Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A maioria dos autores divide esta evolução em três grandes períodos: o da Administração de
Pessoal, o da Gestão de Pessoal e o da Gestão de Recursos Humanos.
O período da Administração de Pessoal situa-se entre o final do século XIX e os anos 50/60 e
engloba as três primeiras fases designadas em 1987, por Besseyre des Horts, como
Administração de Pessoal, Direção das Relações Sociais ou Industriais e Direção das Relações
Humanas (Neves, 2007).
Na primeira fase, localizada entre o início do século XX e a primeira guerra mundial, surge nas
grandes organizações, serviços especializados para tratar de questões sociais (serviço de
recrutamento e serviço de treino), sendo que a maioria das outras questões eram tratadas pela
hierarquia (disciplina, motivação, cumprimento das regras e pagamento) (Neves, 2007).
No período entre as duas Guerras mundiais, correspondente à segunda fase, as relações sociais
tornam-se mais complexas devido ao agravamento dos conflitos socais entre capital e trabalho
e, como consequência, os elementos da gestão do pessoal passam a ser frequentemente
negociados contratualmente com os parceiros sociais, tornando-se necessário às organizações
criar uma função com a finalidade de fazer respeitar a disciplina da organização do trabalho e
administrar o pessoal (Neves, 2007).
No segundo período, o da Gestão de Pessoal (finais da década de 60 até meados da década de 80),
correspondente à quarta fase designada por Besseyre des Horts de Direção de Pessoal, assinala-se a
entrada num novo paradigma sustentado numa lógica qualitativa da GRH e a função pessoal é
dominada por preocupações humanistas, redescobrem-se os interlocutores sociais da empresa e
aposta-se na motivação no trabalho (Serrano, 2010).
Segundo Storey (1995 cit. in Neves, 2007), o conceito de GRH tem sido algo de alguma
controvérsia por três razões fundamentais: o seu significado, o conteúdo das práticas de gestão
e a validade/utilidade. No entanto, qualquer que seja o modelo proposto, este deverá conter os
seguintes princípios: o princípio da unificação (o modelo tem que descrever o fenómeno
diferente), o princípio da estrutura dinâmica (modelo que permita compreender as mudanças
que ocorreram), e o princípio da consistência (a informação deve estar consistente e deve
permitir comparações com as diferentes realidades).