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1ª Edição
Sumário
Introdução 1
Organização como um Sistema 17
O Modelo de Melhoria: As 3 Questões Fundamentais 23
O Modelo de Melhoria: O Ciclo PDSA 43
Define 59
Contrato de Projeto de Melhoria 61
SIPOC 69
Measure 75
Fluxograma 77
Sistema de Medição 85
Tipos de variáveis 93
Análise e causas de variação 97
Gráfico de tendência 101
Análise de Indicadores 117
Gráfico de frequência e Dotplot 123
Estatísticas Descritivas 127
Gráficos de Barra e Tabelas 137
Gráfico de Pareto 141
Estratificação 151
Gráfico de Controle 155
Capabilidade 187
Analyse 219
Diagrama Direcionador 223
Diagrama de causa e efeito 231
Uso de tecnologia 237
Uso de criatividade 241
Conceitos de mudança 249
Introdução ao Lean 255
Os 4p’s 257
Sistemas puxados 271
Desconexões 279
Diagrama ECRS 283
Balanceamento de linha 287
Diagrama de Espaguete 295
Mapa de Fluxo de Valor (VSM) 299
Poka Yoke 303
Correlação de Variáveis 311
DOE - Introdução 329
DOE - Comparação de dois tratamentos 335
DOE - Experimento Fatorial Completo 341
Improve 355
Control 367
Exercícios 379
Introdução 380
Fluxograma 383
Gráfico descritivo 384
Gráfico de Controle 390
Capabilidade 392
Análise AV/NAV 392
Balanceamento de linha 393
Correlação 394
Experimento fatorial completo 396
Teste de mudanças 399
Projeto Mid-State 403
Projeto Banco Mid 419
®
Com a competitividade cada vez maior entre as O discurso de “sempre fiz assim e deu
empresas, projetos de melhoria ajudam a reduzir custos, certo” não garante mais a sobrevivência
problemas de qualidade e também a ajudam a encontrar das empresas e, por esse motivo,
soluções inovadoras. Necessidades que se fazem é necessário dominar um método
presentes nas organizações do cenário atual. eficiente de realizar melhorias.
2
Introdução
As Eras
da Qualidade
3
As Eras
da Qualidade
1875: Taylorismo
1900-1930: Fordismo
4
Introdução
As Eras
da Qualidade
1930: Shewhart (cep)
5
As Eras
da Qualidade
1980-90: ISO, Lean, Seis Sigma ISO: Publica o primeiro manual da
É o momento histórico em que ocorrem as maiores qualidade.
transformações no ambiente da melhoria da
Lean: Em um projeto paralelo,
qualidade: Os Estados Unidos começam a perder
o MIT (com patrocínio de várias
mercado para os japoneses e iniciam missões para o
empresas automobilísticas) monta
Japão para entender como funcionava o processo de
um grupo de pesquisa para estudar
fabricação dos veículos no país.
o sistema de produção americano,
Algumas empresas se organizam para atuar junto a japonês e europeu. Deste estudo
universidades, no intuito de mudar o currículo dos começam a entender o sucesso da
engenheiros adicionando termos de qualidade. produção, baseado no sistema Toyota
A Motorola propõe um desafio de aumentar o nível de produção. O livro A máquina que
de qualidade de maneira exponencial. Com isso, um mudou o mundo é publicado e introduz
conjunto de ideias e conhecimentos adquiridos são o conceito de produção enxuta (Lean
agrupados, dando origem ao Seis Sigma. Manufacturing).
6
Introdução
O que é
Lean Seis Sigma?
7
O que é
Lean Seis Sigma?
Com o objetivo de trazer soluções para problemas da empresa está acima do nível 6 sigma.
existentes nas empresas, o Seis Sigma tem uma meta A cada 1 milhão de rodas produzidas,
de redução de defeitos. Em tese, para atingir o nível Seis apenas 3,4 apresentam defeitos. A
Sigma, a empresa deveria possuir 3,4 defeitos a cada 1 produção trabalha em nível 6 sigma.
milhão de oportunidades.
Esse valor foi definido a partir de um
Alguns exemplos seriam: estudo envolvendo algumas empresas
Um banco abre um milhão de contas por ano e (após referência na área de qualidade, e foi
levantamento) constatou-se que 100.000 dessas contas possível constatar que elas possuíam
tiveram algum problema com o preenchimento de dados em torno de 3,4 defeitos para cada
que demandou retrabalho, por parte da empresa ou dos milhão produzido.
clientes. Com isso, o processo de abertura de contas se O nível sigma também pode ser definido
enquadra entre os níveis 2 e 3 sigma. para outros valores, como mostra a
Uma linha de produção de notebooks observa após tabela da figura. Também é importante
alguns meses que seu rendimento de produção está em relativizar esses valores em função das
98% (ou seja, 2% dos notebooks produzidos têm algum características de cada indústria – é
defeito). O nível sigma atual da produção está entre 3 e 4 muito mais difícil ser uma empresa 6
sigma. sigma se a empresa atua na área de
Uma empresa de aviação tem, em todo seu histórico, serviços, quando comparado com uma
rendimento de 99,9999% de voos que não apresentaram empresa que atua com produção.
nenhum tipo de problema. Portanto o processo de voos
8
Introdução
Roteiro DMAIC
»» Contrato
»» VOC
»» Implementar mudanças »» SIPOC
»» Documentar
»» Monitorar
»» Avaliar o SM
9
Roteiro DMAIC
O objetivo do DMAIC é organizar (em 5 etapas) o progresso do projeto de melhoria, deixando claro
para todos que participam o que foi feito e o que está sendo feito, guiando o projeto para que tenha
início, meio e fim. Com o roteiro, a equipe tem um método de trabalho seguro e eficiente para
organizar as atividades. Como quando usamos GPS em uma cidade que não conhecemos muito
bem, é importante utilizarmos o roteiro DMAIC para estruturarmos nosso projeto Seis Sigma. Afinal,
seguindo um método temos uma maior chance de sucesso.
Nesse caso, o objetivo é facilitar e organizar a forma como serão utilizadas as técnicas ao
longo do projeto, servindo como um guia para o time.
Com o roteiro DMAIC, a equipe tem um método de trabalho seguro e eficiente para organizar
as atividades.
10
Introdução
Roteiro DMAIC
8.Close 1.Define
Control Define
7. Standardise 2. Measure
Measure
6. Control 3. Analyse
Improve
5.Check 4. Improve Analyse
Além do DMAIC, existem outros roteiros
para se realizar melhorias.
Todos com o mesmo objetivo: estruturar os
Define Map Define passos de projeto. Para o Seis Sigma, o roteiro
Process Process Process
et ss
Meas.
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al oce
Ta Pro
s
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e
oc e
Pr rov
s
e s
p
th
Im
11
Papéis e funções dentro
do Lean Seis Sigma
Conselho de
gestão LSS
Patrocinador
(Champion)
Líder: BB ou GB
Coaching:
MBB ou BB
GB, YB ou WB
Considerando o método Seis Sigma White Belt: entende os conceitos básicos de melhoria
é geralmente usado em projetos e auxilia times na execução desses projetos. Conhece o
de melhoria (com começo, meio e Lean Seis Sigma, as etapas do roteiro DMAIC e o Modelo
fim), há a necessidade de um grupo de Melhoria.
de colaboradores qualificado para Yellow Belt: pode ser integrante em projetos Seis Sigma e
concretizar a iniciativa. lidera esforços de baixa complexidade. Conhece também
Os profissionais envolvidos nesses algumas ferramentas de mapeamento de processos e
projetos precisam ter algum nível de procura por possíveis problemas ao longo do projeto.
conhecimento, conforme o grau de Green Belt: lidera projetos de média complexidade.
dificuldade das tarefas assumidas. Geralmente recebe orientação de um Black Belt. É o
Os níveis de certificação Seis Sigma são principal responsável pela coleta de dados do projeto
divididos em faixas (belts), com cores de melhoria, entendendo a necessidade dos dados e a
diferentes, assim como no judô. maneira como devem ser coletados.
As certificações existentes são as Black Belt: orienta e treina times de melhoria.Pode
seguintes: White Belt, Yellow Belt, Green liderar projetos de alta complexidade.
Belt, Black Belt e Master Black Belt. Master Black Belt: treina e orienta BB e GB. Geralmente
Os conhecimentos exigidos para cada ajuda no desenvolvimento das estratégias dos projetos e
uma delas são: funciona como um consultor (sensei) dos projetos.
12
Introdução
Estruturação para
a melhoria
Estratégia
Estrutura
Método
Está claro que algumas vezes os programas de Por isso, o apoio da alta liderança é
melhoria não trazem os resultados esperados. um fator primordial para o sucesso de
Muito desse fracasso pode ser explicado pela qualquer iniciativa de melhoria.
falta de organização das iniciativas.
Isso pode ser evitado se levarmos em Outro fator importante a ser considerado
consideração três pontos: estratégia, é a necessidade de existir uma estrutura
estrutura e método. adequada para gerenciar os projetos de
O primeiro aspecto a ser considerado é se as melhoria. Essa estrutura existe como meio
iniciativas de melhoria fazem parte da de alinhar objetivos, apoiar as iniciativas
estratégia do negócio. e gerenciar os esforços. Além disso, é vital
Em um programa de Lean Seis Sigma, as pessoas dominar as ferramentas de um método
devem dedicar tempo e esforço para atingir os reconhecidamente capaz de entregar os
resultados, e isso só acontecerá se esse programa resultados almejados com os
for considerado um tema estratégico. projetos de melhoria.
13
Eventos que ocorrem
em uma organização
Sistema Entendimento
de variação
Deming, na década de 1990, sintetizou os fundamentos da ciência da melhoria em quatro pilares que
ele chamou de Sistema de Conhecimento Profundo, e no qual denota a capacidade de desenvolver
boas mudanças, as quais obtemos com a utilização desse sistema.
14
Introdução
Sistema de Conhecimento
Profundo
Os 4 pilares da ciência da melhoria:
Visão sistêmica
Teoria do Psicologia
conhecimento
W. E. Deming
Entendimento de variação
15
Conhecimento
para a Melhoria
Para melhorar processos é necessário dominar
dois tipos de conhecimento:
Melhoria
Conhecimento da
Conhecimento específico
ciência da melhoria
16
ORGANIZAÇÃO
COMO UM SISTEMA
Organização como
um organograma
18
Organização como Sistema
Organização
como sistema
O mapa de processos é uma ferramenta que ajuda no desenvolvimento de uma visão da organização
como um sistema de processos interconectados (descrever “como o trabalho é feito”). Toda empresa
tem como objetivo atender uma necessidade para um cliente, e o cliente é a principal fonte de
direcionamento para o produto/serviço oferecido pela empresa. Portanto, o foco dos projetos de
melhoria é adequar processos para que o produto final atenda às especificações do cliente.
DESIGN AND
REDESIGN CONSUMER
RESEARCH
SUPPLIERS OF
MATERIAL, IFORMATION CONSUMERS
AND EQUIPMENT
DISTRIBUTION
RECEIPT AND
TEST OF MATERIALS
PRODUCTION, ASSEMBLY, INSPECTION
TESTS OF PROCESS,
MACHINES,
METHODS, COSTS
19
Processo
Transformações
S I P O C
Um processo é um conjunto de causas e A qualidade do trabalho realizado em uma
condições que se unem repetidamente em uma organização é resultado não somente do
série de passos para transformar entradas em funcionamento dos processos individuais,
resultados. mas também de quão bem esses processos se
conectam como um sistema.
20
Organização como Sistema
Processo
21
MODELO DE
MELHORIA:
3 Questões fundamentais
Mudança e
melhoria
Conceito fundamental:
NEM SEMPRE
RESULTA EM:
MUDANÇA MELHORIA
REQUER
O primeiro passo para Com isso em mente, levantamos a seguir três considerações:
realizar melhorias é • Para propor qualquer mudança, precisamos ter um objetivo para o
reconhecer que nem projeto claramente definido (precisamos saber o que
toda mudança resulta queremos melhorar e por quê).
em melhoria. Apesar
disso, para melhorar, • Como nem toda mudança pode gerar uma melhoria, precisamos de
é necessário alterar o indicadores para comprovarmos quando nossa ação foi efetiva, é preciso
processo ou o sistema. estabelecer critérios (metas) para saber quando uma mudança é uma
melhoria para o propósito especificado.
• Como toda melhoria requer mudança, precisamos buscar por mudanças
durante a execução da iniciativa de melhoria, desenvolvê-las,
testá-las e implementá-las.
24
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Modelo de
melhoria
Q1 Q2
Como saberemos
O que estamos
se uma mudança
tentando realizar?
é uma melhoria?
Q3
Sabemos que cada Q2. Como saberemos se uma mudança é uma melhoria?
consideração leva à formulação (INDICADORES)
de uma questão que deve ser Nem toda mudança resulta em melhoria. É preciso estabelecer
respondida pelo projeto critérios para saber quando atingimos o objetivo.
de melhoria.
Para saber se uma mudança é uma melhoria quase sempre
Q1. O que estamos tentando necessitamos de dados, sejam eles observados ou formalmente
realizar? (OBJETIVO) coletados em pesquisa. O impacto das mudanças será medido
Todo esforço de melhoria deve baseado no indicador escolhido para o projeto.
ter um propósito bem definido. Q3. Que mudanças podemos fazer que resultarão em
As pessoas se motivam e se melhoria? (MUDANÇAS)
comprometem com uma
iniciativa de melhoria se elas Toda melhoria requer mudança. Se estamos interessados em
têm um foco claro. Além disso, obter melhoria precisamos alterar o processo/sistema.
as pessoas devem entender Esta questão chama a atenção para a necessidade de se
a importância do trabalho desenvolver, testar e implementar mudanças para obter melhoria.
desenvolvido. A resposta à Devemos sempre usar as três questões fundamentais.
primeira questão estabelece
objetivos para uma iniciativa Em um projeto formal de melhoria, é apropriado responder às
de melhoria. Os objetivos duas primeiras questões no início do projeto. A terceira questão é
devem ser declarados de forma respondida durante a realização do projeto, com novas propostas
breve e concisa, para orientar a de mudanças para serem testadas.
iniciativa e para manter o foco.
25
Exemplos de utilização –
iniciativas de melhoria
Exemplo 1: Melhoria em um processo de compras
26
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Atividade
27
Como estruturar as
questões: Q1
Q1. O que estamos tentando realizar?
Exemplo: Reduzir o custo de entregas atrasadas no setor de eletrônicos em 70% (de $1.5M para
$45K) até janeiro de 2008.
28
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Resultados esperados
e indicadores
Cuidado: Ao estabelecer objetivos é comum as pessoas confundirem:
O momento de definição do objetivo deve receber atenção e cuidado especial, pois pode haver con-
fusões e mal direcionamento dos trabalhos dos envolvidos.
Os principais cuidados são os seguintes: Não confundir objetivo do projeto com ideia de
Não confundir objetivo do projeto com atividade mudança
do projeto. Exemplos: eliminar passos do processo, reduzir
Exemplos: coletar dados, criar uma base de classificações de itens, implementar checklist,
dados, mapear processos, fazer um diagrama de implementar dispositivo à prova de erro, reduzir
causa e efeito, etc., são atividades a serem realiza- número de etapas do processo, implementar novo
das ao longo do projeto, mas não são o objetivo. sistema de gestão (Ex: TOTVS, SAP), etc. são todas
ideias para mudanças que podem ser realizadas
durante o projeto (e podem trazer melhorias em
nosso indicador), mas não são o objetivo primário
do projeto.
29
Como estruturar as
três questões: Q2
Q2. Como saberemos se uma mudança é uma
melhoria?
30
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Como estruturar as
três questões: Q2
Baseado no exemplo do livro Modelo de melhoria décima primeira semana, foi realizada uma nova
(2011), no qual uma mudança foi projetada para medida, e o resultado obtido foi 3 minutos. A
reduzir o tempo de ciclo de uma operação. redução do tempo de ciclo de 8 para 3 minutos foi
No planejamento do teste, estabeleceu-se que considerada muito significante para o processo
a mudança seria realizada entre a sétima e a de interesse. Os dados obtidos estão no gráfico
oitava semana a partir do início do projeto. Uma da figura. Qual é o grau de convicção de que a
medida do tempo de ciclo foi realizada na quarta mudança é uma melhoria?
semana, o resultado obtido foi 8 minutos. Na
31
Como estruturar as
três questões: Q2
Com os dados do exemplo anterior, poderíamos gerar seis cenários, conforme mostrado
anteriormente. Em todos eles, o tempo de ciclo na semana 4 é de 8 minutos e de 3 minutos na
semana 11. Será que a convicção de melhoria é a mesma para o seis cenários?
32
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
33
Definição operacional
de melhoria
Em esforços de melhoria precisamos, ao final do projeto, apresentar um gráfico que mostre o indica-
dor ao longo do tempo para comparar os resultados gerados pelo projeto.
Da discussão anterior, podemos criar uma definição operacional de melhoria. “Melhoria” é o impac-
to positivo, relevante e duradouro produzido por mudanças realizadas de forma intencional em indi-
cadores de projeto. Em esforços de melhoria precisamos, ao final do projeto, apresentar um gráfico
que apresente o indicador ao longo do tempo para comparar os resultados gerados pelo projeto.
34
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Antes Depois
35
Como saber se uma
mudança é uma melhoria?
Antes Uma semana Duas semanas
depois depois
Nesse caso, a organização da sala não se mantém, portanto não podemos considerar uma
melhoria, pois a mudança não teve resultado duradouro.
36
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Nesse caso, temos maior convicção de que seja uma melhoria. Nunca temos certeza de que as
coisas não irão voltar para o estado anterior, mas, quanto mais dados, maior a convicção de que
manteremos o mesmo patamar do indicador.
Assim, para mostrarmos que atingimos nosso objetivo, devemos coletar dados sobre o indicador do
projeto e seguir algumas diretrizes durante esse processo.
Os dados devem geralmente cobrir um período anterior ao início das mudanças e um período
durante e após as mudanças.
Conforme mudanças forem sendo feitas no processo, o comportamento dos indicadores deve
fornecer informação para julgar se as mudanças são melhorias.
37
Como saber se uma
mudança é uma melhoria?
Melhoria não se trata apenas de medição!
- Provérbio palestino
38
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Tipos de
indicadores
nosso objetivo?
39
Como estruturar
as três questões: Q3
Q3. Que mudanças podemos fazer que resultarão
em melhoria?
Cinco meios de gerar ideias de mudanças
Pensamento criativo
Ao lidar com a terceira questão (Quais mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria?),
devemos ter em mente que são necessárias mudanças no processo se desejamos melhorá-lo. Um
bom processo é aquele em que as pessoas têm facilidade de fazer as coisas certas e dificuldade
de cometer erros. Isso também vale para produtos. As ideias para obtermos boas mudanças nos
produtos e processos podem vir de cinco meios:
40
O Modelo de Melhoria: 3 Questões Fundamentais
Como estruturar
as três questões: Q3
• Análise crítica sobre processo/produto atual - desafia as barreiras
do processo/produto, análise do desempenho atual.
Mapeamento do processo.
Coleta de dados.
Entendimento de relação entre variáveis.
Balanceamento.
Retirada de atividades que não agregam valor.
• Benchmark – análise de práticas e desempenho de empresas que atuam
no mesmo ramo para comparação e para trazer ideias de mudanças.
• Uso de novas tecnologias.
Testar em pequena escala.
Utilizar para resolver causas comuns e não especiais.
• Pensamento criativo.
Sair do estágio de pensamento atual e gerar ideias através de técnicas.
• Uso de conceitos de mudança.
Utilizar uma ideia que fez algum processo funcionar bem e usar o conceito da ideia em
nossos processos.
41
MODELO DE MELHORIA:
PDSA
Modelo de
melhoria: PDSA
Lembre-se da relação entre mudança e melhoria: fazer uma melhoria é a busca de boas
mudanças.
Boas mudanças resultam da aplicação de conhecimento sobre o processo, e o conhecimento é
fruto de aprendizado.
O aprendizado das pessoas sobre os processos é realizado de forma mais eficiente e eficaz pelo uso
do método científico.
O ciclo PDSA é o componente do modelo de melhoria que guia o aprendizado.
44
Modelo de Melhoria: PDSA
Método
científico
Fases do método científico
Observar um evento
Problema
Concluir
Publicar
Em projetos de melhoria, é importante
aprendermos de maneira rápida, e uma boa
maneira de fazer isso acontecer é utilizar
o método científico. Mas como funciona o
método científico?
1. Tudo começa (e termina!) com questões.
2. O cientista sempre tem uma hipótese a
respeito de qualserá a resposta (predição).
3. Então o cientista faz um estudo
4. Analisa os resultados e....
5. Publica.
45
Método
científico
Fases do método científico
Observar um evento
Problema
Concluir
Aplicar
46
Que mudanças podemos
fazer que resultarão
Modelo de Melhoria: PDSA em melhoria?
Modelo de
melhoria: PDSA
Executar ações em função dos Objetivo
resultados Questões e predições
Outro ciclo? Plano para coletar dados
(O que, Onde, Quando)
ACT PLAN
Para ajudar as pessoas a organizar essas No STUDY é a hora de analisar os dados e tirar
etapas nos estudos de melhoria dentro das conclusões do ciclo de acordo com as questões
organizações, é importante utilizar ciclos PDSAs. estruturadas no PLAN.
Em cada fase do ciclo, temos tarefas que nos No ACT é o momento de executar as ações
levam na direção do aprendizado. Essas tarefas aprendidas e planejar a partir destes resultados
estão descritas no ciclo PDSA acima. quais seriam os próximos ciclos de estudo.
No PLAN é o momento de definirmos o objetivo As formas mais comuns de se usar um ciclo
deste ciclo de estudo, quais questões queremos PDSA como parte de um esforço de melhoria são:
responder e para cada questão colocar uma • Coletar dados para construir conhecimento
predição. Essa predição é muito importante para para ajudar a responder qualquer uma das
aprender com as suposições que haviam antes três questões fundamentais. (Atenção: neste
do estudo. Neste momento também é a hora de caso garanta que a etapa A do ciclo seja feita. É
definir como será o plano de coleta de dados, preciso que alguma ação concreta ocorra após o
caso faça parte do plano. ganho de conhecimento.)
No DO é a hora de entrar em ação! Executar um • Testar uma mudança.
plano, a coleta de dados e observar eventos que
não eram planejados. • Implementar uma mudança.
47
Rascunho de Deming
do ciclo de Shewhart - 1985
48
Modelo de Melhoria: PDSA
Usando PDSA
em sequência
Em uma iniciativa de melhoria, ciclos Conforme os PDSAs são realizados, o conhecimento
PDSA são utilizados para entender a aumenta em direção às mudanças que resultam em
situação atual de um processo, além melhoria. A figura a seguir ilustra esse conceito.
de desenvolver, testar e implementar
mudanças (um ciclo “puxa” o outro).
Esse conceito é chamado de rampa de Ferramentas básicas para melhoria:
PDSAs. • Formulário de coleta de dados.
• Definição operacional.
• Histograma.
• Gráfico de Pareto.
• Gráfico de tendência.
• Gráfico de controle.
• Mapeamento de processos.
• Diagrama de causa e efeito.
• Planejamento de experimentos.
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
Suposições
Teorias
Intuições
Tempo
49
PDSA:
Exemplo
Considere um projeto de melhoria com o objetivo de reduzir o tempo para
realizar compras.
Plan
Objetivo: Conhecer como se comporta a demanda para o setor de compras
Questões Predições
Como é a distribuição dos valores das A maior parte das compras está entre R$ 2.000 e
compras? R$ 3.000
Quais tipos de compras são mais frequentes? O tipo de compra mais frequente é o
“Menor preço”. Poucas compras são do tipo
“Reservado”.
»»O Alberto é responsável por coletar os dados. Instruí-lo sobre como amostrar, anotar os valores e digitar em
uma planilha.
»» A Madalena deve preparar um gráfico de frequência dos valores das compras e um gráfico de barras com
as porcentagens por tipo de compra.
Do
Coletar os dados
Observar e anotar anomalias durante o processo de coleta dos dados.
Existiam dois tipos principais de compras: Com relação aos valores, produtos com valor
• Reservado: o solicitante já havia reservado abaixo de R$ 2.000,00 não precisavam de 3
o produto e bastava executar a compra, o que orçamentos, o que sugeria um processo mais
sugeria uma compra rápida. rápido para eles.
• Menor preço: a compra seria realizada por meio de O PDSA da figura mostra um estudo da equipe
3 orçamentos, em que o de menor preço ganharia. de melhoria para entender a distribuição dos
pedidos de compras.
50
Modelo de Melhoria: PDSA
PDSA:
Exemplo
51
PDSA:
Exemplo
Foi possível perceber que a
maioria dos pedidos tinha
preço baixo e era do tipo
reservado, o que sugeria que
eles deveriam ser executados
com rapidez, e isso não vinha
acontecendo.
No ciclo PDSA seguinte,
os compradores foram
entrevistados. Eles disseram
que, mesmo para compras
do tipo reservado, cotavam
com outros fornecedores,
o que atrasava a compra.
Essa descoberta fez com que
a gerente suspendesse as
cotações para compras do
tipo reservado, reduzindo
significativamente o tempo
para realização das compras.
52
Modelo de Melhoria: PDSA
PDSA:
Exemplo
Study Act
Mais de 80% dos valores estão 1. Entrevistar os compradores para
abaixo de R$2K, sugerindo que um entender as causas de demora em
53
Formulário para documen-
tação de PDSA em projeto
Pode ser útil em um projeto de melhoria documentar os PDSAs que foram realizados de maneira
resumida, para rápida construção da “memória” das atividades.
A figura mostra um exemplo de planilha para documentação de PDSAs.
54
Modelo de Melhoria: PDSA
Define
1 Entender
Measure
Plan
2 Desenvolver Analyze
3 Testar Improve Do
Check
4 Implementar Control
Act
55
Modelo de
melhoria
ACT PLAN
56
Modelo de Melhoria: PDSA
As três categorias de
melhoria
57
DEFINE
59
Introdução
Objetivo
Definir e comunicar o foco e os indicadores do projeto ao grupo
de melhoria.
Atividades
Na fase define, o objetivo é definir o escopo do projeto, ATENÇÃO: muitas vezes, pela pressa de
clareando para todos os envolvidos o que é esperado solucionar os problemas, as equipes
como resultado. É uma fase muito importante, pois, caso discutem superficialmente sobre
ela seja bem-feita, garante o direcionamento dos esforços os objetivos e começam os testes, e
e a energia da equipe. essa atitude muitas vezes resulta em
projetos desfocados e sem sucesso no
final.
60
Contrato de Projeto
de Melhoria
Contrato
de Projeto
O que é?
Contrato é um acordo Deve conter uma Tem o objetivo de Todo projeto Lean
62
Define
Contrato do Projeto
de Melhoria
Patrocinador: 1 por projeto. Traz a visão Problema: qual é o incômodo?
de negócios e ajuda na superação dos Q1. O que estamos tentando realizar?
obstáculos políticos organizacionais,
O objetivo deve ser declarado da seguinte forma:
além de disponibilizar recursos para a
equipe. Geralmente é uma pessoa Verbo no infinitivo + complemento
da alta gerência. Exemplo: reduzir tempo de ciclo da operação X em 50%
Líder da equipe: 1 por projeto. Alguém em 3 meses a partir do início do projeto.
formado nas ferramentas de melhoria Q2. Como sabemos que a mudança é uma melhoria?
(normalmente um Green Belt ou Black Belt). Nessa etapa, colocamos nosso indicador, o seu
Integrantes da equipe: entre 2 a 3 desempenho atual e a meta que queremos realizar.
pessoas. Considere incluir pessoas com Business case: deve ser realizado o cálculo do ganho
conhecimento sobre o problema. esperado com este projeto. É o momento de vender o
Contexto: descreva o incômodo (ou projeto para a alta liderança.
oportunidade) que existe na organização Atividades iniciais: liste as atividades que darão início ao
e que motivou a escolha desse projeto. projeto. Por exemplo: coletar dados do indicador, mapear
Não deve conter causa ou o processo, entrevistar um cliente etc.
solução do problema.
Restrições para as atividades: quais as fronteiras a
que o projeto deve se limitar. Fronteira de pessoas,
investimento, áreas, etc.
Líder da Equipe:
Atividades iniciais do projeto:
Demais integrantes:
Problema:
63
Contrato do Projeto
de Melhoria
Aqui apresentamos como estruturar o Business case, além
de um exemplo de um projeto real:
Exemplo: A redução de entregas atrasadas de 15% para 3% irá aumentar a satisfação dos clientes
e reduzirá custos de multas contratuais em R$350.000,00 em um ano.
64
Define
Contrato do Projeto
de Melhoria
Apresentaremos, a seguir, um formulário de contrato do projeto
Patrocinador: Roberto Meireles
Contexto / Descrição: Nossa empresa possui 42 máquinas injetoras que precisam realizar setup para
Reduzir o tempo de máquina Tempo (em horas por 500 horas 250 horas
parada para setup, na linha de semana) de máquina semanais (média). semanais.
injeção plástica, em 50% até parada para setup.
janeiro de 2015.
Business case:
Atividades iniciais do projeto
Com um custo de R$ 140,00
• Preparar um SIPOC do processo de troca de molde.
por hora de máquina parada,
• Coletar dados de tempo de parada estratificados.
a redução desse tempo de 500
(Aguardando liberação, aguardando equipe de setup,
horas semanais para 250 horas
aguardando OS etc.)
semanais irá reduzir os custos a
65
Contrato do Projeto
de Melhoria
Cuidados com Metas
Estreitamento do foco
Aumento de assunção de
Tenha cuidado ao aplicar metas riscos
na sua organização!
66
Define
Cuidados
com metas
Uma questão também importante diz respeito A definição de objetivos arrojados e
a como erros ou falhas são tratados. A Toyota, aparentemente impossíveis funciona pari passu
por exemplo, baseia-se nos resultados da com a cultura da experimentação, em que a
experimentação para aprender o que funciona recompensa real não é o êxito ou o fracasso,
e o que não funciona, mas esse processo não mas sim o conhecimento acumulado a partir de
terá êxito se os funcionários sentirem que têm diversas experiências de aprendizagem
de ocultar notícias desfavoráveis ou fabricar de alta qualidade.
resultados positivos.
67
Define
Cuidados
com metas
Algumas formas de estabelecer metas:
Observar outras organizações Os próprios participantes do projeto podem extrair perguntas, tais
que tenham realizado como: “O que seria necessário para obter uma redução de 50% no
objetivos similares é uma tempo de enviar uma encomenda?”
forma de estabelecer metas. Isso auxilia na definição das metas.
68
SIPOC
SIPOC
O que é?
O SIPOC é uma ferramenta usada pela O SIPOC é uma ferramenta extremamente importante,
equipe de melhoria para identificar os pois ajuda as pessoas a enxergarem suas atividades como
elementos relevantes de um processo processos, aumentando sua capacidade de encontrar
no início do projeto de melhoria. Ele oportunidades de melhoria.
aplica-se a todo tipo de trabalho, seja ele
repetitivo ou pouco frequente, e ajuda
a criar uma visão macro do processo, Segundo Deming:
definindo seus limites (pontos de início
e fim) e permitindo localizar pontos de "Se você não pode descrever o que está fazendo como
coleta de dados. um processo, você não sabe o que está fazendo."
70
Define
SIPOC
O que é SIPOC?
Transformações
S I P O C
Fornecedor Entradas (Input): Processo Saídas|Resultados Cliente
(Supplier): Informação ou (Process): (Output): (Customer):
Pessoas ou organi- material fornecido Série de etapas O produto ou Pessoas, empresas
zações que fornecem pelo fornecedor. que transforma serviço produzido ou outros processos
as informações ou as entradas em a ser utilizado pelo que recebem os
materiais a serem resultados. cliente. resultados do
processados. processo.
71
Formulário do
SIPOC
FormuLário
fornecedores entrada Processo saída cLiente
Passos do Processo
72
Define
Formulário do
SIPOC
FormuLário
fornecedores entrada Processo saída cLiente
Requisição
Realizar
Laboratório Seringas Exame de
Agulhas Sangue
Álcool
Outros Materiais
Passos do Processo
73
Measure
MEASURE
75
Introdução
Objetivo
Conhecer o processo em detalhes e coletar dados.
Atividades
erificar a estabilidade
V alcular a capabilidade
C
do indicador que do processo.
estamos analisando.
76
Fluxograma
Fluxograma
O que é?
O fluxograma é uma ferramenta que tem diferentes utilidades, dependendo da fase do projeto:
»» Conhecimento sobre o processo (MEASURE)
»» Identificação de pontos de medição (MEASURE)
»» Identificação de complexidades (ANALYSE)
»» Desafio de atividades (ANALYSE)
»» Projeto ou modificação do processo (IMPROVE)
»» Padronização de procedimentos (CONTROL)
Quando utilizar?
Se o projeto tem o objetivo de melhorar um processo (fluxo), essa ferramenta provavelmente será útil.
78
Measure
Fluxograma
S I P O C
Doador é As veias do
Avaliação Doador vai Biomédico
Doador entrevistado e Doador são
é relizada para a sala de verifica as
chega preenche verificadas na
pelo médico doação veias
formulário sala de espera
Sim
Não Não
Doador Veias Saúde Doador Veias
Rejeitado OK? OK? Rejeitado OK?
Sim
Não
Sim
Doador
Rejeitado Plasma é
extraído
79
Fluxograma
Simbologia utilizada:
SIM
80
Measure
Fluxograma:
nível de detalhes
Mini
Esboçar Esboçar
o texto o texto
Esboçar o texto Midi
não não
não
Foi aprovado?
Foi aprovado?
Obter aprovação
Obter aprovação Início Início
Foi aprovado? Obter aprovação Início Macro
sim sim
sim
Ligar o Ligar o Esboçar Esboçar
o texto o texto
Ligar o Esboçar o texto Início Início Início
Computador
Computador
Computador não não
não
Iniciar o Iniciar
Word o Word
Iniciar o Word Foi aprovado?
Foi aprovado? Obter aprovação
Obter aprovação
Foi aprovado? Obter aprovação Esboçar Esboçar
o texto o texto
Esboçar o texto
sim sim
Digitar oDigitar
texto o texto sim
Digitar o texto
Digitar oDigitar
texto o texto
Digitar oDigitar
texto o texto Digitar o texto
Digitar o texto
Revisar oRevisar
texto o texto
Revisar o texto Distribuir
Distribuir
o texto o texto
ImprimirImprimir
o texto o texto Distribuir o texto
Imprimir o texto
Precisa de
Precisa de
Fazer correções
Precisa deFazer correções Distribuir
Distribuir
o texto o texto
correções?
correções?
correções?
Fazer correções Distribuir o texto Fim Fim Fim
Distribuir
Distribuir
Distribuir
o texto o texto
o texto
O fluxograma pode ser construído com alto ou baixo nível de detalhes, dependendo da sua
aplicação. Em projetos em que o objetivo principal é a redução do tempo, pode ser indicada a
construção de um fluxo com nível mínimo de detalhes.
Existem diversos tipos de fluxogramas. Cada um deles é elaborado para contextos diferentes.
81
Fluxograma:
Horizontal
Processo de avaliação de solicitação de empréstimo
Sim
Não
82
Measure
Fluxograma:
multifuncional
Multifuncional (desdobrado)
O fluxograma multifuncional foca nas Também pode ser útil representar quantos
unidades organizacionais, permitindo à dias o processo fica em cada etapa, facilitando
equipe compreender o fluxo do processo a identificação de gargalos.
entre os departamentos. Ele também mostra a Muitas vezes, a simples instituição de prazos
interdependência das atividades. para as atividades geram um grande impacto
É útil para processos que não se completam no tempo de processamento.
em uma única área, indicando os responsáveis
por cada etapa. Geralmente é na passagem
entre departamentos que existem grandes
oportunidades de melhoria.
83
Fluxograma:
versões de um processo
O que o gerente
pensa que é O que é realmente O que deveria ser O que poderia ser
84
Sistema de
Medição
Processo de
medição
Mundo Físico
Mundo
Comportamental Observações
Observar
e Medições Dados
e/ou Medir
Documentadas
Mundo
Sensorial
Sabemos que os dados são utilizados As variáveis que iremos utilizar para estudar o
tanto em atividades de manufatura quanto processo são o resultado de medições realizadas
atividades administrativas e serviços. Dados em uma determinada entrada, saída ou processo.
são observações documentadas ou resultados Essas medições contém, em maior ou menor
de uma atividade de medição. A atividade de grau, “erro” e quanto maior for esse “erro”,
medição pode ser pensada como um processo pior serão nossas decisões. Portanto é de vital
cujo output é a medida. importância a avaliação do sistema de medição.
DEMING
86
Measure
Processo de
medição
Medir: Aroma
87
Definição
operacional
produto ou serviço
Como medir uma característica de qualidade?
88
Measure
Definição
operacional
É uma descrição, em termos quantificáveis, do que medir e os passos a seguir para medi-lo de
forma consistente
»» É clara e inequívoca
89
Definição
operacional
Como você define estes conceitos?
»» Um imposto justo
?
»» Ser rico
»» Ser pobre
»» Estar desempregado
»» Estar limpo
»» Férias boas
»» Chegar no prazo
»» Área urbana
»» Aquecimento global
»» Estar contaminado
90
Measure
Definição
operacional
Componentes
»» Objetivo
»» Característica de interesse
»» Instrumento de medição
»» Procedimento
»» Critério
91
Tipos de
variáveis
Tipos de
variáveis
Variáveis
Qualitativas Quantitativas
94
Measure
Classificação de
dados (simplificada)
Tipo de variáveis Característica Dado registrado
de qualidade
Desempenho da entrega Entrega no prazo/atrasado
Categóricas Classificação
(Qualitativo) Retrabalho Sem/Com
Arranhões Sem/Com
Mudanças Número de mudanças/projeto
Contagem Acidentes Número de acidentes/por mês
95
Custo, tempo
e informação
Não há uma única forma de medir. A decisão depende de vários fatores.
A forma de medir usual, que pode ser adequada para operações de rotina, pode não ser adequada
em projetos de melhoria.
a
Tamanho da
Tipo de variável Tempo Custo Informação por amostra para a
para medir para medir unidade medida mesma quantidade
de informação
Classificação -
Contagem
Contínua +
96
Análise da
variação
Variabilidade
e estatística
Sabemos que um produto ou serviço pode ser avaliado a partir de características de qualidade. Dois
itens produzidos nas mesmas condições não são, em geral, idênticos com respeito às características
de qualidade consideradas. Assim, a variabilidade é inerente aos processos.
A variação é inerente a
todos os processos
29
A análise da variabilidade deve ser usada como base para as ações no processo. Ações baseadas
em um correto entendimento de variação ajudam a melhorar a performance do processo.
A variação pode ser percebida através dos dados.
35
% entregas fora do prazo
30
25
20
15
10
5
2 4 6 8 10 12 14 16 18
Mês
98
Measure
Percepção
da variação
Uma das funções de um gestor é tomar decisões
baseadas na interpretação da variação
nos indicadores.
»» H
á 3 meses, as vendas estão abaixo do previsto.
Esses dados indicam uma tendência? É
necessário agir?
»» H
á diferenças de desempenho das pessoas
na organização? Há alguém que realmente
necessita de uma assistência especial? Há
alguém que merece um reconhecimento
especial?
»» O
número de acidentes foi maior que no ano
passado. É preciso fazer mudanças no ambiente
de trabalho? Fazer uma campnha sobre
segurança no trabalho?
99
Gráfico de
Tendência
e Causas de
Variação
Característica e
Medida
S I P O C
Variáveis de Variáveis de Variáveis de
Input Processo Output
X1, X2 , ... , Xk Y
102
Measure
Gráfico de
tendência
Considere o seguinte exemplo:
O departamento de customer success de uma empresa coletou os dados de número de
reclamações semanais durante 6 meses.
33
Uma ferramenta importante quando estudamos variação é o gráfico de tendência. Esse gráfico é
simplesmente um registro de uma medida ou característica ao longo do tempo. Ele pode revelar
ciclos, tendências ou mudanças de desempenho ao longo do tempo. Algum tipo de gráfico de
tendência deve sempre fazer parte do estudo da variação em um processo ou sistema, pois é um
gráfico simples e fácil de construir.
NÚMERO DE RECLAMAÇÕES
20
Número de reclamações
15
10
0
8-abr-18
6-mai-18
3-jun-18
1-jul-18
29-jul-18
26-ago-18
Data
»» N
o eixo horizontal fica a variável que representa “tempo” , e no eixo vertical a variável
sendo monitorada.
1. Para construir um gráfico de tendência, identifique a atividade que você deseja mensurar ao
longo do tempo. Exemplo: número de unidades vendidas por dia por uma empresa.
2. Defina o intervalo de tempo entre cada coleta (frequência). Exemplo: diário.
3. Faça a coleta dos dados. Registre os dados e coloque no gráfico à medida que forem
sendo coletados.
103
Análise da variação –
34
causas de variação
Considere a história de dois jovens recém-casados:
-20
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Dia
»» N
o primeiro dia após o casamento, a esposa Qual conselho você daria para essa esposa?
ainda em férias, o marido promete chegar Talvez internar-se? E para o marido? Também
às 18 horas, mas ele chega 10 minutos internar-se, pois ele está dando resposta para
adiantado, e a esposa fica brava com a falta perguntas malucas! Achamos absurdo a relação
de pontualidade e pergunta as razões. “O desse casal, mas muitas vezes os indicadores da
trânsito estava bom hoje” ele diz. nossa empresa são analisados da
»» N
o segundo dia, ele chega 10 minutos mesma maneira.
atrasado. Brava, ela novamente pergunta
a razão. “Peguei muitos sinais fechados”, Como já vimos, existe variação em todos os
diz ele. indicadores. Olhando o tempo de chegado do
»» N
o terceiro dia ele chega 1 minuto atrasado marido, percebemos que ele sempre chega
e novamente ele pergunta a razão. “Foi entre 15 minutos antes ou depois das 18 horas
um pedestre que atravessou a rua e e não faz sentido perguntar as razões nas vezes
precisei esperar” em que ele chega entre esses horários.
»» N
o quarto dia, novamente ele chega “fora”
do horário, com atraso de 5 minutos... e a
história continua...
104
Measure
Causas de variação
(Shewhart 1931)
105
Como descrever a
variação (VOP)?
Considere os dados de inventário mensal de uma empresa durante 2 anos.
»» Como você analisaria esses dados?
»» Qual gráfico é o mais adequado?
a
Inventário Inventário
Mês - 2017 (em mil US$) Mês - 2018 (em mil R$)
jan. 19 jan. 20
fev. 27 fev. 22
mar. 20 mar. 19
abr. 16 abr. 16
mai. 18 mai. 22
jun. 25 jun. 19
jul. 22 jul. 25
ago. 24 ago. 22
set. 17 set. 18
out. 25 out. 20
nov. 15 nov. 16
dez. 17 dez. 17
106
Measure
Como descrever
a variação (VOP)?
38
HISTOGRAMA DE INVENTÁRIO (EM MIL R$)
Visão Estática 25
20
Estatísticas Descritivas
Média, mediana, quartis, mínimo, máximo, Minutos 15
amplitude, desvio padrão, histograma
10
39
Visão Dinâmica 35
LSC=31.61
30
25
Valores
107
Causas de
variação
Diferentes estratégias são necessárias para melhorar um processo estável (somente causas comuns
atuam) ou um processo instável (causas especiais também atuam).
25
Valores
20 X=20.04
15
10
LIC=8.48
8-abr-18
22-abr-18
6-mai-18
20-mai-18
3-jun-18
17-jun-18
1-jul-18
15-jul-18
1-jul-18
12-ago-18
26-ago-18
9-set-18
Data
108
Measure
Um ponto muito
20
afastado dos demais
10
Minutos
0 Sequência de oito ou
20 mais pontos abaixo
-10
ou acima da média
-20 10
Minutos
seg sex qui qua ter
0
Data
-10
-20
20 seg sex qui qua ter
10 Data
Minutos
0 Sequência de seis
-10
ou mais pontos
crescente ou
-20 decrescente
seg sex qui qua ter
Data
O gráfico de tendência pode ser usado para »» Essas regras são consistentes no sentido
avaliar as causas de variação que estão de que a chance de ocorrências das mesmas
atuando em um processo. Um processo é muito baixa se o processo estiver estável.
é considerado estável quando existe uma É necessário reunir dados suficientes para exibir
“distribuição aleatória” dos pontos plotados, o comportamento do processo. Um total de 25
sem nenhum padrão claramente identificável. a 30 pontos de dados costuma ser suficiente
Se a distribuição (ou padrão) não é aleatória, o para que se formem padrões que sirvam como
processo é considerado instável ou está sob a referência para o desempenho do processo.
ação de causas especiais. Se essa quantidade de pontos não estiver
Existe um consenso entre usuários de gráficos disponível, procure tomar a melhor decisão
de tendência de que um único ponto muito com o que estiver à mão.
afastado dos demais é uma indicação de uma Observação: nem toda causa especial é
causa especial de variação. Isso se deve ao ruim. Muitas vezes ela indica uma melhora no
fato de que a ocorrência de um ponto afastado processo. Nesse caso devemos ver se é possível
dos demais tem baixa probabilidade de ocorrer incorporá-la ao processo. Além disso, o gráfico
por acaso. Outras regras foram criadas de tendência é uma ferramenta adequada para
para identificar outros tipos de causas avaliar se mudanças em um processo resultam
especiais (padrões não aleatórios nos gráficos de em melhoria.
tendência).
109
Gráfico de controle
42
42
GASTO
GASTOMENSAL
MENSALCOM
COMTREINAMENTO
TREINAMENTO GASTO
GASTO MENSAL COM TREINAMENTO
110
110 110
110
Inventário
Inventário Mês - 2018 Inventário
Inventário LSC=107.38
LSC=107.38
106
106 (em
(emmil US$) Mês - 2018 (em
milUS$) (emmil
milUS$)
US$) 106
106
Gastos (x1000)
Gastos (x1000)
Gastos (x1000)
(x1000)
102
102 102
102
9898 Gastos 98
98 X=97.67
X=97.67
9494 94
94
9090 90
90
LIC=87.95
LIC=87.95
8686 jun. abr
86
86
jan abr
jan abr jul out jun.
jul out abr jul
jul out
out jan abr
jan abr jul
jul out jan abr
out jul out
Mês
Mês Mês
Um dado fora desses limites é tratado como muito afastado dos demais, portanto, uma
causa especial.
»» É
importante ressaltar que esses limites de controle são calculados com base nos dados e
existe um método para isso. Assim, eles não são estabelecidos com base em uma meta ou
especificação, mas sim com base na variação histórica dos dados.
110
Measure
MinutosMinutos
30
10 30
10
20
0 LSC=22.26
X=0.00 20
0 LSC=22.26
X=0.00
10
-10 10
-10
-200 X=0.00
LIC=-22.26 -200 X=0.00
LIC=-22.26
-10
-30 -10
-30
seg sex qui qua ter seg sex qui qua ter
-20 LIC=-22.26 -20 LIC=-22.26
Dia Dia
-30 -30
seg sex qui qua ter seg sex qui qua ter
GRÁFICO DE CONTROLE: GRÁFICO DE CONTROLE:
Dia
MINUTOS ADIANTADOS OU Dia
MINUTOS ADIANTADOS OU
ATRASADOS EM RELAÇÃO A 19H15’ ATRASADOS EM RELAÇÃO A 19H15’
30 GRÁFICO DE CONTROLE: 30 GRÁFICO DE CONTROLE:
20 MINUTOS ADIANTADOS OU LSC=22.26 20 MINUTOS ADIANTADOS OU LSC=22.26
ATRASADOS EM RELAÇÃO A 19H15’ ATRASADOS EM RELAÇÃO A 19H15’
MinutosMinutos
MinutosMinutos
30
10 30
10
20
0 LSC=22.26
X=0.00 20
0 LSC=22.26
X=0.00
10
-10 10
-10
-200 X=0.00
LIC=-22.26 -200 X=0.00
LIC=-22.26
-10
-30 -10
-30
seg sex qui qua ter seg sex qui qua ter
-20 LIC=-22.26 -20 LIC=-22.26
Dia Dia
-30 -30
seg sex qui qua ter seg sex qui qua ter
Dia Dia
111
Exercício 1
A diretora de recursos humanos estava examinando suas despesas com treinamento dos últimos
dois anos. Baseada nos últimos 12 meses, ela havia colocado no orçamento um custo médio de $
44
98.000,00 por mês; mas as despesas do último mês foram de $ 105.000,00. Ela queria saber o que
havia de diferente com o último mês e pediu à sua equipe para descobrir o que aconteceu, para que
pudessem evitar o problema no futuro.
GRÁFICO DE CONTROLE:
CONTROLE MENSAL COM TREINAMENTO
110
LSC=107.38
105
Gastos (x1000)
100
X=97.67
95
90
LIC=87.95
86
jan mai set jan mai set
Mês
»» Os dados do último mês são o resultado de causas comuns ou especiais? Por quê?
»» O que ela deveria esperar que fossem seus custos mensais de treinamento?
112
Measure
Exercício 2
Uma linha de embalagem teve, em média, 4 horas de interrupções por semana, de 8 de março a
23 de agosto. Já que muitos dos problemas estavam relacionados a quedas na energia elétrica, os
45
técnicos suspeitaram de que o equipamento de proteção da rede elétrica estivesse funcionando mal.
Eles o substituíram no final de janeiro e então continuaram a coletar dados por mais oito semanas.
GRÁFICO DE CONTROLE:
TEMPO (HORAS)
6 LSC=107.38
5
Tempo (horas)
4 X=97.67
MUDANÇA
3
2 LIC=87.95
0
21-mar-18
19-abr-18
13-jun-18
12-jul-18
5-set-18
04-out-18
28-nov-18
27-dez-18
20-fev-18
20-mar-18
18-abr-18
Dia
»» Em caso afirmativo, em que semana eles tiveram seu primeiro sinal?
Há outros sinais de uma mudança no processo?
113
Exercício 3
Um fornecedor de bens de consumo acompanha os pedidos que chegam via EDI. Ele quer usar
46
esses dados para ajudar a planejar o orçamento para o novo ano. Se o processo for estável, os
gerentes poderão estimar em média quantos pedidos serão recebidos a cada dia. Mas primeiro eles
precisam saber se há quaisquer indicações de causas especiais no processo.
GRÁFICO DE CONTROLE:
NÚMERO DE PEDIDOS VIA EDI
350 LSC=351.2
300
Nº de pedidos
250 LIC
200 X=203.4
150
100
50 LIC=55.6
30-jan-18
1-fev-18
3-fev-18
5-fev-18
7-fev-18
9-fev-18
11-fev-18
13-fev-18
15-fev-18
17-fev-18
19-fev-18
21-fev-18
Data
»» O
s dados indicam a presença de causa especial ou a variação é um resultado de causas comuns?
Por quê?
114
Measure
Exercício 4
Uma fábrica que produz cartões de plástico (cartões de crédito, cartões de identificação de seguro
médico, etiquetas de embalagem etc.) usa água de um rio próximo para refrigerar o equipamento
usado no processo de aquecimento. Eles podem reciclar a água e devolvê-la ao rio, contanto que
47
esta não contenha mais de 50 mg de impurezas. Um técnico monitora o volume de impurezas em
uma amostra que é tirada todos os dias.
GRÁFICO DE CONTROLE:
IMPUREZA
40 LSC=39.83
Impurezas (miligramas)
30
20 X=19.19
10
0 LIC=-1.45
1 4 7 10 13 16 19 22 25
Amostra
»» O
s dados indicam a presença de uma causa especial ou a variação é, toda ela, resultado de
causas comuns?
115
Exercício 5
48
O gráfico abaixo apresenta o número de bagagens perdidas em um voo entre os dias 1 de março e
3 de abril.
GRÁFICO DE CONTROLE:
NÚMERO DE BAGAGENS PERDIDAS
10 NOVO NEVASCA
FUNCIONÁRIO
LSC=8.72
Nº de bagagens perdidas
4
X=3.29
2
0 LIC=0
01-mar-18
04-mar-18
07-mar-18
10-mar -18
13-mar -18
16-mar -18
19-mar -18
22-mar -18
25-mar -18
28-mar -18
31-mar -18
03-abr -18
Data
»» Qual a amplitude de dados que deve ser esperada para perda de bagagem em um único dia?
»» A
companhia aérea deveria usar ações de causa comum ou causa especial para responder ao
número de bagagens perdidas no dia 31 de Março?
116
Análise de
indicadores
Abordagens comuns
em análise de dados
GRÁFICO DE CONTROLE: TEMPO GRÁFICO DE CONTR
LSC=42.26
40 40
30 30 1
Tempo
Tempo
20 X=20 20
10 10
0 LIC=0 0
seg sex qui qua ter seg sex qui q
Dia Dia
LSC=42.26
40
30 1
Tempo
LSC=24.45
X=20 20 X=20
LIC=15.55
10
LIC=0 0
qua ter seg sex qui qua ter
Dia
»» D
a quantidade de variação presente nos dados: 2% de variação da média pode ser causa
especial e 20% pode ser causa comum.
118
Measure
Um relatório
gerencial típico
Indicadores Depto. Valor Média %Dif.
atual mensal
Qualidade
Entregas no prazo (%) 20 91.0 91.3 -0.3
Os relatórios mensais
Aprovação na primeira vez (%) 12 54 70 -23.0
gerenciais geralmente
Sucata (por 1000kg produzidos) 19 124 129 -3.9 contêm diversas páginas
Produção com tabelas de números
e comparações do valor
Volume produzido (1000kg) 13 34.5 33 +4.5 mensal com médias,
Custo total de produção/100kg 13 280.83 278.82 +0.7 especificações, projeções,
Inventário em processo (100kg) 17 28 19.7 +42.0 etc.
Operações
% Faturam. no prazo 067 74.3 95 -21.8
Cada linha do relatório acima contém: Explicações são solicitadas pela direção para
»» U
m indicador (qualidade, produção e cada comparação cujo resultado não está “como
operação) e departamento responsável devia estar” ou que apresenta “resultados
pelo mesmo; insatisfatórios”.
119
52 Uma forma melhor:
analise a série
GRÁFICO DE TENDÊNCIA: INVENTÁRIO
35
30
J ulho-18 é uma causa
25 especial?
Inventário
20
15
10
Adaptado de Donald Wheeler,
5 Understanding Variation: The Key to
0 Managing Chaos. SPC Press: 1993.
mar -16
jun -16
set -16
dez -16
mar -17
jun -17
set -17
dez -17
mar-18
jun -18
Mês
Os relatórios se tornam obras de ficção cujo único objetivo é dar à direção a sensação de que algo
está sendo feito para resolver o problema. O plano de ação é executado consumindo recursos
preciosos da organização.
120
Measure
Princípios da
teoria da variação
Princípios da teoria da variação
»» Trabalhe sempre nas causas de variação, as quais são sempre encontradas no sistema;
35
30
25
Inventário
20
15
10
5
0
mar -16
jun -16
set -16
dez -16
mar -17
jun -17
set -17
dez -17
mar-18
jun -18
Mês
121
Deu no portal Exame...
54
54
IPC-Fipe recua para 0,08% ÍNDICE GERAL DA FIPE
0,25 0,24
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da
ÍNDICE GERAL DA FIPE
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
0,20
(FIPE), da USP, fechou o mês de outubro com 0,25 0,24
% (%)%
O índice apresentou significativo recuo ante 0,15
0,10
Índice
0,08
a taxa setembro (0,24%) e ficou abaixo das
0,10
expectativas dos analistas consultados pela 0,05
0,08
Mês Mês
100
0.75
0.50
0.25
tendência é possível perceber que a
0.00 única maneira de decidir sobre
a existência de alguma causa
-0.25
especial é avaliando os dados ao
-0.50 longo do tempo.
dez -16
mar -16
jun -16
set -16
dez -16
mar -17
jun -17
set -17
dez -17
Mês
122
Gráficos de
frequência:
histograma
e Dotplot
Gráfico de frequência:
Dotplot
O Dotplot representa graficamente a distribuição dos dados. Características a serem observadas:
»» Simetria;
»» Pontos extremos;
»» Centro;
»» Quantidade de variação;
58
»» Mínimo;
»» Máximo.
a
Mês - 2016 Gasto Mês - 2017 Gasto
jan. 97 jan. 96
fev. 104 fev. 100
DOTPLOT: GASTOS
mar. 99 mar. 99
abr. 94 abr. 96
mai. 100 mai. 103
jun. 99 jun. 97
jul. 96 jul. 96
ago. 96 ago. 91
set. 94 set. 98 92 94 96 98 100 102 104
out. 96 out. 96
Gasto
nov. 98 nov. 95
dez. 99 dez. 105
124
Measure
Gráfico de frequência:
histograma
Considere os dados de gasto mensal com cartão O primeiro passo é dividir a faixa de variação
de crédito de 200 clientes de uma operadora. dos dados em intervalos de comprimento
»» Você consegue identificar rapidamente igual e contar o número de observações em
qual o centro (média) dessa distribuição? cada intervalo. A quantidade de intervalos e os
Ou se ela é simétrica? limites de cada intervalo são arbitrários. A
sua escolha deve ser feita de forma
Essas informações são mais facilmente a evidenciar a forma como os dados se
identificadas por meio de um gráfico de “distribuem”. Softwares estatísticos possuem
frequência. Nesse caso construiremos algoritmos que fazem essa escolha.
um histograma.
125
60
Gráfico de frequência:
histograma
70 O passo seguinte é desenhar barras
com altura respectiva a frequência de
60
cada intervalo. As características
50 a serem observadas são as mesmas
do Dotplot:
Frequência
40
»» Simetria;
30
»» Pontos extremos;
20
»» Centro;
10
»» Quantidade de variação;
0 »» Mínimo e máximo.
0.00 1000.00 2000.00 3000.00 40000.00
Gasto mensal
126
Estatísticas
descritivas
Medidas de
localização
As estatísticas descritivas são medidas que resumem o conjunto de dados representando algumas
de suas características e que nos ajudam a compreender melhor o comportamento da população
em estudo, facilitando nossas conclusões.
n n
Mínimo e Máximo
O mínimo e o máximo estabelecem o menor e o maior valor.
Média Aritmética
A média aritmética de um conjunto de n valores, como o próprio nome indica, é obtida somando-
se todas as medidas e dividindo-se a soma por n.
Mediana
A mediana é uma medida alternativa à média aritmética para representar o centro da distribuição.
A mediana de um conjunto de medidas x ,x …,x é
1 2 n um valor M tal que pelo menos 50% das
medidas são menores ou iguais a M e pelo menos 50% das medidas são maiores ou iguais a M. Em
outras palavras, 50% das medidas ficam abaixo da mediana e 50% acima.
128
Measure
Mediana
129
Média,
65 mediana e
forma da distribuição
DISTRIBUIÇÃO SIMÉTRICA DISTRIBUIÇÃO ASSIMÉTRICA
35 35
MEDIANA = 15.035 MEDIANA = 11.64
30 30
MÉDIA = 15.036 MÉDIA = 15.20
25 25
Percentual
Percentual
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
14.99 15.01 15.03 15.05 15.07 15.09 3 8 13 18 23 28 33 38 43 48 53 58 63 68
Peso Peso
Quase sempre olha-se uma média fazendo A mediana não é influenciada por esses valores
algum julgamento de valor. extremos e nesse caso refletirá melhor a condição
Ao ler um jornal para encontrar qual é a renda econômica da comunidade. Em qualquer estudo,
média de uma determinada comunidade somos é interessante reportar as duas medidas de
tentados a avaliar como é a situação econômica centralidade, principalmente na presença de
dessa comunidade. valores extremos.
130
Measure
Gráfico Boxplot
4.81
0.85
-0.9
-2.67
-6.2
Os quartis também apresentam a localização de uma certa quantidade de dados e têm método de
cálculo similar ao da mediana.
»» O quartil 1 (ou primeiro quartil) é definido como a mediana dos 50% menores valores;
»» O quartil 3 (ou terceiro quartil) é definido como a mediana dos 50% maiores valores.
O quartil 1 divide o conjunto de dados ordenado em dois subconjuntos: 25% dos valores estão
abaixo da quartil 1 e 75% dos valores estão acima do quartil 1.
O quartil 3 divide o conjunto de dados ordenado em dois subconjuntos: 25% dos valores estão
acima da quartil 3 e 75% dos valores estão abaixo do quartil 3.
Os pontos fora destes limites são considerados valores discrepantes (outliers) e são denotados
por asterisco (*).
131
Medidas
67
de variação
falta
Suponha duas linhas de produção, onde medimos o comprimento.
Os valores aceitáveis são entre 8 e 12. As linhas são equivalentes?
2
Linhas
1
5 10 15
Comprimento
X
132
Measure
Medidas de variação:
Desvio padrão
Considere os seguintes dados:
70 71 73 74 77
A média é 73.
-3 -2 0 1 4
A soma dos desvio é zero (de fato, a soma dos desvios em relação à média é zero para qualquer
conjunto de dados).
O uso da amplitude apresenta algumas desvantagens, a mais importante é que o seu cálculo
envolve apenas os valores extremos do conjunto. Outra forma de medir variabilidade, e que é
amplamente utilizada, é o desvio padrão.
9 4 0 1 16
O próximo passo é somar a contribuição de cada desvio e dividir pelo total de valores menos 1:
(9 + 4 + 0 + 1 + 16) / 4 = 7.5
O último passo é calcular a raiz quadrada da variância amostral, que é o desvio padrão:
133
Resumo: caracterização
de uma variável numérica
O estudo descritivo de um indicador
quantitativo deve conter as estatísticas
70 a
Estatísticas descritivas: Nº de Vendas
básicas, um gráfico de frequência e um
gráfico de tendência. N 60 Amplitude 73.00
»» É
útil utilizar as três abordagens para Média 201.47 Mediana 201.00
16
aumentar a chance de identificar Desvio padrão 16.73 Quartil 1 191.00
problemas ou oportunidades. Mínimo 170.00 Quartil 3 210.75 12
Frequência
Se os dados são coletados ao longo do Amp. interq
Máximo 73.00 19.75 8
tempo, o gráfico de tendência é o mais útil (IQR)
e o primeiro a ser analisado. 4
0
170 180
HISTOGRAMA: Nº VENDAS
NÚMERO DE ITENS VENDIDOS POR DIA
250
16
12 225
Frequência
Nº vendas
8 200
4 157
0 150
170 180 190 200 210 220 230 240 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Nº vendas Dia
OS POR DIA
0 45 50 55 60
134
Measure
70 70
60 60
Conj. 1
Conj. 2
50 50
40 40
4 8 12 16 20 4 8 12 16 20
Index Index
70 70 Pelos gráficos de
60 60
tendência dos
Conj. 3
Conj. 4
quatro conjuntos
50 50 percebemos que eles
40 40
são completamente
diferentes entre si.
4 8 12 16 20 4 8 12 16 20
Index Index
135
Cenário
A porcentagem de pacientes da emergência com dor no peito atendidos por um cardiologista em até
10 minutos foi medida durante 24 semanas. Uma mudanças foi feita após a semana 12. O resumo
comparando as 12 primeiras semanas com as doze últimas está na tabela.
90
80
%
70
60
10-out-17
24-out-17
08-nov-17
22-nov-17
06-dez-17
20-dez-17
10-jan-18
24-jan-18
07-fev-18
21-fev-18
06-mar-18
20-mar-18
Data
a
Semana 1-12 Semana 13-24
Média 80% Média 84%
Máx. 94% Máx. 95%
Min. 67% Min. 79%
É importante notar que no gráfico de tendência temos uma convicção muito maior de que uma
melhoria expressiva foi obtida, quando comparado com a análise feita pela tabela.
136
Gráficos de
barras e
tabelas
Gráficos de
barras e tabelas
O que é?
São ferramentas para estudar a distribuição de dados classificatórios.
Quando utilizar?
Sempre que os dados coletados forem classificatórios (qualitativos).
Categorias
138
Measure
Dados classificatórios:
50
40
Percentual
tabelas e gráficos
30
20
10
0
»» Clientes de uma instituição de crédito são classificados como “BOM”, “MAU” e “OUTROS”.
Status
50
40
Percentual
30
20
10
0
Status
139
78
Dados classificatórios:
gráfico de tendência
20
15
% fora do prazo
10
0
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Semana
Semana % fora
do prazo
É comum coletar dados classificatórios ao longo
1 8.33 do tempo. Por exemplo,
2 3.33 a cada semana são registrados o número de
3 3.33 entregas realizadas e
4 10.00 o número de entregas que foram
5 11.67 feitas fora do prazo.
6 8.33
7 13.33
8 6.67 Nesses casos, é útil construir o gráfico de
9 3.33 tendência da porcentagem de entregas fora do
10 8.33 prazo para:
11 6.67
12 1.67 »» A
valiar se o processo de entregas
13 5.00 está estável e orientar ações de
14 15.00
mudanças no processo;
15 13.33
16 6.67
17 8.33 »» A
valiar o impacto no indicador de
18 3.33 mudanças feitas no processo.
19 10.00
20 13.33
140
Gráfico
de Pareto
Gráfico de Pareto
O que é?
Um gráfico de barras ordenadas. Serve para dar
foco em esforços de melhoria. Conhecida como
regra 80/ 20 ou Vitais vs. Triviais
Quando utilizar?
Se o objetivo é reduzir defeitos, então faça um
Categorias gráfico de Pareto dos defeitos para encontrar
os vitais.
Um dos objetivos centrais de um programa de qualidade é reduzir perdas provocadas por itens
defeituosos que não atendem às especificações.
Existem muitos tipos de defeitos que fazem com que um produto não atenda às especificações.
Concentrar esforços no sentido de eliminar todos os tipos de defeitos não é uma política eficaz.
Geralmente, alguns poucos tipos de defeitos são responsáveis pela maioria das rejeições, e é mais
eficaz atacar as causas desses poucos defeitos mais importantes.
Essa abordagem já foi proposta por J. M. Juran, um dos pioneiros da Qualidade. Ele estabeleceu
uma regra hoje conhecida como “a regra dos poucos vitais e dos muitos triviais”. Para
identificar os poucos vitais, ele propôs a utilização de um diagrama conhecido como diagrama
de Pareto. O diagrama é basicamente um gráfico de barras da distribuição dos defeitos pelos
tipos, ordenado em ordem decrescente de frequência de ocorrência.
O princípio de Pareto, também conhecido como regra de 80/20, diz que, dos muitos defeitos
presentes, 80% são vitais e 20% são triviais.
142
Measure
Exemplo:
defeitos em manufatura
Nesse exemplo, estamos avaliando os defeitos de produção de uma embalagem. Como temos vários
tipos de defeitos, vamos utilizar o Pareto para ver se é possível dar foco ao nosso trabalho.
Número Porc.
Tipo de defeito de peças Porc. Acum.
70
Valores
80 60
1 50
60 40
40 2 30
3 20
20 4 5 6 7 10
0 0
1 2 3 4 5 6 7
Tipos de defeitos
143
O Princípio de Pareto
82
Nem sempre conseguimos aplicar o Princípio de Pareto. Como essa ferramenta tem o objetivo de
trazer foco para o projeto, devemos atacar os defeitos mais relevantes, que chamamos de vitais.
Porém nem sempre é possível aplicar o Princípio de Pareto.
40 100 40
O Princípio de Pareto se aplica: 100
Porcentagem
Porcentagem
30 80 30de Pareto se aplica 80
O Princípio
60 60
Freq
Freq
20 quando uma20 ou algumas categorias são
40 responsáveis pela maioria dos defeitos. 40
10 20 Concentre10os esforços de melhoria no topo 20
0 0 de uma ou 0duas barras. 0
Tipo A B C D Other Tipo A B C D E
Freq. 25 6 4 3 2 Freq. 12 10 8 6 4
Percent 62.5 15.0 10.0 3 5.0 Percent 30.0 25.0 20.0 15.0 1.0
% Acum. 62.5 77.5 87.5 95.0 100.0 % Acum. 30.0 55.0 75.0 90.0 100.0
Porcentagem
30 80 não se aplica:
60
Freq
144
Measure
Cuidados ao
83 fazer o gráfico
»» O eixo vertical deve ter altura igual à soma de todas as frequências.
40
12 30
Porcentagem
30
8 20
Freq
Freq
20
4 10 10
0 0 0
Tipo A B C D E Tipo A B C
Freq. 12 10 8 6 4 Freq. 12 10
Percent 30.0 25.0 20.0 15.0 1.0 Percent 30.0 25.0 20
% Acum. 30.0 55.0 75.0 90.0 100.0 % Acum. 30.0 55.0 75
40 100
30
Porcentagem
Porcentagem
30 80
20 60
Freq
20
40
10 10 20
0 0 0
D E Tipo A B C D E
6 4 Freq. 12 10 8 6 4
15.0 1.0 Percent 30.0 25.0 20.0 15.0 1.0
90.0 100.0 % Acum. 30.0 55.0 75.0 90.0 100.0
Um cuidado importante que deve ser tomado na construção do gráfico de Pareto é a altura do eixo
vertical, que deve totalizar a soma total de amostras analisadas no lado esquerdo e percentual
100% do lado direito.
145
Estreitando o foco
(Macro para Micro)
Depois de realizado o Pareto, visto que o princípio se aplica, podemos, se possível, estreitar nosso
foco. Por exemplo, na realização do Pareto inicial descobrimos que o problema está concentrado
no estágio 1. Então podemos realizar um Pareto dos problemas encontrados no estágio 1, assim
descobrimos que o de maior relevância é a densidade.
100
80
60
Número
de lotes
40
20
0
Estágio 1 Estágio 5 Estágio 4 Estágio 2 Estágio 3
140
120
Número
de lotes
80
40
Estágio 1 0
Densidade Cor Fusão Pureza Outros
Classificação dos lotes abaixo do padrão
50
40
Número
de lotes
30
20
10
Densidade 0
412 513 271 613 612 504 313 614
Quando realizamos esse estreitamento de foco, temos que ter cuidado para a quantidade de vezes
que realizamos isso, pois poderemos estreitar o foco demasiadamente e acabar por resolver uma
pequena parcela do problema.
146
Measure
Estratificação
Nesse exemplo, estamos analisando os erros encontrados nos relatórios de despesas estratificando
pelos departamentos responsáveis.
Funcionário 2 3 3 2 10
Falta de assinatura Gerente 25 1 40 1 2 1 70
VP 2 2 2 6
Táxi 3 1 3 1 8
Refeição 3 3 6
Falta de recibo
Estacion. 33 26 1 60
Comb. 2 2 1 5
Total de erros 68 3 76 9 6 3 165
147
Pareto por local
e estratificação
85
160 100 100
160
80 No primeiro gráfico, realizamos um
80
Porcentagem
120 gráfico de Pareto para estudarmos os
Porcentagem
120
60 departamentos,60 e podemos concluir que
Freq
80
Freq
20 100 100
160 100 Realizamos
20 então outro Pareto,
100 80
Porcentagem
Porcentagem
15 dentro de manufatura e vendas, 80
Porcentagem
Porcentagem
120 80 80 15
para descobrirmos
60 os principais 60
Freq
60 10
Freq
Freq
80 100 60 problemas,
10 e40
chegamos à conclusão de
40 40 40
5 que os erros mais relevantes são falta
40 20 80 5 20
Porcentagem
gerentei.
Falta assin.
Falta recibo
estacion.
Falta recibo
Falta recibo
assin.
Falta assin.
Falta recibo
Falta recibo
refeição
Outros
Outros
comb.
funci.
comb.
V.P.
V.P.
taxi
40
Falta assin.
gerentei.
Falta assin.
Falta assin.
Falta recibo
estacion.
Falta recibo
Falta recibo
Falta assin.
Falta assin.
Falta recibo
Falta recibo
gerente
refeição
Outros
Outros
comb.
funci.
comb.
V.P.
V.P.
taxi
20
Falta
0
anuf. Vendas
Tipo Eng. Finan. Outros Tipo Tipo
Tipo
Departamento
20 100
100 80 Após a realização dessas análises,
Porcentagem
Porcentagem
80 15
60 devemos dar foco para os problemas
Freq
Falta assin.
Falta assin.
Falta assin.
Falta recibo
Falta recibo
Outros
funci.
comb.
V.P.
taxi
Tipo
148
Measure
Modificações no
gráfico de Pareto
Existem muitas opções para o eixo vertical nos gráficos de Pareto. A escala mais comum é a
frequência de ocorrências.
Ao se decidir sobre onde focar os esforços de melhoria usando análise de Pareto, deve-se
considerar cuidadosamente uma escala apropriada.
149
Estabilidade na
Análise de Pareto
Análise de Pareto para um processo com causas especiais
25
20
15
10
10 10
% total defeitos
% total defeitos
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
150
Estratificação
Estratificação
O que é?
Separação e classificação dos dados, de acordo com
fatores ou variáveis selecionadas. O objetivo é encontrar
padrões que auxiliem na compreensão dos mecanismos
causais de um processo.
Quando utilizar?
Sempre que houver interesse de se estudar se o
“comportamento” é o mesmo em todos os grupos
definidos pelos fatores ou variáveis.
Exemplo
Na análise do tempo de setup global, observamos um tempo médio de 22 minutos, com mínimo
de 18 e máximo de 28. A partir disso poderíamos tomar a decisão de tratar a variação do processo e
reduzir a média de tempo de setup.
Turno
B
18 20 22 24 26 28 18 20 22 24 26 28
30
Tempo de set-up
25
20
152 15
1 6 12 18 24 30
Measure
Exemplo
Turno
A
O turno A tem média de tempo de setup menor que o turno B, indicando falta de padronização
entre os setups. Isso nos leva a um tratamento diferente do processo, focando em melhorias no
turno B. B
18 20 22 24 26 28 18 20 22 24 26 28
Tempo de setup
30 Turno A Turno B
Tempo de set-up
20 24
19 23
25 21 28
21 22
22 24
18 24
20 20 23
20 21
19 25
19 23
15 23 26
1 6 12 18 24 30 21 27
19 22
Dias 20 22
22 25
18 26
153
Gráfico de
Controle
Introdução
Walter Shewhart trabalhou no Bell Labs durante as décadas de 1920 e 1930 e reconheceu a
existência de variabilidade em todos os processos produtivos. Ele desenvolveu o conceito de
“controle econômico da qualidade”, pelo qual os processos deveriam ser gerenciados por meio
da identificação de suas causas de variação (comum ou especial). Problema do Shewhart: decidir
quando parar uma máquina para ajustá-la (risco: perda de produtividade) ou quando ela deve
continuar em funcionamento (risco: peças refugadas caso sejam produzidas fora de especificação).
Essa tecnologia balanceou essas duas decisões de tal maneira a maximizar a produtividade e
foi um marco para a administração da qualidade na década de 1950.
O que é?
Um gráfico de controle é um gráfico de tendência com limites de controle calculados com base
estatística. Esses limites de controle são referências calculadas com base estatística que ajudam
a identificar se um resultado do processo está afastado o suficiente dos demais para ser tratado
como uma causa especial.
Quando utilizar?
156
Measure
Estrutura de um
gráfico de controle
Definições:
»» S
ubgrupo: Amostra do processo utilizada »» Linha média : linha central do gráfico
para gerar um ponto no gráfico. »» LSC: limite superior de controle
•E xemplo: 5 peças retiradas do
processo em um determinado »» LIC: limite inferior de controle
tempo, 50 propostas de venda.
Estatística
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
Estatística: x x x
média, amplitude, x x x
desvio, padrão,
contagem, DPU, x x x
porcentagem
n1 n2 n25
157
Tipos de variáveis
A primeira etapa para a construção do gráfico de controle é definir com qual tipo de variável
estamos trabalhando, lembrando que essas podem ser do tipo contínuas, contagem
ou classificação.
Dados contínuos
Dados de atributo
Defeito
Defeituoso? Defeitos?
(Classificação) (Contagem)
Sim! Sim?
Quantos? 2
Item produzido
158
Measure
Seleção do
gráfico de controle
Diferentestiposdegráficos
decontrolesãousados
paradiferentestipos
dedados.Todoseles
distinguemavariação
decausaespecialda
variaçãodecausacomum,
utilizandolimitesde
controleparaindicarseum
determinadovalordedado
devesertratadocomouma
causaespecial.
Seestivermostrabalhandocomcontagem, Parasubgruposmaioresqueumedetamanho
iremosconstruirumgráfico U. fixo,ouseja,todasasvezescoletamosomesmo
» E
xemplo:Utilizaremosessegráfico númerodepeças,iremosconstruirográfico
para analisar a quantidade de teclas X-barra/R.
defeituosasnaproduçãodeteclados. » E
xemplo:Noestudodocomprimentode
Já,quandoavariávelfordeclassificação, peçasrealizamos25coletas,dehoraem
vamosutilizarográfico P. hora,eacadacoletasempreretiramosa
mesmaquantidadedepeças,5.Também
» E
xemplo:Sequisermosavaliarosteclados podemosutilizarográficoX-barra/Spara
referentesàpresença ou ausência de subgruposfixos.
teclasdefeituosas.
Quandonãoépossívelcoletaramesma
Quandonossoprojetoenvolverdados quantidadededadosporsubgrupo,é
contínuos,devemosobservarotamanhodo necessárioconstruirgráfico X-barra/S.
subgrupocomqueestamostrabalhando.
Quandoosubgrupofor1,usamosográfico » E
xemplo:Naanálisedopesodeturbinas
I-MR. deavião,coletamosnaprimeirasemana
opesode4turbinas,nasegundade3
» E
xemplo:Noestudodefaturamentode turbinas,naseguinte5,demodoquenão
umaempresa,conseguimoscoletaros possuímosomesmotamanho
dadosdeformamensal,demodoqueo desubgrupos.
subgrupoédetamanho1.
159
Measure
Gráficos P
Gráfico de Controle
161
Gráfico P
Quando utilizar?
162
Measure
Exemplo de
gráfico P
Em uma empresa de 90 funcionários Total de Ausências
queremos realizar um estudo sobre Dia ausências P Não Justificadas P
o absenteísmo. Durante 20 dias 01 10 0.11 2 0.02
acompanhamos os funcionários e 02 08 0.09 3 0.03
03 14 0.16 1 0.01
classificamos em ausentes ou presentes, 04 06 0.07 1 0.01
obtendo um percentual de ausência 05 08 0.09 1 0.01
06 07 0.08 2 0.02
por dia. Assim estamos falando de 07 16 0.18 0 0.00
dados classificatórios. Próximo passo é 08 12 0.13 3 0.03
09 10 0.11 1 0.01
entender o tamanho do subgrupo. No 10 09 0.10 8 0.09
caso, diariamente, estamos realizando 11 12 0.13 1 0.01
12 10 0.11 2 0.02
essa classificação de uma amostra de 90 13 14 0.16 0 0.00
pessoas, logo o subgrupo é de tamanho 90. 14 04 0.04 4 0.04
15 08 0.09 3 0.03
16 12 0.13 1 0.01
17 09 0.10 0 0.00
»» A
nalisando o gráfico P para total 18 05 0.06 2 0.02
19 14 0.16 1 0.01
de ausências verificamos que o 20 10 0.11 0 0.00
processo está estável, somente
causas comuns, e que 11% (0,11) é a
CARTA P: TOTAL DE AUSÊNCIAS
101
média de ausências, sendo esperado
um máximo de 20,89% (0,2089)
0.25
0.15
(0,0111), limite inferior de controle.
P=0.11
0.10
»» N
o gráfico P de ausências 0.05
justificadas, identificamos a LIC=0.0111
presença de causa especial. 0.00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Amostra
LSC=0.06427
0.06
0.04
0.02 P=0.02
0.00 LIC=0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Amostra
163
Measure
Gráficos U
Gráfico de Controle
165
Gráfico U
Quando utilizar?
166
Measure
Exemplo
»» A
nalisando o gráfico U, temos 3 evidências de causas especiais. Duas fora do limite superior e a
terceira com 8 pontos consecutivos abaixo da média.
25
20
15
Acidentes
10
0
mar -16
jul -16
mar -17
jan -16
mai -16
set -16
nov -16
mai -17
jul-17
set -17
nov -17
jan -17
Mês
Agosto 7 Agosto 1
Setembro 3 Setembro 3
Outubro 15 Outubro 4
Novembro 12 Novembro 3
Dezembro 7 Dezembro 1
167
Measure
Gráfico de Individuais
Gráfico de Controle
169
Gráfico I
Quando utilizar?
»» Quando trabalhamos com dados contínuos;
O gráfico de controle para individuais é utilizado quando o dado coletado é contínuo e cada ponto no
gráfico representa uma amostra de tamanho 1, por isso é o mais versátil e mais utilizado.
É o mais comum para dados de áreas transacionais:
»» Dados financeiros;
»» Tempo para executar uma atividade;
»» Dados de faturamento;
»» Dados de vendas.
Para o cálculo dos limites, ele utiliza a estimativa da variação do processo dada por dados
consecutivos (amplitude móvel).
Os limites de controle em um gráfico de individuais são calculados sob a suposição de que os dados
podem ser modelados pela distribuição normal (gaussiana).
»» S
e a distribuição dos dados é assimétrica (no caso de medições de tempo de ciclo, por
exemplo), o gráfico de individuais apontará muitos pontos fora dos limites de controle, e esses
pontos não necessariamente mostram possíveis
causas especiais
»» S
e a distribuição é assimétrica, é útil transformar os dados (transformação logarítmica, por
exemplo) e fazer o gráfico dos dados transformados.
170
Measure
Gráfico de
individuais: exemplo
Apresentamos como exemplo um gráfico de controle de individuais para os dados de inventário em
109
processo. Os dados foram extraídos de Wheeler (1993).
2018
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2016 19 27 20 16 18 25 22 24 17 25 15 17
2017 20 22 19 16 22 19 25 22 18 20 16 20
2018 20 15 27 25 17 19 28
35
30
25
Valor
20
15
10
abr -16
jul -16
out -16
abr -17
jul -17
out -17
abr -18
jul -18
jan -16
jan -17
jan -18
Mês
171
Gráfico de individuais
e distribuição normal
Observe os histogramas e respectivos gráficos de controle de individuais.
»» A
distribuição da variável “tempo” é assimétrica, e o gráfico de controle aponta 3 pontos
acima do limite superior de controle.
»» U
tilizando a transformação logarítmica, obtemos dados simétricos e o gráfico de controle
respectivo não aponta possíveis causas especiais.
20
FrequênciaFrequência
10
20
10
15
155 5
10
100 0
5 10 15 20 25 30 35 40 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.8
5
5 Tempo Tempo
CARTA I: LOG TEMPO
CARTA I: TEMPO
0 0
5 110 15
1 20 125 30 35 40 2.0 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 LSC=1.895
1.8
40
LSC=38.34
Carta i Carta
CARTA i TEMPO
I: LOG
CARTA I: TEMPO 1.5
20 1 1 1 2.0
40
Valor
tempo Valor
Valor
1 11 21 31 41 51 61 71 81 91 1 11 21 31 41 51 61 71 81 91
0 0.5
Observação Observação
LIC=-12.42 LIC=0.055
0.0
1 11 21 31 41 51 61 71 81 91 1 11 21 31 41 51 61 71 81 91
Observação Observação
172
Measure
Gráficos X-barra/r
ou X-barra/s
Gráfico de Controle
173
Gráficos X-barra/R
O gráfico X-barra/R é utilizado quando dados contínuos são coletados em subgrupos (amostras) de
tamanho constante e maior do que 1. Nesse caso, constrói-se dois gráficos:
»» U
m gráfico para avaliar o comportamento da média da variável ao longo do tempo. Gráfico
X-barra: Médias de dados dos subgrupos.
»» U
m gráfico para avaliar o comportamento da variação da variável ao longo do tempo. Gráfico
R: amplitude dos dados dentro de cada subgrupo.
»» A
s causas de variação que afetam a média podem ser distinguidas das que afetam a
variabilidade.
174
Measure
O tempo de ciclo de uma operação foi medido três vezes por semana durante 20 semanas.
Semana Amostra
Pode-se observar uma causa especial na média na
01 45 48 48 semana 13, porém não observa-se uma causa especial
02 46 46 44 nesta semana no gráfico R. Esse comportamento indica
03 41 47 47
04 41 44 45 que o tempo nas três medidas subiram e não somente
05 43 50 41 em 1 delas.
06 41 45 47
07 48 46 46
08 48 44 45 Na semana 15, observa-se um comportamento
09 49 45 46 diferente. Uma causa especial no gráfico R, ou seja,
10 46 50 44 apenas uma das três medidas teve um tempo maior,
11 42 46 48 aumentando a amplitude, porém não contribuiu para o
12 42 49 47
13 54 56 49 aumento significativo da média.
14 43 44 45
15 42 45 59
16 44 47 44
17 46 51 45
18 44 42 40
19 45 45 46
20 42 47 43
52 LSC=51.12
48
X=45.8 Cada ponto no primeiro gráfico
44
é a média de um subgrupo.
40 LIC=40.48
1 5 10 15 20
Semana
Amplitude amostral
16 LSC=13.39
8 Cada ponto no segundo gráfico
R=5.2 é a amplitude dentro do
0 LIC=0 mesmo subgrupo.
1 5 10 15 20
Semana
175
Gráficos X-barra/S
O gráfico X-barra/S é similar ao gráfico X-barra/R. É usado quando dados contínuos são coletados
em subgrupos (amostras) de tamanho constante ou variável. Nesse caso constrói-se dois gráficos:
»» U
m gráfico para avaliar o comportamento da média da variável ao longo do tempo.
Gráfico X-barra: médias de dados dos subgrupos.
»» U
m gráfico para avaliar o comportamento da variação da variável ao longo do tempo.
Gráfico S: desvio padrão dos dados dentro de cada subgrupo.
S
Semana Amostra
Média amostral
52 01 45 48 48
48 S 02 46 46 44
03 41 47 47
Desvio padrão Média amostral
44
52 04 41 44 45
40
48 05 43 50 41
1 5 10 15 20 06 41 45 47
44 07 48 46 46
40 Semana 08 48 44 45
1 5 10 15 20 09 49 45 46
Cada ponto no primeiro gráfico representa a média de 10 46 50 44
8
um subgrupo. Semana 11 42 46 48
amostral
12 42 49 47
4 13 54 56 49
Desvio padrão
8 14 43 44 45
amostral
0 15 42 45 59
4 1 5 10 15 20 16 44 47 44
17 46 51 45
0 Semana 18 44 42 40
1 5 10 15 20 19 45 45 46
20 42 47 43
Semana
Cada ponto no segundo gráfico é o desvio padrão dentro do
mesmo subgrupo.
Note que neste gráfico tiramos as mesmas conclusões que no gráfico X-barra/R.
176
Measure
Comparação
X-barra/R ou X-barra/S
»» N
o passado, sem a disponibilidade de recursos computacionais, era mais fácil calcular a
amplitude (R) do subgrupo do que o desvio padrão (S).
»» Essa razão não existe mais se o gráfico é feito com o auxílio de um software.
177
Measure
Regras para
causas especiais,
alteração dos limites
e erros de decisão
Gráfico de Controle
179
Regras para
causas especiais
120
Há inúmeras regras para apontar possíveis 120
causas especiais. O princípio básico por
trás de todas elas é apontar padrões com 30
baixa probabilidade de ocorrer se somente 20
30
causas comuns estiverem atuando 10
20
Minutos
(processo estável). As mais comuns serão
apresentadas. Nenhuma das regras deve 100
Minutos
ser usada como regra de decisão. É preciso -10
0
analisar o contexto para decidir se uma -20
-10
determinada situação será tratada como -30
-20
especial. seg sex qui qua ter
-30
seg sex quida semana
Dia qua ter
Observação: os livros e manuais podem Dia da semana
120 divergir com respeito ao número de pontos
que formam uma sequência dependendo
30 30
da área de estudo:
20
30 20
30
30 10 10
20 20
Minutos
Minutos
20 »» S
ete ou oito pontos acima ou abaixo
100 100
Minutos
Minutos
10 da média;
-10 -10
Minutos
0 0
0 »» C
inco ou seis pontos em sequência
-20
-10 -20
-10
-10
crescente ou decrescente;
-30
-20 -30
-20
-20 »» Etc. seg sex qui qua ter seg
-30 -30
-30 seg sex quida semana
Dia qua ter seg
seg sex qui qua ter
Os softwares de análise de dados têm, em Dia da semana
Dia regras
geral, essas da semana
automatizadas.
30 30
20 20
10 10
Minutos
Minutos
0 0
-10 -10
-20 -20
-30 -30
seg sex qui qua ter seg sex qui qua ter
Dia da semana Dia da semana
180
Measure
Alteração dos
121 limites de controle
Os limites de controle refletem o comportamento do processo e só devem ser alterados se há
evidência de que houve alteração significante no comportamento do processo.
»» A
pós uma sequência de oito ou mais pontos abaixo da média, os limites de controle
são recalculados.
30 30
20 20
10 10
Minutos
Minutos
0 0
-10 -10
-20 -20
-30 -30
seg sex qui qua ter seg sex qui
Dia da semana Dia da
30
20
10
Minutos
0
-10
-20
-30
qua ter seg sex qui qua ter
semana Dia da semana
181
Consequências de
ações com base no G.C.
Tipo de ação
Erros de decisão são intrínsecos ao GC. A proposta de Shewhart (limites de controle) procura um
equilíbrio entre os dois tipos de erros.
ERRO 1: reagir a um resultado como se viesse de uma causa especial, quando na verdade vem de
causas comuns de variação.
ERRO 2: tratar um resultado como se viesse de causas comuns de variação, quando na verdade
vem de uma causa especial.
»» D
evemos tratar causas comuns como causas comuns e causas especiais como causas
especiais. Quando tratamos causas comuns como causas especiais, estamos colocando mais
fatores no processo e aumentando sua variação. Já quando tratamos causas especiais como
causa comuns, estamos gastando recursos para adequar uma situação esporádica como
parte integrante do processo.
182
Measure
Limite de Controle
e Limite de
Especificação
Gráfico de Controle
183
Limites de especificação
vs. limites de controle
Limites de especificação:
Vêm de exigências da engenharia ou dos clientes, representam o que alguém quer que o processo
faça e podem ser alterados por exigência do cliente. Está relacionado com o VOC (Voz do cliente).
Limites de controle:
São calculados com os dados do processo, representam o que um processo é realmente capaz
de fazer e só podem ser alterados quando mudanças no processo alteram o comportamento dos
indicadores (produzem impacto). Está relacionado com o VOP (Voz do processo).
184
Measure
Limites de especificação
vs. limites de controle
Como se pode atender às especificações do cliente?
»» T
rabalhe com clientes para expandir as especificações de “entre 30 e 40” para “entre 20 e 50”
(geralmente impossível!).
»» I nspecione cada item e rejeite ou descarte uma quantidade previsível (qualidade com
alto custo).
60
50
Especif. Superior
Comprimento
40 do Cliente = 40
30 Especif. Inferior
do Cliente = 30
20
10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Semana
185
8 Limites de especificação
e limites de controle
Dentro das especificações Fora das especificações
Estável
(controlado)
Instável
(semcontrole)
Amelhor situaçãoéoprocessoestável(VOP)edentrodasespecificações(VOC),poisnãotemos
problemacomasespecificaçõesdoclienteeoprocessoestá“controlado”.
Quandooprocessoestáestável,masforadasespecificações,devemostrabalharparareduzira
variaçãoeatenderàsespecificaçõesdocliente.
Mesmo quando o processo está dentro das especificações, mas é instável, devemos trabalhar
para estabilizá-lo, pois assim temos mais controle de que os resultados futuros se manterão
dentro das especificações.
186
Capabilidade
Capabilidade
O que é?
São medidas que indicam a capacidade de um processo atender às especificações de clientes.
Quando utilizar?
Sempre que existir especificações é possível calcular a
capabilidade do processo.
Duas perspectivas devem ser consideradas quando examinarmos um processo quanto à sua
capabilidade:
188
Measure
Tipos de variáveis
A primeira etapa para a construção do gráfico de controle é definir qual o tipo de variável que
estamos trabalhando, lembrando que essas podem ser do tipo contínuas, contagem
ou classificação.
Dados contínuos
Dados de atributo
Defeituoso? Defeitos?
(Classificação) (Contagem)
Sim?
Sim! Quantos? 2
Defeito
Item produzido
189
Measure
Capabilidade
para Atributos
Capabilidade
191
Capabilidade para
atributos: definições
Quando falamos de capabilidade para atributos, podemos falar de algumas definições:
Unidade
Um item que está sendo processado ou um bem ou serviço (produto) final entregue ao consumidor.
Defeito
Qualquer parte de um produto ou serviço que não atende a uma especificação ou requerimento ou
causa insatisfação ao cliente ou não atende aos requisitos funcionais.
Defeituoso
Uma unidade do produto ou serviço que apresenta um ou mais defeitos.
Exemplo das definições aplicadas em um call center com o objetivo de monitorar chamadas com
mais de 60 segundos para atendimento:
Área: Call Center
Reclamação: “tenho que esperar muito tempo para ser atendido”.
Crítico para a Qualidade (KPI): tempo de espera em segundos.
Defeito: chamadas cujo tempo de espera é maior que 60 segundos.
Unidade: uma chamada.
Oportunidade: uma por chamada.
Defeituoso: chamada cujo tempo de espera é maior ou igual a 60 segundos.
192
Measure
Indicadores baseados
em defeituosos
Os indicadores baseados em defeituoso não levam em consideração o número de defeitos,
somente a existência ou não de defeito (defeituoso).
Equivalentes
(Todos defeituosos)
Métricas Fórmula
Exercício
81 solicitações de pagamento
de seguro-saúde (de um total de P=
450 avaliadas) são defeituosas PPM =
193
Indicadores baseados
em defeitos
Definições
Não equivalentes
(Diferentes quantidades
de defeitos por unidade)
Observações:
É importante que o número de oportunidades para defeitos permaneça constante ao longo de sua
análise, pois o número de oportunidades é um ingrediente do cálculo de alguns
índices de capabilidade.
194
Measure
Indicadores baseados
em defeitos
»» DPU: Defeitos por Unidades
# de Defeitos D
DPU = =
# de Unidade Avalidadas U
# de Defeitos D
DPO = =
# de Unid. Aval. x # Oport. U*O
DPMO = DPO x 10 6
Exercício
195
Indicador absoluto
ou relativo?
Empresa
Número de Exemplo:
Acidentes
196
Measure
Indicador absoluto
ou relativo?
Uma informação importante é o número de quilômetros
rodados pelos caminhões de cada empresa.
197
Taxa ou porcentagem?
Absoluto ou relativo?
Discursos de dois políticos adversários disputando uma eleição:
Candidato A (oposição):
60% das escolas de segundo grau do estado tiveram um desempenho pior esse ano comparado ao
do ano passado.
Candidato B (situação):
80% dos estudantes do segundo grau do estado tiveram desempenho melhor esse ano comparado
ao ano passado.
»» O
utro ponto importante em que devemos manter nossa atenção é sobre a base amostral.
Não é incomum entrarmos em discussão falando de coisas diferentes. Nesse exemplo, o
candidato A está falando sobre as escolas do estado, enquanto os dados levantados pelo
candidato B são sobre os estudantes do estado.
198
Measure
Capabilidade para
Variáveis (contínuas)
Capabilidade
199
146 146
Variável
aleatória contínua
Como identificar a distribuição estatística?
Histograma com aproximação da curva contínua
35 35 40 40
30 30
25 25 30 30
Percentual
Percentual
Percentual
Percentual
20 20
20 20
15 15
10 10 10 10
5 5
0 0 0 0
5 10 155 2010 2515 3020 3525 4030 35 40 0 10 0
20 10
30 20
40 30
50 40 50
Tempo Tempo Tempo Tempo
200
Measure
148 148
Variável
148 148 aleatória contínua
20 amostras 100 amostras
30 30 20 20
Percentual
Percentual
15
Percentual
Percentual
20 15
20
10 10
30 30 20 20
10 10 5
155
Percentual
Percentual
Percentual
Percentual
20 15
0 200 100 0
10 8 11 9 12 10 11 12 10 8 912 10 11 12
10 8 9
10 5
8 9 10 11
x20 x20 5
x100 x100
0 0 0 0
8 9 10 8 11 9 12 10 11 12 8 9 10 11
8 12
9 10
11 12
x20
1000 amostras x20 x100 10000x100
amostras
8 8 8 8
Percentual
Percentual
Percentual
Percentual
6 6 6 6
4 4 4 4
8 8
2 28 2 28
Percentual
Percentual
Percentual
Percentual
6 6 6
0 0 0 06
4 8 9 410 118 129 10 11 12 4 8 9 410 118 129 10 11 12
2 x1000
2 x1000 2 x10000
2 x10000
0 0 0 0
8 9 10 118 12 9 10 11 12 8 9 10 118 12 9 10 11 12
x1000 x1000 x10000 x10000
201
Variável
aleatória contínua
0.10
0.08
Densidade
0.06
0.04
0.02
52 56 60 64 68 72 76 80
Y
150
Muitas características de qualidade que são contínuas têm distribuição razoavelmente simétrica
e podem ser aproximadas por uma curva em forma de sino conhecida como curva normal, que
corresponde à distribuição normal.
0.3
Densidade
0.2
0.1
0
-3 -2 -1 0 1 2 3
x
202
Measure
Definição de uma
151 curva normal
Toda curva normal é definida por dois parâmetros: média e desvio padrão. A média é uma medida
de localização e o desvio padrão traz a dispersão da amostra.
Nesse exemplo podemos, apenas pelo gráfico, sem nos preocuparmos com valores, ver que a curva
normal verde e a azul possuem a mesma média, mas desvio padrão diferente. Já a curva azul e
vermelha têm desvios padrão iguais e médias diferentes.
Normal
0.20
0.15
Média DP
Densidade
0.10
0.05
0.00
-10 0 10 20 30
x
Utilizamos a notação
2
X ~N (µ, Ơ )
203
152
Propriedades da
distribuição normal
99.7%
95.4%
68.3%
X
μ-3σ μ-2σ μ-1σ μ μ+1σ μ+2σ μ+3σ
Para qualquer distribuição normal, não importa qual seja a média e o desvio padrão, temos que:
»» Entre a média e uma variação de dois desvios padrão temos 95,4% da população.
»» Entre a média de e uma variação de três desvios padrão temos 99,73% da população.
204
Measure
153
Distribuição
normal
Como saber se a Curva Normal é uma boa aproximação?
Uma forma de entender a distribuição dos dados é construindo um histograma e a curva ajustada
para distribuição normal. Assim podemos analisar se os dados observados, vistos pelas barras do
histograma, se ajustam à curva normal.
35 30
30 25
25
Frequência
Frequência
Média 20.94 20
20
DP 6.389 15
15
N 200 10
10
5 5
0 0
5 10 15 20 25 30 35 40 -3 0 3 6
Tempo Temp
30
25
Frequência
205
Tipos de
especificações
Para calcularmos a capabilidade é necessário compararmos a voz do processo
com a voz do cliente, ou seja, precisamos saber o que o processo entrega e o que o cliente espera.
Para isso precisamos das especificações do cliente, que podem ser de três tipos:
LIE
Quanto maior melhor (QMM): quando temos
um requisito mínimo para o produto ou serviço.
O cliente fornece o limite inferior de controle.
Ex.: Força de rompimento de estrutura
de concreto.
QMM
LSE
Quanto menor melhor (Qmm): quando o
cliente fornece o limite superior de controle.
Ex.: Tempo de espera filas de banco.
Qmm
206
Measure
Capabilidade para
variáveis contínuas
Existem duas formas de medir a capabilidade de uma variável contínua:
»» % ou PPM
»» Índice de Capabilidade
O primeiro índice de capabilidade para variáveis contínuas que estudaremos é a performance, onde
calculamos o PPM (partes por milhão) de peças defeituosas. Existem dois tipos de performance:
erformance observada: contamos o número de peças abaixo e acima das especificações, dividimos
P
pelo número de peças avaliadas e multiplicamos por um milhão:
6
performance observada = [(#abaixo + #acima) / (#avaliadas)] x (10)
erformance esperada: calculamos a média (μ) e o desvio padrão (σ) da amostra de peças e,
P
utilizando a distribuição normal, calculamos qual seria o PPM esperado de acordo com o modelo
normal e multiplicamos por um milhão:
6
performance esperada = [P (X ≤ LIE) + P (X ≥ LSE)] x (10)
157
Como muitas vezes retiramos uma pequena amostra para calcular a performance (30 peças, por
exemplo), uma única peça fora da especificação pode fazer com que a performance observada seja
bastante alterada. Nesse sentido, a performance esperada é mais robusta e indica o que esperamos
que aconteça ao longo da produção de milhões de peças.
LIE LSE
Tempo de entrega
207
158
Capabilidade para
variáveis contínuas
Índice de capabilidade (nominal é melhor)
LIE LSE
Tolerância
Variação natural
»» O
C é
p o índice de capabilidade.
»» O
C leva
pk em consideração a
Note que, quanto menor a variação localização do processo em relação à
natural (6×D.P), maior o Cp. Dessa voz do cliente, incorporando a média
forma procuramos por índices altos do processo no cálculo.
de capabilidade. Algumas referências
colocam índices acima de 1,33 como
bons e acima de 1,66 como ótimos,
mas isso depende de cada caso
(comparação com concorrentes, outras
plantas etc.).
208
Measure
Exemplo –
situação 1
Uma empresa produz pacotes de biscoito cujo peso líquido declarado é 200 g. As especificações
são: LIE =197 g e LSE = 203 g (Voz do Cliente). Situação 1:
LIE LSE
PPM =
Cp =
Cpk =
209
Exemplo –
situação 2
Uma empresa produz pacotes de biscoito cujo peso líquido declarado é 200 g. As especificações
são: LIE =197 g e LSE = 203 g (Voz do Cliente). Situação 2:
LIE LSE
194 195 196 197 198 199 200 201 202 203
Gramas
PPM =
Cp =
Cpk =
210
Measure
Capabilidade para
variáveis contínuas
Este quadro resume as ações a serem tomadas em cada caso do C e
p C :
pk
Cp
Baixo Alto
no valor nominal
Cpk
Impossível O.K.
Alto
Quando temos especificações do tipo quanto menor melhor e quanto maior melhor, não é possível
calcular o Cp, pois é impossível calcular a tolerância. Nesse caso só podemos calcular o Cpk.
211
Capabilidade
e estabilidade
VOP
Situação
Estabilizar
Capabilidade O.K.
alta o processo
NM - Ajustar a média
e diminuir a variação
VOC
Situação QMM - Aumentar a média/ Necessita
Capabilidade
baixa reduzir a variação muitas melhorias
Qmm - Reduzir a média/
reduzir a variação
Calcule a capabilidade do processo somente se o processo estiver estável. Caso contrário, cuidado
especial deve ser tomado na interpretação e utilização do resultado. Se o processo não está sob
controle estatístico, é preciso primeiro estabilizá-lo antes de se calcular os índices de capabilidade.
»» Q
uando precisamos aumentar a capabilidade, geralmente precisaremos ajustar a média do
processo ao valor nominal (objetivo) e reduzir a variação.
212
Measure
Uma estatística bastante utilizada para Porém, quando o conceito Seis Sigma foi
comparar a qualidade entre processos é o inicialmente desenvolvido, fez-se uma
nível sigma. Um processo 6� é definido como suposição de que quando o processo alcançasse
aquele em que o limite inferior de especificação o nível de qualidade Seis Sigma, a média do
está localizado a uma distância de −6 desvio- processo estaria ainda sujeita a perturbações
padrão da média e que o limite superior de que poderiam fazer com que ela mudasse em
especificação está localizado a uma distância de até 1,5 desvio-padrão para longe do alvo. Neste
+6 desvio-padrão da média. cenário, o processo Seis Sigma produziria cerca
de 3,4 ppm.
Ocasionando em 0,002 ppm quando a
distribuição normal está centrado no alvo ou
valor nominal. Ou seja, sob a qualidade Seis
Sigma, a probabilidade de produzir um produto
dentro das especificações é de 0,999999998
213
Measure
Capabilidade
215
O caso FORD
Em 1983, as transmissões da Ford eram obtidas de duas fontes: da planta de Batavia nos Estados
Unidos e da Mazda no Japão, todas produzidas com o mesmo projeto.
A percepção dos clientes era clara: as transmissões produzidas pela Mazda eram melhores (os
clientes estavam mais satisfeitos com seus veículos, e a proporção de reclamações de garantia da
transmissão eram menores).
Reclamações de garantia
Mazda Batavia
Local
Local
216
Measure
O caso FORD
A Ford realizou um estudo detalhado com dez transmissões produzidas em Batavia e dez
produzidas pela Mazda. Cada transmissão foi avaliada em uma bancada de testes antes de ser
desmontada. Cada característica de performance estava dentro das especificações para as vinte
transmissões.
As medidas obtidas das transmissões produzidas pela Ford apresentavam geralmente uma
dispersão maior cobrindo quase totalmente a faixa de tolerância (em torno de 70%).
Para as transmissões produzidas pela Mazda, a dispersão era menor, cobrindo em torno de 25% da
faixa de tolerância, e para algumas dimensões críticas não era possível detectar variação.
Performance Performance
217
O caso FORD
John Betti
Vice President of Power Train and Chassis Operation, Ford Batavia
Pode-se concluir que atender às especificações não é suficiente. É uma contradição com a
abordagem de melhoria contínua.
218
Analyze
ANALYZE
219
Problemas no desenvolvimento
de uma mudança
Objetivo Atividades
220
Analyze
Comparação entre os
dois tipos de mudanças
A seguir, veremos uma lista dos tipos de mudanças.
1ª Ordem 2ª Ordem
Teoria que
fundamenta
a proposta
Proposta de
Mudança Melhoria
Predição
224
Analyze
Diagrama
direcionador
»» Sabemos que o diagrama direcionador comunica a todos as suas teorias sobre as mudanças
que conduzirão a uma melhoria. Ele é uma importante ferramenta que auxilia na tradução
das maiores metas de um projeto de melhoria em um subconjunto lógico de objetivos
subjacentes. O diagrama direcionador também nos mostra a teoria sobre o que deve ser feito
em um sistema para que se alcance o objetivo.
»» Em um projeto de melhoria, podemos utilizar um diagrama de árvore para organizar os
esforços da equipe. E esse tipo de comunicação é uma função importante de uma equipe de
melhoria efetiva. Sem uma compreensão comum, a equipe pode ter diferentes entendimentos
sobre o projeto. A explicitação da teoria ajuda todos a articularem os fundamentos da
predição de que a mudança resultará em melhoria.
Nível de detalhe
Problema ou
oportunidade
»» O diagrama de árvore é uma técnica que organiza a “teoria de mudança” para atingir um
objetivo específico, que é a melhoria. Ele conecta o objetivo com as intervenções no sistema
(estrutura, processos, cultura e normas) para criar uma estrutura de aprendizagem, além disso
fornece um modelo mental comum para a equipe e um documento vital para o trabalho de
melhoria que é continuamente atualizado e conta a história da melhoria (aliado aos gráficos).
225
Diagrama direcionador
completo
O diagrama direcionador pode ser composto por direcionadores primários e direcionadores
secundários, a seguir descritos.
»» Direcionadores primários
• Os direcionadores primários mostram as GRANDES categorias a serem trabalhadas para que se
alcance o objetivo. São elas: estruturas, processos, ou normas e culturas que contribuem com
os resultados desejados.
»» Direcionadores secundários
• Os direcionadores secundários apresentam-se em grupos com recursos compartilhados, gerência,
equipamentos, pacientes etc.
»» Conceitos de mudanças
• Noção geral e abstrata executada por meio de uma ideia específica.
»» Ideias de mudanças
• Aquilo que na verdade precisamos fazer para que as atingir o objetivo.
Ideia de
mudança
Conceito de
mudança
Ideia de
Direcionador mudança
Conceito de Ideia de
Direcionador mudança mudança
Ideia de
mudança
Conceito de
Direcionador Direcionador
mudança
Ideia de
mudança
Conceito de Ideia de
mudança mudança
226
Analyze
Conexão de resultados
com o sistema
»» Os direcionadores estão associados às alterações na estrutura, nos processos, na cultura e
nas normas. Ele ilustra quais mudanças são exigidas no sistema, bem como a forma como elas
podem ser alteradas através da aplicação de ideias específicas de mudança.
Estrutura
Processos
+ = Resultado
Cultura
Normas
227
Teoria para melhorar
um sistema
Observamos que os drivers primários e secundários pretendem identificar os elementos dentro do
sistema que são necessários e suficientes para alcançar o resultado pretendido. Eles incluem quatro
elementos: estruturas que compõem o sistema, a cultura da organização, processos que representam
o trabalho do sistema, normas operacionais que demonstram a cultura explícita e tácita do sistema.
»» Os drivers primários são elementos de alto nível dentro do sistema que se acredita que precisa
mudar para alcançar o resultado desejado.
»» Abaixo deles, estão os drivers secundários, que são abordagens, lugares ou oportunidades
mais acionáveis dentro do sistema, onde uma mudança pode ocorrer. Por exemplo, um
processo abrangente é identificado no nível primário, e as etapas individuais desse processo
são descritas no nível secundário. O nível secundário articula os lugares físicos, os momentos
com limite de tempo e/ou as normas que podem ser usadas ao introduzir novas maneiras de
fazer as coisas, seja substituindo uma ferramenta, introduzindo uma nova etapa, reordenando
uma sequência de eventos ou mantendo um comportamento benéfico.
»» Os drivers podem ser vistos como os comutadores dentro do sistema que precisam ser
ativados ou desativados para atingir o resultado de interesse.
Planejar
refeições
Reduzir
ingestão de
calorias
Não beber
refrigerante
Perder x kg
em x meses Exercício 5
dias/semana
Aumentar Ir de bike
gasto de para o
calorias trabalho
“Todo sistema é
Exercício no perfeitamente projetado
escritório para alcançar os resultados
que obtém.”
229
Como construir
um DD
Para criar diagrama direcionador:
objetivo inicial
Reduzir o custo
»» 1. Inicie com objetivos claramente definidos. com descarte de
resíduos em 50% até
Use a estrutura: dezembro de 2018
• O quê? • Quanto?
• Onde? • Quando?
Realizar campanha
de separação
para reciclagem.
Reciclagem
Aproveitar
Reduzir o custo retalhos de panos.
com descarte de
resíduos em 50% até
dezembro de 2018
Utilizar secador
Evitar produção
de mãos nos
de resíduos
banheiros.
230
DIAGRAMA DE
CAUSA E EFEITO
Diagrama de
causa e efeito
O que é? Quando utilizar?
Benefícios do Diagrama
232
Analyze
Diagrama de causa
e efeito: exemplo
Para a elaboração do diagrama, siga os seguintes passos
Outros Quarto
sujeira
já ocupado
ja
ca
ex
acesso difícil
ne
au
rp
la
et
st
fumante
e
or
es
te
to i s
le a s
n fon
os
nç
le
al
tr
sem alarme
de e s
ha
ó
Hóspedes
lento dieta especial insatisfeitos
serviço de quarto
r
ha
do
ar
sa
in
úc
ta
pa
le
se
o
pu
aç
uc
nt
m
m
m
po
o
o
ca
te
uc
co
pe
comida ruim
ro
o?
va
s
nã e
ta
o u a nt
es
de
er
p o o lh
f a ala
da
lt a da
es
m
bagagem perdida
uc as
s
fu
m s
as
nº
es
a
Recepção Comida
233
Os “Cinco
Porquês”
A técnica dos “Cinco Porquês” nos ajudará na Devemos sempre continuar perguntando “por
identificação da causa raiz do problema. Para que o problema ocorreu?” para descobrir níveis
cada causa, devemos perguntar “por que o adicionais de causas. Cinco não é um número
problema ocorreu?” para descobrir as causas mágico. Algumas vezes é suficiente usar dois ou
que contribuíram para o problema. três porquês.
Exemplo:
234
Analyze
Causa e efeito:
6M e Observações
6 causas “comuns”
Teorias Testar
Tecnologia
238
Analyze
239
Uso de
Tecnologia
A tecnologia pode quebrar barreiras, transformar nossas atividades e nos permite alcançar novos
patamares, alavancando os ganhos da organização. Por esse motivo é comum buscarmos essa
alternativa para mudanças que gerem melhoria e eliminem os problemas do processo.
242
Analyze
Exercício 1
»» Ligar todos
os pontos
com quatro
segmentos
de reta sem
levantar a caneta
e sem retraçar
segmentos
243
Exercício 2
Um caubói viaja para a cidade da namorada no domingo, demora dois dias para chegar. Ao chegar,
ele encontra o xerife! Depois fica dois dias na casa da namorada e volta no domingo!
»» Como ele fez isso?
244
Analyze
Exercício 3
Três dos copos abaixo estão cheios com suco de laranja, e os outros três estão vazios.
»» Movendo apenas um copo, você pode organizá-los de forma que os copos cheios e vazios se
alternem na sequência?
245
Uso de
criatividade
Padrão normal de pensamento Uso de criatividade
Caminho Caminho
normal normal
246
Analyze
Uso de
criatividade
Modos de pensamento utilizados quando mudanças são desenvolvidas
247
Métodos para provocar novos
padrões de pensamento
Dedique um tempo para as ideias Objetivos irrealistas
Para provocar novos padrões de pensamento, precisamos utilizar algumas técnicas que nos
ajudarão muito. São elas:
»» Dedicar um tempo para gerar ideias: é importante dedicar parte do nosso dia para o
desenvolvimento de novas ideias.
»» Estar no lugar certo na hora certa: isso não é apenas sorte, devemos criar essas condições
através do planejamento de experimentos.
»» Desafiar as fronteiras em que a mudança pode ser desenvolvida: não fique limitado apenas
aos aspectos do processo!
»» Usar objetivos “irrealistas”: podemos lembrar do objetivo traçado na Toyota, que era
“desenvolver um carro dos sonhos, que limpa o ar, evita acidentes, torna mais saudáveis
e mais felizes todos os que o dirigem e atravessa o globo com um tanque de combustível”.
Pensando dessa forma, foi desenvolvido o Prius.
»» Concentrar-se na necessidade: ficar focado apenas no produto limita nossas ideias, devemos
olhar para a necessidade que suprimos do cliente.
248
USO DE CONCEITOS
DE MUDANÇA
Meios para desenvolver mudanças:
conceitos de mudança
Noção abstrata
aplicada através de
Conceito uma ideia específica
250
Analyze
O triângulo do conceito
Conceito/
ponto fixo
Mais
alternativas
251
Exemplo
Qual é o problema?
Alternativas Conceito
Propósito
Ideia inicial
»» Fazer o
»» Usar a cenoura animal se
como estímulo movimentar
252
Analyze
Exemplos
253
Meios para desenvolver
mudanças: conceitos de mudança
Escolha cinco conceitos Discuta com a equipe mudanças
a partir dos conceitos
254
INTRODUÇÃO
AO LEAN
Lean e
o TPS
Desenvolvimento Taiichi Ohno A máquina
de teares assume a planta Crise do que mudou
mecânicos da Toyota petróleo o mundo
Ainda quando a família Toyoda produzia teares, eles levaram os conhecimentos do controle
em 1896, eles já entendiam como desperdício a estatístico de processos, que se aliaram muito bem
utilização do ser humano para tarefas de inspeção. Na aos pensamentos de reduzir os desperdícios nas
época era necessária uma pessoa por tear, a fim de indústrias japonesas em um cenário pós-guerra.
identificar possíveis defeitos oriundos do rompimento
Em 1970, com a formação da OPEP, os países maiores
dos fios. Com essa mentalidade eles desenvolveram
produtores de petróleo passaram a controlar seu
os primeiros teares mecânicos capazes de identificar
preço, fazendo com que em um curto espaço de
a ocorrência dessas falhas, fazendo as máquinas
tempo os preços disparassem. Com a crise do
travarem para impedir a produção de defeitos. Onde
petróleo, o custo com combustível passou a ser
antes era preciso uma pessoa para inspecionar
um fator importante na escolha do automóvel. Os
a produção de cada tear, tornou-se necessário
consumidores, então, passaram a procurar carros que
ter apenas uma pessoa para corrigir as não
tivessem melhor relação de consumo por quilômetro.
conformidades de um grupo de 30 teares.
Nesse momento, a Toyota conseguiu se posicionar no
Após o término da guerra, o Japão era um país mercado, oferecendo um produto de qualidade e com
devastado e buscava sua reconstrução. Foi nessa um melhor consumo. Esse evento chamou a atenção
época que Taiichi Ohno recebeu a missão de da indústria automobilística, que encomendou
transformar a fábrica de veículos da Toyota com um estudo do MIT para analisar os indicadores de
o intuito de atingir a mesma produtividade das diversas montadoras. Esse estudo acabou por revelar
empresas norte-americanas. Para Ohno, se havia que as empresas japonesas possuíam um melhor
alguma diferença na produtividade entre japoneses desempenho. Posteriormente foi lançado o livro A
e americanos certamente seria em razão dos máquina que mudou o mundo, descrevendo como era
desperdícios. Para conter a expansão russa no a filosofia de produção da Toyota.
oriente, os EUA enviaram ao Japão os pesquisadores
É importante notar que o lean é uma jornada e não
Deming e Juran, com o objetivo de ajudar na
algo rápido de ser implantado.
reconstrução do país. Como discípulos de Shewhart,
256
OS 4P’S
Os 4 P’s e os 14
princípios do TPS
Philosophy (Filosofia)
Caso Nummi
258
Analyze
Os 4 P’s e os 14
princípios do TPS
Process (processo)
»» 2. Criar o fluxo de processo contínuo para »» 3. Usar sistemas puxados para evitar a
trazer os problemas à tona. superprodução.
Process (processo)
260
Analyze
Os 4 P’s e os 14
princípios do TPS
Problem solving (melhoria contínua)
261
Os 4 P’s e os 14
princípios do TPS
Philosophy (filosofia) People and partners (pessoas
e parceiros)
1. Basear as decisões administrativas em uma
filosofia de longo prazo, mesmo em detrimento 9. Desenvolver líderes que compreendam
de metas financeiras de curto prazo. completamente o trabalho, que vivam a
filosofia e a ensinem aos outros.
262
Analyze
Os 8
desperdícios
Taiichi Ohno, considerado um dos pais do Sistema Toyota de Produção, listou sete desperdícios que
podem comumente ser encontrados nas organizações e devem ser combatidos em vista de otimizar
a produção, reduzir os custos e diminuir ao máximo o Lead Time, trazendo maior responsividade e
flexibilidade às empresas.
»» Espera: trabalhadores parados por qualquer razão como, por exemplo, não
ter matéria-prima para operar.
263
Análise
de valor
»» O valor de um produto ou serviço é seu que agregam valor e também por
conteúdo inerente, segundo o julgamento atividades que não agregam valor, não
do cliente, refletindo no seu preço de sendo percebidas pelo cliente, podendo as
venda e demanda no mercado. últimas serem necessárias ou não.
»» Esse valor é uma combinação de atividades »» Uma produção lean visa reduzir as etapas
que agregam valor, sob a visão do cliente. que não agregam valor, eliminando as
etapas desnecessárias, preservando e
»» Quando estudamos um processo, vemos
otimizando aquelas que agregam valor aos
que ele é composto por essas atividades
produtos.
É
percebido
pelo
cliente Reflete no
preço do
produto
Valor
É definido
pela ótica
do cliente
Atividade que agrega valor (AV) Podem ser separadas em três categorias:
»» São realizadas para direcionar ou apoiar as
»» Atividade necessária para produzir um atividades que agregam valor (financeiro,
produto ou um serviço e que adiciona valor RH, planejamento etc.).
sob o ponto de vista do cliente.
»» Foram incorporadas ao sistema para:
• Detectar erros, omissões e defeitos.
Atividade que não
• Corrigir erros, omissões e defeitos.
agrega valor (NAV)
• Acomodar desperdícios no sistema como:
demoras, tempos de espera etc.
»» Atividade realizada para produzir um produto
ou um serviço, mas que não adiciona valor »» São puro desperdício (podem ser
sob o ponto de vista do cliente. simplesmente eliminadas).
264
Analyze
Árvore de
valor
No momento de estudar as atividades que compõem o processo, devemos classificá-las como
as que agregam valor e as que não agregam valor. Posteriormente será preciso definir as ações a
serem executadas de acordo com a classificação.
Atividade
AV NAV
Necessária
Desnecessária
Reduza essas
Acerte o fluxo atividades e sua
interferência no
fluxo de valor
Elimine
Coloque as
atividades em
uma sequência
natural
»» Para aquelas atividades que agregam valor, devemos acertar o fluxo e facilitá-las, colocando-
as em uma sequência natural.
»» Com relação às atividades que não agregam valor, deveremos realizar uma nova classificação,
verificando se elas são realmente necessárias para a empresa ou não. Para aquelas que não
agregam valor e são necessárias, devemos reduzir ao máximo sua interferência nas atividades
que agregam valor. Já as desnecessárias devem ser eliminadas.
»» Por exemplo: as atividades de faturamento não geram qualquer valor sob o ponto de vista do
cliente, por isso em um primeiro momento podemos classificá-las como atividades que não
agregam valor. No passo seguinte, deveremos verificar se essa é ou não necessária para a
organização. Como é impossível imaginar uma empresa sem faturamento, classificamos como
necessária.
265
Tipos de atividades em um
processo – manufatura
Por mais impressionante que possa parecer, dentro das organizações a minoria das atividades são
aquelas que agregam valor. Segundo Hines e Taylor, em empresas de manufatura apenas 5% das
atividades agregam valor, ou seja, a grande maioria dos processos não gera qualquer valor sob o
ponto de vista do cliente. Daquelas que não agregam valor, 60% não são necessárias.
Atividades
necessárias que Atividades que
não agregam agregam valor (5%)
valor (35%)
Atividades que
não agregam valor
e desnecessárias
(60%)
266
Analyze
Tipos de atividades em um
processo – serviços
Ainda segundo Hines e Taylor, a situação é pior quando olhamos para o setor de serviços, onde
apenas 1% das atividades é percebido como valor para o cliente.
Sempre que avaliamos as atividade com foco no pensamento enxuto, temos como ponto de
partida crítico o valor percebido pelo cliente final. Precisamos desenvolver a habilidade de
reconhecer e identificar desperdícios, tendo coragem de chamá-los de desperdício, ter o desejo
de eliminá-los e entender que o desperdício aumenta os custos, não produz benefícios e ameaça
a saúde financeira da empresa.
Atividades
necessárias que Atividades que
não agregam agregam valor (1%)
valor (50%)
Atividades que
não agregam valor
e desnecessárias
(49%)
267
Redução do
LeadTime
É a métrica central do Sistema Toyota de Produção. O LeadTime é o tempo total de produção de
um item, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto ou serviço. A redução do
LeadTime está diretamente relacionada à eliminação dos desperdícios, reduzindo o tempo em
que o produto fica em uma atividade que não agrega valor. O tempo que o produto ou subproduto
fica em estoque, à espera de processamento ou em movimentação, contribui para o aumento do
LeadTime.
Taiichi Ohno
A redução do LeadTime traz grandes vantagens para a organização. Quando reduzimos o tempo
desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto, tornamos a empresa mais responsiva,
ou seja, essa empresa consegue se adaptar mais rapidamente às novas necessidades do cliente. A
redução de estoque reduz o montante de dinheiro imobilizado, melhorando o fluxo de caixa.
»» É atingido por meio da »» Permite a empresa ser »» Traz uma grande vantagem
redução dos desperdícios. responsiva e flexível. no fluxo de caixa.
268
Analyze
A casa
do lean
A casa do lean tem por objetivo reduzir os custos por meio da
redução de LeadTime, mas para isso devemos estar bem estruturados
para que esse objetivo seja alcançado de forma consistente.
Objetivo
↓ CUSTO
JIT Jidoka
Melhoria Contínua
Demanda
Empurrado
Empurrado
Demanda
Puxado
Puxado
Demanda
Antes de falarmos sobre o sistema puxado vamos entender o sistema empurrado, que é aquele
que produz dentro da capacidade do sistema, ou seja, produz independentemente da necessidade
do cliente. Esse processo gera aumento de estoque intermediário e final. Nesse sistema também é
comum o acúmulo de produtos defeituosos.
»» O sistema puxado trabalha de acordo com a necessidade do cliente, ou seja, só produz o que
realmente for necessário.
»» O comando de produção é disparado quando o cliente retira um produto, através de um
gatilho para início da produção, usualmente um kanban.
»» O objetivo do sistema puxado é reduzir os desperdícios, sobretudo de superprodução e
estoque, ganhando agilidade em responder às demandas do cliente.
272
Analyze
A diferença
nos resultados
273
Sistema
puxado
Entrada
de itens Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto Montagem Injeção de itens
Regra de operação:
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
274
Analyze
Sistema
puxado
»» Clientes compram os produtos, até que o primeiro cartão amarelo apareça…
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
275
Sistema
puxado
»» Montagem utiliza peças da pintura e da injeção, até que os primeiros cartões amarelos
cheguem a estas áreas…
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
276
Analyze
Sistema
puxado
»» Pintura utiliza peças da estamparia, e o quadro começa a receber cartões, até que os primeiros
cartões amarelos cheguem à estamparia.
»» O mesmo acontece com a injeção.
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
277
Sistema
puxado
»» Os primeiros cartões amarelos começam a chegar para o setor de movimentação de materiais
que providencia requisições para matéria-prima.
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
Já fiz Já fiz
Entrada
de itens
Estamparia Pintura
Já fiz Já fiz
Saída de Entrada
produto de itens
Montagem Injeção
Quando utilizar?
280
Analyze
Tratando as
desconexões
»» As desconexões e/ou oportunidades de melhorias identificadas durante o mapeamento do
processo e suas respectivas sugestões de implantação, se surgirem, devem ser registradas
numa Planilha de Desconexões.
Desconexões Sugestões
281
DIAGRAMA
ECRS
Diagrama
ECRS
O que é?
Quando utilizar?
284
Analyze
Diagrama
ECRS
Dentro do diagrama ECRS, para nos auxiliar, devemos avaliar as atividades, se elas agregam
valor ou não agregam valor, podendo ser necessárias ou desnecessárias. Com isso em mente,
devemos eliminar as atividades desnecessárias, combinar ou reduzir as atividades necessárias
que não agregam valor e simplificar as atividades que agregam valor ao processo. Ainda dentro do
diagrama, devemos indicar quais ações ou mudanças serão realizadas.
285
BALANCEAMENTO
DE LINHA
Balanceamento
de linha
O que é?
Quando utilizar?
»» Sempre que existir uma linha ou célula de produção, o balanceamento de linha é uma
possibilidade para aumentar a produtividade.
288
Analyze
Tempo disponível
Tempo Takt =
Demanda do cliente .
Exemplo
289
Tempo takt:
exercício
»» Suponha que a demanda seja de 1.000
peças ao dia.
»» Suponha que o tempo disponível seja de 15
horas.
»» Qual o tempo takt em segundos?
290
Analyze
Formulário para o
estudo do tempo
Para construir um formulário de tempo, precisamos identificar as operações, as atividades
envolvidas nessas operações, a ordem de execução de cada atividade e o tempo mediano das
atividades. Nesses casos é preferível a utilização da mediana por ser um representação estatística
mais robusta, uma vez que ela é menos suscetível a valores discrepantes dentro da nossa amostra.
291
Exemplo de
estudo do tempo
Operador Atividade # Atividade Tempo
1 suporte de corte 3
operador 1 2 bucha de montagem 12
3 anel de vedação 7
4 colocar cola 9
operador 2
5 colocar ímãs 6
operador 3 6 inserção de graxa 13
7 instalar suporte 8
operador 4
8 instalar o anel com o clip 8
operador 5 9 aplicar resina epóxi 14
10 instalar o controle do capacitor 8
operador 6 11 aplicar epóxi 6
12 instalar o retentor do capacitor 8
13 instalar a tampa de cobertura 7
operador 7
14 descarregar/carregar carga da máquina 3
operador 8 15 aplicar o selante final 15
operador 9 16 teste final 18
operador 10 17 embalar 12
Nesse exemplo, temos as atividades executadas por cada operador e seus tempos medianos de
execução, que são as informações necessárias para iniciarmos o estudo de balanceamento de linha.
»» O operador 1 executa 3 atividades, perfazendo um total de 22 segundos para completar o
ciclo. Dentro desse ciclo, temos atividade 1 que demora 3 segundos, atividade 2, com duração
de 12 segundos, e atividade 3 com 7 segundos.
»» O operador 2 executa 2 atividades em um total de 15 segundos.
Analisando esses dois operadores já podemos observar que o primeiro demora mais que o
segundo, dessa forma podemos observar o desperdício de espera do segundo operador. Olhando
para todos os operadores vemos que eles têm tempos totais de ciclos diferentes, sendo necessário
realizar o balanceamento, que deve ser guiado pelo tempo takt.
292
Analyze
Estudo de
balanceamento
»» Balanceamento de processo é uma forma de “equilibrar” o
tempo das diferentes etapas do processo.
»» Permite visualizar, principalmente, os desperdícios de
espera e superprodução.
»» Para sua construção, é necessário o formulário de tempo.
Balanceando a operação
293
Exemplos de estudos
de balanceamento
Tempo de ciclo maior do que tempo takt.
TAKT=17 20
identificar dois desperdícios:
15
15
»» Superprodução das atividades do operador
10
10 2, gerando estoque intermediário.
5 »» Espera do operador 4, que concluiu suas
5
atividades antes de receber o produto do
0 0 operador 3.
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
Operador Operador
TEMPO
No segundo exemplo, o tempo takt é de 30
30 TAKT=30 segundos e não possui nenhum gargalo.
25 Nesse exemplo, o objetivo não é reduzir ainda
TEMPO mais o tempo de ciclo, pois só agravaria a
TAKT=17 20
Tempo de Ciclo
0
1 2 3 4 5
Operador
294
DIAGRAMA DE
ESPAGUETE
Diagrama
espaguete
O que é.
Quando utilizar.
Como criar
296
Analyze
SAW
SAW
SAW
FOR W/D
UP
LUMBER
CARTS
2x6 STUD
CUT
FLOOR FOR W/D
ROLLER FRAMING
FRAMING END BED (RAW
FRAMING TABLE
WALLS TABLE MATERIAL)
SAW
WALL STAGING
STUD
CART
FULL
DUMPS
W/D CART
TER
FRAM
ES DUMPS TER
MAIN PRODUCTION LINE
FRAMING
TABLE
STUDS
AND
STUDS S/R
INSULA-
AND
TION
S/R
SAW
297
Diagrama
espaguete
Análise
»» No caso de muitos cruzamentos de linha,
devemos considerar as alterações no
layout.
Cruzamentos de linhas
298
VSM – VALUE
STREAM MAPPING
Mapeamento do
fluxo de valor
Pedidos PCP Pedidos
Fornec.
Pedidos Cliente
MRP Pedidos
Programa
Fluxo de informação
Fluxo de material
Podemos separar o mapa do fluxo de valor em duas partes, o fluxo de informação, na parte
superior, e o fluxo do material, na parte inferior.
»» Na sua construção do fluxo de informações identificamos cliente, frequência de envio de
pedidos e suas quantidades, como é realizado o planejamento de produção e pedidos para
fornecedores.
»» Com relação ao fluxo do material, identificamos quantidade e frequência de matéria-prima,
estoques e processos de transformação envolvidos. Dentro de cada etapa produtiva anotamos
informações relevantes como tempos de ciclo, tempos de troca e disponibilidade do processo.
»» Na linha inferior identificamos o tempo necessário em cada etapa, separando em atividades
que agregam valor (patamar inferior) e não agregam valor (patamar superior). Somando os
tempos de cada etapa, conseguimos o LeadTime.
Dessa maneira conseguimos mapear todas as etapas do processo e identificar as oportunidades de
melhorias em diversas situações.
300
Analyze
Símbolos utilizados
no VSM
Ícones do fluxo de material
Ícones gerais
301
302
Previsão 6 semanas PCPM Previsão 30, 60 e 90
Aços São dias
Paulo Montadora
MRP
Fax semanal São Jorge
Confirmação diária
Bobinas Mensal
500 pés 12000 LE
6400 LD
Programa semanal 2 turnos
20 sup/band
3ª e 5ª Diariamente
304
Analyze
Erros
305
Exercício:
Inspeção
»» Conte o número de vezes que a sexta letra do alfabeto aparece no
seguinte texto. Você tem um minuto.
306
Analyze
A prova de
erros
»» A prova de erros usa dispositivos de baixo custo ou técnicas
que permitem inspecionar 100% todos os meios de eliminar
defeitos.
307
Dispositivos
preventivos
“À prova de erros” (Preventivo)
»» Micro-ondas não funciona com porta »» Moto não liga se estiver engrenada e com o
aberta. pezinho abaixado.
»» Boia da caixa d’água evita que água vaze da »» Farol dos carros se apaga quando a chave é
caixa. retirada do contato.
308
Analyze
Dispositivos
detectivos
“À prova de falhas” (Detectivo)
»» Indicador no painel dos automóveis, que »» Carros que emitem som ao abrir a porta
aponta que o motorista não está usando o quando o farol está aceso e o veículo
cinto de segurança. desligado
309
Métodos
Lembretes Diferenciações
»» Muitos erros são cometidos por »» Quando temos produtos para finalidades
esquecimento. diferentes, mas que visualmente são muitos
parecidos, podemos criar diferenciações
»» Os lembretes auxiliam a recordação e
nas suas embalagens, utilizar corante ou
podem ser um aviso escrito, um alarme.
qualquer outro método para evitar que
»» Devem ser fáceis de fazer e objetivos. ocorra confusão em suas utilizações.
Restrições Exibições
310
CORRELAÇÃO
ENTRE VARIÁVEIS
Estudo de relações
entre variáveis
Sabemos que a correlação é uma importante ferramenta para estudar relações entre variáveis.
Nessa fase, estamos interessados em entender quais variáveis influenciam os indicadores.
O SIPOC é uma ferramenta utilizada para identificar os elementos relevantes de um processo e
pode ser aplicada a todo tipo de trabalho, seja ele repetitivo ou pouco frequente, ajudando a ter
uma visão macro do processo:
»» Definindo seus limites (pontos de início e fim).
»» Permitindo localizar pontos de coleta de dados.
S I P O C
Variáveis Variáveis de Variáveis
de input processo de output
X1 , X 2 , … , X k Y
As variáveis medidas no resultado (output) são denotas por Y. As variáveis medidas no processo
(process) e nas entradas (input) são denotas por X. Nessa etapa, vamos entender as relações entre
os Y’s e os X´s e as técnicas estatísticas que são usadas para entender essas variáveis. Encontrando
essas relações, poderemos propor mudanças em busca de melhorias.
312
Analyse
Estudo de relações
entre variáveis
Y Quantitativo Y Qualitativo
»» Dotplot estratificado
»» Gráfico de dispersão
»» Gráfico de tendência
X Quantitativo »» Gráfico de dispersão estratificado
estratificado
»» Boxplot
»» Dotplot estratificado
»» Gráfico de tendência »» Tabela de contingência
X Qualitativo
estratificado »» Gráfico de barras
»» Boxplot
313
ASSOCIAÇÃO ENTRE
VARIÁVEIS
Y: NUMÉRICA
X: NUMÉRICA
Associação
entre variáveis
Dados sobre Dias de Índice Dias de Índice
satisfação e atraso Projeto atraso satisfação Projeto atraso satisfação
de 24 projetos.
1 -3 3.90 13 -8 3.91
4.5
4.0
Satisfação
3.5
3.0
2.5
2.0
-20 -10 0 10 20
Atraso (dias)
316
Analyse
Análise de gráficos
de dispersão
Aspectos a serem observados em um gráfico de dispersão
»» Direção: positiva (quando “x” aumenta, “y” também aumenta) ou 4.0 4.0
negativa (quando “x”
aumenta, “y” diminui). 3.5 3.5
3.0 3.0
Y1
Y1
»» Forma: a relação é linear (pode ser aproximada por uma reta) ou não
2.5
linear.
2.5
Y3
Y2
Y3
Y1
10 10
2.5 1400014000 5 5
0 1000010000 0 0
2 4 6 8 10 12 14 16 2 42 64 86 10
8 12
10 14
12 16
14 16 2 24 46 68 10
8 12
10 14
12 16
14 16
X1 X2 X2 X3 X3
Coeficiente
20 de correlação linear
15
Fórmula
Y3
10
5
0
n
2 14 16 2 4 6 8 10 12 14 16
∑(x i − X̄)(y i − Ȳ)
X3 r = i=1
n
√ ∑(x i − X̄)2 √ i=1∑(y i − Ȳ)2
n
.
i=1
− 1 ≤ r ≤ 1
PRODUTO
PRODUTO
A A PRODUTO
PRODUTO
B B
Rapidez de romper
Rapidez de romper
Força para romper
RigidezRigidez RigidezRigidez
FORNECEDOR
FORNECEDOR
A A FORNECEDOR
FORNECEDOR
B B FORNECEDOR
FORNECEDOR
A A FORNECEDOR
FORNECEDOR
B B
Quando analisamos a correlação com dados estratificados, diversas situações podem ocorrer:
»» Existe correlação no geral e em cada estrato, e a direção é a mesma.
»» Existe correlação no geral e em cada estrato, e as direções são diferentes.
»» Existe correlação no geral, mas não em cada estrato.
»» Existe correlação em cada estrato, mas não no geral.
»» Outras.
No primeiro gráfico, podemos observar que não existe forte correlação quando olhamos para ele
sem estratificar por fornecedor. Porém, quando estratificamos por fornecedor, essa relação é mais
forte.
No segundo gráfico, notamos que não há correlação para cada fornecedor. No entanto, olhando o
gráfico como um todo, percebemos uma correlação.
318
Analyse
Correlação e
causalidade
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DE OLDENBURG
E DO NÚMERO DE CEGONHAS (1930-1936)
78
74
População (em milhares)
70
66
62
58
319
Correlação e
causalidade
RELAÇÃO ENTRE Nº DE DOENTES MENTAIS
E Nº DE APARELHOS DE RÁDIO
26
Número de doentes mentais
22
18
14
10
NTES MENTAIS
E RÁDIO 0 2000 4000 6000 8000 10000
Número de aparelhos de rádio
ANTES DEPOIS
25
Y: Numérica, X: Categórica 20
15
Tempo
(com variável de tempo) 10
5
0
Se a variável numérica é medida ao longo 2do tempo,
4 6 8há duas
10 12 possibilidades:
14 16
Dia
ANTES DEPOIS 25
25 20
20 15 Variável
15 Vendas FILIAL A
Tempo
10
10 FILIAL B
5
5
0
0
abr-18
fev-17
abr-17
jun-17
ago-17
out-17
dez-17
fev-18
2 4 6 8 10 12 14 16
Dia
Mês
GRÁFICO DE TENDÊNCIA: VENDAS POR FILIAL
25
Quando a variável y é numérica e a variável x é categórica, estratifica-se os dados nos grupos
20
definidos pela variável x.
15 Variável
Vendas
Neste FILIAL A
10 caso, temos duas possibilidades:
FILIAL B
5
»» 1. A variável categórica define duas ou mais fases, antes e depois de uma mudança, por
0
exemplo. Então, o adequado é fazer um gráfico de tendência estratificado por fases para
analisar o indicador “Tempo”. Nessa situação, estamos verificando se o tempo (variável y)
abr-18
fev-17
abr-17
jun-17
ago-17
out-17
dez-17
fev-18
322
Analyse
Y: Numérica, X: Categórica
(sem variável de tempo)
DOTPLOT: TEMPO VS FASE
Fase
antes
depois
4 6 8 10 12 14 16 18
Tempo
das distribuições de
frequência (dotplot
ou histograma) da
10 variável numérica
estratificada pela variável
classificatória.
5 »» Outro gráfico que auxilia
nessa visualização
é o boxplot.
Antes Depois
»» Com essa visão estática,
Fase podemos observar
que o tempo nas duas
fases estão em regiões
diferentes, ou seja, existe
correlação entre o
tempo e a fase, e a
mudança impactou o
indicador. “tempo”.
323
ASSOCIAÇÃO ENTRE
VARIÁVEIS
Y: CATEGÓRICA
X: CATEGÓRICA
Tabela de
contingência
Tabela de contingência
Variável A
Categorias A1 A2 Total
Quando as variáveis X e Y
Definições são categóricas, o estudo de
correlação é feito por tabelas
n11 Frequencia de indivíduos nas categorias A1 e B1. de contingência ou tabelas
cruzadas.
n12 Frequencia de indivíduos nas categorias A2 e B1. »» Por conveniência, a
variável X é colocada nas
n21 Frequencia de indivíduos nas categorias A1 e B2. linhas, e a variável Y é a
variável nas colunas.
n22 Frequencia de indivíduos nas categorias A2 e B2. »» No cruzamento entre cada
categoria das variáveis
n1+ Frequencia de indivíduos nas categorias B1. X e Y (casela), coloca-se
o respectivo número de
indivíduos amostrados no
n2+ Frequencia de indivíduos nas categorias B2.
estudo ou o percentual
das linhas.
n+1 Frequencia de indivíduos nas categorias A1.
326
Analyse
Tabela de
contingência
Tabelas de contingência
Resultado
Tratamento N S Total
Gráfico de barras
Esses dados também podem ser apresentados na forma de gráfico de barras, onde a altura das
barras é calculada pelo percentual de “linhas”.
GRÁFICO DE TRATAMENTO;
MELHOROU?
70
60
50
Percentual
Melhorou?
40
NÃO
30
SIM
20
10
Nesse caso, podemos
0 perceber que a melhora
Ciclosporina Placebo depende do tratamento
Tratamento ao qual o paciente
foi submetido.
327
Cuidado com
tabelas
»» O procedimento de um hospital era aplicar antibiótico antes da cirurgia em pacientes
para minimizar a chance de infecção hospitalar. Com o objetivo de avaliar a eficácia de
três tipos de antibióticos, foram coletados dados de 100 pacientes que desenvolveram
infecção após a cirurgia. A tabela abaixo apresenta a frequência por tipo de antibiótico.
Qual é o melhor antibiótico?
Antibiótico Infecção
A 12
B 60
C 28
Total 100
C 28 70
»» A partir das informações sobre o total de pessoas que desenvolveram ou não a infecção após
ingerir cada antibiótico, conseguimos então calcular o percentual em cada uma das linhas (A =
55%, B = 75% , C= 29%). Concluímos que a infecção depende do antibiótico que foi ingerido e
que o melhor antibiótico é o C.
328
DOE – INTRODUÇÃO
Analyse
330
Analyse
Exemplo
»» Uma empresa usa um provedor B para acesso à internet. Ao longo de um dia a empresa faz
10 downloads de um pacote padrão e mede o tempo de cada. Os downloads foram realizados
durante um dia normal de operações.
»» Os dados obtidos estão mostrados no próximo gráfico.
»» O interesse neste estudo é avaliar qual é o tempo médio de download utilizando o provedor B.
»» Podemos observar que o tempo médio de download com o provedor B é aproximadamente 17.
Além disso, o menor tempo observado foi de 15, e o maior foi de 19.
15 16 17 18 19
Tempo
Sabemos que muitos fatores podem influenciar este indicador (tempo de download). Listamos a
seguir alguns deles:
»» Computadores acessando o site.
»» Outras tarefas sendo feitas no computador.
»» Sistema do provedor.
»» O dia da semana.
»» Trafego na rede
»» Velocidade do processador.
»» Quantidade de memória.
»» Etc.
É importante lembra que conseguirmos
controlar alguns fatores, e não todos. Além
disso, existem diversos outros fatores que
muitas vezes influenciam a variável resposta e
que nem sabemos que existem e podem estar
influenciando.
331
Analyse
Exemplo
Um outro provedor A contatou a empresa e afirmou que seu serviço era mais rápido. A velocidade
nominal prometida pelos dois era a mesma. A empresa resolveu realizar um teste comparativo
entre os fornecedores.
»» Dez downloads do mesmo pacote são realizados com o provedor A num dia normal de
operações.
Os dados comparativos entre os dois provedores estão na figura a seguir.
Provedor B
Provedor A
12 13 14 15 16 17 18 19
Tempo
»» Podemos concluir pelo gráfico que o provedor A tem um tempo médio de download menor.
»» Porém, se acrescentarmos que na parte da manhã foram realizados os downloads com o
provedor A, e na parte da tarde downloads com o provedor B, encontramos sentido nesse tipo
de experimento? O que há de errado com ele? Podemos tirar qualquer conclusão de acordo
com a forma como o experimento foi realizado?
»» Do modo como foi realizado este experimento existem diversos fatores que podem estar
afetando os dados e as conclusões.
332
Analyse
Definições
São elas:
A experimentação possui três princípios básicos para que ela ocorra de forma correta:
Exemplo: comparação
de médias
Consideramos que a expressão “comparar tratamentos ou populações” não é específica o
suficiente. Trataremos aqui de comparações de médias ou comparações de variâncias.
Neste exemplo, estamos interessados em saber se o tempo médio de download utilizando o
provedor A é igual ao tempo médio utilizando o provedor B. Para fazer esta comparação realizamos
15 downloads.
»» Foi realizado um teste durante um dia normal de operações para comparações dos provedores
A e B. Foram feitos 15 downloads, 7 com o provedor A, e 8 com o provedor B.
»» Considere µ A e µB o tempo médio de cada provedor.
H0: µA = µB
versus
HA: µA ≠ µB
336
Analyse
Exemplo: comparação
de médias
Retomando as definições do DOE, podemos observar para o exemplo
do provedor como será aplicado.
»» Fator: Provedor
»» Níveis: A e B.
»» Tratamento: cada nível do fator.
»» Unidades experimentais: downloads (15).
»» Replicações: 7 para o nível A, e 8 para o
nível B.
»» Aleatorização: as unidades experimentais
foram alocadas de forma aleatória aos
tratamentos.
»» Experimento completamente
aleatorizado (CRD).
337
Analyse
Comparação da média
de dois tratamentos
Num. do downl. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Provedor A B B A B A A B B A B B A A B
Tempo (min) 17.2 17.1 17.2 16.9 17.3 16.8 17.2 17.5 17.2 17.3 17.1 16.9 17.1 17.2 17.3
Prov. A Prov. B
17.2 17.1
16.9 17.2
16.8 17.3
17.2 17.5
17.3 17.2
17.1 17.1
17.2 16.9
17.3
nA = 7 nB = 8
338
Analyse
Análise
gráfica
As técnicas mais comuns para se analisar esse tipo de experimento são o cálculo da média e
desvio padrão para cada tratamento; dotplot comparativo por tratamento e gráfico de tendência
ou de controle comparativo por tratamento.
»» Na maior parte das vezes, o gráfico de controle é suficiente para fornecer o grau de convicção
sobre a diferença das médias (antes).
Nos gráficos a seguir, podemos verificar que não existe diferença entre o tempo médio utilizado
pelos dois provedores.
17.50
17.25
Tempo
X=17.2
17.00
16.75
LIC=16
16.50
1 3 5 7 9 11 13 15
Amostra
A
Provedor
B
16.8 16.9 17.0 17.1 17.2 17.3 17.4 17.5
Tempo
339
DOE – EXPERIMENTO
FATORIAL COMPLETO
Analyse
Sistema de causas
S I P O C
Variáveis Variáveis de Variáveis
de input processo de output
X1 , X 2 , … , X k Y
342
Analyse
Um exemplo
Níveis
Comprimento da asa 3 cm 6 cm
Largura do corpo 5 cm 8 cm
Comprimento da perna 4 cm 10 cm
Largura da perna 2 cm 3 cm
343
Analyse
Y
X1
Variar 1 fator de cada vez Vários níveis Escolher os ápices
Y
Y
X1 X1 X2 X2 X3
Variar um fator de cada vez é uma estratégia muito utilizada para se estudar quais desses fatores
realmente influenciam o tempo e em quais níveis.
»» Nessa estratégia, escolhemos um ponto inicial, ou baseline de níveis de cada fator, e variamos
sucessivamente os níveis de um fator por vez, mantendo os outros fixos.
Y
»» Essa é a maneira mais intuitiva de se realizar o experimento, mas geralmente não leva
ao melhor resultado quando existe interação entre os fatores (o melhor nível de um fator
depende
X3 doX3nível do outro fator).
344
Analyse
Exemplo 1: Um
fator de cada vez
Trat. Comp. Asa Larg. corpo Tempo
1 3 5 1.7
2 3 8 1.2
3 6 5 2.0
4 6 8 1.5
Para simplificarmos o entendimento deste problema, devemos considerar apenas a análise de dois
fatores com dois níveis cada um e que essa é a situação real, porém desconhecida.
»» Qual é o efeito de comprimento da asa e da largura do corpo no tempo de permanência no ar?
»» Variando um fator por vez e seguindo os passos 1; 2; 3; 4 e 5 detalhados na figura, obtém-se o
tempo de permanência igual a 2,0; que é o melhor possível.
345
Analyse
Exemplo 2: Um
fator de cada vez
Trat. Comp. Asa Larg. corpo Tempo
1 3 5 1.7
2 3 8 1.2
3 6 5 2.0
4 6 8 1.5
Consideremos agora uma nova situação real. Qual é o efeito do comprimento da asa e da largura do
corpo no tempo de permanência no ar?
»» Nesse caso, seguindo os passos 1; 2; 3; 4 e 5 detalhados na figura, obtemos o tempo de
permanência igual a 1,7 (combinação comp. da asa = 3; e larg. do corpo = 5), porém essa não é
a melhor combinação possível se considerarmos todos os resultados.
»» Na combinação comp. da asa = 6; e larg. do corpo = 5 obtemos um tempo igual a 2,0, mas essa
combinação não foi realizada, pois estamos variando novamente um fator de cada vez!
»» Nesse caso existe interação entre os fatores: comprimento da asa e largura do corpo,
ou seja, o comprimento da asa depende da largura do corpo para encontramos o melhor
resultado. Portanto a estratégia de variar um fator por vez não funciona.
»» Para que essa estratégia funcione (encontrar a melhor combinação dos níveis dos fatores), é
necessário que os efeitos dos fatores sejam aditivos (não existe interação).
»» Mesmo que os efeitos sejam aditivos, essa estratégia é ineficiente.
»» Caso haja interações entre os fatores, essa estratégia não consegue identificá-las nem
estimá-las.
346
Analyse
Experimentos
fatoriais: introdução
Como começar? Representação
15 32.768
…
20 1.048.576
347
Analyse
Vantagens
348
Analyse
YA(+) = (1.6 + 1.8)/2 = 1.7 YB(+) = (1.2 + 1.8)/2 = 1.5
YA(-) = (1.2 + 1.2)/2 = 1.2 YB(-) = (1.6 + 1.2)/2 = 1.4
Efeito de A = [1.7 – 1.2] = 0.5 Efeito de B = [1.5 – 1.4] = 0.1
Trat. A B Y Trat. A B Y
1 − − 1.2 1 − − 1.2
2 + − 1.6 2 + − 1.6
3 − + 1.2 3 − + 1.2
4 + + 1.8 4 + + 1.8
1.5
Média
1.45
1.4
1.3
1.2 1.40
-1 1 -1 +1
A B
O efeito do fator A pode ser mostrado O efeito do fator B pode ser mostrado
graficamente. graficamente.
349
Analyse
Interação
4 + + + 1.8
AB = [(1.8 + 1.2)/2 - (1.6 + 1.2)/2] = 0.1
350
Analyse
Exemplos de gráficos
de interações
»» A interação de A com B pode ser mostrada graficamente. Quando não existe interação, as retas
são paralelas (gráfico acima à esquerda).
»» Quando existe interação forte, as retas se cruzam (gráfico abaixo à direita). Para o nível -1 do
fator B, o nível de A que maximiza o rendimento é +1 (linha laranja). Já para o nível +1 de B, o
nível de A que maximiza o rendimento é -1 (linha preta).
A A
Média
Média
1.50 -1 1.50 -1
1 1
1.00 1.00
-1 1 -1 1
B B
A A
Média
Média
1.50 -1 1.50 -1
1 1
1.00 1.00
-1 1 -1 1
B B
351
Analyse
Fatorial 22:
Exercício
Veloc. Avanço V_cod A_cod Rugosidade
100 4 −1 −1 216
120 4 1 −1 221
100 6 −1 1 235
120 6 1 1 223
Calcular: Fazer:
352
Analyse
Fases de um
experimento planejado
Em um experimento, utilizamos Plan
a estrutura de aprendizagem
do método científico, que
pode ser estruturado no ciclo »» 1. Estabelecer o objetivo do experimento.
PDSA [P - Plan (planejar); D - Do »» 2. Formular as questões que se pretende responder.
(executar o plano); S - Study
(estudar os resultados); A - »» 3. Identificar a variável resposta.
Act (agir com base no que foi »» 4. Identificar os fatores.
aprendido)].
»» 5. Escolher os níveis dos fatores.
Em cada uma das fases do
PDSA, podemos utilizar as »» 6. Decidir sobre o plano experimental.
atividades citadas para realizar »» 7. Aleatorizar as corridas experimentais.
um experimento.
Do
»» 8. Realizar o experimento.
»» 9. Observar e anotar outros eventos que ocorram durante a
realização do experimento.
Study
»» 10. Analisar os dados.
»» 11. Determinar a melhor combinação.
»» 12. Confirmar os resultados.
Act
353
Improve
IMPROVE
Teste de
Mudanças
355
Improve
Testar
mudanças
O Improve é o momento de testar as mudanças que foram
propostas durante o Analyse, essa etapa do roteiro
DMAIC é importante para construir aprendizado.
Nesse momento ainda são esperadas falhas, e essa é a oportunidade de aprender mais e de modo
mais acelerado sobre o processo. Não devemos procurar a mudança perfeita, pois estaremos
utilizando muitos recursos e tempo nessa busca sem nunca iniciar os testes de mudança e,
consequentemente, sem nunca implementar uma melhoria.
Nesse momento do projeto os testes devem ser realizados em ambiente prático, o que sempre
acarreta risco. Dessa forma devemos estar atentos para minimizá-los, então será necessário realizar
esses testes em pequena escala.
356
Improve
Mudança como
uma predição
Uma predição é:
357
Improve
Mudança como
uma predição
Grau de convicção (alto, médio ou baixo) Quando os
resultados obtidos
forem diferentes
Para cada mudança proposta temos uma predição e um grau da predição, será
de convicção envolvido, que pode ser alto, médio ou baixo. Esse necessário avaliar e
grau de confiança está relacionado com a segurança que temos reformular a teoria.
em relação ao teste em que estamos trabalhando e no momento
de implantar essa mudança. Quanto maior o grau de convicção
mais seguros estaremos para implementar as mudanças que Esse modelo de tentativa
resultarão em melhorias. e aprendizado é muito
eficiente na construção do
conhecimento, diferença
fundamental quando
utilizamos tentativa e erro.
Mudança do modelo
tentativa e erro para
o modelo tentativa
e aprendizado.
»» Avalia se uma mudança »» Medida de quão seguro se
resultará em uma está com a predição.
melhoria no futuro.
Movimento: desenvolver,
testar e implementar
Nesse gráfico podemos observar como o grau de convicção de diversas propostas de mudanças se
comporta no decorrer do projeto. No eixo horizontal, temos as fases do roteiro de DMAIC, enquanto
no eixo vertical temos o grau de convicção.
Mudança que
necessita de mais
testes
Mudança
fracassada
baixo
Desenvolvendo Testando uma mudança: Implementando
uma mudança ciclos 1, 2, ... uma mudança
»» A proposta que inicialmente tinha o maior grau de convicção acabou não se mostrando uma
mudança vitoriosa e foi abandonada.
»» A proposta intermediária, que possui grau de convicção médio, vai nos trazendo mais
confiança à medida que vamos realizando os testes e observando que realmente funciona na
prática, até chegar o momento em que temos convicção suficientemente alta para implantar.
»» A última proposta ainda não está pronta para implementação e necessita de mais testes para
que o grau de convicção aumente para levarmos essa ideia à fase de implantação.
359
Improve
Tipos de testes –
estudo antes e depois
Base de comparação histórica. Pontos
vulneráveis:
ANTES DEPOIS
50 »» Ocorrência de
causas especiais
40 ao mesmo
Tempo de produção
tempo em que
30 mudanças são
feitas.
20 LSC=19.69
X=12.06
10
LIC=4.44
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
Observação
360
Improve
Tipos de testes –
comparação simultânea
Comparação simultânea
»» Duas ou mais alternativas são comparadas ao mesmo tempo, mesmo espaço ou sob outras
condições similares
35
35
30
30
vendas
devendas
25
25
NOVO
NOVO
Númerode
20
20 ANTIGO
ANTIGO
Número
15
15
10
10
11 33 55 77 99 11
11 13
13 15
15 17
17 19
19 21
21 23
23 25
25
Índice
Índice
361
Improve
Escopo e escala
de testes
Escala Escopo
362
Improve
ACT PLAN
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO
ACT PLAN
STUDY DO »» Construir o
ACT PLAN
conhecimento
sequencialmente
STUDY DO
»» Usar múltiplos
Suposições ciclos
Teorias Tempo »» Testar em
Intuições pequena escala
363
Improve
Escopo e escala
de testes
Quando realizamos testes, devemos ter em mente as consequências de um teste, a escala a ser
testada e o grau de convicção na nossa mudança.
Aprendizado no teste
Sofrer aumento de
escopo
Abandonada
364
Improve
Matriz
Impacto/Esforço
Através da matriz de Impacto/Esforço, organizam-se as propostas de mudança de acordo com o
esforço necessário para implementar e o impacto dessa mudança no indicador do projeto. Dessa
forma, teremos como priorizar a implantação dessas mudanças, sempre começando com as
propostas de maior impacto e menor esforço, no quadrante superior direito, e implementando por
último as de menor impacto e maior esforço, no quadrante inferior esquerdo.
Impacto vs Esforço
5
Prop 4
4 Prop 1
A proposta 1
3 Prop 3 poderia ser
Impacto
escolhida, pois
2 tem alto impacto
Prop 5 e baixo esforço.
1 Prop 2
0 1 2 3 4 5
Esforço
365
Control
CONTROL
Implementação
de mudanças
367
Control
Fase
Implement/Control
Objetivo
As atividades que
devemos executar
no Control
»» Realizar o plano de
implementação.
»» Plano de implementação »» Documentação
»» Documentar o novo
sistema.
»» Treinar os envolvidos.
»» Monitorar o sistema.
»» Estender o conhecimento
e as melhorias
conquistadas.
»» Treinamento »» Monitorar
»» Celebrar a conquista.
1. Realizar o plano
de implementação
5W2H
1. Realizar o plano
de implementação
Opções para a implementação
Alguns tipos de abordagem podem ser tomados dependendo do grau de confiança e do risco
relacionado à mudança:
“Simplesmente faça”
Quando se tem alta convicção de que a mudança trará uma
melhoria e o risco relacionado a essa mudança é baixo, pode-se
implementar a mudança rapidamente, para que os resultados
possam ser medidos e compartilhados o mais breve possível.
Paralela
Quando vamos mudar um sistema que demanda um período de
adaptação/adequação ou até mesmo em fases iniciais de teste,
é importante realizar uma abordagem paralela, mantendo o
Sistema ou processo antigo ativo enquanto o novo é testado até
que o grau de convicção aumente.
Sequencial
Use esta abordagem para implementar uma mudança ao
longo do tempo ou por local. À medida que o processo de
implementação for progredindo, faça melhorias com base no que
for aprendendo. Planeje vários ciclos PDSA para conduzir esta
abordagem e incorporar os itens a seguir em sua estratégia:
»» Caminho de menor resistência.
»» Impacto para melhorias maiores.
»» Aprendizagem potencial.
»» Disponibilidade e programação de recursos.
»» Dependência entre locais.
370
Control
2. Documentar o
novo sistema
Após a implementação das melhorias, é necessário estabelecer práticas que assegurem que as
mudanças se tornarão procedimentos usuais nos negócios. Muitas empresas fazem melhorias no
trabalho e depois descobrem que as pessoas voltaram à forma antiga de fazer as coisas ou que
algum novo problema foi identificado.
»» Registro das mudanças que foram implementadas.
»» Organizações dependem da documentação para:
371
Control
Código do iten:
Data da última Departamento local:
Folha de IXGB2037 revisão:
instrução de Líder: Supervisor:
trabalho Nome do item:
20/10/2015 Desenvolvido por:
Base de vedação
suporte de
1 6
corte
bucha de
2 4
montagem
anel de Instrumento
3 1/1 8
vedação ABC
372
Control
3. Treinar os
envolvidos
O treinamento é quase sempre necessário para implementar mudanças.
»» Se vamos apenas mudar uma configuração em uma máquina, por exemplo, basta informar aos
operadores sobre a nova configuração.
»» Se vamos alterar as atividades ou etapas de um processo, deve-se orientar as pessoas
responsáveis sobre como essas atividades devem ser realizadas.
»» Se vamos implementar um novo Sistema que diversos operadores utilizarão, todos devem
receber o devido treinamento e passar por um período de adequação do novo sistema.
373
Control
4. Monitorar
o sistema
Após as mudanças serem implementadas, é muito importante que os indicadores continuem sendo
medidos. Eles não são medidos apenas para o projeto!
Medição
Gráfico de Controle
Sem o controle via medição não é possível saber se a mudança foi efetiva.
374
Control
5. Estender os conhecimentos
e melhorias conquistadas
Aqui, deve-se pensar em todos Além disso, deve-se analisar
os testes e conhecimentos as metas e o quanto falta
adquiridos durante o projeto. para que sejam atingidas
(se ainda não foram).
»» Conseguimos replicar a mudança em
outros processos/departamentos/filiais? »» Conseguimos com mais tempo atingir as
metas?
»» Os testes realizados podem ter resultados
diferentes se aplicados em outros »» Quantas mudanças ainda seriam
processos/departamentos/filiais? necessárias?
Observações feitas durante o projeto podem auxiliar em novas propostas de projetos de melhoria
que antes não eram aparentes (quando passamos por um projeto de melhoria aumentamos nosso
conhecimento do processo, e por isso encontramos novas oportunidades).
»» Encontramos novas oportunidades?
»» Podemos iniciar um novo projeto de melhoria? Ou devemos esperar até que todo o plano de
implementação seja finalizado e a melhoria comprovada?
»» Há mudanças que necessitam de investimento não previsto no projeto?
375
Control
6. Celebrar
a conquista
Celebre!
Recompense não só os participantes do projeto, mas também as pessoas que vão atuar no novo
processo:
»» Marque uma comemoração.
»» Pense em uma premiação de reconhecimento da equipe.
»» Parte dos retornos do projeto podem ser divididos entre todos.
Estrutura, método
e cultura
Pense menos em discursos
motivadores e mais em mostrar
argumentos a favor da mudança.
Lembre-se
A implementação de uma cultura Lean não acontece do dia para a noite, nem em um mês, e nem
mesmo em um ou dois anos!
Ela é uma evolução contínua de processos e comportamentos em busca da cultura de melhoria e
deve ser pensada a longo prazo. A Toyota demorou décadas para se tornar uma empresa Lean!
377
Control
Pessoas e as
mudanças
“Dando-se oportunidade de escolha entre mudar e provar
que não é necessário mudar, a maioria das pessoas prefere a
segunda alternativa.”
John Galbraith
A mudança deve:
Ser fisicamente possível Fazer sentido, ser lógica Fazer com que nos sintamos bem
Exercício 1
Sua empresa está escrevendo uma declaração de objetivo para melhorar a eficiência. Convidaram-
no a se juntar ao time de melhoria. Hoje você está se reunindo com seus colegas de time para
revisar alguns possíveis objetivos. Leia cada descrição de objetivo na apostila e avalie-os. Quais são
bons? Ruins? Por quê?
1. Pretendemos reduzir os refugos e melhorar a segurança dos nossos colaboradores.
a. Bom
b. Ruim
2. Iremos reduzir a incidência no número de refugos na injetora M25 em 45% até Junho de 2008.
a. Bom
b. Ruim
3. Reduziremos todos os tipos de problemas com refugos na empresa.
a. Bom
b. Ruim
4. Nossos dados mais recentes mostram que, em média, temos um índice de refugo de 5% na
injetora M25. Podemos reduzir esta média para 3% até dia 1 de Abril de 2008, e para 1,5% até 31 de
Agosto de 2008.
a. Bom
b. Ruim
380
Exercícios
Exercício 2
Você é o vice-presidente de qualidade em uma grande empresa, e está revisando vários projetos
de melhoria em andamento. Baseando-se no objetivo de cada projeto (ver apostila), defina se os
indicadores a seguir são medidas de processo, resultado ou equilíbrio.
Projeto 1 - objetivo: reduzir em 20% a incidência de refugos nas operações de usinagem, por meio
do aumento do número de dias em que é feita limpeza da máquina, dentro de 5 meses.
1. Média do número de dias em que a limpeza da máquina é feita.
a. Medida de resultado
b. Medida de processo
c. Medida de equilíbrio
2. Porcentagem de refugos.
a. Medida de resultado
b. Medida de processo
c. Medida de equilíbrio
3. Custo com limpeza de máquinas.
a. Medida de resultado
b. Medida de processo
c. Medida de equilíbrio
Projeto 2 – objetivo: reduzir em 80% a incidência de não conformidades no processo de compras
decorrentes da especificação incorreta do item a ser comprado, dentro de 1 ano.
1. Porcentagem de não conformidades observadas no processo de compras.
a. Medida de resultado
b. Medida de processo
c. Medida de equilíbrio
2. Taxa de adesão dos colaboradores às medidas para reduzir as não conformidades.
a. Medida de resultado
b. Medida de processo
c. Medida de equilíbrio
381
Exercícios
Exercício 3
Para fixar os conceitos do Modelo de Melhoria, responda às perguntas da apostila.
1. A fase inicial do Modelo de Melhoria baseia-se em 3 questões destinadas a esclarecer os conceitos de:
a. Planejar, fazer, agir
b. Missão, objetivo, estratégia
c. Objetivo, medidas, mudança
d. Vontade, ideias e execução
Utilize o seguinte cenário para responder às questões 2-4: uma clínica ortopédica de uma movimentada
região metropolitana gostaria de melhorar o processo de agendamento de consultas.
2. Aplicando o Modelo de Melhoria ao projeto da clínica, qual das alternativas abaixo é a declaração de
objetivo mais razoável?
a. Implantar dois ciclos PDSA dentro de 6 meses do início do projeto
b. Aumentar em 50% o número de pacientes relatando estarem “muito satisfeitos” com o
agendamento da clínica dentro de 6 meses.
c. Modificar o processo de agendamento de forma a permitir que ambos, a recepcionista e
enfermeira, agendem consultas diretamente.
d. Criar um processo eficiente para agendamento de retorno no momento da saída dos pacientes.
3. Depois de montar um time e trabalhar as 3 questões do Modelo de Melhoria, a clínica ortopédica
decide designar uma enfermeira por dia para agendar todas as consultas de retorno. Esta seria sua
única responsabilidade naquele dia; e cinco enfermeiras se revezariam diariamente nesta tarefa. Com a
designação de um profissional dedicado exclusivamente ao agendamento dos retornos, o time espera
melhorar este processo. Qual a deve ser a próxima atividade do time?
a. Desenvolver as medidas do projeto
b. Testar a mudança utilizando o ciclo PDSA
c. Esclarecer a declaração de objetivo
4. Uma clínica ortopédica planeja mudanças de dimensionamento de pessoal para melhorar o
agendamento e realiza um pequeno teste de mudança com uma enfermeira e 3 pacientes na terça de
manhã. Qual o próximo passo que o time de melhoria deveria tomar?
a. Realizar uma breve pesquisa com a enfermeira e os pacientes para saber como foi o teste
b. Implantar o novo processo de agendamento baseando-se nas impressões iniciais de que tudo
está funcionando bem
c. Implantar um sistema de recompensa para as enfermeiras que agendarem o maior número
de consultas por dia.
382
Exercícios
Fluxograma
Exercício 1
Cinco unidades organizacionais eram responsáveis pelo processo de faturamento: vendas, entrada
de pedido, preparação da fatura, contabilidade e engenharia. O processo era o seguinte:
1. Vendas: vendas pega o pedido do cliente;
2. Entrada do pedido: pedido entra no sistema;
3. Entrada do pedido: departamentos notificados com a cópia da fatura;
4. Preparação da fatura: pedido é processado;
5. Engenharia: engenharia aprova mudanças?
Se não, vendas corrige o pedido com o cliente (passo 1)
Se sim, passo 6
6. Preparação da fatura: mudanças aprovadas por engenharia e vendas;
7. Preparação da fatura: fatura é preparada;
8. Preparação da fatura: Fatura enviada
para o cliente;
9. Contabilidade: registro de vencimento retornado;
10. Contabilidade: vendas notificadas de faturas com 90 dias de atraso.
Elabore um fluxograma multifuncional utilizando os símbolos adequados para cada etapa do processo.
383
Exercícios
Gráficos descritivos
Exercício 1
Considere os dados de tempo de ciclo do arquivo “1-Tempo de ciclo.mtw”.
a. Faça um gráfico de tendência para o cenário 1.
b. Repita o procedimento para os outros cenários.
c. Padronize a escala do eixo vertical.
d. Coloque todos os gráficos no mesmo painel.
Exercício 2
Considere os dados de gastos com treinamento do arquivo “2 Gasto mensal treinamento.mtw”.
a. Faça um gráfico de tendência dos gastos mensais com treinamento.
b. O processo está estável?
Exercício 3
Considere os dados do número de passageiros de uma companhia aérea dos EUA do arquivo
“3 N_PASSAGEIROS.mtw”.
a. Faça o gráfico de tendência do número de usuários.
Exercício 4
Considere os dados de vendas de uma loja durante 60 dias no arquivo “4 VENDAS.mtw”.
a. Faça o gráfico de tendências do número de vendas.
b. O processo está estável?
c. Faça o Dotplot do número de vendas.
d. Faça o Histograma do número de vendas.
e. Calcule a média, desvio padrão, mediana, mínimo, máximo, Q1, Q3, amplitude e amplitude
interquartis para o número de vendas.
384
Exercícios
Exercício 5
Considere os dados de quatro conjuntos do arquivo “5 QUATRO_CONJUNTOS.mtw”.
a. Calcule a média e o desvio padrão de cada variável (X1, X2, X3, X4).
b. Faça o Dotplot colocando todas as variáveis no mesmo gráfico.
c. Faça um gráfico de tendência de cada variável e coloque todos os gráficos em um mesmo painel.
d. O que você conclui a partir dos resultados?
Exercício 6
Considere os dados de 18 meses do desempenho de entregas de uma empresa de logística. Uma
mudança foi feita entre os meses oito e nove do arquivo “6 entregas atrasadas.mtw”.
a. Calcule a porcentagem de entregas atrasadas por mês.
b. Faça o gráfico de tendência da porcentagem de entregas atrasadas.
Exercício 7
Considere o arquivo do worksheet “7 unitodos_completo.mtw”.
a. Calcule a frequência e a porcentagem de cada categoria da variável STATUS.
b. Faça o gráfico de barras do total da variável STATUS.
c. Faça o gráfico de barras da porcentagem da variável STATUS.
d. Faça o gráfico de setores da variável STATUS.
Exercício 8
Considere os dados sobre defeitos obtidos em inspeção na saída da produção no arquivo de
worksheet “8 defeito embalagem.mtw”.
a. Faça o gráfico de Pareto dos tipos de defeitos.
385
Exercícios
Exercício 9
O Departamento de Contabilidade instituiu recentemente melhoria de processo e tem estudado as
causas de atrasos, trabalhos refeitos e excesso de horas extras. Dados preliminares indicam que um
grande número de faturas tem que ser processadas manualmente (chamadas telefônicas extras,
documentos reencaminhados e outros tipos de trabalho refeito) devido a erros ou informações
incompletas nas ordens de compra. O Diretor do Departamento de Contabilidade pediu ao Gerente
do Departamento de Compras que investigasse esse problema.
O Gerente de Compras decidiu selecionar uma amostra de 60 ordens por semana durante as
últimas 20 semanas e enviar para revisão. As ordens com um ou mais erros foram identificadas. Os
dados obtidos de erros por semana estão no worksheet “9 Ativ_Processamento de Ordens de
Compra_a.mtw”.
Para orientar as ações para reduzir a porcentagem de ordens com erros, as ordens foram analisadas
e os tipos de erros foram anotados. Os dados obtidos estão no worksheet “9 Ativ_Processamento
de Ordens de Compra_b”.
a. Qual o objetivo do esforço de melhoria descrito?
b. Qual o respectivo indicador?
c. Utilizando os dados worksheet “9 Ativ_Processamento de Ordens de Compra_a”, construa
um gráfico de tendência. O processo está estável?
d. Utilizando os dados do worksheet “9 Ativ_Processamento de Ordens de Compra_b”, faça
uma análise e indique qual o foco para reduzir o percentual de ordens com erros.
386
Exercícios
387
Exercícios
DO
Algo saiu errado? Ocorreu algo que não fazia parte do plano?
Não houve problema para coletar os dados.
STUDY
Complete a análise dos dados. Foi possível responder as questões formuladas? Resuma o
conhecimento obtido nesse ciclo. Inclua a comparação com o que foi previsto
A transportadora A melhorou seu processo da entrega? A predição estava correta?
A transportadora B melhorou seu processo da entrega? A predição estava correta?
A companhia A instituiu um sistema do reconhecimento no 13º mês. A mudança foi melhoria?
A companhia B redesenhou o processo de entrega no 8º mês. A mudança foi uma melhoria?
Qual o desempenho esperado com respeito a entregas no prazo para as duas transportadoras?
ACT
Que decisões (ações) serão tomadas com o que foi aprendido?
388
Exercícios
Tempo
Ordem Tempo(horas) Segmento Ordem Segmento
(horas)
1 129 A 16 43 A
2 113 A 17 17 C
3 100 B 18 58 B
4 180 A 19 124 A
5 11 B 20 98 A
6 114 A 21 63 B
7 142 A 22 62 A
8 251 A 23 118 A
9 28 C 24 51 A
10 19 B 25 139 A
11 34 B 26 84 A
12 7 C 27 52 B
13 59 A 28 37 A
14 50 B 29 61 B
15 43 C 30 41 C
a. Qual é a distribuição do “tempo para implementar” um novo cliente? A distribuição depende
(difere) do segmento?
b. O processo está estável? Está estável em cada segmento?
c. Qual é o tempo médio de implementação (geral e por segmento)?
d. Qual é o desvio padrão do tempo de implementação (geral e por segmento)?
e. Qual é o percentual de implementações que está “fora de especificação” (geral e por
segmento)?
389
Exercícios
Gráfico de Controle
Exercício 1
O absenteísmo em uma empresa com 90 funcionários foi medido por 20 dias e estão no worksheet
“12 GC_ausencia.mtw”. Construa um gráfico de controle adequado para o percentual de
ausências.
Exercício 2
O número de acidentes por mês foi registrado durante dois anos e os dados estão no worksheet “13
GC_Acidentes.mtw”. Construa um gráfico de controle adequado para o indicador de número de
acidentes por mês.
Exercício 3
O valor (em milhares de reais) foi medido por dois anos e meio. Os dados estão no arquivo “14
INVENTARIO_DEP17.mtw”. Construa um gráfico de controle adequado para o indicador de
inventário.
Exercício 4
O tempo de operação de três máquinas idênticas num processo produtivo foi medido durante
20 semanas. Os dados estão no arquivo “15 tempo de operacao.mtw”. Construa um gráfico de
controle adequado para o tempo de operação.
Exercício 5
Os dados de entregas atrasadas foram monitorados durante 8 meses antes e 10 meses depois
de que uma mudança para diminuir o atraso foi implementada. Os dados estão no arquivo “16
entregas atrasadas.mtw”.
a. Construa um gráfico de controle para o percentual de entregas atrasadas.
b. Existe evidência de melhoria?
c. Construa um novo gráfico de controle para o percentual de entregas atrasadas, agora
separando as fases antes e depois da mudança.
390
Exercícios
Exercício 6
Leia o contexto do exercício na apostila e utilize os dados do arquivo “17 Acidentes_
transportadoras.mtw” para responder às seguintes perguntas:
a. Os acidentes vêm de um processo estável?
b. Dado o sistema atual, as empresas são capazes de não ter mais do que dois acidentes por
milhão de quilômetros?
O padrão de segurança para o registro de acidentes no setor de transporte é de não mais do que 2
acidentes por milhão de quilômetros. O Departamento de Transporte dos Estados Unidos coletou
dados de acidentes das 14 maiores empresas para o último ano a fim de avaliar seus desempenhos
em segurança. Os dados são apresentados no arquivo. Prepare um gráfico de controle apropriado e
responda às perguntas acima.
Exercício 7
A Empresa de Transportes On-Time queria saber que tipo de prazos eles poderiam garantir a seus
clientes que têm rotas de Houston a Chicago. Eles decidiram coletar alguns dados sobre o tempo
que seus motoristas levavam na viagem de Houston para Chicago. Eles têm três motoristas que se
revezam na viagem. Os dados coletados estão no arquivo “18 Avaliação de Tempos de Entrega.
mtw”. Prepare gráficos de controle apropriados para esses dados e responda
às seguintes perguntas:
a. O processo está em controle estatístico?
b. Caso contrário, quais são as possíveis explicações para causas especiais?
c. Liste algumas das causas especiais que afetariam o gráfico X-barra e liste as causas especiais
que seriam vistas por meio do gráfico
d. Que tempo deveria ser garantido para essa viagem?
391
Exercícios
Capabilidade
Exercício 1
Os dados do arquivo ”19 wire.mtw” contém medidas de força de ruptura registrados em libras por
polegadas para 25 amostras, cada uma com tamanho de subgrupo diferente, de um processo de
fabricação de fibras metálicas. Supondo que a força mínima que essas fibras devem ter é 56 libras
por polegada, qual a Capabilidade desse processo?
Imagine que você trabalha no setor de transportes de uma grande empresa. Você listou os passos
mais comuns do processo que seus clientes (os funcionários da empresa) têm de fazer para obter
um carro para viajar a trabalho. Descreva esse processo em um fluxograma de oportunidades do
ponto de vista do cliente (funcionário da empresa que necessita do carro).
Dicas:
1 ) Leia todos os passos; 2) Classifique cada passo como AV (VA) ou NAV (CA); 3) Lembre-se que não
há uma classificação certa ou perfeita, chegue com seu grupo a um resultado satisfatório.
Passos para se obter o carro:
1. Cliente liga p/ Transportes para verificar a disponibilidade de carro da empresa na data
2. Se sim, cliente pede para reservar carro da frota, informando a data de uso e prontuário
3. Se não, cliente pede para alugar um carro, informando a data de uso e prontuário
4. Cliente preenche solicitação em papel (tanto faz, para carro da frota ou alugado)
5. Cliente passa solicitação para superior carimbar e assinar
6. Cliente espera retorno da solicitação carimbada e assinada
7. Cliente envia solicitação para transportes
8. Cliente liga para transportes para informar que foi enviada a solicitação
9. Transportes espera chegada da solicitação
10. Transportes providencia o carro (da empresa ou alugado) p/ a data de uso
11. Cliente liga para Transportes na véspera para ver se “está tudo ok”
12. Cliente passa no transporte para pegar a chave e ticket combustível
13. Cliente pega o carro
392
Exercícios
Balanceamento de Linha
Sabendo que o tempo Takt é 39 segundos, desenho o gráfico de tempo das atividades
Com base no gráfico proponha uma reorganização das atividades de modo a reduzir os desperdícios
Desenho o gráfico de tempo com a nova organização
393
Exercícios
Correlação
Exercício 1
Considere os dados sobre os tempos de download de três provedores no arquivo “20 provedor_
estrat.mtw”.
Qual provedor é mais rápido?
Exercício 2
Pediu-se a um grupo de gerenciamento de projeto que estudasse e melhorasse o sistema de entrega de
projetos.
Leia a descrição do exercício na apostila e encontre focos de mudança por meio de gráficos de dispersão.
Os dados estão no arquivo “21 Ativ_gerenc_projetos.mtw”.
Pediu-se a um grupo de gerenciamento de projeto que estudasse e melhorasse o sistema de entrega de
projetos. Depois de analisar os resultados de entrevistas, a equipe decidiu coletar as seguintes medidas
dos últimos 25 projetos: Verba original, Verba final, Custo total, Dias de atraso, Número de mudanças no
projeto e Índice de Satisfação (pontuação variando de 1 (não satisfeito) até 5 (muito satisfeito)).
Faça Gráficos de Dispersão para pares de variáveis e calcule a correlação entre elas. Comente os
resultados obtidos.
Exercício 3
Gorjeta em restaurante pode ser influenciada por muitos fatores incluindo o tipo de restaurante,
tamanho, localização da mesa, etc. Em um restaurante os garçons registraram os seguintes dados
de todos os clientes que atenderam num intervalo de dois meses e meio.
TOT_CONTA Total da conta
GORGETA Total da gorjeia
SEXO Sexo da pessoa que pagou a conta (0=masc, 1=fem)
FUMANTE Fumou no restaurante (0=não, 1=sim)
DIA 3=Quinta, 4=Sexta, 5=sábado, 6=domingo
PERIODO 0=dia, 1=noite
TAMANHO Número de pessoas na mesa
Os dados são provenientes de um estudo observacional. Não houve tentativa de alterar
procedimentos normais de atendimento que pudessem influenciar no quanto o cliente dava de
gorjeta. Não se deve realizar inferências a partir do estudo dos dados. A ênfase deve ser em explorar
os dados e formular hipóteses a serem verificadas em um estudo experimental a ser realizado no
futuro. Explore os dados usando técnicas básicas de descrição de dados e relações entre variáveis.
Os dados estão no arquivo “22 Ativ_Gorjeta.mtw”.
394
Exercícios
Exercício 4
Objetivo: esta atividade tem o objetivo de ilustrar o uso de tabelas de contingência (tabelas
cruzadas).
Fatos Importantes: o arquivo “23 Ativ_evento historico.mtw” contém dados sobre um evento
histórico. A população em risco totalizava 2201 pessoas. Esta população estava subdividida por
classe social (I – alta, II – média, III – baixa, e Outros), idade (criança ou adulto), sexo (masculino ou
feminino) e sobrevivência (sobreviveu ou não sobreviveu). Não é possível explicitar detalhes sobre
a categoria “outros” da classe social, pois forneceria a resposta do desafio. Use os dados do arquivo
para construir tabelas.
Instruções: Examine os dados cuidadosamente. Procure por características interessantes. Para
ajudar a construir uma fotografia mais completa de cada variável explanatória (classe social, idade
e sexo) e suas relações com a variável resposta (sobrevivência), complete as questões abaixo. Após
analisar os dados e responder as questões abaixo, dê seu melhor palpite quanto a que evento
histórico esse conjunto se refere.
a. Calcule o percentual geral de mortes.
b. Construa uma tabela de contingência entre Sobrevivência (Y) e sexo (X). Existe relação entre
essas duas variáveis?
c. Construa uma tabela de contingência entre Sobrevivência (Y) e classe social (X). Existe
relação entre essas duas variáveis?
d. Construa uma tabela de contingência entre Sobrevivência (Y) e idade (X). Existe relação entre
essas duas variáveis?
e. Para o sexo masculino e feminino, construa uma tabela de contingência entre Sobrevivência
(Y) e idade (X). Existe relação entre essas duas variáveis?
f. A que “evento raro” histórico este conjunto de dados se refere? Justifique sua resposta.
395
Exercícios
Exercício 1
Um experimento foi realizado para avaliar o efeito de Temperatura (T), Concentração e Catalisador
no rendimento de uma reação química. Foram utilizados dois níveis de cada fator:
A - Temperatura: 160ºC, 180ºC
B - Concentração: 20%, 40%
C - Catalisador: A, B.
Foi realizado um experimento fatorial completo, perfazendo um total de 8 rodadas experimentais.
Os dados estão no arquivo “24 doe_BHH_fat2^3_rend.mtw”. Analise-os e encontre a melhor
receita.
396
Exercícios
Exercício 2
Nossa empresa utiliza clips de metal de dois tamanhos: pequeno e grande. Os funcionários estão
reclamando da qualidade dos clips que tem sido comprado – eles têm pouca durabilidade. O setor
de compras foi acionado para fazer algo para minimizar as reclamações. O processo de compras é o
seguinte:
1. Compras necessita fazer um pedido;
2. Compras envia o pedido para diversos fornecedores cadastrados;
3. Compras recebe propostas;
4. Compras escolhe a proposta com menor custo;
5. Compras efetua a compra;
6. Compras recebe o pedido;
7. Compras disponibiliza o produto no almoxarifado.
A equipe responsável pela melhoria levanta as seguintes informações junto ao setor de compras:
Existem dois fornecedores cadastrados: ABC e CdM;
A empresa utiliza dois tamanhos: P e G.
A equipe entra em contato com os fornecedores e expõe a reclamação quanto à qualidade do clips
fornecidos.
Os fornecedores informam que desenvolveram um novo processo para melhorar a qualidade dos
clips que consiste na aplicação de um tratamento térmico.
A equipe resolveu realizar um experimento fatorial com os seguintes fatores e níveis:
Fator: Níveis
Fornecedor: ABC, CdM
Tamanho: P, G
Tratamento térmico: Sim, Não
Decidiu-se replicar o experimento, totalizando 16 corridas experimentais.
Variável resposta: número de dobras até quebrar.
Os dados estão no arquivo “25 doe_clip”. Analise-os.
397
Exercícios
Exercício 3
Um experimento foi realizado para estudar o efeito de quatro fatores no rendimento de uma reação
química.
A variável resposta foi a porcentagem de conversão.
398
Exercícios
Teste de Mudanças
CardDeck
O que queremos realizar?
Nós temos um deck de cartões que incorpora uma nova tecnologia. A tecnologia (representada
pelos números nos cartões) fornece informações potencialmente valiosas para os nossos negócios.
Cada equipe de melhoria deverá desenvolver um método para predizer os números nos cartões e
então implementar a tecnologia nos negócios.
Como saberemos que a mudança é uma melhoria?
Predições corretas dos números em cada cartão
Uma teoria para as predições dos números
Lucros para a companhia
Que mudanças poderemos fazer que resultem em melhoria?
Somente um cartão poderá ser usado em cada etapa (tarefa, projeto, etc.)
399
Exercícios
Todas as vezes que um cartão estiver disponível, a equipe tem três alternativas:
Coletar dados a partir do cartão (saber o valor do cartão: Custo=$ 1.000)
Realizar um teste da tecnologia:
Receita (se a predição estiver correta) = $ 7.000
Custo = $ 1.000 + se a predição estiver incorreta por diferença de:
1 = $ 1.000 2 = $ 3.000 3 = $ 7.000 >3 = $ 15.000
Implementar a tecnologia na empresa:
Receita (se a predição estiver correta) = $ 21.000
Custo = $ 1.000 + se a predição estiver incorreta = $ 49.000
400
Exercícios
Contrato de projeto
Patrocinador:
Líder da Equipe:
Demais integrantes:
Contexto/ descrição:
Problema:
Business case:
401
Exercícios
SIPOC
S I P O C
Passos do Processo
402
Exercícios
403
Exercícios
A planta opera em turno único das 6:00 hs. às 14:00 hs. todos os dias. O processo de serra foi
projetado para produzir em torno de um tijolo por minuto. Os antigos proprietários informaram
que cada unidade de serra é capaz de produzir 400 tijolos por dia, mas eles raramente conseguiam
produzir mais de 300 tijolos por dia devido a problemas com qualidade. Destes 300 tijolos
produzidos diariamente 30% são refugados, ou seja, 30% de itens em não conformidade com os
requisitos de comprimento e rugosidade. Uma primeira avaliação junto aos funcionários mostrou
um cenário preocupante: além dos problemas com a qualidade do produto, os funcionários
mostraram-se bastante desanimados e com a moral baixa devido à falta de uma política de
recursos humanos por parte dos antigos proprietários.
A empresa líder nesse ramo recentemente notificou seus clientes que eles estarão em breve
despachando tijolos que satisfazem todos os requisitos de qualidade de seus clientes. Sua
missão é simples: torne a planta um sucesso fazendo o melhor bloco de metal do mundo. A meta
estabelecida pelo patrocinador deste projeto é de menos de 1% de não conformidades.
Use o roteiro DMAIC e as ferramentas do Lean Seis Sigma para melhorar o processo de serra. Cada
planta tem sete empregados que estarão disponíveis para ajudá-lo no seu esforço de melhoria.
Desenvolva uma estrutura de gerenciamento apropriada para seu time. Os atuais proprietários
necessitam de informações objetivas por parte de sua equipe para decidir o que fazer com as
fábricas: torna-la uma empresa rentável e com alta qualidade ou fecha-la.
Nas páginas seguintes está descrito o conhecimento atual sobre as plantas da Mid-State e sobre o
processo de serra.
Desenho esquemático do bloco de metal produzido
404
Exercícios
Especificações do produto
• Comprimento entre 3.97 e 4.03 polegadas
• Rugosidade < 250 micropolegadas
Descrição do processo
• Etapas do processo de serra
• Operador coloca a barra na máquina na posição de ser serrada
• Operador aperta o botão da máquina para iniciar a operação
• Máquina prende a barra com grampos
• O líquido refrigerante começa a lubrificar a barra no loca que vai ser serrada
• A lamina da serra inicia a rotação
• A serra avança na barra
• A barra é serrada produzindo um bloco
• A lamina da serra retorna ä posição de início
• A lamina da serra para
• O líquido refrigerante é interrompido
• O bloco produzido é retirado da máquina
• O bloco produzido é avaliado
405
Exercícios
406
Exercícios
Peças com rugosidade acima da especificação não são devolvidas, mas o cliente estabeleceu um prazo para que os
problemas sejam definitivamente corrigidos.
407
Exercícios
Outras informações
408
Exercícios
Fornecedor Preço
Armer $95.00
Magic $139.00
Brite $135.00
National $145
Toughy $89.00
Pressão
Avanço do líquido Concentração
do líquido
Líquido
Velocidade de Corte refrigerante
Solda
Guia da Serra
Grampo
Vertical
Horizontal
409
Exercícios
Contrato de projeto
Patrocinador:
Líder da Equipe:
Demais integrantes:
Contexto/ descrição:
Problema:
Business case:
410
Exercícios
SIPOC
S I P O C
411
Exercícios
Perguntas Predições
1. Qual o Cpk de rugosidade?
2. A rugosidade é estável?
3. Qual o Cpk de comprimento?
4. O comprimento é estável?
Plano de coleta de dados
Serão realizadas 16 coletas (hora em hora) durante 2 dias de produção.
Serão coletadas 5 peças de hora em hora e anotado a rugosidade de cada peça e o comprimento de
cada peça.
DO
Os dados foram coletados e nenhum evento anormal foi observado.
Os dados estão no arquivo PDSA 1 - Capabilidade e Estabilidade.mtw
STUDY
Complete as análises e responda às perguntas propostas no PLAN
ACT
Qual sua decisão com base nas suas análises?
412
Exercícios
413
Exercícios
Perguntas Predições
1. Há diferenças significativas no desvio padrão
de comprimento entre as peças produzidas com
as duas matérias primas?
2. Há diferenças significativas na média de
rugosidade entre as peças produzidas com as
duas matérias primas?
3. Há diferenças significativas no desvio padrão
de rugosidade entre as peças produzidas com
as duas matérias primas?
Plano de coleta de dados
Serão produzidas dez peças com a matéria prima A1 e dez com a matéria prima Wright. O
intervalo entre cada peça produzida será de 20 minutos. A matéria prima a ser usada em cada
momento será decidida por sorteio (aleatorização). Em cada peça produzida será medido o
comprimento e a rugosidade.
Utilizar o lote 1 tanto do fornecedor A1 como do Wright.
Anotar as condições de processo e qual fornecedor de matéria prima foi utilizado.
DO
Os dados foram coletados e nenhum evento anormal foi observado. Os dados estão no arquivo
PDSA 3 - Teste de Matéria Prima.mtw.
STUDY
Complete as análises e responda às perguntas propostas no PLAN
ACT
Qual sua decisão com base nas suas análises?
414
Exercícios
Perguntas Predições
1. Há diferenças significativas na amplitude de
comprimento entre as peças produzidas com as
diferentes “receitas”?
2. Há diferenças significativas na média de rugosidade
entre as peças produzidas com as diferentes “receitas”?
3. Há diferenças significativas amplitude de rugosidade
entre as peças produzidas com as diferentes “receitas”?
Plano de coleta de dados
Vamos realizar um experimento fatorial completo sem replicação com fatores Velocidade, Pressão
do Grampo de Ajuste da Guia. Os níveis dos fatores serão: Velocidade: 100 e 600; Pressão do
grampo: 29.5 e 50; Ajuste da Guia: 0.01 e 0.02.
Coletar uma amostra de 5 peças a cada hora e registrar a amplitude de comprimento, a média de
rugosidade e a amplitude de rugosidade.
DO
Os dados foram coletados e nenhum evento anormal foi observado.
Os dados estão no arquivo PDSA 4 - Experimento Fatorial com parâmetros de corte.mtw.
STUDY
Complete as análises e responda às perguntas propostas no PLAN
ACT
Qual sua decisão com base nas suas análises?
415
Exercícios
Perguntas Predições
1. Qual o Cpk de rugosidade?
2. A rugosidade é estável?
3. Qual o Cpk de comprimento?
4. O comprimento é estável?
Plano de coleta de dados
Serão realizadas 16 coletas (hora em hora) durante 2 dias de produção.
Serão coletadas 5 peças de hora em hora e anotado a rugosidade de cada peça e o comprimento de
cada peça.
DO
Os dados foram coletados e nenhum evento anormal foi observado.
Os dados estão no arquivo PDSA 5 – Capabilidade e Estabilidade Final.mtw
STUDY
Complete as análises e responda às perguntas propostas no PLAN
ACT
Qual sua decisão com base nas suas análises?
416
Exercícios
417
Exercícios
Aprendizados
418
Exercícios
Todas as informações necessárias para a execução do projeto estão detalhadas nas próximas
páginas. Esse projeto simula um problema real, portanto faz parte da atividade o entendimento do
problema bem como a estruturação de sua solução.
Você receberá todos as informações para estruturar um projeto Lean Seis Sigma utilizando o
roteiro DMAIC e ferramentas que serão apresentadas durante o curso. Os dados para realização das
análises solicitadas serão disponibilizados no link para a PASTA ALUNOS disponível na primeira aula
da plataforma EAD.
Os principais estudos que você deverá fazer são:
Define: elaboração de um contrato de melhoria e de um SIPOC do processo em análise
Measure: estudo da estabilidade, capabilidade inicial e fluxograma.
Analyse: atividade AV/NAV e o diagrama ECRS
Improve: estudo da estabilidade e capabilidade
Control: calcular os ganhos do projeto com base nas informações fornecidas (concentre-se nos
ganhos principais) e recomendações para uma implementação com sucesso das mudanças
propostas.
Os trabalhos podem ser desenvolvidos em grupo, mas cada aluno deverá entregar um projeto
INDIVIDUALMENTE, em formato de Slides, em formato gerencial (seguindo o template,
disponibilizado na pasta). Os projetos devem ser entregues pela plataforma EAD, até 21 dias após o
último dia de aula.
Todas as dúvidas do projeto também devem ser direcionadas para o e-mail cursos@edti.com.br.
419
Exercícios
Descrição do problema
No Banco Mid existe uma área responsável pela abertura de contas para pessoa física. Essa área
está enfrentando grandes dificuldades para aumentar sua lucratividade e aumentar o número de
clientes.
Os clientes estão reclamando do tempo para que a conta corrente seja aberta e comentam nas
reclamações que na concorrência o tempo de abertura e o número de interações com o banco é
muito menor. Muitos clientes cancelam este processo devido a essa insatisfação. Tal cenário gera
desgaste de imagem, perda do cliente/conta e consequentemente, perda financeira, sendo que, a
abertura de contas é um dos principais produtos do Banco Mid e a principal porta de entrada de
clientes. A média mensal de abertura de contas é de 300 contas.
Hoje o longo ciclo na abertura de contas correntes vem sendo evidenciado através da insatisfação
de clientes internos e externos, do retrabalho, além dos custos adicionais agregados ao processo.
Entre os procedimentos desse processo existem diversos gargalos, sendo que, um grave problema
encontrado em uma análise preliminar, foi a existência de longos períodos sem nenhuma atuação
entre diferentes etapas. Diariamente as propostas ficam aguardando para serem enviadas no dia
seguinte, para o gerente aprovar a abertura da conta.
Seu time representa uma nova gerencia que foi trazida para tornar o processo de abertura de
contas um sucesso, tendo em vista gerar aumento da satisfação dos clientes e tornar o Banco Mid
em um dos líderes do mercado
Dados e metas
Hoje, mensalmente, o banco Mid abre em média 300 novas contas. A meta estabelecida pelo Banco
é que cada conta seja aberta em até 36 horas corridas. Estima-se que aproximadamente 40% das
contas são abertas acima deste tempo.
Os processos de abertura com mais 36 horas para serem finalizados custam R$ 200,00 a mais do
que os processos que gastam menos de 36 horas. Esse valor inclui tempo de sistema, tempo de
trabalho de funcionários e prejuízos com cancelamentos.
O Patrocinador do projeto definiu como objetivo desse projeto reduzir esse percentual de 40% para
menos de 10%, visando otimizar o processo de abertura de contas para pessoa física. Outra meta
definida, é reduzir o número de reclamações em pelo menos 50%. Como restrição, o patrocinador
definiu não aumentar as despesas e recursos da área, além da manutenção do volume atual de
abertura de contas.
420
Exercícios
Descrição do processo
O processo de abertura de conta corrente se inicia quando o cliente solicita a abertura da conta
em alguma das agências do banco. A partir dessa solicitação, o atendente realiza o cadastramento
da conta. Após esse cadastro o sistema verifica o CPF do cliente e, caso este não exista, esteja
cancelado, suspenso ou nulo, a conta não é aberta.
Uma vez cadastrada, a conta passa para a aprovação do gerente e pelo departamento de inspeção.
Na hipótese de existir alguma inconsistência nas informações fornecidas pelo cliente, uma análise
mais detalhada é realizada pela área de análise de fraude.
Contrato de projeto
Patrocinador:
Líder da Equipe:
Demais integrantes:
Contexto/ descrição:
Problema:
Business case:
421
Exercícios
S I P O C
422
Exercícios
PLAN
Perguntas Predições
1. O tempo de implementação está estável?
2. Qual o percentual de contas abertas fora do tempo especificado?
3. Qual a taxa média de reclamações?
4. O número de reclamações está estável?
Plano de coleta
Será amostrado diariamente, durante 6 meses, processos de abertura de conta. Será observado o
tempo total de cada processo. Esse tempo se inicia após a solicitação de abertura da conta corrente
pelo cliente e termina quando a conta é aberta.
Também serão observados durantes 6 meses o número de reclamações semanais referentes ao
processo de abertura de conta.
DO
Os dados do Tempo de Abertura de Conta estão no PDSA 1-Tempo.
Os dados do número de reclamações semanais estão no PDSA 1- Reclamações.
Nada de especial e que mereça registro foi observado durante a coleta dos dados.
STUDY
Complete as análises e responda as perguntas do PLAN.
ACT
Qual a decisão com base nas suas análises.
423
Exercícios
PLAN
Perguntas Predições
1. Existe um efeito de Pareto nos diferentes tipos de reclamações
dos clientes?
2. Quais são as reclamações vitais para melhoria do processo?
Plano de coleta
Serão coletadas 300 reclamações dos últimos 6 meses de operação do processo de abertura de
conta. Será observado o tipo de reclamação e a frequência será registrada no respectivo tipo de
reclamação.
DO
Os dados dos tipos de reclamação estão no PDSA 2 – Pareto por tipo de reclamação.
Nada de especial e que mereça registro foi observado durante a coleta dos dados.
STUDY
Complete as análises e responda as perguntas do PLAN.
ACT
Qual a decisão com base nas suas análises.
424
Exercícios
425
Exercícios
Objetivo: Analisar o fluxograma com os tempos e atividades para realizar o processo de abertura de
contas CPF.
PLAN
Perguntas Predições
1. Existem atividades que não agregam valor neste processo?
2. Quanto tempo é perdido com atividades que não agregam valor?
3. Como você sugere aplicar o ECRS para
as atividades do fluxograma?
Plano de coleta
Serão coletados os tempos de cada atividade do processo, através do estudo de tempos padrão.
DO
Os dados estão no arquivo PDSA 4 - Estudo de Tempos do Processo.xlsx.
Nada de especial e que mereça registro foi observado durante a coleta dos dados.
STUDY
Complete as análises e responda as perguntas do PLAN.
ACT
Qual a decisão com base nas suas análises.
426
Exercícios
427
Exercícios
Perguntas Predições
1. Após as mudanças, o tempo de abertura
continua estável?
2. As mudanças nos procedimentos reduziram o
tempo médio de abertura da conta?
3. Qual o percentual de contas abertas após 36
horas após a mudança?
4. As mudanças nos procedimentos diminuirão a
taxa de reclamações?
DO
Os dados do Tempo de Abertura de Conta estão no PDSA 5 – Tempo.
Os dados de reclamações estão no PDSA 5 – Reclamações.
Nada de especial e que mereça registro foi observado durante a coleta dos dados.
STUDY
Complete as análises e responda as perguntas do PLAN.
ACT
Qual a decisão com base nas suas análises.
428
Exercícios
429
Exercícios
Aprendizados
430
Exercícios
Referências
Langley, G.; Moen, R.; Nolan, K.; Nolan, T.;
Norman, C.; Provost, L. (2005) The improvement
Handbook: Models, Methods and Tools for
Improvement. API
Langley, Gerald J.; Moen, Ronald D.; Nolan,
Kevin M.; Nolan, Thomas W.; Norman, Clifford
L.; Provost, Lloyd P. (2011) Modelo de Melhoria.
Mercado de Letras.
Hines, P.; Taylor, D. (2000) Going Lean. A guide
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Center. Cardiff, UK.
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Lloyd P. (1999) Quality Improvent through
Planned Experimentation. McGraw Hill.
Schein, E (2010) Organizational Culture and
Leadership, 4th edition, Jossey-Bass
Scholtes, P.; Joiner, B.; Streibel, B. (2003). The
Team Handbook. Oriel.
Senge, P; et. Al. (1994). A Quinta Disciplina,
Doubleday.
Wheeler, Donald J (2000) Understanding
Variation: The Key to Managing Chaos. SPC
Press.
431
A EDTI, com base em uma longa experiência de tra-
balho de consultoria em diversas indústrias, está ple-
namente capacitada para treinar e orientar equipes
em atividades de melhoria, desenvolver processos de
inovação e dar suporte à análise de dados (inteligên-
cia analítica) para subsidiar decisões de negócios.