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LUMIAR-MA
Comum aos Cargos de Professor:
• Professor da Educação Inclusiva ( Atendimento
Educacional Especializado)
• Professor da Educação Infantil
• Professor do Ensino Fundamental (1 ao 5 ano)
Anos Iniciais
• Professor de 6 ao 9 Ano - Matemática,
Português, Inglês e Ciências
• Professor de Educação Básica - Filosofia, História,
Geografia, Educação Física e Artes
• Professor Interprete de Libras
Concurso Público Edital Nº 001/2018
DZ012-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Conhecimentos Pedagógicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial
Leandro Filho
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Conhecimentos Pedagógicos
Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96: antecedentes históricos, limites e perspectivas;............................. 01
Gestão e financiamento da educação pública;............................................................................................................................................. 18
Tendências e Concepções Pedagógicas;.......................................................................................................................................................... 20
Projeto Politico Pedagógico................................................................................................................................................................................. 27
Políticas de valorização dos profissionais de educação no Brasil;........................................................................................................ 31
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica;....................................................................................................................... 32
Educação de Jovens e Adultos e Educação Indígena: legislação, estrutura e organização;....................................................... 32
Ensino Fundamental: estrutura, organização e Diretrizes Curriculares............................................................................................... 35
Educação Infantil: diretrizes políticas, desafios e implantação das Diretrizes Curriculares; ....................................................... 37
Sistemas Nacionais de Avaliação da Educação............................................................................................................................................. 40
LÍNGUA PORTUGUESA
1
LÍNGUA PORTUGUESA
2
LÍNGUA PORTUGUESA
contar – significado 1
gota – significado 2
conta-gotas – significado 3
3
LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
5
LÍNGUA PORTUGUESA
6
LÍNGUA PORTUGUESA
6. Nas três “considerações” do texto, o cronista preserva, Texto para as questões 10 e 11.
como elemento comum, a idéia de que a sensação de
esplendor: “A triste verdade é que passei as férias no calçadão
a) ocorre de maneira súbita, acidental e efêmera; do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho
b) é uma reação mecânica dos nossos sentidos penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em
estimulados; calçadão, embora deva confessar que o meu momento
c) decorre da predisposição de quem está apaixonado; calçadônido mais alegre é quando, já no caminho de volta,
d) projeta-se além dos limites físicos do que a motivou; vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua
e) resulta da imaginação com que alguém vê a si onde finalmente terminarei o programa-saúde do dia. Sou,
mesmo. digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente
fica igual a carro usado, é a suspensão, é a embreagem, é o
7. Atente para as seguintes afirmações: radiador, é o contraplano do rolabrequim, é o contrafarto do
I - O esplendor do pavão e o da obra de arte implicam mesocárdio epidítico, a falta da serotorpina folimolecular,
algum grau de ilusão. é o que mecânicos e médicos disseram. Aí, para conseguir
II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. Andar
atributo do ser amado. é bom para mim, digo sem muita convicção a meus
III - O aparente despojamento da obra de arte oculta entediados botões, é bom para todos.”
os recursos complexos de sua elaboração. (João Ubaldo Ribeiro,O Estado de S. Paulo, 6/8/95)
De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas:
a) as afirmações I e III estão corretas; 10. No período que se inicia em “Depois dos 50...”, o
b) as afirmações I e II estão corretas; uso de termos (já existentes ou inventados) referentes a
c) as afirmações II e III estão corretas; áreas diversas tem como resultado:
d) a afirmação I está correta; a) um tom de melancolia, pela aproximação entre um
e) a afirmação II está correta. carro usado e um homem doente;
b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da
Texto para as questões 8 e 9. medicina e da mecânica;
c) uma certa confusão no espírito do leitor, devido à
“Em nossa última conversa, dizia-me o grande apresentação de termos novos e desconhecidos;
amigo que não esperava viver muito tempo, por ser um d) a invenção de uma metalinguagem, pelo uso de
“cardisplicente”. termos médicos em lugar de expressões corriqueiras;
e) a criação de uma metáfora existencial, pela oposição
– O quê? entre o ser humano e objetos.
– Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio
coração. 11. Na frase “Aí, para conseguir ir segurando a barra,
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário. vou acatando os conselhos...”. Aí será corretamente
– “Cardisplicente” não existe, você inventou – triunfei. substituído, de acordo com seu sentido no texto, por:
– Mas seu eu inventei, como é que não existe? – a) Nesse lugar
espantou-se o meu amigo. b) Nesse instante
Semanas depois deixou em saudades fundas c) Contudo
companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom d) Em conseqüência
coração não deveriam ser cardisplicentes.” e) Ao contrário
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LÍNGUA PORTUGUESA
12. A prosopopéia, figura que se observa no verso c) Apesar de efêmera e descartável, a gíria é um barato
“Sinto o canto da noite na boca do vento”, ocorre em: que enriquece o idioma.
a) “A vida é uma ópera e uma grande ópera.” d) “A gíria enriquece tanto a linguagem como o poder
b) “Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de de interação entre as comunidades. Sacou?!”
‘Tormentório’, os portugueses apelidaram-no de ‘Boa e) O economista começou a falar em indexação,
Esperança’.” quando rolava um papo super cabeça sobre babados mil.
c) “Uma talhada de melancia, com seus alegres
caroços.” (Exercícios retirados de http://soldosana.blogspot.com.
d) “Oh! eu quero viver, beber perfumes, Na flor silvestre, br/2012/03/simulado-portugues-iii-20-questoes-com.html)
que embalsama os ares.”
e) “A felicidade é como a pluma...” GABARITO
13. 01. C
Folha: De todos os ditados envolvendo o seu nome, 02. B
qual o que mais lhe agrada? 03. B
Satã: O diabo ri por último. 04. A
Folha: Riu por último. 05. E
Satã: Se é por último, o verbo não pode vir no passado. 06. C
(O Inimigo Cósmico, Folha de S. Paulo, 3/9/95) 07. D
08. C
Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado 09. E
o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em: 10. B
a) Romário recebe a bola e chuta. Gooool! 11. C
b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e dá o brado de 12. C
independência.
13. E
c) Todo dia ela fez tudo sempre igual.
14. E
d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
15. B
quadrados dos catetos.
e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para
almoçar contigo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- OXÍTONAS: palavras que apresentam a última sílaba Algumas palavras são acentuadas ou pronunciadas de
tônica, tais como jacaré, também, amor, rapaz. maneira equivocada, não respeitando sua tonicidade. É o
que chamamos de erros de entonação ou de prosódia, e que
- PAROXÍTONAS: Paroxítona significa literalmente, geralmente transformam paroxítonas em proparoxítonas:
“ao lado da oxítona”, e são as palavras que possuem a
penúltima sílaba tônica, como táxi, caráter, heroico, porta.
Vale destacar que a língua portuguesa é basicamente Correto Errado
paroxítona, devido à maior quantidade de palavras com rubrica rúbrica
essa característica.
recorde récorde
-PROPAROXÍTONAS: fenômeno menos comum, são libido líbido
as palavras que apresentam a antepenúltima sílaba tônica. pudico púdico
Alguns exemplos de proparoxítonas: exército, pêndulo,
quilômetro. filantropo filântropo
A Língua Portuguesa também apresenta palavras com
uma única sílaba, as quais chamamos de monossílabos. PROPAROXÍTONAS
Estes são pronunciados com menor ou maior ênfase e, por
isso, podem ser átonos ou tônicos: Por se tratar de um fenômeno mais raro de
entonação das palavras, temos a tendência de pronunciar
- Monossílabos átonos: sãos os enunciados com erroneamente as palavras com a antepenúltima sílaba
tônica. Por isso mesmo todas as proparoxítonas devem ser
menor intensidade e, por serem constituídos por uma
acentuadas para evitar esse equívoco.
única sílaba, são dependentes foneticamente da palavra a
qual se apoiam, tornando-se praticamente uma sílaba da Exemplos:
mesma. As preposições, conjunções, artigos e pronomes xícara, úmido, colocávamos, término, lógico.
oblíquos átonos integram esse grupo. Vejamos as palavras Obs. Caso a vogal tônica for fechada ou nasal usa-se o
“amá-lo”. O pronome oblíquo “lo” é átono e é acoplado acento circunflexo:
foneticamente á palavra amar. côncavo, estômago, sonâmbulo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Como era Como é agora O Novo Acordo Ortográfico do Português aboliu alguns
acentos diferenciais, tais como em pelo (preposição) e pêlo
heróico heroico (substantivo), pára (verbos) e para (preposição):
idéia ideia O pelo do gato está crescendo muito.
Vá pelo caminho mais curto.
jibóia jiboia Ele para para pensar.
apóia apoia
paranóico paranoico TREMA
ACENTUAÇÃO DOS HIATOS O trema, sinal de dois pontos usado sobre a letra “u”,
era utilizado para marcar a pronúncia da vogal em palavras
Chamamos de hiato o encontro de duas vogais em marcadas pelo encontro vocálico, tais como “lingüiça” e
uma palavra que, no entanto, não fazem parte da mesma “freqüentar”. Entretanto, segundo a Nova Ortografia, não
sílaba. A maior parte dos hiatos não são acentuados, mas se deve mais usar essa marcação. A partir de agora as
alguns levam acento para evitar erros de pronúncia. palavras são assim grafadas:
Acentuam-se as vogais “i” e “u” que formam hiato com Frequentar, linguiça, linguística, bilíngue, cinquenta,
a sílaba anterior: aguentar.
cafeína
balaústre
saúde EXERCÍCIOS
saída
saúva 1. (EPCAR) Assinale a série em que todos os
vocábulos devem receber acento gráfico:
No entanto, há uma exceção. Não são acentuados os a) Troia, item, Venus
hiatos seguidos por dígrafo “nh”, tal como rainha, moinho, b) hifen, estrategia, albuns
ruim, amendoim, ainda. c) apoio (subst.), reune, faisca
Também evitamos acentuação em hiatos que não d) nivel, orgão, tupi
formam sílaba com letra diferente de “s”, como em juiz, e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu
cair, sair, contribuiu.
Segundo o Novo Acordo Ortográfico do Português, 2. (BB) Opção correta:
não são mais acentuados os hiatos que vêm após ditongos: a) eclípse
baiuca, feiura, bocaiuva. Também os “ôos” e “êes” não b) juíz
levam mais acento: enjoo, voo, creem, veem.
c) agôsto
d) saída
EMPREGO do TIL
e) intúito
O til [~] é um sinal e não um acento. No Português o til
3. (BB) “Alem do trem, voces tem onibus, taxis e
aparece sobre as vogais “a” e “o” para indicar nasalização,
aviões”.
som que sai pela boca e nariz. Tal sinal não se sobrepõe em
a) 5 acentos
sílabas tônicas somente, podendo também estar em sílabas
b) 4 acentos
pretônicas ou átonas: Exemplos: órgão, órfã, balõezinhos…
c) 3 acentos
d) 2 acentos
O ACENTO DIFERENCIAL
e) 1 acento
Como o próprio nome diz, o acento diferencial tem
4. (BB) Monossílabo tônico:
como função marcar uma diferença. Há muitas palavras no
a) o
português que são homógrafas, ou seja, que possuem a
b) lhe
mesma grafia e, por isso, é necessário um sinal distintivo
c) e
para que não surjam equívocos. Vejamos:
d) luz
e) com
a) Pôde – Pretérito perfeito do indicativo
Pode – Presente do indicativo
5. (BB) Leva acento:
a) pêso
b) Pôr – Verbo
b) pôde
Por – preposição
c) êste
d) tôda
É facultativo o uso do acento diferencial para distinguir
e) cêdo
as palavras forma e fôrma. Imagine a frase: qual a forma da
fôrma de torta que você comprou?
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LÍNGUA PORTUGUESA
É a área da Gramática que investiga o conceito - abertas: égua, ótimo, mel, égide, molde, colo, hora.
de fonema, seu comportamento e característica capaz
de, numa determinada combinação, criar significados - fechadas: escola, eficiente, horário, orifício, último.
diferentes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos: 10. Dadas as palavras: tung-stê-nio / bis-a-vô / du-
a) um ditongo e-lo, constatamos que a separação silábica está correta:
b) um tritongo a) apenas n 1
c) um trissílabo b) apenas n 2
d) um oxítono c) apenas n 3
e) um proparoxítono d) em todas as palavras
e) n. d. a.
4. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos
não possui dígrafo: 11. Nas palavras alma, pinto e porque, temos,
a) folha - ficha - lenha - fecho respectivamente:
b) lento - bomba - trinco - algum a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas.
c) águia - queijo - quatro - quero b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
d) descer - cresço - exceto - exsudar c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas.
e) serra - vosso - arrepio - assinar d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas.
e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase
abaixo que contêm, respectivamente, um ditongo oral
12. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
crescente e um hiato. As mágoas de minha mãe, que
a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
sofria em silêncio, jamais foram compreendidas por
mim e meus irmãos. b) as letras são representações gráficas dos fonemas.
a) foram - minha c) a palavra “tosse” possui quatro fonemas.
b) sofria - jamais d) uma única letra pode representar fonemas diferentes.
c) meus - irmãos e) a letra “h” sempre representa um fonema.
d) mãe - silêncio
e) mágoas – compreendidas 13. Todas as palavras abaixo possuem um encontro
vocálico e um encontro consonantal, exceto:
6. Assinale a sequência em que todas as palavras a) destruir.
estão partidas corretamente. b) magnésio.
a) trans-a-tlân-ti-co / fi-el / sub-ro-gar c) adstringente.
b) bis-a-vô / du-e-lo / fo-ga-réu d) pneu.
c) sub-lin-gual / bis-ne-to / de-ses-pe-rar e) autóctone.
d) des-li-gar / sub-ju-gar / sub-scre-ver
e) cis-an-di-no / es-pé-cie / a-teu 14. A série em que todas as palavras apresentam
dígrafo é:
7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a a) assinar / bocadinho / arredores.
separação silábica está corretamente efetuada em
b) residência / pingue-pongue / dicionário.
ambos os vocábulos das opções:
c) digno / decifrar / dissesse.
a) to-cas-sem, res-pon-dia
b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am d) dizer / holandês / groenlandeses.
c) po-e-me-to, pré-dio e) futebolísticos / diligentes / comparecimento.
d) ru-i-vo, pe-rí-o-do
e) do-is, pau-sas 15. Verificamos a presença de um hiato em:
a) entendia.
8. Assinale a alternativa que não apresenta todas as b) trabalho.
palavras separadas corretamente. c) conjeturou.
a) de-se-nho, po-vo-ou, fan-ta-si-a, mi-lhões d) mais.
b) di-á-rio, a-dul-tos, can-tos, pla-ne-ta e) saguão.
c) per-so-na-gens, po-lí-cia, ma-gia, i-ni-ci-ou
d) con-se-guir, di-nhei-ro, en-con-trei, ar-gu-men-tou 16. A alternativa que apresenta certa dificuldade de
e) pais, li-ga-ção, a-pre-sen-ta-do, au-tên-ti-co distinção entre ditongo crescente e hiato é:
a) pai-saúde-mau-juízo.
9. Dadas as palavras: Sub-ter-râ-neo / su-bes-ti-mar b) Saara-preencher-cruel-doer.
/ trans-tor-no, constatamos que a separação silábica c) faísca-degrau-chapéu-vôo.
está correta: d) piada-miolo-poente-miudeza.
a) apenas n 1;
e) frear-foi-saída-rei.
b) apenas n 2;
c) apenas n 1 e 2;
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
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LÍNGUA PORTUGUESA
17. A alternativa que apresenta uma incorreção é: 23. Só não existe hiato em:
a) “chapéu” possui um dígrafo e um ditongo a) atoleiros.
decrescente. b) miaram.
b) “guerreiro” possui dois dígrafos e um ditongo c) ruído.
decrescente. d) defendiam.
c) “mangueira” possui dois dígrafos e um ditongo e) haviam.
decrescente.
d) “enxagüei” possui dois dígrafos e um tritongo. 24. Indique a palavra que tem 5 fonemas:
e) “exato” não possui dígrafos e nem encontro vocálico. a) ficha.
b) molhado.
c) guerra.
18. A alternativa em que as letras sublinhadas d) fixo.
nas palavras constituem, respectivamente, dígrafo e e) hulha.
encontro consonantal é: 25. Assinale o vocábulo com ditongo nasal
a) exceção / étnico decrescente:
b) banho / desça a) quando.
c) seguir / nascimento b) zangou.
d) aquático / psicologia c) misteriosos.
e) occipital / represa d) vitória.
e) moravam.
19. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e
assinale a única afirmativa incorreta: 26. A palavra “charuto” apresenta:
a) na palavra cãibra ocorre um ditongo nasal a) um dígrafo e seis fonemas.
decrescente. b) um dígrafo e sete fonemas.
b) na palavra frequente ocorre um ditongo oral c) sete letras e sete fonemas.
crescente. d) sete letras e dois dígrafos.
c) na palavra radiouvinte ocorre um tritongo oral. e) sete letras e cinco fonemas.
d) na palavra pneumonia ocorrem um ditongo
decrescente e um hiato. 27. Marque o item que apresenta erro na divisão
e) na palavra zoologia ocorrem dois hiatos. silábica:
a) téc-ni-co
20. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e b) de-ce-pção
assinale a única afirmativa incorreta: c) ad-jun-to
a) a palavra discente tem dígrafo consonantal e um d) con-fec-ção
dígrafo vocálico. e) obs-tá-cu-lo
b) a palavra entranhas tem um dígrafo vocálico e um
dígrafo consonantal. (Exercícios retirados de http://www.mundovestibular.
c) a palavra também tem dois dígrafos vocálicos. com.br/articles/5965/1/Exercicios-de-Fonetica/
d) a palavra tranquilo tem um dígrafo vocálico e não Paacutegina1.html)
apresenta dígrafo consonantal.
e) a palavra borracha tem dois dígrafos consonantais.
GABARITO
21. O vocábulo cujo número de letras é igual ao
número de fonemas está em: 1 E
a) sucedida. 2 B
b) habitando. 3 A
c) grandes. 4 C
d) espinhos. 5 E
e) ressoou. 6 C
7 C
22. A palavra que apresenta ditongo crescente é: 8 C
a) acordou. 9D
b) teriam. 10 C
c) noites. 11 C
d) jamais. 12 E
e) quando. 13 C
14 A
15 A
16 D
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LÍNGUA PORTUGUESA
Algumas regras de separação silábica b) Início de frase, período, versos e citações diretas:
Exemplos:
Se sílaba é um grupo de letras que, juntas, “Minha terra tem palmeiras,
constituirão uma unidade sonora, há modos dessas letras Onde canta o Sabiá;
se unirem. Haverá sílabas com mais de uma vogal (ditongos As aves, que aqui gorjeiam,
e tritongos), com dígrafos (ch, nh, lh, rr) e encontros Não gorjeiam como lá.
consonantais (ps, pn). Assim sendo devemos entender as Nosso céu tem mais estrelas,
regras de separação silábica conforme as características de Nossas várzeas têm mais flores,
cada unidade. Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.” (Gonçalves Dias, “Canção
a) Sílabas com encontros vocálicos: Não se separam do Exílio”
ditongos e tritongos. Ex. Moi-ta, a-ve-ri-guou.
Já nos dizia Clarice Lispector: “Amar os outros é a única
b) Sílabas com dígrafos ch, lh, nh, gu, qu: dígrafos salvação individual que conheço: ninguém estará perdido
constituem um único fonema, por isso não devem ser se der amor e às vezes receber amor em troca.”
separados. Ex.: cha-ve, a-lho, que-rer.
Muitos se perguntam qual é o destino da vida. Mas tal
c) Encontros consonantais: quando iniciarem palavras pergunta nem Freud respondeu.
não podem ser separados. Ex.: psi-có-lo-go, pneu-má-ti-
co.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Emprego de iniciais minúsculas A vírgula é um sinal que indica pausa entre orações ou
palavras elencadas. Apresenta a seguintes funções:
a) nomes de dias e meses da semana
Exemplos: a) separar termos de mesma função sintática dentro
terça-feira, domingo, março, dezembro de uma oração:
b) palavras compostas, mesmo as formadas com nome Assim que cheguei, comi, bebi o vinho, dormi um
próprio pouco.
Exemplos:
joão-de-barro, pé de moleque b) Separar um aposto:
c) No meio de nome de obras: Maria, irmã de João, viajou ao Canadá.
Exemplos:
O retrato de um artista quando jovem; Memórias c) Isolar um vocativo:
Póstumas de Brás Cubas Maria, entre agora!
d) Palavras que designam nacionalidade ou origem:
d) Para marcar elipse verbal:
Exemplos:
João comprou duas camisas, eu, três.
catarinense, libanês, franco-alemão, paulista
e) substantivos comuns que acompanham nomes
e) Para indicar expressões explicativas:
próprios: oceano Atlântico, planeta Terra Algumas pessoas estão ficando misantropas, ou seja,
f) Alguns sinais de pontuação, com os dois pontos isolando-se em si mesmas.
Exemplos:
Só desejo uma coisa: que você seja feliz. f) Para separar topônimos frente a datas e
endereços:
Florianópolis, 25 de maio de 2017.
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LÍNGUA PORTUGUESA
17
LÍNGUA PORTUGUESA
Cas-a
Cas-eiro
Cas-amento
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LÍNGUA PORTUGUESA
Imagine se para cada ser referido nas expressões acima - Desinência número-pessoal: indica o número e a
precisássemos criar uma palavra completamente distinta pessoa do verbo.
uma da outra? Jamais lembraríamos de tantos termos. Ex.:
Por isso é válido lembrar: a linguagem é um sistema a) cantas: desinência de 2º pessoa do singular
econômico de comunicação e, assim, reaproveita todos b) cantamos: desinência de 1º pessoa do plural
os seus elementos para “economizar” termos e facilitar c) cantais: desinência de 2º pessoa do plural.
a memorização através de um vocabulário prático.
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LÍNGUA PORTUGUESA
e) Vogal / Consoante de ligação: morfemas cuja função é facilitar a pronúncia de uma palavra (chamamos de motivos
eufônicos, “boa pronúncia”).
Vogal de ligação: Na união do tema com algum sufixo muitas vezes verificamos a presença de uma vogal de ligação.
Ex.; gasômetro, inseticida.
Consoante de ligação: cafeteira.
f) Afixos: são morfemas secundários que se acoplam ao radical a fim de formar palavras derivadas. Dividem-se em:
a) Prefixos: inseridos antes do radical. Ex.: Infeliz, Desfazer, recolocar
b) Sufixos: inseridos depois do radical. Ex.: Felizmente, Beleza, Insensatez.
Palavras existem para nomear os seres que povoam o mundo. Nesse sentido, sempre testemunhamos a formação
de novas palavras, já que de tempos em tempos surgem novos objetos e situações a serem definidas. Há dois processos
de formação das palavras: a derivação e a composição. O que difere essas duas formas é a presença de um único radical
(derivação) ou mais (composição).
Tipos de derivação: quando falamos em derivação estamos tratando de formação de palavras através do auxílio de um
afixo. Assim sendo, temos a derivação prefixal, sufixal, prefixal e sufixal e a parassintética.
Ex.:
Quadro de Prefixos
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) Derivação Sufixal: formação de palavra derivada através da adição de um sufixo, ao fim do radical.
Ex.:
Sufixos – Aumentativo
Sufixo Exemplo
aça, -aço, uça ricaço, dentuça
-alha, -alhão Fornalha, grandalhão,
-anzil corpanzil
-ão, -eirão, Carrão, vozeirão
-aréu fogaréu
Sufixos – Diminutivos
Sufixo Exemplo
- ebre casebre
- ejo vilarejo
- acho riacho
- inho carrinho
- eta saleta
Sufixos – Profissão
Sufixo Exemplo
- ista pianista
- tor instrutor
- eiro porteiro
- ário bibliotecário
- dor vendedor
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
7. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada 14. (UF-MG) Em todas as frases, o termo grifado
resulta de derivação imprópria? exemplifica corretamente o processo de formação de
a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: palavras indicado, exceto em:
a votação. a) derivação parassintética - Onde se viu perversidade
b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto semelhante?
secreto ... Bobagens, bobagens! b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem
c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições percorri.
continuariam sendo uma farsa! c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã, sem falta.
d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se d) derivação sufixal - As moças me achavam maçador,
entenderam. evidentemente.
e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva. e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo pelo
jantar.
8. (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas
são formadas por parassíntese: 15. (UF-MG) Em “O girassol da vida e o passatempo
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer do tempo que passa não brincam nos lagos da lua”, há,
b) solução, passional, corrupção, visionário respectivamente:
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente a) um elemento formado por aglutinação e outro por
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide justaposição
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo b) um elemento formado por justaposição e outro por
aglutinação
9. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, c) dois elementos formados por justaposição
planalto e aguardente são formadas por: d) dois elementos formados por aglutinação
a) derivação e) n.d.a
b) onomatopeia
c) hibridismo 16. (UF-SC) Aponte a alternativa cujas palavras
d) composição são respectivamente formadas por justaposição,
e) prefixação aglutinação e parassíntese:
a) varapau - girassol - enfaixar
10. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das b) pontapé - anoitecer - ajoelhar
palavras não é formada por prefixação: c) maldizer - petróleo - embora
a) readquirir, predestinado, propor d) vaivém - pontiagudo - enfurece
b) irregular, amoral, demover e) penugem - plenilúdio - despedaça
c) remeter, conter, antegozar
d) irrestrito, antípoda, prever 17. (UF SÃO CARLOS) Considerando-se os vocábulos
e) dever, deter, antever seguintes, assinalar a alternativa que indica os pares de
11. (LONDRINA-PR) A palavra resgate é formada derivação regressiva, derivação imprópria e derivação
por derivação: sufixal, precisamente nesta ordem:
a) prefixal embarque
b) sufixal histórico
c) regressiva cruzes!
d) parassintética porquê
e) imprópria fala
sombrio
12. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem a) 2-5, 1-4, 3-6
todas as palavras são de um mesmo radical: b) 1-4, 2-5, 3-6
a) noite, anoitecer, noitada c) 1-5, 3-4, 2-6
b) luz, luzeiro, alumiar d) 2-3, 5-6, 1-4
c) incrível, crente, crer e) 3-6, 2-5, 1-4
d) festa, festeiro, festejar
e) riqueza, ricaço, enriquecer 18. (VUNESP) Em “... gordos irlandeses de rosto
vermelho...” e “... deixa entrever o princípio de
13. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos abaixo uma tatuagem.”, os termos grifados são formados,
está presente um caso de derivação parassintética? respectivamente, a partir de processos de:
a) Lá vem ele, vitorioso do combate. a) derivação prefixal e derivação sufixal
b) Ora, vá plantar batatas! b) composição por aglutinação e derivação prefixal
c) Começou o ataque. c) derivação sufixal e composição por justaposição
d) Assustado, continuou a se distanciar do animal. d) derivação sufixal e derivação prefixal
e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar. e) derivação parassintética e derivação sufixal
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LÍNGUA PORTUGUESA
19. (FURG-RS) A alternativa em que todas as palavras 25. (UF-PR) A formação do vocábulo sublinhado na
são formadas pelo mesmo processo de composição é: expressão “o canto das sereias” é:
a) passatempo - destemido - subnutrido a) composição por justaposição
b) pernilongo - pontiagudo - embora b) derivação regressiva
c) leiteiro - histórico - desgraçado c) derivação prefixal
d) cabisbaixo - pernalta - vaivém d) derivação sufixal
e) planalto - aguardente - passatempo e) palavra primitiva
20. (UNISINOS) O item em que a palavra não está 26. (ES-UBERLÂNDIA) Todos os verbos seguintes são
corretamente classificada quanto ao seu processo de formados por parassíntese (derivação parassintética),
formação é: exceto:
a) ataque - derivação regressiva a) endireitar
b) fornalha - derivação por sufixação b) atormentar
c) acorrentar - derivação parassintética c) enlouquecer
d) antebraço - derivação prefixal d) desvalorizar
e) casebre - derivação imprópria e) soterrar
21. (FUVEST) Nas palavras: atenuado, televisão, 27. (FUVEST) Assinalar a alternativa em que a
percurso temos, respectivamente, os seguintes primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio
processos de formação das palavras: e, a segunda, sufixo formador de substantivo:
a) parassíntese, hibridismo, prefixação a) perfeitamente varrendo
b) aglutinação, justaposição, sufixação b) provavelmente erro
c) sufixação, aglutinação, justaposição c) lentamente explicação
d) justaposição, prefixação, parassíntese d) atrevimento ignorância
e) hibridismo, parassíntese, hibridismo e) proveniente furtado
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LÍNGUA PORTUGUESA
31. (FUVEST) Foram formadas pelo mesmo processo 37. (ETF-SP) Assinalar a alternativa em que as duas
as seguintes palavras: palavras são formadas por parassíntese:
a) vendavais, naufrágios, polêmicas a) indisciplinado - desperdiçar
b) descompõem, desempregados, desejava b) incineração - indescritível
c) estendendo, escritório, espírito c) despedaçar - compostagem
d) quietação, sabonete, nadador d) endeusado - envergonhar
e) religião, irmão, solidão e) descamisado - desonestidade
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LÍNGUA PORTUGUESA
tantivos e os verbos. Entretanto, os seres foram apresentando características diversas e, apesar de fazerem parte de um
mesmo grupo, eram diferentes porque possuíam qualidades diferentes. Por exemplo, há no grupo das flores: as belas e as
feias, as cheirosas, as vermelhas e as azuis. Como distingui-las? A partir dessa questão surgiram os adjetivos, essa classe
de palavras que tem como função qualificar os seres.
Adjetivos são as palavras que designam qualidades, provisórias ou permanentes, qualificando e particularizando os
seres. São satélites de um substantivo expresso ou subtendido, com o qual concordam em gênero e número.
Exemplos:
A casa está perfeita.
Os carros foram considerados adequados para a competição.
Aquela mulher é lindíssima.
Nos exemplos acima percebemos o adjetivo enquanto uma palavra referente ao substantivo, concordando com suas
variações de gênero (masculino e feminino / singular e plural).
belo
feio
frio
quente
azul
verde
inteligente
ignorante
rápido
devagar
gracioso
desajeitado
mau
bom
triste
feliz
- Adjetivos Gentílicos:
Também chamados de adjetivos pátrios, os adjetivos gentílicos designam a origem de um indivíduo de acordo com seu
local de residência ou nascimento. Vejamos os adjetivos gentílicos referentes aos estados brasileiros:
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(Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/portugues/adjetivos-gentilicos-e-patrios)
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LÍNGUA PORTUGUESA
ADJETIVO SIMPLES Formado por um único radical Bonito, esperto, carioca, engraçado
ADJETIVO COMPOSTO Formado por mais de um radical Franco-brasileiro, verde-oliva, amarelo-canário
ADJETIVO PRIMITIVO O que dá origem a outros adjetivos Bela, bom, feliz
Derivados de substantivos, verbos ou de
ADJETIVO DERIVADO Inteligentíssimo, ciumenta, bondoso
outros adjetivos
a) Gênero
Por ser palavra satélite do substantivo, o adjetivo varia seguindo as flexões apresentadas pelo nome. Nesse aspecto, os
adjetivos se dividem em:
A bela moça.
O belo moço.
A tranquila professora.
O tranquilo professor.
A moça feliz.
O aluno feliz.
A competente funcionária.
O competente funcionário.
Caso o adjetivo seja composto, manterá seu caráter uniforme.
O problema político-social invade o Brasil.
A solução político-social é uma utopia.
b) Número: Os adjetivos apresentam variação de número seguindo as flexões numéricas dos substantivos.
O carro novo.
Os carros novos.
O homem feliz.
As mulheres felizes.
A boa mãe.
Os bons pais.
Entretanto, há palavras usadas como adjetivo que são originalmente substantivos. Vejamos o exemplo:
O vinho estava muito agradável. (vinho = substantivo)
Comprei um paletó vinho. (vinho =adjetivo)
Paletó vinho.
Paletós vinho.
Tartaruga ninja
Tartarugas ninja.
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LÍNGUA PORTUGUESA
De astro Sideral
de bispo episcopal EXERCÍCIOS
de boca bucal, oral 1. Assinale a alternativa em que o adjetivo que qualifi-
de bode hircino cao substantivo seja explicativo:
a) dia chuvoso;
de boi bovino
b) água morna;
de bronze brônzeo ou êneo c) moça bonita;
de cabra caprino d) fogo quente;
e) lua cheia.
de cão canino
de carneiro arietino 2. Assinale a alternativa que contém o grupo de adjetivos
gentílicos, relativos a “Japão”, “Três Corações” e “Moscou”:
de cavalo equino, cavalar ou hípico a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita;
de chumbo plúmbeo b) Nipônico,Tricordiano, Soviético;
c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita;
de chuva pluvial ou chuvoso
d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita;
de cidade urbano e) Oriental, Tricardíaco, Soviético.
de cinza cinéreo
3. Ainda sobre os adjetivos gentílicos, diz-se que quem
de criança infantil ou pueril nasce em “Lima”, “Buenos Aires” e “Jerusalém” é:
de cobre cúprico a) Limalho-Portenho-Jerusalense;
b) Limenho-Bonaerense-Hierosolimita;
de coelho cunicular c) Límio-Portenho-Jerusalita;
de dedo digital d) Limenho-Bonaerense-Jerusalita;
e) Limeiro-Bonaerense-Judeu;
de diamante diamantino ou adamantino
de enxofre sulfúrico 4.No trecho “os jovens estão mais ágeis que seus pais”,
de esmeralda esmeraldino temos:
a) um superlativo relativo de superioridade;
de fábrica fabril b) um comparativo de superioridade;
de frente dianteiro c) um superlativo absoluto;
d) um comparativo de igualdade.
de fogo ígneo e) um superlativo analítico de ágil.
de gesso gípseo
de guerra bélico
de hoje hodierno
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LÍNGUA PORTUGUESA
Assim temos: 1. D
a) 1 – 4 – 2 – 3; 2. D
b) 3 – 2 – 1 – 4; 3. B
c) 3 – 1 – 2 – 4; 4. B
d) 3 – 4 – 2 – 1; 5. D
e) 4 – 3 – 1 – 2. 6. A
7. C
6. Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” e “Este 8. A
livro é mais lindo que aquele”, Há os graus comparativos: 9. B
a) de superioridade, respectivamente sintético e analítico; 10. E
b) de superioridade, ambos analíticos;
c) de superioridade, ambos sintéticos;
ADVÉRBIOS
d) relativos;
e) superlativos.
Leia as frases abaixo:
a) João cantou na festa.
7. Selecione a alternativa que completa corretamente as
b) João cantou muito bem na festa.
lacunas da frase apresentada:
“Os acidentados foram encaminhados a diferentes clíni-
cas ____________________” . Percebemos que ainda que se trate da mesma infor-
a) médicas-cirúrgicas; mação (João cantou em uma festa), no segundo exemplo
b) médica-cirúrgicas; os termos destacados apresentam uma circunstância que
c) médico-cirúrgicas; modifica o modo do verbo. Além de cantar, João cantou
d) médicos-cirúrgicas; muito bem.
e) médica-cirúrgicos. Há outras formas desse processo, vejamos:
Ontem recebi flores de meu amado.
8. Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação ao Aqui também há uma modificação de circunstância
substantivo, pode ou não mudar o sentido do enunciado. referente ao verbo “receber”. Através da palavra “ontem”,
Assim, nas frases “Ele é um homem pobre” e “Ele é um po- temporalizamos a ação, inserindo-a em um determinado
bre homem”. contexto. Justamente essa é a função da classe gramatical
a) 1ª fala de um sem recursos materiais; a 2ª fala de um chamada advérbios.
homem infeliz;
b) a 1ª fala de um homem infeliz; a 2ª fala de um ho- Advérbios são palavras invariáveis que modificam e
mem sem recursos materiais; inserem circunstância aos verbos, adjetivos e a outros
c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem advérbios.
fazer referência a questões materiais; Quando falamos em circunstância tratamos dos dife-
d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido rentes contextos em que se pode modificar um verbo, um
de recursos; adjetivo ou outro advérbio. Por isso o advérbio possui uma
e) o homem é infeliz e desprovido de recursos mate- extensa classificação.
riais, em ambas.
9.O item em que a locução adjetiva não corresponde ao CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS:
adjetivo dado é:
a) hibernal - de inverno; a) Advérbios de modo: modo de ação do verbo – bem,
b) filatélico - de folhas; mal, melhor, pior, depressa, devagar, rapidamente e todos
c) discente - de alunos; os adjetivos femininos terminados em -mente.
d) docente - de professor; O carro corria depressa.
e) onírico - de sonho. Joana estava mal na festa.
Por que Maria anda tão devagar?
10. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm O aluno leu lindamente o poema.
uma só forma para os dois gêneros:
a) andaluz, hindu, comum; b) Advérbios de lugar: localizam a ação do verbo –
b) europeu, cortês, feliz; aqui, lá, acolá, longe, fora, dentro, perto, acima, abaixo.
c) fofo, incolor, cru; Aqui neva muito.
d) superior, agrícola, namorador;
e) exemplar, fácil, simples.
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LÍNGUA PORTUGUESA
3. Entende-se por advérbio: Dentre essa regra dos lugares e nomes próprios, há al-
a) Unidade que significa ação ou processo, podendo ex- guns que atraem e outros que repelem o artigo.
pressar o modo, o tempo, a pessoa e o número.
b) Expressão modificadora do verbo, denota uma cir- Nomes de lugares que repelem artigo definido: Por-
cunstância de lugar, tempo, modo, intensidade, condição, tugal, Roma, Atenas, Curitiba, São Paulo, Paris
entre outras, e desempenha, sintaticamente, a função de
adjunto adverbial. b) Também utiliza-se o artigo definido frente a no-
c) Classe de palavras responsável por delimitar ou qua- mes de cidades, quando qualificadas:
lificar o substantivo. A mágica Páris ainda encanta a muitos.
d) Classe que designa os nomes dos objetos, pode ser A histórica Roma possui ainda seus enigmas.
dividida em próprios e comuns.
e) Palavra anteposta aos substantivos com reduzido va- c) Após a expressão “ambos”: Ambas as alunas foram
lor semântico. advertidas na escola.
Foram entrevistados ambos os políticos.
(Exercícios retirados de http://exercicios.mundoeduca-
cao.bol.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre- c) Determinando numeral na construção formada
-adverbio.htm) por TODO + Numeral + Substantivo: Todas as quinze
alunas foram ouvidas.
GABARITO
d) Após os pronomes TODO/TODA, a fim de indicar
1d totalidade: Toda a cidade será reconstruída.
2a Vale destacar que sem esse artigo o mesmo pronome
3b denota “qualquer um”. Ex.: Todo homem é mortal.
Também é utilizado o artigo definido nas seguintes si-
ARTIGO tuações:
Chamamos de artigo as palavras que se antepõem ao e) Frente as estações do ano: A primavera está quase
substantivo, indicando seu gênero e número, além de de- chegando. Ele não gosta do Outono.
terminá-lo ou generalizá-lo. São classificados em defini-
dos e indefinidos: f) Antecedendo o adjetivo no grau superlativo rela-
tivo: João comprou os mais belos livros para Maria.
a) Artigos definidos: o, a, os, as. Possuem a função de
satélite do substantivo, determinando-o e inserindo-o num g) Em frente a palavra “outro”, determinando-o:
contexto já conhecido pelo leitor ou ouvinte, indicado fa- João tem duas alunas: Maria e Lúcia. Maria é aplicada e a
miliaridade. outra nem tanto.
Exemplos:
A discussão a respeito do cenário político atual ainda h) Com expressões de medida: A maçã custa cinco
persiste. reais o quilo.
O funcionário da empresa foi contratado para sanar a
crise. Não utilizamos o artigo definido nos seguintes con-
Nos exemplos acima, além de informar o gênero (fe- textos:
minino/masculino) e número (singular/plural), o artigo de-
termina o nome, pressupondo um conhecimento anterior. a) antes de meses do ano:
Março chegou com muita chuva.
b) Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas. Denotam
serem indefinidos, não identificáveis através do discurso. b) antes de pronomes de tratamento iniciados por
Além do mais, uma das funções desse tipo de artigo é in- pronomes possessivos
serir o substantivo como um simples representante de de- Vossa Senhoria não entendeu a questão.
terminado grupo:
Uma mulher foi encontrada dentro de um trem aban- c) antes de expressões que indicam matéria de es-
donado. tudo:
Contratou-se mais um funcionário na empresa. Vou estudar Matemática para a avaliação.
Já nas frases acima, apesar das informações de gênero e
número, o artigo não denota familiaridade do substantivo Importante!
acompanhado, inserindo-o numa relação de indistinção. Em algumas construções o uso do artigo definido é
facultativo, tais como em:
Utilizamos o artigo definido nas seguintes situações:
a) Com nomes próprios ligados a lugares: O Brasil é * Antes dos pronomes possessivos seu, sua: O seu
um país lindo. carro foi consertado.
A Bahia é minha terra natal. A sua sala está linda!
Atenção!
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Antes de nomes próprios de pessoas: Maria saiu / 2. (Uberlândia) Em uma destas frases, o artigo defi-
A Maria saiu. nido está empregado erradamente. Em qual? a) A velha
Vale ressaltar que neste caso, o artigo definido denota Roma está sendo modernizada.
familiaridade com a pessoa mencionada. b) A “Paraíba” é uma bela fragata.
c) Não reconheço agora a Lisboa de meu tempo.
Formas combinadas do artigo definido d) O gato escaldado tem medo de água fria.
É possível um artigo contrair-se a uma preposição, e) O Havre é um porto de muito movimento.
quando ocupa função de complemento ou adjunto:
(Exercícios retirados de https://cursinhodapoliusp.files.
Artigo wordpress.com/2012/05/lista-de-exercc3adcios-pron-art-
-e-num.pdf)
Preposições o a os aas
a ao às aos às GABARITO
de do das dos das
1-b
em no na nos nas 2-d
pe-
por pelo pela pelas SUBSTANTIVO
los
Substantivos são as palavras que dão nomes aos se-
USO DOS ARTIGOS INDEFINIDOS
res, sentimentos, lugares, qualidades, lugares etc…Devido
Neste caso, é sempre usado para marcar aproximação,
a essa função de nomeação, afirma-se que os substantivos
sem informação exata, tal como em:
são núcleo de um sintagma nominal, cujos satélites são os
a) aproximação numérica: Devo ter economizado uns
adjetivos, artigos, numerais e pronomes. Ou seja, o subs-
cinquenta reais.
tantivo determina a variação de gênero e número dessas
b) indicando pares de objetos: Comprei umas botas
outras classes gramaticais:
confortáveis.
Ex. [A minha bela filha] foi promovida. - (como o subs-
c) referir-se ao autor no lugar da obra: Meu sonho é tantivo está no singular, as outras classes que o circundam
ver um Picasso de perto. também estão.
d) em comparações: João é um Lord. [As minhas belas filhas] foram promovidas. (aqui as
classes satélites concordam em gênero e número com o
Formas combinadas do artigo indefinido substantivo).
O artigo indefinido por unir-se às preposições em e de. Chamamos a parte entre colchetes de sintagma nomi-
Vejamos: nal, uma vez que é o nome (o substantivo) o núcleo com a
informação semântica predominante.
num numa nuns numas Os substantivos são uma classe variável em gênero,
número e grau.
dum duma duns dumas
1) Tipos de Substantivos
Além do mais, o artigo tem função substantivadora, ou Por ser uma classe tão ampla, divide-se os substantivos
seja, transforma em substantivo qualquer classe gramatical em: comum, próprio, simples, composto, primitivo, deriva-
que anteceder. do, concreto, abstrato e coletivo.
Ele quer viver. (verbo)
Eu não sei o que é o viver (substantivo). a) Substantivo Comum: designam os seres integrantes
da mesma espécie de modo genérico.
Ex.: gente, trabalhador, aluno, funcionário, pedra.
EXERCÍCIOS
b) Substantivo Próprio: iniciados por letra maiúscu-
1. (ITA) Determine o caso em que o artigo tem valor la, são os substantivos que particularizam os seres de uma
qualificativo: mesma espécie.
a) Estes são os candidatos que lhe falei. Ex.: Paulo, Brasil, Jorge Amado, Vidas Secas.
b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho. c) Substantivo simples: aquele que possui um único
d) Os problemas que o afligem não me deixam descui- radical.
dado. Ex.: chuva, guarda, moleque, cabeça
e) Muito é a procura; pouca é a oferta.
d) Substantivo composto: o substantivo que possui
mais de um radical, formado por duas ou mais palavras.
Ex.: guarda-chuva, quebra-cabeça, guarda-roupa.
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c) substantivos terminados em -r, -z e -n: acrescen- - Poucas palavras substituem “ão” por “ães”:
ta-se “es”: Ex.: Alemão – alemães
Ex.:Cartaz – cartazes Capitão – capitães
Algoz – algozes Charlatão – charlatães
Caráter – caracteres Capelão – capelães
Feitor – feitores Catalão – catalães
Abdômen – Abdômenes - Todas as paroxítonas e algumas oxítonas acrescentam
apenas o “s”:
d) substantivos terminados em – l: Ex.:Acórdão – Acórdãos
Substantivos terminados em -al, -el, -ol, ul – substitui-se Cidadão – cidadãos
o “l”, por “is”: Cortesão – cortesãos
Ex.: Anzol – anzóis Benção – bençãos
Capinzal – capinzais Órfão – órfãos
Móvel - móveis Órgão – órgãos
Tribunal – tribunais Sótão – sótãos
Substantivos oxítonos terminados em -il: substitui-se o
“l” por “s”: h) Substantivos compostos separados por hífen :
Ex.: Fuzil – fuzis - palavra variável + palavra variável: ambos vão para o
Barril – barris plural.
Funil – funis Ex.: guarda-florestal – guardas-florestais
Civil – civis couve-flor – couves-flores
Canil – canis segunda-feira – segundas-feiras
mão-boba – mãos-bobas
Substantivos paroxítonos terminados por – il: substitui-
-se “il” por “eis”:
- Verbo ou advérbio + substantivo ou adjetivo: apenas
Ex.: Ágil – ágeis
a segunda palavra vai para o plural.
Difícil – difíceis
Fóssil – fósseis
Projétil – projéteis Ex.: Guarda-chuva – guarda-chuvas
Sempre-viva – sempre-vivas
e) Substantivos terminados em -s: Beija-flor – beija-flores
- Quando oxítonos formam plural com o acréscimo de “es”:
Ex.:Ananás – ananases - Palavras repetidas ou onomatopaicas: apenas o se-
Revés – reveses gundo elemento vai para o plural.
Revés – reveses Ex.: Teco-teco – teco-tecos
Pingue-pongue – pingue-pongues
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis:
Ex.: Lápis - Palavras unidas por preposição: apenas o primeiro
Ônibus elemento vai para o plural.
Pires Ex.: Estrela-do-mar – estrelas-do-mar
Atlas - Substantivo + elemento especificador: chamamos de
elemento especificador o substantivo que denota a função
f) Alteração de vogal tônica: alguns substantivos alte- específica do primeiro do substantivo do. Aqui apenas o
ram o timbre quando flexionados no plural. primeiro elemento vai para o plural:
Ex.: Esforço – EsfOrços Ex.: Caneta-tinteiro – canetas-tinteiro
Jogos – JOgos Navio-escola – navios-escola
Imposto – ImpOstos Pombo-correio- pombos-correio.
Reforço – RefOrços
Tijolo – TijOlos
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INTERJEIÇÃO
A linguagem é um sistema de comunicação. E quando nos comunicamos com o outro, muitas vezes as palavras e seus
significados são insuficientes, no tocante à expressão das emoções. Aí surgem as interjeições, palavras invariáveis que não
constituem parte essencial numa frase, mas têm como função exprimir sentimentos, emoções, reações do falante. Geral-
mente estão em frases exclamativas.
Exemplos:
Ah! Uh-uh! Ui! (encontros vocálicos)
Nossa! Jesus! (palavras)
Meu pai amado! Que pena! (locuções interjetivas= conjunto de palavras com função de interjeição)
NUMERAL
Numeral é a classe gramatical que indica a quantidade de seres, assim como seu ordenamento em uma determinada
série. É considerado um satélite do substantivo dentro de um sintagma nominal já que determina o número dos nomes e
sua ordem em um enunciado. Veja os exemplos:
a) Encontrei dois gatos no acampamento.
b) É para ingerir um terço da medicação.
c) Joana ficou em terceiro lugar no concurso.
Classificação dos numerais
c) Numerais multiplicativos: determinam a quantidade de vezes que um elemento foi multiplicado, fazendo referência
a um aumento proporcional desse elemento.
Ex.: triplo, quádruplo, cêntuplo.
e) Numerais coletivos: referem-se, no singular, a um conjunto de seres, apresentando um número exato dos mesmos.
Ex.: uma dúzia, uma dezena, um cento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Por ser uma classe gramatical do substantivo, o numeral pode apresentar variação de gênero e número, a fim de esta-
belecer concordância.
a) Variação dos numerais cardinais: os cardinais apresentam pouca variação de gênero, limitando-se aos seguintes
casos: um, uma, dois, duas, e centenas a partir de duzentos, duzentas, trezentos, trezentas etc… Quanto à variação de nú-
mero, verificamos os casos de milhão, milhões, bilhão, bilhões, trilhão, trilhões.
b) Variação dos numerais ordinais: apresentam variação de gênero e número. Ex.: primeiro, primeira, primeiros, pri-
meiras, segundo, segunda, segundos, segundas…
c) Variação dos numerais multiplicativos: são invariáveis quando não se tratar de adjetivos, qualificando um subs-
tantivo.
Ex.: João tem o duplo do salário de Maria. (numeral invariável)
Maria tem dupla função na empresa. (adjetivo variável).
d) Variação dos numerais fracionários: podem apresentar variação de gênero e número, variação esta condicionada
pelo cardinal que anteceder o fracionário.
Ex.: Comprei um quarto do terreno.
Comprei dois quartos do lote.
e) Variação dos numerais coletivos: variam apenas em número. Ex.: uma dúzia, duas dúzias, um cento, dois centos.
EXERCÍCIOS
2) Alguns substantivos ou adjetivos podem ser empregados para indicar quantidades numéricas. Identifique essas pa-
lavras em cada texto e escreva seu significado.
a) Após uma década de perseguição, Maomé e seus seguidores migraram para Medina, a cerca de 300 quilômetros
de Meca. O profeta veio a governar a cidade e, vários anos depois, ele e um pequeno exército de fiéis retornaram a Meca.
(National Geographic)
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LÍNGUA PORTUGUESA
b) Há pouco mais de um século, os imigrantes trou- confissões e declarações possam ser consideradas “Verda-
xeram agitação para a cidade de São Paulo. Sua grande de “ pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma
riqueza é a sua diversidade cultural, constituída de mais de pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais
70 grupos étnicos e nacionais. (Folha de S. Paulo) se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente
c) Numa vaquejada que houve na fazenda vieram todos individualista, que, a princípio, só tem fé em seu próprio
os vaqueiros daquelas bandas. Meu pai matou meia dúzia julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o indi-
de vacas e abriu pipas de vinho branco para quem quisesse vidualismo intelectual e a sede de conhecimento científico
beber. Nunca se tinha dado festa igual.(Graciliano Ramos) apareceram simultaneamente na história e permaneceram
d) A educação indígena diferenciada e bilíngue no Acre inseparáveis desde então. “
(Einstein, in: “O Pensamento Vivo de Einstein”, p. 13
ainda tem um longo caminho a percorrer. A maior parte
e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)
dos professores só leciona do 1º ao 5º ano, mas já há um
grupo ensinando do 6º ao 9º ano.(O Estado de S. Paulo) Observe:
e) Durante o Festival Toonik Tyme, os inuits, habitantes
do ártico canadense, revivem seus costumes milenares. I. “Essa atitude de certo modo religiosa de ‘um’ homem
engajado no trabalho...”
3) (UFPI)Aponte a alternativa em que os numerais estão II. “Pedro comprou ‘um’ jornal”
bem empregados. III. “Maria mora no apartamento ‘um’.”
a) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro. IV. “Quantos namorados você tem?” ‘Um’.
b) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
c) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo pri- A palavra “um” nas frases acima é, no plano morfológi-
meiro. co, respectivamente:
d)Antes do artigo dez vem o artigo nono. a) artigo indefinido em I e numeral em II, III e IV.
e) O artigo vigésimo segundo foi revogado. b) artigo indefinido em I e II e numeral em III e IV.
c) artigo indefinido em I e III e numeral em II e IV.
4) (Unitau) d) artigo indefinido em I, II, III e IV.
“Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e) artigo indefinido em III e IV e numeral em I e II.
e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que
(Exercícios retirados de http://tudodeconcursosevesti-
a simples confissão de nossas convicções pode ser impor- bulares.blogspot.com.br/2013/01/numeral-classificacao-e-
tante, mesmo que essas convicções, como todo julgamen- -flexao.html)
to de valor, não possam ser provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar GABARITO
a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente,
nossos esforços para compreender o universo cognoscí- 1 -Numeral, Artigo, Artigo, Numeral
vel através do pensamento lógico construtivo - como um 2. década(dez anos), século(cem anos), meia dúzia(seis),
objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da bilíngue( duas línguas), milenares(mil anos).
verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, 3-D
de caráter prático, por exemplo? Essa questão não pode 4-B
ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá
considerável influência sobre nosso pensamento e nosso
julgamento moral, desde que se origine numa convicção PREPOSIÇÃO
profunda e inabalável Permitam-me fazer uma confissão:
para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção Preposição é a classe invariável cuja função é ligar dois
e compreensão é um dos objetivos independentes sem os termos entre si, subordinando um ao outro, criando uma
relação de sentido.
quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude
Chamamos de regente o termo que antecede a prepo-
consciente e positiva ante a vida.
sição e regido o que a sucede
Na própria essência de nosso esforço para compreen-
der o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e Ex.:
complexa variedade das experiências humanas, e de, por 1) Esta é uma casa de barro.
outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas hipó- Termo regente: casa
teses básicas. A crença de que esses dois objetivos podem Termo regido: barro
existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nos-
so conhecimento científico, uma questão de fé. Sem essa fé 2) Voltou para casa a pé
eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável acerca Termo regente: casa
do valor independente do conhecimento. Termo regido: pé
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem Podemos perceber nos exemplos acima que, além de
engajado no trabalho científico tem influência sobre toda unir dois termos entre si, as preposições “de” e “a” também
sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da criam uma relação de sentido entre as palavras interliga-
experiência acumulada, e além das regras do pensamento das. No primeiro, “de barro” informa o material do qual é
lógico, não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas feita a casa e, no segundo, o instrumento da caminhada.
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Chamamos de tema a união do radical com a vogal temática, que possui a função de apresentar a conjugação do verbo.
- Verbos de 1º conjugação: (vogal temática a) – cantar, amar, sonhar, falar
- Verbos de 2º conjugação: (vogal temática e) – comer, vender, escreve
- Verbos de 3º conjugação: (vogal temática i) – partir, sorrir, exibir
Observação: verbos como por, compor são considerados de 2º conjugação devido a sua forma arcaica poer.
A conjugação verbal influencia a flexão dos verbos. Vejamos:
3) Modos verbais
Indicam o modo com o qual o falante se posiciona frente a ação verbal. Por isso os modos são:
a) Indicativo: indica certeza, ação certa
b) Subjuntivo: hipótese, dúvida
c) Imperativo: ordem, pedido.
4) Tempos verbais
Os tempos verbais se referem ao tempo em que a ação foi realizada. Surgem nos modos indicativo e subjuntivo.
O modo indicativo, por indicar ação certa, é o que mais apresenta flexões de tempo:
- Presente do Indicativo: o verbo é conjugado no tempo presente em que a ação é feita
- Pretérito Perfeito do Indicativo: ação já foi finalizada em tempo passado.
- Pretérito mais que perfeito do Indicativo – ação foi feita em tempo remoto
- Pretérito Imperfeito do Indicativo – ação tida como hábito no tempo passado
- Futuro do Presente: ação que será realizada no futuro
- Futuro do Pretérito: ação condicionada por outra ação verbal.
- Presente do Indicativo
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5) O Modo Subjuntivo
É o que apresenta a ação verbal enquanto hipótese, dúvida. Apresenta três tempos, o presente do subjuntivo, o imper-
feito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo.
a) Presente do subjuntivo
Indica hipótese e sua construção se dá através da substituição da vogal temática pela vogal de subjuntivo. Em verbos
de primeira conjugação se substitui a vogal temática “a” por “e”, nos verbos de segunda e terceira conjugação se substitui
as vogais “e” e “i” por “a”:
b) Imperfeito do Subjuntivo
c) Futuro do Subjuntivo
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6) Modo Imperativo
O modo imperativo está ligado à ideia de ordem e pedido. Aqui temos o Modo Imperativo Afirmativo e o Imperativo
Negativo. A construção do Imperativo Afirmativo se dá reaproveitando desinências do modo indicativo e subjuntivo. Além
do mais, vale lembrar que este modo não é flexionado na 1º pessoa do singular.
2º pessoa do singular (tu) – presente do indicativo sem o “s”
3º pessoa do singular (você) – presente do subjuntivo
1º pessoa do plural (nós) – presente do subjuntivo
2º pessoal do plural (vós) – presente do indicativo sem o “s”
3º pessoa do plural (vocês) – presente do subjuntivo
Observação: por ser ordem direta não usamos o ele, eles, e sim o você (s), que possui a mesma flexão.
Imperativo Afirmativo
Imperativo Negativo
Presente do Indicativo
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Pretérito Perfeito
Pretérito Imperfeito
Futuro do Presente
c) Principais: em uma locução verbal (conjunto de dois verbos) são os verbos que apresentam a informação principal
referente à ação. Ex.: comprar, amar, vender...
d) Auxiliares: em uma locução verbal, são os verbos com pouco força semântica que apresentam informação gramati-
cal de tempo e pessoa. Ex.: ser, ir, estar…
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Ser
Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que perfeito do In-
dicativo
Sou Fui Fora
És Foste Foras
É Foi Fora
Somos Fomos Fôramos
Sois Fostes Fôreis
São Foram Foram
Estar
Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que perfeito do In-
dicativo
Estou Estive Estivera
Estás Estiveste Estiveras
Está Esteve Estivera
Estamos Estivemos Estivéramos
Estais Estivestes Estivéreis
Estão Estiveram Estiveram
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e) Anômalos: verbos que, quando conjugados, apresentam radicais distintos do radical primitivo.
Ex.: Eu sou, Eu era, Eu Fui…
Ir
Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que perfeito do In-
dicativo
Vou Fui Fora
Vais Foste Foras
Vai Foi Fora
Vamos Fomos Fôramos
Ides Fostes Fôreis
Vão Foram Foram
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f) Defectivos: verbos que não apresentam conjugação completa, em algumas pessoas verbais. Ex,: Polir, banir
g) Abundantes: verbos que apresentam duas formas equivalentes no particípio, uma regular e um
irregular. Ex.: Aceitar = aceito, aceitado
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LÍNGUA PORTUGUESA
c) Pode acontecer mais disso. 06.(FEB) “Ele ___________ o carro a tempo, mas não
Pode – Verbo auxiliar ____________ a irritação e ___________ – se com o outro mo-
Acontecer – verbo principal torista”.
a) freou – conteve – desaveio
b) freiou – conteu – desaveu
c) freou – conteve – desaviu
d) freiou – conteve – desaveio
e) N. D. A.
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Afirmou-se aqui que os pronomes oblíquos cumprem a função de completar o verbo. Entretanto, há verbos que são
transitivos indiretos, ou, seja, que exigem preposição antes do complemento. Assim sendo, vale destacar que alguns pro-
nomes oblíquos substituirão complementos de verbos transitivos diretos (sem preposição) e outros, transitivos indiretos
(com preposição):
Pronomes que substituem objetos diretos (completam verbo sem preposição): o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na,
nos, nas.
Ex.: Comprei o carro. Comprei-o.
Encontraram a menina desaparecida. Encontraram-na.
Pronomes que substituem objetos indiretos (completam verbo com preposição): lhe, te.
Ex.: Enviei ao professor os documentos. Enviei-lhe os documentos.
PRONOMES POSSESSIVOS
Pessoa
Pronome possessivo
verbal
Eu meu, minha (singular); meus, minhas (plural)
Tu teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
Ele, Ela seu, sua (singular); seus, suas (plural)
Nós nosso, nossa (singular); nosso, nossas (plural)
Vós vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
Eles, Elas seu, sua (singular); seus, suas (plural)
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Como indica a denominação, os pronomes demonstrativos têm por função indicar ou localizar algum termo do discurso.
Podem ser variáreis (esse, essa, este, aquela) ou invariáveis (isso, aquilo). Vejamos o quadro.
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PRONOMES DE TRATAMENTO
PRONOMES INDEFINIDOS
Como o próprio nome indica, os pronomes indefinidos sãos aqueles que substituem ou acompanham um substantivo
a partir de uma ideia de indefinição, imprecisão. São empregados na 3º pessoa do discurso. Podem ser variáveis ou inva-
riáveis.
Pronomes Relativos
Ex.: João é o homem que foi contratado pela empresa. (o pronome “que” faz referência a João)
Suzana foi a comissária a qual tranquilizou minha mãe. (“a qual” substituiu Suzana).
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O pronome cujo é variável de gênero (cujo, cuja) e de número (cujos, cujas) e substitui um termo dando uma ideia de
posse.
Ex.: Ela é mãe da aluna. A mãe foi conversar com a diretora.
Ela é a aluna cuja mãe foi conversar com a diretora.
Importante!
PRONOMES INTERROGATIVOS
Ex.: O que você comprou? Comprei meias. (o pronome interrogativo “o que” terá como resposta um substantivo
- “meias”)
EXERCÍCIOS
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de acordo com a norma culta:
a) O diretor mandou eu entrar na sala.
b) Preciso falar consigo o mais rápido possível.
c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei.
d) Ele só sabe elogiar a si mesmo.
e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles.
2. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da língua:
a) Ele entregou um texto para mim corrigir.
b) Para mim, a leitura está fácil.
c) Isto é para eu fazer agora.
d) Não saia sem mim.
e) Entre mim e ele há uma grande diferença.
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LÍNGUA PORTUGUESA
5. (EPCAR) Imagine o pronome entre parênteses no lu- 11. (MACK) Assinale a alternativa que apresenta erro de
gar devido e aponte onde não deve haver próclise: colocação pronominal:
a) Não entristeças. (te) a) Você não devia calar-se.
b) Deus favoreça. (o) b) Não lhe darei qualquer informação.
c) Espero que faças justiça. (se) c) O filho não o atendeu.
d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se) d) Se apresentar-lhe os pêsames, faço-o discretamente.
e) Ninguém faça de rogado. (se) e) Ninguém quer aconselhá-lo.
6. (TTN) Assinale a frase em que a colocação do prono- 12. (EPCAR) O que é pronome interrogativo na frase:
me pessoal oblíquo não obedece às normas do português a) Os que chegaram atrasados farão a prova?
padrão: b) Se não precisas de nós, que vieste fazer aqui?
a) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os c) Quem pode afiançar que seja ele o criminoso?
que tinham mais dinheiro. d) Teria sido o livro que me prometeste?
b) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora a e) Conseguirias tudo que desejas?
vocês oferecerem-na ao chefe.
c) Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam falado 13. (TFT-MA) “O individualismo não a alcança.” A colo-
a meu respeito? cação do pronome átono está em desacordo com a norma
d) Estamos nos sentido desolados: temos prevenido-o culta da língua, na seguinte alteração da passagem acima:
várias vezes e ele não nos escuta. a) O individualismo não a consegue alcançar.
e) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes b) O individualismo não está alcançando-a.
incumbido de difícil missão, mas cumpriste-la com denodo c) O individualismo não a teria alcançado.
e eficiência. d) O individualismo não tem alcançado-a.
e) O individualismo não pode alcançá-la.
7. (FTU) A frase em que a colocação do pronome átono
está em desacordo com as normas vigentes no português
14. (SANTA CASA) Há um erro de colocação pronominal em:
padrão do Brasil é:
a) “Sempre a quis como namorada.”
a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas viários.
b) “Os soldados não lhe obedeceram as ordens.”
b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais sistemas
c) “Todos me disseram o mesmo.”
viários.
c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas d) “Recusei a idéia que apresentaram-me.”
viários. e) “Quando a cumprimentaram, ela desmaiou.”
d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais sistemas
viários. 15. (BB) Pronome empregado incorretamente:
e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais sis- a) Nada existe entre eu e você.
temas viários. b) Deixaram-me fazer o serviço.
c) Fez tudo para eu viajar.
8. (FFCL-SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa correta: d) Hoje, Maria irá sem mim.
a) A solução agradou-lhe. e) Meus conselhos fizeram-no refletir.
b) Eles diriam-se injuriados.
c) Ninguém conhece-me bem. 16. (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em:
d) Darei-te o que quiseres. a) “Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperan-
e) Quem contou-te isso? do o resultado.”
b) “Foram amargos aqueles minutos, desde que resol-
9. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que contra- veu abandoná-las.”
ria a norma culta: c) “A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa parti-
a) Ter-me-ão elogiado. cipação foi ativa.”
b) Tinha-se lembrado. d) “Havia necessidade de que tais idéias ficassem se-
c) Teria-me lembrado. pultadas.”
d) Temo-nos esquecido. e) “Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar
e) Tenho-me alegrado. da festa.”
10. (MACK) A colocação do pronome oblíquo está in- 17. (SANTA CASA) Do lugar onde ......., ....... um belo pa-
correta em: norama, em que o céu ...... com a terra.
a) Para não aborrecê-lo, tive de sair. a) se encontravam - divisava-se - se ligava
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda. b) se encontravam - divisava-se - ligava-se
c) Não me submeterei aos seus caprichos. c) se encontravam - se divisava - ligava-se
d) Ele me olhou algum tempo comovido. d) encontravam-se - divisava-se - se ligava
e) Não a vi quando entrou. e) encontravam-se - se divisava - se ligava
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18. (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente 25. (FMU) Suponha que você deseje dirigir-se a perso-
um pronome de tratamento. Assinale-a: nalidades eminentes, cujos títulos são: papa, juiz, cardeal,
a) Os Reitores das Universidades recebem o título de reitor e coronel. Assinale a alternativa que contém a abre-
Vossa Magnificência. viatura certa da “expressão de tratamento” correspondente
b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu ao título enumerado:
à reunião. a) Papa ............... V. Sa
c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que con- b) Juiz ................. V. Ema
clua a sua oração. c) Cardeal ........... V.M.
d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade. d) Reitor ............... V. Maga
e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se e) Coronel ............ V. A.
recusou a ouvir as minhas explicações.
26. (FGV) Assinale o item em que há erro quanto ao
19. (UF-MA) Identifique a oração em que a palavra certo emprego dos pronomes se, si ou consigo:
é pronome indefinido: a) Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou
a) Certo perdeste o juízo. para si.
b) Certo rapaz te procurou. b) Ele só cuidava de si.
c) Escolheste o rapaz certo. c) Quando V. Sa vier, traga consigo a informação pedida.
d) Marque o conceito certo. d) Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.
e) Não deixe o certo pelo errado. e) Espere um momento, pois tenho de falar consigo.
20. (CARLOS CHAGAS) “Se é para ....... dizer o que penso, 27. (PUC) Assinale a alternativa que preencha correta-
creio que a escolha se dará entre ....... .” mente as lacunas da frase ao lado: “............................ da terra
a) mim, eu e tu natal, ....................... para as antigas sensações adormecidas.”
b) mim, mim e ti a) Nos lembrando - despertamos-nos
c) eu, mim e ti b) Nos lembrando - despertamo-nos
c) Lembrando-nos - despertamos-nos
d) eu, mim e tu
d) Nos lembrando - nos despertamos
e) eu, eu e ti
e) Lembrando-nos - despertamo-nos
21. (MACK) A única frase em que há erro no emprego
28. (FATEC) Indique em que alternativa os pronomes es-
do pronome oblíquo é:
tão bem empregados:
a) Eu o conheço muito bem. a) Deixou ele sair.
b) Devemos preveni-lo do perigo. b) Mandou-lhe ficar de guarda.
c) Faltava-lhe experiência. c) Permitiu-lhe, a ele, fazer a ronda.
d) A mãe amava-a muito. d) Procuram-o por toda a parte.
e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação. e) n.d.a
22. (BRÁS CUBAS) “Alguém, antes que Pedro o fizesse, 29. (FATEC) Assinale o mau emprego do pronome:
teve vontade de falar o que foi dito.” Os pronomes assina- a) Aquela não era casa para mim, comprá-la com que
lados dispõem-se nesta ordem: dinheiro?
a) de tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo b) Entre eu e ela nada ficou acertado.
b) indefinido, relativo, pessoal, relativo c) Estava falando com nós dois.
c) demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido d) Aquela viagem, quem não a faria?
d) indefinido, relativo, demonstrativo, relativo e) Viram-no mas não o chamaram.
e) indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo
30. (SANTA CASA) Os técnicos .......... bem para os jogos, mas,
23. (PUC) Na frase: “Chegou Pedro, Maria e o seu filho .......... contra nova derrota, pediam que treinasse ainda mais.
dela”, o pronome possessivo está reforçado para: a) o haviam preparado - se tentando precaver
a) ênfase b) haviam preparado-o - se tentando precaver
b) elegância e estilo c) haviam preparado-o - tentando precaver-se
c) figura de harmonia d) haviam-no preparado - se tentando precaver
d) clareza e) haviam-no preparado - tentando precaver-se
e) n.d.a
31. (SANTA CASA) Nas frases abaixo:
24. (FUVEST) Assinale a alternativa onde o pronome 1. Os miúdos corriam barulhentos, me pedindo dinheiro.
pessoal está empregado corretamente: 2. Dizia ele cousas engraçadas, coçando-se todo.
a) Este é um problema para mim resolver. 3. Ficarei no lugar onde encontro-me. Tem sombra.
b) Entre eu e tu não há mais nada. 4. Quando me vi sozinho, tremi de medo.
c) A questão deve ser resolvida por eu e você.
d) Para mim, viajar de avião é um suplício.
e) Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A ênclise e a próclise foram corretamente empregadas: 38. (FMU) Assinale a única alternativa em que haja erro
a) nas orações I e II no emprego dos pronomes:
b) nas orações III e IV a) Vossa Excelência e seus convidados.
c) nas orações I e III b) Mandou-me embora mais cedo.
d) nas orações II e IV c) Vou estar consigo amanhã.
e) em todas as orações d) Vós e vossa família estais convidados para a festa.
e) Deixei-o encarregado da turma.
32. (SANTA CASA) Devemos .......... da tempestade.
a) resguardar-mo-nos 39. (UF-SC) Observe os períodos abaixo:
b) resguardar-nos 1. Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.
c) resguardarmos-nos 2. Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.
d) resguardarmo-nos 3. Nada chegava a impressioná-lo na juventude.
e) resguardar-mos 4. Dar-lhe-emos novas oportunidades.
5. Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
33. (FAAP) Assinale a alternativa em que a colocação
pronominal não corresponde ao que preceitua a gramática: a) Estão corretas I, II, III
a) Há muitas estrelas que nos atraem a atenção. b) Estão corretas II, III, V
b) Jamais dar-te-ia tanta explicação, se não fosses pes- c) Estão corretas III, IV, V
soa de tanto merecimento. d) Estão corretas II, III, IV
c) A este compete, em se tratando do corpo da Pátria, e) Estão corretas I, III, IV
revigorá-lo com o sangue do trabalho.
d) Não o realizaria, entretanto, se a árvore não se man- 40. (SÃO JUDAS) Assinale a alternativa errada quanto à
tivesse verde sob a neve. colocação pronominal:
e) n.d.a a) Apesar de se contrariarem não me fariam mudar de
idéia.
34. (CARLOS CHAGAS) Os projetos que .......... estão em b) Que Deus te acompanhe por toda a parte.
ordem; ........... ainda hoje, conforme .......... . c) Isso não me admira: eu também contrariei-me com
a) enviaram-me, devolvê-los-ei, lhes prometi o caso.
b) enviaram-me, os devolverei, lhes prometi d) Conforme foi decidido espero que todos se compe-
c) enviaram-me, os devolverei, prometi-lhes netrem de seu dever.
d) me enviaram, os devolverei, prometi-lhes e) n.d.a
e) me enviaram, devolvê-los-ei, lhes prometi
41. (FECAP) Assinale a frase gramaticalmente correta:
35. (CARLOS CHAGAS) Quando .......... as provas, .......... a) Quando recebe-o em minha casa, fico feliz.
imediatamente. b) Tudo fez-se como você mandou.
a) lhes entregarem, corrijam-as c) Por este processo, teriam-se obtido melhores resul-
b) lhes entregarem, corrijam tados.
c) lhes entregarem, corrijam-nas d) Em se tratando disto, podemos contar com ele.
d) entregarem-lhes, corrijam-as e) Me levantei assim que você saiu.
e) entregarem-lhes, as corrijam
42. (UNB) Assinale a melhor resposta - O resultado das
36. (CARLOS CHAGAS) Quem .......... estragado que .......... combinações: “põe + o”, “reténs + as”, “deduz + a”, é:
de ........ . a) pões-lo, reténs-la, dedu-la
a) o trouxe - encarregue-se - consertá-lo b) põe-no, retém-nas, dedu-la
b) o trouxe - se encarregue - consertá-lo c) pões-lo, retém-las, deduz-la
c) trouxe-o - se encarregue - o consertar d) põe-no, retém-las, dedu-la
d) trouxe-o - se encarregue - consertá-lo e) põe-lo, retém-las, dedu-la
e) trouxe-o - encarregue-se - o consertar
43. (UM-SP) Ninguém atinge a perfeição alicerçado na
37. (BRÁS CUBAS) Apontar a sentença que deverá ser busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram
corrigida: tal atitude um privilégio dado pela existência. Os prono-
a) Poderá resolver-se o caso imediatamente. mes destacados no período acima classificam-se, respec-
b) Sabes o que se deverá dizer ao professor? tivamente, como:
c) Poder-se-á resolver o caso imediatamente. a) indefinido - demonstrativo - relativo - demonstrativo
d) Sabe o que deverá dizer-se ao professor? b) indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido
e) Poderá-se resolver o caso imediatamente. c) de tratamento - demonstrativo - indefinido - de-
monstrativo
d) de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido - de-
monstrativo
e) demonstrativo - demonstrativo - relativo - demons-
trativo
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
EXERCÍCIOS
2. (MACKENZIE) Assinale a alternativa que apresen- Foram reintroduzidas as letras k, w e y que fizeram
ta erro de colocação pronominal: parte do nosso alfabeto até 1943, quando foram retiradas,
a) Você não devia calar-se. conservando-se apenas em palavras estrangeiras e em al-
b) Não lhe darei qualquer informação. gumas abreviaturas.
c) O filho não o entendeu.
d) Se apresentar-lhe os pêsames, faça-o discretamente. Essas letras viviam na língua como as pessoas moram
e) Ninguém quer aconselhá-lo. no exterior como imigrantes ilegais. Então, quer dizer que
elas podem circular livremente como “letras-nativas”?
3. (MED. SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa em
que todos os pronomes pessoais estão colocados corre- Não. Aceitamo-nas porque era inevitável não fazê-lo,
tamente, segundo o uso clássico da língua portuguesa: pois permaneceram no nosso alfabeto e no ensino, mesmo
a) Eu o vi, não lhe falei, darei-te o livro. quando não eram oficializadas. Assim, há certas restrições
b) Eu o vi, falei-lhe, nada lhe direi. no uso dessas letrinhas que se infiltraram em nosso idioma,
c) Nada dir-lhe-ei, não o estimo, Deus ajude-nos. mas que agora damos as boas vindas sem preconceitos.
d) Deus nos ajude! Não quero te ofender, mas vai-te
embora. Veja as situações em que k, w e y são usadas:
e) Me dá o livro, que eu te devolvo assim que o ler.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Então, como vimos acima, essas letras não estão libe- “Prezado Candidato, o tópico acima foi abordado
radas para formação de novas palavras, então, antes de no decorrer da matéria”
começarmos a trocar o “i” pelo “y” ou o “u” pelo “w”, lem-
bremo-nos dessas conformidades que devem ser seguidas.
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flagrante (evidente) fragrante (perfumado) 4)Indique o item em que o antônimo da palavra ou ex-
fluir (transcorrer, decor- pressão em destaque está corretamente apontado.
fruir (desfrutar) a) duradouro sucesso - efêmero
rer)
b) fama em ascendência - excelsa
imergir (afundar) emergir (vir à tona) c) elegante região - carente
inflação (alta dos preços) infração (violação) d) sala lotada - desabitada
infringir (violar, desrespei-
infligir (aplicar pena) 5) A palavra tráfico não dever ser confundida com tráfe-
tar)
go, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos
mandado (ordem judi- é exemplo de homonímia e não de paronímia?
mandato (procuração)
cial) a) estrato / extrato
precedente (que vem an- procedente (proveniente; b) flagrante / fragrante
tes) que tem fundamento) c) eminente / iminente
d) inflação / infração
ratificar (confirmar) retificar (corrigir) e) cavaleiro / cavalheiro
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
6)(FMPA- MG)Assinale o item em que a palavra destaca-
soar (produzir som) suar (transpirar)
da está incorretamente aplicada:
sortir (abastecer, mistu- a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
surtir (produzir efeito)
rar) b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
sustar (suspender) suster (sustentar) c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) e) A cessão de terras compete ao Estado.
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
7)Levando em consideração o contexto atribuído pelos
(http://www.soportugues.com.br/secoes/seman/se- enunciados, empregue corretamente um dos termos pro-
man7.php) postos pelas alternativas entre parênteses.
a) O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o
EXERCÍCIOS ___________ no adversário. (cheque/xeque)
b) O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se
1)Assinale a alternativa correta, considerando que à di- de todos e seguiu viagem. (cela/sela)
reita de cada palavra há um sinônimo. c) No presídio, todos os ocupantes foram trocados de
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar _____________. (cela/sela)
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) d) O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (se-
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar ção/sessão/cessão)
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação 8)Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte”,
o termo grifado poderia perfeitamente ser substituído por:
2) Indique a letra na qual as palavras completam, corre- a) apreciou;
tamente, os espaços das frases abaixo. b) arquivou;
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ c) despachou favoravelmente;
os sons com nitidez. d) invalidou;
Hoje são muitos os governos que passaram a combater e) despachou negativamente.
o ______ de entorpecentes com rigor.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisio-
neiros revoltosos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Polissemia é um fenômeno comum a qualquer palavra, A linguagem denotativa está ligada à mensagem mais
pois ao longo de sua história uma expressão vai adquirindo clara e objetiva, sem riscos de ambiguidade ou problemas
sentidos diferentes. Quando um vocábulo pode ser inter- de interpretação. Seu foco é uma comunicação impessoal,
pretado de formas múltiplas, denominamos tão ocorrência de modo a não cometer prejuízo de sentido. Usamos esse
de polissemia. Veja um exemplo: tipo de linguagem em situações mais formais ou informa-
tivas, como também nos textos jornalísticos e científicos.
1) Comprei uma cabeça de alho. Atente ao exemplo abaixo:
2) Ele é o cabeça da equipe.
3) Cortei a cabeça no treino. “Apósantecipar o pagamento do último lote das
4) José tem cabeça boa para matemática. contas inativas do FGTSpara quem nasceu em dezembro,
aCaixa Econômica Federalvai abrir todas as agências no
Se “cabeça” se referia apenas a uma parte do corpo hu- dia 10 de julho, segunda-feira, 2 horas antes para paga-
mano, no processo de socialização e comunicação adquiriu mento exclusivo do benefício. Nas regiões em que os ban-
sentidos diferentes. É essencial entendermos tal distinção cos abrem às 9h, as agências daCaixaabrirão às 8h e terão
semântica, já que estas ocorrências fazem parte também o horário de atendimento prorrogado em 1 hora.
do que chamamos interpretação de texto e de mundo. Ve-
jamos algumas: SAIBA MAIS SOBRE OS SAQUES DAS CONTAS INA-
TIVAS
João é cabo da marinha. (posto militar)
Quebrou o cabo da vassoura. Além disso, cerca de 2 mil agências daCaixaabrirão no
sábado (8), entre 9h e 15h –clique aqui para ver a lista
de agências. As agências selecionadas terão atendimento
Sente-se! O banco é confortável. (assento)
exclusivo para realizar pagamento de contas vinculadasF-
Vou sacar o dinheiro no Banco do Brasil. (instituição fi-
GTS, solucionar dúvidas, promover acertos de cadastro dos
nanceira) trabalhadores e emitir senha do Cartão Cidadão.
A manga está muito doce. (fruta)
Sua manga está rasgada. (parte da roupa) Prevista inicialmente para começar no dia 14, a quinta
e última fase foi antecipada para o próximo sábado, dia 8.
Meu pé está inchado. (parte do corpo) Assim, em vez de apenas 18 dias para conseguir sacar o
O pé do sofá está rachado (parte de um móvel, base) dinheiro, os beneficiários nascidos em dezembro terão 24
Iremos a uma peça semana que vem. (espetáculo teatral) dias para fazer os saques.”
Falta uma peça neste brinquedo (parte)
João é uma peça! (figura) (http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/
apos-antecipar-pagamento-de-ultimo-lote-do-fgts-inati-
Luciano não come muito frango (carne animal) vo-caixa-vai-abrir-agencias-mais-cedo.ghtml)
O gol do empate foi um frango do goleiro. (falha)
Percebemos que o texto acima apresenta uma lingua-
Esse brinquedo precisa de pilha (bateria) gem clara, chegando mais diretamente a todo tipo de lei-
Até a divulgação do resultado Maria estará numa pilha tor, evitando interpretações equivocadas.
de nervos. (soma)
Para que essa pilha de livros sobre o sofá? (montante) Linguagem Conotativa
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LÍNGUA PORTUGUESA
Hiperônimos: palavras que indicam grupos semânticos 5. “A ............... de uma guerra nuclear provoca uma grande
genéricos, de maior abordagem, aqueles que atraem sub- .............. na humanidade e a deixa ............... quanto ao futuro.”
categorias. Vejamos: a) espectativa - tensão - exitante
b) espectativa - tenção - hesitante
Mamíferos é hiperônimo de gato e cachorro c) expectativa - tensão - hesitante
Frutos é hiperônimo de maçã e banana d) expectativa - tenção - hezitante
Alimento é hiperônimo de salada e feijoada e) espectativa - tenção - exitante
Legume é hiperônimo de chuchu e beterraba
Doença é hiperônimo de resfriado e anemia 6. Assinale a alternativa que possa substituir, pela or-
Animais é hiperônimo de gato e pato dem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem
alterar o significado delas: “Em primeiro lugar, observemos
Hipônimos: palavras que constituem esse grupo maior o avô. Igualmente, lancemos um olhar para a avó. Também
chamado hiperônimo, seu raio de significação é mais restri- o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. Con-
to e específico, já que se refere a seres particulares: seqüentemente a filha também será morena e alta.”
a) primeiramente, ademais, além disso, em suma
Margarida é hipônimo de flor b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente
Gato é hipônimo de felino c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto
Lagartixa é hipônimo de réptil d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado,
Homem é hipônimo de mamífero por conseguinte
Alicate é hipônimo de ferramenta e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com
Sabiá é hipônimo de ave. efeito
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LÍNGUA PORTUGUESA
7. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos 13. Há palavras escritas de modo INCORRETO na alter-
erros do passado. nativa:
a) eminente, deflagração, incidiram (A) Investimentos maciços em educação, saúde e re-
b) iminente, deflagração, reincidiram forma agrária constituíram a fórmula utilizada por países
c) eminente, conflagração, reincidiram mais atrasados do que o Brasil, para reduzir os índices de
d) preste, conflaglação, incidiram pobreza.
e) prestes, flagração, recindiram (B) O problema da miséria no Brasil apresenta com-
ponentes bem mais perversos do que a simples escassez
8. Indique a alternativa correta: de recursos, que caracteriza o problema em outros países,
a) O ladrão foi apanhado em flagrante. como no continente africano.
b) Ponto é a intercessão de duas linhas. (C) Os recursos gastos na área social acabam sendo in-
c) As despesas de mudança serão vultuosas. suficientes, como por exemplo, a parcela mínima destinada
d) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões.
ao saneamento básico, importante para aumentar a expec-
e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por
tativa de vida da população.
todos nós.
(D) A desnutrição, resultado da falta de ingestão de
proteínas e de outras substâncias, degenera em má-for-
9. “A solidão é um retiro de ......., mas ninguém vive sem-
pre em trégua, .......só, ....... o preguiçoso, eternamente em mação do sistema neurológico, com danos irreversíveis, na
repouso.” maioria das vezes.
a) descanço, tampouco, exceto (E) Vários estudos afirmam que a taxa de miséria só bai-
b) descanso, tãopouco, exceto xará quando houver crecimento da economia, assossiado
c) descanço, tão pouco, esceto a um modelo mais justo de distribuição de renda para a
d) descanso, tampouco, exceto população.
e) descanso, tão pouco, esceto
14. Está correta a grafia de todas as palavras da frase:
10. “Durante a .......... solene era .......... o desinteresse do (A) Ao ascender à condição de um grande sistema de
mestre diante da.......... demonstrada pelo político.” mercados, a economia mundial propisciou o poder hege-
a) seção - fragrante - incipiência mônico dos grandes conglomerados financeiros.
b) sessão - flagrante - insipiência (B) Se os grandes centros econômicos não se emiscuís-
c) sessão - fragrante - incipiência sem decisivamente nas economias nacionais, talvez estas lo-
d) cessão - flagrante - incipiência grassem alcançar um índice expressivo de desenvolvimento.
e) seção - flagrante - insipiência (C) Os economistas podem discentir quanto às soluções
11. Em “Repare bem o braço que ninguém sabe de para o nosso desenvolvimento, mas reconhecem que o im-
onde circunda o busto da moça e a quer levar para um perialismo econômico é um fator crucial para nosso atraso.
lugaresconso.” A palavra sublinhada só não pode conotar (D) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossa eco-
a ideia de: nomia com o da expansão da economia global constitui
a) um lugar de volúpia uma das exigências mais difíceis de serem atendidas.
(E) Não fosse a dicotomia das direções econômicas com
b) um lugar escondido, suspeito
que nos deparamos, o Brasil talvez não se firmasse numa
c) um lugar desconhecido, misterioso
posição de maior relevância entre os países emerjentes.
d) um lugar escolhido, eleito
e) um lugar escuro, recôndito
(Exercícios retirados de http://www.portuguesconcurso.
com/2009/08/semantica-exercicios-com-gabarito.html)
12. Considerando-se a relação Veneza (cidade) - gatu-
ramo (pássaro) como modelo, as palavras que sucessiva- GABARITO
mente completariam a relação: Califórnia- pretos - morrer 1.A
- Gioconda - cem mil réis, seriam: 2.D
a) estado, raça, ação, escultura, dinheiro 3.C
b) país, povo, fato, escultura, valor 4.D
c) província, etnia, acontecimento, literatura, moeda 5.C
d) estado, raça, acontecimento, pintura, valor 6.D
e) território, gente, ação, música, moeda 7.B
8.A
9.D
10.B
11.D
12.D
13.E
14.D
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LÍNGUA PORTUGUESA
Ainda que apenas na primeira e na última frase visuali- Chamamos de período simples o enunciado formado
zemos a presença de um verbo, todos os exemplos citados por uma oração absoluta, ou seja, um único verbo:
acima se tratam de frase, pois cumprem a função de enviar a) Compre aquela blusa, por favor!
uma mensagem de sentido completo. b) Choveu muito ontem.
c) Precisa-se de operários.
2. ORAÇÃO d) A menina ganhou a boneca.
Oração é um enunciado que gira em torno de um ver- Em todos os exemplos citados percebemos a presença
bo. Não é necessário ter sentido completo e finalizar no de um único verbo e essa é justamente a condição de um
ponto final, mas deve ter sentido, que pode ser completa- período simples: ser formado por uma única oração que,
do por outra oração. por ser única, chamamos de absoluta.
Veja os exemplos: Já que possui um único verbo, o período simples é me-
nos complexo que o período composto. Assim seu estudo
a) Maria foi à festa. se dedica às palavras (as quais chamamos de “termos”) que
b) Maria disse que iria à festa. o constituem. A análise do período simples se dedica aos
seguintes aspectos:
No primeiro exemplo, temos uma frase e também uma
oração já que notamos a presença de um verbo na cons- a) Termos essenciais da oração
trução do sentido completo. Já na frase b) temos uma frase - Sujeito
(Maria disse que foi à festa) já que tem sentido completo e - Predicado
ela é constituída por duas orações: 1 – Maria disse; 2 – que
iria à festa. Importante atentar que a segunda oração com- b) Termos integrantes da oração
pleta o sentido da primeira. - Objeto Direto
- Objeto Indireto
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(1) Roubaram a proprietária da loja. 2) No período: “Ser amável e ser egoísta são coisas
(2) Encontraram a menina. distintas”, o sujeito é:
a) indeterminável
Também há a presença de sujeito indeterminado em b)”ser amável”
verbos na 3º pessoal do singular mais a partícula se , c) “coisas distintas”
d) “ser amável e ser egoísta”
a qual chamamos de índice de indeterminação do
e) n.d.a
sujeito.
3) Na oração: “Reprovaram alguns autores esta his-
Ex.: tória”, qual é o núcleo do sujeito?
a) história
Precisa-se de vendedores. b) alguns autores
Vive-se bem em Florianópolis. c) reprovaram
d) autores
e) Sujeito inexistente: falamos em sujeito inexistente e) n.d.a
quando a oração contiver apenas predicado. Há casos em
que o predicado é marcado por verbos impessoais (que 4) “Em 1949 reuniram-se em Perúgia, Itália, a convi-
não têm sujeito e, por isso, não variam em flexão de pessoa te da quase totalidade dos cineastas italianos, seus co-
e número): legas de diversas partes do mundo.” O núcleo do sujeito
de “reuniram-se” é:
- Verbos que indicam fenômenos climáticos: chover, a) cineastas
ventar, escurecer, nevar, amanhecer, anoitecer… b) convite
Ex.: c) colegas
Nevou muito no sul. d) totalidade
Sempre chove nessa época do ano. e) se
- Verbo haver no sentido de existir: 5) Aponte a alternativa em que ocorre sujeito inde-
Ex.: terminado:
Houve muitos protestos na última semana. a) Na prova, havia, pelo menos, quatro questões difíceis.
Há pessoas no recinto. b) Revelou-se a necessidade de auxílio aos desabrigados.
c) Aconteceram, naquela casa, fenômenos inexplicáveis.
- Verbo haver e fazer indicando tempo: d) Come-se bem naquele restaurante.
Faz vinte anos que não o vejo. e) Resolvemos não apoiar o candidato.
Não o vejo há anos.
- Verbo fazer indicando fenômeno da natureza: 6) Qual a alternativa em que há sujeito indetermi-
Ex.: nado?
a) Comecei a estudar muito tarde para o exame.
Faz frio nesse período do ano.
b) Em rico estojo de veludo, jazia uma flauta de prata.
c) Soubesse que o proprietário estava doente.
- Verbo ser indicando tempo ou distância: d) Houve muitos feridos no desastre.
Ex.: e) Julgaram-no incapaz de exercer o cargo.
São seis horas.
São doze metros de comprimento. 7) Assinale a frase em que há sujeito indeterminado:
a) Compram-se jornais velhos.
EXERCÍCIOS b) Confia-se em suas palavras
c) Chama-se José o sacerdote.
1) Em relação ao trecho: “Pregada em larga tábua d) Choveu muito.
de pita, via-se formosa e grande borboleta, com asas e) É noite.
meio abertas, como que disposta a tomar voo”, pode-
mos afirmar que o sujeito principal da oração é: 8) Aponte a alternativa em que a palavra se é índice
a) simples, tendo por núcleo implícitoalguém. de indeterminação do sujeito:
b) composto, tendo por núcleosformosa e grande.
a) Resolver-se-ão os exercícios.
c) simples, tendo por núcleoasas.
b) Não se reprovarão estes alunos.
d) indeterminado, tendo por índice de indeterminação
do sujeito a partículase. c) Trabalha-se com afinco naquela empresa.
e) simples, tendo por núcleoborboleta. d) Vendem-se relógios.
e) Plastificam-se documentos.
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(Exercícios retirados de http://www.gramaticaparacon- Vale lembrar que verbos com dupla transitividade: tran-
cursos.com/2013/11/sujeito-exercicios.html?m=1) sitivos diretos e indiretos também integram predicado ver-
bo-nominal.
Enviei uma carta para Pedro.
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Verbos transitivos são os que se ligam ao complemen- 06. Assinale a alternativa em que apareça predicado
to sem o auxílio de preposição: verbo-nominal.
Ex.: Comprei uma casa a) A chuva permanecia calma.
Encontrei a chave b) A tempestade assustou os habitantes da vila.
c) Paulo ficou satisfeito.
Verbos transitivos indiretos são os que se ligam ao d) Os meninos saíram do cinema calados.
complemento com o auxílio de preposição. e) Os alunos estavam preocupados.
Ex.: Preciso de você
Fui à Bahia 07. Observe a oração abaixo e assinale a alternativa
CORRETA:
Verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos) são “A inspiração é fugaz, violenta.”
os que para terem seu sentido completo necessitam da Podemos afirmar que o predicado é:
presença de um complemento iniciado por artigo e outro a) Verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem
por preposição: seguido de dois predicativos.
Enviei uma carta para Pedro b) Nominal, porque o verbo é de ligação.
c) Verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas
duas características ao sujeito.
EXERCÍCIOS d) Nominal, porque o verbo tem significação completa
e apresenta adjuntos adnominais e dois predicativos.
01. Assinale a alternativa em que aparece predicado e) Verbo-nominal porque apresenta um predicativo se-
verbo-nominal: guido do objeto direto.
a) “Nesse samba te proclamo majestade do universo.”
b) O homem doou os agasalhos aos necessitados. 08. Sobre o exemplo: “A lua brilhou alegre no céu”, afir-
c) Após o toque permaneceram na sala os alunos. mamos:
d) “Brasil és no teu berço dourado o índio civilizado.”
I. O verbo brilhar é intransitivo.
e) “Lutar com palavras é a luta mais vã.”
II. O verbo brilhar é transitivo direto.
III. O verbo brilhar é transitivo indireto.
02. Onde há predicado verbo-nominal?
IV. O predicado é nominal.
a) Devolva os documentos ao diretor.
V. O predicado é verbal.
b) Renata ficou feliz.
c) Ela confia em você. VI. O predicado é verbo-nominal.
d) A notícia deixou-o preocupado. a) Estão corretas I e VI.
e) Os viajantes partiram ontem. b) Estão corretas I e V.
c) Estão corretas II e V.
03. O professorentrou apressado. Os grifos indicam: d) Está correta apenas IV.
a) predicado nominal. e) Estão corretas III e VI.
b) predicado verbo-nominal.
c) predicado verbal. 09. Ocorre predicado verbo-nominal em:
d) objeto direto. a) A tua resposta não é verdadeira.
e) objeto indireto b) O cão vadio virou a lata de lixo.
c) Viraram moda os jogos eletrônicos.
04. Identifique a alternativa errada em relação à classifi- d) Todos permaneçam em seus lugares.
cação dos predicados das orações a seguir: e) Pensativo e triste vinha o rapaz.
a) Todos nós consideramos a sua atitude infantil (predi-
cado verbo-nominal) 10. Indique a alternativa em que o predicado é verbo-
b) A multidão caminhava pela estrada poeirenta. (predi- -nominal:
cado verbo-nominal) a) O soldado foi encontrado morto.
c) A criançada continua emocionada. (predicado nominal) b) Aquele homem tornou-se milionário.
d) A criançada continua no jardim. (predicado nominal). c) Hoje é dia 20 de novembro.
e) Demitiram o secretário da instituição. (predicado verbal) d) Alguns jogadores estão contundidos.
e) Os alunos parecem desinteressados.
05. Analise as orações e assinale a alternativa correta:
I. Paulo está adoentado. 11. Assinale uma das alternativas em que aparece um
II. Paulo está no hospital. predicado verbo-nominal:
a) Os viajantes chegaram cedo ao destino.
a) O predicado é verbal em I e II. b) Demitiram o secretário da instituição.
b) O predicado é nominal em I e II. c) Nomearam as novas ruas da cidade.
c) O predicado é verbo-nominal em I e II. d) Compareceram todos atrasados à reunião.
d) O predicado é verbal em I e nominal em II. e) Estava irritado com as brincadeiras.
e) O predicado é nominal em I e verbal em II.
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) I predicado verbal; II - predicado nominal; III - predi- a) Objeto Direto: completa o verbo transitivo direto,
cado verbo-nominal. sem o auxílio de preposição.
b) I predicado nominal; II predicado verbo-nominal; III Olhei o quadro.
predicado verbal. Vendi a casa de praia.
c) I predicado verbo-nominal; II predicado verbal; III
predicado nominal. b) Objeto Indireto: completa verbo transitivo indireto,
d) I predicado verbo-nominal; II predicado nominal; III com o auxílio de preposição.
predicado verbal. Preciso de amor.
e) I predicado nominal; II - predicado verbal; III - predi- Necessito de tempo.
cado verbo-nominal.
c) Complemento Verbal: completa o sentido de um
13. Assinale a alternativa correta em relação à classifica- substantivo abstrato ou adjetivo.
ção dos predicados das orações abaixo: Tenho medo de avião.
I- Olhei a aluna na janela. Ela é favorável à reforma política.
II- Aqui se trabalha. Nos exemplos acima, o substantivo abstrato “medo” e
III- Ninguém saiu hoje satisfeito. o adjetivo “favorável” ficariam incompletos e sem sentido
a) I predicado verbal; II - predicado verbal; III - predica- sem a presença dos complementos nominal.
do verbo-nominal.
b) I - predicado nominal; II predicado verbal; III predica- d) Agente da Passiva: complemento preposicionado
do verbo-nominal. que representa o agente de ação de um verbo que está na
c) I predicado verbo-nominal; II predicado verbal; III voz passiva.
predicado nominal. Eu comprei um carro. (Aqui o verbo está na voz ativa. O
d) I predicado verbo-nominal; II predicado nominal; III agente da ação do verbo coincide com o sujeito da oração.)
predicado verbal. O carro foi comprado por João. (percebemos que neste
e) I - predicado nominal; II - predicado verbal; III - pre- caso o agente da ação de comprar não é o sujeito da ora-
dicado verbo-nominal. ção – que aqui é “o carro”, mas sim João, classificado aqui
como agente da passiva.
14. Aponte a frase de sujeito simples e predicado ver-
bo-nominal.
a) A jovem passeava tranquilamente. EXERCÍCIOS
b) Mariana fez o concurso esperançosa.
c) Existem grandes possibilidades. 01 - A análise sintática é definida pela relação que se
d) Paulo e Marcelo estudam animados. estabelece entre palavras ou grupos de palavras dentro de
e) Os cientistas retomaram da gruta às pressas. um contexto. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª,
observando a correta classificação dos termos destacados.
15. Assinale a alternativa em que há uma oração com A seguir, assinale a alternativa CORRETA:
predicado 1. Objeto direto
verbo-nominal: 2. Objeto indireto
a) O mar estava calmo naquela manhã. 3. Complemento nominal
b) Nenhum navio partiu ontem. 4. Agente da passiva
c) Achei esse sujeito muito antipático. ( ) “ A fome pode determinara supressãode uma delas.”
d) O homem ficou furioso com a brincadeira. ( ) “ A destruição não atingeo princípio universal e co-
e) Ele terminou o trabalho ontem à tarde. mum.”
(Exercícios retirados de http://solinguagem.blogspot. ( ) “ Uma das tribos será exterminadapela outra.”
com.br/2012/02/exercicios-de-predicado.html) ( ) ... e necessitamde mais alimento.
a) 3, 1, 4, 2
GABARITO b) 1, 2, 3, 4
c) 2, 4, 1, 3
1A - 2D - 3B - 4D - 5E - 6D - 7 B - 8A - 9E - 10A - 11D - d) 4, 3, 2, 1
12A - 13A - 14B - 15C e) 3, 4, 1, 3
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LÍNGUA PORTUGUESA
02. Em: Tinha grande amorà humanidade/ As ruas fo- 09. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que con-
ram lavadaspela chuva/ Ele é ricoem virtudes.Os termos tém objeto direto preposicionado:
destacados são, respectivamente: a) “Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel escri-
a) complemento nominal, agente da passiva, comple- to e rasgou–o”.
mento nominal b) Não desconfiei do candidato e corrigi o trabalho por
b) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto inteiro.
c) complemento nominal, objeto indireto, complemen- c) Poucos jornais se referiram ao episódio.
to nominal d) O jovem de hoje também necessita de espiritualidade.
d) objeto indireto, complemento nominal, agente da e) Pela estrada ia passando um comboio de caminhões–
passiva tanques.
e) objeto direto, objeto indireto, complemento nominal
10. Assinale a frase que contém agente da passiva:
03. Assinale o item em que a função não corresponde a) Fiquei ouvindo aquilo por longo tempo.
ao termo em destaque: b) Dei cinco reais pelo cachorrinho.
a) Comer demais é prejudicialà saúde.(complemento c) As colheitas foram levadas pela chuva.
nominal) d) Sempre saía a esmo pelos caminhos.
b) Jamais me esquecereide ti. (objeto indireto) e) Agrada–me por todas as formas.
c) Ele foi cercadode amigos sinceros. (agente da passiva)
d) Não tens interessepelos estudos. (complemento nominal) (Exercícios retirados de http://odemartins.blogspot.
e) Ele tinha receiode tudo a sua volta.. (objeto indireto) com.br/2014/04/termos-integrantes-da-oracao-exercicio.
html)
04. Em todas as alternativas abaixo, há objeto direto
preposicionado, exceto em:
GABARITO
a) Acho que ela não consegue amar a ninguém.
1A - 2A - 3E - 4B - 5B - 6A - 7B - 8B - 9A - 10C
b) Dedicou–se a estudos matemático.
c) Para sair com a turma o diretor escolheu a nós.
d) Ofenderam a mim e não a ele.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
e) O professor elogiou a todos.
São termos que são dispensáveis na oração, mas acres-
05. O agente da passiva foi corretamente destacado em centam informação ou circunstância referente ao substan-
todas as opções, exceto em: tivo ou ao verbo, enriquecendo seu sentido. São conside-
a) O presídio tinha sido cercadopelos soldados. rados termos acessórios:
b) Ela é a única responsávelpela festa. a) Adjunto Adnominal
c) O time foi derrotadopelo campeão da cidade. b) Adjunto Adverbial
d) O mestre foi homenageadopelos alunos. c) Aposto
e) A casa foi destruídapela inundação.
a) Adjunto Adnominal: como a própria denominação
06. Assinale a frase em que o objeto direto é pleonástico: adianta, o adjunto adnominal é o termo que acompanha o
a) A borboleta negra, encontrei–a à noite. nome (o substantivo) na função de satélite, concordando
b) Eu a sacudi de novo. com ele em gênero e número. Podem ser adjuntos adno-
c) Fiquei a olhar o cadáver com simpatia. minais as classes gramaticais: artigo, pronomes, numerais,
d) Um golpe de toalha rematou a aventura. adjetivos ou locuções adjetivas.
e) Vi dali o retrato de meu pai. Ex.:
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LÍNGUA PORTUGUESA
SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO função de conectá-las é a conjunção. Esta não apenas une
as orações, estabelece entre elas uma relação de sentido.
PERÍODO COMPOSTO Vejamos:
a) O ciclista acordou tarde e comeu.
Período composto é o enunciado de sentido completo b) O ciclista acordou tarde, mas comeu.
que gira em torno de dois ou mais verbos. c) O ciclista acordou tarde, logo comeu.
Ex.: d) O ciclista acordou tarde porque comeu.
1) O funcionário chegou e assinou o documento.
2) Maria disse que não iria à festa. Nos exemplos acima percebe-se que as conjunções em
destaque não apenas liga as duas orações, cria um sentido
específico entre elas. Por isso mesmo, a gramática estabe-
Nos exemplos acima verificamos a relação entre as
lece uma classificação específica a partir da relação de sen-
duas orações. Entretanto, percebemos que, no exemplo 1
tido criado pelas conjunções.
a segunda oração não completa o sentido do verbo da
primeira, ambos os segmentos são independentes. Já na
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS
frase 2 a segunda oração possui a função de completar o
SINDÉTICAS
sentido do verbo dizer.
Por isso mesmo, afirma-se que há períodos em que
a) Oração coordenada sindética aditiva: estabelece
as orações estão unidas num enunciado em situação de
uma relação de adição entre as orações, a partir das con-
independência (exemplo 1). Denominamos esse período
junções coordenativas aditivas e, nem ...nem, não só...como
de período composto por coordenação. Além disso, há
também, não só…mas também etc...
casos em que as duas orações não podem ser separadas,
Ex.
pois uma completa a outra (exemplo 2), e isso se trata de
A economia cresceu e progrediu.
um período composto por subordinação.
A economia não só cresceu mas também progrediu.
Ex.:
Nem estudou nem descansou.
3) Penso, logo existo.
Trata-se de um período composto por coordenação já
b) Oração coordenada sindética adversativa: trans-
que é possível transformar as duas orações em frases in-
mite uma ideia de contradição e oposição, através das con-
dependentes:
junções coordenativas adversativas mas, porém, entretanto,
Penso. Logo existo.
contudo, todavia etc…
Ex.:
4) Perguntei se ele me amava.
Fui dormir tarde, mas consegui acordar cedo.
Gosto muito de você, porém preciso deixá-lo.
Vemos aqui um caso de período composto por subor-
dinação, pois se separarmos as orações tornando-as pe-
c) Oração coordenada sindética alternativa: estabe-
ríodos simples, o enunciado perderá o sentido:
lece uma relação de alternância com a oração anterior. São
usadas as conjunções coordenativas alternativas ou...ou…,
Perguntei. Se você me amava.
já...já, quer...quer, ora...ora.
Ex.:
Cada um desses períodos apresenta características e
Ou durmo, ou estudo.
manifestações distintas.
Ora durmo, ora estudo.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
d) Oração coordenada sindética conclusiva: cria uma
relação de conclusão com a oração anterior, oferecendo a
Denomina-se período composto por coordenação o
ideia de resultado. São utilizadas as conjunções coordena-
enunciado de sentido completo composto por duas ou
tivas conclusivas pois, logo, portanto, por conseguinte, con-
mais orações coordenadas, ou seja, independentes. Nes-
sequentemente.
ses casos não há uma oração que se sobreponha à outra e,
Penso, logo existo.
por isso mesmo, não há uma oração principal, ambas são.
Estudo, por conseguinte obterei o resultado almejado.
Por serem autônomas, as orações coordenadas podem
ser unidas apenas por vírgulas e aí são denominadas de
e) Oração coordenada explicativa: estabelece uma
assindéticas, já que não apresentam nenhuma palavra de
ideia de explicação com a oração anterior, esclarecendo-a.
conexão entre si, como no exemplo:
São usadas as conjunções coordenativas porque, isto é, ou
seja, a saber.
Vi, vim, venci.
Ex.:
Viajei logo, porque tinha pressa.
Ainda que sejam independentes, as orações coordena-
Fiquei muito triste, uma vez que ele descumpriu o trato
das podem ser unidas também a partir de um elemento
combinado.
conectivo, recebendo a denominação de orações coor-
denadas sindéticas. A classe gramatical que cumpre essa
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LÍNGUA PORTUGUESA
IMPORTANTE GABARITO
1.b – 2.d – 3.a – 4.b – 5.b
Excetuando as orações coordenadas sindéticas adi-
tivas, todas as demais exigem o uso de vírgula antes da PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
conjunção coordenativa:
Denomina-se período composto por subordinação o
Trabalhou muito, mas não concluiu a tarefa. período integrado por duas ou mais orações em que se
Ou esqueça, ou lute. verifica entre elas uma relação de dependência semântica
Está batalhando, pois ambiciona progredir. e sintática. Ou seja, caso se retire uma das orações o enun-
Ela chegara atrasada, porque houve greve na linha do ciado perde o sentido.
metrô. Ex.:
Perguntei se ele viria.
Chorou tanto que não conseguiu abrir os olhos.
EXERCÍCIOS
Quando falamos em orações subordinadas se enten-
1.A oração “Não se verificou, todavia, uma transplanta- de a presença de uma oração principal e uma oração
ção integral de gosto e de estilo” tem valor: subordinada que completará a mensagem da primeira.
a) conclusivo As orações subordinadas dividem-se em:
b) adversativo a) Orações Subordinadas Substantivas: completam a
c) concessivo oração principal exercendo a função de substantivo;
d) explicativo b) Orações Subordinadas Adjetivas: completam a ora-
e) alternativo ção principal exercendo a função de adjetivo;
c) Orações Subordinadas Adverbiais: completam a ora-
2. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A ção principal exercendo a função de advérbio.
oração em destaque é:
a) coordenada explicativa I – ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
b) coordenada adversativa
c) coordenada aditiva Como dito acima, são as que integram a oração princi-
d) coordenada conclusiva
pal exercendo a função de substantivo.
e) coordenada alternativa
Como assim?
3. No verso, “Tenta chorar e os olhos sente enxutos”, o Atente ao exemplo abaixo:
conectivo oracional indica:
a) junção de ideias, logo é conjunção aditiva a) Falei verdades a João.
b) disjunção de ideias, logo é conj. Alternativa b) Trabalho é fundamental.
c) contraste de ideias, logo é conj. Adversativa c) Trabalho é fundamental.
d) oposição de ideias, logo é conj. Concessiva
e) sequência de ideias, logo é conj. Conclusiva. Nos períodos simples acima percebemos que as pala-
vras destacadas exercem a função de substantivo e podem
4. Fez isso ______ não conseguiu o resultado. ser substituídas por isso.
___A_________________B_______________ a) Falei isso a João.
Qual das alternativas abaixo preenche a lacuna, indican- b) Trabalho é isso.
do que B é um fato anterior a A? c) Isso é trabalho.
a) entretanto
b) pois Realizando uma análise sintática, classificamos os ter-
c) porém mos destacados como objeto direto (a), predicativo do su-
d) enquanto jeito (b) e sujeito (c).
e) e. Mas o ser humano pode produzir frase mais complexas,
constituídas por períodos compostos por mais de um ver-
5.”Deus não fala comigo, e eu sei que Ele me escuta.” O bo, e os mesmos exemplos citados anteriormente podem
conectivo “e” pode ser substituído, sem contrariar o senti- ser assim reescritos:
do, por: a) Falei que não me casaria a João.
a) ou. b) Trabalho é agir com responsabilidade.
b) no entanto c) É importante trabalhar.
c) porém
d) porquanto
O que foi feito? Substituímos os substantivos dos enun-
e) nem
ciados por verbos equivalentes e construímos orações su-
(Exercícios retirados de http://questoesconcursos. bordinadas substantivas.
blogspot.com.br/2011/04/questoes-de-oracoes-coorde-
nadas-para.html)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das orações subordinadas substantivas Orações Substantivas Objetivas Diretas Reduzidas:
a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: quan- Podem integrar/completar o verbo transitivo direto da
do exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração oração principal orações subordinadas marcadas pelo ver-
principal. bo reduzido de infinitivo:
Ex.: Ex.:
Foi importante que você tenha participado da reu- Por isso mesmo, chamamos de orações desenvolvidas
nião. (oração subordinada substantiva subjetiva). as caracterizadas por verbos flexionados e reduzidas com
verbos apresentados no infinitivo.
2) A leitura é fundamental. (sujeito)
É fundamental a leitura. (sujeito) c) Orações Subordinadas Substantivas Objetivas In-
diretas: exercem a função de objeto indireto, completando
É fundamental que você leia. (oração subordinada verbos transitivos indiretos.
substantiva subjetiva) Ex.:
- Estrutura das orações subordinadas substantivas Minha aluna necessita (de) que seus pais a auxiliem.
subjetivas: A coordenação insiste em que os pais auxiliem a aluna.
Nos exemplos acima percebe-se que tanto o verbo ne-
* Verbos de ligação mais predicativo: cessitar quanto o insistir são verbos transitivos indiretos,
exigindo como complemento oração ou palavra antecedi-
É importante – É fundamental – É essencial – Foi im- do por preposição.
prescindível – Permanece preocupante – Está comprovado
d) Oração Subordinada Completiva Nominal: exerce
Ex.: a função de completar o sentido de um NOME, geralmente
É fundamental que as crianças estudem um substantivo abstrato ou adjetivo.
* Expressões iniciadas por verbos na voz passiva:
Ex.:
Sabe-se – Conta-se – Percebe-se – Soube-se – É sabido
– Comenta-se – Foi comprado – Foi anunciado Senti receio de que ele viesse alterado.
Tive medo de o avião atrasar por mais tempo.
Ex.: Ela foi favorável a que João participasse do projeto.
Conta-se que muitos alunos não realizaram a prova.
e) Oração Subordinada Substantiva Predicativa:
* Verbos como: cumprir – convir – importar – acon- cumpre a função de predicativo do sujeito, qualificando o
tecer – ocorrer sujeito enquanto “completa” um verbo de ligação.
Ex.:
Ex.:
Convém que você estude mais. Minha preocupação é que ele não chegue a tempo.
O fundamental é que ela se recuperou bem.
b) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta:
exerce a função de objeto direto, completando verbo tran- f) Oração Subordinada Substantiva Apositiva: exerce
sitivo direto. a função de aposto, esclarecendo algum termo da oração
principal.
Ex.:
Ex.:
Maria não sabe que João viajou. Meu desejo era esse: que ele não voltasse mais.
O deputado perguntou se todos já haviam chegado. Sempre apresentou essa desconfiança: que Joana não
estava cumprindo o contrato.
Chamamos de conjunção integrante a conjunção que a
qual inicia a subordinada substantiva objetiva direta. Isso por-
que a ela cabe a atribuição de iniciar o complemento verbal.
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Pensemos no adjetivo. Enquanto classe gramatical qua- 2) Identifique a alternativa que se encontra uma oração
lificadora, pode especificar uma qualidade referente ao subordinada adjetiva restritiva.
substantivo ou simplesmente apresentar ou esclarecer uma A) Sei que ainda não disse tudo.
característica geral: B) Este é o apartamento que comprei.
Ex.: C) Ela chegou, lavou as mãos e saiu.
a) Maria é a aluna sueca. (Aqui o adjetivo restringe o D) Assim que chegou, dormiu.
substantivo, reduzindo-o a grupo dos estudantes suecos).
b) Todo homem é mortal. ( Já aqui o adjetivo apenas 3) Identifique a alternativa que se encontra uma oração
explica uma qualidade geral). subordinada adjetiva explicativa.
A) Eram músicas que contagiavam.
Da mesma forma, as orações subordinadas adjetivas B) Os homens, que são seres racionais, merecem nosso
podem reduzir o campo semântico ou simplesmente escla- diálogo.
recê-lo e daí vem sua classificação: C) A televisão apresenta cenas que agridem.
a) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: orações D) Viajaram a lugares por onde nunca sonharam passar.
que cumprem a função de particularizar e restringir um ter- (Exercícios retirados de http://provasdeportugues.
mo da oração principal. blogspot.com.br/2014/06/atividades-de-oracoes-subordi-
nadas_25.html)
Ex.:
Encontrei o repórter que vive em Tóquio. GABARITO
Admiro os alunos que estudam Português.
Foi entrevistada a atriz que recebeu o Oscar. 1 -D
Nos exemplos acima todas as orações destacadas são 2 -B
adjetivas restritivas, já que qualificam o nome reduzindo 3–B
seu campo semântico.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
b) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: ao con-
trário da anterior, não apresenta qualificação restritiva, Chamamos de orações subordinadas adverbiais aque-
apenas explica uma ideia na função de esclarecer um ter- las que se acoplam à oração principal denotando uma
mo já citado. Essa oração costuma aparecer entre vírgulas. circunstância, função típica dos advérbios. Quando desen-
Ex.: volvidas, são sempre introduzidas por conjunções subordi-
Lilian, que é economista, prevê a continuação da inflação. nativas adverbiais e classificadas segundo as circunstâncias
O Ramadã, que é o período de jejum dos muçulma- que exprimem.
nos, inicia na próxima segunda. Ex.:
a) Saiu para trabalhar à noite. (o termo destacado é
uma locução adverbial de tempo, já que oferece uma cir-
Diferenças entre as conjunções integrantes e cunstância ao verbo “trabalhar”)
pronomes relativos: o caso da palavra “QUE” b) Saiu para trabalhar quando anoiteceu. (a locução
adverbial foi substituída por uma oração, que exerce a
Vimos que a palavra “que” pode ser uma con- mesma função, apresenta uma circunstância temporal).
junção integrante nas orações subordinadas
As orações subordinadas adverbiais dividem-se em:
substantivas e pronome relativo nas subordina- causais, consecutivas, concessivas, conformativas, compa-
das adjetivas. Como entender a diferença? rativas, finais, proporcionais, condicionais e temporais. Ve-
É fácil: o “que” conjunção integrante completa jamos cada uma delas:
verbos transitivos e o “que” pronome relativo
sucede um nome (e não um verbo) cumprindo a 1) Oração subordinada adverbial causal: expressa a
função de iniciar a qualificação do mesmo. ideia de causa, iniciada pelas conjunções subordinativas
porque, como, uma vez que, visto que, posto que etc…
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3.(PUC) Assinale a alternativa em que a subordinada 8.(UNIMEP) I - Mário estudou muito e foi reprova-
não traduza idéia de consequência, comparação, con- do! II - Mário estudou muito e foi aprovado. Em I e II, a
cessão e causa: conjunção “e” tem, respectivamente, valor:
a.Porquanto, não fosse um ancião convencional, enter- a) aditivo e conclusivo
rou-se de sobrecasaca e polainas. b) adversativo e aditivo
b.Desde que era um ancião convencional, enterrou-se c) aditivo e aditivo
de sobrecasaca e polainas. d) adversativo e conclusivo
c.Ele era um ancião tão convencional que se enterrou e) concessivo e causal
de sobrecasaca e polainas.
d. Ele era um ancião mais convencional do que o que se 9. (UC-MG) A classificação da oração grifada está
enterrou de sobrecasaca e polainas. correta em todas as opções, exceto em:
e.Ele era um ancião convencional, na medida em que se a.Ela sabiaque ele estava fazendo o certo- subordinada
enterrou de sobrecasaca e polaina. substantiva objetiva indireta
b.Era a primeira vezque ficava assim tão perto de uma
4.(FUVEST) Na frase “Entrando na faculdade, procu- mulher- subordinada substantiva subjetiva
rarei emprego.”, a oração subordinada indica idéia de: c.Mas não estava neles modificar um namoroque nas-
a) concessão cera difícil,cercado,travado- subordinada adjetiva
b) lugar d.O momento foi tão intensoque ele teve medo- subor-
c) oposição dinada adverbial consecutiva
d) consequência e.Solta, que você está me machucando- coordenada
e) condição sindética explicativa
5. (EFOA-MG)“Quando vejo certos colegasmostrando 10.(FUVEST) No período: “Ainda que fosse bom jo-
com orgulho aquela rodela imbecil no pescoço ...” O perío- gador, não ganharia a partida”, a oração destacada en-
do que apresenta uma oração com a mesma classificação
cerra idéia de:
da destacada na citação acima é:
a) causa
a) “Mal o sol fugia, começavam as toadas das cantigas.”
b) condição
b) “Caso o encontre, dê-lhe o recado.”
c ) concessão
c) “Dado que a polícia venha, prenderemos o assassino.”
d) proporção
d) “Uma vez que cheguem os reforços, atacaremos a
praça.” e) fim
e) “Contar-lhe-ei o caso, conquanto você guarde segredo.”
11.(PUC) No período: “Apesardisso a palestra de Seu
6.(UFE-PA) No trecho “Cecília ... viu do lado oposto Ribeiro e D. Glória é bastante clara”, a palavra grifada
do rochedo Peri,que a olhava com uma admiração ar- veicula uma idéia de:
dente”, a oração grifada expressa uma a) concessão
a) causa b) condição
b) lugar c) comparação
c) oposição d) modo
d) explicação e) consequência
e) condição
12. (CESGRANRIO) Assinale o período em que ocor-
7.(UF SANTA MARIA-RS) Leia, com atenção, os pe- re a mesma relação significativa indicada pelos termos
ríodos abaixo: destacados em: “A atividade científica é tão natural-
Caso haja justiça social, haverá paz. quanto qualquer outra atividade econômica.”
Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi pro-
fornece uma reprodução fiel da realidade. movido.
Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, b) Quanto mais estuda, menos aprende.
não se escutou um único ruído. c) Tenho tudo quanto quero.
d) Sabia a lição tão bem como eu.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente,
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram
as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
logo.
a) tempo, concessão, comparação
b) tempo, causa, concessão
(Exercícios retirados de http://soslportuguesa.blogs-
c) condição, consequência, comparação
pot.com.br/2011/06/questoes-sobre-oracoes-subordina-
d) condição, concessão, causa
das_24.html)
e) concessão, causa, conformidade
GABARITO
1-a, 2-b, 3-e, 4-e, 5-a, 6-d, 7-d, 8-b, 9-b, 10-c, 11-a, 12-d
84
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96: antecedentes históricos, limites e perspectivas;............................. 01
Gestão e financiamento da educação pública;............................................................................................................................................. 18
Tendências e Concepções Pedagógicas;.......................................................................................................................................................... 20
Projeto Politico Pedagógico................................................................................................................................................................................. 27
Políticas de valorização dos profissionais de educação no Brasil;........................................................................................................ 31
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica;....................................................................................................................... 32
Educação de Jovens e Adultos e Educação Indígena: legislação, estrutura e organização;....................................................... 32
Ensino Fundamental: estrutura, organização e Diretrizes Curriculares............................................................................................... 35
Educação Infantil: diretrizes políticas, desafios e implantação das Diretrizes Curriculares; ....................................................... 37
Sistemas Nacionais de Avaliação da Educação............................................................................................................................................. 40
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
1
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o pre-
adultos, com características e modalidades adequadas às visto no art. 213 da Constituição Federal.
suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que
forem trabalhadores as condições de acesso e permanência Conforme se percebe pelo artigo 4º, divide-se em eta-
na escola; pas a formação escolar, nos seguintes termos:
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da - A educação básica é obrigatória e gratuita. Envolve
educação básica, por meio de programas suplementares a pré-escola, o ensino fundamental e o ensino médio. A
de material didático-escolar, transporte, alimentação e educação infantil deve ser garantida próxima à residência.
assistência à saúde; Com efeito, existe a garantia do direito à creche gratuita.
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, defini- No mais, pessoas fora da idade escolar que queiram com-
dos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de pletar seus estudos têm direito ao ensino fundamental e
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de médio.
ensino-aprendizagem. - A educação superior envolve os níveis mais elevados
X - vaga na escola pública de educação infantil ou de do ensino, da pesquisa e da criação artística, devendo ser
ensino fundamental mais próxima de sua residência a acessível conforme a capacidade de cada um.
toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) - Neste contexto, devem ser assegurados programas
anos de idade. suplementares de material didático-escolar, transporte, ali-
mentação e assistência à saúde.
Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direi- O artigo 5º reitera a gratuidade e obrigatoriedade do
to público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de ensino básico e assegura a possibilidade de se buscar judi-
cidadãos, associação comunitária, organização sindical, en- cialmente a garantia deste direito em caso de negativa pelo
tidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o poder público. Será possível fazê-lo por meio de mandado
Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. de segurança ou ação civil pública. Além da judicialização
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência para fazer valer o direito na esfera cível, cabe em caso de
federativa, deverá: negligência o acionamento na esfera penal, buscando-se a
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em punição por crime de responsabilidade.
idade escolar, bem como os jovens e adultos que não con- Adiante, coloca-se o dever dos pais ou responsáveis
cluíram a educação básica; efetuar a matrícula da criança.
II - fazer-lhes a chamada pública; Por fim, o artigo 7º estabelece a possibilidade do en-
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência sino particular, desde que sejam respeitadas as normas da
à escola. educação nacional, autorizado o funcionamento pelo po-
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Públi- der público e que tenha possibilidade de se manter inde-
co assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obri- pendentemente de auxílio estatal, embora exista previsão
gatório, nos termos deste artigo, contemplando em segui- de tais auxílios em circunstâncias determinadas descritas
da os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as no artigo 213, CF.
prioridades constitucionais e legais.
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste TÍTULO IV
artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, Da Organização da Educação Nacional
na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal,
sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspon- Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
dente. Municípios organizarão, em regime de colaboração, os
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade compe- respectivos sistemas de ensino.
tente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional
poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade. de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade exercendo função normativa, redistributiva e supletiva
de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de em relação às demais instâncias educacionais.
acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemen- § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organi-
te da escolarização anterior. zação nos termos desta Lei.
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a Art. 9º A União incumbir-se-á de:
matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em cola-
(quatro) anos de idade. boração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e institui-
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas ções oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios;
as seguintes condições: III - prestar assistência técnica e financeira aos Es-
I - cumprimento das normas gerais da educação nacio- tados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desen-
nal e do respectivo sistema de ensino; volvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento
II - autorização de funcionamento e avaliação de quali- prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função
dade pelo Poder Público; redistributiva e supletiva;
2
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Dis- VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
trito Federal e os Municípios, competências e diretrizes estadual.
para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos míni- competências referentes aos Estados e aos Municípios.
mos, de modo a assegurar formação básica comum;
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimen- I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e insti-
tos para identificação, cadastramento e atendimento, na tuições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os
educação básica e na educação superior, de alunos com al- às políticas e planos educacionais da União e dos Estados;
tas habilidades ou superdotação; II - exercer ação redistributiva em relação às suas es-
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a colas;
educação; III - baixar normas complementares para o seu siste-
VI - assegurar processo nacional de avaliação do ma de ensino;
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e supe- IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabele-
rior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivan- cimentos do seu sistema de ensino;
do a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do V - oferecer a educação infantil em creches e pré-
ensino; -escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, per-
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação mitida a atuação em outros níveis de ensino somente quan-
e pós-graduação; do estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das área de competência e com recursos acima dos percentuais
instituições de educação superior, com a cooperação dos mínimos vinculados pela Constituição Federal à manuten-
sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ção e desenvolvimento do ensino.
ensino; VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar municipal.
e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda,
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de
por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor
ensino.
com ele um sistema único de educação básica.
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Na-
cional de Educação, com funções normativas e de supervi-
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
são e atividade permanente, criado por lei.
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a in-
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a
cumbência de:
IX, a União terá acesso a todos os dados e informações
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
necessários de todos os estabelecimentos e órgãos edu-
cacionais. II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão financeiros;
ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-
mantenham instituições de educação superior. -aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: cada docente;
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e institui- V - prover meios para a recuperação dos alunos de
ções oficiais dos seus sistemas de ensino; menor rendimento;
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração VI - articular-se com as famílias e a comunidade,
na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar criando processos de integração da sociedade com a escola;
a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus
com a população a ser atendida e os recursos financeiros filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a fre-
disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; quência e rendimento dos alunos, bem como sobre a exe-
III - elaborar e executar políticas e planos educacio- cução da proposta pedagógica da escola;
nais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz
de educação, integrando e coordenando as suas ações e as competente da Comarca e ao respectivo representante do
dos seus Municípios; Ministério Público a relação dos alunos que apresentem
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de edu- percentual permitido em lei.
cação superior e os estabelecimentos do seu sistema de en- IX - promover medidas de conscientização, de prevenção
sino; e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a
V - baixar normas complementares para o seu sistema intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas;
de ensino; X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com de paz nas escolas.
prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem,
respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em sé- VI - o controle de frequência fica a cargo da escola,
ries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância re- conforme o disposto no seu regimento e nas normas do res-
gular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com pectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de
base na idade, na competência e em outros critérios, ou por setenta e cinco por cento do total de horas letivas para
forma diversa de organização, sempre que o interesse do aprovação;
processo de aprendizagem assim o recomendar. VII - cabe a cada instituição de ensino expedir histó-
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive ricos escolares, declarações de conclusão de série e di-
quando se tratar de transferências entre estabelecimentos plomas ou certificados de conclusão de cursos, com as
situados no País e no exterior, tendo como base as normas especificações cabíveis.
curriculares gerais. § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inci-
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às pecu- so I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva,
liaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a cri- no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo
tério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
número de horas letivas previsto nesta Lei. anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir
de 2 de março de 2017.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e § 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de
médio, será organizada de acordo com as seguintes regras educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular,
comuns: adequado às condições do educando, conforme o inciso
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas VI do art. 4º.
horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades res-
distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo tra- ponsáveis alcançar relação adequada entre o número de
balho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, alunos e o professor, a carga horária e as condições ma-
quando houver; ; teriais do estabelecimento.
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino,
primeira do ensino fundamental, pode ser feita: à vista das condições disponíveis e das características regio-
a) por promoção, para alunos que cursaram, com apro- nais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do
veitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; disposto neste artigo.
b) por transferência, para candidatos procedentes de
outras escolas; Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
c) independentemente de escolarização anterior, me- fundamental e do ensino médio devem ter base nacional
diante avaliação feita pela escola, que defina o grau de comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversifica-
inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamen- da, exigida pelas características regionais e locais da socie-
tação do respectivo sistema de ensino; dade, da cultura, da economia e dos educandos.
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão re- § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abran-
gular por série, o regimento escolar pode admitir formas de ger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e
progressão parcial, desde que preservada a sequência do da matemática, o conhecimento do mundo físico e na-
currículo, observadas as normas do respectivo sistema de tural e da realidade social e política, especialmente da
ensino; República Federativa do Brasil, observado, na educação in-
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alu- fantil, o disposto no art. 31, no ensino fundamental, o dis-
nos de séries distintas, com níveis equivalentes de adianta- posto no art. 32, e no ensino médio, o disposto no art. 36.
mento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, § 2º O ensino da arte, especialmente em suas expres-
artes, ou outros componentes curriculares; sões regionais, constituirá componente curricular obrigató-
V - a verificação do rendimento escolar observará os se- rio da educação básica.
guintes critérios: § 3º A educação física, integrada à proposta pedagó-
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho gica da escola, é componente curricular obrigatório da edu-
do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os cação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os facultativa ao aluno:
de eventuais provas finais; I - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos seis horas;
com atraso escolar; II - maior de trinta anos de idade;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries me- III - que estiver prestando serviço militar inicial ou que,
diante verificação do aprendizado; em situação similar, estiver obrigado à prática da educação
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; física;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de pre- IV - amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de ou-
ferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo tubro de 1969;
rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições V - (VETADO);
de ensino em seus regimentos; VI - que tenha prole.
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) ho- Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa,
ras, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de é parte integrante da formação básica do cidadão e cons-
trabalho educacional; titui disciplina dos horários normais das escolas públicas
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversida-
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a de cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
jornada integral; proselitismo.
IV - controle de frequência pela instituição de educação § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedi-
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta mentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso
por cento) do total de horas; e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão
V - expedição de documentação que permita atestar os dos professores.
processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, cons-
tituída pelas diferentes denominações religiosas, para a de-
A educação infantil é ministrada em creches até os 3 finição dos conteúdos do ensino religioso.
anos de idade e em pré-escolas dos 3 aos 5 anos de idade.
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental inclui-
Seção III rá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala
Do Ensino Fundamental de aula, sendo progressivamente ampliado o período de
permanência na escola.
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com dura- § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das
ção de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando- formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei.
-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação § 2º O ensino fundamental será ministrado progres-
básica do cidadão, mediante: sivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo ensino.
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e
O ensino fundamental inicia-se aos 6 anos de idade e
do cálculo;
tem duração de 9 anos. Além de objetivar a alfabetização,
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sis-
também incentiva a formação do cidadão, da pessoa em
tema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que
contato com o mundo que o cerca estabelecendo vínculos
se fundamenta a sociedade;
de solidariedade e amizade. O ensino fundamental deve
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
ser presencial, em regra. O ensino religioso é facultativo. A
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades
carga horária diária é de no mínimo 4 horas.
e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços
Seção IV
de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que Do Ensino Médio
se assenta a vida social.
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação bá-
ensino fundamental em ciclos. sica, com duração mínima de três anos, terá como finali-
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão re- dades:
gular por série podem adotar no ensino fundamental o re- I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimen-
gime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação tos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o pros-
do processo de ensino-aprendizagem, observadas as nor- seguimento de estudos;
mas do respectivo sistema de ensino. II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz
língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupa-
a utilização de suas línguas maternas e processos próprios ção ou aperfeiçoamento posteriores;
de aprendizagem. III - o aprimoramento do educando como pessoa hu-
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o en- mana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da
sino a distância utilizado como complementação da apren- autonomia intelectual e do pensamento crítico;
dizagem ou em situações emergenciais. IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnoló-
§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obri- gicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a
gatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças prática, no ensino de cada disciplina.
e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de
13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular defi-
do Adolescente, observada a produção e distribuição de nirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio,
material didático adequado. conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído seguintes áreas do conhecimento:
como tema transversal nos currículos do ensino fundamen- I - linguagens e suas tecnologias;
tal. II - matemática e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
com a devida atenção a conhecimentos que permitam o Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível mé-
ingresso do aluno no ensino universitário e na carreira de dio articulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B
trabalho. Neste ponto, a LDB sofreu alterações recentes desta Lei, será desenvolvida de forma:
pela Medida Provisória nº 746/2016, convertida na Lei nº I - integrada, oferecida somente a quem já tenha con-
13.415, de 2017, que foi alvo de inúmeras críticas, nota- cluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de
damente por estabelecer como facultativos conhecimen- modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica
tos que antes eram tidos como obrigatórios. Para entender de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-
melhor esta questão, percebe-se que na verdade a pro- -se matrícula única para cada aluno;
posta é a especificação de matrizes ainda durante o ensino II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino
médio: o aluno poderá escolher em quais áreas de conheci- médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas dis-
mento pretende se concentrar. Por exemplo, um aluno que tintas para cada curso, e podendo ocorrer:
não queira se especializar em ciências humanas, não teria a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as
a obrigação de cursar matérias como história e geografia. oportunidades educacionais disponíveis;
Um aluno que não tenha interesse em ir para a universida- b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se
de e já queira ingressar no mercado de trabalho, terá aulas as oportunidades educacionais disponíveis;
concentradas em formação técnica e profissional, apren- c) em instituições de ensino distintas, mediante convê-
dendo marcenaria, mecânica, administração, entre outras nios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e
questões. As áreas que podem ser optadas são as seguin- ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado.
tes: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tec-
nologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profis-
humanas e sociais aplicadas; formação técnica e profissio- sional técnica de nível médio, quando registrados, terão
nal. As únicas matérias estabelecidas como obrigatórias validade nacional e habilitarão ao prosseguimento de
são: português, matemática, artes, educação física, filosofia estudos na educação superior.
e sociologia – estas quatro últimas inicialmente seriam fa- Parágrafo único. Os cursos de educação profissional
técnica de nível médio, nas formas articulada concomitante
cultativas, mas devido a pressões sociais foram colocadas
e subsequente, quando estruturados e organizados em eta-
como obrigatórias. Ainda é cedo para dizer se realmente
pas com terminalidade, possibilitarão a obtenção de certifi-
este será o rumo conferido pela reforma, eis que a Base
cados de qualificação para o trabalho após a conclusão, com
Nacional Comum Curricular que detalhará estas questões
aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualifi-
ainda está em discussão.
cação para o trabalho.
Seção IV-A
A educação profissional e técnica pode se dar durante
Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
o Ensino Médio, notadamente se o estudante fizer a op-
ção por esta categoria de ensino (o ensino médio pode
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste ser voltado à formação técnico-profissional, preparando o
Capítulo, o ensino médio, atendida a formação geral do edu- jovem para o ingresso no mercado de trabalho indepen-
cando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões dentemente de ensino universitário), quanto após o Ensino
técnicas. Médio, em instituições próprias de ensino técnico-profis-
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho sionalizante (neste sentido, há cursos técnicos-profissio-
e, facultativamente, a habilitação profissional poderão ser nais com menor duração que os cursos de ensino superior
desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino mé- e que são equiparados a este).
dio ou em cooperação com instituições especializadas em
educação profissional. Seção V
Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível mé-
dio será desenvolvida nas seguintes formas: Art. 37. A educação de jovens e adultos será desti-
I - articulada com o ensino médio; nada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade
concluído o ensino médio. própria e constituirá instrumento para a educação e a
Parágrafo único. A educação profissional técnica de ní- aprendizagem ao longo da vida.
vel médio deverá observar: § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes cur- aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os es-
riculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de tudos na idade regular, oportunidades educacionais apro-
Educação; priadas, consideradas as características do alunado, seus
II - as normas complementares dos respectivos sistemas interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cur-
de ensino; sos e exames.
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos ter- § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso
mos de seu projeto pedagógico. e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações
integradas e complementares entre si.
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular- Art. 42. As instituições de educação profissional e tec-
-se, preferencialmente, com a educação profissional, na nológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos
forma do regulamento. especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula
à capacidade de aproveitamento e não necessariamente
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames ao nível de escolaridade.
supletivos, que compreenderão a base nacional comum do
currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em ca- A educação profissional e tecnológica pode se dar não
ráter regular. apenas no ensino médio, mas também em instituições pró-
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se- prias, que podem conferir inclusive diploma de formação
-ão: em nível superior. Exemplos: FATEC, SENAI, entre outros.
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os O acesso a este tipo de ensino não necessariamente exige
maiores de quinze anos; conclusão dos níveis prévios de educação, eis que seu prin-
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os cipal objetivo não é o ensino de conteúdos típicos, mas sim
maiores de dezoito anos. a capacitação profissional.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos
educandos por meios informais serão aferidos e reconhe- CAPÍTULO IV
cidos mediante exames. DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
A educação de jovens e adultos objetiva permitir a Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
conclusão do ensino fundamental e médio para aqueles I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento
que já ultrapassaram a idade regular em que isso deveria do espírito científico e do pensamento reflexivo;
ter acontecido. II - formar diplomados nas diferentes áreas de co-
nhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais
CAPÍTULO III e para a participação no desenvolvimento da sociedade bra-
Da Educação Profissional e Tecnológica sileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tec-
cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se nologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, de-
aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimen- senvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
sões do trabalho, da ciência e da tecnologia. IV - promover a divulgação de conhecimentos cultu-
§ 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica rais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da
poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibi- humanidade e comunicar o saber através do ensino, de pu-
litando a construção de diferentes itinerários formativos, blicações ou de outras formas de comunicação;
observadas as normas do respectivo sistema e nível de en- V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento
sino. cultural e profissional e possibilitar a correspondente concre-
§ 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá tização, integrando os conhecimentos que vão sendo adqui-
os seguintes cursos: ridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhe-
I – de formação inicial e continuada ou qualificação cimento de cada geração;
profissional; VI - estimular o conhecimento dos problemas do
II – de educação profissional técnica de nível médio; mundo presente, em particular os nacionais e regionais,
III – de educação profissional tecnológica de gra- prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer
duação e pós-graduação. com esta uma relação de reciprocidade;
§ 3º Os cursos de educação profissional tecnológica de VII - promover a extensão, aberta à participação da
graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que con- população, visando à difusão das conquistas e benefícios re-
cerne a objetivos, características e duração, de acordo com sultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecno-
as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Con- lógica geradas na instituição.
selho Nacional de Educação. VIII - atuar em favor da universalização e do aprimo-
ramento da educação básica, mediante a formação e a
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pe-
em articulação com o ensino regular ou por diferentes dagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão
estratégias de educação continuada, em instituições es- que aproximem os dois níveis escolares.
pecializadas ou no ambiente de trabalho.
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profis- cursos e programas:
sional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes
de avaliação, reconhecimento e certificação para prossegui- níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam
mento ou conclusão de estudos. aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, des-
de que tenham concluído o ensino médio ou equivalente;
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham I - em página específica na internet no sítio eletrônico
concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido clas- oficial da instituição de ensino superior, obedecido o seguinte:
sificados em processo seletivo; a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como
III - de pós-graduação, compreendendo programas de título “Grade e Corpo Docente”;
mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoa- b) a página principal da instituição de ensino superior,
mento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos bem como a página da oferta de seus cursos aos ingressan-
de graduação e que atendam às exigências das instituições tes sob a forma de vestibulares, processo seletivo e outras
de ensino; com a mesma finalidade, deve conter a ligação desta com a
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam página específica prevista neste inciso;
aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio
de ensino. eletrônico, deve criar página específica para divulgação das
§ 1º. Os resultados do processo seletivo referido no informações de que trata esta Lei;
inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos d) a página específica deve conter a data completa de
pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória a sua última atualização;
II - em toda propaganda eletrônica da instituição de en-
divulgação da relação nominal dos classificados, a respec-
sino superior, por meio de ligação para a página referida no
tiva ordem de classificação, bem como do cronograma das
inciso I;
chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para
III - em local visível da instituição de ensino superior e de
preenchimento das vagas constantes do respectivo edital. fácil acesso ao público;
§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as ins- IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente,
tituições públicas de ensino superior darão prioridade de de acordo com a duração das disciplinas de cada curso ofe-
matrícula ao candidato que comprove ter renda familiar recido, observando o seguinte:
inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda fa- a) caso o curso mantenha disciplinas com duração dife-
miliar, quando mais de um candidato preencher o critério renciada, a publicação deve ser semestral;
inicial. b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do
§ 3º O processo seletivo referido no inciso II conside- início das aulas;
rará as competências e as habilidades definidas na Base c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo
Nacional Comum Curricular. docente até o início das aulas, os alunos devem ser comuni-
cados sobre as alterações;
Art. 45. A educação superior será ministrada em ins- V - deve conter as seguintes informações:
tituições de ensino superior, públicas ou privadas, com a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição
variados graus de abrangência ou especialização. de ensino superior;
b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular
Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, de cada curso e as respectivas cargas horárias;
bem como o credenciamento de instituições de educa- c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas
ção superior, terão prazos limitados, sendo renovados, em cada curso, as disciplinas que efetivamente ministrará
periodicamente, após processo regular de avaliação. naquele curso ou cursos, sua titulação, abrangendo a qualifi-
§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências cação profissional do docente e o tempo de casa do docente,
eventualmente identificadas pela avaliação a que se refere de forma total, contínua ou intermitente.
este artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, con- § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveita-
forme o caso, em desativação de cursos e habilitações, em mento nos estudos, demonstrado por meio de provas e
intervenção na instituição, em suspensão temporária de outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados
por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a
prerrogativas da autonomia, ou em descredenciamento.
duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos
§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo
sistemas de ensino.
responsável por sua manutenção acompanhará o processo
§ 3º É obrigatória a frequência de alunos e professores,
de saneamento e fornecerá recursos adicionais, se neces- salvo nos programas de educação a distância.
sários, para a superação das deficiências. § 4º As instituições de educação superior oferecerão,
no período noturno, cursos de graduação nos mesmos
Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, in- padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo
dependente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, ga-
trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado rantida a necessária previsão orçamentária.
aos exames finais, quando houver.
§ 1º As instituições informarão aos interessados, antes Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconheci-
de cada período letivo, os programas dos cursos e demais dos, quando registrados, terão validade nacional como
componentes curriculares, sua duração, requisitos, qualifi- prova da formação recebida por seu titular.
cação dos professores, recursos disponíveis e critérios de § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão
avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condi- por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por ins-
ções, e a publicação deve ser feita, sendo as 3 (três) primei- tituições não-universitárias serão registrados em universi-
ras formas concomitantemente: dades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.
11
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por univer- V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos
sidades estrangeiras serão revalidados por universidades em consonância com as normas gerais atinentes;
públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equi- VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;
valente, respeitando-se os acordos internacionais de reci- VII - firmar contratos, acordos e convênios;
procidade ou equiparação. VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos
§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expe- de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em
didos por universidades estrangeiras só poderão ser reco- geral, bem como administrar rendimentos conforme dispo-
nhecidos por universidades que possuam cursos de pós- sitivos institucionais;
-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma
conhecimento e em nível equivalente ou superior. prevista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos es-
tatutos;
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão X - receber subvenções, doações, heranças, legados e
a transferência de alunos regulares, para cursos afins, na cooperação financeira resultante de convênios com entida-
hipótese de existência de vagas, e mediante processo sele- des públicas e privadas.
tivo. Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão -científica das universidades, caberá aos seus colegiados de
na forma da lei. ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários
disponíveis, sobre:
Art. 50. As instituições de educação superior, quando I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;
da ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas II - ampliação e diminuição de vagas;
de seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem III - elaboração da programação dos cursos;
capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo IV - programação das pesquisas e das atividades de ex-
seletivo prévio. tensão;
V - contratação e dispensa de professores;
Art. 51. As instituições de educação superior credencia-
VI - planos de carreira docente.
das como universidades, ao deliberar sobre critérios e nor-
mas de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta
Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público
os efeitos desses critérios sobre a orientação do ensino mé-
gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial
dio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas
para atender às peculiaridades de sua estrutura, organiza-
de ensino.
ção e financiamento pelo Poder Público, assim como dos
seus planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal.
Art. 52. As universidades são instituições pluridiscipli-
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribui-
nares de formação dos quadros profissionais de nível supe-
rior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do ções asseguradas pelo artigo anterior, as universidades pú-
saber humano, que se caracterizam por: blicas poderão:
I - produção intelectual institucionalizada mediante I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e
o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, administrativo, assim como um plano de cargos e salários,
tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos dispo-
e nacional; níveis;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titu- II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformi-
lação acadêmica de mestrado ou doutorado; dade com as normas gerais concernentes;
III - um terço do corpo docente em regime de tempo III - aprovar e executar planos, programas e projetos de
integral. investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em
Parágrafo único. É facultada a criação de universidades geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo
especializadas por campo do saber. Poder mantenedor;
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são assegura- V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às
das às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes suas peculiaridades de organização e funcionamento;
atribuições: VI - realizar operações de crédito ou de financiamen-
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e to, com aprovação do Poder competente, para aquisição de
programas de educação superior previstos nesta Lei, obede- bens imóveis, instalações e equipamentos;
cendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras
respectivo sistema de ensino; providências de ordem orçamentária, financeira e patrimo-
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, ob- nial necessárias ao seu bom desempenho.
servadas as diretrizes gerais pertinentes; § 2º Atribuições de autonomia universitária poderão
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesqui- ser estendidas a instituições que comprovem alta qualifica-
sa científica, produção artística e atividades de extensão; ção para o ensino ou para a pesquisa, com base em avalia-
IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacida- ção realizada pelo Poder Público.
de institucional e as exigências do seu meio;
12
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu As universidades públicas gozam de estatuto jurídico
Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e especial.
desenvolvimento das instituições de educação superior por As instituições públicas devem obedecer ao princípio
ela mantidas. da gestão democrática, assegurado pela existência de ór-
gãos colegiados deliberativos que mesclem membros da
Art. 56. As instituições públicas de educação superior comunidade, do corpo docente e do corpo discente.
obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegu-
rada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de CAPÍTULO V
que participarão os segmentos da comunidade institucional, DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
local e regional.
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocupa- Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efei-
rão setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado tos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e mo-
preferencialmente na rede regular de ensino, para educan-
dificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha
dos com deficiência, transtornos globais do desenvolvi-
de dirigentes.
mento e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio es-
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior,
o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas sema- pecializado, na escola regular, para atender às peculiarida-
nais de aulas. des da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes,
A educação superior se funda no tripé: ensino, pesqui- escolas ou serviços especializados, sempre que, em função
sa e extensão. No viés do ensino, objetiva-se propiciar o das condições específicas dos alunos, não for possível a sua
acesso ao conhecimento técnico e científico, tanto dentro integração nas classes comuns de ensino regular.
do ambiente acadêmico quanto fora dele; no aspecto pes- § 3º A oferta de educação especial, nos termos
quisa, busca-se desenvolver os conhecimentos já existen- do caput deste artigo, tem início na educação infantil e
tes; no aspecto extensão, pretende-se atingir a comunida- estende-se ao longo da vida, observados o inciso III do art.
de por meio de atividades que possam ir além dos ambien- 4º e o parágrafo único do art. 60 desta Lei.
tes acadêmicos, inserindo-se no cotidiano da vida social. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educan-
Classicamente, a educação superior se dá nos níveis de dos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
graduação, cujo acesso se dá por meio dos vestibulares, e e altas habilidades ou superdotação:
pós-graduação, cujo acesso também se dá por processos I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos
seletivos próprios, funcionando como complementação e organização específicos, para atender às suas necessida-
ao ensino superior. Entretanto, o ensino superior também des;
pode se dar em cursos sequenciais e em cursos de exten- II - terminalidade específica para aqueles que não
são, de menor duração e complexidade. puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino
O ensino superior pode ser ministrado em instituições fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração
públicas ou privadas. Independentemente da natureza da para concluir em menor tempo o programa escolar para os
instituição, é necessário respeitar as regras mínimas sobre superdotados;
duração do ano letivo, programas de curso, componentes III - professores com especialização adequada em ní-
curriculares, etc. vel médio ou superior, para atendimento especializado, bem
O diploma faz prova da formação.
como professores do ensino regular capacitados para a inte-
É possível a transferência entre instituições. A transfe-
gração desses educandos nas classes comuns;
rência a pedido está condicionada a número de vagas e a
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua
processo seletivo. As transferências de ofício se sujeitam a
efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições
critérios próprios. Um exemplo de transferência de ofício
se dá no caso de remoção de servidor público de ofício no adequadas para os que não revelarem capacidade de inser-
interesse da Administração (caso o servidor ou seu depen- ção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
dente estude em instituição pública na cidade onde estava órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresen-
lotado, tem o direito de ser transferido para a instituição tam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual
pública da nova lotação). ou psicomotora;
É possível que uma pessoa assista aulas nas instituições V - acesso igualitário aos benefícios dos programas
públicas independentemente de vínculo com o curso, des- sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do
de que haja vagas disponíveis. ensino regular.
Para propiciar o desenvolvimento institucional, exige-
-se que pelo menos 1/3 do corpo docente da instituição Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro na-
possua mestrado ou doutorado, bem como que 1/3 do cional de alunos com altas habilidades ou superdotação
corpo docente se dedique exclusivamente à docência. matriculados na educação básica e na educação superior, a
Em que pesem as regras mínimas acerca do ensino su- fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas
perior, as instituições de ensino superior são dotadas de ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse aluna-
autonomia para se organizarem. do.
13
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com IV - profissionais com notório saber reconhecido pe-
altas habilidades ou superdotação, os critérios e procedi- los respectivos sistemas de ensino, para ministrar conteúdos
mentos para inclusão no cadastro referido no caput deste de áreas afins à sua formação ou experiência profissional,
artigo, as entidades responsáveis pelo cadastramento, os atestados por titulação específica ou prática de ensino em
mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as políticas unidades educacionais da rede pública ou privada ou das
de desenvolvimento das potencialidades do alunado de que corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamen-
trata o caput serão definidos em regulamento. te para atender ao inciso V do caput do art. 36;
V - profissionais graduados que tenham feito com-
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino plementação pedagógica, conforme disposto pelo Conse-
estabelecerão critérios de caracterização das instituições lho Nacional de Educação.
privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação
exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação
financeiro pelo Poder Público. básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena,
Parágrafo único. O poder público adotará, como alter- admitida, como formação mínima para o exercício do magistério
nativa preferencial, a ampliação do atendimento aos edu- na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino funda-
candos com deficiência, transtornos globais do desenvolvi- mental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.
mento e altas habilidades ou superdotação na própria rede § 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Mu-
pública regular de ensino, independentemente do apoio às nicípios, em regime de colaboração, deverão promover a
instituições previstas neste artigo. formação inicial, a continuada e a capacitação dos profis-
sionais de magistério.
A educação especial volta-se a educandos com defi- § 2º A formação continuada e a capacitação dos pro-
ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas fissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecno-
habilidades ou superdotação. Para que ela seja efetivada, logias de educação a distância.
exige-se a especialização das instituições de ensino e de § 3º A formação inicial de profissionais de magistério
dará preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fa-
seus profissionais.
zendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância.
§ 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Mu-
TÍTULO VI
nicípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e
Dos Profissionais da Educação
permanência em cursos de formação de docentes em nível
superior para atuar na educação básica pública.
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação
§ 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Mu-
escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e
nicípios incentivarão a formação de profissionais do ma-
tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: gistério para atuar na educação básica pública mediante
I – professores habilitados em nível médio ou supe- programa institucional de bolsa de iniciação à docência a
rior para a docência na educação infantil e nos ensinos estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de gra-
fundamental e médio; duação plena, nas instituições de educação superior.
II – trabalhadores em educação portadores de di- § 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer
ploma de pedagogia, com habilitação em administração, nota mínima em exame nacional aplicado aos concluintes
planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacio- do ensino médio como pré-requisito para o ingresso em
nal, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o
mesmas áreas; Conselho Nacional de Educação - CNE.
III - trabalhadores em educação, portadores de diplo- § 7º (VETADO).
ma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou § 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes
afim; e terão por referência a Base Nacional Comum Curricular.
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos
respectivos sistemas de ensino para ministrar conteú- Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o
dos de áreas afins à sua formação para atender o dispos- inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo
to no inciso V do caput do art. 36. técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo
Parágrafo único. A formação dos profissionais da edu- habilitações tecnológicas.
cação, de modo a atender às especificidades do exercício Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada
de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes para os profissionais a que se refere o caput, no local de
etapas e modalidades da educação básica, terá como fun- trabalho ou em instituições de educação básica e superior,
damentos: incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores
I – a presença de sólida formação básica, que propi- de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação.
cie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de
suas competências de trabalho; Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão:
II – a associação entre teorias e práticas, mediante I - cursos formadores de profissionais para a edu-
estágios supervisionados e capacitação em serviço; cação básica, inclusive o curso normal superior, destinado
III – o aproveitamento da formação e experiências à formação de docentes para a educação infantil e para as
anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades. primeiras séries do ensino fundamental;
14
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
II - programas de formação pedagógica para portado- área afim que habilite para o ensino de matérias específicas
res de diplomas de educação superior que queiram se dedi- (ex.: profissional do Direito pode lecionar português, filoso-
car à educação básica; fia e sociologia). Além disso, devem possuir experiência em
III - programas de educação continuada para os pro- atividades de ensino. Quanto ao ensino superior, exige-se
fissionais de educação dos diversos níveis. pós-graduação, que pode ser uma simples especialização,
embora deva preferencialmente se possuir mestrado ou
Art. 64. A formação de profissionais de educação para doutorado. No âmbito do ensino público, exige-se valori-
administração, planejamento, inspeção, supervisão e orien- zação do profissional, criando-se plano de carreira e aper-
tação educacional para a educação básica, será feita em feiçoando-se as condições de trabalho.
cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-gra-
duação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta TÍTULO VII
formação, a base comum nacional. Dos Recursos financeiros
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação su- Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educa-
perior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas ção os originários de:
horas. I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério II - receita de transferências constitucionais e outras
superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritaria- transferências;
mente em programas de mestrado e doutorado. III - receita do salário-educação e de outras contribui-
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por uni- ções sociais;
versidade com curso de doutorado em área afim, poderá su- IV - receita de incentivos fiscais;
prir a exigência de título acadêmico. V - outros recursos previstos em lei.
15
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este ar-
desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com tigo será calculado pela União ao final de cada ano, com
vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições validade para o ano subsequente, considerando variações
educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades
destinam a: de ensino.
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e
demais profissionais da educação; Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de dos Estados será exercida de modo a corrigir, progressiva-
instalações e equipamentos necessários ao ensino; mente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mí-
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao nimo de qualidade de ensino.
ensino; § 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas vi- fórmula de domínio público que inclua a capacidade de
sando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo
expansão do ensino; Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da
V - realização de atividades-meio necessárias ao funcio- manutenção e do desenvolvimento do ensino.
namento dos sistemas de ensino; § 2º A capacidade de atendimento de cada governo
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas será definida pela razão entre os recursos de uso constitu-
públicas e privadas; cionalmente obrigatório na manutenção e desenvolvimen-
VII - amortização e custeio de operações de crédito des- to do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão
tinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; mínimo de qualidade.
VIII - aquisição de material didático-escolar e manuten- § 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e
ção de programas de transporte escolar. 2º, a União poderá fazer a transferência direta de recursos
a cada estabelecimento de ensino, considerado o número
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e de alunos que efetivamente frequentam a escola.
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser
desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
exercida em favor do Distrito Federal, dos Estados e dos
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de en-
Municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino
sino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que
de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10
não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualida-
e o inciso V do art. 11 desta Lei, em número inferior à sua
de ou à sua expansão;
capacidade de atendimento.
II - subvenção a instituições públicas ou privadas de ca-
ráter assistencial, desportivo ou cultural;
Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no
III - formação de quadros especiais para a administração
artigo anterior ficará condicionada ao efetivo cumprimento
pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do disposto nesta
IV - programas suplementares de alimentação, assistên- Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.
cia médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e ou-
tras formas de assistência social; Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às esco-
V - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para las públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; confessionais ou filantrópicas que:
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educa- I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distri-
ção, quando em desvio de função ou em atividade alheia à buam resultados, dividendos, bonificações, participações ou
manutenção e desenvolvimento do ensino. parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto;
II - apliquem seus excedentes financeiros em educação;
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e de- III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra
senvolvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder
balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que Público, no caso de encerramento de suas atividades;
se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal. IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos rece-
bidos.
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritaria- § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser
mente, na prestação de contas de recursos públicos, o cum- destinados a bolsas de estudo para a educação básica, na
primento do disposto no art. 212 da Constituição Federal, no forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares
na legislação concernente. da rede pública de domicílio do educando, ficando o Poder
Público obrigado a investir prioritariamente na expansão
Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Dis- da sua rede local.
trito Federal e os Municípios, estabelecerá padrão mínimo § 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão
de oportunidades educacionais para o ensino fundamen- poderão receber apoio financeiro do Poder Público, inclu-
tal, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de sive mediante bolsas de estudo.
assegurar ensino de qualidade.
16
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
No aspecto orçamentário, merece destaque a exigên- Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvi-
cia de dedicação de parcela mínima dos impostos da União mento e a veiculação de programas de ensino a distân-
(18%) e dos Estados e Distrito Federal (25%) voltada à edu- cia, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de
cação. Ainda, coloca-se o papel de suplementação e redis- educação continuada.
tribuição da União em relação aos Estados e Municípios § 1º A educação a distância, organizada com abertura
e dos Estados com relação aos Municípios, repassando-se e regime especiais, será oferecida por instituições especifica-
verbas para permitir que estas unidades federativas consi- mente credenciadas pela União.
gam lograr êxito em oferecer parâmetro mínimo de quali- § 2º A União regulamentará os requisitos para a reali-
dade no ensino que é de sua incumbência. zação de exames e registro de diploma relativos a cursos
de educação a distância.
TÍTULO VIII § 3º As normas para produção, controle e avaliação de
Das Disposições Gerais programas de educação a distância e a autorização para
sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colabo- ensino, podendo haver cooperação e integração entre os
ração das agências federais de fomento à cultura e de as- diferentes sistemas.
sistência aos índios, desenvolverá programas integrados de § 4º A educação a distância gozará de tratamento
ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilín- diferenciado, que incluirá:
gue e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes I - custos de transmissão reduzidos em canais comer-
objetivos: ciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros
I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, meios de comunicação que sejam explorados mediante au-
a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação torização, concessão ou permissão do poder público;
de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas II - concessão de canais com finalidades exclusivamente
e ciências; educativas;
II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder
acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos Público, pelos concessionários de canais comerciais.
da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-
-índias. Art. 81. É permitida a organização de cursos ou insti-
tuições de ensino experimentais, desde que obedecidas as
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os disposições desta Lei.
sistemas de ensino no provimento da educação intercultural
às comunidades indígenas, desenvolvendo programas inte- Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas
grados de ensino e pesquisa. de realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei
§ 1º Os programas serão planejados com audiência das federal sobre a matéria.
comunidades indígenas.
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluí- Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica,
dos nos Planos Nacionais de Educação, terão os seguintes admitida a equivalência de estudos, de acordo com as nor-
objetivos: mas fixadas pelos sistemas de ensino.
I - fortalecer as práticas socioculturais e a língua mater-
na de cada comunidade indígena; Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser
II - manter programas de formação de pessoal especia- aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respecti-
lizado, destinado à educação escolar nas comunidades in- vas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo
dígenas; com seu rendimento e seu plano de estudos.
III - desenvolver currículos e programas específicos, neles
incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respec- Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titula-
tivas comunidades; ção própria poderá exigir a abertura de concurso públi-
IV - elaborar e publicar sistematicamente material didá- co de provas e títulos para cargo de docente de instituição
tico específico e diferenciado. pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor
§ 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo não concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direi-
de outras ações, o atendimento aos povos indígenas efe- tos assegurados pelos arts. 41 da Constituição Federal e 19
tivar-se-á, nas universidades públicas e privadas, mediante do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
a oferta de ensino e de assistência estudantil, assim como
de estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas Art. 86. As instituições de educação superior constituídas
especiais. como universidades integrar-se-ão, também, na sua condi-
ção de instituições de pesquisa, ao Sistema Nacional de
Art. 79-A. (VETADO). Ciência e Tecnologia, nos termos da legislação específica.
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Para o cálculo dos 18% são computados apenas os im- A União fica com um terço dos recursos mais os 10%
postos, conforme estabelecido pelo parágrafo 212 da CF, do FNDE. Os outros dois terços dos 90% ficam com Estados
que diz que a União aplicará nunca menos de 18% e os e Municípios, em razão direta ao número de matrículas de
Estados e Distrito Federal e os Municípios, nunca menos cada ente federado, de acordo com o censo escolar do ano
que 25% da receita resultante dos impostos e transferên- anterior.
cias constitucionais. E, ainda neste mesmo artigo, está dito Além do salário-educação o FNDE possui verbas oriun-
que o ensino fundamental terá o acréscimo da contribui- das de outras contribuições sociais. O Fundo desenvolve
ção social do salário-educação, recolhidos pelas empresas. alguns projetos importantes, tais como: Programa Dinheiro
(A emenda 53 de 2006 modificou isso, acrescentando as Direto na Escola (PDDE), Programa Nacional de Alimentação
outras etapas de ensino). Escolar (PNAE), Brasil Alfabetizado, Apoio ao Atendimento à
A fórmula de cálculo é a seguinte: Após os repasses Educação de Jovens e Adultos (Fazendo escola/PEJA) e Pro-
obrigatórios para os fundos de participação de Estados e grama Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate).
Municípios e dos Estados para os Municípios (esses repas- Os fundos, criados em 1996 – para manutenção e
ses são feitos para diminuir o impacto das grandes dife- desenvolvimento do ensino fundamental- Fundef- e em
renças de arrecadação e para aumentar o poder de investi- 2007 – substituindo o anterior e visando à educação básica
mento de Estados e Municípios, levando em consideração como um todo- Fundeb- representam uma tentativa de ra-
que a União arrecada aproximadamente 70% dos tributos, cionalização do gasto educação. Podemos dizer que além
os Estados perto de 25% e os Municípios em torno de 5%), da vinculação de recursos, conforme explicado acima, há a
as porcentagens são retiradas do bolo restante. Isso ocorre subvinculação.
para não haver dupla contabilização. O Fundef, criado com inspiração no que estava re-
Os recursos transferidos são destinados à Manutenção gistrado nas Disposições transitórias da CF, que dizia que
e Desenvolvimento do Ensino, conforme o disposto no ar- em 10 anos o poder público deveria aplicar 50% do total
tigo 212 da CF, regulamentado pela LDB, ou seja, para o de recursos para educação na universalização do ensino
grupo de ações que estão dentro deste critério. As ativida- fundamental e na drástica redução do analfabetismo. No
des suplementares, tais como merenda, uniformes, dinhei- entanto, o Fundef só seria aprovado 8 anos depois, esten-
ro direito na escola são financiados com outros recursos dendo por mais dez anos o disposto na disposições transi-
administrados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento tórias, mas retirando a meta da alfabetização, pois partiam
da Educação (FNDE), com recursos provenientes, dentre
do perverso princípio de que universalizando o ensino fun-
outras fontes, do salário-educação, recolhido pela União,
damental estariam resolvendo por inércia o analfabetismo.
que uma parte para Estados e Municípios.
A Educação de jovens e adultos também não foi retira-
da do Fundef. Podemos dizer que o Fundo foi um avanço
O que significa a Manutenção e Desenvolvimento do
para o ensino fundamental, que está praticamente univer-
Ensino (MDE)? O que está dentro disso?
salizado, mas o fato de os outros níveis de ensino terem
Apesar de vaga a expressão MDE, ela diz respeito a
ações específicas, que focam diretamente o ensino. Ações ficado fora do bolo, fez com que, especialmente, a edu-
estas especificadas pela LDB, artigo 70. São elas: cação infantil e o ensino médio ficassem com um prejuízo
- Remunerar e aperfeiçoar os profissionais da educa- enorme.
ção; Pois cada ente federado deveria separar 60% do bolo
- Adquirir, manter, construir e conservar instalações e de recursos para o Fundef e o restante aplicar em suas
equipamentos necessários ao ensino (construção de esco- prioridades, ou seja, Estados em ensino médio e municí-
las, por exemplo); pios em educação infantil (creche e pré-escola). No caso
- Usar e manter serviços relacionados ao ensino tais da União, após o repasse ela deveria aplicar o restante no
como aluguéis, luz, água, limpeza etc. ensino superior e cumprir a função redistributiva, ou seja,
- Realizar estudos e pesquisas visando o aprimoramen- aqueles Estados que não conseguissem atingir o mínimo
to da qualidade e expansão do ensino, planos e projetos de recursos para o Fundo teria complementação da União,
educacionais. o que nunca ocorreu como deveria.
- Realizar atividades meio necessárias ao funcionamen- O Fundef, apesar de seus avanços, trouxe um grande
to do ensino como vigilância, aquisição de materiais. prejuízo ao desenvolvimento do ensino médio e educação
- Conceder bolsas de estudo a alunos de escolas pú- infantil, conforme podemos observar hoje, com os grandes
blicas e privadas. déficits de oferta destes níveis. Isso foi um dos motivos que
- Adquirir material didático escolar. levaram às instituições que lutam por uma educação de
- Manter programas de transporte escolar. qualidade para todos, se movessem para substituir o Fun-
def, pelo Fundeb.
Além dessas receitas, há outras fontes, tais como o Três anos após a implantação do Fundef, vários seg-
salário-educação, que é recolhido das empresas, sobre o mentos sociais já percebiam que o fundo não era suficiente
cálculo de suas folhas de pagamento. Essa receita é divi- para suprir as grandes necessidades da política e em 1999
dida entre União, Estados e Municípios. Quem arrecada a foi apresentada uma nova proposta ao Parlamento. A Pro-
contribuição é o INSS, que fica com 1% a título de adminis- posta de Emenda Constitucional que criava o Fundeb. No
tração e repassa o restante para o FNDE, que desconta 10% entanto, só em 2006 ela foi aprovada e passou a valer a
e dividi os 90% da seguinte forma: partir de 2007.
19
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Como sempre houve um sub financiamento da educação, ao Fundeb foram acrescidos novos recursos, como os oriun-
dos do IPVA, por exemplo, ampliou o financiamento, mas ampliou, também o número de alunos atendidos, não equacio-
nando, ainda, a questão do sub financiamento.
O cálculo do Fundeb também é feito de acordo com o número de matrícula na educação básica pública de acordo com
os dados do último censo escolar, feito anualmente. Divide-se o montante pelo número de matriculados para se obter o
valor aluno e em seguida repassar aos Estados e municípios a parte que cabe a cada um. Aqueles que não atingirem o valor
mínimo por aluno deverão ter complementação da União. Já se verificou que a União, em muitos momentos, subdimen-
siona o custo por aluno para não ter de efetuar a complementação para os diversos estados que não conseguiriam atingir
o piso.
Os Estados receberão recursos de acordo com o número de matrículas no ensino fundamental e médio e os Municípios
com base no ensino fundamental e educação infantil.
Neste texto objetiva-se sistematizar as características do pensamento pedagógico de diferentes autores sobre a con-
textualização dos ambientes educativos de onde emergem a compreensão de homem, mundo e sociedade; compreender
o papel do professor, do aluno, da escola e dos elementos que compõem o ambiente escolar; estabelecer relação entre as
tendências pedagógicas e a prática docente que os professores adotam na sala de aula. Além disso, busca-se verificar os
pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tendências pedagógicas na prática escolar brasileira, numa
tentativa de contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.
As tendências pedagógicas definem o papel do homem e da educação no mundo, na sociedade e na escola, o que re-
percute na prática docente em sala de aula graças a elementos constitutivos que envolvem o ato de ensinar e de aprender.
A seguir, serão apresentados, os pensamentos pedagógicos dos estudiosos Paulo Freire, José Carlos Libâneo, Fernando
Becker e Maria das Graças Nicoletti Mizukami.
20
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
O saber é uma doação dos que se julgam A ação dialógica se dá entre os sujeitos “ainda
sábios aos que julgam nada saber. Doação que tenham níveis distintos de função, portanto,
Professor-
que se funda numa das manifestações de responsabilidade somente pode realizar-se na
aluno
instrumentais da ideologia da opressão – a comunicação”. Abomina, dentre outras coisas, a
absolutização da ignorância. dependência dominadora.
Conhecimento é algo que, por ser imposto, O comprometimento com a transformação social é a
Aprendizagem
passa a ser absorvido passivamente. premissa da educação Libertadora.
A partir desse quadro-síntese constata-se que a Educação Bancária fundamenta-se numa prática narradora, sem diá-
logo, para a transmissão e avaliação de conhecimento numa relação vertical – o saber é fornecido de cima para baixo – e
autoritária, pois manda aquele que sabe.
O método da concepção bancária é a opressão, o antidiálogo. Configura-se então a educação exercida como uma
prática da dominação, “em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos,
guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam”.
Na educação problematizadora, o conhecimento deve vir do contato do homem com o seu mundo, que é dinâmico,
e não como um ato de doação. Supera-se, pois a relação vertical e se estabelece a relação dialógica, que supõe uma troca
de conhecimento.
Freire (1982) destaca que o “educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo
com o educando que, ao ser educado, também educa”. Para o autor a dialogicidade é a essência da Educação Libertadora.
Além disso, outras características são necessárias para que ela se concretize tais como: colaboração, união, organização e
síntese cultural.
Ao desenvolver uma epistemologia do conhecimento, Freire parte de uma reflexão acerca de uma experiência concreta
para desenvolver sua metodologia dialética: ação-reflexão- ação. Metodologia que parte da problematização da prática
concreta, vai à teoria estudando-a e reelaborando-a criticamente e retorna à prática para transformá-la. Nesta concepção,
o diálogo se apresenta como condição fundamental para sua concretização.
Ele nos apresenta sua teoria metodológica a partir da sua prática refletida na alfabetização de jovens e adultos, inicia-
da na década de 1960. O trabalho, que foi denominado como “método Paulo Freire”, ou “método de conscientização” foi
desenvolvido, a partir de uma leitura de mundo, em cinco fases: levantamento do universo vocabular, temas geradores e
escolha de palavras geradoras, criação de situações existenciais típicas do grupo, elaboração de fichas-roteiro e leitura de
fichas com a decomposição das famílias fonêmicas. Apesar do reconhecimento da qualidade emancipatória do processo de
alfabetização divulgada e experienciada em vários países, Freire insistiu que as experiências não podem ser transplantadas,
mas reinventadas. Nesse sentido, o da reinvenção, é que acreditamos nas possibilidades didáticas das experiências com a
pedagogia freireana.
Ele reforça a importância da participação democrática e o exercício da autonomia para construção dos projetos políti-
copedagógicos. Em oposição, condena os novos pacotes pedagógicos impostos sem a participação da comunidade escolar
e incentiva a incorporação de múltiplos saberes necessários à prática de educação crítica. Para isso, referencia o respeito
aos saberes socialmente construídos na prática comunitária e sugere que se discuta com os alunos a razão de ser de alguns
desses saberes em relação ao ensino dos conteúdos e às razões políticas ideológicas.
21
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
homem, num processo cumulativo, sem reconstrução ou mentos e a experiência da Didática brasileira vem, em sua
questionamento. A aprendizagem se dá de forma recepti- maioria, do movimento da Escola Nova (entendida como
va, automática, sem que seja necessário acionar as habili- “direção da aprendizagem” e que considera o aluno como
dades mentais do educando além da memorização. sujeito da aprendizagem). Nessa concepção pedagógica, o
Seu método enfatiza a transmissão de conteúdos e a professor deve deixar o aluno em condições mais adequa-
assimilação passiva. É ainda intuitivo, baseado na estimu- das possíveis para que possa partir das suas necessidades
lação dos sentidos e na observação. Através da memori- e ser estimulado pelo ambiente para vivenciar experiências
zação, da repetição e da exposição verbal, o educador e buscar por si mesmo o conhecimento.
chega a um interrogatório (tipo socrático), estimulando o Segundo Libâneo (1994), essa tendência, no Brasil, se-
individualismo e a competição. Envolve cinco passos que, gue duas versões distintas: a Renovada Progressivista (que
segundo Friedrich Herbart, são os seguintes: preparação, se refere a processos internos de desenvolvimento do in-
recordação, associação, generalização e aplicação. divíduo; não confundir com progressista, que se refere a
Libâneo (1994) afirma ainda que o ensino é centrado processos sociais) ou Pragmatista, inspirada nos Pioneiros
no professor que expõe e interpreta o conhecimento. Às da Escola Nova, e a Tendência Renovada não-Diretiva, ins-
vezes, o conteúdo de ensino é apresentado com auxílio de pirada em Carl Rogers e A. S. Neill, que se volta muito mais
objetos, ilustrações ou exemplos, embora o meio principal para os objetivos de desenvolvimento pessoal e relações
seja a palavra, a exposição oral. Supõe-se que ouvindo e fa- interpessoais (sendo que este último não chegou a desen-
zendo exercícios repetitivos, os alunos “gravam” o assunto volver um sistema a respeito dos métodos da educação).
para depois reproduzi-lo quando forem interrogados pelo Seu método de ensino é o ativo, que inicialmente se ca-
professor ou através das provas. Para isso, é importante racteriza pelo método “aprender fazendo” e, após a jun-
que o aluno “preste atenção” para que possa registrar mais ção dos cinco passos propostos por Dewey (experiência,
facilmente, na memória, o que é transmitido. problema, pesquisa, ajuda discreta do professor, estudo do
Desse modo, o aluno é um recebedor do conteúdo, meio natural e social), desenvolve o “aprender a aprender”,
cabendo-lhe a obrigação de memorizá-lo. Os objetivos das que, privilegiando os estudos independentes e também os
aulas, explícitos ou não no planejamento dos professores, estudos em grupo, seleciona uma situação vivida pelo edu-
referem-se à formação de um aluno ideal, desvinculado cando que seja desafiante e que careça de uma solução
da sua realidade concreta. O professor tende a encaixar os para um problema prático. Para Saviani, por estes motivos
alunos num modelo idealizado de homem que nada tem a e outros de ordem política, a Escola Nova, seguidora des-
ver com a vida presente e futura. sas vertentes, acaba por aprimorar o ensino das elites e
O conteúdo a ser ensinado é tratado isoladamente, isto rebaixar o das classes populares. Mas, mesmo recebendo
é, desvinculado dos interesses dos alunos e dos proble- esse tipo de crítica, podemos considerá-la como o mais
mas reais da sociedade e da vida. O método de ensino é forte movimento “renovador” da educação brasileira.
dado pela lógica e sequência do assunto, modo pelo qual Para a tendência renovada, o papel da educação é o
o professor se apoia para comunicar-se desconsiderando o de atender as diferenças individuais, as necessidades e in-
processo cognitivo desenvolvido pelos alunos para apren- teresses dos educandos, enfatizando os processos mentais
der. Todavia, alguns 5 métodos intuitivos foram incorpo- e 6 habilidades cognitivas necessárias à adaptação do ho-
rados ao ensino tradicional, baseando-se na apresentação mem ao meio social. O educando é, portanto, o centro e
de dados ligados à sensibilidade dos alunos de modo que sujeito do conhecimento.
eles pudessem observá-los e, a partir daí, formar imagens Nessa perspectiva, Libâneo (1994) afirma que o alu-
mentais. Muitos professores ainda acham que “partir do no aprende melhor tudo o que faz por si próprio. Não se
concreto” constitui-se na chave do ensino atualizado. Essa trata apenas de aprender fazendo, no sentido de trabalho
ideia, entretanto, já fazia parte da Pedagogia Tradicional manual, de ações de manipulação de objetos. Trata-se de
porque o concreto (mostrar objetos, ilustrações, gravuras, colocar o aluno frente a situações que mobilizem suas ha-
entre outros) serve apenas para que o aluno grave na men- bilidades intelectuais de criação, de expressão verbal, es-
te o que é captado pelos sentidos. O material concreto é crita, plástica, entre outras formas de exercício cognitivo.
mostrado, demonstrado, manipulado, mas o aluno não lida O centro da atividade escolar, portanto, não é o professor
mentalmente com ele, não o repensa, não o reelabora com nem a matéria, mas o aluno em seu caráter ativo e investi-
o seu próprio pensamento. A aprendizagem é, portanto, gador. O professor incentiva, orienta, organiza as situações
receptiva, automática, não mobilizando a atividade mental de aprendizagem, adequando-as às capacidades de carac-
do aluno e o desenvolvimento de suas capacidades intelec- terísticas individuais dos alunos.
tuais, embora tenham surgido nos últimos anos inúmeras Assim, essa didática ativa valoriza métodos e técnicas
propostas de renovação das abordagens do processo ensi- como o trabalho em grupo, as atividades cooperativas, o
noaprendizagem, como as sugestões presentes nos atuais estudo individual, as pesquisas, os projetos, as experimen-
Parâmetros Curriculares Nacionais. tações, dentre outros, bem como os métodos de reflexão
A Pedagogia Renovada, por outro lado, retoma as- e método científico de descobrir conhecimentos. Tanto na
pectos referentes às perspectivas progressivistas baseadas organização das experiências de aprendizagem como na
em John Dewey, bem como a não-diretiva inspirada em seleção de métodos, importa o processo de aprendizagem
Carl Rogers, a culturalista, a piagetiana, a montessoriana e e não diretamente o ensino. O melhor método é aquele
outras. Todavia, o que caracteriza fortemente os conheci- que atende às exigências psicológicas do aprender.
22
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Em síntese, a tendência dessa escola é deixar os conhe- e Matemática, com relação ao uso de manuais didáticos
cimentos sistematizados em segundo plano, valorizando com essas características (tecnicistas), especificamente ins-
mais o processo de aprendizagem e os fatores que possibi- trumentais. Essa tendência didática tem como objetivo a
litam o desenvolvimento das capacidades e habilidades in- racionalização do ensino, o uso de meios e técnicas mais
telectuais de quem aprende. Desse modo, os adeptos dessa eficazes, cujo sistema de instrução é composto de:
tendência didática acreditam que o professor não ensina,
mas orienta o aluno durante o processo de aprendizagem, - Especificação de objetivos instrucionais a serem ope-
sugerindo assim uma didática não diretiva no ensinoapren- racionalizados;
dizagem. Isso porque o conhecimento ocorre a partir de - Avaliação prévia dos alunos para estabelecer pré-re-
um processo ativo de busca do aprendiz e orientado pelo quisitos visando alcançar os objetivos;
professor, constituindo-se, então, o eixo norteador da ação - Ensino ou organização das experiências de aprendi-
educativa, centrada nas atividades de investigação. zagem;
A Tendência Liberal Tecnicista tem seu início com o de- - Avaliação dos alunos relativa ao que se propôs nos
clínio, no final dos anos 60, da Escola Renovada, quando, objetivos iniciais.
mais uma vez, sob a instalação do regime militar no país, as
elites dão ênfase a um outro tipo de educação direcionada O arranjo mais simplificado dessa sequência resultou
às massas, a fim de conservar a posição de dominação, ou na seguinte sequência: objetivos, conteúdos, estratégias,
seja, manter o status quo dominante. avaliação. O professor é um administrador e executor do
Atendendo os interesses da sociedade capitalista, ins- planejamento, o meio de previsão das ações a serem exe-
pirada especialmente na teoria behaviorista, corrente com- cutadas e dos meios necessários para se atingir os obje-
portamentalista organizada por Skinner e na abordagem tivos. De acordo com essa tendência, os livros didáticos
sistêmica de ensino, traz como verdade absoluta a neutra- usados nas escolas eram, e ainda são, elaborados, em sua
lidade científica e a transposição dos acontecimentos na- maioria, com base na tecnologia da instrução, ou seja, sob
turais à sociedade. a forma de atividades dirigidas nas quais os alunos seguem
Negando os determinantes sociais, o tecnicismo tinha etapas sequenciadas que os levem ao alcance dos objeti-
como princípios a racionalidade, a eficiência, a produtivi- vos previamente estabelecidos, sem que possam exercitar
dade e a neutralidade científica, produzindo, no âmbito a sua criatividade cognitiva.
educacional, uma enorme distância entre o planejamento Se, nas Tendências Liberais, a escola possuía uma fun-
- preparado por especialistas e não por educadores, seus ção equalizadora, nas Tendências Progressistas, derivada
meros executores - e a prática educativa. das teorias críticas, ela passa a ser analisada como repro-
Nesse período, a educação passa a ter seu trabalho dutora das desigualdades de classe e reforçadora do modo
parcelado, fragmentado, a fim de produzir determinados de produção capitalista.
produtos desejáveis pela sociedade capitalista e industrial. Tendo surgido na França a partir de 1968 e no Brasil
Muitas propostas surgem como enfoque sistêmico, o mi- com a Revolução Cultural, nas Tendências Progressistas,
croensino, o tele-ensino, a instrução programada, entre a escola passa a ser vista não mais como redentora, mas
outras. Subordina a educação à sociedade, tendo como como reprodutora da classe dominante. Snyders (1994) foi
função principal a produção de indivíduos competentes, o primeiro a usar o termo “Pedagogia Progressista”, partin-
ou seja, a preparação da mão-de-obra especializada para o do de uma análise crítica da realidade social, sustentando,
mercado de trabalho a ser consolidado. Neste contexto, a implicitamente, as finalidades sociais e políticas da educa-
pedagogia tecnicista termina contribuindo ainda mais para ção.
o caos no campo educativo, gerando, assim, a inviabilidade Nessa perspectiva, Libâneo (1994), designa à Pedago-
do trabalho pedagógico. gia Progressista três tendências:
Seu método é o da transmissão e recepção de infor- A Pedagogia Progressista Libertadora que, partindo
mações. Nele, o educando é submetido a um processo de de uma análise crítica das realidades sociais, sustenta os
controle do comportamento, a fim de que os objetivos fins sociopolíticos da educação. Teve seu início com Pau-
operacionais previamente estabelecidos possam ser atin- lo Freire, nos anos 60, rebelando-se contra toda forma de
gidos. Trata-se do “aprender fazendo”. autoritarismo e dominação, defendendo a conscientização
Trata-se de uma tendência pedagógica que ganhou como processo a ser conquistado pelo homem, através da
certa autonomia quando se constituiu especificamente problematização de sua própria realidade. Sendo revolu-
como tendência independente, inspirada na teoria beha- cionária, ela preconizava a transformação da sociedade e
viorista da aprendizagem. De acordo com Libâneo (1994), acreditava que a educação, por si só, não faria tal revo-
essa orientação acabou sendo imposta às escolas pelos or- lução, embora fosse uma ferramenta importante e funda-
ganismos oficiais ao longo de boa parte das décadas que mental nesse processo.
constituíram o regime militar de governo, por ser compatí- A teoria educacional freireana é utópica, em seu sen-
vel com a orientação econômica, política e ideológica des- tido de vir-a-ser, de inédito viável, expressões usadas por
se regime político, então vigente. Freire, e esperançosa, porque deposita na transformação
Atualmente, ainda percebemos a predominância des- do homem a ideia de que mudar é possível e de que não
sas características tecnicistas em alguns cursos de forma- estamos necessariamente imobilizados por estarmos sub-
ção de professores, principalmente das áreas de Ciências metidos a papéis pré-determinados em uma sociedade de
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
classes. Segundo ele, apesar de os seguidores dessa ten- mas sim em um processo de participação ativa nas discus-
dência não terem tido a preocupação com uma proposta sões e nas ações práticas sobre as questões da realidade
pedagógica explícita, havia uma didática implícita em seus social de todos os envolvidos. Nesse processo, a discussão,
“círculos de cultura”, sendo cerne da atividade pedagógica os relatos da experiência vivida, a socialização das informa-
a discussão de temas sociais e políticos, que a nós parece ções, a pesquisa participante, o trabalho de grupo, entre
ser claro o método dialógico, usado para o despertar da outros atos educativo-reflexivos, fazem emergir temas ge-
consciência política. radores que podem ser sistematizados de modo a conso-
A Pedagogia Progressista Libertária tem como ideia lidar o conhecimento pelo aluno, com as orientações do
básica modificações institucionais, que, a partir dos níveis professor.
subalternos, vão “contaminando” todo o sistema, sem mo- A tendência libertadora tem sido a perspectiva didáti-
delos e recusando-se a considerar qualquer forma de po- ca mais praticada com muito êxito em vários setores dos
der ou autoridade. movimentos sociais, como sindicatos, associações de bair-
Percebemos esta tendência como decorrência de uma ro, comunidades religiosas, entre outros. Parte desse êxito
abertura para uma sociedade democrática, que vai se fir- deve-se ao fato de tal tendência ser utilizada entre adul-
mando lentamente a partir do início dos anos 80, com a tos que vivenciam uma prática política e em situações nas
volta dos exilados políticos e a liberdade de expressão nos quais o debate sobre a problemática econômica, social e
meios acadêmicos, políticos e culturais do país. Firman- política pode ser aprofundado com a orientação de intelec-
do-se os interesses por escolas realmente democráticas e tuais comprometidos com os interesses populares.
inclusivas e a ideia do projeto políticopedagógico da es- A Pedagogia Progressista Críticossocial dos Conteú-
cola como forma de identificação política que atenda aos dos, tendo sido fortalecida a princípio na Europa e depois
interesses locais e regionais, primando por uma educação no Brasil, a partir da década de 80, foi considerada como
de qualidade para todos. A participação em grupos e mo- sinônimo de pedagogia dialética, no sentido da “dialógica”.
vimentos sociais na sociedade, além dos muros escolares, Firmando-se como teoria que busca captar o movimento
é incentivada e ampliada, trazendo para dentro dela a ne- objetivo do processo histórico, uma vez que concebe o ho-
mem através do materialismo histórico-marxista, trata-se
cessidade de concretizar a democracia, através de eleições
de uma síntese superadora do que há de significado na
para conselhos, direção da escola, grêmios estudantis e ou-
Pedagogia Tradicional e na Escola Nova, direcionando o
tras formas de gestão participativa.
ensino para a superação dos problemas cotidianos da prá-
No Brasil, os libertários recebem a influência do pen-
tica social e, ao mesmo tempo, buscando a emancipação
samento de Celestin Freinet e suas técnicas nas quais os
intelectual do educando, 10 considerado um ser concreto,
próprios alunos organizavam os seus planos de trabalho.
inserido num contexto de relações sociais. Da articulação
O método de ensino é a própria autogestão, tornando o
entre a escola e a assimilação dos conteúdos por parte des-
interesse pedagógico dependente de suas necessidades ou te aluno concreto é que resulta o saber criticamente elabo-
do próprio grupo. rado (Libâneo, 1990).
Para Libâneo (1994), na didática centrada na Pedago- Essa tendência prioriza o domínio dos conteúdos cien-
gia Libertadora, o professor busca desenvolver o processo tíficos, os métodos de estudo, habilidades e hábitos de ra-
educativo como tarefa que se dá no interior dos grupos ciocínio científico, como modo de formar a consciência crí-
sociais e, por isso, ele é o coordenador ou o animador das tica face à realidade social, instrumentalizando o educando
atividades que se organizam sempre pela ação conjunta como sujeito da história, apto a transformar a sociedade e
dele e dos alunos. Não há, portanto, uma proposta explíci- a si próprio. Seu método de ensino parte da prática social,
ta de Didática e muitos dos seus seguidores, entendendo constituindo tanto o ponto de partida como o ponto de
que toda didática resumir-se-ia ao seu caráter tecnicista, chegada, porém, melhor elaborado teoricamente.
instrumental, meramente prescritivo, até recusam admitir o
papel dessa disciplina na formação dos professores. c) Fernando Becker: Pedagogia Diretiva, Pedagogia
Há, nessa perspectiva pedagógica, uma didática implí- Não-Diretiva e Pedagogia Relacional
cita na orientação das atividades escolares de modo que o Fernando Becker (2001) desenvolveu a ideia de mode-
professor se coloque diante de sua classe como um orien- los pedagógicos e modelos epistemológicos para explicar
tador da aprendizagem dos seus alunos. Entretanto, essas os pressupostos pelos quais cada professor atua. Apre-
atividades estão centradas na discussão de temas sociais e senta, então, três modelos: Pedagogia Diretiva, Pedagogia
políticos, ou seja, o foco do ensino é a realidade social, em Não-Diretiva e Pedagogia Relacional.
que o professor e os alunos estão envolvidos. Assim, eles
analisam os problemas da realidade do contexto socioeco- Pedagogia Diretiva
nômico e cultural da sua comunidade com seus recursos e Na Pedagogia Diretiva o professor acredita que o co-
necessidades, visando ao desenvolvimento de ações cole- nhecimento é transmitido para o aluno. Este por sua vez,
tivas para a busca de descrição, análise e soluções para os não tem nenhum saber, não o tinha no nascimento e não o
problemas extraídos da realidade. tem a cada novo conteúdo. O professor, com essa prática,
fundamenta-se numa epistemologia pela qual o sujeito é o
As atividades escolares não se constituem meramente elemento conhecedor, totalmente determinado pelo mun-
da exploração dos conteúdos de ensino, já sistematizados do do objeto ou pelos meios físicos e sociais. Essa episte-
nos livros didáticos ou previstos pelos programas oficiais, mologia é representada da seguinte forma:
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rituais que materializam as medidas políticas não permite manda a caracterização do universo sociocultural da clien-
ilusões: mergulhados na necessidade de cumprimento das tela escolar e evidencia os interesses e as necessidades dos
formalidades burocráticas, transitaram pela escola obede- educandos na organização do trabalho didático propria-
cendo a horários rígidos estabelecidos pela Secretaria de mente dito, o que implica:
Educação, preenchendo quantidades infindáveis de papéis, a) definir objetivos - em função dos três níveis de
planilhas, encaminhando processos e fazendo negociações aprendizagem: aquisição, reelaboração e produção de co-
com a comunidade em torno da escola para doações, cola- nhecimentos
borações e trocas de notas fiscais. [...] Observou-se, ainda, b) prever conteúdos - tendo como critérios de seleção
que professores e equipe de direção procuravam explicitar a finalidade de que eles atuem como instrumento de com-
à comunidade as medidas impostas, de um lado, mas, de preensão crítica da realidade e como elo propiciador da
outro, demonstravam cumprir de maneira ritual as normas autonomia
e a regulamentação legal, alegando terem sido demanda- c) selecionar procedimentos metodológicos - conside-
dos apenas para executarem tarefas. rando os diferentes níveis de aprendizagem e a natureza da
Observa-se, assim, um distanciamento entre as propo- área do conhecimento
sições do planejamento ao nível do sistema educacional e d) estabelecer critérios e procedimentos de avaliação
sua incorporação pelas escolas, ao planejar suas próprias - considerando a finalidade de intervenção e retomada no
ações. Isso implica que se considere que, na relação entre processo de ensino e aprendizagem, sempre que neces-
esses dois âmbitos do planejamento, produzem-se media- sário.
ções que muitas vezes escapam ao controle puro e sim- Nessa forma de planejamento de ensino, a avaliação
ples dos propositores das políticas educacionais. É nesse da aprendizagem adquire especial relevância, uma vez que
movimento, muitas vezes, que se consolida a autonomia não pode constituir-se unicamente em forma de verifica-
das escolas, que se constitui, no entanto, de forma sempre ção do que o aluno aprendeu. Antes de mais nada, deve
relativa. servir como parâmetro de avaliação do trabalho do próprio
professor.
O planejamento no âmbito do ensino Estabelecer critérios mais ou menos rigorosos de ava-
liação não é tarefa difícil. Difícil é saber trabalhar com os
Lopes (1992) indica alguns pressupostos para um pla- resultados obtidos, de modo a construir instrumentos de
nejamento de ensino que considere a dinamicidade do co- análise que permitam intervir no processo de ensino e
nhecimento escolar e sua articulação com a realidade his- aprendizagem, no momento em que ele está ocorrendo.
tórica. São eles: produzir conhecimentos tem o significado A avaliação da aprendizagem, nessa acepção, não
de processo, de reflexão permanente sobre os conteúdos pode ocorrer somente após ter-se concluído um período
aprendidos buscando analisá-los sob diferentes pontos de letivo (bimestre, semestre etc.), mas é processo, sem o qual
vista; significa desenvolver a atitude de curiosidade cien- se compromete, irremediavelmente, a qualidade do ensino.
tífica, de investigação da realidade, não aceitando como Avaliar o desempenho do educando não pode se tor-
conhecimentos perfeitos e acabados os conteúdos trans- nar, ainda, mecanismo de coerção, por parte do professor,
mitidos pela escola. num exercício arbitrário de poder. A avaliação, enquanto
O processo de seleção da cultura, materializado no mecanismo disciplinar, traumatiza e anula individualida-
currículo e, em especial, nos conhecimentos a serem tra- des, mediante a imposição da visão de mundo daquele que
balhados, deverão estar intimamente relacionados à expe- pretensamente detém o saber.
riência de vida dos alunos, não como mera aplicabilidade Desse modo, a avaliação da aprendizagem deve cons-
dos conteúdos ao cotidiano, mas como possibilidade de tituir-se em instrumento por meio do qual o professor pos-
conduzir a uma apropriação significativa desses conteú- sa ter condições de saber se houve, e em que medida hou-
dos. Como afirma Lopes, “essa relação, inclusive, mostra-se ve, a apropriação do conhecimento de forma significativa
como condição necessária para que ao mesmo tempo em por parte do aluno.
que ocorra a transmissão de conhecimentos, proceda-se a Deve permitir, ainda, ao professor reconhecer se houve
sua reelaboração com vistas à produção de novos conhe- adequação em termos de suas opções metodológicas, bem
cimentos”. como evidenciar em que medida as relações pedagógicas
Desse modo, o planejamento de ensino passa a ser estabelecidas contribuíram para o processo de ensino e
compreendido de forma estreitamente vinculada às rela- aprendizagem. Torna-se, assim, elemento ímpar para o pla-
ções que se produzem entre a escola e o contexto históri- nejamento das ações docentes.
co-cultural em que a educação se realiza. Nessa perspec- Essa perspectiva de planejamento de ensino toma, ain-
tiva, deve-se levar em conta, ainda, as articulações entre o da, como principais diretrizes:
planejamento do ensino e o planejamento global da esco- 1) que a ação de planejar implica a participação de to-
la, explicitado em seu Projeto Políticopedagógico. dos os elementos envolvidos no processo
O planejamento de ensino se verifica, portanto, como 2) a necessidade de se priorizar a busca da unidade
um elemento integrador entre a escola e o contexto social. entre teoria e prática
Em virtude desse seu caráter integrador, é fundamental 3) que o planejamento deve partir da realidade concre-
que (o planejamento) se paute em alguns elementos: no ta e estar voltado para atingir as finalidades da educação
estudo real da escola em relação ao contexto, o que de- básica definidas no projeto coletivo da escola
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
4) o reconhecimento da dimensão social e histórica do põe explicações similares às de Piaget, quanto ao processo
trabalho docente. de aprendizagem. Atribui importância ao modo como o ma-
Nessa abordagem, o planejamento ultrapassa o caráter terial a ser aprendido é disposto, assim como Gestalt, valori-
de instrumental meramente técnico e adquire a condição zando o conceito de estrutura e arranjos de ideias. “Aprovei-
de conferir materialidade às ações politicamente definidas tar o potencial que o indivíduo traz e valorizar a curiosidade
pelos sujeitos da escola. natural da criança são princípios que devem ser observados
Diante dessas dificuldades, muitos professores fazem pelo educador”.
a opção pelo isolamento, comprometendo, dessa forma, a A escola não deve perder de vista que a aprendizagem
possibilidade de potencialização do trabalho pedagógico de um novo conceito envolve a interação com o já aprendido.
pelo não reconhecimento de sua natureza coletiva. Portanto, as experiências e vivências que o aluno traz consi-
É justamente nesse momento que a força do coleti- go favorecem novas aprendizagens. Bruner chama a atenção
vo deve-se mostrar não como imposição, mas como elo para o fato de que as matérias ou disciplinas tais como estão
catalisador, com vistas a orientar um trabalho pedagógico organizadas nos currículos, constituem-se muitas vezes divi-
consistente e orgânico ao Projeto Políticopedagógico da sões artificiais do saber. Por isso, várias disciplinas possuem
escola. princípios comuns sem que os alunos – e algumas vezes os
próprios professores – analisem tal fato, tornando o ensino
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM uma repetição sem sentido, em que apenas respondem a co-
mandos arbitrários, Bruner propõe o ensino pela descoberta.
A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre O método da descoberta não só ensina a criança a resolver
durante toda a vida do indivíduo, desde a mais tenra infân- problemas da vida prática, como também garante a ela uma
cia até a mais avançada velhice. Normalmente uma criança compreensão da estrutura fundamental do conhecimento,
deve aprender a andar e a falar; depois a ler e escrever, possibilitando assim economia no uso da memória, e a trans-
aprendizagens básicas para atingir a cidadania e a partici- ferência da aprendizagem no sentido mais amplo e total.
pação ativa na sociedade. Já os adultos precisam aprender Segundo Bock (2001), a preocupação de Bruner é que a
habilidades ligadas a algum tipo de trabalho que lhes for-
criança aprenda a aprender corretamente, ainda que “corre-
neça a satisfação das suas necessidades básicas, algo que
tamente” assuma, na prática, sentidos diferentes para as dife-
lhes garanta o sustento. As pessoas idosas embora nossa
rentes faixas etárias. Para que se garanta uma aprendizagem
sociedade seja reticente quanto às suas capacidades de
correta, o ensino deverá assegurar a aquisição e permanência
aprendizagem podem continuar aprendendo coisas com-
do aprendido (memorização), de forma a facilitar a aprendi-
plexas como um novo idioma ou ainda cursar uma faculda-
zagem subsequente (transferência). Este é um método não
de e virem a exercer uma nova profissão.
estruturado, portanto o professor deve estar preparado para
O desenvolvimento geral do indivíduo será resultado
lidar com perguntas e situações diversas. O professor deve
de suas potencialidades genéticas e, sobretudo, das habili-
dades aprendidas durante as várias fases da vida. A apren- conhecer a fundo os conteúdos a serem tratados. Deve estar
dizagem está diretamente relacionada com o desenvolvi- apto a conhecer respostas corretas e reconhecer quando e
mento cognitivo. porque as respostas alternativas estão erradas. Também ne-
As passagens pelos estágios da vida são marcadas por cessita saber esperar que os alunos cheguem à descoberta,
constante aprendizagem. “Vivendo e aprendendo”, diz a sem apressa-los, mas garantindo a execução de um progra-
sabedoria popular. Assim, os indivíduos tendem a melho- ma mínimo. Deve também ter cuidado para não promover
rar suas realizações nas tarefas que a vida lhes impõe. A um clima competitivo que gere, ansiedade e impeça alguns
aprendizagem permite ao sujeito compreender melhor as alunos de aprender.
coisas que estão à sua volta, seus companheiros, a natureza O modelo de ensino e aprendizagem de David P. Au-
e a si mesmo, capacitando-o a ajustar-se ao seu ambiente subel (1980) caracteriza-se como um modelo cognitivo que
físico e social. apresenta peculiaridades bastante interessantes para os pro-
A teoria da instrução de Jerome Bruner (1991), um au- fessores, pois centraliza-se, primordialmente, no processo de
têntico representante da abordagem cognitiva, traz contri- aprendizagem tal como ocorre em sala de aula. Para Ausubel,
buições significativas ao processo ensino-aprendizagem, aprendizagem significa organização e integração do material
principalmente à aprendizagem desenvolvida nas escolas. aprendido na estrutura cognitiva, estrutura esta na qual essa
Sendo uma teoria cognitiva, apresenta a preocupação com organização e integração se processam.
os processos centrais do pensamento, como organização Psicólogos e educadores têm demonstrado uma cres-
do conhecimento, processamento de informação, raciocí- cente preocupação com o modo como o indivíduo apren-
nio e tomada de decisão. Considera a aprendizagem como de e, desde Piaget, questões do tipo: “Como surge o co-
um processo interno, mediado cognitivamente, mais do que nhecer no ser humano? Como o ser humano aprende? O
como um produto direto do ambiente, de fatores externos conhecimento na escola é diferente do conhecimento da
ao aprendiz. Apresenta-se como o principal defensor do mé- vida diária? O que é mais fácil esquecer?” atravessaram as
todo de aprendizagem por descoberta (insight). investigações científicas. Assim, deve interessar à escola
A teoria de Bruner apresenta muitos pontos semelhantes saber como criança, adolescentes e adultos elaboram seu
às teorias de Gestalt e de Piaget. Bruner considera a existên- conhecer, haja vista que a aquisição do conhecimento é a
cia de estágios durante o desenvolvimento cognitivo e pro- questão fundamental da educação formal.
29
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
A psicologia cognitiva preocupa responder estas ques- Como o ato pedagógico de ensino-aprendizagem
tões estudando o dinamismo da consciência. A aprendi- constitui-se, ao longo prazo, num projeto de formação hu-
zagem é, portanto, a mudança que se preocupa com o eu mana, propomos que esta formação seja orientada por um
interior ao passar de um estado inicial a um estado final. processo de autonomia que ocorra pela produção autôno-
Implica normalmente uma interação do indivíduo com o ma do conhecimento, como forma de promover a demo-
meio, captando e processando os estímulos selecionados. cratização dos saberes e como modo de elaborar a crítica
O ato de ensinar envolve sempre uma compreensão da realidade existente.
bem mais abrangente do que o espaço restrito do profes- Isto quer dizer que só há crítica se houver produção
sor na sala de aula ou às atividades desenvolvidas pelos autônoma do conhecimento elaborado através de uma
alunos. Tanto o professor quanto o aluno e a escola encon- prática efetiva da pesquisa. Entendemos que é pela prática
tram-se em contextos mais globais que interferem no pro- da pesquisa que exercitamos a reflexão sobre a realidade
cesso educativo e precisam ser levados em consideração como forma de sistematizar metodologicamente nosso
na elaboração e execução do ensino. olhar sobre o mundo para podermos agir sobre os proble-
Ensinar algo a alguém requer, sempre, duas coisas: uma mas. Isto quer dizer que não pesquisamos por pesquisar e
visão de mundo (incluídos aqui os conteúdos da apren- nem refletimos por refletir. Tanto a reflexão quanto à pes-
dizagem) e planejamento das ações (entendido como um quisa são meios pelos quais podemos agir como sujeitos
processo de racionalização do ensino). A prática de pla- transformadores da realidade social. Isto indica que nosso
nejamento do ensino tem sido questionada quanto a sua trabalho, como professores, é o de ensinar a aprender para
validade como instrumento de melhoria qualitativa no pro- que o conhecimento construído pela aprendizagem seja
cesso de ensino como o trabalho do professor: um poderoso instrumento de combate às formas de injus-
[...] a vivência do cotidiano escolar nos tem evidencia- tiças que se reproduzem no interior da sociedade.
do situações bastante questionáveis neste sentido. Perce- Piaget (1969), foi quem mais contribuiu para com-
be-se, de início, que os objetivos educacionais propostos preendermos melhor o processo em que se vivencia a
nos currículos dos cursos apresentam confusos e desvincu- construção do conhecimento no indivíduo.
Apresentamos as ideias básicas de Piaget sobre o de-
lados da realidade social. Os conteúdos a serem trabalha-
senvolvimento mental e sobre o processo de construção
dos, por sua vez, são definidos de forma autoritária, pois os
do conhecimento, que são adaptação, assimilação e aco-
professores, via re regra, não participam dessa tarefa. Nes-
modação.
sas condições, tendem a mostrar-se sem elos significativos
Piaget diz que o indivíduo está constantemente intera-
com as experiências de vida dos alunos, seus interesses e
gindo com o meio ambiente. Dessa interação resulta uma
necessidades.
mudança contínua, que chamamos de adaptação. Com
De modo geral, no meio escolar, quando se faz refe-
sentido análogo ao da Biologia, emprega a palavra adapta-
rência a planejamento do ensino – aprendizagem, este se
ção para designar o processo que ocasiona uma mudança
reduz ao processo através do qual são definidos os ob- contínua no indivíduo, decorrente de sua constante intera-
jetivos, o conteúdo programático, os procedimentos de ção com o meio.
ensino, os recursos didáticos, a sistemática de avaliação Esse ciclo adaptativo é constituído por dois subproces-
da aprendizagem, bem como a bibliografia básica a ser sos: assimilação e acomodação. A assimilação está relacio-
consultada no decorrer de um curso, série ou disciplina nada à apropriação de conhecimentos e habilidade. O pro-
de estudo. Com efeito, este é o padrão de planejamento cesso de assimilação é um dos conceitos fundamentais da
adotado pela maioria dos professores e que passou a ser teoria da instrução e do ensino. Permite-nos entender que
valorizado apenas em sua dimensão técnica. o ato de aprender é um ato de conhecimento pelo qual
Em nosso entendimento a escola faz parte de um con- assimilamos mentalmente os fatos, fenômenos e relações
texto que engloba a sociedade, sua organização, sua estru- do mundo, da natureza e da sociedade, através do estudo
tura, sua cultura e sua história. Desse modo, qualquer pro- das matérias de ensino. Nesse sentido, podemos dizer que
jeto de ensino – aprendizagem está ligado a este contexto a aprendizagem é uma relação cognitiva entre o sujeito e
e ao modo de cultura que orienta um modelo de homem os objetos de conhecimento.
e de mulher que pretendemos formar, para responder aos A acomodação é que ajuda na reorganização e na
desafios desta sociedade. Por esta razão, pensamos que é modificação dos esquemas assimilatórios anteriores do
de fundamental importância que os professores saibam indivíduo para ajustá-los a cada nova experiência, acomo-
que tipo de ser humano pretendem formar para esta so- dando-as às estruturas mentais já existentes. Portanto, a
ciedade, pois disto depende, em grande parte, as escolhas adaptação é o equilíbrio entre assimilação e acomodação,
que fazemos pelos conteúdos que ensinamos, pela me- e acarreta uma mudança no indivíduo.
todologia que optamos e pelas atitudes que assumimos
diante dos alunos. De certo modo esta visão limitada ou A inteligência desempenha uma função adaptativa,
potencializada o processo ensino-aprendizagem não de- pois é através dela que o indivíduo coleta as informações
pende das políticas públicas em curso, mas do projeto de do meio e as reorganiza, de forma a compreender melhor a
formação cultural que possui o corpo docente e seu com- realidade em que vive, nela agi, transformando. Para Piaget
promisso com objeto de estudo. (1969), a inteligência é adaptação na sua forma mais eleva-
da, isto é, o desenvolvimento mental, em sua organização
30
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
progressiva, é uma forma de adaptação sempre mais pre- mento da atualização progressiva do valor do piso sala-
cisa à realidade. É preciso ter sempre em mente que Piaget rial nacional para os profissionais do magistério público da
usa a palavra adaptação no sentido em que é usado pela educação básica, através da Portaria MEC nº 618, de 24
Biologia, ou seja, uma modificação que ocorre no indivíduo de junho de 2015. Este Fórum acompanha a construção de
em decorrência de sua interação com o meio. políticas de valorização, tendo como referência o PNE e a
Portanto, é no processo de construção do conhecimen- Lei 11.738/2008, e pode ser um ambiente privilegiado para
to e na aquisição de saberes que devemos fazer com que a análise dos planos de carreira e remuneração.
o aluno seja motivado a desenvolver sua aprendizagem e Todo debate e ações que envolvem o cumprimento da
ao mesmo tempo superar as dificuldades que sentem em Lei do Piso e a construção ou adequação de planos de car-
assimilar o conhecimento adquirido. reira e remuneração terão como parâmetro as legislações
que tratam da valorização profissional, e também as que
Referência: impõem limites para gastos com pessoal, considerando
SOUZA, Ângelo Ricardo de. [et al.]. Planejamento e tra- que, em alguns cenários, elas podem expressar contradi-
balho coletivo. Universidade Federal do Paraná, Pró-reito- ções, caso da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Comple-
ria de Graduação e Ensino Profissionalizante, Centro Inter- mentar nº 101/2000), que estabelece normas de finanças
disciplinar de Formação Continuada de Professores; Minis- públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal
tério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Curitiba: e institui limites para os gastos com pessoal.
UFPR. 2005, p.27-42.
MOTA, M. S. G.; PEREIRA, F. E. L. Desenvolvimento e A VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
Aprendizagem: Processo de construção do conhecimento Ensinar e aprender faz parte da natureza humana, e o
e desenvolvimento mental do indivíduo. Disponível em: processo de formação do cidadão e da cidadã ocorre des-
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/tcc_desen- de o nascimento, através de ações contínuas que organi-
volvimento.pdf zam a forma de ser de uma sociedade. Nesse contexto, o
profissional da educação ocupa lugar central, cumprindo a
tarefa de cuidar da formação dos que chegam até a escola.
O trabalho dos profissionais da educação necessita
POLÍTICAS DE VALORIZAÇÃO DOS de condições adequadas para ser realizado com sucesso.
PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO NO BRASIL; E garantir as condições de trabalho para os que estão em
exercício na escola e nas secretarias de educação, tornando
a profissão atrativa para a juventude, é responsabilidade
do Estado, assim como assegurar qualidade de vida para os
O PNE e a Valorização dos profissionais da educa- profissionais no momento da aposentadoria. Essas respon-
ção sabilidades estão explícitas nas legislações que tratam dos
direitos trabalhistas e sociais.
A Meta 18 do Plano Nacional de Educação (Lei nº A última década foi marcada por avanços significativos
13.005/2014) obriga que a União, os estados, municípios na legislação nacional acerca dos direitos trabalhistas dos/
e Distrito Federal garantam planos de carreira e remunera- as educadores/as das escolas públicas, mas ainda é preci-
ção para os profissionais da educação escolar básica públi- so concretizar as vitórias no dia a dia das redes estaduais,
ca, denominação definida no artigo 61 da Lei de Diretrizes distrital e municipais de educação, contrapondo a ofensiva
e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96). neoliberal de retirada de direitos sociais, trabalhistas e pre-
Essa obrigatoriedade, antes restrita aos profissionais videnciários.
do magistério, exige novos esforços dos entes federativos, Assim sendo, é fundamental que os planos decenais
uma vez que alguns ainda não conseguiram viabilizar o que de educação (nacional e subnacionais) orientem a institui-
de fato preceitua a Lei do Piso (Lei nº 11.738/2008). ção de planos de carreira para os profissionais da educação
A Meta 18 é estratégica para o MEC, tendo em vista em todos os entes da federação, abrangendo os elementos
que, tornar a carreira dos profissionais da educação escolar indissociáveis da valorização profissional, que são: salário
básica atrativa e viável, constitui um importante fator para digno, carreira atraente, jornada compatível com os afaze-
garantir a educação como direito fundamental, universal, res escolares, inclusive para garantir a presença de todos os
e inalienável, superando o desafio de universalização do profissionais em cursos de formação inicial e continuada e
acesso e garantia de permanência, desenvolvimento e no processo de elaboração e condução dos projetos políti-
aprendizagem dos educandos. co-pedagógicos das escolas.
Considerando que o cumprimento da Meta 18 do PNE No que tange ao magistério, que teve o piso salarial
requer decisões sensíveis sobre o financiamento, é importan- profissional nacional regulamentado em 2008, através da
te que sejam construídos espaços institucionais e transparen- Lei nº 11.738, a luta da categoria continua pautada na apli-
tes de diálogo sobre o tema, envolvendo, necessariamente, cação imediata e integral da referida Lei, julgada constitu-
os gestores públicos e os profissionais da educação básica. cional pelo Supremo Tribunal Federal em abril de 2011 – e
Para criar esses espaços, os estados e municípios po- na contraposição às tentativas dos gestores de vincular o
dem utilizar como referência o que está sendo feito pela reajuste do piso somente à inflação, abaixo dela, ou em
União, que criou o Fórum Permanente para acompanha- patamares insuficientes para a consecução da meta 17 do
31
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Plano Nacional de Educação (PNE, Lei 13.005). Esta lei, por Sobre a infraestrutura, que respalda o trabalho dos
sua vez, determina que a renda média do magistério seja profissionais nas escolas, recente estudo de pesquisado-
igualada à dos demais profissionais com mesmo nível de res das Universidades de Brasília (UnB) e de Santa Catarina
escolaridade, em um prazo de 6 anos. Em 2016, essa dife- (UFSC) mostrou que menos de 1% das escolas brasileiras
rença era de quase 50%! têm infraestrutura ideal – apenas 0,6% contam com biblio-
O piso do magistério é a referência mínima para os teca, laboratório de informática, quadra esportiva, labora-
vencimentos de carreira em todo país, o que não impede tório de ciências e dependências adequadas para a sociali-
de estados e municípios praticarem vencimentos superio- zação dos estudantes em atividades extraclasse.
res a ele, inclusive para jornadas de trabalho abaixo das 40 Outra questão que interfere nas condições de trabalho
horas semanais, conforme dispõe a Lei do Piso. nas escolas diz respeito à forma de contratação dos pro-
Com relação à jornada de trabalho, é prevista na Lei fissionais. Aqueles que detêm contrato precário e tempo-
do Piso do Magistério uma proporção mínima de 1/3 (um rário, além de não terem acesso a políticas de formação e
terço) para atividades de preparação de aulas, correção de valorização profissional, também não conseguem manter
provas e trabalhos, reuniões pedagógicas e com os pais, vínculo com a escola e seus atores, prejudicando o trabalho
formação continuada no local de trabalho ou em institui- e as parcerias pedagógicas.
ções credenciadas, entre outras formas apontadas no Pa- Porém, na contramão da estratégia 18.1 do PNE, que
recer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional determina a contratação de profissionais efetivos (concur-
de Educação CEB/CNE nº 18/2012. Isso é essencial para a sados) em pelo menos 90% dos postos de trabalho no ma-
qualidade do trabalho dos profissionais, não devendo ser gistério público e 50% entre os demais profissionais que
substituída por remuneração compensatória. atuam nas escolas públicas, a Reforma Trabalhista, aliada
Já o art. 61 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na- ao processo de privatização escolar através de Organiza-
cional (LDB), introduzido pela Lei nº 12.014, de 2009, reco- ções Sociais e a nova Lei da Terceirização avançam na pre-
nheceu a categoria dos funcionários da educação como um carização do trabalho dos profissionais da educação. Sem
dos três segmentos de profissionais que atuam nas escolas falar na “Reforma do Ensino Médio”, que avança na (des)
públicas, à luz da 21ª Área Profissional de Apoio Escolar, profissionalização da carreira do magistério ao admitir a
instituída pela Resolução CEB/CNE nº 5/2005. E compõe a contratação de quaisquer profissionais por “notório saber”
luta pela valorização desses trabalhadores escolares, além para ministrar aulas na modalidade de Educação Técnica-
da carreira e da profissionalização – sobretudo por meio -Profissional.
do programa Profuncionário –, a regulamentação do piso < http://planodecarreira.mec.gov.br/o-pne-e-a-valori-
salarial nacional dos profissionais da educação. Esse piso zacao-dos-profissionais-da-educacao>
deve servir de base para outra regulamentação condizente < http://www.cartaeducacao.com.br/artigo/a-valoriza-
às diretrizes nacionais para a carreira dos/as trabalhadores/ cao-dos-profissionais-da-educacao/>
as escolares, ambas amparadas pelo art. 206, incisos V e
VIII da Constituição Federal (CF-1988) e a meta 18 do PNE.
Portanto, mais que ações necessárias para valorizar os
profissionais das escolas públicas, o piso, a carreira e a jor- DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS
nada com período extraclasse, além da formação profissio- PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA;
nal e das condições apropriadas de trabalho, constituem
direito dos estudantes e da sociedade em geral à educação
pública de qualidade.
Diante desta perspectiva, a CNTE e seus sindicatos fi- Prezado candidato, visto o formato e extensão do
liados defendem a valorização dos/as trabalhadores/as em material solicitado o disponibilizaremos em nosso site
educação tanto no contexto de classe social, historicamen- para consulta: www.novaconcursos.com.br/retificacoes
te desvalorizada em nosso País, como uma condição sine
qua non para a melhoria da escola pública, devendo inte-
grar as políticas sistêmicas de investimento na educação.
A qualidade educacional, entre outras questões, requer EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E
a regulamentação do Custo Aluno Qualidade – CAQ (estra- EDUCAÇÃO INDÍGENA: LEGISLAÇÃO,
tégias 20.6 a 20.8 do PNE), assim como a implementação de ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO;
amplo conjunto de políticas públicas capazes de garantir o
acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes.
De modo que as condições de trabalho dos profissionais
da educação representam parte importante desse objetivo, INTRODUÇÃO
ao lado da infraestrutura escolar, dos mecanismos de ges-
tão democrática (que permitam a construção de projetos Este trabalho tem por finalidade o aprofundamento
político-pedagógicos engajados com os anseios da comu- dos estudos no conhecimento da educação para jovens
nidade), além da garantia de todos os insumos necessários e adultos, pessoas portadoras de necessidades especiais
ao padrão de qualidade (CAQ) reivindicado pela sociedade e dos grupos indígenas. O resgate da trajetória históri-
para a escola pública. ca dessas modalidades de ensino faz-se importante para
32
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
compreendermos o processo legal que garante a oferta do alfabetização. Foi extinta em 1990 no governo Collor. Em
ensino a esses segmentos da sociedade como um direito 2002 surge o Programa Brasil Alfabetizado que dá conti-
imprescindível para o desenvolvimento intelectual, social nuidade às ações da EJA.
e cultural na busca da formação cidadã desses indivíduos. Hoje essa modalidade de ensino é garantida pela Lei
Com o propósito de atender a essa clientela várias fo- de Diretrizes e Bases da Educação e tem por finalidade
ram as medidas constitucionais adotadas desde as mais garantir o acesso de jovens e adultos, que não puderam
antigas até a aprovação da Lei 9.394/96 que traz as Diretri- completar seus estudos, a uma educação que prima pelo
zes e Bases da Educação Nacional, LDB. E está disposto nos atendimento das necessidades intelectuais, culturais, so-
seus artigos a maneira como deve proceder a Educação de ciais com o objetivo da formação cidadã desses estudan-
Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação Indígena. tes. Considerando-se suas histórias de vida e trabalho para
A questão é, até que ponto teoria e realidade se associam que se possa tomar as medidas pedagógicas cabíveis para
e no que elas divergem. o desempenho profissional, intelectual e social do aluno -
A educação deve ser ofertada com qualidade de forma trabalhador. Sobre esse assunto Moaci Carneiro comenta:
que atenda as necessidades dos educandos, respeitando A lei não apenas assegura a oferta de oportunidade
as diversidades culturais, sociais e as próprias condições e escolar à população de jovens e adultos situados fora da
limitações que jovens e adultos, deficientes e índios pos- idade regular, mas estabelece a necessidade de toda uma
suem para o processo de aprendizagem. abordagem pedagógica, incluindo conteúdos, metodolo-
É sob esse olhar que analisaremos se o direito que to- gias, tipologias de organização e processos de avaliação
dos indistintamente tem à educação está sendo atendido. diferenciados daqueles dos alunos que se acham na es-
cola em idade própria. A ideia é que a escola trabalhe um
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS processo psicopedagógico que respeite o perfil cultural
do aluno, ensejando-lhe o aproveitamento da experiência
Modalidade de ensino tratada na atual LDB que visa humana a adquirida no trabalho e, portanto, manancial in-
atender todos que não tiveram condições de concluir seus substituível de construção da trajetória de auto? aprendi-
estudos no ensino fundamental ou médio em idade regu- zagem. (CARNEIRO, 1998, p. 103).
lar. O importante a se considerar é que os alunos da EJA na
Se voltarmos um pouco na história da Educação do maioria trabalhadores, maduros, possuem larga experiên-
nosso país vamos nos deparar com uma trajetória cheia de cia profissional ou expectativa de inserção no mercado de
conflitos e desigualdades. trabalho com uma visão diferente sobre as coisas da vida.
Ainda no Brasil agrário, o acesso á educação era res- Por isso os métodos pedagógicos precisam se adequar
trito apenas para a elite. O acesso à leitura e a escrita era a esse histórico de vida dos estudantes da EJA.
considerado desnecessário para escravos e trabalhadores E esta adequação tem como finalidade, dado o acesso
já que não necessitavam de intelectualidade para a realiza- à EJA, a permanência na escola via ensino com conteúdos
ção de trabalhos manuais. trabalhados de modo diferenciado com métodos e tempos
Com o aumento da urbanização e surgimento de gru- intencionados ao perfil deste estudante. Também o trata-
pos civis, começou-se a pensar em alfabetizar esses traba- mento didático dos conteúdos e das práticas não pode se
lhadores, até porque muitos tinham interesses em formar ausentar nem do caráter multidisciplinar e interdisciplinar
eleitores. A constituição de 1891 trazia nos seus decretos a dos componentes curriculares. (SOARES, 2002, p.116-117).
oferta “instrução primária” que era exercida por iniciativas Até para o docente da EJA a preparação ou formação,
civis que buscavam a expansão da escola primária e a erra- além das exigências formativas precisam atender a comple-
dicação do analfabetismo. xidade diferencial desta modalidade de ensino. O professor
A ação desses grupos constitui-se um fator importante deve manter a política educativa do bom relacionamento,
no impulsionamento das grandes reformas educacionais, da empatia, do diálogo com os estudantes. Que além das
seguido da urbanização e industrialização que agora ti- suas próprias motivações e funções que a profissão requer,
nham interesse em educar esse trabalhador para operacio- possa empenhar-se pelos sonhos e objetivos de seus alu-
nalização de máquinas e aumento de lucros. “A exibição nos.
de índices alarmantes do analfabetismo, a necessidade de Com respeito a essas especificidades e ao direito que
uma força de trabalho treinada para os processos de in- todos possuem de estudar, os jovens e adultos podem en-
dustrialização e a busca de um maior controle social farão tão recuperar o que deixaram para trás, buscar a realização
do ensino primário um objeto de maior atenção.” (SOARES, pessoal, profissional e social através da educação.
2002, p.53).
Daí vieram ocorrendo ao longo da história alterações, EDUCAÇÃO ESPECIAL
reformulações de leis que visavam o ensino primário gra-
tuito e direito de todos. Com esse direito garantido, muitas Educação Especial é a modalidade de ensino que visa
pessoas, que por um motivo ou outro foram privadas do atender alunos portadores de necessidades especiais, prin-
acesso à educação, ingressaram no Mobral (Movimento cipalmente nas salas regulares de ensino. Segundo o Mi-
Brasileiro de Alfabetização) criado no período da ditadura. nistério da Educação (1998 apud MAZZOTA, 2001, p.28):
Em 1985 com o declínio da ditadura o Mobral é substituído
pela Fundação Educar que tinha finalidades específicas de
33
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
34
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Mas ainda não era suficiente, precisava-se oferecer às O que se espera é que estas leis não fiquem apenas no
comunidades indígenas, além do que já era seu por direito, papel, mas que se tornem uma prática comum no dia a dia
uma educação que primasse pela oferta dos conhecimen- das nossas escolas.
tos técnicos e científicos da sociedade nacional e socieda-
des indígena e não-indígenas. Uma educação bilíngue e < https://www.webartigos.com/artigos/educacao-
intercultural. -de-jovens-e-adultos-especial-e-indigena-a-luz-da-
A educação formal, através da escola (instituição alheia -ldb/58251>
à organização tradicional desses povos e característica do
mundo dos brancos), seria um instrumento a favor dos ín-
dios na tentativa de melhor se relacionarem com a socieda-
de nacional. Seria igualmente, um meio de defesa de seus
interesses e direitos. (SILVA, 1987, P.147). ENSINO FUNDAMENTAL: ESTRUTURA,
A atual LDB, o assunto está disposto no artigo 78 e ORGANIZAÇÃO E DIRETRIZES
destaca a responsabilidade do governo federal de oferecer CURRICULARES
programas de ensino e pesquisa que se articule às espe-
cificidades linguísticas e culturais dos índios. Conta com a
ajuda de agências de assistência aos interesse indígenas,
como a FUNAI, que funciona como uma espécie de tutor
A ampliação do Ensino Fundamental para 9 (nove) anos
que assegura e fiscaliza o cumprimento dos direitos desse
de duração, com a matrícula obrigatória de crianças com 6
povos, ou pelo menos deve ter essa finalidade.
(seis) anos de idade, objeto da Lei nº 11.274/ 2006, Exigiu:
A proposta da lei é garantir aos índios se apropriarem de
Uma revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para
novos conhecimentos sem terem de abandonar a diversidade
linguística, étnica e cultural próprias das sociedades indígenas. o Ensino Fundamental que vigorava desde 1998 (Parecer
Uma nova concepção educativa que segundo Moaci CNE/CEN nº 4/98 e Resolução CNE/CEB nº 2/98) e, A ela-
Carneiro (1998, p. 140). Servirá para “a recuperação da me- boração de um novo currículo, projeto político pedagógi-
mória indígena e a reafirmação de suas identidades étnicas co, programas e projetos educacionais.
começam por programas de ensino que considerem a es- Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
pecificidade destes grupos.” Fundamental de 9 (nove) de duração como o Parecer CEB
As relações entre sociedade indígena e sociedade na- 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/2010.
cional é um fator a ser considerado com vistas a identificar O Parecer e a Resolução citados fixam Diretrizes Cur-
as condições de sobrevivência dos povos indígenas, a si- riculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove
tuação diante da legislação brasileira que deve garantir: O anos), a serem observadas na organização curricular dos
direito a uma identidade diferenciada; O direito a autode- sistemas de ensino e de suas unidades escolares. Aplicam-
terminação e escolha do próprio destino; O direito a terra e -se a todas as modalidades do Ensino Fundamental previs-
a participação no mercado; Assistência nas áreas de saúde, tas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, bem
economia e educação. como à Educação do campo, à Educação Escolar Indígena
Hoje os programas de ensino precisam fortalecer as e à Educação Escolar Quilombola.
práticas sócio-culturais, valorizar a língua materna, traba- De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, no
lhar na formação de pessoal treinado e especializado para que tange ao Ciclo de Alfabetização, o artigo 30 garante
o ensino de povos indígenas, elaborar currículos específi- que:
cos que incluam conteúdos culturais da própria comunida- Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem as-
de indígena, produção e publicação de material didático segurar:
específico e diferenciado adequado para garantir a oferta I – a alfabetização e o letramento;
de uma educação de qualidade a que esse povos têm direi- II – o desenvolvimento das diversas formas de expres-
to e que por muito tempo lhes fora negado. são, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Li-
teratura, a Música e demais artes, a Educação Física, assim
CONCLUSÃO como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da Histó-
ria e da Geografia;
As modalidades de ensino aqui destacadas se asseme- III – a continuidade da aprendizagem, tendo em conta
lham quanto às suas especificidades que cada uma pos- a complexidade do processo de alfabetização e os prejuí-
sui e exige das esferas do governo que proporcione-lhes zos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental
métodos pedagógicos, formação de recursos humanos, como um todo e, particularmente, na passagem do primei-
condições adequadas para aquisição dos conhecimentos ro para o segundo ano de escolaridade e deste para o ter-
técnicos-científicos necessários à formação individual, so- ceiro.
cial e política dos jovens e adultos, dos portadores de ne- A Educação em Escola de Tempo Integral
cessidades especiais e dos povos indígenas. Art. 36 Considera-se como de período integral a jorna-
Direitos que estão dispostos na Lei de Diretrizes e Ba- da escolar que se organiza em 7 (sete) horas diárias, no mí-
ses da Educação e prima pelo desenvolvimento do educan- nimo, perfazendo uma carga horária anual de, pelo menos,
do, o preparo para o exercício da cidadania e a preparação 1.400 (mil e quatrocentas) horas.
para o mercado de trabalho.
35
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
36
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Os conteúdos que compõem a base nacional comum e Os componentes curriculares e as áreas de conheci-
a parte diversificada têm origem nas disciplinas científicas, mento devem articular em seus conteúdos a abordagem
no desenvolvimento das linguagens, no mundo do traba- de temas abrangentes e contemporâneos que afetam a
lho, na cultura e na tecnologia, na produção artística, nas vida humana em escala global, regional e local, bem como
atividades desportivas e corporais, na área da saúde e ain- na esfera individual.
da incorporam saberes como os que advêm das formas di- Temas como saúde, sexualidade e gênero, vida familiar
versas de exercício da cidadania, dos movimentos sociais, e social, assim como os direitos das crianças e adolescen-
da cultura escolar, da experiência docente, do cotidiano e tes, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescen-
dos alunos. te (Lei nº 8.069/90), preservação do meio ambiente, nos
O currículo da base nacional comum do Ensino Funda- termos da política nacional de educação ambiental (Lei nº
mental deve abranger, obrigatoriamente, conforme o art. 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, tra-
26 da LDB, o estudo da Língua Portuguesa e da Matemáti- balho, ciência e tecnologia, e diversidade cultural devem
ca, o conhecimento do mundo físico e natural e da realida- permear o desenvolvimento dos conteúdos da base nacio-
de social e política, especialmente a do Brasil, bem como o nal comum e da parte diversificada do currículo.
ensino da Arte, a Educação Física e o Ensino Religioso. Outras leis específicas que complementam a Lei nº
Os componentes curriculares obrigatórios do Ensino 9.394/96 determinam que sejam ainda incluídos temas
Fundamental serão assim organizados em relação às áreas relativos à condição e aos direitos dos idosos (Lei nº
de conhecimento: 10.741/2003) e à educação para o trânsito (Lei nº 9.503/97).
I – Linguagens: A transversalidade constitui uma das maneiras de tra-
a) Língua Portuguesa; balhar os componentes curriculares, as áreas de conheci-
b) Língua materna, para populações indígenas; mento e os temas sociais em uma perspectiva integrada.
c) Língua estrangeira moderna; Aos órgãos executivos dos sistemas de ensino compe-
d) Arte; te a produção e a disseminação de materiais subsidiários ao
e) Educação Física; trabalho docente, que contribuam para a eliminação de discri-
minações, racismo, sexismo, homofobia e outros preconceitos
II – Matemática;
e que conduzam à adoção de comportamentos responsáveis e
III – Ciências da Natureza;
solidários em relação aos outros e ao meio ambiente.
IV – Ciências Humanas:
Na parte diversificada do currículo do Ensino Funda-
a) História;
mental será incluído, obrigatoriamente, a partir do 6º ano,
b) Geografia;
o ensino de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna,
V – Ensino Religioso.
cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar. Entre as
O Ensino Fundamental deve ser ministrado em língua
línguas estrangeiras modernas, a língua espanhola poderá
portuguesa, assegurada também às comunidades indíge-
ser a opção, nos termos da Lei nº 11.161/2005.
nas a utilização de suas línguas maternas e processos pró-
prios de aprendizagem. Projeto político-pedagógico
O ensino de História do Brasil levará em conta as con- O currículo exige a estruturação de um projeto edu-
tribuições das diferentes culturas e etnias para a formação cativo coerente, articulado e integrado, de acordo com os
do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, modos de ser e de se desenvolver das crianças e adoles-
africana e europeia. centes nos diferentes contextos sociais.
A história e as culturas indígena e afro-brasileira, pre- Ciclos, séries e outras formas de organização a que se
sentes, obrigatoriamente, nos conteúdos desenvolvidos no refere a Lei nº 9.394/96 serão compreendidos como tem-
âmbito de todo o currículo escolar e, em especial, no en- pos e espaços interdependentes e articulados entre si, ao
sino de Arte, Literatura e História do Brasil, assim como a longo dos (nove) anos de duração do Ensino Fundamental.
História da África, deverão assegurar o conhecimento e o
reconhecimento desses povos para a constituição da na-
ção.
A Música constitui conteúdo obrigatório, mas não ex- EDUCAÇÃO INFANTIL: DIRETRIZES
clusivo, do componente curricular Arte, o qual compreende POLÍTICAS, DESAFIOS E IMPLANTAÇÃO DAS
também as artes visuais, o teatro e a dança.
DIRETRIZES CURRICULARES;
A Educação Física, componente obrigatório do currícu-
lo do Ensino Fundamental, integra a proposta político-pe-
dagógica da escola e será facultativa ao aluno apenas nas
circunstâncias previstas no § 3º do art. 26 da LDB.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
O Ensino Religioso, de matrícula facultativa ao aluno, é
Infantil
parte integrante da formação básica do cidadão e constitui
componente curricular dos horários normais das escolas
Dentro da Educação Básica existem duas categorias de
públicas de Ensino Fundamental, assegurado o respeito à
ensino que dão formato a educação no Brasil, são a Educa-
diversidade cultural e religiosa do Brasil e vedadas quais-
ção Básica e o Ensino Superior.
quer formas de proselitismo.
37
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Para entendermos melhor como a Educação Infantil foi Como falado anteriormente no século XIX a educação
considerada parte da educação básica devemos voltar um pautava-se na formação das crianças para a indústria e
pouco no tempo e compreender como a criança era vista. para a mão de obra das fábricas. Nesta época com a mu-
Primeiramente a categoria de criança foi criada no mo- dança nas formas de ensino, teve uma quebra da tradição
mento em que surge a escola, durante os séculos XVII e da Igreja sobre as escolas com os surgimentos dos jardins
XVIII. Temos nesse período as indagações de que as crian- e que posteriormente ficaram conhecidos como creches.
ças deveriam ser educadas por terceiros, pessoas que tives- Observamos que a categoria de criança foi criada a
sem um preparo para formá-los, surgiu então a necessida- um longo tempo e que na sua criação já demonstrava que
de de diferenciação da criança e o mundo adulto. deveria ser diferente do conceito de adulto. As crianças
Anterior a esse período a criança era vista como um possuíram especificações que são importantes e que são
adulto. características somente delas.
Para darmos um exemplo: durante o início da Era In- As primeiras creches no Brasil foram criadas durante o
dustrial as crianças não frequentavam as escolas, ficavam século XX e o seu foco era o atendimento para ajudar as
com os mais velhos para aprender pequenos ofícios e de- mães que trabalhavam, outro fator que contribuiu para o
pois irem para fábricas. As vestimentas também não eram surgimento, foi que nessa época o número de mortalidade
vestimentas características de crianças como as de hoje, infantil era muito grande. E desde então, ainda é fortemen-
suas roupas se assemelhavam a de adultos. te veiculada a imagem de que as creches têm a função as-
Voltando um pouco mais no tempo, para meados da sistencialista com suporte para as famílias.
Antiguidade e da Idade Média percebemos que o modo As Diretrizes para a Educação Básica surgiram através
como as crianças eram educadas difere-se do modelo pre- da luta de vários grupos sociais, entre eles, mães, entidades
sente na Era Industrial. O primeiro local de educação era sociais e demais.
a família, ou seja, o centro da criação em que ela recebia Durante a década de 1990 vários estudos foram desen-
afeto, saberes de seu povo e demais. volvidos e concluíram que o acesso da criança a pré-escola
Durante a Antiguidade e Idade Média temos como ou a creche era importante independente da condição fi-
grandes sociedades Atenas, Esparta e Roma. Em Esparta a
nanceira e social que a criança apresentava. Além do de-
educação baseava-se na retirada dos filhos do seio familiar.
senvolvimento desses estudos, o Estatuto da Criança e do
Os meninos logo cedo saíam de suas casas para irem a
Adolescente (ECA) reforçou em suas leis a importância da
colégios e espaços nos quais se aprendia a arte da guerra
Educação Infantil. O que vemos é que a partir da década de
e da luta, lembrando que em Esparta a educação centrali-
1990 o reconhecimento em vários órgãos ligados a criança
zava-se na educação militar, poucos eram aqueles que sa-
e a educação afirmam a necessidade do acesso ao ensino
biam ler ou escrever.
infantil, não somente de cunho assistencialista.
Diferentemente de Esparta, em Atenas a educação pri-
vilegiava que as crianças fossem formadas desde pequenas Em 1996 temos então a promulgação da Lei de Dire-
a serem futuramente grandes governantes e conhecedores trizes e Bases para educação que mudará a forma e o pla-
dos Deuses, dessa forma, a educação ateniense cunhou-se nejamento da educação no Brasil. Nesse sentido temos em
como uma educação da leitura, da escrita, no entanto, o um determinado ponto da lei o estabelecimento de que
governo ditava o que a criança deveria aprender em casa e os profissionais que trabalham na Educação Infantil devem
o que aprenderia nos centros de saberes. possuir o Nível Superior de Ensino bem como a formação
Em Roma a educação firmava-se na educação civil e do Nível Normal (curso de Magistério). A educação dos pe-
familiar. A educação na sociedade romana tinha como as- quenos que será o alicerce é tratada de modo sério, além
pectos uma educação que centralizava os aspectos civis e do estabelecimento da formação dos profissionais, ficou
morais. Tanto o pai quanto a mãe participavam da educa- esclarecido no documento da LDB/96 que a educação in-
ção da criança. Nesse momento observamos na educação fantil também deveria ser de responsabilidade em esfera
romana também os centros de saberes, neles as crianças estadual e municipal.
iam acompanhadas para aprender a ler e a escrever e fica- Já em 1999 temos de fato a criação das Diretrizes para Edu-
vam o dia todo. cação Infantil que seriam referenciais e anteriormente no ano
Durante o período medieval o fenômeno da educação de 1998 houve a criação de subsídios que definiam como as
da criança irá diferenciar totalmente do modo de educação instituições que ofertariam essa modalidade deveriam se estru-
que ocorria nas Sociedades Antigas. Na Idade Média temos turar bem como os subsídios para o currículo e projeto político.
a presença marcante da Igreja, sendo assim em todo o pe-
ríodo a educação será voltada para os costumes e regras Recapitulando alguns termos:
que a Igreja ditava. É uma sociedade marcada ainda pelo Educação Infantil: Se refere à primeira etapa da edu-
modo de organização feudal que é um modelo de pouca cação básica oferecida em creches e pré-escolas, às quais
mobilidade entre as classes existentes dentro dela. A edu- se caracterizam como espaços institucionais não domésti-
cação ocorria nos monastérios e os monges eram os res- cos que constituem estabelecimentos educacionais públi-
ponsáveis pela educação das crianças. As filhas de grandes cos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a
senhores feudais eram educadas na tenra infância na casa 5 anos de idade.
da família da mãe e depois iam para casas de famílias que Criança: Atualmente considerado um sujeito de direi-
não pertenciam ao seu convívio familiar para concluírem tos que, constrói sua identidade pessoal e coletiva produ-
sua educação. zindo cultura.
38
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Currículo: Atividades que relacionam as práticas diá- de promover o diálogo intercultural no mundo multicultu-
rias com o conhecimento prévio de cada aluno, objetivan- ral em que vivemos. O diálogo intercultural adquire, dessa
do o desenvolvimento de crianças de 0 a 5 anos de idade; forma, um importante significado na medida em que se
Proposta Pedagógica: É um documento de base nor- constitui um mecanismo de compreensão e de transforma-
teadora da aprendizagem e desenvolvimento das crianças ção das identidades. O educador, enquanto protagonista
de que se trata. É elaborado num processo coletivo, com a social e mediador de conhecimento e cultura, tem o com-
participação da direção, dos professores e da comunidade promisso de possibilitar aos seus alunos a compreensão
escolar. sobre o multiculturalismo como uma característica inerente
ao mundo, no qual não há culturas superiores e/ inferiores,
AS DIRETRIZES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO IN- certa ou errada e, sim, culturas diferentes que devem ser
FANTIL respeitadas. Deste reconhecimento decorre, sem dúvida,
a compreensão das diversidades culturais e um possível
As diretrizes para Educação Infantil estão reunidas em diálogo intercultural. Em contextos multiculturais, o pa-
um documento próprio escrito durante o ano de 2009. pel da escola é, sem dúvida, poder contribuir para a for-
Nela está contida os objetivos que as diretrizes específicas mação de cidadãos conscientes dessa realidade e que se
da educação infantil devem atender entre os quais citamos: compreendam em sua identidade própria. Trata-se de uma
a organização das propostas pedagógicas a partir do esta- tarefa complexa que exige da escola um currículo que supe-
belecimento das diretrizes e ainda a organização dos mu- re programas, conteúdos e métodos monolíticos e fixistas em
nícipios em relação a educação através dela. contraponto com formas mais flexíveis e dialogantes com as
Organiza-se em 15 capítulos que são enumerados da culturas. É necessário, para tanto, que a escola elabore e desen-
seguinte maneira: volva um currículo que leve em conta e contemple as diferentes
O primeiro capítulo trás os objetivos, os quais que já identidades e a diversidade cultural dos alunos. O respeito às
foram citados anteriormente aqui nesse texto. O segundo diversas culturas existentes é, sem dúvida, um pressuposto e
capítulo apresenta algumas definições sobre o que é ser um possível caminho para garantir a inclusão escolar e social.
criança, currículo, proposta pedagógica e demais. Vivemos em um país com a marca da diversidade
O terceiro apresenta as concepções que fundamentam cultural resultante do hibridismo de várias etnias e raças,
a educação infantil, neste capitulo observamos como as di- representadas por índios, negros, alemães, portugueses,
retrizes definem a idade que categoriza a educação infantil italianos, espanhóis, poloneses, turcos, apenas para citar
e a idade que as crianças devem frequentar de fato a pré- alguns. Todos esses grupos fazem parte da rica diversidade
-escola, que é a partir dos 4 ou 5 anos de idade. Além disso, cultural do povo brasileiro e contribuíram e ainda contri-
ela apresenta requisitos que definem a jornada que a qual buem para a construção da História desta nação
a criança deve cumprir na pré-escola. O nono e décimo capítulo abordam as propostas a se-
Os capítulos das diretrizes e os seus conteúdos estão rem trabalhadas com crianças indígenas e crianças do campo.
distribuídos dentro do documento na forma de tópicos. Neste sentido percebemos que as propostas devem valorizar
No capítulo quatro temos os objetivos e já nos capítulos a cultura e memória dos povos indígenas, com as crianças que
cinco e seis temos os objetivos das propostas pedagógi- moram no campo o reconhecimento dos modos de vida no
cas. O sétimo capítulo formula quais sãos materiais a se- campo e até mesmo a mudança de calendários que se adapte
rem utilizados nessa modalidade, como também os espa- as vivências das crianças. Nestes capítulos temos outros obje-
ços a serem usados no processo de ensino aprendizagem tivos propostos e que devem ser seguidos pelas escolas junta-
da criança, nele observamos que tanto os espaços quanto mente com seus currículos e projetos políticos pedagógicos.
os materiais devem promover que a criança possa transitar Os capítulos finais abordam temáticas que se referem
no sentido do espaço físico e desenvolver-se fisicamente a forma do desenvolvimento e aplicação de avaliações, no
como também o seu pleno desenvolvimento psicológico, que diz respeito as avaliações, elas devem avaliar as crian-
social e cultural. ças em várias esferas, no desenvolvimento motor, de rela-
O oitavo, apresenta uma proposta de trabalho a ser ção com as outras crianças, bem como do que ela aprende.
desenvolvido com as crianças desde pequenas que traba- Esses avanços devem ser registrados e mostrados para a
lhe a Diversidade. Vivemos em um país no qual estamos família que também participa do processo de crescimento
rodeados de culturas, sotaques, vivências, raças o que faz da criança. A sua articulação com o Ensino Fundamental
com que vivamos em plena harmonia e respeito um com não deve ocorrer de uma só vez, a passagem da criança
os outros. Neste capítulo vemos que devem ser discutidos para o Ensino Fundamental é um processo contínuo.
com as crianças a valorização da cultura afro-brasileira, É interessante destacar que nesta fase a descoberta
o combate ao racismo e discriminação, a valorização da de novas experiências para a criança é muito importante
criança e a todas as formas de discriminação, desrespeito e durante o seu tempo de vivência na Educação Infantil
as crianças. ela deve estar em constante processo de desenvolvimento
Os educadores, enquanto mediadores do processo for- e esse processo pode ocorrer através das brincadeiras. As
mativo e do conhecimento, devem procurar resgatar, me- brincadeiras devem promover na criança o desenvolvimen-
diante a ressignificação das culturas coexistentes, a dimen- to de diversas habilidades garantindo ainda a exploração
são etnocêntrica de cada aluno, respeitando a identidade de espaço, o trabalho e cooperação em grupo, o desenvol-
de cada um, na diversidade do coletivo. A eles cabe a tarefa vimento de sua autonomia e outras habilidades.
39
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Os dois últimos capítulos apresentam como surgiu o da no país, de modo a oferecer subsídios para a elabora-
documento dentro do Ministério da Educação que foi atra- ção, o monitoramento e o aprimoramento de políticas com
vés dos estudos em que várias faculdades estavam presen- base em evidências.
tes e formularam como ainda outros setores da sociedade. As médias de desempenho do Saeb, juntamente com
Percebemos ao longo do texto que a Educação Infantil os dados sobre aprovação, obtidos no Censo Escolar,
para ser colocada e instituída como parte da Educação per- compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação
correu um longo caminho de lutas por setores da educação Básica (Ideb).
e também de estudiosos que pesquisavam sobre a criança. Desde 1990, quando foi criado, o Saeb teve algumas
Notamos que desde pequenos as crianças são sujeitos par- reestruturações. Em 2005, passou a ser composto por
ticipantes da história do país e também da sociedade, pos- duas avaliações: a Avaliação Nacional da Educação Básica
suem suas necessidades próprias e que por isso demanda (Aneb), que manteve as características, os objetivos e os
profissionais capacitados para o exercício de trabalharem procedimentos da avaliação efetuada até aquele momen-
com eles. to, e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc),
Então seguindo as diretrizes o correto é: quanto à ma- conhecida como Prova Brasil, criada com o objetivo de ava-
trícula da criança, esta deve ocorrer na idade entre 0 e 5 liar a qualidade do ensino ministrado nas escolas das redes
anos nas creches e pré-escolas próximas às residências, públicas.
onde ficarão em tempo parcial (de 0 à 4h diárias) ou inte- Em 2013, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)
gral (igual ou > 7h diárias). foi incorporada ao Saeb para melhor aferir os níveis de al-
As propostas pedagógicas de Educação Infantil deve- fabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e
rão: respeitar os princípios éticos, políticos e estéticos das escrita) e Matemática. Em 2017, não só as escolas públicas
crianças envolvidas; ampliar os diferentes conhecimentos do ensino fundamental, mas também as de ensino médio,
infantis; promover educação e cuidado, além de igualdade públicas e privadas, passaram a ter resultados no Saeb e,
e sociabilidade entre as crianças. consequentemente, no Índice de Desenvolvimento da Edu-
A articulação da proposta pedagógica objetiva garan- cação Básica (Ideb).
tir à criança apropriação de diferentes linguagens, prote- Em 2019, as siglas ANA, Aneb e Anresc deixarão de
ção, direito à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, existir e todas as avaliações passarão a ser identificadas
à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com pelo nome Saeb, acompanhado das etapas, áreas de co-
outras crianças. nhecimento e tipos de instrumentos envolvidos. As aplica-
Quanto à organização do espaço, tempo e materiais, ções se concentrarão nos anos ímpares e a divulgação dos
estes deverão atingir os objetivos lançados na proposta resultados, nos anos pares. Um dos destaques da reestru-
pedagógica, enfatizando a brincadeira como eixo global turação é a afirmação de dimensões da qualidade educa-
de atuação e respeitando à pluralidade cultural: culturas cional que extrapolam a aferição de proficiências em testes
africanas; afro-brasileiras; combate ao racismo e à discrimi- cognitivos. As condições de acesso e oferta das instituições
nação; valorização da criança como ser humano. de Educação Infantil passarão a ser avaliadas. Mesmo com
Quanto ao processo de avaliação, as instituições de as alterações, o sistema não perderá a comparabilidade en-
Educação Infantil devem criar procedimentos para acom- tre edições.
panhamento do trabalho a fim de verificar o desenvolvi-
mento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou Instrumentos de avaliação
classificação, garantindo: a observação crítica; continuida- O Saeb é composto por testes cognitivos e questioná-
de dos processos de aprendizagem; explanação dos obje- rios contextuais. Em conjunto, eles fornecem subsídios para
tivos atingidos. a avaliação da qualidade da educação básica.
Testes Cognitivos
Os testes cognitivos de Matemática e de Língua Portu-
SISTEMAS NACIONAIS DE AVALIAÇÃO DA guesa do Saeb (Aneb/Anresc) são aplicados aos estudantes
EDUCAÇÃO de todas as séries avaliadas. As questões são de múltipla
escolha, com quatro alternativas de resposta, sendo ape-
nas uma correta. Durante o preenchimento do formulário
de respostas, o aluno deve assinalar um “X” na alternativa
desejada.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é
composto por um conjunto de avaliações externas em lar-
Questionários Contextuais
ga escala que permitem ao Inep realizar um diagnóstico da
educação básica brasileira e de alguns fatores que possam
Saeb (Aneb/Anresc)
interferir no desempenho do estudante, fornecendo um in-
As avaliações do Saeb (Aneb/Anresc) são acompanha-
dicativo sobre a qualidade do ensino ofertado.
das de questionários contextuais. Eles são aplicados aos
Por meio de provas e questionários, aplicados periodi-
alunos, professores e diretores. Também há um questioná-
camente pelo Inep, o Saeb permite que os diversos níveis
rio que deve ser preenchido pelos aplicadores, com infor-
governamentais avaliem a qualidade da educação pratica-
mações sobre a escola.
40
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Os questionários dos alunos são instrumentos de cole- D. Concordar com a criança e não fazer da questão um
ta de informações sobre aspectos da vida escolar, do nível problema.
socioeconômico e do capital social e cultural. E. Retirar a boneca negra da sala de forma a evitar fu-
Os questionários dos professores de Língua Portugue- turas situações constrangedoras.
sa e de Matemática, e dos diretores das escolas, possibili-
tam conhecer a formação, as práticas pedagógicas, o nível Os educadores, devem procurar resgatar, mediante a
socioeconômico e cultural, os estilos de liderança e as for- ressignificação das culturas coexistentes, a dimensão etno-
mas de gestão do profissional. Professores e diretores re- cêntrica de cada aluno, respeitando a identidade de cada
cebem os questionários antes da realização do teste e eles um, na diversidade do coletivo. A eles cabe a tarefa de pro-
são recolhidos ao final. mover o diálogo intercultural no mundo multicultural em
Os questionários da escola, preenchidos pelos aplica- que vivemos. O educador, enquanto protagonista social e
dores, abordam questões sobre as condições de infraestru- mediador de conhecimento e cultura, tem o compromis-
tura, segurança e recursos pedagógicos disponíveis. so de possibilitar aos seus alunos a compreensão sobre
O levantamento desses dados é fundamental. Informa- o multiculturalismo como uma característica inerente ao
ções relevantes possibilitam a construção de políticas pú- mundo, no qual não há culturas superiores e/ inferiores,
blicas educacionais para melhoria da qualidade do ensino certa ou errada e, sim, culturas diferentes que devem ser
ofertado. respeitadas. Em contextos multiculturais, o papel da escola
é, sem dúvida, poder contribuir para a formação de cida-
Saeb (ANA) dãos conscientes dessa realidade e que se compreendam
Para a coleta de informações a respeito das condições em sua identidade própria. É necessário, para tanto, que a
de oferta, são aplicados questionários voltados aos profes- escola elabore e desenvolva um currículo que leve em con-
sores e gestores das Instituições de Ensino que atendem ao ta e contemple as diferentes identidades e a diversidade
Ciclo de Alfabetização. O foco desses questionários é aferir cultural dos alunos.
informações sobre as condições de infraestrutura; forma-
Gabarito Oficial: B
ção de professores; gestão da unidade escolar e organiza-
ção do trabalho pedagógico, entre outras.
< http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb>
< http://portal.inep.gov.br/web/guest/educacao-basi-
ca/saeb/instrumentos-de-avaliacao>
QUESTÃO
41
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
ANOTAÇÕES
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