Você está na página 1de 1

Externato Ribadouro

2020/2021

Síntese do poema «O dos castelos»

No início do poema, o sujeito poético apresenta-nos a «Europa» e os seus traços


definidores («jaz, posta nos cotovelos» e «fitando»). Estes dois traços serão
desenvolvidos nas segunda, terceira e quarta estrofes.

A segunda estrofe caracteriza os dois «cotovelos», indicando a sua forma: o direito


representa a Inglaterra e o esquerdo refere-se à Itália, locais onde se encontram as
raízes culturais que constituem a identidade europeia.

A terceira e quarta estrofes organizam-se em volta do verbo «fitar», desvendando a


simbologia do olhar no poema e justificando a importância do rosto e do olhar.

O poema começa por apresentar uma imagem de dormência (associada ao verbo


«jazer») e outra de expectância (traduzida pelo verbo «fitar», o qual aponta para uma
renovação). Estas duas imagens simbolizam a conjugação do passado com o presente
e com o futuro, denunciando a importância de Portugal na construção desse futuro.

A importância de Portugal, rosto da Europa, é posta em relevo pelo monóstico final do


poema, sendo este país visto como «cabeça» da Europa. Deste modo, valoriza-se
Portugal dentro da Europa, procurando o sujeito poético, no último verso, conferir-lhe
um papel determinante na construção/instauração/inauguração de um novo império
(o império espiritual, o Quinto Império). Expressa, assim, uma mensagem de
esperança e de confiança na nobreza de Portugal como agente de uma missão futura,
tendo em conta que é um povo marcado pela predestinação, o escolhido por
desígnio/vontade divina – conceção messiânica da História).

Você também pode gostar