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ERROS COMETIDOS PELOS ALUNOS DA 11a CLASSE NA RESOLUÇÃO DE

INEQUAÇÃO BIQUADRADA-ESTUDO DE CASO ESCOLA SECUNDARIA DE


SANGARIVERA.

Emílio augusto sebastião

RESUMO:

Este artigo é um recorte da monografia, que aborda sobre as análises da investigação


que realizamos sobre erros cometidos pelos alunos da 11a classe na resolução de
inequação biquadratica, onde o estudo de caso foi realizado na escola secundaria de
sangarivera localizada na república de Moçambique no ano 2017.

Inequações biquadrada é um tema que gera dificuldades no trabalho de formação inicial


de professores. Este estudo procurou contribuir para o enfrentamento dessas
dificuldades através da proposição de uma sequência de actividades de sala de aula, cuja
concepção parte da retomada do desenvolvimento do pensamento algébrico e funcional
dos estudantes do curso de licenciatura em matemática. A ideia da construção dessa
sequência de actividades é conectar e integrar, no processo de ensino, diferentes
possibilidades de actuação didáctico-pedagógica sobre as dificuldades na aprendizagem
das inequações identificadas a partir da literatura especializada.

Os dados que nos permitiram construir uma resposta fundamentada para a questão de
pesquisa foram colectados principalmente através de cadernos de aula contendo as
formas de resolução das questões que compunham as diferentes actividades realizadas
pelos alunos, das notas de campo do pesquisador e, complementarmente, da gravação
das aulas em vídeo. As análises nos levaram a concluir que o impacto foi positivo,
porém limitado a alguns aspectos da aprendizagem sobre o tema.

Palavras-chave: Inequações biquadrada, análise, dificuldades.

Graduado no curso de matemática pela universidade Eduardo Mondlane - Moçambique (UEM).


INTRODUCAO

Ao longo de minha trajetória profissional sempre estive motivado, preocupado e


actuante diante das questões da educação matemática, buscando soluções para os
problemas trazidos por meus alunos e para os problemas decorrentes das reflexões
críticas que faço sobre a minha prática docente, tanto na Licenciatura como nos níveis
de Ensino Fundamental e Médio.

Durante esta trajectória Sempre acreditando na possibilidade de melhorar minha


actuação na Educação Básica, em sincronia com o planejamento e execução de acções
efectivas no processo de formação de professores na Licenciatura, percebi que precisava
ir além das reflexões mais ou menos intuitivas, que desenvolvia até então, sobre as
questões que se apresentavam na minha prática docente. Nesse sentido, comecei a
perceber que o avanço nas minhas reflexões sobre a prática demandava um trabalho
sistemático, que aborda-se sobre as inequação biquadratica.

O tema escolhido ─ estudo das inequações biquadratica ─ sempre me deixou intrigado


quanto à necessidade de um trabalho especial visando seu ensino, uma vez que as
dificuldades de alunos e professores relativas a ele são perceptíveis mesmo a partir de
uma observação.

A minha preocupação pelo tema parte através da analise do manual disponibilizado pelo
ministério da educação e desenvolvimento, humano assim como das pesquisa feitas com
relação a inequação biquadratica. Estas pesquisas mostrara a fraca contextualização
deste conteúdo, que na verdade tornasse um problema para matemática em geral, pelo
facto deste conteúdo ser a bsa para a aprendizagem de conteúdos posteriores.

Segungo Zucula (2012) Quando os alunos terminam o ensino médio, tem-se a


expectativa de que eles tenham desenvolvido suas capacidades de pensar e aplicar
raciocínios numéricos, espaciais, algébricos, lógicos, gráficos e estatísticos. Essa
capacidade desenvolve-se ao longo do tempo e relaciona-se directamente às
experiências pelas quais eles irão passar e aos diversos tipos de pensamento que estão
associados aos diferentes campos da Matemática, que deverão ser trabalhados de forma
integrada e organizados num grau crescente de complexidade.
METODOLOGIA

Para uma melhor análise das dificuldades, erros e concepções alternativas apresentadas
pelos alunos na resolução de inequações biquadraticas, recorreu-se a uma abordagem da
investigação qualitativa, utilizando como instrumentos de recolha de dados a análise
documental (Plano Curricular do Ensino Secundário Geral (PCESG), Programa de
Matemática do 2º Ciclo e livros didáticos de Matemática da 11ª classe Logman )
,observação de aulas e aplicação de um instrumento investigativo contendo seis (5)
inequações

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para realização desta pesquisa elaborou-se 5 questão, no qual 2 questão era de equação
quadrática e 3 questão era de inequação biquadratica e para efectuar a pesquisa
seleccionou 32 alunos da 11classe na escola secundaria de sangarivera.

Durante a pesquisa percebeu-se que 18 alunos não conseguiam resolver as equação


quadráticas correctamente e os 12 alunos restante tinham domínio de resolução de
equação quadrática mais não tinham noção de como começaram resolver uma
inequação biquadratica tendo assim dificuldade na transformação de inequação
biquadratica para equação quadrática

Com esta questão, o objetivo era o de descrever os tipos de dificuldades, erros e


concepções alternativas apresentadas pelos alunos na resolução deste tipo de inequação.
Ataraves destas questão constatamos que os erros dos alunos, na resolução das
inequação biquadraticas são gerados devido a resolução automática e mecânica. Este
autor acredita também que estes erros cometidos na resolução das inequação
biquadraticas estas ancorados a dificuldades que os alunos trazem das classe anterior. E
que è impossível ensinar inequação biquadratica a um aluno que não tem domínio de
uma equação quadrática, porque a equação quadrática è a via de acesso para a resolução
de uma inequação biquadratica.

A inequação biquadratica tornasse um conteúdo dedicado pelo fato de associar


conteúdos como equação quadrática, inequação exponesial e estudo de sinal. Esta
associação leva a pensar que as dificuldades do aprendizado deste conteúdo pode ser
proporcionado pelo fraco domínio destes conteúdo desenvolvido pelos alunos na classe
anterior.

Dessa forma, entendendo que o pensamento algébrico não é algo que surge
naturalmente no quotidiano do estudante e é, comummente, desenvolvido no ambiente
escolar, vemos que a intervenção do professor é fundamental nesse processo

Para um bom avanso do aprendizado das inequação biquadratica os professores devem


aplicar rigorosamente o, o ensino das equação quadrática, e esta aplicação devera ser
efetuada de diferentes representação, nomeadamente: representação gráfica,
representação algébrica. E acrescenta o autor dizendo que estas diferentes
representações da resolução de equação ajuda o aluno a evitar analogia improprias para
resolução de inequação biquadraticas.

Conclusão

Após análise dos estudos consideramos que uma das origens das dificuldades dos
alunos, no estudo de inequações, está no processo de ensino-aprendizagem que
privilegia o aspecto algorítmico em detrimento do aspecto conceitual (conceitos,
propriedades e princípios).

Apesar da maioria dos alunos ter usado a RA (58%) apresentam maiores dificuldades
motivados pela manipulação incorreta da representação algébrica. Esperamos que este
estudo contribua para a investigação em Educação Matemática de maneira que
avancemos na qualidade da educação no país e no mundo em geral do ponto de vista da
melhoria da aprendizagem na mesma área. O uso das diferentes representações,
nomeadamente: algébrica, gráfica e numérica, de uma forma combinada no ensino de
inequações poderá permitir que os alunos aprendam a resolver, de várias maneiras,
problemas relacionados com inequações biquadratica. Os professores, trabalhando
simultaneamente com equações e inequações (mesmo que antes disso tenham
trabalhado sequencialmente com equações e depois com inequações), fazendo um
paralelo na tentativa de evitar analogias inapropriadas entre os procedimentos de
resolução desses dois conteúdos matemáticos, usando um quadro comparativo,
espelhando semelhanças e diferenças poderão minimizar as dificuldades dos alunos na
aprendizagem deste conteúdo matemático.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HUILLET. DA. Analytical or graphical resolution? The inequalities case. Proceedindins


of the 2nd National Congress of Association for Mathematics Education of South
Africa: Cape Town, p. 79-89, 1996.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Programa de Matemática do ensino


secundário, 2º ciclo. Maputo: Moçambique, 2009.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA (MEC) E INSTITUTO NACIONAL


DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (INDE). Plano Curricular do Ensino
Secundário

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