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Índice
1.Introdução.......................................................................................................................3
2. Objectivos......................................................................................................................4
2.1 Objectivo geral............................................................................................................4
2.2 Objectivo específico....................................................................................................4
3.Metodologia....................................................................................................................4
3.1 Método bibliográfico...................................................................................................4
4. Fundamentação teórica..................................................................................................5
4.1 Conceitos básicos.....................................................................................................5
4.2 Controle Ambiental.....................................................................................................5
4.3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL............................................................................5
4.4 RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL.........................................................6
4.5 PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL...................................................................6
4.6 PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD)........................6
4.6.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO.........................................7
4.6.2 Tipos de Licença Ambiental e documentos necessários durante o processo de
licenciamento ambiental....................................................................................................8
4.6.3 DEPÓSITO DE ESTÉRIL, REJEITO E PRODUTO..............................................9
4.6.3 Sistema Ar..............................................................................................................10
Fase de Implantação........................................................................................................10
Alteração da Qualidade do Ar.........................................................................................10
Medidas Mitigadoras Recomendadas..........................................................................10
4.6.4Alteração do Nível de Pressão Sonora (Ruído).......................................................11
Medidas Mitigadoras Recomendadas..........................................................................11
4.6.5 Sistema Água..........................................................................................................11
Alteração na Recarga do Aquífero...............................................................................11
4.6.6Flora.........................................................................................................................13
Fase de Implantação........................................................................................................13
Medidas Mitigadoras Recomendadas..........................................................................13
4.4.7 Riscos de Acidentes Ocupacionais.........................................................................14
Medidas Mitigadoras Recomendadas..........................................................................14
Conclusão........................................................................................................................15
Bibliografia......................................................................................................................16
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1.Introdução
No presente trabalho de investigação, como primeira fase, trataremos a respeito
das medidas de mitigação, controle e monitoramento ambiental na mineração,
actividades de suma importância na gestão e no panejamento ambiental dos
empreendimentos dessa natureza, os quais utilizam recursos naturais e causam, em sua
maioria, impactos ambientais negativos significativos.
Iniciaremos nossos estudos a partir do entendimento do controle ambiental e da
Política Nacional de Meio Ambiente Decreto n° 2612004 de 20 de Agosto,
(Moçambique 2004) seus principais instrumentos, incluindo a Avaliação de Impacto
Ambiental (AIA), o Zoneamento Ambiental, o Estabelecimento de Padrões de
Qualidade e o Licenciamento Ambiental.
Encerrando essa primeira fase, será enfatizado o licenciamento ambiental na mineração
enquanto instrumento de controlo, desde a implantação até a desactivação dos
empreendimentos minerários.
Na segunda etapa serão discutidas as principais medidas adoptadas para
mitigação dos impactos mais relevantes da mineração, incluindo a disposição de estéril,
rejeitos e produtos, com enfoque nas barragens de rejeito. E a terceira e a última parte é
a parte da conclusão e referencias Bibliográficas.
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2. Objectivos
Segundo o entendimento de Rodrigues (2009), os objectivos podem ser
classificados segundo natureza, forma e prazo. Referentes à natureza, os objectivos
podem ser gerais ou específicos. Quanto à forma, eles podem ser quantitativos ou
qualitativos e, por fim, em relação ao prazo, de curto ou longo prazo.

2.1 Objectivo geral


 Falar das Medidas de mitigação na avaliação ambiental, na mineração.

2.2 Objectivo específico


 Controle ambiental;
 Licenciosamente ambiental e
 Licenciosamente ambiental na mineração.

3.Metodologia
Metodologia, segundo Gil, é definida como processo de planejar, onde se define
um método científico a serem a serem utilizados no decorrer da pesquisa.

Para a realização do presente trabalho foi utilizado o método de consultas


Bibliográficas.

3.1 Método bibliográfico


Pesquisa bibliografia é feita com intuito de levantar um conhecimento disponível
sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou explicar um objecto a ser investigado.
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4. Fundamentação teórica
4.1 Conceitos básicos

4.2 Controle Ambiental


O Controle Ambiental constitui num instrumento de gestão voltado para a
prevenção, redução e mitigação dos impactos ambientais negativos causados pelas
actividades antrópicas.
É um poder-dever do Estado, o qual deve exigir que as diferentes actividades
humanas sejam exercidas com observância aos preceitos estabelecidos pela legislação
de protecção ao meio ambiente. Deste modo, intervenções capazes de alterar as
condições ambientais negativamente ficam submetidas ao controle ambiental
(ANTUNES, 2012).
A Política Nacional de Meio Ambiente, Decreto n° 2612004 de 20 de Agosto,
(Moçambique, 2004), prevê nos artigos, 1,2 e 3, do capitulo I, do regulamento
ambiental para actividades mineiras, o controle e o Zoneamento das actividades
mineiras, assim como traz diferentes mecanismos para controle ambiental, incluindo o
estabelecimento de padrões de qualidade, o licenciamento, o cadastro técnico de
actividades potencialmente poluidoras e ou utilizadoras de recursos ambientais, dentre
outros instrumentos.
4.3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O licenciamento é uma modalidade de controle ambiental específica para
actividades que, devido às suas dimensões, sejam potencialmente capazes de causar
degradação ambiental, tendo como finalidade atestar a viabilidade ambiental dos
projectos, antes da implantação, assegurando as medidas de adequação ambiental na
implantação e operação do empreendimento ou actividade (ANTUNES, 2012;
MONTAÑO & RANIERI, 2013).
De acordo com o estabelecido na Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) n. 237 de 1997, o órgão ambiental competente estabelece as
condições, restrições e medidas de controle através da LICENÇA AMBIENTAL. Esta,
por sua vez, constitui num ato administrativo, o qual deve ser obedecido pelo
empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou actividades
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utilizadoras dos recursos ambientais considerados efectiva ou potencialmente


poluidores, ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

O licenciamento é a base estrutural do tratamento das questões ambientais pela


empresa, através do qual é iniciado contacto do empreendedor com o órgão ambiental.
Nesse processo a empresa passa então a conhecer suas obrigações quanto ao adequado
controle ambiental de sua actividade (FIRJAN, 2004).

4.4 RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL


O Relatório de Controle Ambiental, previsto na Resolução CONAMA n. 10 de
1990, é um documento técnico exigido no processo de licenciamento, na hipótese de
dispensa do EIA/RIMA, no qual são apresentados os estudos relativos aos aspectos
ambientais da localização, instalação, operação e ampliação de uma actividade ou um
empreendimento que não gera impactos ambientais significativos.

4.5 PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL


É voltado para os projectos executivos de minimização de impactos ambientais
avaliados na fase prévia do empreendimento ou actividade, tendo por finalidade a
proposição de medidas mitigadoras e de controle ambiental, as quais devem ser
adoptadas para mitigar os impactos negativos e potencializar os impactos positivos
envolvidos no processo de instalação ou operação do empreendimento ou actividade.
4.6 PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD)
Consiste em um documento técnico contendo um conjunto de medidas voltadas
para a recuperação de ambientes degradados, a uma forma de utilização não degradada e
equilibrada. Reúne informações, diagnósticos, levantamentos e estudos que permitam a
avaliação da degradação, ou alteração, a partir dos quais serão definidas as medidas
adequadas para a recuperação da área.
Conforme Instruções Normativas do IBAMA (BRASIL, 2011) e do ICMBIO
(BRASIL, 2014), no PRAD deverá ser caracterizada toda a área degradada e o seu
entorno, detalhados os agentes causadores da degradação, a proposta de recuperação, os
parâmetros a serem recuperados, o modelo de recuperação, as técnicas e acções a serem
executadas para recuperação ambiental, os custos, insumos, cronograma de execução,
além das acções para monitoramento e avaliação da efectividade da recuperação.
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4.6.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA MINERAÇÃO


A mineração constitui numa modalidade de uso temporário do solo e inclui as
seguintes etapas: prospecção e pesquisa mineral, delineamento da jazida e panejamento
da lavra, produção e beneficamente do minério, e recuperação ambiental (Figura 1.1). É
uma actividade de extracção de recursos naturais não renováveis que fornece matéria-
prima para as indústrias, contribuindo para o desenvolvimento da economia e para a
geração de emprego e renda
(IBRAM, 2012).
Apesar da sua relevância para a economia, a mineração exerce um forte impacto sobre o
meio ambiente e em função disso é necessária a adopção de mecanismos eficientes de
controle e gestão, ao longo de todo o processo da produção mineral, de modo a prevenir
a degradação e aumentar o desempenho ambiental.
O licenciamento da extracção de minério, sendo uma actividade modificadora do meio
ambiente, depende da avaliação de impacto ambiental, podendo ser exigido estudo de
impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, ou
Relatório de Controle Ambiental (RCA), os quais são submetidos à aprovação do Órgão
Ambiental Competente, conforme estabelecido nas Resoluções do Conama n. 01 de
1986, n. 09 e n. 10 de 1990.
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Figura 1.1: Ciclo de vida de uma jazida. Fonte: Vale (IBRAM, 2013).

4.6.2 Tipos de Licença Ambiental e documentos necessários


durante o processo de licenciamento ambiental param extracção de
minerais da Classe II, conforme Res. CONAMA n.10 de 06 de Dezembro de 1990.
Tipo de Licença Documentos Necessários
(fase de panejamento e viabilidade do
empreendimento)
1 - Requerimento da LP
LICENÇA PREVIA - LP 2 - Cópia da publicação do pedido da LP
3 - Certidão da Prefeitura Municipal
4 - Estudos de Impacto Ambiental - EIA
e seu respectivo Relatório de Impacto
Ambiental - RIMA, conforme Resolução
CONAMA no 1/86
(fase de desenvolvimento da mina, de instalação
do complexo minerários, inclusive a usina, e
implantação dos projectos de controle
ambiental)
LICENÇA DE INSTALAÇÃO – LI 1 - Requerimento da LI
2 - Cópia da publicação do pedido da LI
3 - Cópia da publicação da concessão da LP
4 - Cópia da comunicação do DNPM julgando
satisfatório o PAE
- Plano de Aproveitamento Económico
5 - Plano de Controle Ambiental
6 - Licença para desmate expedida pelo órgão
competente, quando for o caso.
(fase de lavra, beneficiamento e
acompanhamento de sistemas de controle
LICENÇA DE OPERAÇÃO – LO ambiental)
1 - Requerimento da LO
2 - Cópia publicação do pedido de LO
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3 - Cópia da publicação da concessão da LI


4 - Cópia autenticada da Portaria de Lavra

Em Moçambique, pelos ternos da Política Nacional de Meio Ambiente, Decreto n°


2612004 de 20 de Agosto, licença ambiental é válida pelo período de validade do título
mineiro, sujeita à revisão de cinco em cinco anos. A licença ambiental pode ser
emitida com recomendações e condições.

4.6.3 DEPÓSITO DE ESTÉRIL, REJEITO E PRODUTO


 Na mineração, é produzido material estéril a partir do processo de
decapeamento, na fase de lavra, assim como rejeito, após o processamento
mineral, para os quais devem ser definidos locais para armazenamento e
destinação final adequado, a fim de evitar danos ao meio ambiente. Do mesmo
modo, devem ser definidas áreas de estocagem do material produzido após
extracção e processamento mineral.
 Algumas medidas mitigadoras, na gestão de estéril, rejeito e produto:
 Devem ser adoptadas medidas para se evitar o arraste de sólidos para o interior
de rios, lagos ou outros cursos de água, conforme normas vigentes;
 a construção de depósitos próximos às áreas urbanas deve atender aos critérios
estabelecidos pela legislação vigente garantindo a mitigação dos impactos
ambientais eventualmente causados;
 Dentro dos limites de segurança das pilhas não é permitido o estabelecimento de
quaisquer edificações, excepto edificações operacionais, enquanto as áreas não
forem recuperadas, a menos que as pilhas tenham estabilidade comprovada;
 Em áreas de deposição de rejeitos e estéril tóxicos ou perigosos, mesmo depois
de recuperadas, ficam proibidas edificações de qualquer natureza sem prévia e
expressa autorização da autoridade competente;
 No caso de disposição de estéril ou rejeitos sobre drenagens, cursos de água e
nascentes, deve ser realizado estudo técnico que avalie o impacto sobre os
recursos hídricos, tanto em quantidade quanto na qualidade da água;
 Quando localizada em áreas a montante de captação de água sua construção
deve garantir a preservação da citada captação.
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4.6.3 Sistema Ar
A análise dos impactos ambientais sobre os parâmetros climatológicos deve ser
considerada para duas fases do empreendimento: implantação e operação. Na fase de
estudos e projectos, as intervenções sobre a área do empreendimento são de pequeno
porte e não apresentam potencialidades para alterar o microclima local.

Fase de Implantação

Alteração da Qualidade do Ar
As principais actividades que gerarão a alteração da qualidade do ar são a
circulação de veículos e a operação de equipamentos movidos a combustão. Estas
acções implicarão em emissão de ruídos e lançamento de material particulado na
atmosfera.
De acordo com o regulamento Nacional da política do meu Ambiente (Moçambique
2004), I. O titular mineiro e o operador cumprirão os padrões de qualidade e emissão
para o ar. De acordo com a regulamentação sobre a matéria. Quando libertarem
quaisquer substâncias tóxicas ou poeiras nocivas para a atmosfera.
2. O titular mineiro e o operador tomarão precauções para limitar a emissão de poeiras
para a atmosfera, utilizarão água ou adoptarão outros métodos adequados para conter a
poeira.

Medidas Mitigadoras Recomendadas


 Molhar as áreas expostas do solo ou em terraplenagem para diminuir a emissão
de poeiras fugitivas.
 Os veículos e equipamentos utilizados nas actividades devem receber
manutenção preventiva para evitar emissões abusivas de gases e ruídos na área
trabalhada.
 Minimizar os níveis de ruídos a serem gerados durante a operação.
Com a adopção das medidas mitigadoras o impacto prognosticado poderá se tornar de
pequena magnitude e importância não significativa.
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4.6.4Alteração do Nível de Pressão Sonora (Ruído)


Durante a fase de operação da mineração, o tráfego de veículos aumentará e
surgirão novas fontes geradoras de ruídos relacionadas à limpeza da área e as
detonações, alterando as condições sonoras locais.

Medidas Mitigadoras Recomendadas


A política Nacional do meio ambiente do Decreto n° 2612004 de 20 de Agosto,
(Moçambique 2004) artigo 17, estabelece que, O titular mineiro e o operador
cumprirão com os padrões nacionais e internacionais recomendados. Sobre a emissão de
ruídos e vibrações,
 As acções de controle serão compostas pela implementação de medidas para
redução dos níveis de ruídos, como controle das emissões tal qual propostas do
Programa de monitoramento dos Ruídos.

4.6.5 Sistema Água


O projecto prevê a interceptação de cursos de água, de forma que sua
implantação implicará em mudanças significativas em relação as características
hidrológicas das áreas afectadas.
As normas estabelecidas pela, A política Nacional do meio ambiente do Decreto n°
2612004 de 20 de Agosto, (Moçambique 2004) artigo 15, estabelece que, J. ,O direito
ao uso de água para qualquer actividade mineira será exercido nos termos do regime
especial estabelecido na Lei n" 16191. De 3 de Agosto e seus regulamentos.
2. Para protecção e conservação ambiental, serão aplicados os padrões de qualidade de
água nacionais e os resultantes da implementação d e convenções internacionais de que
o nosso pais é parte.
3. Aquele que provocar a contaminação ou degradação da água, independentemente da
sanção aplicável, constitui-se na obrigação de reconstituir a situação que existiria se. Tal
contaminação ou degradação não se tivesse verificado.

Alteração na Recarga do Aquífero


A retirada da cobertura vegetal implicará em precipitação directa no solo,
implicando em aumento da recarga do aquífero, mas por outro lado a incidência directa
dos raios solares reflecte-se em aumento da evaporação do solo, o que representa perda
de água.
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Um impacto importante refere-se as modificações nas condições de fluxo dos recursos


hídricos na região. As escavações irão para baixo do nível da água subterrânea,
podendo-se assim prever-se mudanças no abastecimento de riachos, rios e fontes em
consequências destas mudanças

Poluentes Origem Controle


Organismos Estações Sanitárias Estação de Tratamento de
Oficinas Mecânicas Esgoto, Fossas Sépticas
Vilas Residenciais
Refeitórios
Sais Minério Correcção de pH
Estéril Precipitação selectiva
Rejeito
Reagente
Cianetos Lixiviação de minério de Oxidação
ouro Degradação natural

Metais Minério Precipitação e filtragem


Estéril Precipitação e Flotação
Sequestro em leitos
Partículas Sólidas Drenagem Sistema de drenagem Bacia
Erosão de Decantação Adição de
Efluente do beneficiamento Substância
Coagulante Clarificação
Ácidos Minérios sulfetados Neutralização
Pântanos artificiais
Álcalis Rochas carbonáticas Correcção de pH
Reagentes básicos

4.6.6Flora

Fase de Implantação
A política Nacional do Meio Ambiente (Moçambique 2004) , estabelece que No
exercício da actividade mineira em parques nacionais e reservas, o titular mineiro e
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operador deverão observar as restrições e controles estabelecidos pela Lei n." 10/99, de
7 de Julho e respectivo Regulamento, bem como outra 'legislação aplicável.

A cobertura vegetal na área de implantação será afectada directamente pela


acção de limpeza do terreno. A supressão vegetal resultará directamente em prejuízo à
cobertura vegetal e a biodiversidade local, e desencadeará outros impactos,
principalmente sobre a fauna.
Toda a faixa desmatada se constituirá em uma barreira efectiva entre ambientes,
dificultando o fluxo de espécies terrestres arborícolas.
A retirada da vegetação resultará em alteração da paisagem da área de influência directa
e junto com a diminuição do potencial ecológico, ocorrerá a fuga da fauna, para áreas
mais seguras. Esses efeitos desencadearão alteração do ecossistema e instabilidade
ecológica.

Medidas Mitigadoras Recomendadas


 A limpeza da área deverá ser restrita às áreas previstas e estritamente
necessárias, de forma a impedir o aumento das áreas desmatadas.
 Deverá ser executada delimitação física das áreas constantes nas autorizações
para desmatamento, evitando assim supressão desnecessária de vegetação e/ou
soterramento de outras áreas e comprometimento de corpos de água. Esta
delimitação poderá ser feita por meio de estaqueamento, fitas de sinalização ou
similares.
 As actividades de supressão vegetal e limpeza de terreno deverão se concentrar
nos períodos mais secos. Tal procedimento tem como orientação a protecção de
linhas de drenagens naturais e de áreas susceptíveis a processos erosivos e ainda
a protecção da fauna.
 Deverão ser implantados dispositivos provisórios de controle de erosão.
 Em hipótese alguma se deve proceder a queima do material vegetal gerado, por
constituir extremo perigo a vegetação circundante.
 Durante os trabalhos, devem ser adoptadas práticas para evitar acidentes que
possam comprometer a cobertura vegetal ou a qualidade dos solos das áreas de
entorno, como incêndios, derramamento de óleos e disposição de materiais
incompatíveis (entulhos de construção). De minimizar a emissão de material
particulado (poeiras) durante as obras e sua deposição sobre áreas de vegetação.
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 Deve-se proibir os trabalhadores de qualquer actividade relacionada à colecta de


espécies botânicas nas áreas próximas aos locais autorizados de supressão
vegetal.
4.4.7 Riscos de Acidentes Ocupacionais
Durante a instalação dos equipamentos, os operários envolvidos com esta
actividade ficarão expostos a riscos de acidentes de trabalho ou prejuízo à saúde
operacional.
Os trabalhadores envolvidos com a obra ficarão expostos a riscos e doenças
ocupacionais, destacando-se a exposição constante a ruídos. A criticidade deste impacto
poderá ser atenuada com o uso coreto de equipamentos de protecção individual (EPI`s).

Medidas Mitigadoras Recomendadas


Equipar a área do canteiro de obras com sinalização de segurança.
 Fornecer e cobrar dos operários o coreto uso dos EPI`s.
 Dotar os canteiros de obras de kits de primeiros socorros.
 Manutenção dos veículos e equipamentos para controle da emissão de ruído.
 Realizar exames médicos periódicos, principalmente preventivos, devendo
envolver todo o quadro de funcionários.

Conclusão
As análises contempladas na metodologia acerca das intervenções nas
actividades Mineradora, estudadas resultaram numa amostragem abrangente dos
impactos que ocorrem, podendo-se descrever os parâmetros principais, medidas
mitigadoras e compensatórias, auxiliando profissionais da área de avaliação de impacto
ambiental na escolha ou na fusão das melhores metodologias a serem aplicadas, visando
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que sejam compatíveis com a natureza do empreendimento ou factor causador de


alterações ambientais que se deseja estudar.

Bibliografia
ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. A gestão dos recursos hídricos e a
mineração.
Brasília, 2006. Disponível em: <http://www.ibram.org.br/> Acesso em: 015.Set.2019.
ANTUNES, P. B.Direito Ambiental. 14. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2012.
16

BACCI, D. de L. A C.; LANDIM, P. M. B.; ESTON, S. M. de: Aspectose impactos


ambientais de pedreira em área urbana. Rev. Esc. Minas, Ouro Preto, 59(1): 47-54,
jan. mar. 2006.
_______ Instrução Normativa IBAMA n. 04 de 13 de Abril de 2011. Estabelece os
procedimentos para elaboração de Projectos de Recuperação Ambiental.
Disponível em: <www.ibama.gov.br/sophia/cnia/legislacao/IBAMA/IN0004-
130411.PDF> Acesso em: 18.Set.2019.
_______ Instrução Normativa ICMBIO n. 11 de 11 de Dezembro de 2014. Estabelece
procedimentos para elaboração, análise, aprovação e acompanhamento da
execução de Projecto de Recuperação de Área Degradada ou Perturbada - PRAD,
para fins de cumprimento da legislação ambiental. (Processo no 02127.000030/
2013-48). Disponível em: <www.icmbio.gov.br>Acessoem:18.Set.2019.
CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução Conama
n. 10 de 06 de dezembro de 1990 - In: Resoluções Conama, 2017. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama> Acesso em:20.Set.2019.

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