável, estão a contribui para a preservação
deve-se à menor profundidade, que permite maior penetra­ do equilíbrio atmosférico em todo o planeta.
ção da luz solar e, por isso, maior formação de plâncton. Além
disso, as águas são menos salgadas, devido ao desaguar dos 7. C. O que atrai as indústrias da madeira e da cortiça para as
rios, que também arrastam minerais e nutrientes orgânicos. áreas rurais é a proximidade da matéria-prima [W - 3}i A indús­
3.5 D. Pela análise do documento, verifica-se que a opção D tria em espaço rural promove o desenvolvimento da produção
é a correta, porque os navios que entraram são de grande das suas matérias-primas, a montante - antes do processo de
dimensão, logo operarão na pesca do largo e na pesca lon­ produção industrial (X - 1); a jusante - após o processo pro­
gínqua. dutivo - promove o consumo (há mais rendimento disponível,
3.6 B W refere-se à pesca costeira, que captura espécies de com o- salário industrial} e dinamiza o comércio (Y- 3) comér­
grande valor, quase sempre com artes de pesca tradicionais cio. C é a opção correta.
(W - 4). X indica características da pesca do largo, que utiliza
meios modernos de deteção, captura e conservação do pes­ 8.1 D. Pela análise do gráfico, verifica-se que a opção D é a
cado (X - 1). Y refere-se à pesca longínqua, que usa navios-fá­ correta.
brica (Y - 2). 8.2 A. A saída da população das grandes cidades dá-se pela
saturação dos serviços e infraestruturas (deseconomía de
4. Perante o aumento constante das capturas e os sinais aglomeração} e pela elevada renda locativa - A é a opção
evidentes da redução da capacidade de regeneração dos correta. As restantes são afirmações falsas.
cardumes, foi necessário adotar medidas que garantissem a 8.3 O processo de suburbanizaçâo ocorreu, em Portugal, nas
sustentabilidade dos recursos piscatórios, sob pena de se al­ décadas de 1950 a 1970. com o êxodo rural a deslocar gran­
cançarem níveis de degradação irreversíveis. de número de residentes das áreas rurais do interior para as
As quotas surgem como uma medida de controlo das captu­ áreas urbanas do litoral, sobretudo para Lisboa e Porto, fazen­
ras, limitando a quantidade de peixe, por espécie, que pode do crescer os subúrbios e dando origem às áreas suburbanas.
ser descarregado nos portos e vendido nas lotas. Às quotas, 8.4 C. A primeira fase da expansão urbana é a centrípeta, em
muitas vezes, associam-se períodos de proibição total de cap­ que ocorre a concentração de população e atividades econó­
turar certas espécies - a época do defeso - que coincide com micas, fazendo crescer as cidades e os seus subúrbios. C é a
a desova, dando tempo para que os peixes recém-nascidos opção correta. As restantes são afirmações falsas.
possam crescer e alcançar a idade de reprodução. 8.5 C. Só a opção C apresenta os fatores corretos. As restan­
As quotas são definidas a nível comunitário e geram sempre tes não fazem sentido.
alguma polémica, mas são indispensáveis para garantir a sus­ 8.6 D. A opção D é a única com o conceito correspondente à
tentabilidade dos recursos piscícolas e, como tal, para o futuro frase inicial.
da pesca. Ou seja, as comunidades de pescadores, no pre­
sente, têm de reduzira sua produção e, com isso, perdem ren­ 9, D. A afirmação III é falsa, pois a periurbanização é uma ex­
dimento. Por isso, no âmbito da política comum das pescas. pansão difusa que já não depende de transportes públicos e.

307
por isso, já nâo segue o traçado das ferrovias, mas continua a forma mais direta (próximo cia perpendicular), na zona intertro-
seguir o traçado das autoestradas. Assim D é a opção correta. plcal, até atingir grande obliquidade nos polos. Por isso, até à
latitude de 4CF (N e S) há excedente energético (C é falsa} e,
10.1 A. A opção A é a correta, pois a Bulgária e a Roménia, em nas latitudes superiores, há um défice energético. O albedo
2007, e a Croácia, em 2013, foram os últimos alargamentos. varia de acordo com o tipo de superfície, nâo sendo igual em
10.2 B. A opção B é a única que refere corretamente os crité­ toda a Terra (A é falsa).
rios de Copenhaga: económico, político ejurídico. 1.5 A. Em Portugal, a radiação solar recebida é maior no sols­
10.3 Efeito A - Os últimos alargamentos, pelo grande número tício de junho, altura do movimento de translação da Terra em
de novos países, implicaram alterações que trouxeram desa­ que o Sol atinge o zénite sobre o trópico de Câncer (a opção A
fios, mas também oportunidades. é a correta). As restantes opções são, por isso, falsas.
Para o nosso país, as oportunidades foram, entre outras, a 1.6 C. A altitude influencia a radiação global, pois nas monta­
maior facilidade de internacionalização das empresas portu­ nhas geral mente há maior nebulosidade, pelo que a absorção
guesas e de efetuar negócios, com o alargamento do merca­ pelas nuvens é maior, resultando daí menor radiação global
do único. Outra vantagem foi ter passado a beneficiar também - total de radiação que atinge a superfície, diretamente ou
de maiores possibilidade de expansão, por fazer parte daque­ por difusão. Logo, só a opção C está correta. As restantes são
le que passou a ser o maior mercado comum do mundo. falsas, pois contradizem a C.
Estas duas vantagens, além do seu desenvolvimento maior
face aos novos países, compensaram alguns aspetos negati­ 2. B W refere-se às baixas pressões equatoriais, que são de
vos, como a perda de fundos comunitários. Porém, o objetivo origem térmica (W - 2); X refere-se às altas pressões subtro­
mais importante era manter a Europa unida e com estabilidade picais que, devido ao ar descendente, raramente permitem a
política que, sem esta adesão, seria mais difícil garantir, em ocorrência de precipitação (X - 1); Y refere-se às baixas pres­
países independentes há tão poucos anos. sões subpolares que são dinâmicas, pois resultam do encon­
Efeito B - Os últimos alargamentos, pelo grande número de tro de duias massas de ar diferentes que se deslocam em sen­
novos países, implicaram alterações que trouxeram mais opor­ tidos opostos (Y - 3).
tunidades, mas também desafios, que foi necessário enfrentar.
Para o nosso país, esses desafios foram, entre outros, o fac­ 3.1 C. Apenas a opção C refere o processe correto de forma­
to de se ter tornado geograficamente mais periférico, tendo ção de precipitação. As restantes são incorretas.
de competir com as vantagens dos novos Estados-membros: 3.2 A. A opção A é a correta e engloba a B (incompleta). C e
maior centra lidade; mão de obra mais barata e mais apoios co­ D são falsas, pois é habitual chover mais no outono do que na
munitários, com os programas específicos de integração. Ou­ primavera e as depressões barométricas originam precipita­
tro desafio foi ter perdido alguns fundos comunitários, por ter ção quase sempre abundante.
ficado mais próximo das médias europeias, uma vez que estas 3.3 D. As depressões, térmicas ou dinâmicas, e as pertur­
baixaram por terem aderido sobretudo países empobrecidos bações frontais (depressão dinâmica) originam precipitação.
pelo regime comunista, de economia fechada, e pela grave Pelo que só a opção D é a correta - quando o anticiclone dos
crise económica que se seguiu à queda desses regimes. Açores permanece muito tempo a influenciar o nosso país,
Porém, o objetivo mais importante era manter a Europa unida ocorrem períodos de seca meteorológica (ausência de pre­
e com estabilidade política que, sem esta adesão, seria mais cipitação).
difícil garantir, em países independentes há tão poucos anos. 3.4 C. Pela análise dos mapas, só poderíamos optar por B ou
C. Porém, a opção C é mais completa, pois, além das chuvas
orográficas refere também as chuvas frontais originadas pelas
baixas pressões subpolares, sobretudo no inverno.
DE EXAME 8 (PP. 272 A 280)
3.5 D. A afirmação II é falsa, pois apesar de indicar bem a varia­
ção visível nos mapas, termina com uma afirmação falsa, pois
1.1 A. Estando a radiação terrestre e a absorção legendadas na o noroeste é a região mais exposta ao principal fator - chuvas
figura 1, apenas restam a reflexão e a difusão - a opção A é a frontais, associadas à deslocação da frente polar, para sul.
correta. A opção B refere absorção, nâo pode ser, e as opções
C e D são afirmações falsas. 4. A utilização dos recursos hídricos pela população, para usos
1.2 A radiação solar absorvida pela superfície terrestre é trans­ domésticos, e nas atividades económicas e de lazer agravam
formada em energia calorífica e emitida para a atmosfera - ra­ a sua qualidade. Além disso, os efluentes urbanos não podem
diação terrestre. Da radiação terrestre, parte escapa-se para o ser lançados nos meios hídricos sem tratamento, sob pena de
exterior e outra parte é absorvida pelas nuvens e pelos GEE, os contaminarem e destruírem os ecossistemas aquáticos.
como o vapor de água, o dióxido de carbono e o metano, entre Assim, as estações de tratamento de águas residuais (ETAR),
outros. Assim, o calor da radiação terrestre fica retido na bai­ como a de Alcântara, são indispensáveis para a preservação
xa troposfera, permitindo uma temperatura média adequada à dos recursos hídricos e dos seus ecossistemas, pois depu­
existência de vida na Terra. A este processo chama-se efeito ram e purificam a água, antes de a lançar nos rios e mares,
de estufa, pois as nuvens e os GEE funcionam como a cobertu­ permitindo que os usos para os quais a água foi empregue
ra de uma estufa - deixam passar a radiação solar, mas retêm nâo contribuam para a degradação ambiental. Deste modo,
a radiação terrestre. uma ETAR pode ser considerada uma fábrica de reciclagem
13 C. A opção C é a correta, pois a camada de ozono, na da água e um elemento "undamental para a sustentabllidade
estratosfera, absorve a radiação ultravioleta que é muito noci­ dos recursos hídricos (A).
va para os seres vivos, animais e vegetais. Daí a sua enorme Além disso, contribui também para a criação da imprescindível
importância protetora. As restantes opções são afirmações economia circular, pois baseia-se no princípio do uso eficien­
falsas, não ocorrem na realidade. te dos recursos naturais, neste caso, da água, fazendo com
1.4 D. A opção D é a correta, pois, de facto, é a forma arre­ que o mesmo recurso possa passar mais vezes pelo processo
dondada da Terra que gera a diferenciação na forma como de produção, consumo, reciclagem e reutilização, sem haver
a radiação solar incide na superfície terrestre (B é falsa): de desperdício. A rega do telhado-jardim é um bom exemplo que

308
poderia ser estendido a outras áreas da construção (habita­ de maior dimensão física que têm maior capacidade produti­
ção, atividades económicas, etc.), va, podem fazer mais investimento em melhorias e tecnologia,
alavancando uma maior dimensão económica.
5.1 A. Pela análise da figura 3, verifica-se que a opção A é a Para reduzir as desigualdades regionais na dimensão eco­
correta. nómica das explorações deve apostar-se em programas que
5.2 A. Pela análise da figura 3, verifica-se que a opção A e a incentivem cs jovens a optar pela atividade, com apoies para
correta. se formarem associações que permitam o em parcelamento de
5.3 D. Pela análise da figura 3, verifica-se que a opção D é a pequenas explorações, sobretudo no litorall Centro e Norte e
correta. na Madeira. Aumentando a sua dimensão ficariam com capa­
5.4 C. Pela análise da figura 3, verifica-se que a opeão C é a cidade produtiva e de investimento e, assim, aumentariam a
correta. sua competitividade.
5.5 B. A ocupação dominante da SAU dos Açores deve-se aos O facto de haver produtores agrícolas mais jovens aumenta
fatores indicados na opção B. A tradição nasceu das condi­ a capacidade de inovação e de produção em modos susten­
ções naturais de humidade e amenidade do clima, propício táveis, assim como a capacidade de colocação dos produtos
à formação de prados naturais. Devido à produção de bovi­ no mercado. Outra medida seria a criação de programas de
nos, a indústria açoriana especializou-se nos lacticínios, muito apoio na inter-relaçâo entre produtores e distribuidores (por
apreciados em todo o mundo, pelo sabor e, sobretudo pela exemplo, hipermercados), com a criação de parcerias, o que
garantia de qualidade que vem da produção de leite de ani­ ajudaria muitos produtores a afirmar-se no mercado e a ga­
mais criados em modo de produção biológico certificado. E é nhar maior dimensão económica.
a opção correta. Todo o país sairia a ganhar, são as explorações de maior di­
mensão económica que produzem a maior parte do VAB agrí­
6. D. O pousio não se associa aos solos férteis (A), nem a áreas cola nacional.
de humidade elevada (B), ou ocupação intensiva do solo (C).
É a opção D que está correta - era o sistema mais utilizado (e 8.1 D. Pela análise da figura 4, verifica-se que a opção D é a
ainda hoje se utiliza) no Alentejo e Trás-os-Montes. correta.
8.2 B. Pela análise da figura 4, verifica-se que a opção Et é a
7. Ideia-chave A - A dimensão económica das explorações correta.
depende de vários fatores, entre eles, e em primeiro lugar, a 8.3 Gráfico X - tráfego de mercadorias (49,3%); gráfico Y -
sua dimensão física - quanto maior a extensão da exploração tráfego de passageiros (77,6%). Trata-se de tráfego interno da
mais possibilidades há de ter grande dimensão económica. UE, daí o predomínio do modo rodoviário, principalmente de­
Assim como se observa uma grande desigualdade regional na vido à sua enorme flexibilidade que, no caso do automóvel,
distribuição do número, também se verifica o mesmo padrão se associa ao transporte particular e à banalização do seu uso
de desigualdade na dimensão económica, sendo, por isso, as pelas famílias.
de maior dimensão física que têm maior capacidade produti­
va, podem fazer mais investimento em melhorias e tecnologia, 9. C. A única opção que corresponde a medidas já tomadas
alavancando uma maior dimensão económica. em Portugal é a C.
Para reduzir as desigualdades regionais na dimensão das ex­
plorações, poderia ser criado um programa de incentivo ao 10.1 Norte, Centro, Alentejo. Açores e Madeira.
emparcelamento de pequenas explorações, sobretudo no lito­ 10.2 D. Pela análise da figura 5, verifica-se que a opção D é
ral Centro e Norte e na Madeira. Aumentando a sua dimensão a correta.
ficariam com capacidade produtiva e de investimento e, assim, 10.3 A. Os grandes objetivos da política regional estão enun­
aumentariam a sua competitividade. ciados na opção A.
Outra medida seria criar associações de agricultores para orien­
tar as candidaturas a fundos europeus, de modo a aproveitar 11.1 B. Pela análise da figura 6, verifica-se que a opção B é a
melhor esses apoios comunitários, para modernizar as explora­ correta.
ções e elevar a sua capacidade produtiva e competitiva. 11.2 C. Pela análise da figura 6, verifica-se que a opção C é a
Ideia-chave B - A dimensão económica das explorações de­ correta.
pende de vários fatores, entre eles, e em primeiro lugar, a sua 11.3 Uma medida será promover o desenvolvimento das ci­
dimensão física - quanto maior a extensão da exploração dades médias, para que funcionem como polos dinamizado­
mais possibilidades há de ter grande dimensão económica. res da região. Para isso, será necessária outra medida - dotar
Assim como se observa uma grande desigualdade regional na estas regiões de melhores acessibilidades, para que possa
distribuição do número, também se verifica o mesmo padrão haver desenvolvimento das atividades económicas e das pró­
de desigualdade na dimensão económica, sendo, por isso, as prias cidades médias.

309
GEOGRAFIA A

Glossário

Abrasão marinha - erosão mecânica das formações rochosas Aquífero - lençol de águia subterrânea que se forma no seio
do litoral provocada pelo embate das águas do mar que trans­ de rochas permeáveis.
portam fragmentos de rochas e areias.
Área de influência - território que se encontra dependente de
Acervo comunitário - conjunto de leis e normas da União um centro urbano, para um determinado número de funções.
Europeia.
Área funcional - área onde se individualiza determinada fun­
Acessibilidade - facilidade com que se pode chegar a um lu­ ção urbana.
gar a partir de outros, tendo em conta o tempo e o custo.
Área periurbana - área que se desenvolve para lá da cintura
Agenda 2000 - documento que apresenta o conjunto de urbana, onde se verifica uma mistura das estruturas urbanas
questões que se colocam à UE, relacionadas com o alarga­ e rurais.
mento e com a revisão das políticas comuns.
Áreas metropolitanas - extensas áreas formadas pelo con­
Agenda 2030 - documento da ONU que institui os ODS, cujo junto de uma grande cidade e dos seus subúrbios, os quais
objetivo é: "alcançar uma vida digna para todos dentro dos cresceram em função desta. Caracterizam-se pela existência
limites do Planeta". de relações de interdependência no seu interior, dando ori­
gem a numerosos fluxos de pessoas.
Agenda Digital para a Europa - iniciativa europeia, destinada
a promover o uso das TIC. Areia - pequemos grãos, compostos essencialmente por
quartzo.
Agricultura biológica - a forma de agricultura mais sustentá­
vel, que utiliza tecnologia moderna e recorre à investigação e Arenito - rocha sedimentar constituída por grãos de outras
ao apoio científico, mas que não utiliza produtos agroquímicos. rochas ligados por um cimento natural de argila ou areia.

Agricultura sustentável - forma de agricultura que respeita Arriba - costa alta e escarpada constituída por rochas resis­
as normas agroambientais, ponderando a utilização defitofár- tentes.
macos legalmente autorizados, de acordo com a necessida­
Arriba morta - arriba que já não se encontra exposta à abra­
de estrita de proteção das culturas, sem colocar em risco o
são marinha devido ao seui recuo, ao abaixamento do nível do
equilíbrio do meio físico (solos, água, biodiversidade, etc.) e
mar ou ao levantamento da superfície continental.
garantindo a segurança alimentar dos consumidores.
Assimetrias regionais - desigualdades acentuadas entre as
Agroturismo - forma de turismo no espaço rural que permite
diferentes regiões do país.
não só a observação, mas também a participação do turista
nas atividades agrícolas desenvolvidas nas explorações da Associativismo - organização dos produtores em cooperati­
casa de acolhimento. vas, associações ou outras formas.
Água superficial - água que circula à superfície da Terra, nos Assoreamento - acumulação de areia e de aluviões nos leitos
cursos de água, lagos, lagoas e albufeiras. dos rios, em especial nos estuários e ao longo da costa baixa.
Águas minerais - águas com características específicas de­ Atmosfera - mistura gasosa que envolve a Terra e é constituí­
correntes das alterações físicas e químicas que resultam do da por diferentes camadas.
contacto com as rochas do subsolo.
Bacia hidrográfica - área drenada por uma rede hidrográfica.
Águas subterrâneas - águas que se acumulam ou circulam
no subsolo e cuja origem é, sobretudo, a infiltração de água Baia - reentrância do litoral em comunicação com o mar.
da chuva, dos rios e do gelo. Bairros clandestinos - áreas urbanas de génese ilegal.
Águas termais - águas de origem subterrânea que contêm Balança comercial - diferença entre o valor das exportações
sais minerais dissolvidos, gás carbónico e se encontram a tem­ e o valor das importações.
peraturas, por vezes, elevadas.
Balanço hídrico - distribuição da precipitação pela evapo-
Águas territoriais ou águas costeiras nacionais - águas sujei­ transpiração e pelo escoamento superficial e subterrâneo.
tas à jurisdição de um Estado, até às 12 milhas náuticas.
Barragem — construção humana num curso de água com o
Albedo - medida da refletividade de uma superfície, que nos objetivo de armazenar grandes quantidades de água para a
dá a razão entre a radiação refletida por uma superfície e a produção de eletricidade e/ou para abastecimento doméstico,
quantidade que sobre ela incide. agrícola ou industrial.
Aluvião - depósito de materiais transportados por um curso Basalto - rocha vulcânica de grão muito fino e de cor negra.
de água.
Bens centrais - bens que só podem ser adquiridos em deter­
Amplitude térmica anual - diferença entre a temperatura média minados locais.
do mês mais quente e a temperatura média do mês mais frio.
Bens dispersas - produtos e serviços que são distribuídos.
Amplitude térmica diurna - diferença entre a temperatura
máxima e a temperatura mínima registadas num dia. Bens raros - bens de utilização pouco frequente, que apenas
se encontram em determinados lugares.
Anticiclone - centro barométrico onde a pressão atmosférica
diminui do centro para a periferia e o movimento do ar é con­ Bens vulgares - bens de utilização frequente, que se encon­
vergente, em altitude, descendente e divergente. tram sem necessidade de deslocações significativas.

Aquicultura - cultura de espécies aquáticas em ambientes con­ Bioco mbustiveis - combustíveis produzidos a partir de plantas
trolados, tanto em água doce como em água marinha ou salobra. como o girassol, a colza, a cana-de-açúcar, a beterraba, etc.
Biogás - energia que resulta da degradação anaeróbica (sem energia solar, que permite a passagem da água de um estado
oxigénio) da matéria orgânica. físico a outro.
Biomassa - matéria orgânica, de origem vegetal e animal, que Cidade média - cidade com dimensão ótima, económica e
pode ser utilizada como fonte de energia. Todos os resíduos socialmente equilibrada, com as vantagens das economias de
orgânicos podem ser utilizados para a produção de energia - aglomeração.
bioenergia.
CIM - Comunidade Intermunicipal.
Bipolarização - concentração da população de um país em
Classe oca - classe etária com menor número de indivíduos
duas áreas de elevada densidade populacional que se desta­
do que a classe etária superior.
cam claramente das demais.
Clima - comportamento médio dos elementos climáticos du­
Brisas - ventos periódicos locais que se formam nas regiões
rante, pelo menos, 30 anos.
litorais e/ou montanhosas, devido à diferença de pressão at­
mosférica provocada pelo desigual aquecimento da terra e do Coesão territorial - desenvolvimento sustentável do territó­
mar ou das montanhas e dos vales. rio, no seu todo, reduzindo ao mínimo as disparidades e valo­
rizando os recursos endógenos e as características da região,
Cabo - saliência da linha de costa que penetra no mar.
de modo a criar melhores oportunidades para a população e
Campos abertos - quando os campos apresentam, de modo para as empresas.
geral, uma forma regular, nâo se encontrando separados por
Comércio eletrónico ou eComércio - realização de transa­
vedações.
ções de bens e serviços entre computadores mediados por
Campos fechados - quando os campos apresentam uma for­ redes informáticas.
ma irregular, encontram-se separados por vedações (muros
Comércio grossista - transação de bens entre o produtor e o
ou árvores e arbustos), que protegem as culturas e servem
retalhista, geral mente em lotes de mercadorias e com conces­
para delimitar as explorações.
são de crédito ao retalhista.
Capacidade de carga humana - possibilidade de resposta ás
Comércio retalhista - venda de bens diretamente ao consu­
necessidades da população sem perda da qualidade de vida.
midor e em quantidades limitadas.
Carta sinótica - mapa ou carta que representa as condições
Comissão Europeia - instituição da União Europeia constituída
atmosféricas, num dado momento, através de símbolos, com
pelos seus Presidente e Vice-Presidente, pelo Ministro dos Ne­
base na qual se pode fazer a previsão do estado do tempo.
gócios Estrangeiros da UE e pelos Comissários Europeus, um
Caudal - volume de água que passa numa dada secção de de cada Estado-membro. A Comissão Europeia fiscaliza a apli­
um curso de água por unidade de tempo, expressa em metros cação do direito da União, executa o Orçamento e gere pro­
cúbicos por segundo ou em litros por segundo. gramas. Exerce funções de coordenação, execução e gestão.

CBD (Central Business District) - área central das cidades, Complementaridade - relações entre dois lugares que forne­
por vezes coincidente com o centro histórico, onde existe cem um ao outro bens ou serviços de que necessitam.
grande concentração de funções terciárias.
Condensação - fenómeno físico que consiste na passagem
Centralidade - traduz a razão entre os bens e serviços forne­ do estado gasoso ao estado líquido, facilitado pela existência
cidos por um lugar e aqueles que são necessários aos seus de núcleos de condensação.
habitantes.
Conselho Europeu - conjunto de todos os Chefes de Estado
Centro de altas pressões atmosféricas - ver Anticiclone. e de Governo dos países da UE. A sua reunião também se
designa por cimeira.
Centro de baixas pressões atmosféricas - centro barométri­
co onde a pressão diminui da periferia para o centro e o mo­ Constante solar - quantidade de energia que recebe, por
vimento do ar é convergente, à superfície, ascendente e, em segundo, cada metro quadrado de superfície da camada su­
altitude, é divergente. perior da atmosfera, exposto perpendicularmente à radiação
solar.
Cheia - período de aumento rápido do caudal de um rio, re­
sultante de precipitação intensa, do degelo, da quebra de bar­ Cooperação interurbana - colaboração entre centros urba­
reiras naturais ou artificiais, etc., que provoca o transbordo do nos, para obter vantagens comuns.
leito normal, causando a inundação das margens.
Corrente marítima - deslocações de grandes massas de
Chuvas convectivas - chuvas que resultam do aquecimento água individualizadas pelas suas características de tempera­
da superfície da Terra. tura e de densidade.

Chuvas frontais - chuvas associadas à passagem de frentes Costa de emersão - áreas do litoral que emergiram devido ao
frias e frentes quentes. recuo das águas do mar.

Chuvas orográficas - chuvas associadas à ascensão do ar Costa de submersão - áreas continentais que, devido ao
provocada pelo relevo. avanço das águas do mar, ficam submersas.

Ciberespaço - espaço virtual, onde se desenvolve uma inte­ Crescimento económico - aumento da produção de bens e
ração cada vez maior entre pessoas, empresas e organiza­ serviços, geralmente expresso pela evolução do PIB.
ções de todo o mundo.
Crescimento efetivo - crescimento real da população de uma
Ciclo hidrológico - processo de circulação contínua da água região ou país, correspondendo ao somatório do crescimento
entre os oceanos, os continentes e a atmosfera, por efeito da natural com o saldo migratório.

311
GEOGRAFIA A

Glossário

Crescimento migratório ou saldo migratório - diferença en­ Desertl fie ação - progressivo aumento da secura e degrada­
tre a imigração e a emigração. ção da cobertura vegetal em consequência da diminuição e
i r re g u I a ri da d e d as p recipitações.
Crescimento natural ou saldo fisiológico - crescimento da
população de um país ou região devido aos processos natu­ Dessalinizaçâo - processo que permite obter água doce, pela
rais do nascimento e da morte. Corresponde à diferença entre subtração dos sais minerais da água do mar.
o número de nascimentos e o número de óbitos.
Diferenciação funcional - organização das diversas funções
Culturas arvenses - culturas cujo ciclo não excede um ano, urbanas em áreas mais ou menos homogéneas.
geralmente integradas num sistema de rotação de culturas,
Dimensão económica (DE) - de uma exploração agrícola é
incluindo as culturas de cereais para produção de grão, as
definida com base no valor de produção total (VPT) da explo­
oleaginosas, as proteaginosas e outras.
ração, permitindo classificar as explorações como «muito pe­
Culturas biogenéticas - reprodução, engorda, crescimento quenas», «pequenas», «médias» e «grandes».
ou melhoramento das espécies aquícolas.
Disponibilidade hídrica - quantidade de água disponível.
Culturas de regadio - culturas que precisam de rega regular.
Distância relativa - processo de medição de distâncias que
Culturas de sequeiro - culturas com pouca necessidade de utiliza como medida fatores suscetíveis de variação, como o
água, subsistindo, em geral, com a água das chuvas. tempo ou o custo.
Culturas energéticas - culturas que podem ser aproveitadas Distância-custo - despesa efetuada numa determinada des­
para a produção de energia. locação, usando um certo modo/meio de transporte.

Culturas permanentes - culturas não integradas em rotação, Distância-tempo - tempo necessário para efetuar uma dada
que ocupam as terras por cinco ou mais anos, dão origem a deslocação, usando um certo modo/meio de transporte.
várias colheitas e apresentam uma determinada densidade de
Distrito - unidade territorial resultante da divisão administrati­
plantação, como um olival, uma vinha, um pomar, etc.
va de Portugal continental.
Culturas temporárias - culturas de ciclo vegetativo anual ou
DOP (Denominações de Origem Protegida) - produtos agrí­
que têm de ser ressemeadas com intervalos inferiores a cinco
colas e alimentares produzidos, transformados e preparados
anos.
numa determinada área geográfica, respeitando um saber re­
Delta - forma terminal de um curso de água que desagua por conhecido.
vários canais, que se deve a uma forte acumulação de detritos
Dragagem - processo que permite retirar os detritos acumu­
transportados pelo rio e que a ação das ondas e marés não
lados junto ao litoral e na foz dos rios.
consegue remover.
Economia circular - economia baseada no princípio da efi­
Densidade populacional - relação entre a população e o ter­
ciência energética e do uso dos recursos naturais, recorrendo
ritório que ela habita, expressa em hab/km2.
à reutilização e reciclagem, de modo a que os mesmos recur­
Dependência energética - situação em que um país recorre sos entrem mais de uma vez no circuito de produção e consu­
à importação de recursos energéticos por ter um consumo de mo. evitando-se ao máximo a produção de resíduos.
energia superior à sua produção.
Economia de aglomeração - concentração de população e
Dependência externa - necessidade de recorrer a importa­ empresas que permite minimizar o custo unitário de serviços e
ções, por insuficiência da produção interna. infraestruturas (transporte, comunicação, água, energia, etc.),
e beneficiar da cooperação e complementaridade que esta­
Depressão barométrica - ver Centro de baixas pressões at­
belecem entre si.
mosféricas.
Economia de escala - racionalização dos investimentos de
Deriva do Atlântico Norte - uma parte da corrente quente do
forma a obter o menor custo unitário.
golfo desloca-se para NE, até à Irlanda. Aí, ramifica-se, conti­
nuando uma parte para norte e outra para sul, vindo a passar Elementos do clima - conjunto de fenómenos meteorológi­
nas águas portuguesas. cos que permitem caracterizar o estado do tempo e o clima de
uma região: temperatura, pressão atmosférica, humidade do
Deriva litoral - corrente resultante da aproximação oblíqua
ar, vento, precipitação, etc.
das ondas relativamente à praia.
Emigração - saída de população de um país para o estrangei­
Descentralização - distribuição de competências de órgãos
ro, com a intenção de aí fixar residência.
centrais para órgãos regionais e locais, com vista à aproxima­
ção do Estado aos cidadãos e à promoção dos interesses de Emparcelamento - junção de várias parcelas de diferentes
uma determinada comunidade inserida num dado território proprietários numa só, passando a ser cultivada por um único
com características e projetos próprios. agricultor. Tem como objetivo a mecanização de tarefas e o
aumento da produtividade.
Deseconomia de aglomeração - limite a partir do qual as des­
vantagens da aglomeração se tornam superiores às vantagens. ENCNB - estratégia nacional de conservação da natureza e
da biodiversidade.
Desemprego de longa duração - superior a 12 meses.
Encosta soalheira - vertente geralmente voltada a sul que, no
Desenvolvimento sustentável - aquele que permite satisfa­
hemisfério norte, tem maior insolação.
zer as necessidades do presente sem comprometer a capa­
cidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias Encosta umbria - vertente geral mente voltada a norte que, no
necessidades. hemisfério norte, tem menor insolação.
Energia - capacidade de um corpo executar trabalho. Estrutura funcional monocêntrica - centrada na grande cidade.
Energia das marés e das ondas - energia produzida pela for­ Estrutura fundiária - tamanho e forma das propriedades rurais.
ça das marés e das ondas.
Estrutura policêntrica - em que os diferentes centros se com­
Energia eólica - energia gerada pela ação do vento. plementam.

Energia geotérmica - energia resultante do aproveitamento Estrutura profissional - distribuição da população ativa pelos
energético do calor do interior da Terra. diferentes setores de atividade.

Energia hidroelétrica - eletricidade produzida nas centrais hi­ Estuário - foz de um rio que desagua por um único braço,
droelétricas, aproveitando a energia dos cursos de água. onde se faz sentir a ação das marés.
Energia nuclear - energia libertada pela cisão ou fusão do ETG (Especialidades Tradicionais Garantidas) - produtos
núcleo dos átomos. que garantem o caráter tradicional, quer a nível da composi­
ção quer dos métodos de produção.
Energia solar - energia radiante emitida pelo Sol que pode
ser aproveitada sob a forma de energia térmica e para produ­ Eutrofização - crescimento de algas e de outras espécies ve­
ção de eletricidade através de sistemas fotovoltaicos. getais que consomem o oxigénio das águas, levando ã extin­
ção da fauna aquática.
Energia termoelétrica - eletricidade produzida nas centrais
térmicas através da utilização de combustíveis fósseis. Evaporação - fenómeno físico que consiste na passagem do
estado líquido ao estado gasoso. É tanto maior quanto mais
ENSR - estratégia nacional de segurança rodoviária.
elevada for a temperatura.
Equilíbrio térmico - equilíbrio entre a energia recebida e a
Evapotranspiração - evaporação das águas superficiais, da
energia refletida pela superfície terrestre.
água do solo e da água libertada pela respiração e pela trans­
Erosão - ação de desgaste, transporte e acumulação provo­ piração dos seres vivos.
cada pelos agentes erosivos.
Êxodo agrícola - transferência de mão de obra agrícola para
Escoamento médio anual - parte da água da precipitação outros setores de atividade, mantendo, mo entanto, residência
que, em média, escorre à superfície ou em canais subterrâ­ nas áreas rurais.
neos, durante um ano, numa bacia hidrográfica.
Êxodo rural - movimento migratório resultante da saída da
Escorrência - escoamento difuso da água sobre terrenos população rural para os centros urbanos.
pouco permeáveis, com grande poder erosivo.
Expansão urbana - crescimento dos espaços urbanizados e
Espaço agrário - área ocupada com a produção agrícola (ve­ difusão dos aspetos que caracterizam o modo de vida urbano.
getal e animal), com pastagens e florestas, com habitações dos
Exploração agrícola - unidade técnico-económica que utiliza
agricultores e, ainda, com infraestruturas que se relacionam com
fatores de produção comuns, tais como mão de obra, máqui­
a atividade agrícola (caminhos, canais de rega, estábulos, etc.).
nas, instalações, terrenos, entre outros, e que deve satisfazer
Espaço agrícola - área utilizada para a produção vegetal e/ obrigatoriamente as quatro condições seguintes: produzir
ou animal. produtos agrícolas ou manter em boas condições agrícolas e
ambientais as terras que já não são utilizadas para fins produ­
Espaço periurbano - coroa suburbana onde se torna difícil tivos; atingir ou ultrapassar uma certa dimensão (área, número
distinguir o rural do urbano. de animais}; estar submetida a uma gestão única; estar locali­
Espaço rural - espaço onde a ocupação do solo é predomi­ zada num local bem determinado e identificável.
nantemente agrícola, a habitação é geralmente unifamiliar e a Fase centrífuga - movimento de desconcentraçao urbana em
população ativa se ocupa, sobretudo, da agricultura. direção às áreas periféricas.
Espaço urbano - área de grande densidade demográfica e de Fase centrípeta - tendência para a concentração da popula­
construções, cuja população se ocupa, predominantemente, ção e das atividades económicas nos centros urbanos.
nos setores secundário e terciário.
Fatores climáticos - fenómenos e situações que influenciam
Especialização dos transportes - adequação dos veículos à o comportamento dos elementos do clima: latitude, altitude,
carga e aos espaços em que vai circular. proximidade ou afastamento do mar, exposição dos lugares
Especialização produtiva - ocupação das explorações agrí­ aos raios solares, vegetação, correntes marítimas, disposição
colas maioritariamente com uma única atividade ou cultura. do relevo, etc.

Especulação fundiária - sobrevalorização do solo devido à FEADER- Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvi mento Rural.
grande procura e à oferta reduzida. FEAGA- Fundo Europeu Agrícola de Garantia.
Esperança média de vida - número de anos que, em média, FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
uma pessoa tem probabilidade de viver. Pode ser referido à
nascença ou a uma dada classe etária ou idade. FEOGA - Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola
(já substituído pelo FAGA e pelo FEADER, desde 2003}.
Estado do tempo - conjunto de condições atmosféricas que
se verificam num determinado lugar, num dado momento. Frente - linha de interseção entre uma superfície frontal e a
superfície terrestre.
Estrutura etária - composição da população segundo a idade
(por classes etárias: 0-4 anos, 5-9 anos, etc; ou por grupos Frente fria - linha que marca o avanço do ar frio sobre o ar
etários: jovens, adultos e idosos). quente.

313
GEOGRAFIA A

Glossário

Frente polar - espaço de contacto entre a massa de ar tropi­ índ ice de longevidade - relação entre a população de 75 e
cal e a massa de ar polar. mais anos e a população de 65 e mais anos.
Frente quente - linha que marca o avanço do ar quente sobre índ ice de renovação de gerações - número médio de filhos
o ar frio. por mulher necessário para assegurara substituição de gera­
ções: 2,1 filhos.
FSE - Fundo Social Europeu.
índice de sustentabilidade potencial - relação entre a po­
Funções raras - funções que só se encontram disponíveis
pulação em idade ativa (15-64 anos) e a população idosa
em determinados lugares, as únicas que têm capacidade para
(65 anos ou mais), traduzido pelo número de ativos por cada
suportar os elevados custos do solo e que, por isso, atraem
idoso.
diariamente um grande número de pessoas.
índ ice sintético de fecundidade - número médio de filhos por
GAL - Grupos de Ação Local.
mulher, em idade fértil (dos 15 aos 49 anos).
Gás natural - fonte de energia fóssil existente em jazigos no
Indústria extrativa - indústria que extrai produtos diretamen­
subsolo.
te da natureza, que vão servir de matérias-primas a outras in­
Gasoduto - conduta que se destina a transportar gás natural. dústrias ou vão ser utilizados como fontes energéticas.

Geada - formação de gelo sobre a superfície, por sublimação Indústria transformadora - transformação de matérias-pri­
do vapor de água presente na atmosfera, devido ao arrefeci­ mas em produtos acabados ou semiacabados.
mento noturno.
Infiltração - penetração da água das chuvas ou do gelo no solo.
Gentrificação - substituição de residentes de menores recur­
Insolação - número de horas de céu descoberto com o Sol
sos por outros de maior poder económico.
acima do horizonte.
Gradiente térmico vertical - valor médio de variação da tem­
Interfaces - espaços de articulação entre diferentes modos
peratura com a altitude na troposfera: cerca de -0,6 °C por 100
de transporte de horários compatíveis.
metros.
Inversão térmica - situação em que se verifica um aumento
Granéis - produtos transportados sem embalagem, em depósi­
da temperatura com a altitude.
to do próprio meio de transporte, como o petróleo, o carvão, etc.
Isóbaras ou linhas isobáricas - linhas que unem pontos de
Granizo - precipitação sólida resultante da congelação das gotas
igual pressão atmosférica.
de água, das nuvens, quando a temperatura desce bruscamente.
Isócronas - linhas que unem pontos de igual distância-tempo.
Grau de aprovisionamento - mede, para um dado produto,
o grau de dependência de um território relativamente ao ex­ Isoietas ou linhas isoiéticas - linhas que unem pontos de
terior (necessidade de importação) ou a sua capacidade de igual precipitação.
exportação.
Isoípsas ou curvas de nível - linhas que unem pontos de igual
Horta familiar - superfície ocupada com produtos hortícolas altitude.
ou frutos destinados a autoconsumo.
Isotérmicas ou linhas isotérmicas - linhas que unem pontos
Humidade absoluta - quantidade de vapor de água existente de igual temperatura média.
num dado volume de ar, expressa em gramas por metro cúbico.
Isótimas - linhas que unem pontos de igual distância-custo.
Humidade relativa - relação expressa em percentagem en­
Jazida mineral - local onde existe concentração de minerais,
tre a humidade absoluta e a quantidade máxima de humidade
permitindo assim a sua exploração.
que o ar pode conter, a uma dada temperatura (ponto de sa­
turação - quando é atingido, dá-se a condensação do vapor Jet streom - ventos que sopram a grande altitude, aproxima­
de água). damente entre os 9 e 15 km acima da superfície, atingindo
velocidades entre os 100 e os 250 km/h, podendo mesmo ul­
IGP (Indicação Geográfica Protegida) - produtos agrícolas e
trapassar os 300 km/h. O mais importante sopra nas latitudes
alimentares estreitamente ligados à produção numa determi­
médiias em ligação com a frente polar, na direção oeste-este.
nada área geográfica. Pelo menos uma das fases de produ­
ção, transformação ou preparação ocorre na área identificada kep - quilograma equivalente de petróleo.
para o efeito.
Lago - depressão natural pouco profunda, que contém água
Imigração - entrada de população residente no estrangeiro doce ou salobra.
num dado país, com intenção de aí fixar residência.
Lagoa - lago de dimensões menores.
índice de dependência de idosos - relação entre a população
com 65 e mais anos e a população dos 15 aos 64 anos. Laguna - extensão de água mais ou menos salobra, separada
do mar por um cordão arenoso.
índice de dependência de jovens - relação entre a população
dos 0 aos 14 anos e a população dos 15 aos 64 anos. Latifúndio - propriedade agrícola de grande dimensão.

índice de dependência total - relação entre a população de­ Latitude - distância, em graus, de um lugar em relação ao
pendente (0-14 e > 65 anos) e a população em idade ativa equador.
(15-64 anos). LEADER - Programa de Ligação Entre Ações de Desenvol­
índice de envelhecimento - relação entre a população com vimento da Economia Rural, que incentiva projetos-piloto no
65 e mais anos e a população dos 0 aos 14 anos. âmbito do desenvolvimento rural integrado.
Leito de estiagem - área ocupada pelo caudal mínimo de um Morfologia agrária - aspeto dos campos no que respeita à
curso de água. sua forma e dimensão.
Leito de inundação - área ocupada pelas águas de um rio em Movimentos pendulares - movimentos diários entre o local
situação de caudal máximo - cheia. de residência e o local de trabalho ou estudo.

Leito fluvial - parte de um vale ocupado parcial ou totalmente Multifuncional idade - diversificação de funções.
por um rio.
Nebulosidade - proporção de céu coberto por nuvens num
Leito normal - área ocupada pelas águas em situação de cau­ dado momento.
dal médio.
Neve - precipitação de cristais de gelo formados pela passa­
Linha de costa - área de contacto entre o mar e a terra emer­ gem direta do vapor de água ao estado sólido, quando este
sa, ao nível atingido pela maré mais alta, em período de calma. condensa a uma temperatura ligeiramente inferior a 0 DC.
Litoralização - concentração da população e das atividades Nevoeiro - formação de nuvens junto ao solo, resultantes da
económicas ao longo da faixa litoral. condensação do vapor de água presente na atmosfera junto
ao solo.
Localização absoluta - posição exata de um lugar dada pelas
suas coordenadas. Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísti­
cos (NUTS) - instrumento comunitário para recolha, tratamen­
Localização relativa - posição de um lugar ou espaço em re­
to e divulgação de estatísticas, numa base territorial razoavel­
lação a outro, segundo a rosa dos ventos.
mente comum aos Esta d os-membros da UE, com diferentes
Logística (no tráfego de mercadorias) - organização e gestão níveis de agregação: I, II e III.
de fluxos de mercadorias e serviços, da origem ao destino.
Normais cli mato lógicas - média da temperatura mensal e da
Longitude - distância, em graus, de um lugar em relação ao precipitação anual referente a, pelo menos, 30 amos.
meridiano de Greenwich.
Nortada - ventos fortes de norte.
Lota - infra estrutura implantada na área de um porto de pesca
Núcleos de condensação - partículas sólidas (pólen, fumos,
ou em zona ribeirinha ou na sua influência, onde se realizam
cristais de sal, etc.) de reduzidíssimas dimensões, à volta das
as operações de receção, leilão, entrega de pescado e outras
quais o vapor de água se condensa.
inerentes ou complementares, como descarga, manipulação,
conservação e armazenagem. OI IC - Organização Mundial do Comércio.
Lugar central - lugar que oferece bens e serviços à sua área ONG - Organizações Não Governamentais.
de influência e que, por isso, atrai população.
ONGA-Organ izações Não Governamentais para o Ambiente.
Lugar urbano - lugar com população igual ou superior a 2000
Ordenamento do território - processo contínuo e integrado
habitantes.
de organização do espaço biofísico, visando a utilização do
Macrocefalia - grande destaque de uma cidade relativa men­ território de acordo com as suas capacidades e vocações,
te às outras. e que inclui o planeamento socioeconómiico, para o desenvol­
vimento das atividades económicas e a melhoria da qualidade
Maré - subida ou descida do nível das águas do mar.
de vida, numa lógica de desenvolvimento sustentável.
Massas de ar - grandes volumes de ar que, horizontalmente,
Orientação técnico-económica (OTE) de uma exploração -
apresentam as mesmas características de temperatura, humi­
determina-se avaliando a contribuição de cada atividade para
dade e densidade.
a soma do valor de produção total dessa exploração.
Mês seco - mês em que o valor da precipitação é igual ou
Orvalho - pequenas gotas de água que se formam pela con­
inferior ao dobro do valor da temperatura média.
densação do vapor de água nas superfícies expostas a um
Mina -1 ocal onde se extraem minerais, podendo encontrar-se arrefecimento noturno, desde que a temperatura não seja in­
em profundidade ou a céu aberto. ferior a 0 °C.

Mineral energético-mineral utilizado para a produção de energia. PAC - Política Agrícola Comum.

Mineral metálico ou minério metálico - mineral de cuja cons­ PAMAF - Programa de Apoio à Modernização Agrícola e
tituição fazem parte substâncias metálicas. Florestal.

Mineral não metálico - mineral constituído por substâncias Parcela - parte mais elementar de um campo de cultivo ou de
não metálicas. uma exploração agrícola.

Minifúndios - propriedades agrícolas de pequena dimensão. Parcerias urbano/rurais - formas de cooperação entre as
áreas urbanas e rurais.
Mini-hídricas - albufeiras de pequenas dimensões, construí­
das em ribeiras, que podem ser aproveitadas para rega ou Pastagens permanentes - terras ocupadas com erva ou ou­
para produção de energia. tras forrageiras herbáceas, quer semeadas quer espontâneas,
por um período igual ou superior a cinco anos e que não este­
Monocultura - cultivo de um só produto, frequentemente des­ jam incluídas no sistema de rotação da exploração.
tinado ao mercado.
PBH - Plano de Bacia Hidrográfica.
Montado - campo de cereais com algumas árvores dispersas
(sobreiros, azinheiras). PCT - Política Comum de Transportes.

315
GEOGRAFIA A

Glossário

PDM - Plano Diretor Municipal, plano que estabelece uma es­ Planear - organizar todas as ações a desenvolver num deter­
trutura espacial para o território de um município, tendo em minado território de modo a que as transformações se proces­
conta os objetivos de desenvolvimento. sem de forma ordenada e harmoniosa.
PDR - Programa de Desenvolvimento Rural. Plano - documento onde se expressam todas as ações a desen­
volver, num determinado território e num dado período de tempo.
PEDAP - Programa Específico de Desenvolvimento da Agri­
cultura Portuguesa. Plataforma continental - extensão da placa continental que se
encontra submersa e cuja profundidade não ultrapassa os 200
PEDFP - Plano Estratégico de Desenvolvimento da Floresta
metros, terminando com um acentuado aumento de declive.
Portuguesa.
Plataforma continental (em sentido jurídico da CNUDM)- com­
Pedreira - local onde se extraem rochas industriais e orna­
preende o leito e o subsolo das áreas submarinas para lá do
mentais.
mar territorial, até ao bordo exterior da plataforma continental
PER - Plano Especial de Realojamento. ou até uma distância de 200 mn, mos casos em que o bordo
exterior da margem continental não atinja essa distância.
Perfil longitudinal - linha que une vários pontos do fundo do
leito de um rio, desde a nascente até à foz. Plataforma de abrasão - superfície erodida na rocha sólida
por ação das ondas na base de uma arriba marinha que vai
Perfil transversal - linha que resulta da interseção de um pla­ recuando lenta mente.
no vertical com o vale, perpendicularmente à direção deste,
num determinado ponto. Plataforma intermodal - infraestrutura onde se interligam
dois ou mais modos de transporte para se proceder ao trans­
PERSU - Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos. bordo de mercadorias, prestando-se todos os serviços de lo­
Perturbação frontal - conjunto formado por duas frentes, uma gística necessários.
fria e outra quente. Pluriatividade - exercício de mais do que uma atividade.
Pesca artesanal - pesca que recorre a artes tradicionais, Plurirrendimento - acumulação de rendimentos provenientes
como o anzol e a rede. de duas ou mais atividades.
Pesca costeira - pesca que se realiza em águas nacionais PNA - Plano Nacional da Água.
para lá das seis milhas de distância da costa.
PNPR - Programa Nacional de Prevenção Rodoviária.
Pesca do largo - pesca que se efetua para lá das 12 milhas da
linha de costa e, muitas vezes, em águas internacionais ou de PNPRI - Plano Nacional de Prevenção de Resíduos Industriais.
ZEE estrangeiras.
PNUEA - Programa Nacional Para o Uso Eficiente da Água.
Pesca industrial - pesca que utiliza diferentes técnicas de de­
POA — Planos de Ordenamento das Albufeiras.
teção de cardumes, como as sondas, os meios aéreos e as
informações via satélite. Utiliza também embarcações moder­ POBH - PI anos de Ordenamento das Bacias Hidrográficas.
nas e grande parte do pescado é transformado e conservado
Policultura - mistura de culturas e colheitas que se sucedem
em alto-mar.
umas ás outras.
Pesca local - pesca praticada nas águas interiores ou perto
Política Comum das Pescas - conjunto de decisões e normas
da costa, até seis milhas.
comunitárias referentes ao setor das pescas, tendentes a uma
Pesqueiros - áreas onde se localizam e capturam os car­ correta utilização dos recursos piscatórios.
dumes.
Política demográfica - conjunto de medidas implementadas
PGRH - Plano de Gestão de Região Hidrográfica. pelos governos para estabelecer o equilíbrio entre a popula­
ção e os recursos económicos.
PIB (Produto Interno Bruto) - valor de todos os bens e servi­
ços produzidos num país, por empresas nacionais ou estran­ Política energética - conjunto de medidas tendentes a uma
geiras, num dado período de tempo, geralmente um ano. utilização equilibrada da energia, assegurando a satisfação
das necessidades energéticas do país, deforma a respeitar o
Pirâmide de idades - gráfico de barras no qual a população é
ambiente e não comprometer as futuras gerações.
representada por classes de idades, geralmente com interva­
los de cinco anos, e por género. Política Regional Comunitária - tem como objetivos funda­
mentais a redução das diferenças estruturais existentes entre
Plâncton - organismos microscópicos vegetais (fitoplâncton)
as regiões, o desenvolvimento equilibrado do território comu­
ou animais (zooplâncton) que constituem a base alimentar de
nitário- e a promoção de uma igualdade de oportunidades efe­
muitas espécies de peixes.
tiva entre as pessoas.
Planeamento - conjunto de estudos ou ações que permitem
Poluição - alterações negativas sobre o ambiente provoca­
a implementação e a execução de um plano.
das pela ação do ser humano.
Planeamento físico - processo que pretende uma ocupação
Ponto de orvalho - temperatura a que ocorre a condensação
organizada do espaço, definindo as áreas apropriadas para as
do vapor de água.
diferentes funções, bem como uma boa articulação entre elas.
Ponto de saturação - quantidade máxima de vapor de água
Planeamento socioeconómico - processo que tem por objeti­
que o ar pode conter a uma determinada temperatura.
vo o desenvolvimento das atividades económicas e a melhoria
da qualidade de vida da população. POOC - Planos de Ordenamento da Orla Costeira.
População absoluta ou população total - número total de ha­ PR OSIURB - Programa de Consolidação do Sistema Urbano Na­
bitantes de um dado território. cional e de Apoio ã Execução dos Planos Diretores Municipais.

População agrícola familiar - conjunto de pessoas que fazem PSOEM - Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Ma­
parte do agregado doméstico do produtor, quer trabalhem ou rítimo.
não na exploração, bem como os outros membros da família
PU - Plano de Urbanização, plano que define a organização
que, não pertencendo ao agregado doméstico, participam re­
espacial da parte do território municipal integrada no períme­
gularmente nos trabalhos agrícolas da exploração.
tro urbano que exija uma intervenção integrada de planea­
População ativa - conjunto de indivíduos que exercem uma mento.
profissão remunerada, ainda que a prestarem serviço militar
Quota de pesca - parte do total autorizado de capturas (na
ou na situação de desemprego.
UE) que cabe a cada país, região, frota ou embarcação, e que
População flutuante - população presente durante o dia, mas varia consoante a espécie.
que não reside nesse local.
Radiação difusa - parte da radiação solar dispersada por efei­
População inativa - população que não exerce qualquer ati­ to das poeiras e gases da atmosfera, e que atinge indireta­
vidade remunerada. mente a superfície terrestre.

População relativa - ver Densidade populacionaL Radiação direta - radiação solar que atinge diretamente a su­
perfície terrestre.
População urbana - população residente nas áreas predomi­
nantemente urbanas. Radiação global - radiação total que atinge a superfície ter­
restre, medida habrtualmente em Langley (1 ly = 1 calfcm2),
POSC - Programa Operacional Sociedade do Conhecimento.
e constituída pela radiação direta e pela radiação difusa.
POSI - Programa Operacional da Sociedade da Informação.
Radiação solar - energia proveniente do- Sol.
Pousio - permanência de uma área agrícola em descanso,
Radiação terrestre - energia emitida pela superfície terrestre.
sem qualquer cultivo.
RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade.
POVT - Programa Operacional de Valorização do Território.
Reabilitação urbana - intervenção em áreas degradadas com
PP - Plano de Pormenor, plano que desenvolve e concretiza
vista a um melhoramento das condições físicas do património
propostas de organização espacial de qualquer área especifi­
edificado, mantendo-se o uso e o estatuto dos residentes e
ca do concelho, definindo com detalhe a forma de ocupação.
das atividades aí instaladas.
Praia - costa baixa e arenosa, não oferecendo resistência à
Recurso não renovável - recurso cujas reservas são limitadas
abrasão, onde predomina a ação de acumulação.
ou cuja reposição é muito lenta, pelo que a sua exploração
PRAUD - Programa de Reabilitação das Áreas Urbanas De­ pode levar ao esgotamento.
gradadas.
Recurso renovável - recurso que se renova continuamente,
Pressão atmosférica - força exercida pela atmosfera por uni­ sendo praticamente inesgotável.
dade de superfície.
Recursos endógenos - recursos naturais e humanos existen­
Princípio da condicionalidade (introduzido pela reforma da tes num determinado território.
PAC de 2003) - condiciona as ajudas aos agricultores ao res­
Rede elétrica - conjunto de linhas que possibilitam o transpor­
peito pelas normas ambientais, segurança alimentar, fitossa-
te de energia elétrica.
nidade e bem-estar animal e à manutenção das superfícies
agrícolas em boas condições agronómicas e ambientais. Rede hidrográfica - conjunto formado pelo rio principal, seus
afluentes e subafluentes.
PRN 2000 - Plano Rodoviário Nacional.
Rede rural nacional - estrutura de ligação entre os diferen­
Produtividade agrícola - produção ou valor da produção por tra­
tes intervenientes no desenvolvimento rural constituída com o
balhador ou por unidade de tempo, num determinado período.
objetivo de melhorar a aplicação dos programas e medidas de
Produtividade aquífera — quantidade de água que é possível política de desenvolvimento rural.
extrair continua mente de um aquífero, em condições normais,
Rede urbana monocêntrica - verifica-se uma grande concen­
sem afetar a reserva e a quantidade de água nele existente.
tração populacional na maior cidade.
Programa EasyWay - programa cofinanciado pela Comissão
Rede urbana - conjunto dos centros urbanos e das respetivas
Europeia, que visa a implementação harmonizada de Sistemas
áreas de influência que, integrados num espaço geográfico,
de Transporte Inteligente (ITS) na rede rodoviária transeuro-
desenvolvem entre si relações de ordem hierárquica, quer de
peia, com vista a uma mobilidade sustentada.
dependência quer de complementaridade.
Programa Life - programa europeu de ambiente e ação cli­
Rede urbana policêntrica ou polinucleada - a população dis-
mática.
tribui-se per um maior número de aglomerações urbanas.
Programa Marco Polo - programa europeu de incentivo ao
Regime de um rio - variação média do caudal de um rio ao
transporte intermodal, desviando o tráfego de mercadorias do
longo do ano.
modo rodoviário para modos mais respeitadores do ambiente.
Regiões autónomas - regiões dotadas de estatutos político-
Programa POLIS - Programa Nacional de Requalificação Ur­
-administrativos próprios e de órgãos de poder regional: a As­
bana e Valorização Ambiental das Cidades.
sembleia Regional e o Governo Regional.

317
GEOGRAFIA A

Glossário

Regressão marinha - recuo das águas do mar, que dá origem Sistema de cultura - conjunto de plantas cultivadas, forma
às costas de emersão, como se associam e técnicas utilizadas no seu cultivo.
REN - Rede Elétrica Nacional. Sistema de cultura extensivo - ocupação do solo de forma
descontínua e não permanente, com rotação de culturas em
Renda locativa - custo do solo, que varia em função de fato­
que se alternam os cultivos principais com espécies que enri­
res como a distância a um centro urbano, a acessibilidade, etc.
quecem os solos ou com pousios.
Rendimento agrícola - relação entre a produção e a superfí­
cie cultivada (kg/ha; t/ha; hl/ha). Sistema de cultura intensivo-ocupação total e contínua do solo.

Rendimento dos fatores - indicador económico que permite Sistema frontal - conjunto formado por mais de duas frentes.
medir a remuneração dos fatores de produção. E calculado
Sistema urbano - rede urbana.
subtraindo ao VAB líquido a preços de base os impostos sobre
a produção e somando os subsídios à produção. SNIG - Sistema Nacional de Informação Geográfica.
Renovação urbana - demolição total ou parcial de edifícios e Solo - camada superficial da terra constituída por matérias or­
estruturas que ocupam uma determinada área, para ser reocu­ gânicas e minerais.
pada com novas funções.
Solos expectantes - terrenos não ocupados pelos proprietá­
Requalificação urbana - alteração funcional de edifícios ou rios, que geral mente se destinam a ocupação urbana.
espaços, devido à redistribuição da população e das ativida­
des económicas. Stocfc - variedade e quantidade de recursos piscatórios em
reserva.
Resíduos - detritos de diversas origens que podem ser preju­
diciais para o ambiente, quando concentrados. Suão - vento local que sopra do deserto do Sara para o mar
Mediterrâneo, fazendo-se sentir na costa algarvia.
Restinga - cordão arenoso resultante da acumulação de sedi­
mentos transportados pelas correntes marítimas. Subemprego - número de horas diário inferior à duração nor­
mal do dia de trabalho.
Revitalização urbana - dinamização do tecido económico e
social. Subsolo - área da crusta terrestre que se encontra por baixo
Ria - reentrância na linha de costa de contornos irregulares, do solo.
resultante da submersão de um antigo vale fluvial. Suburbanização - expansão das cidades pela ocupação ur­
Rio -curso de água permanente ocupando o seu próprio es­ bana dos subúrbios.
paço, que é o leito.
Superfície frontal - superfície de separação entre duas mas­
Rocha industrial - rocha que se destina a fins industriais e à sas de ar com características de temperatura e humidade di­
construção civil. ferentes.

Rocha ornamental - rocha utilizada essencialmente para fins Taxa de alfabetização - percentagem de população que sabe
decorativos. ler e escrever.
Ro-Ro - entrada (roll-on) e saída (roll-off) de camiões carre­ Taxa de analfabetismo - percentagem da população, com 10
gados de mercadorias, em navios especializados, pelos quais ou mais anos, que não sabe ler nem escrever.
eles próprios são transportados.
Taxa de atividade - percentagem de população ativa em rela­
Rotação de culturas - a superfície agrícola é dividida em fo­ ção ã população total.
lhas {setores) que, rotativa mente, são, em cada ano, ocupadas
com culturas diferentes. Taxa de crescimento efetivo - crescimento efetivo por mil
habitantes.
RTE-E - Rede Transeuropeia de Energia.
Taxa decrescimento migratório - crescimento migratório por
RTE-T - Rede Transeuropeia de Transportes. mil habitantes.
Rurbanização - movimento de pessoas e empregos das
Taxa de crescimento natural - crescimento natural por mil
grandes cidades para pequenas povoações e áreas localiza­
habitantes.
das fora dos limites da cidade e/ou para pequenas cidades ou
vilas mais afastadas. Taxa de desemprego - percentagem de desempregados na
Salinização - concentração de sal nas águas dos aquíferos população ativa.
devido ã sua sobre-exploraçâo. Taxa de escolaridade - percentagem de estudantes inscritos
SAU - área ocupada pela agricultura e que engloba as ter­ num nível de ensino, em relação à população total em idade
ras aráveis, as culturas permanentes e os prados e pastagens de frequentar esse nível.
permanentes. Taxa de fecundidade - número de nados-vivos ocorridos num
Segregação espacial - tendência para a organização do es­ determinado período, geralmente um ano, por mil mulheres
paço em áreas de grande homogeneidade interna e forte dis­ entre os 15 e os 49 anos de idade.
paridade entre elas, também em termos de hierarquia social.
Taxa de mortalidade - número de óbitos ocorridos por mil
Set-osíde - redução forçada da área de cultivo, com subsídios habitantes, num dado período, geralmente um ano, num de­
de compensação. terminado território.
Taxa de mortalidade infantil - número de óbitos de crianças Transvases - transferência de reservas hídricas de umas ba­
com menos de um ano de idade, por mil nados-vivos ocorri­ cias hidrográficas para outras.
dos num dado período, geralmente um ano, num determina­
Troposfera - camada inferior da atmosfera cuja espessura di­
do território.
minui do equador para os polos.
Taxa de motorização - relação entre o número de automóveis
Turismo - deslocações para lazer com duração superior a
e o de habitantes, expressa geralmente em número de auto­
24 horas.
móveis por 1000 habitantes.
Turismo de aldeia - turismo desenvolvido em empreendimen­
Taxa de natalidade - número de nascimentos ocorridos por
tos que incluem, no mínimo, cinco casas particulares inseridas
mil habitantes, num dado período, geralmente um ano, num
em aldeias que mantêm, no seu conjunto, as características
determinado território.
arquitetónicas e paisagísticas tradicionais da região.
Taxa de saldo migratório - saldo migratório por mil habi­
Turismo de habitação - turismo desenvolvido em casas de
tantes.
considerável valor arquitetónico, histórico ou artístico com
Taxa de urbanização - percentagem da população urbana um serviço de hospedagem de natureza familiar e de elevada
em relação à população total. qualidade.

Telecomércio - realização de negócios e transações comer­ Unidade geomorfológica - área de relevo e constituição geo­
ciais à distância, utilizando meios de telecomunicação. lógica semelhante.

Telecomunicações - meios de comunicação à distância. Upwelling - corrente de compensação formada pelo movi­
mento ascendente de águas profundas até ã superfície, que
Teletrabalho - trabalho à distância utilizando meios de tele­
arrasta consigo grandes quantidades de nutrientes e minerais.
comunicação.
URBAN - iniciativa comunitária destinada à intervenção nas
Temperatura média anual - média aritmética das temperatu­
áreas urbanas mais criticas do ponto de vista socioeconómico.
ras médias mensais de um ano.
Urbanização drfusa - urbanização extensiva e irregular do
Tep - tonelada equivalente de petróleo.
território, geral mente ao longo das vias de comunicação, pon­
TER (Turismo no Espaço Rural) - conjunto de atividades e tuada por uma rede de centros urbanos de pequena e média
serviços de alojamento e animação em empreendimentos de dimensão.
natureza familiar, realizados e prestados a turistas, mediante
UTA (Unidade de Trabalho Ano) - unidade de medida equi­
remuneração no espaço rural.
valente ao trabalho de uma pessoa a tempo inteiro, realizado
Terciarízação - processo de crescente importância das ativi­ num ano, medido em horas.
dades terciárias na economia e na ocupação da população.
VAB - valor acrescentado bruto.
Terras aráveis - terras ocupadas com culturas temporárias e
VABpm - valor acrescentado bruto a preços de mercado.
com campos em pousio.
Vento - ar em movimento que sopra das altas pressões para
Território - realidade física e geográfica que é suporte de
as baixas pressões.
vida, de usos e atividades económicas, constituindo um recur­
so finito indispensável para a vida humana e as sociedades. Ventas de leste - ventos que sopram ao longo de todo o
ano, das altas pressões polares para as baixas pressões
TIC - Tecnologias da Informação e da Comunicação.
subpolares.
Toalha freática - reservatório de água a dezenas ou centenas
Ventos de oeste - ventos que sopram das altas pressões sub­
de metros de profundidade, retido em consequência da exis­
tropicais para as baixas pressões subpolares. Sopram nas lati­
tência de rocha impermeável.
tudes médias, nos dois hemisférios.
Tômbolo - istmo formado pela acumulação de sedimentos
VPT - valor de produção total.
transportados pelas correntes marítimas.
Yuppie (young urban professional) - jovem adulto bem su­
Tonelagem de arqueação bruta - volume interno do navio
cedido. que ocupa geralmente um cargo de elevada respon­
expresso numa unidade chamada tonelagem de arqueação
sabilidade, e é associado a um estilo de vida moderno e so­
bruta (tAB) que corresponde a 2832 m3.
fisticado.
Transgressão marinha - avanço das águas do mar sobre as
ZEE (Zona Económica Exclusiva) - área que se prolonga até
áreas continentais que, ao ficarem submersas, constituem as
às duzentas milhas da costa, onde o respetivo Estado costeiro
costas de submersão.
pode exercer o seu direito de soberania relativa mente à ges­
Transhipment - transbordo de mercadorias de um navio para tão e proteção dos recursos.
outro.
Zona contígua - zona de mar alto entre 12 e 24 milhas marí­
Transporte intermodal ou multimodal - conjugação de vários timas, sobre a qual o Estado pode exercer fiscalização para
modos de transporte. prevenir ou reprimir infrações às suas leis.

319
exame
Nesta coleção:

9.° ano 11.° ano 12.° ano


Matemática Biologia e Geologia História A
Português Economia A Matemática A
Filosofia Português
Física e Química A
Geografia A
MACS

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