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Vladyslav Baranenko nº24 10ºCT1 03/06/2020

1- A minha vontade é autónoma quando é puramente racional e que faz de si uma lei
universal, uma lei presente na consciência de todos os seres racionais (por outras
palavras, consigo estabelecer as minhas próprias normas/regras morais). A minha
vontade é heterónoma quando se deixa influenciar pelos apetites sensíveis ou pela
opinião de terceiros.
2- Uma das vertentes da ética de Stuart Mill é o hedonismo, que diz para sentirmos e
valorizarmos os prazeres e rejeitarmos a dor. Ora, na época, a ética de Mill foi criticada,
porque seguia uma “doutrina que era digna de porcos”. Então, Mill decidiu distinguir 2
tipos de prazeres: os prazeres superiores e os prazeres inferiores. Os superiores são os
mais valorizados por nós porque são os intelectuais, só seres racionais conseguem senti-
los, são os mais aprazíveis, enquanto que os inferiores estão ligados a necessidades
nossas e de qualquer outro animal como, por exemplo, dormir, comer, beber, …
3- Numa situação de guerra, fortes emoções e sentimentos podem mudar a nossa linha
de pensamento, fazendo muitas vezes o contrário do que devemos. Contudo, segundo
Kant e Mill, este ato não é correto.
Segundo Mill, o soldado está a cometer um ato imoral pois está a pôr a sua felicidade
em primeiro lugar. De acordo com o princípio de maior felicidade, devo fazer com que
o maior grupo de pessoas fique feliz. Mas como o soldado foge do campo de batalha, os
seus colegas ficam mais desmotivados e as pessoas da aldeia também (egoísmo).
Segundo Kant, o soldado está a ir contra o seu dever, que é proteger a vida das
pessoas que vivem na aldeia e, por essa razão, o seu ato é imoral. A decisão do soldado
de abandonar o campo de batalha foi antecedida por apetites sensíveis, como a
autopiedade e o medo de morrer.
Na minha opinião, a ética kantiana e a ética de Mill aplicam-se muito bem a esta
situação, pois podemos ver dois pontos de vista diferentes tendo um resultado em
comum. O soldado tinha como dever proteger as pessoas e era uma obrigação sua
proporcionar felicidade a todos, mas falhou nos dois a partir do momento que fugiu do
campo de batalha. Se uma determinada pessoa decidiu tornar-se num soldado é porque
tem paixão pelo que faz e acredita que o que faz tem sentido. Um soldado está sempre
preparado para sacrificar a sua vida em prol da vida dos outros.

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