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vi a do im , fi1lhos que a Jovem Manmha lhe deu ,. um
pera or Mauríc io, Cósroe s II dedica ra- e dera 1. · ·
ido po r esse peca · d os nme
d o, po is . . .
ta amizade t\ • r . . ele p u so b erano 0 1 pun
· · A··· . os cont rastes nesse cnsuarus mo b,zan- 32 1
, yOJs lOra gra bizan rmo que nasre u surdo e out ro defe uu oso e par;il!uco . - » im eram
ças ao apoio do genera l moral .
tino, em q ue a fé mais viva andava a p.u d a mais duvidosa
320
(2) Cfr . cap. Ili' par.
ln ..J . .. ,
. d Ri l:inc,r, c~prem ,d:i. cnt rc n, 111nng1í i~ c m 1e 1ra r 0 ~
Alexan d rta ocup;i :t. . , .
' cru a Her:irl 11~ csrn \'a a hc,ra do d eses pe ro e pe nsava d nc ru rJaç ~ltu r,-,.;, tom0u Tíflr~ 3travl"çs0n a Armrnia invadiu a Síria e
persas d o Ia do d a ª"' · · . , .
em retira r-se pa ra Cartago . ma., o parnarra Scrgw co nseg uiu d e tê-lo . rs magou o melhor ext'rfito dos prrsas pf' rt0 rle Arbelos. no mesmo \ui,-ar
0
, - ~e d a' uma reviravolta que parece um mi lag re e qu e devia, c m qu e o gra nde Alexandre tinh ;i venndo ourro Rei dos Re is.
E entao qu e _ ,
r d p uma autêntica cruzada. · 'E exatament e a urn a cruzada Esgotad a, a Pérsia pediu miserifórdia Era a vez de os tJizantinos inva-
tomar a rorma ,
que assistimos aqu i _ escreve R_e né Grousset - . _um a cruzada como não di rem em incursões fu lm inantes os quatro cantos do Im pério sassânida .
houve ou tra , pois os exércitos cnstãos respondem . a voz do che~e da Igre- As cid ades sagrad as dos masdeus arderam por toda a parte. Por fi m , a
Jª e resolvem libertar O Santo Sepulcw e . reconqut~tar a verdadeira Cruz" 25 de feve reiro de 628 , espalh ou-se a notícia decisiva : " Caiu o ímpio , o
Não, diz O patriarca , tu não tens o dtre1to de de1x~r os magos ocuparem orgulhoso Cósroes! '' , anunciou Heráclio ao seu povo . '· Aquele que insul-
a Cidade Santa ' Não, ru não tens o direito de deixar que a Santa Cruz tou Cristo e a Virgem está mono ; escutai o fragor da sua queda. Já arde
no inferno com os seus iguais Destronado pel o próprio filho , o último
1
"
seja um objeto de escárnio em Ctesifonte!
Rei dos Reis 4 acabava de ser executado na " casa das trevas ". A Pérsia
Todos 05 tesouros da Igreja bizantina foram postos à disposição do im- masdeísta deixara de existir para sempre.
perador. Ao mesmo tempo, Cósroes, no cúmulo da arrogância, escrevia a
Quando Heráclio reconduziu a Santa Cruz para Jerusalém a 23 de
Heráclio uma carta insultuosa para a sua honra e para a sua fé, e como março de 630, carregando-a ele mesmo sobre os ombros , a " primeira cru-
reação todo O Império se levantou num esforço supremo. A missiva do zada'' parecia coroada pela mais brilhante das vitórias . Mas que realidades
persa foi lida do púlpito, para que todos sentissem o ultraje . "Pretendes estavam ocultas sob estas aparências ) O Império de Bizâncio sairia menos
p ôr em Deus a rua confiança ? Então, por que não salvou Ele_ Cesaréia, enfraquecido da prova do que aquele que acabava de abater ) Destruindo
Jerusalém e Alexandria das minhas mãos? Se me aprouvesse, tena destruí- o poder persa, para quem trabalhara, ao fim e ao cabo, o soldado glorio-
do também Constantinopla. Quanto ao teu Cristo, não te deixes embalar so? Doze anos mais tarde , Jerusalém veria um novo conquistador surgir
por uma vã esperança: nem sequer foi capaz de salvar-se das mãos dos ju- diante das suas muralhas , pois no mesmo m omento em que o piedoso
deus que o crucificaram!" Heráclio, de pés descalços, subia o Calvário , quauocentas léguas ao sul
A 5 de abril de 622 começou a guerra santa. Não devia durar menos os cavaleiros de Alá começavam a ganhar impu lso.
de dez anos, e daria ocasião às peripécias m;i,is assombrosas . Comprada
por um alto preço a retirada dos ávaros, Heráclio lançou-se contra as tro-
pas p ersas da Galácia e da Capadócia, repeliu-as para o Eufrates, atraves- As dissensões religiosas e o desp ertar dos nacionalismos
sou de um salto a Armênia, não se deteve a reconquistar as províncias
oc upadas, lançou-se pela Pérsia adentro, tomou Erivan e vingou o saque O perigo das fronteiras não era o único que ameaçava o Império de
de Jerusalém, in cendiando o templo masdeu de Tabriz; parecia que o Im- Heráclio, e talvez nem mesmo fosse o mais grave . Num plano mais pro-
fundo, o problema central era que esta imensa amálgama de terras e de
pério sassânida estava ferido de morre.
povos, com as mais diversas tradições e convicções. co rria o risco permanen -
Mas não : Cósroes reagiu; depois da embriaguez das vitórias, foram
te de se desmembrar . As querelas religiosas , que havia séculos agitavam
um , d ois, três anos de dura e esgotante defensiva. Em junho de 626 , os o Império, revelam a existência de tendências centrifugas violentas nesta
ávaros restabeleceram a aliança com os persas e lançaram-se de novo ao massa duramente espanilhada pelo estatismo . A fu lminante rapidez das
assalto. Houve uma verdadeira corrida para Bizâncio, em que mongóis, conquistas muçulmanas torna-se incompreensível para quem não tenha pre-
eslavos e búlgaros marchavam lado a lado com "medos" e persas. Dian- sente o quadro deste Oriente dividido e dilacerado, no qual as discussõe:
te do perigo, o patriarca Sérgio, defensor da cidade, Jurou com uma recrí- teológicas sobre as duas naturezas de Cristo acabavam sempre trazendo a
vel energia. A imagem da Mãe de De~~. ~ lvaguarda_sobrenarural, era cons- tona os mais exasperados nacionalismos.
tantemente passead ~ so b~ muralh as , ..!!ª p rimeira fi la dos combatentes . Por toda a pane onde se instalou , o domínio bizantino mostrou-se pe-
E deu-se o milagre : o inimigo afastou-se . Ao mesmo tempo , saindo do
· · , · s
reduto em que se tinha refugiado, no Cáucaso, o incansável Heráclio reto- (4) Foi a partir desta v11ó na que Hcracl1 0 e os seus sucessorc .começaram, aIhusar oficialmcn-
322
n:º~ ª ofensiva , após ter conuatado, também ele, contingentes de merce -
· d R · J R
te o título de Bastleu , equ1valemc ao e et " º s . e,s,
uso corrente e nunca figurava nos protocolos oficiais.
· que amenormcmc so es era a o no
d d
32 :
nanos amarelos. O ano de 627 viu a vitória mudar de campo: o imperador
A IGREJA DOS TEMPOS BÁRBAROS
DRAMAS E DILACER AÇÕES DO ORI ENTE CRISTÃO
. d .
. h e espol1a or, na África ' tinham bastado cinco anos de-
sado, mesqum O B . , . para que os rigores do governado r bizan- mo sacerdote de Amon-Rá como encarnação do nacionalismo · " divino se-
. - '' de e11sano
pois da "l I'bertaçao dades O tempo dos vândalos ; na Itália 0 nhor , décimo terceiro apóstolo, juiz do mundo" , como dizia~ os seus tí-
. fi m lembrar com sau . '
uno izesse gótico ou O terror lombarda não senam pre- tulos oficiais, _constituiu-se num verdadeiro ''faraó episcopal'' , segundo se
p erguntava-se se o terror . . . escreveu cert:1ramente . O seu grande rival - o Patriarca de Antioquia
povo d . • E as duas bases pnnopa1s do Império a
feríveis ao fisco os onenta1s... . ,
, . E • embora tivesse sob a sua alçada cento e cinqüenta e três dioceses, esta-
Sma e O g1to , estav am também secretamente minadas •
; em ambas as re-
d . va longe de exercer uma autoridade semelhante; ainda que O território
.
giões, vemos es boçar-se desde O século V . um fenomeno e importânc , . •
ia
abrangido pela sua jurisdição fosse muito mais extenso, carecia de coesão
· d
cap1ta1: o espe rtar dos nacionalismos devido em grande parte a 1nfluen-
, e vinha sendo minado havia séculos por inumeráveis heresias . Mesmo assim,
eia do cristianismo. à medida que os sírios começavam a tomar consciência de s1 próprios, o
o bloco dos povos sírios, de língua aramaica.' esten~i~-:e do Med~terrâ- chefe religioso de Antioquia via crescer o seu prestígio.
, , p ximidades da Pérsia. Sempre estivera d1v1d1do entre 1mpé-
neo ate as ro · ·1· Por outro lado, as lutas teológicas que, já desde os começos , agitavam
rios rivais, e a partir de Alexandre havia-se submeti_'d o à clVI _1zação helêni- periodicam ente o cristianismo oriental, tinham repercutido no plano dos
ca , mas só tinha encontrado um princípio de untdade e independê ncia nacionalismos. No tempo do arianismo, Alexandria - a Alexandria do
na fé cristã, cujo centro material era Edessa. O fecham_ento ~a célebre ''Es-
grande Santo Atanásio - fora o baluarte da ortodoxia diante de uma An-
cola de Edessa" pelo imperador Zenão , em 489, não 1mpedua o desenvol-
tioquia vendida aos hereges . Nos séculos V e VI , as graves controvérsias
vimento de uma literatura siríaco-cristã original, de tendência cada vez do nestorianismo e do monofisismo haviam acentuado ainda mais as diver-
mais nestoriana, e que se projetava em território persa através da Escola gências: opondo-se uma e outra à ortodoxia de Constantinopla , que mui-
de Nísibis . Quanto ao Egito, o cristianismo, realizando a fusão entre o tas vezes só lhes aparecia sob a forma do gendarme bizantino , as cristan-
elemento grego das cidades e a massa dos felás, tendera involuntar iamen- dades do Egito e da Síria opunham-s e ao mesmo tempo entre si. Todo o
te a dissolver o helenismo nas velhas tradições autóctones , coisa que se tra- esforço desenvolvido pelo poder central para restabelecer a ortodoxia esbar-
duzia por exemplo no emprego crescente do copta, isto é , da antiga lín- rava com resistências políticas, cujas raízes mergulhavam muito fundo na
gua egípcia escrita em caracteres grego~. Crescia, pois , nas duas províncias alma desses povos; e, em sentido inverso , todo o esforço de centralizaçã o
a tendência para as reivindicações nacionalistas. trabalhava a favor das heresias . O erro fundament al de Bizâncio - o de
Também no plano religioso se notavam claramente esses nacionalismos querer unir num mesmo poder a autoridade política e a autoridade religio-
que em breve se refletiram na hierarquia da Igreja, concretam ente através sa - produzia enfim todos os seus frutos de amargura.
da organização dos Patriarcados . Estas superdivisões eclesiásticas tinham ori- Diante desta situação complexa - cuja dificuldade , ao que parece,
gens diversas: Antioquia e Alexandria, por um lado, estavam ligadas às só foi compreend ida por Teodora -, os imperadores bizantinos não foram
mais antigas glórias d9 cristianismo, e a sua importânc ia derivava das gran- capazes de encontrar uma solução efetiva senão para os problemas políti-
des figuras que haviam ocupado as suas sedes; a importânc ia de Constan- cos. Em face da questão religiosa, uns , como Justino li e Tibério, encara-
tinopla, porém, era antes o resultado da política imperial empenhad a em vam as heresias com uma moderação que beirava a complacência ; outros,
dar à " nova Roma" todo o prestígio possível. Estabeleci da no Concílio como Maurício, hesitavam entre a tolerância e a brutalidade, ou ainda ,
de Calcedônia, reconhecida oficialmente no Código de Justiniano como como Focas, vangloriavam-se de uma feroz ortodoxia e aplicavam em defe -
~ndament o da constituição da Igreja, a divisão hierárquic a dos cinco Pa- sa da fé os métodos violentos de que costumavam lançar mão. Além do
tnar~ados - Constantinopla, Jerusalém , Antioquia , Alexandria e Roma mais, a mesma ambigüida de se fazia notar nas suas relações com os Papas:
u~ha acabado por contribuir para concretizar as tendências centrífugas uns pressentiam que só uma autoridade religiosa solidamente fundada po-
das diversas partes do Império . deria ser capaz de restituir a unidade e a harmonia aos povos cristãos dila-
cerados pela heresia, e percebiam , portanto , que o seu interesse devia im-
O fenô~eno era particularmente nítido no Egito onde o Patriarca
peli-los a trabalhar.d e mãos dadas com o Pontífice de Roma; outros agar-
dulrante dmutto tempo designado como "papa" - , ~ testa de dez metró- ravam-se cada vez mais ao sonho orgulhoso de uma Constantinopla que
po es e e cento e uma sé . . . , . .
s episcopais , propnetan o de múmeros bens, ar- fosse a capital religiosa do Oriente e rival de Roma .
ma dor nava l que controlav , .
324 .. .
custa v1v1am milhares de
ª comercio do país, benfeitor faustoso a cuia.
0
Daí as mudanças bruscas e contínuas de política. No tempo de Maurí- 325
b . .
po res, tinha ltteralmen te tomado o lugar do su-
A IGREJ A DOS TEMPOS BÁRBAROS
DR AMli S E Dllli CERli ÇÕES DO ORIENTE CRISTÃO
. fl'to entre o poder imperial e o do Papa _
. 1 d 'u um violento con i . .
c10, eco 1 , . M no _ porque este mterve10 nos assuntos dos cieiro mani festo mon o telita , e g ue fo ra promulgada po r Heráclio como lei
mão Gregono ag ._ .
que . era e . se impôs como guard1ao supremo da disciplina do Impéri o, num prim eiro momento pareceu ser aceita . Pouco a pouco,
Pamarcados do O nente e , . · -
. _ d F as pelo contrario, houve uma aproximaçao cordi al porém, os olhos e os espíritos foram -se abrin do , e alguns teólogos, como
cnsta· no tempo e oc • · 1
· p d ·biu-se ao Pauiarca de Constantmop a que usasse o títu - São Sofrônio e São Máximo o Confessor , começaram a denunciar o erro .
com o apa o, pro1 . S, d s- Na África, os concílios provinciais cond enaram-no , e em Rom a o papa São
lo d e .. ecumentco
, · " , e reconheceu- se oficialmente a e e ao Pedro co-
,
mo "cabeça de todas as Igrejas ". E caso para _Perguntar como se devi a Martinho I (649-65 5) organizou a resistência à nova heresia. Entretanto,
Heráclio morrera , levando para o túmulo a sua boa - mas misóna -
comportar u m leal vassalo do Imperador no .meto . . de todo esse caos. , em
que a fideli dade de hoje tinha todas as possibilidades de ser considerada vontade de conciliação.
um crime amanhã , e em que bastava mudar de província para que tudo Diante das op osições gue se levantavam , Constante II. em 648, substi-
tuiu a Ectese por um novo documen to , o Tipo da fé, que proibia toda a
0 que dizia respeito aos princípios da fé, aos métodos administrativos e
ao clima moral mudasse completamente. discussão sobre o número de vontades ou de energias co ntidas na pessoa
de Cristo, o que , embora fosse prudente , estava formulad o de cal manei-
Na grande tentativa de reconstrução que empreendeu, Heráclio não
ra que os ortodoxos não podiam aceitá-lo . O papa São Maninho I lançou
podia pôr de lado uma preocupação desta natureza , tanto mais que duran- sobre o Tipo a mesma reprovação que lançara sobre a Ectese , e daí resul -
te a guerra contra os persas teve ocasião de observar que muitos elemen- tou uma crise terrível. Louco de cólera, o tirano bizantino mandou o exér-
tos monofisitas do Império , por ódio à ortodoxia imperial, tinham chega- cito de Ravena raptar o papa, já velho e doente , e trazê-l o para Constan -
do bem perto da traição. Aconselhado pelo patriarca Sérgio, homem de tinopla, onde o conservou em isolamento durante uês meses . para depois
Estado tanto quanto homem de Igreja , convenceu-se - como outrora Jus- submetê-lo a um abjeto simulacro de processo e destratá-lo como se fosse
tiniano, ainda que noutro terreno - de que conseguiria reconduzir ao o último dos criminosos; depois , não se auevendo a matá- lo. deste rro u-o
aprisco as ovelhas desgarradas por meio de novas fórmulas doutrinais. Apre- para a Criméia, ao encontro de uma morte em tal m iséria e solidão que
sentar a ortodoxia sob uma forma atenuada, e do mesmo modo mostrar acabou por transformar esse fim num verdadeiro martírio . Este foi o resul-
as heresias em termos brandos , não seria esse o meio de pôr toda a gen- tado dessa nova tentativa de apaziguamento fundada sobre a ambigüida-
te de acordo? O resultado da idéia foi o nascimento de uma nova doutri- de e o erro, que não contentou , como é lógico . nem os católicos nem os
na que, depois de algumas hesitações - pensou-se a princípio em falar monofisitas .
de um monenergismo - , se concretizou naquilo que veio a chamar-se Foram precisos nada menos de setenta anos para sair da crise mo noteli-
monotelismo , doutrina de uma vontade única em Cristo . Os católicos que- ta; somente a diplomacia do papa Santo Agatão (67 8-681 ) co nseguiu pre-
rem distinguir duas naturezas unidas em Cristo , e os monofisitas uma só ; parar o caminho da paz . Um longo Concílio, o li] º de Constantinopla e
pois bem , se se descobrir o princípio único da união das duas naturezas, VIº ecumênico, reu!)id2__ de novembro de 680 a setembro de 681 procla-
todos ficarão de acordo. Bastará dizer: " Um só e mesmo único Filho de mou a doutri.:ia das duas-;atur~zas -segu"udo a fé cará)ica e liqPido,1 a he-
De~: · Nosso Senhor Jesus Cristo , realiza as ações divinas e as ações huma- resia em todas as suas for~as . Estava restabe lecida a paz na Igreja; mas .
n: · Isto,_ em si , não é falso ; mas a explicação que acompanhava esta nesse mesmo C~ ncílio , manifestou-se um sintoma inquietante : os Padres
p dente . formula acabava por afirmar que o único querer em Jesus era o denegriram a memória do patriarca Sérgio , autor principal do erro , mas .
em, cnsto
· nao - tena. vontade, e portanto nao -
querer. d1vmo· como hom ao mesmo tempo denegriram a do papa Honó rio. o que era injusto. pois
·
phassana de um homem incompleto ... E novamente se caía em cheio na embora o papa tivesse sido fraco, nunca professara a heresia . Foi mais
eres1a monofisita . uma manobra tipicamente oriental para depreciar a autoridade de Roma,
A princípio e o papa Agatão não chegou a aperceber-se da astúcia.
, . • o estrat agema parece u correr multo
.
bem para Herac , 1·
JO e
para Serg10 O Egito e A ,. · d · d O primeiro drama teológ ico deste período encerrou-se, pois, com um
0
· _ . ª rmenia a enram à nova doutrina pacifica ora;
papa Honono (6 25 638) 1 · r novo passo de Bizâncio no caminho que aos poucos ia conduzindo o Im-
d :--=------~ - ' ma inrormado e mais ou menos convenciºd 0 pério para longe de Roma. Dez anos mais tarde . em 69 1. o concilio " da
e que se tratava de mais um d
gos tanto . ª essas querelas de palavras de que os gre- Cúpula" (in trullo) - também chamado Quinisexto . pois foi encarregado
gostavam aprovou as t I b
326 forma aten uada A ' E eses que he aprese ntaram, aliás so um a de completar com cânones disciplinares as decisões do Vº e do VI º Con- 327
· ctese ou Exposiçào da fé, que vinha a s~ r um verd a-
/1 IGREJA D O S TEMPOS BÁRBAR OS
DRAMAS E DILA CERA ÇÕES D O ORIENTE CRJ STÃ O
TABUK . /• -'-
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\ ~ TAIMA .,<AIL <> t'i:rf ,
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esposa, seu primo Ali , os seus amigos Abu-Bekr, Omar e Othman foram
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em Meca, falando da ressurreição, do monoteísmo e da justiça para com
os pobres, não foi tão bem acolhido. Escarnecido por uns, maltratado por
MEDINA1
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R~,- - ,
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P•u{ r;o ,
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outros e em breve amaldiçoado por todos os usurários da cidade, nem N e9e b Omll •
s~~ Daí por diante, latrib passará a ser conhecida pelo novo nome t---·-·-- ---- ~
\ MARES . ;
, exército árabe se to rnou o m ais terríve l ins- ca rniç ada ba talh a de Kadesiah , perdeu a capital , Ctes 1·.cIOnte , e teve d e as-
decer cegamente, em b rc, e 0 - • . .
mundo de então. A medid a qu e alargava o seu sistir impotente , à capi tu lação suces5iva de todas as praças de armas pnn- -
trumento d e guerra d o . 1 . . ' · d , •
. d - tropas iam -se reforçando com novos
. e ementos
_ onundos cipais da SusJana e a Medi a .
ra.10 e açao , as ..
·- ·stadas , das populações converudas
. ao Islao , mas o exét- Garan,ti_dos por esse _lad o , os _muçulmanos concentraram O esforço deci-
d as reg10es conqu1
· nao - perdeu em nada as suas caracte rísucas . .. Em pouco tempo, os áta-
_ sivo na Sma, onde Heracl10 havia recuperado algu ma influênc ia. Envelhe-
c1to
bes passam a constituir somente uma fraca mmon_a nas hostes. de co_n~ui~- cido e doente , o imperador já não podia , porém , empregar contra os ára-
ta , mas os princípios continuam os mesmos , _os metod~s mamem-se 1~enti- bes o mesmo vigor de que se valera outrora para bater os iranianos ; mes-
8
cos e, durante cem anos, o ardor dos Cavaleiros de Ala conserva-se igual- mo assim, conseguiu reunir um segundo exército, cujo comando co nfiou
mente violento e impetuoso. , ao estratego Trithyrios. Foi um novo desastre . Junto do Iarmuk , cegado
Lançada simultaneamente na direção da Europa e da Asia, a conquis- pelos turbilhões de areia levantados por um violento sirocco , precipitado
ta islâmica não tem precedentes na história. A prodigiosa rapidez dos no rio do alto das abruptas ribanceiras, o exército imperial foi completa-
seus êxitos só pode ser comparada à velocidade com que os grandes Khans mente esmagado em 20 de agosto de 636 . Além do mais , o inimigo fo-
das estepes edificaram os seus impérios; mas, ao passo que as vitórias de ra ajudado por traidores. Desanimado, Heráclio voltou para a Ásia Menor,
Átila ou, mais tarde, de Gengis Khan ou de Tamerlão se desfizeram nas ordenando que a Vera Cruz de Jerusalém fosse levada para Constantinopla.
areias asiásticas tão depressa como tinham surgido, a conquista do Islão Foram necessários ainda alguns anos para que os muçulmanos terminas-
foi duradoura. A fé trazida nas suas armas lançou raízes tão profundas sem de conquistar as praças fortes da região. Protegida pelas suas sólidas
que devia transpor os séculos . A decrepitude dos Impérios que os conquis- muralhas, Jerusalém resistiu muito tempo , comandada pelo patriarca Sofrô-
tadores encontraram pela frente - a Pérsia e Bizâncio - , bem como a nio, mas, sitiada e não vendo chegar nenhum auxílio , teve de capitular
cumplicidade parcial de algumas populações explicam , até certo ponto, a em fevereiro de 638, para evitar o horror de um assalto. Na 3.!!tiga espla-
sucessão fulminante das vitórias, mas a duração do êxito alcançado é um nada do Templo de Salomão, onde hoje se eleva a mesquita a ele dedica-
enigm~ cujas raíz_es m~r_gl!lh~_ nos dados rffigTosos mais profundos da al - da, o c:lfif'ã- Omar veio fazer as suas orações . Foi um golpe terrível , de
ma humana . que toda a cristandade se ressentiu . Na Gália , chegou-se a ter a impressão
Dois anos após a morte de Maomé, em 634, as tropas muçulmanas de que se assistia a uma catástrofe fora do comum , a um cataclismo apo-
puseram-se em movimento e transpuseram as fronteiras, de um lado em calíptico.
direção à Mesopotâmia, onde ocuparam o reino de Hira, vassalo árabe Nesse momento, o impulso islâmico era cão impetuoso que forç a algu-
dos persas , e do outro para o sul da Palestina, onde o patriarca Sérgio ma no mundo parecia capaz de detê-lo . No planalto persa. as últim as uo-
foi morto a oeste do Mar Morto . Como as duas provas de força lhes ti- pas sassânidas eram esmagadas umas após outras, e o rei era morto. Os
nham sido favoráveis, foram avante. Gaza, onde sessenta soldados cristãos infatigáveis '· cavaleiros de Alá avançavam ao norte até o Cáucaso, o Cás-
preferiram o martírio à abjuração, caiu pouco depois . Um exército impe- pio e o Oxus; a leste, arremetiam em direção à bacia do Indo . O califa
rial comandado pelo irmão de Herádio deixou-se encurralar por dois exér- Omar, que prudentemente queria estabilizar as regiões adquiridas antes
c!tos árabes a sudoeste de Jerusalém . A partir daí, os árabes puderam mo- de passar a novas conquistas, não conseguia refrear a fogosi dade dos se~s
vimentar-se na Palestina e na Síria como em sua própria casa . A 20 de guerreiros. Apesar das suas ordens, e aproveitando o estado de desorgaru-
agosto de 635, Damasco capitulou . zação em que se encontrava o Egito, o general Amr l~nçou-se com qua-
A . . tro mil homens no delta, instalou-se em Pelús1a e, em Julho de 64_0, der-
s~~uu, os mvasores voltaram-se contra os persas, que se encontravam
na ocasiao a b~aç?s ~om as piores dissensões internas. Depois de algumas rotou as tropas imperiais perto de Heliópolis. O Cai~o e, logo depois, Ale-
semanas de reststencia, o jovem rei sassânida Sezdegerd foi batido na en- xandria tiveram de render-se . E Amr preparava-se a.inda para atacar, a~ra-
· · · a provmc1a
, d a T npohtâma, , · b1zan" t1"na da África , quando foi deudo
ves
os após o começo da guer-
por ordens formais de Omar. Em 643 , nove an fi d S
O
(8) Este termo foi empregado Th . , ·
romanceada sobre os com d P~r araud como título do primeiro volume da sua h1scona ra santa, das vizinhanças do Indo e do Cáucaso até aos con ms ~-
- eços o 1 s1ao Car · · , rcs·
soes como "conquista árabe" · ~ctcnza muno melhor esse penodo do que exp . dão, toda uma região com a extensão de metade da Europa era muçu -
pelo império muçul ' porqu~ -0
e
q{a_t_ r propciarneore árabe aãa racdon a sr:c absaolldo 33 9
-- - .IB-ª.._~ r 1a gt1 erca...de ,l d · h
338 g~ _ s eara ea ª cm nome de Alá por povos os mais etero· mana.
A l l ~RE) A nos l 'E Ml'\J S BÁRB AR OS
f)Rt\MA S E f) /LA<.F. RM/JF.S D<J ORJF. NTE ( RfSTA ü
ma maneira, Bizâncio tinha reconhecido oficialmente essa tendência dos Para evitar que esta pane do Jmpéri .
• · · · o , que lllsptrava
africanos em fins do século VI, erigindo a África em exarcado, isto é, nu - se desligasse ao pnme1ro choque, teria sid , . tantos cuidados,
o necessano trat .
ma entidade administrativa quase autônoma, cm que o exarca, verdade i- cantes com tanta fi rmeza quanta brandura ar os seus hab1-
. . • procurando não •
ro vice-imperador, embora estivesse encarregado de representar o poder e sobretudo impedir que se desencadeassem os comranar ,
. entre eles as disse õe
central, tinha por outro lado liberdade mais do que suficiente para utili - canto mal h aviam causado no Egito e na Síria O ns s que
. â . . . ra , os autocratas teól
zar em benefício próprio as tendências separatistas dos seus súditos africa- de B1z ncJO seguJCam exatamente a política com , · T d o_gos
. . d. , . rana . o os os conflitos
nos . Foi da África que partiu a rebelião militar que pôs termo ao reina- rehg10sos que sacu 1ram o Impeno repercutiram na Igreia · d - .
• , a Afoca e to
do do triste Focas , e Heráclio, o novo imperador, mostrou a sua gratidão dos eles contnbuuam para tornar ingratas as relaço-es com 8 1zanc10. -, . ' ·
. . .
para com essa província enriquecendo-a e cumulando-a de obséquios . E Assim, quando .Jusun1ano , nutrindo a falaz esperan ça e recon uz1r d d •
na véspera da invasão árabe, o exarca Gregório, aproveitando-se do descon- ao redil os mono fi.1s1tas, ,se .lançou na questão dos Três Ca•" , 11 por vo 1-
ri't uws
tentamento geral, proclamar-se-á Basileu . ta de. 534, a
. IgreJa da Afnca rebelou -se com tanto vi·gor q ·- ·
ue o autontano
Ao lado desta tendência para o separatismo político, e alimentando-se basileu,
_ furioso,
. chegou ao ponto de mandar
. . prender , deport d
ar e epor
dela, havia na África um sentimento análogo no plano religioso. Muito diversos bispos, enquanto um certo Fummo de Tipasa , primaz da Numí-
ciosa das suas tradições e muito ardente nas suas convicções e nos seus prin- dia, que aderira ~or interess~ à causa imperial , tentava inuti lmente impor
cípios morais , a cristandade africana dava mostras evidentes de tender a aos seus compatnotas os pnncíp10s teológicos do imperador. Cem anos
conservar-se um pouco à margem do conjunto da Igreja; essa inclinação mais tarde, quando Heráclio - sempre com o mesmo propósito _ lançou
era n otória mesmo nos grandes santos, como São Cipriano. Isto não signi- a doutrina do monotelismo, a Igreja africana adocou a mesma atirude de
fica que as Igrejas da África desconfiassem sistematicamente de Roma; sem- desconfiança perante as teses oficiais . Depois da ocupação do Egito pelos
p re h ouve homens no alto clero africano que compreenderam perfeitamen- árabes, em 640, muitos egípcios vieram refugiar-se na África, uazendo com
te que só a união ínti ma com o Papado poderia manter a sua Igreja na eles o seu sempiterno espírito de discórdia teológ ica . Em conseqüência .
verdadeira vida religiosa; poderíamos citar, a título de exemplo, o bispo não demorou a explodir uma crise violenta , dUian te a qual os africanos,
Colombo, da Numídia, e Dominico, primaz de Cartago, que foram ami- apoiados pelo campeão da ortodoxia , São Máximo o Confessor, se ergue-
gos de São Gregório Magno e que trabalharam de pleno acordo com ele . ram como inimigos declarados da teologia imperial . Era óbvio que a leal-
Mesmo assim , é fora de dúvida que, apesar da intensidade da sua vida dade dessas populações para com o Império tinha muiro que sofrer com
espirirual e apesar do incessante trabalho desenvolvido pelos concílios pro- essas constantes querelas, e o exarca Gregório sou be tirar parúdo desses
vinciais , a Igreja da África não comunicava como devia com o rio da Igre- mil rancores para proclamar a sua independência.
ja,_ e isto explica certamente- a fragilidade que demonstrou perante o mi- Era esta a situação da África cristã no momento em que iam lança.r-se
m1go . sobre ela os cavaleiros de Alá, uma sicuação especialmente perigosa. simi-
lar à que causara a queda do Egito e da Síria às mãos dos muçulmanos ,
Outra ca usa dessa fraqueza eram os próprios elementos que constituíam
ou talvez ainda pior. Como vimos, imediatamente após a oc upação do
a Igreja africana. As velh as populações romanas, ou romanizadas de lon-
delta do Nilo, o general Amr h avia lançado uma ponta do se~ _e~érciro
ga data, eram solid amente ortodoxas, m as ao lado delas havia numerosas
em direção à África, ocupando a Cirenaica em 642 e a Tnpolttama em
tribos bárbaras que tinham recebido o batismo em épocas diversas e· cujas
64 3; detido momentaneamente pelas ordens do califa Omar ~ _retomou ª
ofensiva em 647, para vir saquear os ricos oásis do sul da Tu □1sia . O exar-
convi cções e ram su perfi ciais e instáveis. Quando a vitória de Bizâncio lhes
manifestou o p oderio d o Império cri stão, os chefes berberes aderiram à
ca Gregório, que acabava de erigir Sufétula (Sbeicla) como capital do seu
nova fé, se m no entanto aband onarem as suas j)ráticas idólatras. Podia-se " 1· , . ,. d Akuba quando remava
mpeno , deixou-se matar mesmo ao 1a º· em · . d AI'
apostar que , no m om ento em que esse poderio deixasse de ser evidente, d . . • 1 mas os cavaleiros e a
eter a razzza . Era apenas um pnme1ro a arme .
as suas convi cções cristãs baixariam de nível. Efetivamente, no decorrer
agora conheciam o caminho .
dos anos en_1 que a sua sorte se debateu entre "romanos" e árabes, os · 0 re tomava a política mo-
r.p
berberes osc il aram com desenvoltura entre a co nve rsão e a abjuração. Um Enquanto Constante II. com o edito do 1 •
historiador muçulm ano . chega m esmo a escrever co m certo humor : • 'Qua n- 347
346 . . d. j 11s1tniJno t de Teodora.
do os berbe res apostatam, é até d oze vez es r" (li) Cfr . cap . Ili, par. OJ complexos rd 1g1osos ~
A IGREJA DOS TE MPOS BÁRBAROS
D RAMA S E DILA CERA ÇÕES DO ORIENTE CRI STÃ O
. .
T1n cr ckpt11~ de ~e ter d orn •ncntad o cuidaddosame nte e de ter mesmo Uma derroc ada desta nature za , co rn o a das outras
• g · . . . d. reconh crimcn to coroa a d e. cx1t
l!. . •
. reg1
·- _
tentado uma opcmç :w e . d I'
o, e nvio u um re - q uistada s pe lo Islão, reve la ev identem ente uma situação does .
cnstas con-
·. . . : . do finalm ente negoc ia o a a 1a nça com os b'1za . . . h .d . d - S
ep 1orave 1. e a
la16m> a Da m:i~rn e· tr n . nti - Síria e o Egito tin ~ s_1 o min a os pelos antagonismos
nos dc Ceuta , cic,idiu atac:1r r m JUiho de 7 11 . religiosos e pelos
nac ionali sm os, _se a Afr1 ca'. cm grande pane . deve ra a
sua desgraça às ten-
Por m:11s · 1, a. t ·1 "d), qur cstci·am os aos ráp id os êxitos do dência s se paratis tas que alim e n lava, a Espanh a, por ocasiãq_
11 u., l . · · . is lamism o d_o ataqJ.te mu-
· çulm a no, encont rava-s e a braços com uma decadência
aquc 1c qu<.
_-
o~ L,l v"., l·e ,· ro,. de Alá alca nçara m, • na
..•
. Espa nh a deixa- nos - pe-rpl. c. que a desagr.e.gava
. ..
XOS . OS ~C( C nll·1 b-- rb"' rc,• l'Ol\1 'l!ld·1dos por I ank dcscm b:m :ara m se m m a d e mil manei gs. Vice javam em estado perman ente os
mais violemos anta•
' ' ' . . 10 .
rcs d ifo.: uldadc s :w pé do "Jcbcl -al -Tarik " e 11:1,lfch ara rn gonism os : os bizan~ inos, red u zido; a um as poucas posiçõe
_un ed_1ata mentc ~o- s costeiras depois
bre AIgc , ·c 1·ra,
, _ , onde se reunira m m m os contm ge ntes b1 za nt111os de Jul1a- de um tratado assmad o por Heracl to, susp1ra vam pela
.
•
época em que os
no e m m os exilados godos chcfiad os por Opas - uns exércit os de Justi nian o ocupav am o sul d a Pen ínsula
e outros nas filei- ; os astu rianos e os
ras d os muçulm anos! As tropas reunid as por Rodrig o bascos, em perpét ua agitaçã o , tinham de se r periodi camen
espera vam-n os nas te encostados à
margen s do ·Guada lete . De pé no seu ca rro revesti do de parede ; e as provín cias visigót icas do sul da França eram
placas de marfim , de uma fidelida-
coroad o de ou ro. emo lto num m anto de púrpur a e de duvido sa, e de tempo s a tempos os reis de Toledo
calçad o com brode- tinham de sufocar
quins de prata, o rei dirigia pessoa lmente o comba te. a revolta de um dos seus subord inados do Languedoc.
O calor era terríve l Pior ainda : a pró-
e os corpule ntos visigodos louros sofriam ho rrivelm ente pria coroa estava pouco firme , pois o rei govern ava
. Debai xo de um quase sempre sob a
so l de fogo. no me io do alarido e dos redem oinhos ameaç a de conjur as, e as sucessões costu mavam ser contu
dos cavale iros númi- rbadas po r revol-
das e sob o fulgo r das ci mitarra s desem bainha das e dos tas e assassi natos . Nos cem anos que se segu iram à
alvos alborn ozes, morre de Recaredo ,
a batalha desenc adeou- se . rápida , como um fantasi a trágica tinha-s e visto um rei execut ado , outro tonsura do e encerra
. Desori entado s do à fo rça num
pelo espetác ulo insó lito . os godos desagr egaram -se em conven to, outro - o velho Wamb a - entorp ecido
dois tempo s. Rodri- com narcótico para
go, monta do sobre um cavalo branco , bateu- se como que subscr evesse a abdica ção , e outro ainda expulso
um leão. Quand o a do trono e obriga do
noite desceu , do exércit o visigod o só restava m uns poucos a fugir para Roma. Diante de cal situaçã o, alguns desces
bando s de fugi- sobera nos _u nham
tivos p ersegu idos a flechad as. O rei havia desapa recido reagid o implan tando um regime de terror , ao passo que
e o seu cavalo foi outros pranca men-
encont rado acolado num lamaça l; a poucos metros dali, te davam rédea solta aos seus vassalos.
encont rou-se tam-
bém um dos brodeq uins reais. Era o dia 19 de julho Outra causa de grave mal-es tar era a q~escã o judaica
de 711. . Por razões qu_e
Bastou este único embat e . A Espanh a visigót ica desabo não são claras e em que o zelo intrans igente pela pureza
u como um cas- da fé não expli •
telo de cartas. Tomad a Sevilha , os berber es de Tarik precip ca tudo, vários reis visigod os promo veram verdad eiras
itaram -se sobre persegUJções anu-se -
mitas, chegan do mesmo a forçar os judeus a batizar
Có rdova, varrend o de passag em em Ecija um peque no -se. a raptar- lhes as
núcleo de resistê n- · · r os esposos a separa
cnança s e a obnga r-se . no caso de um
cia, e depois, aconse lhados por Julian o, march aram sobre
. Toledo , onde o . d eles ser 1srae-
.
lita. Muitos bispos da Igreja espanh ola , como Santo
traidor Opas lhes aponto u as cabeça s que deviam cair. Isidoro de Sevilha.
Ao mesm o tempo , protes taram contra medid as tão odiosa s, mas não fo ram
Muça desemb arcava por sua vez, apoder ava-se de Medin _escutados. e O con-
a e de Carmo na, cílio de Toledo de 698 acabou por ratifica r essas medida
sufocava uma revolta em Sevilha e , sempre guiado pelos s . D_esesp_erados,
cristão s traidor es, . . • , ·
corria para Toledo , a fi m de disput ar aspera mente ao os Judeus nunca esquec enam ca.1s sev1oa s. e quer 1·unto. dos , b1zanunos de
seu lugar- tenent e Ceuta e dos muçul manos , quer no interio r do própno 315
Tarik a valiosa presa de guerra . Nove décimo s da Espan " P · como ~a
ha estava m sub- .
mersos pelo lslão. Subita mente inquie tos com os resulta qurnta coluna ", trabalh aram com to d as as 5uas forças contra o domm10
dos dos seus atos, . .
v1S1go . . d 711 starão consta ntemen te ao 1a-
Juliano e Opas começ aram a perceb er que os muçul manos do; quand o se der a m vasao e , e
não consid era- do dos assalta ntes.
v~m O assunto um simple s passeio militar , como tinham
c1p10 e qu l imagin ado a prin- _ , . _. . :irecem cer-se acresce ntado
, · A estas razões polmcas de decompo~tçao
_ ' ~ e e~ propno s tampo uco haviam conseg uido monta P al d
raçao maqu ' l r uma ope· . comemos à letra guns os cro-
. _iave ica , em q ue lhes bastari a puxar de uns cordéi s para · o~tras de ordem moral. Mesmo que nao
subSt1· ou a ueles reis visigodos ro-
tu1r um rei godo por out · h · n1stas desta época, que nos aprese ntam eSCes d q
ro , como tm am pensad o rngenu ament e . O ligamia a verdad e
tandan e verde do pro~ fl es- d ea d os de um harem , .e d o ao seu re or a po ,
350 . eta utuava agora em terras de Espan ha, e senam · e 1omen ta~ . _ Toledo tornara -se uma
precisos nada menos qu - é que a doçura do clima e o hábito das nque zas 351
e sete secu 1os para lançá-l o por terra .
A IGREJA D OS TEMPOS BÁRBARos
D RAMA S E DI LA CE RAÇÕES DO OR IENTE CRISTÃ O
F01 Irene ~
riuem restabeleceu
- ,1 'ultü d:i , ima2c ns . IJ ..e,-z·
. S{"gundo Co ... zo h:içoe~ p:irn r, lmpn10 f'~t:i rr"t" 1 uer,.b
.
te grave s alguma~
· ·
dãs
.1 ,~
quais ºo'
.J .J
f · •
P'
vi;'-' ,imn:. 'i l"vt ::i rn --ons,.qüên -
de Nicé;-reun ido em ""'8""' , proclamou que. ,e ~ra il egítim o adora,- as l 1a~ extremamen
. . . . , 5" 3nam , ,.nt,r mutto
• ens era necessário venerá-las . d Os_ m, ,oCnges ex ilados foram ch amad os mais ta rde . A primeira fo1 de natureza política Aparen remente a que-
1mag . . , f: ,, D .
com a derrota do poder imperial , uma ve·z q ue tantos 1m- ·
de volta , e O Papa deu o seu acor o a nsto ora . om111ad a pe lo so- rela encerrara-se
.
p~radores u nham tentado em vão impor a sua vontade ao povo e desen-
nho de devolver Bizâncio à antiga grandeza, Irene pensava em oferecer a
. .
a fim de umr novamente o Onente e O Ociden- raizar o antigo costume . Mas , na realidade , a Igreja não co nseguira fazer
sua mão a Carlos Magno
militar a derrub ou . Um pouco mais tarde , foi triunfar a su a vontade se não com o auxílio do soberano: solicitara a in-
te , quando uma sedição
mortais, trazidos tervenção de Irene e depois de Teodora ; colocara-se , pois , na dependên-
morra no seu solitário exílio em Lesbos , e os se u s restos
cia daqueles que haviam restaurado as im agens. e o " cesaropapismo " bi-
pelo povo para Constanti nopla , foram recebidos como uma relíquia . zantino acabou por sair reforçado do d ram a. Não deveriam ago ra os pa-
A questão das imagens só estava encerrada provisoriam ente: disciplina- triarcas , os prelados e os bispos prestar maior obediência a esses im perado-
da no plano religioso , pelo menos na aparência , deixava pendente a oposi - res infalíveis que haviam restaurado a verdadeira doutrina ) Aliados do po-
ção política entre o Estado teocrático e a Igreja . Não faltaria ocasião para der para o restabelecim ento do cultó das imagens, tornar-se -ão cada vez
que o conflito voltasse à tona nos quarenta anos que se segu iram à mor- mais os seus agentes. No mesmo momento em que Teodora restituía à
te de Irene , período em que o trono imperial mudou oito ve zes de mãos , cristandade a unidade e a paz , o Jmpério oriental via-se refo rçado nas
em que os golpes de Estado e as usurpações abalaram profundame nte a suas tendências fundamentai s: a excessiva concentração da autoridade já
autoridade . Ao mesmo tempo que estes soberanos transi tó rios, com uma não voltaria a ser refreada, a influência do poder da Igreja já nunca mais
neutralizaria os ilimitados poderes do Basileu , e o diálogo entre o espiri -
coragem surpreenden te, encontravam maneira de deter o Islão na sua g uer-
tual e o temporal - que , mesmo quando degenerava em crises graves,
ra de desgaste , de deter os búlgaros, que em 813 chegaram até os muros
devia constituir para o Ocidente uma fonte constante de enriquecimento
de Constantinop la, e de sufocar uma gigantesca revolta d os eslavos , que
- já não seria possível no Oriente . Esta é - juntamente com o fato de
durante um tempo chegaram a domin ar toda a Ásia Menor , envolviam-se o Império, como já vimos, se ter encerrado dentro do seu quadro greco-
de novo no tumulto iconoclasta, sem esconderem a su a intenção de arrui- -oriental - a principal razão q ue explica por que Bizâncio não pôde con -
nar definitivame nte o monaquismo . No tempo de Leão V o Arménio servar-se à testa _d ~lvilizacão européia lugar qne lbe peneAecra fio tem-
(813- 820) e do seu sucessor Miguel II o Gago (820-829) , renovaram-se as po de Justiniano.
perseguições contra os defensores das imagens , as flagelações, os olhos va- T~;;bém a arte viria a sofrer com esta crise , pois o seu desenvolvimen -
zados e as frontes marcadas com ferro em brasa . Mas a tormenta não aba- to viu-se bruscamente paralisado durante mais de um século. Ames da
lou os fiéis : dirigidos pelo vigoroso São Teodoro Estudita e pelos ferozes querela, manifestava uma acentuada tendência para um realismo. novo_ e
monges do Stoudion , os defensores das imagens agüentaram -se firmes. saboroso, mas saiu dela congelada, imutável e cristalizada num tímido h1e-
Quando morreu o imperador Teófilo (829-842), em 842 , a sua viúva ratismo . As imagens pareciam tão santas que ninguém mais se atre~eu a
Teodora, mulher cheia de encantos, enérgica e doce, piedosa e artista, pro- fazê-las diferentes das do passado . Por isso , de século em sécu_lo, connn_ua-
remos a ver esses ícones bizantinos idênticos a si mesmos, rígidos, esuhza-
clamou alto e bom som a sua fidelidade às imagens . Regente em nome
dos, rutilantes de ouro e de pedrarias . Nunca veremos sur_gir nas represen-
de_ seu fil~o Miguel III - aquele que a história conhece sob o nome de
tações dos Cristos e das Madonnas a ingênua esponrane1dad_e e o fresco
Miguel O Ebrio - , agrupou à sua volta os defensores dos ícones. Apoia-
realismo dos primitivos italianos ou dos flamengos . NeS t e senado _, .º icono-
dda pelo~ mo~ges e muito bem vista pela plebe, conseguiu desembaraça r-se clasmo pesou até os nossos dias sobre o desenvolvimento espmtual do
o patnarca 1conoclastª e reunm · . I cul-
d . um novo concíl10, que devo veu ao
Oriente cristão .
to bas ~~agens O seu antigo esplendor. No dia 11 de março de 843 , ou· . d d ·ra porque. ,preparou .a
grande
· ·
s ·
ma as1ltca de Santa 0 fi1ª g Ionosamenre engalanada a corte e o povo
as·
·
Mas a crise pesou am a e outra manei ,
, · ~.., ,,_, ,.ntre Roma e
.
B1z-ª.t).C!O, o osma gre-
S1Sttram a um ofício em h d ' · pora- c1são do penodo segumte: a r u ~ :. 'd · fi 365
d I d' . onra essa restauração e a data ficou rncor festtJ · de dos Papas havia s1 o muito 1r-
a ao ca en ano da I · . ' go . Ao longo de roda a quere 1a, a amu
364 Ja t J . greJa onental como uma das grandes festas, a
u, or ouoxza.
A IGREJA DOS TEMPOS BÃRB
ARos
DRAMAS E DILACERAÇÕES DO ORIENTE C RI STÃO
. os em que caía o culto oriental das im
. em os excess agens
me. Sem aceitarsmo tempo a dar a sua aprovação a um '
sado ao me • d · a tese Os últimos Padres g regos
tinham-se r~u . i-las todas . A doumna o meio-termo foi defi .d
retendia supnm d - , ' N- n1 a
que P , . II logo no começo a questao : ao se devem ad Um esboço da Igreja do Oriente durante estes tempos de perturbações
pe
1O papa Gregono ' d d , 1 '' E o-
. também não se eve estru1- as . sta sabedoria e dilaceramentos seria incompleto e pouco eqüitativo se, em face de um
as ·imagens mas d . va.
rar d , hostilidade dos impera ores iconoc 1astas , que se aprovei débito tão pesado, não lançássemos a crédito destes cristãos dois dados
leu ao Papa o a I ., . d ta-
. para amputar as bases ec es1ast1cas e Roma no II' . de grande peso . Em pri1]1eirÓÍug~r.c_ o b~ilho e a riqueza do pensamento
ram do antagonismo . . , , . , . 1n.
. '.!· na Calábria tentando limnar a Itália media a autoridad espiritual: última chama despedida pefo grand e braseiro dos Padres gregos,
co, na S10 ia e ' , 'fj e
, . A mesmo tempo porem , ven 1cou-se que os Papas defens a literatura cristã reúne no Império , e mesmo nas províncias ocupadas pe-
pontif10a. o · , . ' o-
. lo Islão, alguns mestres cuja obra e influência haveriam de ser perenes e
res d as image ns , se tornaram neste .
penado mais populares em Co nsta.nt ·
, . . ,· 1-
nopla do que jamais O tinham s1d~ . No Conol10 de N1ce1a . os represen- profundas . É comovente verificar como estas flores de alta espiritualidade
tantes do papa Adriano I foram delHantem ente aclamados - era O p rima- desabrocham numa época que parece ser-lhes tão pouco propícia. Nos pio-
res momentos das guerras religiosas e civis, havia almas que elevavam a
do da Santa Sé Apostólica. Mas é claro que esta populan da d e n ão de ixou
Deus os mais válidos protestos orando-lhe, invocando-o e meditando os
de inquietar os chefes da Igreja bizantina , com o :ªtriarca :i c:ibeça, que
seus mistérios . ''Crede-me, meus filhos - dizia um monge a João Mos-
se sentiram enciumados e não haven am de esq uece -lo A ques1ão de Fó-
chus, que cita estas palavras no Pré spin'tuel, o "Prado espiritual" - . cre-
cio 15 surgirá exatamente quatro anos depo is d o fim d a que re la - e não
de-me : nenhuma outra coisa na Igreja tem causado os cismas e as heresias
por acaso . senão o fato de qu e nós não amamos plenamente a Deus e ao nosso pró-
Por sua vez, o Ocidente também ti rou as su as li ções da cmc O hesi- ximo''
tante lealismo das provín cias italian as d o Impé ri o acabou po r 5-0Çob rar de Todos estes grandes ho mens espirituais pertencem de uma forma ou
vez, pois quem podia conse rvar-se fiel a esse b .bile u hcrélll O. que pe rse - de outra ao monaquismo . Muitos passam a vida indo de um convento pa-
guia os defensore~ da fé e aind a po r cim a era JO l 3 p az d e 1mpcdJC que os ra outro. permanece ndo cinco anos aqui, doze acolá , detendo-se por lon-
muçulmanos infestassem os m ares e to m:i sscm pt n o ,ui J;i Itália ) O\ Pa - gos meses na so lidão de um retiro se lvagem e enriquecendo a alma com
pas, perfeitamente co nsc ient es da fu ru ra cvolu~:\o de Bt z.i.nu o. nio demo- as lições de pobreza e desprendimento qu e colhem nessas experiências tão
raram a compreender que era ncccss:írio mud a r O \ pl an o~ . e rnlt:iram-se diversas . De todos eles se relatam as asceses mais prodigiosas ; o seu cli -
para os Carolíngios. ma habitual é a austeridade mais extrema : ''Qu~nto mais sofre o h~em
A sagração de Carlos Mag no no an ,) de SOO rn n~t itU iu . po rt amo . um:i exterior, mais floresce o homem imcrior" - esta é a sua divi sa. Desce n-
das conseqüências das loucur:is iconoclasW:- Bi zà nL io comp reen deu o alcan- dem dos primeiros Padres do deserto, que pensavam não poder encontrar
ce dessa medida , e a sua có lera chego u :w rnbro . "O p:i p a Leã o Ili Po· a Deus senão renunciando a tudo . Libertados assim daquilo que embrute-
ce o homem e o retém nas emaranhadas sarças da terra, caminh am para
de esfregar Carlos co m óleo dos pés à ca beç:i , que este nu nc a de n:a rá de
o Espírito com um desembaraço e uma simplicidade sublimes, até chega-
ser um bárbaro e um rebelde diante do verd:ideiro Basiku · · . Fo ram neces-
sários nove anos d e negoc1· - • · • • co n u a \Ic- rem à morte, que acolhem como a suprema realização.
açoes e um ataq ue "de advenenc1a
O retrato mais exato e mais saboroso da espirituali dade q 11e beata d"
neza para que Constantinopla aceitasse o faro co n su m ado. Assim . de urna
cnse de aparê · . . d rn la- vida monástica, encontramo-lo no já citado Pré spin'tuel de Jo_ão Moschus;
. • . ncias quase absurdas , devia saH um mund o n ovo : e u mais que a Históna lausíaca d e Paládio ou a Históna dos monges de Ru-
do, Bizanno a R • • . .d urn qua-
d . ' omama, como amda se d iz ia mas redu zi a a fino, esse livro tão espontâneo e tão pitoresco ainda toca as almas m~-
ro exc 1us1vamente h 1• . b . ' d f d r do 1s-
lão d b' i e enico , 0 ngada a frchar-se para se e en e . _ dernas 16 . Nascido por volta de 550, provavelmente em Damasco, e faleci-
' os u garos e dos I d . . 1~ . estreita
mente r d es avos; e o outro a dmasu a caro ing1a~-=-- a do por volta de 619, talvez em Roma, João Moschus , durante toda a vi-
a ia a ao Papad . ' - - . • ~ sll da, nunca deixou de enriquecer a sua experiência espiritual através de inú -
unidade A - o, que vai dar ao Oci d enre a cooscieoc r. ~-
. ruptura 1- · · 1eJC,. ,
não tarJ;ria a . po 1~ica , em meados do século IX, era já coisa
surgir o c1s
ma re 11g10s0.
· .
. d 'd meneada por Rouct de J o urnel , col. Sources chréliennt:I ,
(16) Cfr. a ed 1ção era uz1 a e co 367
366 Cerf, 1949.
(15 ) Cfr. cap IX
· • P2f. Fócio .
DRA MAS F. IJ II.ACP.RA(,()F. <:; í Jf J f; RJP.NTF. CRI5TÁ
<J
rros com san tas Personagens e. media nte os muito .
s ensin am
meros encon . Quand o reu niu , no fi m d a vida en. O mar , vindo a morre r em 638 , al que brado por todos
recebia e anotava . , a pedid o d e ·
, 1.
tos que_ _ f . os 219 peque nos cap1tu os em que resum ia o tos doloro sos. Alm a mística , devoto da Vi rgem Maria sses acontecimen-
amigo Sao 5o r6 mo, d , . O s . . , sa-0 s o fron10,
, · nos
seu m redigir um tratad o ogmat . cu seus se rm ões , na sua poesia repassada de encan to
saber nunca pensou e 1co ou um livro de ai cl ássico e sobret udo na
' . ,d' l .
_ . - . relatando esses fa tos e ep1so
ta especu 1açao. nao, 10s sa p1Cados de rn _- sua ' 'carta de entron ização '' , que é um docu mento
teológico de grande
. b d I a
ravilhoso , apenas pretendia mostrar como rotam as a mas o dese,·o de valor, soube expor com firmez a a verdadeira doutri
na ortodoxa sobre Cris-
, to contra as minuciosas teorias dos mon otel itas , enunc
Deus e o seu amo r· " Lamentavam certo mong e que, a força de ascese iando-a em termos
.dro' pico . _ Meus irmãos, respon deu ele, orai. apena , que o VI º Concílio ecumê nico de 680 haveria de
se tornara hl . · · ,, T d s para adotar tal como ele 05
que em mim não se torne hidróp1~0 o home m mteno r . o. a a persona- formu lou .
lidade de João Moschus está conud a em palavras desse Mais rica, mais extensa, e filosoficamente mais bem
esulo, sóbrias e escorada , uma ou-
profundas . tra obra chego u a ultrap assar a de São Sofrônio : a
de São Máximo , que ,
De todos 05 autores espirituais que, de fins do século pelo seu comp ortam ento heróico , viria a merecer
VI a meados o gl orioso sobrenome
do século IX, representaram o último grand e marco de o Confessor. Antig o prime iro secretário imper ial
da Igreja grega, 0 , desenc antado com to-
das as honra rias, entrou num mosteiro e encontrava-
mais popular foi São João Clímaco, isto é, "João da se provid encialm ente
escad a" - pois em no Egito, em 633, quand o São Sofrônio , que estava
grego climax signifíca escada - , por causa da sua grand para ser chama do pa-
e obra A escada ra a sé de Jerusa lém, ainda ali residia e acabava de
do Paraíso, que foi cronologicamente o prime iro dos tratad insurg ir-se contra as
os sobre~ - doutri nas mono telitas . Tinha então cinqüe nta e três
ca e_mística que, atê à Idade Média haviam de aparec anos e , pela sua cultu-
er sob esse nome . ra, pelas suas relações nas altas esferas e pela posiçã
No fundo do agreste desfiladeiro do Sinai em que o da sua famíli a , so-
havia constr uído o bressaía como person alidad e de excepcional enverg
mosteiro do qual acabou por tomar-se abade , nada o adura. Em poucos me -
desvia va da medita- ses tornou -se o chefe da oposição católica ao erro imper
ção das coisas sagradas. Dirigindo-se sobret udo aos cenob ial e o inspirador
itas , explica-lhes de todos aquele s que consideravam intolerável o " cesaro
em trinta "degraus" como é que se sobe ao céu, tal papism o " do Basi -
como o faziam os leu. A partir desse mome nto , toda a sua vida esteve
anjos na escada do sonho de Jacó: esmag ando os vícios empen hada nessa lu -
e pratic ando as ta. Chega do à África com os refugiados do Egito
virtudes; e explica-lhes també m como , no repou so da que fug iam da invasão
alma liberta da das do Islão, convi dam-n o imedi atame nte a discutir em
pai~ões, as graças místicas superiores podem esprai ar-se público com o anti-
livrem ente . Pelos go patria rca de Const antino pla Pirro, que professava
seus dons de estilo, pela sua originalidade e por um a heresia de uma
realism o sadio que única vonta de em Cristo . Aceita o convite e, em Cartag
a~nda hoje ~os encanta , A esc~tja _de Clímaco teve uma o , pu lveriza o ad-
enorm e repe!.fUS- versário com tais argum entos que este acaba por abjura
sao: Uf!! Gu_!gues o Cartuxo, um São Bernardo e mais r o erro. Em Ro-
tarde . até um San- ma, toma parte ativa no concílio de 649, fazendo
to Inácio de Loy9lu r~.9 _a!lli>v.e.itar-se das suas lições. finca-pé nos argum en-
tos filosóficos que se opõem ao monot elismo . Sai-se
tão bem que a polí-
Mas as 0b · · a1s · não cia de Const ante II o seqües tra e o leva para Const antino
ras espmtu nasceram apena s da medit ação solitán·a. pla, onde se recu-
Estamos lembra dos de sa a aceitar o Tipo da fé que o Papa já declarara eivado
. que "-' 1utas teo l'og1cas
"º · sempr e consn· tuuam , no O ne · n· de erros, e é en-
te uma ocasião para q viado para o exílio. Mesmo assim não cede, e é de
. ue O pensa mento d os grand es home ns de 1e .e,
se ex- novo arrasta do peran-
pandis
l' d se; aguilho a- O d · d d . te um preten so tribun al , conde nado à flagelação e
. os eseio e efende r a ortodo xia e sentem -se à amput ação da mão
1 os a manifestar-se A · compe - e da língua , e finalm ente manda do para uma aldeia
, . · · · ra perdid a no Cáucaso ,
to Atanas10· o nest . .
· ssim, o ana01s mo susota de algum mo d o San-
L , . d ' . , . on anismo , ao Cmlo s- . . de . , onde vem a falecer, devido aos tormentos sofridos,
como um verdadeiro
eonc10 e Btzanc10 A . . ., . Alexa ndria; o monof isismo mártir , no ano de 662.
tiva m . . . .
. · s IDtciauvas 1mpena1s que se tradu zuam na tenta -
onote 1tta provocar I Foi das próprias circunstâncias desta vida agitada que
exprimiram . am , no P ano das idéias , diversas reações que se nasceu uma obra
em consi derá;e [- que sob muito s aspectos serviria de elo
dissimulado do munas .
obras O .
, · . prtme1.ro a pôr a nu o erro h a b'l ente Padres gregos e a Idade Média escolástica. Discípulo
de liga!;ão entre os
. patrtar I m .
e d1scípulo de J - M ca Serg fo ·
10 1 5-ao 5 ,fi • . , migo espiritual de São Gre-
o roma, conte mpora neo, a gório Nazia nzeno , entusi asta do Pseudo-Dionísio Areop
6 34 Patriarca d J ºªº oschus
, ' aque le m esmo que tendo sido • 1eito
· ern
. agita 17, sobre o qual
368 . e erusale m foi e
da Cidade Santa ' 0b · d ' • d fesa
rtga o pouco depoi s a assum1t a e
contra os árab ( 17) Cfr . cap . 11J. par. O cnstianúmo " à bizantin
es e, por fim, a negoc iar a ren d.1çao -
c
orn a". 369
A J(; R~J A nos rF M POS RAR HARos
J)R A MAS E Dfl..ACE RM,(1ES DO ORIENTF. C:Rl5TÃC;
.
, . s- Máximo fo i simultaneamente
omentanos . ao . d
um exege.
. d .
houve inimigo de Cristo que não atacasse mesmo O I 1-
elaborou d ,versos c d mística . Quanto mais se estu a a sua obra , ., • s ao , cuia outrma
, o da ascese e a . . 1 b ·
refutou - ali as com um a firm eza heróica , porque O seu amigo eo anes
T ' f
.
ta e um teoncbe a mfluenoa • . e veio a ter , pnnopa mente so re a Igre-
. qu .
mais se perce d heio na luta contra a heresia , teve ocasião neófito de _Damasco , t_eve a língua ampu tada por ter fal ad o contra O Alco'.
. aJ Empenha o em c . rão . Humilde e obediente , extremamen te caridoso viveu até uma idade
ja onent · h . to da essoa de Cris o e foi u m d os ei-
d
d e a ro fiu ndar no con ec1men __bi.ogcafia . mas sa h retu o mostrou maravilho- muito avançada num grau de santidade tão visível que, quando morreu
. e tentaram escrever a sua d em 749, o povo já quase o tinha canonizado .
ros qu . , - ó a causa meritória da salvação os homens,
sarnente que Cnsto e nao s d 1 - .
' T · m as também a causa . exem r1 e sa D ev1do Além das ~bras de controvérsia, escritas para refutar os erros , São João
Pelo seu sacn !CIO 5- M' . Damasceno deixou grandes tratados de teologia , o mais notável dos quais
. · · - d as suas vmu
à mad1acao · d es e à sua umão p~ssoa com , . ao
eus ax1-
presente nas é a Fonte do conhecimento , bem como ensaios sobre exegese , manuais
mo O Comessor e sou be fa lar à perfeição desse Jesus que esta. . .
e, e é a nossa melhor esperança, conmbumdo assim de ascética - como os Paralelos sagrados -, inúmeros sermões e poesias
nossas a1mas pe1a re e qu
religiosas, entre elas diversos hinos que a Igreja de rito grego canta ainda
para aproximá-Lo de nós.
hoje. O futur<:> _verá nele sobretudo o teólogo da.Euc.amaç.âo,.-0-e0m.eL1uris-
Quando rebentou O drama das imagens, a grande crise ~o ~éculo _se- ta profundo da pessoa de Cristo , o teólogo da Providén_çia~_da_pm::lestina-
gumte · se O mesmo fenômeno. . Para fazer face as .10vest1das
. , repro d uzm- _ ção - assunto- em que a sua doutrina difere bastante_ da de San.t0-Agosti-
do Basileu no plano dogmático, foram muitos os pensadores cnstaos que nho - , e o teólogo -da Igreja , cuja unidad e e ecumenismo exal to u profun -
se consagraram a estabelecer bases jurídicas para a venera~ão dos ~co_n~s, damente. No momento em que ia produzir-se a dolorosa ru ptura entre o
ao mesmo tempo que denunciavam as inten~ões e os desv~os doutnnanos Oriente e o Ocidente, o santo de Damasco é a última figu ra oriental cu-
que O iconoclasmo popular dissimulava. Patnarcas c__o_mo Sao <:-ermano,de jo pensamento iluminou a cristandade inteira , e o papa Leão XlII reco nhe-
Constantinopla , o primeiro a levantar-se contra a polmca de Leao III o Isau- ceu esse fato ao proclamá-lo Doutor da Igreja .
rico, e que foi deposto por ele, ou como São Nicéforo o Confessor,_ que
Depois dele, apenas uma personal idade se fará notar. trazi d a ao p ri-
veio a morrer em conseqüência dos sofrimentos que padeceu pela fe, ou
meiro plano pelas lutas do novo iconoclasmo : São Teodo ro Estudita
ai nda como São Metódio, que elaborou a festa da ortodoxia por ocasião (759-826). Tendo-se tornado em 798 higoumene da célebre abadia do Stou-
do restabelecimento das imagens por Teodora - todos nos legaram obras dion, foco radiante da vida cenobítica, cujo reci nco não ab rigava menos
doutrinais de inegável valor. Mas há um nome que domina todos os ou- de mil "calouros", fez dela um balu arte inexpugn ável de resistê ncia ao
tros neste período, o último dos grandes Padres gregos, em cuja ativida- erro. Sempre pronto a bater-se, a partir para o exílio, a sofrer q uaisq uer
de criadora a defesa das imagens não representa senão uma mínima par- maus tratos e misérias pela verdade , enfrentou sem desfalecimenco todos
te : São j oão Damasceno. os Nicéforos e Leões do mundo . Do fundo da sua cela ou da sua prisão,
Também este, como São Máximo , iniciou a vida como alto funcionário , nunca cessou de exercer uma influência profunda. Reformou a vida mo-
não a serviço dos imperadores, mas dos novos senhores que acabavam de nástica e instituiu no seu convento uma espécie de academia, mais ou
se impor à sua Síria natal: os árabes. Seu pai tinha sido o logoteta encar- menos inspirada na carolíngia, que trabalhou por um verdadeiro renasci-
regado pelos califas de Damasco de cobrar o tributo devido pelos cristãos , mento intelectual. Em volta "deste homem celeste , deste anjo terrestre",
e ele sucedeu-lhe nessas funções; mas, entediado com as honrarias, tal co- como diz o seu primeiro biógrafo, agruparam-se copistas. esp~cialmente
mo São Máximo, experimentou o desejo ardente de renunciar a elas e, se- dedicados à transcrição de livros, bem como pincores e m101atunstas cui_os
gundo as palavras do VIIº Concílio, "preferiu o opróbrio de Cristo aos trabalhos viriam a ser procurados em todo o Império . A sua obra escm_a
tesouros da Arábia'' . Convertendo-se em apóstolo na /aura de São Sabas - que ocupa todo um volume da Patrologia de Migne -:- deve u-se mais
a motivos de ordem circunstancial, mas não deixou por isso de ter uma
- e_sse convento-fortaleza que ainda hoje domina o desfiladeiro em_ que
extrema imponância . Apaixonado pela liberdade da Igreja c~m relação aos
o Cedron corre para o Mar Morto - , foi convidado pelos seus supenores,
poderes civis São Teo(.ÍQ!o- foi levado a compreender e a dizer, com ~ma
e se~ que O desejasse, a lançar-se na luta. Com uma intrepidez sem des-
clareza admi;áveL--q~~esta independência ri nha por cond i~ão a auronda-
falecimentos, tornou-se defensor das imagens, fundamentando teologic~- · ' · 0 Papa ·. Nas suas numerosas
O d e suprema e umversal de um pastor u01co,
370 ~ente seu c_ulto e precisando-lhe os limites. Excomungado pelo co n cího - p ontífiICe 5 , reuni·u , como num feixe, os argumentos a 371
iconoclasta fi01 b IT d N- Cart as aos So b eranos
' rea tta O Post mortem pelo VIIº Concílio ecumênico. ao
A l GR~lA DOS 1l~MPOS HÁRAAR os J}HAMA S E 0 11.A C: ERA<,()ES DO ORIENTE CRI STÃ <J
1
ram B;i,g_di_ c.Qrll.Q_gpital_em 7~ Catholicó r bisflã n~st:eriane tam-
bém ~ muciolJ ~ a lá , e esses cristãos passaram a pr~star a ~ua ajuda
aos
novos senhores ; como negociante~, escribas , intelectu ais , méd1Cos e sábios,
associaram a sua at1v1dad ~ muçulm anos , e foi por intermé dio deles
que o Islão desco briu Aristóteles e traduziu a rna ohra - que, levada
mais tarde para a Espanha , havia de servir para se fazerem na Idade Média
ocidental as primeiras versões latinas do filósofo. Esta colabora ção, porém,
não estava isenta de alguns vexames : impostos muito pesados e a obriga-
ção de trazerem sobre o vestuário uma insígnia cristã como marca distinti- I
va . Mas isso não importava. A verdade é que, no século VIII, a igreja
nestoriana, em pleno país muçulm ano, desde o norte da Síria até à Meso-
potâm ia, e desde a Armênia até o Irã, estava em plena vitalida de.
Foi então que se lançou num apostolado cuja vastidão nos deixa estu- o
"'
pefatos. Qual foi a causa ? Temos de reconhecer que, embora se tratasse
de um ramo separado do tronco vivo da Igreja, com uma doutrin a oblite-
rada por uma defeituosa concepção da Encarnação, muitos desses oestoria-
nos eram almas de fogo , devoradas pelo desejo de espalhar o Evangel J
ho. \
Os seus m osteiros foram verdadeiros seminários, onde se formou um
nú-
mero inacred itável de propagandistas da fé. Vários textos da Patrolog
ia
Onúzta/ nos dão uma idéia precisa dos seus métodos . Os seus missioná
-
rios paniam com as c~ravanas que sulcavam a Ásia, e por vezes eles mes-
mos se faz iam comerciantes e caravaneiros. Falavam as línguas dos povos
para o meio dos quais eram enviados, e assim, em cada etapa, podiám
mist urar-se com a multidão e agrupavam à sua volta numeros os ouvintes
, l
aos q uais ex?Iicav am as suas doutrinas. Se os primeiros contacto s lhes pare- I
ciam bons, instalavam postos fixos de apostola do, com hospitai s e escolas
0nd e, segundo
parece, se cantavam excelent emente os hinos cristãos . Pen-
semos nos nossos missionários na África, e veremos
apostolado pouco mudou . quç a
"técnica " do 1l ll
Os resultados foram p d . ·
. . . ro igwsos . O s nestona • " d.
nos penetra ram na ln ta,
ond e o escmor b1zant1no e I d " rfta
. _ . osmas n 1copleust es, autor de uma Topogra
cnsta, os assinala cm grande , . .
374 d T .
e ravancorc misturados c numero no Ceilão, no Estado de Cochtm eTno
' om os restos dos antigos "cristão s de São o·
.\ h,RlJ •\ l)( )<; l FMl'\ l.~ HÁR ll1\R r1s
,. ' io. e al1· sobrevive rão até o século XVL pois os ponu g ueses la '
me , - . . d rao
1· -
-se resolutamente p3 ra o norte , isto é para as ·d d
tígios seus Pela As ta ce ntra 1, segmn o a rota de sed a eh , . ' Ci 3 es gregas da cr· ,.
encon trar ve S · d . , ega-
Para o d' sul d a Russia e para as regiões próximas dO M _ . tme ta,
raro a
, c h·na
1 , onde iniciaram um a campanha . . zação sob a d 1nas-
e evangeli . d d
meiras eca as do secu o
, 1 TX ar Caspio Nas pri
, em pleno_segundo ato da querei; das ima:
tia dos Tang , a partir de 635. Em S1-ngan-fu , a a_n uga capi tal dos Tang,
gens, os impera ores nem por, isso .
perdiam de vise .
a esses espaços gigantes-
foi encontrada uma estela datada de 781, em CUJO texto se co nta co cos ao norte dos seus domin1os, onde se acumula
· d d d '' . mo ' . ·b·1·d vam tantas ameaças
estes cristãos , " portadores dos livros a ver a e , se instalaram na Chin a mas onde época , aqu i·1o que e, ho-'
. , . havia poss1 1 1 ades de expansão . Nessa
_
e tiveram de lutar contra o clero budista , mas foram energicamente apoia-
Je a Russ1a. encontrava-se
. _ nesse
. , . estado de agitação confusa que precede as
dos pelos imperadores . A ver~ade é que _estes monges que traziam CQm grandes cnstalizaçoes da h1stona. Os turcos khazares instalavam-se solida-
. ,, d. o
bagagem " apefl~ _u~ __bordão e um alfoqe eo mo 12 um dos seus tex- mente junto do Volga e do Don ; os búlgaros, em pleno desenvolvimen-
tos, eram fiéis ao_jg~l apostólico e graças a eles as almas chinesas pude- to, ocupavam o norte da península balcânica; os eslavos , ainda em esta-
ram conhecer o cristianismo, que depois se expandiu pelo exemplo . do fluido, começavam a fixar-se por grandes grupos, pri ncipalmente os
Mais ainda que na direção da Índia e da China , a atividade missioná- morávios, que tomavam pé no Elba e na Boêmia até às imediações do
ria dos nestorianos encaminhou-se para a Ásia central, isto é , para toda a Adriático, onde os sérvios e os croatas os separavam do mar ; e por fim
região que vai do Turquestão até à Mongólia e ao Tibet . A semente cris- esses aventureiros semi-eslavos, semi-escandinavos , ainda nômades, prestes
tã foi por eles espalhada nessas imensas extensões, e lá deitou raízes. Hou- a dominar a região entre o Báltico e o Mar Negro , que se chamavam rus-
ve tribos de hunos que se converteram e traduziram o Evangelh o para a sos e que iam, pouco depois, criar o Estado de Kiev.
sua língua. No século VIII, sob o vigoroso impulso do patriarca Timóteo Hoje sabe-se ao certo que o cristianismo oriental exerce u a sua influên-
de Bagdá, os turcos instalados no Turquestão foram de tal modo conquis- cia sobre todas essas populações desde o ano 800. Para os khazares , Bizân-
tados para o cristianismo que, em 782, pediram que lhes fosse enviado cio enviou algumas missões diplomáticas que obtiveram certo resultado.
um metropolita, o que lhes foi concedido . Um pouco mais tarde , os mis- Entre os búlgaros, muito antes de que o rei Bóris se tivesse tornado cris-
sioná~s eram recebidos pelos queraítas do lago Baical, e pelos ongutos tão em 863, haviam-se já realizado algum as conversões individuais . E na
da grande curva do alto no Amarelo, e os mais inacessíveis planaltos do Rússia, se é certo que os passos decisivos começaram com o batismo do
Tibet viam-nos chegar, pobres e infatigáveis, para darem testemunho de princípe Vladimir, em 987, precedeu-os uma evangelização esporádica, de-
Cristo diante dos lamas. vida a iniciativas particulares , ao sabor das relações comerciais, ou mesmo
a verdadeiras missões oficiais . Esta evangelização não tardará a chocar-se
Os resultados de toda esta propaganda acabaram por desagregar-se com
0 - por vezes violentamente - com outra iniciativa missionária: a que par-
correr do tempo. A não ser no Irã e na Armênia onde as raízes eram
tiu do Ocidente, patrocinada pela Igreja latina e pelos impe radores carolín-
sólidas, o cristianismo nestoriano foi desaparecendo ~ouco a pouco ou foi
gios . E será O insucesso da penetração ocidental nas regiões eslavas , sob
s:ndo subst ituído por novas formas missionárias. No entanto , em pleno
seculo XIII Luís o Germânico, em 83 5, que decidirá os morávios_ a volcar-s~ para Bi-
_ . ' era a1·nd a tao- vigoroso
· na As1a- · central que os mongo1s
, · cns- ·
zâncio e a reclamar de Miguel III missionários onenta1s, q_ue serao os san-
t~o_s, unmdo os seus esforços aos dos Cruzados, vieram em 1258 atacar ª tos Cirilo e Metódio . Assim, no momento em que o Impeno de Cons~an-
Sma e por po~co nao - d esiemam
r ·
um golpe mortal no Islão . Ainda hoJe ·
tinopla se fechava politicamente sobre si mesmo e se isolava .nos seus !tmi-
se notam no T1bet vestígi d · · · d 1 - as .
r= . . os o nestonanismo em di versas senas e a.rn ' tes gregos, novos desunos se preparavam tanto para a Igreia onental co-
nas. q_ua1s
. existe
. · uma ce nmoma· ' · secreta gue parece proceder da Euc~·su·a · . .. . . ·· nhecer uma segunda expan-
mo para a C1v1ltzação b1zanuna, que mam co
Mtstenoso vigor do grão de mostarda
E ... são nos países eslavos .
enqduanc~ ~ cri st ianismo herético vivia essa bela aventura asiástica , ª
propagan a m1ss10nári
l · _ ª começava a plantar balizas noutra direção. p nva · da
pe a mvasao muçulman d . -. . . e-
za B" , . ª as vias marn1mas que tinham feito a sua nqu
' izanc10 procurou enco . . ltoU-
ntrar outros eixos comerciais e, para isso, vo
377
. ( 19) Sobre os cristãos de Sã0 ,
376 tzres, cap. li, par. A · Tomé ou "tomasistas" f A /greia dos Apóstolos e dos Mar·
sementeira cnstã, n. 2. ' e r. ,
t:1 f p1,('.,f r-- G~<,t,,I, '" t 11 , ~,. ... ') .._ ' ,rir,~ ri r (' q<;r .. n,hrlr ,,.nrl r r:\ N Y1
11 11 11 11 ' t - ' - '
I " "t,r! II ,, ,ir,;;, ,r ,,,, ,. ,, , ,,:~r, ,,,. r~~'
H"ió
, ,,r, ~etpl c: •
;
10 , ,p ,i 1 Pnr<jllf' pr;HJc;,mrn t r "<1rlr,, -,e "'0rn,. ..,~ 1ur 7rqa época er:.m
\ T , . , P \ P.4- 1'1, , ,.~ d e J>t:n~ar o mundo "Tffm ~, i'rrgo~ "'0mrn~ d~ gre ia e todo~ ' f'-
t 3 p a7 , -
F O NOVO IMPÉRIO DO , )CJDENrE rri a rn àç doutrinas políticas de Santo Agomnho , , ,.. m v"rda<ir qu . ,.
co d e .
na reafid ade , acabaram por erormar e por >1çremat1nr atr ao extremo as
teses da Cidade de Deus, pois , como nos lembram os o gênio de H ipo-
na havia formulad o o seu pensame nto em maténa política em te rmos
I
38 1
(3) Cfr. A Igreja dos Ap· '
380 (4) Cfr. as noras bi bl' osto,os e dos M -rt .
áfi a ires. cap . XII.
iog r icas dest e capítulo.
A IGREJA DOS TEMPOS BÁRBAROS
(5) Cfr . o
382 mapa da Itál ia no t d s- (7) Cap. Ili , nota 26 . 383
(6 ) Cfr . cap. IV _ empo e ao Gregório, cap . IV .
' par. Sao Gregón·o Magno .
,\ t1 ;lW I:\ 1111~ ll i ~ll 'l)S ll '1 t' ll\
' • ' : H11~
' . ,n .. ri: 11 r sup1'ft.ll : :1s.. i111 , p 1,~1·,1 i11vr111u11 lll\\ ,llhl 1111 li l
\11\\ 1) i\1\\ f'\1\\1 1\ • , , , , , 1 l
. . .
\'t'il\1 1il\lltlHI\I li \\1·11l mr-1r-. 1, q11 , pe'lll\lt1:1 q11 C' pc·11 nd11.1111t·111 c li uii v• · ;
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\'C"IS ,.\ llS!IS \ C' 1 • ' , ' ,, 1\l i-
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N,, drrn~,, ,\,1 sc'l' iil,, \ 'li\ , d111s l:111,s cv1dr11c1.11n qu e .1 tllt c- b d1i ( hiC' l\ -
tr s,1brr 11 Pap:1d1, rs 1.1v:1 prrs trs .1 1rn ni11:lí . l:m 7 10 . 1l pa pa Cn tl stanii -
tw .1ind:, , hr)!,,u .1 visi t:H (\,nst :rnt inop b . nH110 C'í:t c11s111mr c·111 re ,,s SC' us
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srrY:irr mns um:1 rnu d:11\\; .1 signific:11 iv:1. Os sete prcdcressn rcs d1, r,1111:i no • • t
Grrg,iri11 li (- l 'i - ~5 1) tin h:1111 sido orirnt:,is : g regos. libaneses ou s1rios ;
os dois surrssores . Gregório Ili r Zacarias, 1ambém for:t m o rient ais, 0 pri -
\~ ·\jy ~ '\.
mrirn síri o c n scgundo grego: mas, :1 punir clai, isso não vo lto u :1 arn n1t·- t'' -
rn . Z:ir:ni.1s e; o úlri mo nomr hclr nico d:is listas pontifícias. Depois da i
'
r
sua mone , e até os nossos dias. mio vo ltou a haver qualquer Papa grego . t
Mas :1 principal ca usa do d istanci:unen ro enrre Roma e Bizâ ncio foi a
at irnde dou trinal dos Imperadores. Já vimos co m que firme za os Papas 1 i
- co m uma única exceçào, a do pobre Honó ri o - se op use ram às teses
heréticas do Basileu. Houve pont ífices que . sem rere m deixado um gran- -
de nome na históri a. se co ndu ziram no enta nto co m um heroísmo ad rni r:í -
ve l. como por exemplo Seve,ino (638-640), que passo u quase todo o se u
pontificado se m ser sagrado. para não acede r às ex igê ncias do Im per:idor
e aceirar o monote lismo. Lembremo-nos também da nobre figura do ·pa-
pa São Maninho " (649 -658), deportado para Bi zâ ncio e depois para a Cri-
méi a. e que morreu márrir por se rer oposro a Co nsrant e II , também na
questão do monorelismo .
No princípi o do sérnlo Vlll , as co isas pioraram mui to ; em 712- 7 13, a
Itália , so b O impulso do papa Constantino, rernsou-se a aceitar os ediros,
as moedas e aré o nome de um efêmero imperador herético, Philippicus,
e pegou em arm as co ntra o seu exarca. Doze anos m ais tarde , qu ando
Leão III O lsáurico se lançou à destruição das image ns , a Itália, já exaspe-
rada p_or causa da duplicação do ano fiscal. revoltou-se . Todos os súditos
b1zanunos da penínsul ' • • , · fi,ze·
a , veneros , romanos, aqutle1anos e campan10s,
ram causa comum e O L1·b p ;r. , . São Bento (480-547), introdutor da vida monásti ca no Ocidente, quis mo rrer de pé e11tre os se us mon-
• ' er ontt; zcaus assevera que " a Ira, 1·ia mcei
· ·ra
' ges, na mesma abadia de Montecassino que fund ou. Os mos teiros que nasceram da sud ir rad iaçã o de-
cConvenc1~a da maldade do basileu , resolveu escolher outro e levá-lo para sempenharam um papel fund amental não somente na co nqui sta dds regiões pa gãs para a fé , mas tam-
onscancmopla " Ao t b. -
· error izantino respondeu o terror dos rebe ]d es.• o bém na co nservação da cultura anti ga e na estabili zação econômi ca das novas popul ações da Euro-
exarca de Ravena foi d . •r · pa . Iluminura de um manuscrito co m sessenta e ci nco ce nas da v ida de São Bento, século XII. Bib lio-
morco , e o uque bizantino de Roma foi retro Pri-
teca Vati ca na, Roma.
384
(B) Cfr. cap . V]· par. As dis1emões ;- · d, . .
re rgro1a1 e o esperlar dos nacronalrsmos.
:-~"#
~ .... / ,/
-
As muralhas de Constantin op la
asseguraram durante muitos sécul os
a sobrevi vência do Império do
Orit.·,te.
. me
, .o d e Sa int-É 1 ran,
Evan gel,.an
870. Bibli o teca Nac1ona
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.- . Se da bi z antin.i
do sécul o VIII ,
represent ando um ,i
qu adri ga co mo
,. as qu e di sput avam
co rrid as no
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-~ ~- -~..........,.:..!. hipó dromo d e
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. Bizâncio . Supõ e-se
qu e o co rpo d e
Carlos M agno tenha
sido ve lad o
cobe rto com este
pa no . Mu seu de
C luny, Pari s.
Coroa do
Sc1 c ru Imp ério
l<o ma no-( :t•rm ,i nic o
u, <1 cl c1 pl •lo, imperado rt:> ~
d .1 t ,1, .i d .1
Saxõ ni ,1.
Ku11 , 1h i, 1ori , LIH•s Mu seum ,
Vi en<1 .
O PAPADO E O NOVO IMPÉRI O DO OCIDE NTE
- - ~2- ....-.r..a• ~ o domíni o bizantino se ia esvaz iando cada vez mais na Itáli a, o p oderio
lombardo mostrava-se cada vez mais terrível. Um rei enérgico e inteligen-
() Jui/ n l ' 1111 <·r,al. te, Liutprando (7 12 -744 ), parecia dec idido a leva r adiante, em seu p rovei-
Al to-relei o do port.il da to, a un idade da Itália , precisamente como os francos vinham fazendo
h.i,íli l a dl' ~<1 i111e- Fo1 em em relação à Gália. Havia aqui um perigo político evidente para o Papa-
Conqu e, . ,eculos do, um a vez que Roma co nstituía o principal o bstáculo à un idade italia-
\ l- \ 11.
na - exatam ente como viria a acontecer onze séculos m ais tarde , no tem -
po de Garibaldi - . um perigo que não seria fácil conjurar por meio de
um entendimento entre o ducado romano e os duques de Spoleto e Bene-
, ~íl-- {)
vento, senhores feudais mais ou menos rebelados contra o rei de Pavi2.,
mas que eram tudo menos aliados seguros.
Este perigo político conjugava-se com outro muito mais insidioso , e
que resultava das próprias exigências que a fé cristã impunha ao Papa .
J:-:&11 •
..,
~
.• l Como era seu dever, o Papado tinha feito tudo para converter os lombar-
dos 9 • São Gregório Magno lançara as primeiras sementes , e em fins do sé-
culo VII, ao tempo de Bertarido (671-688) e de Cuniberto (688 -7 00) , a en-
trada destes germanos no seio da Igreja era já um fato consumado. A Itá-
Os quatro ca 1·a/piro, lia, devido aos cuidados desses reis , cobriu-se de basílicas católicas . Muitos
rlo Apocalipse . destes lombardos, como dignos descendentes de Teodelinda, eram homens
i\1iniatura do ComPnr jrio
de fé sincera: não se verá o sucessor de Liutprando, Ratchis, deixar a co-
ao A p oca lipse
roa para entrar num convento) Todos, depois da conversão, tinham
cio Bea to ele Li éban a (10 74 ).
Biblioleca N ac iona l,
Madrid .
(9) Cfr . cap . IV, pars. Os lo mbardos e o desmembramento da Itália e As pn·meiras missões
ponttfícias.· o batismo da Inglaterra . 385
\
A IGREJ A DOS TEMPOS BÁRBAR OS
O PAPADO F. O NOVO IMPÉRI O DO OCIDEN TE
ando
0 maior
respeito pela pessoa do Papa, e mesmo o incô modo Liutpr w Não tinha
''p ríncipe cristão e gio II , ao apelar pa ra Quild eberto II contra os lombardos'
sempre fazia ressoa r nos atos ofi ciais os seus títulos de o de Clóvis
nação lomba rda, querid a de G regó ri o Magno exaltad o a realeza franca , nascida do batism
católico ", de rei " da muito ditosa e ca tó li ca verdadeira razã~
ô ni o, pedia co m como a '' rea leza por excelência ·' ; Sem dú vida .. . Mas a
Deus ", e. antes de promu lgar urna lei so bre o m atrim , o poder fran-
do no mundo i 11 • da esco lh a é mais simple s: é q ue , em meados do séc ulo VIII
toda a deferência o parece r do "Papa de Roma , venera co era o único qu e verd ade iramen te contava na Euro pa ocident al. Era a
o . . . O plano
teiro co mo chefe da Igreja" . Polid o dem ais para se r honest hora em que o punho vigoros o de Pepino o Breve lhe to mava as rédeas .
o lugar do Basileu na Itália
dos reis lombardos católicos era claro : torn ar
Se esse plano vies-
e substituí- lo no papel de proteto r declara do da Igreja .
intoler ável tirania ,
se a ser be m sucedi do . Roma ficaria subm etida a uma Os filho s d e Pepin o e o nasci m ento d o Esta d o pon tifício
breve todo o seu
e o Papa. co nvertid o num bispo lomb ardo , perder ia em
sucesso r de São Pedro era sim-
pres tígio unirersa l. Semel hante su bmissão do A história da monarqu ia francesa fo i cortad a no deco rrer
do5 séculos
plesme nte impen sável. se produz iram em co ndiçõe s mais ou men os seme-
por duas ruptur as qu e
desfez quais- os meroví ngios de uma fo rm a aná lo-
Em pouco tem po , Liutpr ando . levado pela impaci ência, lhantes . Os carolíngios substi tuíram
exércit os ocupa- su plantar iam mais ·arde os carolín gi os .
q uer d úvidas q ue ainda pudess e haver. Enqua nto os seus ga àquela pela quaJ os capetas
aliás decisi -
ou lançar-se sobre Em ambas essas substituições a Igreja desem penhou um papel.
r am uma grande pan e da Úmbri a e da Marca, ameaç ncia dos interess es
r da primei ra vez vo, o que mais uma vez vem provar a sua clara consciê
Roma por du as ,·ezes. em 728 e 74 2, chegan do a avança dá mosuas nos
até à margem dire ita do Tib re , os "camp os de Nero" , isto
é, até aos arre- superiores da sociedade cristã e o espírito decidid o de que
não se atreveu a dar o passo momentos em que se impõe um a escolha .
dores de São Pedro . No últim o m oment o ,
soçobrassem
à mercê de um no- Bastaram dois séculos para que os descen dentes de Clóvis
fina l. m as o Papa sa bia ago ra que já não podia ficar domírn o se alargav a. até
vo ataque lombar d a . na decadência • Ao mesmo tempo que o seu
11
m ,,,,nn ~n0, ,- vcn,·,~cln <1í' d;;, , ,~ ,., n,, th1 d, 1m1n h "i ,, 111i11,i n1f111 n r, f, ,rrn• ,. rv, . . ,, -h i:;,,rr, , .,.cr,, ...-,,, r,fY\ ',u-,t ") :)TPf,. 1rn -ln
gc ,fo, lom h:m10, ,,1'1( 111 r n lí1hnrn11 rir tr,~, , '• rr, • ,r:-.ir, .,. 1r 1nrl,, 0nrílim -,;,,- nrln ,,-,r;rn r;i r
1
:1 di ,r ipli n.1 r vr l,mdr, P" I,,~ rr,'tllMN rir, Pm ~0, 1,- ,,. 0li rl 0 ir 0 rdn ,n-
Com ctciro cstt cm 0 plan<1 q11t '" Pc,mífin·, roma nn, 1i11 ha111 lo rj ;i
l ff a fgrcjíl e Pepino 'lllC p0rk ,, ,rgir um ~rrrnter m,.nr
do e cui a rea lin( ão deviam pr0,~egui r p:11 1en trmente, me,mo qu e m futu 0 ;ipiral · J m pri-s-
ros caroÚng ios ai nd a não compreen dessem a 1rnportân na cap it al d essa po lí ,ão d a dinast ia merovíngi a e a ma ,ul-m1tu1(àr, pel0 n0v0 rl ã
tica: servi r-se dos fra ncos para cancelar a hipoteca lombarda . Em 739. G re- Nos ú ltimo, anos da sua vida Cario, \farte i Já ~,. ri nha comporta do
gório III, inquieto com as incursões de Liutpran do em direção a Rom a, com o rei, a ta l ponto que o trono real "º lado do qual se sentava . t1 nha
apelou para Carlos Manel : " Em nome de Deus e do seu terrível juízo, perm anec id o vnio . _Seu filho Pepino . comparad o co m o qual o último
não rejeiteis a minha prece . não fecheis os ouv idos ao meu p edido , e o merovíng io Q uild enco III não passava de um vão fantasma . datava os
atos de govern o do "seu palácio ", fala va dos " seus grandes que rodeavam
Príncipe dos Apóstolos não vos recusará a entrada no Reino dos Céus ''.
Estas palavras , que o papa julgava adequad as para impressio narem um a sua sede" e afirm ava exerce r o poder " pela co nfiança de Deus ". Era
uma situação equívoca qu e não podia prolongar-se . Em 751. Pepino arris -
bárbaro cristão , deixaram frio o vencedo r de Poitiers . Entre lombardo s e
cou o golpe de estado : Quilderic o III foi ence rrado num co nve nto e Pepi-
francos reinava então um entendim ento cordial , tanto mais sólido quanto ,
no assumiu o título de rei . Esta operação. que Grimoald o tinha planeja-
na tarefa da unificação que levavam avante em paralelo, uns na Itália e
do cercaâec em -;_nos antes , mas que fa lh ara naquela ocas ião. Pepino pô-
outros na França , não se estorvava m mutuame nte; os soldados de Liutpran-
de agora levá-la a cabo com pleno êxito. Por outro lado, se o go l~e de es-
do acabavam até de ajudar os de Carlos Marte! a dispersar na Provença
tado obedecia à lógica da situação , não deixava de ir co ntra a tradição ger-
os corsários árabes . O papa, portanto , não consegui u nada , a não ser al-
mânica, segundo a qual unicamen te uma raça provenien te dos deuses po-
guns belos presentes e muitas mostras de deferênci a .. . Aliás, Carlos , sim-
dia exercer o poder real em virtud e do Geblütsrecht, ou seja . do pri vilé-
ples guerreiro e bom manejado r da maça, não era capaz de pressenti r as
gio do sangue. Para legitimar o acontecid o , havia apenas um meio :_ a_pdar
imensas conseqüê ncias políticas da aliança com Roma : estava longe de pre- para uma autoridad e superior à da tradição pagã , isto é . para o rnst1anis -
ver a sagração de 800.
mo, para a Igreja.
Mas seu filho foi mais perspicaz . Diversas imagens muito conhecid as, Legados do prefeito do palácio fo ram enviados a Roma. para ratear o
já populares na Idade Média , gravaram na nossa memória os traços desse terreno e, segundo os cronistas do tempo, o próprio São Bo01fác10 se pron-
homem atarracad o , de arcabouç o possante , que, em virtude de uma apos- tificou a apresenta r a questão ao papa: " Convém chamar rei àquele qu e
ta , se divertiu cena vez separand o na arena um touro e um leão prestes tem O título do poder, ou àquele que o possu i na reali dade )'' O pap_a
a entrarem em luta . Com efeito, Pepino o Breve (741-767) era não só do- era Zacarias , um grego sutil , e a sua resposta satisfez os desejos de _Pept·
tado de um notável vigor físico e de uma inteligên cia realista, como o seu no . O Papado deixava , pois, de lado os merovíngi os. não porque uvesse
pai , mas possuía também esse instinto dos homens e das circunstâ ncias motivos de queixa contra eles, mas porque nada podi a esperar d:les para
que faz os diplomat as , instinto que legará a seu filho Carlos; e possuía a grande obra que vmha · preparan d o; no ve rao · d e - -) 1- São Bonifac10 pro•
ainda esse misterioso privilégio que a Providên cia concede a alguns homens cedeu à sagração de Pepino em Soissons. _
- para bem ou para mal - e que se chama sorte . Desde os primeiros Já utilizada na Espanha visigoda depois do advento de Wamba ·1, _a
dias do seu reinado , Pepino foi bafejado por ela : uma tentativa de rebe- sagração const1tU1a · , muno · mais · d o que u m s1·mples sin al de aprox1 maçao
lião tramada por um dos seus irmãos bastardos foi esmagada ; o seu irmão entre as du as potenoas , · ; a unçao - rea 1 - a bsolu tamern e distinta dessa oca-
·
· em di·ante d
legítimo, Carloman o, com quem tivera de partilhar o cargo, sentiu-se atra- s1ão , da unção o b arnmo · - si·g nificwa ~ _
marca r _a . realeza com
_ -----=--
ído pela vida contempl ativa e fez-se monge em Monte Cassino, o que lhe o selo da Igrej a. A instituição monárquica e-nco ncrava-se dali po r dia~ce
ão crnta_ d o mun d o. o Papa conced ia aos ca rolin-
. . .
permitiu reassumir o controle dos cinco reinos. Sem ser tão piedoso co- rnco rporada à orgamzaç
mo O irmão ,_Pepino era bom cristão - à moda da época, é bem verda-
de - , respeitad or do Papa e muito interessad o nos problema s da Igreja .
Fustel de Coulange s faz notar que , nesses meados do século VIII , houve
392 ( 14) Cfr. ca p V ar. A rtformd . pn nríptu fu 11dJmo11.JI d.1 /gro~ . firn
uma retomada do fervor religioso; aliás, é este o momento em que São Bo- . . P /' t l ú dJ !grt'JJ. l,rn 393
( 15 ) Cfr . cap. IV. par. O rrto m o d os ,m.:1nof ,;o 1
:\ ! G RE I \ \)\1 ~ 11-t-llll'- 11\RHA Ros O PAPA 00 E lJ i'-/ll ✓ lJ l\1Prt<IU 11(> r 1íl DENTF
gios uma investidura qu e nenhum merovíngio tinha tid o ; m as. ao m es - É aqu i que . convém
, .
referir um episódio s1ngu· 1ar CUJ.O p I h . , .
mo tempo , não ganhava com isso certos direitos sobre e les} , inegável : a h1storta da falsa d oar.ão de Co t . ' , ape 1stonco
e . r ns antmo E p , 1 h
via muito tempo , Circulasse por Ro ma uma lend . rovave q ue , a-
Zacarias morreu sem cob rar esses direitos . mas o seu sucessor , Estêvão , · d d - d , • ª - enxertada sobre O fa-
to autenuco a oaçao o palac10 de Latrão ao p . .
II (7 52- 757) . decidiu-se a fazê- lo . Crescia o perigo lombard o . Ais tulfo , 0 . d . apa 5 t 1vestre I, feita por
Constanuno - , segun o a qual o pnmeiro imperad • _ . .
novo rei de Pavia, acabava de tomar Rave na e ameaçava Rom a, e Bizâncio - d or cnstao ce na cedi-
d S extensões de terra , bem co mo o prima- .
limitara-se a responder a essas usurpações com uma si mples n o ta diplomá- do ao sucessor e ao , Pe .ro vastas
.
do sobre todas as ses patnarca.is e até ... o poder e di·g ·d d · ..
tica . O papa voltou-se para Pepino . Enviaram-se mensageiros p ontifícios , . , ni a e 1mpena1s , e
mesmo a clam1de de purpura . e o cetro. Como que por acaso, ve10 · a d es-
à Ausrrásia e delegados francos a Roma . No outono de 753, Estêvão II
deixa o p alácio do Latrão , atravessa os Alpes pela p assage m d o Grande ccbrir-se em 7 5 3, no preC1so instante em que Estêvão II tinha ido pedir
São Bernardo e dirige-se a Ponthio n , ond e se encontrava o rei . Previamen - ao rei franco que s~vasse Roma , um documento de dez páginas que rela-
te informado , Pepin o m anda Fulrado , abade de São D inis , sau d ar o Pon - tava a famosa doaça~, um belo documento cheio de pormenores bem ao
tífice qu ando este chega a Sainc-Maurice-e n- Valais , e em seguida envia 0 gosto dos contemporaneos, como por exemplo o de que Constantino era
leproso e tinha sido miracu losamente curado no di a da sua conversão. Acre-
seu próprio filho Carlos - o futuro Carlos Magno - para recebê-l o em
ditaria Pepino na autenticidade desse documento, como acreditavam os
Langres . Por fim , quand o o corte jo pontifício não estava a m ais de urn a
homens da Idade Média e como, mais tarde, acreditaria Dante ? Seja co-
o u du as légu as, ele mesm o va i ao se u enco nt ro, desce d o cavalo à vista
mo for, para quebrar o poder lombarda na Itália e para assegurar a alian-
do Santo Padre , prostra-se humild e me nt e diante d ele e . seg ura nd o a ré-
ça com o Papa, era de boa política faze r fé nesse papel , isto é, manter
dea da sua montada como um simples escudeiro, co n duz ao p a licio O ve-
as promessas de "Constantino" dando terras ao Papado.
nerando hóspede. Admirável e comove nte aco lhid a .... a que não fal ro u
habilidade política! Roma, Perúsia e Ravena, a que depois se juntou Commachio, foram
pois atribuídas a Estêvão II , n ão como um simples domínio , mas como
O pap~ e o rei pepinida são ago ra ali ad os: cm 28 de julh o de 75-l, um Estado . Fulrado , abade de São Dinis, depôs solenemente sobre o tú-
em São D1111s, o próp ri o Es têvão II co nfe re a un ção a Pe pin o e 3 05 se us mulo de São Pedro os documentos de doação e as chaves das cidades ced i-
dois filhos, declarando '' a natem atizado 10do aqu e le que n ão se su bm etc:r das . Constantino V, o imperador bizanti no , tentou inutilmente levantar
a eles e à sua descendên cia ". A reviravo lt a da "po lítiCJ ita lia na'" dos fran - objeções . Tinha nascido o Estado pontifício, que devia durar onze séculos
cos e o envi~ d as tro~as_ de Pepino co ntra os lom ba rd os er:i m que stão de (786-1870), ê o Papa era ago ra independente do Basileu 16 . .. ainda que
tempo . Se amda subs1st1:se alg um a dúvid a , um títul o que O pa pa co nce- já não fosse inteiramente independente do rei dos francos. Geograficamen-
deu ao seu amigo aca bana de esclarece r os espí ritos: P.11rií:io dos Rom,m os te, com a sua curiosa forma em halteres - duas massas territoriais, Ro-
Esta dignidade
. -
1 ,a d os exarcas
, que h avia s·do d e Rave na. não traz ia ·
· Lons 1-
ma e Ravena, ligadas pelo pedúnculo de Perúsia - , o Estado pontifício
go a obngação de defend er a Ci d ad e Sa nta? ainda parecia frágil, e certamente despertava nos Iombardos uma enorme
O assumo foi resolvido rapid a me nte . Sem qu alq uer co mba te séri o . Ai~- tentação de questioná-lo, logo que o pudessem fazer. De qualquer modo,
tulfo acenou as condições d e Pep m · o, cui·as tropas haviam · · :
cercado Pa\'la tal como era, a instituição do novo Estado já tinha um alcance considerá-
abandonou Ravena e o exarcado ao se-u ve nce d o r. que os rran sfe nu · im· edi·a- vel; envolvia o Papado em novos destinos, selava a sua aliança com a di -
tamente para a "república rom ana". Mas ass im qu e os so ld ad os francos nastia carolíngia e fixava de forma definitiva a política franca para com
cruzaram os Alpes rumo a casa, A·1sru 1r10, se nr1n · d o -se Já
· m ais aliviado. es - os lombardos . E, para o filho daquele que acabava de tomar essa frutuo-
queceu os seus compromissos·. nao - so, nao - entrego u Rave n a ao p ap a co- sa opção sobre o futuro, iria criar em breve uma contrapartida de excepcio-
!
moEe~ º de janeiro de 756 voltou a pôr ce rco a Rom a . Novas qu~ixas
d e stevao II Nova · - f
nal valor.
M d · incursao ran ca. N ova rendi ção rápid a dos lombard os .
as, esta. vez ' tomaram. -se as d ev1"d as precauç ões . Para qu e o Papa fi cas-
se ao a b ngo de outras m vestid h . - .
nar Ih · . . as OSC is, nao se na conveniente p ropo rcio- . (16) Até essa data, os papas costumavam datar os s~u_s atOS oficiais seg un do os reinad o, do,
- e meios matena1 s de agir d . imperadores b" ·
1zanunos.
A • d
pamr e 737 . as
dat"' 1·mpen a,s passaram a ser negligenc iadas.
- . •
t cn,
.
Estad ) É • . ' tornan o-o ve rd ad eiramente um ch efe de 77~ o papa Ad · d , mpo pelos anos do imperad or do O ncnic t pt ·
o. assim que vai surgir d .d O , nano atara um ato ao mesmo te 395
394 tifício . ' ev i a pressão lombard a, o Estado p on- 1os do " patriciado" de Carlos Magno .
1 Ili PÉ R I O GER MÂ N IC O O PA PADO E O NOVO IMPRRIO 00 0CíDENTF
Gemtbro
SUIÇA
/
,,,,. - -----.. . --- -- --- ------ -- ---\
TI ROL
REINO
HÚNGARO
Perfil de Carlos M agno
0
Lyor, SAVÓIA /
\
/
I
o MHóo 1 Tinha soado a hora do homem providencial que O o c1·d ente esperava
Ve ror,o Venezt'I. \
/ turln 0 Po"vio /Mãn!Uo • - ~ daquele p~ra quem haviam t rabalhado quatro gerações dos seus e tant~
~~~
I•
(
1
\
!
\
o•novo
.,,,. '~
~.;-:~f ~ i ;veno
ºForli
\}
~
circ unstâncias_ concordantes, d_a qu~le qu e dari a à Europa bases novas nos
quarenta e c1~co anos do mais_glorioso dos reinados , que poria um pon-
to final na cnse ab~rta pelas invasões bárbaras e devolve ri; à civilização
possibilidades esquecidas , marcando a histó ria com um selo que ainda ho-
,~ ~ ~
\ Nice )
je trazemos gravado nas instituições. Carlos Magno ! Este nome, consagra-
----- TOSCANA ~
do pelo uso, em que o qualificativo honorífico de " grande" se funde com
17
0 velho prenome pepinida , tem na sua própria conso nância um elevado
5k>no •Peruso •\ na
valor simbólico : a grandeza está ligada a esta personal idade como a casca
friA-\. ºrvj•to ~•to \·. à árvore , e não podemos esboçar esta " figura de proa" sem nos lembrar-
mos de que é de uma estatura que poucos igualam .
CÓRSE G A ~
Quando Pepino morreu , em 768, seu filh o mais velho Carlos tinha
\ I Civltav ~ ~ li.ama
"'
_,,.
Ponte -
'\.
Lucero --
. <./
vinte e seis anos . Que fizera este rapaz desde aquele dia de 74 2 em que ,
nalguma das vilas reais da Austrásia , a filha do conde de Laon, Berta -
""'-. Go eto forvo a "Berta do pé grande" das canções de gesta - o tinha dado à lu z) N in -
~ •S.n.vento
\.,po1e, guém o sabe, e muito menos Eginhard , o fiel cron is ta do seu reinado ,
"'- 7 Amalti que se mostra misteriosamente discreto sobre a infância do seu he rói . De-
J REINO ~Solemo Tarento
\ OA
\ -e:.,_.., \ vemos ver nesta reserva a prova de que Carlos teria experim entado uma
SARDEN N A
"'------- \
\/ certa vergonha por ter nascido fora dos s;grados laços do matrimôni o ,
uma vez que o seu pai somente se decidira a desposar Berta em 749? A
sua situação de bastardo - bastardo legitimado , mas bastardo - perm iti-
'
', L
_
• P.o ~ o ~u ~
/ CALABR,I A
mento que Carlos não ocultava - para com Carlomano , seu irmão mais
novo, que nascera após o matnmônio.
Aliás, não é somente no campo psicológico que o irmão ma.is novo
',
-te~
..,/ -- ''- REINO DA
SICILIA
(/
I
deixa Carlos embaraçado : a partilha do Estado franco . orden ada por Pep i-
no segundo os mesmos princípios que haviam sido tão prejudiciais _aos
LOMBARDIA CJ / "" Siracusa
merovíngios , imbrica as terras dos dois irmãos de uma forma bi zarra, 1;11-
ESTADOS PONT/FICIOS CJ pede a grande obra da unidade, separa o mais velho da zo na de influen-
DUCADO DE SPOLETO
DUC~DO DE BENEVENTC!l_
IMPERIO ROMANO DO ORlf NTE
CJ
CJ
t::J
A ITÁLIA E O ESTAD O PONTIFÍCIO .
-
O 200
~
800 12001cm.
cia na Itália _ porque só os domínios do mais novo ch egavam até aos
Alpes - e prepara, evidentemente , a riva lidade entre as duas capnais vi-
zinhas, Noyon e depois Lao n no caso de Ca rlos , e SoJSSons n_o caso de
Carlomano. Mas três anos apenas tinham passado quando a inesperada
. . , ave Agarrando pelos cabelos
morte d o mais novo veio por termo a esse encr ·
essa prim e ira oportunidad e que º. acaso_ lhe ofrrcc 1a , e tendo ~ido afa~1ado,
da sucessão 05 doi s filhos do falcndo, a inda lílanças , C a rl os rc 1v1nd1ca a he- fi lho te . Um apet ite q ue um.i le bre inreir;i ' com um cortqo
.
inco p ratos, m a l pod ia d
contentar . F, um tc mp , e quatrc, riu
rança do seu irmão e re faz cm seu proveito a unid ade do re m o p a te rn o . e . erd.men trJ que
no no mand am e n tos não co n~cg u1rào conter dentr0 d d .d rJ •se~to e o
Esta rapide z em tirar partido dos acon tecim e n tos, este se ntid o exato os ev, os 11 m1tes
In tel ige n te ? Com certe za , e de uma intelivên c· . ·
da decisão a tomar o u do gesto a rea lizar - m es m o qu e, co m o nes te ca - . f
mos no co nh ecim en to pro un do que tinha .
dos
"
homc:n,
'ª
supenor , se pensar-
f . .dad
so , a m o ral estrita sofra algu m desacato - , co nstitu em já um a p rim eira . . d . ,.., , na a.c1 1i e com
p rova d a sua g randeza . Durant e toda a su a vida , Ca rl os se rá ass im : ráp i- q ue sa bi
.
a ap roveitar-se os acontecim entos na imensid d d
. . ef
' a e as tar as que
do , cl arivide nte , ené rgico . O seg red o da su a o b ra inco mpa rave lm e n te fe- conce bia e d as emp resas q ue imagin ava . É óbvio que não era um intelec-
cunda res ide nessas qua lid ad es instint ivas , a servi ço d as q ua is um vigo r ir- tu al; a cad a um o se u p ap el . Falava normalm ente (J vermánicr · h-
"' J . t Jn a
red u tíve l desenvolve u ma prodi giosa at ivid ade . Ho m e ns deste t ip o cos tu - aprendid o um po uco de latim e arranhava o grego . Gosta·,a de ler ou de
que lh e lessem certos livros , embora nos custe reprim ir r, pensamento de
m am co nfi ar excessivam e nte na fo rça qu e se ntem d e n tro de si e p assam
que , se a Cidade de Deus era o seu livro de cabeceira _ como asserura
a agi r p o r agi r, u ltrapassa ndo os se us limi tes ; m as não fo i assim com o 0
Eginhard - , d evia po r vezes sen tir uma certa falta de ar. .. Mais do que
filho do p rudente Pepino. N un ca - pense m os na sua p o líti ca es p an h ola
uma verdadei ra cu ltura pessoal , o que Carl os Magn0 pr,ssui é. junco com
- ele se deixará levar para além d as suas p ossibilid ades im edi atas , n un ca
a sede de saber , o sentim ento exato das hierarquias da imeli géno a. o res-
cederá àq uilo que os g regos ch amavam a hybns, esse narcó ti co ofe recido
peito pela instrução e po r aque les que a distribuem . e o desejo rie utili -
ao triunfado r pelos de uses cium entos. E há n ele o utras q u al id ades co mp le-
zar os resul tados p olíticos para bem do espírito . Tem incomesta·,elmente
mentares que definem a sua g rande za : prudé ncia , m ode ração , sentid o re a-
em al to grau , o sentido d essa necessi dade do mome mo q ue € a instaura-
lista das possib ili dades e d esco nfian ça dos gestos irrefl etid os . Mais d o qu e
ção d'c uma cultura nova , e este é um dos pon tos em que o seu génio
César ou Alexandre , Carlos Mag no lembra o im perad o r A ug usto .
brilha com m aio r ful gor .
Estes dados p sicológi cos , q ue se extraem facilm en te d o tex to de Egi- Esteve ele qu alifi cad o tam bém para realizar o esforço moral que o re-
nhard , com o também d os fa tos p olíticos d o se u rein ad o, le r-se- ia m nos nascim ento de um a civil ização pressupõe , ao menos cm cena medida; A
tm;os fisionó m icos do ho m em I G eralm ente, gostam os de q ue a grand eza resposta não é sim p les. N ão há maior absurdo do que Julgar um homem
resplandeça no rosto daqueles q ue tém o p ri vil égio de p oss uí-l a . Era este do século VIII p elos p adrões que o século XX proclama - aliás, violando•
o caso do mai o r dos carolíngios i A bem da verdade , não p odem os dizer -os da mesma m an eira , m as com menos franqu eza e si mplicidade. A sua
m uita coisa a esse respeito. O qu e parece certo é qu e Ca rl os Mag n o não m oral continua a ser cm larga escala a de um bárbarn . e, q uando a polí-
foi o co losso "d e barba fl o ri da " qu e a Chanson de Roland im ortalizou : ti ca se mete de p erm eio , o resultad o não coscuma ser dos mais conformes
a estatu ra gigante sc a é um exagero do p oe ta , e a barba um an acroni sm o com a lei d e Deus . Poder-se- á acaso justificar o afastamen to dos seus so -
devid o a mod a bi zantino -ára be q ue , no sécu lo X , pint ará barbaças a bu n - brinhos do tron o d e Soissons , ou o massac re sistemático de ci nco mil _pri-
dantes em todos os oci dent ais notáve is. A céleb re esta tu eta eqü esu e , h o- sioneiros saxões qu e o rdenou ? De qualquer forma . o que escava em Jogo
je no Lo uvre , que muito p ro vave lme n te represent a Carl os e q ue certam en- nos dois casos era de cal im portância que . pel o menos aparememem e . ª
te data do súu lo IX, e o m osaico conte mpo rân eo d o Latrão que m ostra rigorosa obediência ao Decá logo poderia ter ocasionado cnsces resultados .
o imperad or e o p apa ajoelh ados d ian te de São Pedro , d eixa m ve r um Q uanto ao compo rtam en to privado, é tam~ém o da sua ép~a: 0 homem
•
hom em entron cad c, , baixo e gordo, com um bigode comprid o e farto. Es- vigo roso qu e se caso u q uat ro vezes , e que posSi·velmerue nao ceve menos
ta é , aliás , a impress ão com qu e se fi ca ao ler o cro ni sta Eg inh ard . Com d e dez o u d o ze am antes , ce rtament e d a, moScras , nesce. aspecto · de cosru d
-
. , . A de Aix-la-Chapel le. on e
um co rpo robusto , o and ar seguro , o asp ec to vi ril e a voz e n é rgica, Ca r- mes m a is bíbli cos d o qu e evangclicos. cone . ·
.
los é fis icamen te o q ue ?. sua ação traduz . Saú de exce lent e , qu e n ão d e- os escâ ndalos das filh as do imperador se miscuram_ com_ as 116emnagens
d0 ·
cairá sen ão nc,s últim os q uatro an os - fa to para o qu a l os m edi castros pai , não constitu i p ro pn•amcm e um 1u gar de ed1ficaçao .. ·
da época e as suas excessivas d ie tas não terão d e ixad o d e co ntribuir. · · . d ue a moral pessoa l - pe 1o me -
Para um sobe rano, po ré m , mais O q •do Carlos não permit iu
~ m go st0 acenru_ado pel os exercíc ios físicos, pe la n atação, p ela caça e p elos n
os quando não repercute na po I'm·ca, e neste .
se m i .
so bretudo são os pnn -
Jogos vJO lcn tos. As vez es , agarra co m um a só m ão um d os se us m as rins, se- q ua 1quer m • , . , 0 que importa
ge re nc1a as mulheres - . , . u comportamen to ofi- 399
398 , • .
gura- o no ar com o b raço estendid o , e joga -o pa ra o alto com o se fosse um cipi os morai s que ele acha d ever por em prauca no se
• nn E O ~ O\ 'O IMPÉRIO 00 OCID2'TE
o f',\ rfU/~ -
jovem cun hada refugiara -se com o~ cfo 1~ fil lws ~m- P:lVia e depo is _cm Yr to , d<J 5t ri o , prostrandr1 -,f' depo 1~ r1i a ,J
deg rau nte 110 altar d Co
na de onde levantava protestos contra a cspoliaçat1 de que as r n anças li a. ' lo enq uant<J o, coro,; can tavam Ben:l ª nfissão do
Apo~to ' - r tto aq ue le
via'm sido vítimas : prova - se Ca rlos precisasse disso - d a existê ncia de do Senhor ''! /\ seguir , Arlriano confirmou que vem em no-
me . fi
intrigas italianas contra o re i franco . Por outro lado , a pressão dos lombar. Rom anos, e o rei con 1rmou ao papa a d 0 _re1 dno título de pameio , .
dos d d ' oaçao e Pepino
dos co ntra Roma e contra o jovem Estad o pontifício tornava -se cada vez -a A ali ança o Papa o e üO pepinida estava no 1·
, amp tan-
do . , .
ma.is intensa . Um episódi o eirtremam ente penoso aca bava de mostrar até , ra-se a polm ca que h avia . l
evado O pai a coroa
vamente selada ·
ma rea 1 e que 1a co dreto-
. ,
que ponto o poder temporal do Papa estava ameaçado . Em 768, após a filh o à do Impéri o. ·
0 n uw
morre de Paul o I, o duqu e romano Toto de Népi instalara à força no tro- Dois meses m ais tarde , a iesistência lombarda desab
. E .
no pontifício o seu próprio irmão Constantin o, um leigo , e Desidério in- 4 Carlos fez d ou. m Ju nh o de
77 , a sua . entra a numa Pav1a completam ent e exausta evan-
terviera para liqu idar esse intruso; mas o partido lombardo também ten- do a seu lado a sua Jovem '' esposa'' Hildegunda enquanto D ·d,' .1
tou impor o seu candidato, um ce rto diácono Filipe , e foram necessárias , -- , . , _ . ' es1 eno par-
tia para o ex1ho em Corb1a. E enrao que Carlos Magno reali . .
carradas de diplomacia romana para que , por fim, uma eleição regular ele- , . . za o pnme,-
ro grande ato polmco da sua carretra : em vez de deixar um re i em Pavia
vasse ao Pontificado o papa Estêvão III 19 . Quase ao mesmo tempo, em avoca a si a cor~a de ferro dos lombardos ir,, ao que parece com apoi~
Ravena, um pauiarca chamado Leão tentava formar por sua conta um Es- O
de alguns dos elas lo_n_:~ardos e do clero . Estava assim lançada a primei.ra
tado pontifício nesse exarcado. manobra em que também andava implica- pedra d~o grande ed1fa10 de um mundo germânico unificado. Dali por
da a diplomacia lombarda . Quando Adriano I , um patrício romano enér- diante, Carlos usará o título de " rei dos fran cos e dos lombardos e patrí-
gico, ri co e douro, plenament e imbuído dos direitos e deveres da sua sé, cio dos romanos por graça de Deus'', que figura já num documenco data-
sucedeu a Estêvão III em 77 2, a desconfiança do papa e a do rei franco do de 16 de julho de 774 em Pavia.
co ntra os lom bardos puderam fazer causa comum . É então que ocorrem
Deixa-nos atônitos a facilid ade com que Carlos conseguiu impor-se à
dois gestos significativos: o papa negou-se a apoiar as reivindicações da viú- Itália. É verdade que , dois anos mais tarde , ceve de ,·olear à península
va de Carlomano quanto ao trono de Soissons , e Carlos Magno repudiou
para aniquilar a rebelião dos duques lombardos: o de Benevento, genro
Désirée , sua esposa lombarda , enviando-a de volta para Pavia . Abandonava- de Desidério, e o de Spoleto , ambos aliados a Ada1giso , filho do desuona-
-se assim, brutalmen te , a política de Berta , e voltava-se à de Pepino. do que, bem visto por Bizâncio , tentava recuperar o trono Bastaram, no
Desidério não alim entou ilusões . Ripostou declarando nula e sem valor entanto, duas breves campanhas para encerrar o assunto . :\ Itália do nor-
a · 'doação de Constantin o ", e , na primavera de 773, ocupou Commach io te ficou solidamen te dominada , e o ducado de Benevenro foi deixado in-
e Faenza . depois Gubbio e Urbino, marchando sobre Roma pelo corredor dependent e, submetido apenas a um controle moderado . porque o acila-
do Tibre. Como estavam cortadas as vias de comunicação por terra , Adria- do político Carlos logo compreend eu a utilidade desse esrndo-tampão, que
no en viou por mar uma embaixada a Carlos, pedindo-lh e que entrasse lhe poupava ter de entrar em contacto direco com as possessões bizamina.s
em ação. Em julho de 77 3, depois de se conce ntrar em Genebra, o exérci- do sul. Em 780 , seu filh o Pepino era nomeado rei dJ lcil1a Rodeado de
to franco auavessou os Alpes pelo Mom-Cenis e pelo São Bernardo, lan- sólidos conselheiros escolhidos pelo pai, o jovem soberano não passava de
çou -se sob re a re tagu arda de Desidério , saqueo u Vero na - onde os filh os um administra dor de alto nível ; mas , de qu alq uer forma. eS tªva dado 0
de Carlomano fo ram presos - e bloqueou Pavia, onde o rei lombarda, primeiro passo para o sis tema de um Impér io federn1vo com que Carlos
cercado , resisti u durante seis meses. Magno so nhava .
Em Rom a, na Páscoa de 774, uma grandiosa cerim ôni a recebeu triun - eom etettoe ·
o vencedor d e D es1·d eno , · era o ver dadeiro ,enhor da ltá-
falme nte o fran co vitorioso na basílica de São Pedro: abertos em sua hon- lia Q '. . , · · confirmados os seus
· ue pensaria di sso o papa ) No plano pramo, via . d de-
ra os trés portais, Carl os aproximou-se e beij ou piedosame nte um a um os poderes. Ampliada a doação de Pepino, estabeleceram-Sé li nhas e
ma -
rcaçao entre a zo na de expansão ponu teia e ª d0 fran .
·r-.
co . A fronce1-
·
ra d ,
os pa1ses "pro met idos", conforme o LI ber POl itrficJIJJ. 1'
era a seguin-
( I1'.I). foi_ dc pr, i, d~<r n g,a, e• ~ te1
' ' ,n, 1·•,en
p · 'J Uc o (.,1,nt -il1·0 de Latrãri de 769 pr,,,b,u · · qu e qu - 1
ri u _r c1gc, a.prCY:nt<L':~(: a ILI~ r· nd ,
ncqu1ve .
- l A
u1u rp~d,, dt ( ,
• H,tur, . ar, trono
pu11t1·r- 11 ·
10 der1sao ai,·~, ma1· , · a f j <J qua C·
1 1er,m ( 20 m .u, c~t ítva
v· . ·d Ih •· .hn
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trrrr,1n r1u rlc fr,rm~ bru,a l· uma v,·z de riosw , fo ram -li ,t.
od.1.1
rc .i ,. .i.., (Oí0"-1 1
. S ·
te: partindo de pe21a, atra,,es·ava
-~ 05 Apeninos, englobava Parm a e Mân-
. 1· . " . , das .
l adainh as mai ores de 799 11 , quando
. - cava 1gava a
tua todo o exarca d o d e Ravena " nos seus anngos ,1m1tes - isto e, an- fo rm e o antigo costume , Leao III foi assalt d d fre nte da procissão .
' - d L'utprando -
. con d d . a o, errubad d
tes das anexaçoes e t Veneza e a Isma. Em termos um . moíd o a panca as e espoJado das vest . _ . 0 a sua rnon-
. ' tart a, , es
não lh e co rtaram a lmgu a nem lhe vaza ponnf1c1as·' por um mila-
, ,
· gos prometiam -se igualmente .
pouco mais va , a Santa Se , por um lado a gre,
, ' ram os olhos ' · .
eorsega e, por outro , os ducados de Spoleto . e de. Benevento . Em . dire-
. ntin a. Acusado de toda a es pécie de víci os e cri
za e . ' ª maneira b1-
- a, Ita-1·ia do sul a fronteira continuava 1mpree1sa . Este reconhecim en- d ' '. 1 d , • . mes, io1 preso num
çao , ento à espera e ser JU ga o . Felizmente para el . con-
. v d
to do Estado pontifício , por parte do homem q_u e agora dommava .ª Eu- om a ajuda de uma cor a e chegou até Spoleto onde' conseguiu ' d
evadi
r-se
e 'd
ropa, constituía um fato capital. Mas, p?r mais co~tente que _estivesse, das, e em segui a correu a Paderborn , ao enco' ntro edpo e. tratar as feri -
poderia um papa da envergadura de Adnano I considerar sufioente esse . 1 ., . o rei Carlos , para
P
edtr-lhe que o reco ocasse no trono ponuficio . o rei b
resultado? e designou-l he uma escolta de soldados e de altos funcion'raçou-o ª chorando
. . . . ·
A sua posição era cenamente muito delicada. Estava em conflito aber- anos que O acorn-
p anhanam a Roma e o aJudanam a reinstalar-se no trono pOntl·f,ICIO . .
to com o Império do Oriente por causa da querela das imagens, e além É então que ocorre um episódi o de importância capital
disso sabia muito bem que dependia dos exércitos francos, pois sem a pro-
. . , que I·1 um1-·
na com .uma luz mend1ana o fato mui to mais célebre da coro -
. _ . açao que se
teção destes o seu pequeno Estado não pesaria muito em face dos apetites vai seguir. Em que cond1çoes se reinstalaria o papa na Sé pontifícia) Vis-
sempre renovados dos lombardos, apoiados por baixo do pano por Bizân- to que fora vítima de um atentado odioso , teria sido suficiente restituir-
cio . Mas também não queria que esta proteção degenerasse em sujeição e, -lhe os poderes e castigar os autores do atentado co ntra a sua pessoa. Mas
como político sagaz, media perfeitamente o perigo. Quando Carlos Mag- não sucedeu assim. Tendo voltado à Cidade Etern a no outono de 799,
no desceu de novo à Itália em 786, para chamar à razão o duque de Be- Leão III foi seguido pelo próprio Carlos Magno um ano mais tarde. Espe-
nevento, e celebrou o Natal em Florença para depois visitar Roma , a Itá- rado a vinte quilômetr os de Roma pelo papa e por um gigantesco corre-
lia inteira teve a impressão de que o Papa contava bem menos do que jo, e recebido a 24 de novembro com grande pompa nos degraus de São
este robusto soldado, que passeava pela península como se fosse proprieda- Pedro, o rei franco parecia celebrar um triunfo. Que vi nha ele fazer em
de sua . Além disso, dos territórios prometido s em 774, alguns evitavam Roma? Um cronista di-lo sem rodeios : '' proceder ao exame dos crimes
cuidadosamente integrar-se de fato no Estado pontifício : Módena, Mântua, de que o Pontífice era acusado ''. O u seja: o so berano leigo erigia-se . se
Vicência e Verona nunca chegaram a fazer parte dele , e mesmo na Sabi- não em juiz, pelo menos em crítico do comportame nto do Soberano Pon-
na os funcionários do Latrão encontravam menos receptivid ade do que os tífice.
dos francos . E a correspondência de Adriano reflete claramente a decepção ,
Não há nada que mostre mais claramente em que grau de dependên -
a m·ágoa e uma mal dissimulada irritação.
cia do poder franco se encontrava agora o sucessor do altivo Adriano I.
Adriano I morreu em 795 e Carlos nunca deixou de prestar homena- Fosse como fosse, não se ousou fazer um verdadeiro julgamento do papa ,
gem à sua memória ; mas as circunstâncias logo haveriam de mostrar até mesmo que fosse apenas com a intenção de o ilibar; Alcuíno havia lem-
que pomo o Papado agora dependia, quer quisesse, quer não, do rei fran- brado ao seu senhor o célebre axioma que vinha do tempo dos desati nos
co . Leão III, o novo papa, era também romano, mas não descendia de do papa Símaco e do antipapa Laurêncio: " A Santa Sé não pode ser jul-
uma linhagem ilustre como o seu predecessor . Homem do povo, honesto gada por ninguém' ' . Mesmo assim , no dia 1° de dezembro reuniu-se na
e santo sacerdote, tinha contra si a camarilha do exercitus romanus, co- basílica de São Pedro, sob a presidência do próprio Carlos Magno , uma
mandada pelos próprios sobrinhos do papa falecido . Logo que foi eleito, ;sembléia de prelados , de simples clérigos e de dignitários _lei~os ,_ e em
Leão III apressou-se a. comurncar
· e
a ar1os a sua elevaçao- ao ponu·fiica d o, 3 do mesmo mês Leão III teve que submeter-s
e à rude obngaçao impos-
prometendo-lhe fidelidade e enviando-lhe as chaves da "Confissã o" de ta pelo seu protetor e jurar que " não tinha perpetrado nem ordenado os
São Pedro e um pend -
ao com as armas d a cidade
· de Roma. O re1· f ranco
respondeu-lhe nada m (21) L b . . _ isca que se celebra em Roma
enos que com uma carta em tom grave exortando- o d' em remo-nos de que as Ladainhas mai ores sao uma e
• .. d d a soknt.dade pa g-a das Robaglia:
110
a comportar-se honestam 1a 2 ~ d b.
. d ente, a o bservar os cânones e a governar
'
a Igreia
. saía-se e a n 1. Nessa data , organizava-se na Anugu i ª e . r um corde iro em honra
pie osamente! ... Mas _ . . da v lhem procissão da cidade, e ia-se baseante longe . ao campfio. idmo1ª, ulo VI "barizou" esca
, as precauçoes que tomou não 1mped1Cam - e talvez e a de · • . .
404 fe sta _ usa ita 1tca Rob1. O papa São Grego• no • M no 1m o scc · .
tenh am ate apressado - 1 d . Paga e d agno, d oc issào para ped ir a Deus
um go pe e Estado contra o papa Leão. No dia qu e e . or cnou que se reali.zasse to d os os anos u ma gran e pr
A fi' 0 u io das trevas ). 405
virasse à terra as calamidades públicas (cfr. ca p. V. par. e "
. . _ _ .J <k qu( ,, tT, nm1na , :un F1 a ,i qu e-, ~< guii
tatos cnmmoso~ e 1..e 1eranm , ,. , . , ;; 1 ,Ó n gran dl" cnnrp11,t;id0r m::i, ramh '
· d
do os costumes o tempo , ·
se chamava um 1u1arnc>nl o purga tllt 1n · . p 0 1
. ,,
· · , a fórmula co nttnha estas palavras: Sem se r Julga
. '' " '
,F,e , . O, ,cm rlomínio, {]Ul"
,
,r f"'tn " (}r:indr
e,renrliam , ,., Pr0mor0r de ronvP r-
~te a0 Elba r 30 'd'
uma penosa ironia bio até Bruxelas e às proximidade, r:le Rom ' me 10 Dan ú-
.do po r ninguém ' e num ato de espontânea vontade · 1·u - ' . a, pareciam demas · dO
do nem constran gi dcs para que lhes conviesse o si mples nome de rei ia gra~-
ro ...
· f d p ·
ta de zacan as em avor e ep1no podia encon t
• no . O argumento realis-
Essa era , pois , a situação . Como escreveu Alcu íno, num poema de oca- . rar agora um novo empre
go em favor d e C arlos: quem devia usar o título de r d _ ·
sião, 0 rei fra nco aparecia como gui a do chefe da igreja , .send o ele mes- r . d . mpera or , senao aque-
le que , e1et1vamente , etmha o poder correspondentei
mo " guiado pela mão poderosa do Senhor " . Era verdadeiramente pôr as
coisas de cabeça para baixo. Para rea lçar ai nd a mais o esplendor do fran- Além disso , na mesma época , o trono de Bizâncio estava ocupadO por
I
co , no mesmo di a do juramento purgatório chegaram a Roma , como que um a mu lh er, . renc , que acabava de se desembaraçar do seu filho e de se
conta O sentimento
Proclamar. basdissa . E também . era preciso levar em
·
por acaso , dois monges de Jerusalém para ~ntregar a Carlos as chaves do _
Santo Sepulcro e da pí·ópria Cidade . ;\o mesmo tempo, Leão III proclama- das muludoes , essa expectac_iva pelo homem providencial que evocamos
antes, pelo homem que estana preparado , nos pontos de infl exão da histó-
va que , "cônscio dos benefícios recebidos, nada, a não ser a morte , pode-
ria, para tomar nas mãos os destinos do mundo. E quem podia represen-
ria separá-lo do amor que dedicava a Carlos'' ...
tar melhor esse papel do que o prestigioso personagem que inflamava as
imaginações e parecia maior qu e a natureza ? O fan atismo incontrolável
das massas, que tanto tinha beneficiado um Augusro ou um Constantino,
O Nata l de 800 e o novo Império do Ocident e que tanto beneficiaria um Napoleão (será preciso acrescentar: um Hitler?),
trabalhou em cheio a favor de Carlos . Desde a desaparição do Império
Esse " amor" não tardaria a manifestar-se de um a maneira aparatosa. do Ocidente, nos desastrosos dias de Rómulo Augusto, a idéia imperial
No dia 25 de dezembro , Carlos voltou a São Pedro pa ra assist ir à missa sobrevivera, na alma popular, subterrânea , como uma nostalgia, como uma
de Na tal. No meio de uma enorme assistência, em qu e se mi sturavam fran- imagem de unidade e de concórdia, de força e de paz. Entre os germa-
cos e romanos, entrou na basílica por entre cl amores de triunfo. Aj oe lhou- nos - pelo menos, é o que certos historiadores alemães afirm:uam -,
-se sobre a " Confissão" do Apóstolo e orou . No momento cm que ia le- encontravam-se também confusas aspirações pangermanistas. E o clero, pa-
vantar-se, o papa ap roximou -se dele e coloco u-lh e sob re a fronte um a co- ra quem o verdadeiro imperador fora sempre, não Augusto, mas Constan-
roa , enq uanto a multidão gritava por três vezes a ac lamação: '' Ao muito tino, fundador do império cristão, via no procetor do Papado , segu ndo
piedoso Carlos, Augusto, co roado por Deus , grand e e pacífico Imperad or as próprias palavras de Adriano I, "o novo Conscantino ressuscitado " .
dos romanos, vida e vitória!'' Depoi s, o Pontífice un giu com óleo san to Com efeito, não teria sido necessária sequer essa unanimidade para que
a fronte do " novo Davi" e, misturando o cerim oni al imposto desde Dio- já se pudesse realizar a espantosa promoção do rei fran co .
cleciano pelo protocolo dos imperado res de Roma com o ri to bíblico, pros- Como é que se cristalizaram na alm a popular esses desejos ai nda tão
trou -se Jianrc dele e "o adoro u " . No descendente dos prefeitos do palá- co nfusos? Como é que se projeto u, no prescnce de então, essa idéia cio
' uo da Austrásia, o Ocid ente tinha ago ra um novo Imperado r. passado que era O Império? É provável qu e o golpe de tea tro do N~ tal
Este golpe de teatro, não <: preciso dizê -lo, fora cuidadosamente prepa- de 800 tenha tido uma tríplice ori gem . Por um lado, pa rece te r nascido
- ' cort e
rado . O povo não teria podido grit ar a tríplice aclamação se m q ue algum no pensamento daq ueles letrados que Carlos Magn o atraira ª .sua
anim ado r a tivesse preparado . Mas também é verd ade que, já havia bastan · em Aix-la-Chapcllt:, e qu e, à fo rça de fa larem entre s1 o laum e não
·
· as 1-111guas gcrmântcas,
m ,ais . pções . cios pensa-
voltavam a encarnar as co nce .
tt tempo, um enorme movimento no qual co nflu ía m comple xas e nurnero- ·
d ores antigos, . d V g'lw·
1 mui to especial-
de um Claud iano ou mesmo e um ,r '
s'.ts corren tes de opin ião empu rrava os acontec im entos nu sentid o da inves- 1 Alcuíno o grande
rncncc, o golpe terá wmado forma no pcnsa menw e e . '
ud_ura que acahava de realizar-se. No ano de 800 ao cabo de trinLa e I d C I N , cart a ao rei' esce abade
·· Jo, (',ar1os Mag no suq~ia como 'titular de um a gI'on·a,
dois· ano~· de runa, Pre a o, amigo e co nsel heiro de ar os. um a ' · d d d.
1 • · 1 l'o do mosteiro de São Maninho de Tours explicava qu e, como a 101 -~e
qut: nenhum
,
home
, av ia igua1ac U t:m multo~ s(ru los. Repelira O S ' 1
1n h ·. · .
apos tólica tinh a sido humilhada na pessoa de Leão Ilf, e colmo_ a b ign1 a-
para ,tl t m dos· . P1renc u.s e c~ta 1K 1cc era o seu domínio cm quase 1.o 0 o
0
d i. · . , . dignidade rea , tao em en- 407
/406 mundo gcrm:1n1 ro ou ·IO . _ . . .. . r ra c e tmpcnal estava vaga, era necessa no que ª
' pe mcnos cm rodo o Ocident e nv d1z ado; e 10
A l(., RE],\ UUS l"H-11'11 <; ll i\R II I\ J(rJ ~ l'Al'ADfl fi / l N! 1vr 1 fMPF RJr1 r1<1<1( f[)F.NTF
11
r elevada ao máxi mo a fim de su bstit uir um a e . seus ince nsadores aplilavam a cada um dO<; <;eus atos te • .
camada em Carlos, iosse os . O rmo 1mper1a-
, -5. seri a ele tão o btuso qu e não o compreend esse,. Egrnha d fi
garan tir a outra. , . _
. r ª rma que ,
11 , 1
wdos os co rações transbord avam de alegria na· 1.1um1nada
O papa não somente não se opos a e~sas intençoes, mas endosso u-as s e . b T d
São Pedro , esse entusiasmo não se encontrava pr as, ica e
e, mais ainda, colocou-se à frente do movimento que reclamava a ress ur. , . d ,' d .1 . esente na alma do princi-
que não te ria ent d . .
reição do Império. À primeira vista, é um fato surpreenden te , pois trazia pal interessa o , a ponto e QlZer r ra o na tgreia nesse
dia embora se tratasse d e uma 1esta .solene ' se tivesse ªd.1vin · hd
consigo uma sujeição excessivamente real do Papado ao poder franco, e ' , ,, a o os desí -
nios do Pontifice . Mas quem acreditará por um só inst g
fica patente aos nossos olhos que é a p~ti!_ deste m~mento que começa _ . ante que o pobre
Leão III - cao fraco que quarenta e ,oito horas ames sofr
a germinar o drama medieval das relações entre a lgreJa e o Império. Mas , ,. . ,, . era sem protes-
não podemos transportar para o século IX os terríveis debates de idéias tar O vexame do Juramento purgatono - tena pod,.do tratar como
um garotinho o vencedor do mundo?
que hão de preocupar o século XI. Nem o papa nem o imperador tinham
então em mente as intenções de autonomia e de supremacia que havere- É incontestáve l, portanto, que Carlos Mag no quis ser Imperador. Mas
mos de encontrar num Inocêncio III ou num Henrique IV da Alemanha . por que manifestou ele esse mau humor de qu e se faz eco O seu fiel bió-
Tanto Carlos como Leão estavam muito mais imbuídos do sentimento _ grafo? Não faltam hipóteses para explicar o mistério . Supôs-se que , sen-
muito agostiniano - de serem os agentes da vontade divina , e a fórmu- do profundame nte germânico , teria preferid o receber o Império dos seus
la de aclamação ''coroado por Deus'' assim o afirmava explicitame nte. É, companheiros de armas, o que explicaria o fato de sempre lhe ter repug-
portanto , tão falso imaginar Leão III ressuscitando o Império para servir nado usar a púrpura; mas, nesse caso, por que esperou tanto tempo para
os interesses do Papado, como ver nele apenas um instrumento subservien- se fazer proclamar Imperador pelos seus? Pensou-se também que , embora
te de Carlos, totalmente maleável à sua vontade . no fundo estivesse contente com a coroação , fico u irritado com a fo rma
como decorreu a cerimônia: a imposição da coroa pelo Papa e a procla-
12
perdidas Ma~ a usu, rpa;.:ão ck ( 'a ri os Magno era be m . hefe sr> ahstfm rf ,., r x1h1r 1s ,w,s rrmd('co _
, ·
provmoas ago ra ·· · .· . d · , . clciro 1 raçol's P ffi nu ~I .
·1 ° qu(' r ri rcunç-
mais grave : era um a espécie de sacnleg-10 qu e ne m Teo _on;º.
nem C lovis
.
tânc1a
· h am ousado comet"r ... . uma verdadeira monstruosidade iun d ,ca. Por isso , Tinh a recr bido e5sa recompen sa do Papa C()
ttn . · . i~a que contava
a corte de Bi zâ ncio recusou-se a reconhecer o novo Império . A imperatriz ho~ C ristão co nvic to com o era , sentia-se fe li7 por . ª seus
l
o ·· . . assim se encontra r li-
Irene . que forjara o projeto um pouco tolo de desposar Carlos, então ~'iú - ,· do à o bra d a Jgrep , se a tutela que fez recair sob e .
ga . - re eIa IOI por vezes
vo a fim de reuni r dessa maneira galante as duas metades do Impenum esad a . as su as m tençoes pe rm aneceram sempre bastam e puras, na lin .
P , . ha
Ro~zanum , foi dissuadid a de fazê -lo pelos que a cercavam. Depo is da su a da 1·d ,. · .
da Cidade de Deus. E a sua volta, os protagonistas
.
. eia 1mpena 1. líl -
q ueda, a diplomacia bizanti na travou co m o rei fra nco _urna g uerra d e es- a ve rdade ira ressurreição da noçao - · .
cap azes . d.e co mpree n der que . . _ impena 1
quivanças. de silêncios ofensivos e de intrigas , em combmação com os che- reria exigido um a ve rd ad eira refund içao do Estado , um retorno às fo rmas
fes lombardos exilados . de governo de Consta ncm o ou de César Augusto, esses clãs cu ltos e idea-
Carlos Magn o teve a paoencia de suportar tudo isso por muito tem- listas viam no Império, m ais que u m regi me, um a aspiração moral , um
po, a.inda que estivesse nas suas mãos resolver a questão de um só golpe . admirável ideal , ou sej a o d o Ocidente uni.ficado sob um chefe fo rre e
O Império do Oriente , a braços com a nova querela das imagens, com pacífico que exercesse a plenitude do poder co m intenções exclusivamente
as razzias árabes e com a ameaça búlgara, podia facilmente ser abatido ; cristãs. É um ideal que surge com gran de nitidez nas famosas Capitulares
por outro lado , Harun-al-Rasch id, califa de Bagdá, aliado dos francos, não de 802, com as quais, depois do seu regresso de Roma , Carlos Magno inau-
queria outra coisa senão entrar em ação . No entanto , ou por respeito ao gurou a sua legislação imperial. E, na verdade, foi esse o ideal que , des-
velho Império, ou por não querer lançar-se - cristãmente - numa guer- de o princípio do seu reinado , no rteou bem ou mal a sua política, tanto
ra fratricida entre povos de uma mesma fé, ou ainda por desconfiar - exterior como interior. Em todos os sentid os do termo, o grande evento
graças ao notável sentido que tinha dos seus próprios limites - da aventu- do Natal de 800 foi bem uma coroação .
ra que uma expedição ao Oriente representaria , a verdade é que Carlos
Magno preferiu esperar nove anos, e foi só depois desse tempo que um a
demonstração de força de limitado alcance contra Veneza , em plen o terri- A Europ a cristã defendida e ampliada
tório bizantino, fez saber aos diplomatas orientais que a sua paciê ncia ti-
nha limites. Três anos mais tarde - dois anos antes de morrer - , o re- "Quanto a mim, cabe-me , com a ajuda da divina misericórdia, defen-
sultado estava conseguido : o "basileu Miguel" , na primavera de 812 , m an - der pelas armas, em todos os lugares, a sa nta Igreja de Deus". Durante
dou a Aix-la-Chapelle uma embaixada para saudar o seu ' ' irm ão '', o ' ' ba- toda a sua vida, Carlos Magno foi magnificamente fiel à missão que assim
sileu Carlos ". Estavam agora legalmente estabelecidos os dois Impéri os : o formulou. Sempre de espada em punho, cavalgando e atac~ndo, eS te _c~e-
do Oriente e o do Ocide~te. fe infatigável levou a cabo nada menos que cinqüenta e cinco expediç~es
Resta-nos uma questão: como é que o próprio Carlos Magno e os oci- em quarenta e cinco anos de reinado e, seis meses antes de morrer , am-
d a com b at1a.· Guerras curtas, geralmente empreen d1'das na primavera ' de-
dentais do seu tempo compreenderam o título imperial? Para nós , é evi-
J M · radas quan-
dente que o ato do Natal de 800 continha em germe as instituições da pois da revista solene das tropas ou Campo ue ato, e encer
· _ ,
do apareoam · • • • . uerras em
f nos G todas as direções, nao so
Europa_ ocidental que queria nascer. Mas o homem de gênio que dele se os pnmeuos ' b'
em . , . . . , AI h no Reno no Danu 10 ,
beneficiara pressentiria esse futuro? Sem dúvida, não . O argumento que terrnono 1tahano mas tambem na eman a, ' d
, . , . O . . am se rodas elas essa
0 prova é que em 806, prevendo a sua herança, Carlos Magno dividiu as na Fns1a do norte e na Espanha islâm1Ca. ngmar - ai
i · ; o -o revelavam gumas ,
su,as terras segundo o antigo costume bárbaro, retalhando o Império em ntenção cristã de que Carlos se vangloriava. u ºª. ·a1 · ; F mu-
pel 0 d , rico impen ismo. or
tres pe_daç?s . _A noção de Impen·um romanum, para ele, nada significava contrário, um plano de expansão e e auten . . ara Carlos 0 sj n-
como 10st_ttuição . Que era pois, a seus olhos , o título imperial? Talvez lar ª questão nestes termos não tem qualquer senu
d p_ •fi ~d
av~ se com
·
· d e recompensa g 1onosa, poder i entl ic
. _que
pouco, ,mais , , uma espe' cie uma '' con d eco raça- o " , teresses do cristianismo e os do seu próprio
uma citaçao em face do mundo ; tal como Clóvis ficara feliz quando toda a boa-fé.
. - unca se justificou canto como
se adornara com o título h onoruico ,e. '
d e C onsul. · · talvez, po r
Isso expltcana, De qualquer modo, esta idenuficaçao n robkma saxão . Em mea- 411
410 que Carlos Magno não go st ava d e usar a purpura , • d no momento em que Carlos Magno enfrentou O p
, como hoJe um ver a-
A IGREJA DOS TEMPOS BÁRBARos
o o
França ; fo i <: nt ão <: m 77 8 - qu e se deu a fam os:i cil ada de Roncesvales.
<:ssa s:rngr<:nta barn lha da r<:t aguarda có ntra os mo nt anh eses bascos, essa
.
>
a
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o:
º
lJ
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dnrota d<: qu<: o gê nio dos ponas havia de cx 1rair uma epopéia , a Ch,m o
son de Nolt1nd. Daí por d iante, Carl os re1omo u a sua p ru df ncia habitu al 'w °'<
G
u
e o sen tido dos próprios limit es. Para impedir que os ca va leiros de Alá
transpuscss<:m os Pircnrns, d<:vas1ando 1udo até Narbo nn e, co mo tinh am
fe it o cm 793 , o imperad or, cm dez anos de o mp anh as curtas e de lim ita • ~
o
" ~ o
do :dc:incc, de 80 1 a 8 11 , estabeleceu um a só li d a li nh a de praças-fo n es:
Lérida , Barcd ona, Pamplona, Ta rrago na e Tortosa. Estava cri ada a marca "'o
e,
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da Espanha, baluarte fran cês ao sul das montanh as, primeira etapa do '~o:
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que se ri a mais tarde a Reconquista; foi dali, bem co mo do rei no asturi a- ".o:
no, que mais tarde partiram as ofensivas da Cruz co ntra o Islão . Ainda
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deste ponto de vista, Ca rlos lançou as bases do futuro cristão . . ....
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Urna grande obra, essa que foi realizada pela espada do chefe franco : "'"'li:
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graças a ele, a cristandade ocidental encontrava-se agora ampliada e em se· ·.,, "'
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gurança; encontrava urna unidade que desconhecera desde as invasões, por· "'a "., .
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que, a~ém dos países que administrava diretamente, Carlos Magno conuola· ~ o:
'!: q
tempo em que O sucessor do cameleiro da A rábia vivia como qualquer si rn_ O PAPADO E O NOVO IMPÉR IO DO OCIDENTE
pies fiel numa pequena casa d os arredores de Medina.
Na época de Carlos Magno , reinava em Bagdá Harun -al-Rachid (7BG- rum.ores so bre movimentações de tropas que , de Bagda' , se faz1am · ·
ouvir
muno ?Portun ame nte em Constantinopla , tivessem co ntribuído para O re-
-809 ), homem inteligente , culto e relativamente simpático - no se n tido
con hec im ento do Imperador do Ocidente pelo Basi leu, em 813.
de que , para ele, o carrasco ai nda não era o principal mini stro do gove r-
Foi neste clima de amizade que Carl os Magn o obteve do se u "cole-
no, nem o tapete de co uro - so bre o qual se procedia às execuções cap i-
ga' ' do Oriente que todas as comunid ades cristãs da Palestina , bem co-
tais - o si nal máxim o do pod er , co m o acontece rá com muitos dos seus
mo os pe reg rin os que se dirigiam aos Lugares San tos, se be neficiasse m da
sucessores. Talvez ne nhum prín cipe d o Oriente tenha igualado o esplen - proteção fran ca. Não se tratava , é óbvio , de ~m "protetorado " no se nti-
dor deste grande califa ; vivendo no palácio da '' Porta de O uro '' , cuja fa_ do político do term o; os direitos co nced id os aos representantes de Ca rl os
m osa cúp ul a ve rd e se elevava ce n to e vinte pés acima da planície mesopo- Magno deviam parecer-se com os que o di reito internacional hoje reconhe-
tâm ica , entre tapetes e co lgaduras sem preço , no meio de um a gigantes- ce aos cô nsules. Mas , mesmo ta l co mo era , esse ato revestia-se de uma im-
ca co rte de se rvidores, parentes, co ncubinas e eu nu cos , bem merecia se r portância enorme. Marcava-se: a rota das futuras Cruzadas , e o Ocidente
co nsiderado protago ni sta das Mil e uma noúes ; m as era também um há- francês punha o pé no Ori ente, de tal forma que a palavra fra nco designa-
bil dip lom ata e um bom so ldado . rá no Levante, até aos nossos di as, qualquer oci dental, como sinónim o
Entre ele e Carlos, entabularam-se relações que a princípio se deveram de rumi , adepto de Rom a. Neste pon to , como em tan tos outros, a civili -
zação cristã ficou em dívida por mui tos sécu los com o filh o de Pepino.
so mente a razões polít icas . Inimi go do emi r om íada de Córdova , em qu em
via '' um mi seráve l rebe lde , bom apenas para decapitar'' , o califa de Bag-
dá não podia de ixa r de ofe rece r o se u apo io ao guerreiro franco que com-
batia esse inimigo co mum . Po r o utro lado , co mo ambos desconfiavam bas - '' () piedoso guardiâo dos bisp os
tan te de Bizâncio, o carolín gio e o abáss ida não precisava m se não d eitar
Será necessári o mencionar a contrapartida da admiração que a sua obra
um olhar so bre o mapa pa ra se ape rcebe rem da man ob ra mai s ó bvia a
suscitou e qu e é inegável ? O futuro cristão, para o qual Carlos Magno tra-
executar co ntra o basile u : o ce rco . A estas razõe s, d e o rdem p rática, Ca r- balhou tão bem , não continuou a ser desfigurado por ele com feridas que
los Magno acre sce ntava uma o utra, po is também ne sre caso po líri ca e reli- demorarão um longo tempo a cicatrizar 1
gião se assoc iavam nos se us planos de ação . Jeru salém e os Lu gares San tos , Todas as críticas que se possam fazer ao grande im perador . pelo me-
pa ra o nde as pe regrinações se to rnavam cada vez m ais freqüente s e num e- nos do ponto de vista do cristianismo , estão resumidas no term o com que
rosas , encontravam-se so b o domí ni o d o ca li fa, e as comunidades cristãs o monge Saint-Gall, um dos se us melh ores cronistas , o designa se m má
q ue lá resi diam imploravam com tod as as suas forças a proreção d o impe- intenção : ''o piedoso guardião dos bispos' '. Cumprimen to assaz impensa-
rad or fran co: basta lembrarm o -n os d as chaves do Santo Sepulcro e da cida- do .. . Toda a questão reside em saber até que ponto co nvém que um so-
de de Jerusalém que lhe en viaram so lenemente na véspera da sua coroação . berano se autonomeie e seja reconhecido como " guardião" da Igreja .
Poderia Carlos Magno ficar surdo a tais súpli cas 1 É na psicologia religiosa do próprio Carlos, no mais profundo da sua
personalidade, que devemos procurar a origem dessa atit ude. O descenden-
As relações entre os dois so be ranos caracteriza ram- se p elas trocas de
te do velho Pepino e do bispo Arnulfo - em quem se uniam os dois ele-
p resentes, a respeito dos quais os cronistas carolíngios se este ndem com
mentos fundamentais do Ocidente de então , o sangue dos guerreiros ger-
encantad o ra co mplacê ncia . Foi grand e o pasmo, em Aix- la-Chap elle , qu an -
mânicos e o dos santos prelados galo-romanos - , o leitor de Santo Agos-
do se viram chegar jogos d e xadrez artisticame nte escu lpidos em marfim , tinho, o cristão profundamente compenetrado dos seus deveres , não podia
perfumes d esconhecidos, um rel óg io acionado p or um intrin cad o mecani:- conceber o seu cargo de outro modo que não ' ' governar em todas as igre-
mo hidráulico , e até elefantes e o u tros animais estranhos! Aliás , é p rova- jas de Deus e protegê-las conta a maldade' '. Não lera ele no capítulo V
vel que essas oferendas tenham influenciado a arte caro lín gia. Mas os em- · da Cidade de Deus que só merecem se r considerados felizes , não os rema-
baixadores que vinham trazer essas maravi lh as certamente se ocupavam ran:- dos dos soberanos que venceram os seus inimigos e mantiveram os seus
bém de questões m ais séri as . É de suspeitar que o cali fa teve alguma _coi- súditos na ordem mas sim os " daqueles que usaram do seu poder para a
· que Carlos seguiu na Espanha ' divino
· · e que assim
· temeram e ad oraram aDeus" 1· To- 419
sa a ver com a p o 1íttca e com a ren actda- propagação do culto
4l8 de de que deu provas para se firm ar na Península; e é possível que ce rtos
\ \r ' nl•.l \ l lt l~ 1Fl,11' 1 1<, B,\ flH t\ pr •<
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1 •~~-s ( ~Q~ ó< "'" Santo A~onmho ctc r~c 4·0 Morte do <IK•..., R1c1mcr Zcn.,í,1 ,mpcr:KIN -;.._~ )1 rr,p l1<e.o ::>.1p1
"t;. P,Y M,.n., a Cu'4de de O e11J 4-2 1--! Í '}! •thi - ~ l
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São Z6s1mo . papa , 4 17-
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1mper.ado r do OI:,
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Sl o Bon1fino. papa ,
41 8-422 Reinado de Od()Q( m n.i.
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520
OcroFNTE ÜRTFNTT
--
São João I, papa e márti r
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(Jr,ro FNTF
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---.. 1. - ------- -
ÜRfENTP IGREJA
---
A ICREJ/\ llOS ·rn MPOS llJiRflAR() ~
CRONO LÓG ICO
QU AOR O
--
ÜH A Ü CIDENTE ÜRIENTI' IGRl;JA
Ü CIDENTE ÜRJENTE IGREJA
DAT ...
640 Constante li. impera- São ~aninho 1. papa e
Carlos Marte! , 7 14-741 Conquista da Espa- São Gregório n, papa ,
dor. 64 1-668 rnarur. 649-658 710 nha pelos árabes, 715-732
711
Conversão dos lombar- São Bonifácio evangeliza
dos , 653 Dinastia isáurica ; a Germânia , 716-7 54
Leão III , impera-
Santo Eugênio I, papa, dor, 717-741
654-65 7
Segunda derrota dos
muçulmanos dian-
São Teodoro de Canter- te de Constantino-
bury; segunda missão pia , 7 17-7 18
pontifícia à Inglater-
ra, 657 A querela das ima-
gens , a panir de
726
660 Dinastia omíada, Santo Agatão, papa, 678-
661-750 -681 730 Poitiers, vitória cristã que Desmembramento do São Gregório Ill , papa,
detém o avanço dos império muçulma- 732-741
Constantino IV, im- muçulmanos no Oci- no ; início da di-
perador, 668-685 dente, 732 nascia abássida em São Zacarias. papa . 74 1-
Bagdá, 750 -7 52
Pepino o Breve, 741-768
Primeira derrota do Constantino V Coprô-
Islão por Constan- nimo , imperador.
tinopla, 67 3-678 740-775
Conquista da África
pelos árabes, 750 Reinado de Pepino o Bre- Concílio iconoclasta Estêvão II, papa, 752-757
669- 708 . Tomada ve na França; início reunido por Cons-
de Cartago, 698 da dinastia carolíngia tantino V, 754 Nascimento do Estado
pontifício, 756
Pepino bate os lombar-
dos, 756 São Paulo I, papa, 757-
680 Vitória de Pepino d 'Hé- -767
Justiniano II "do na- 3 ° Concílio de Constanti-
rimJ em Tescry , 687 riz cortado", 685- nopla, VIº ecum .,
-695 e 705-711 680-681; fim do monote- 760 Reinado de Carlos Magno Estêvão Ill, papa, 768-
!ismo na França, 768-814 -772
Concílio in /rui/o, 691 770 Destruição do reino lom- Restabelecimento do Adriano I, papa, 772-795
bardo, 774 culto das imagens
pela imperatriz 2° Concílio de Nicéia,
700 Anexação da Baviera ao Irene, 780-802 VIIº ecum . , 787; res-
São Sérgio I, papa, 687- reino franco, 788 tabelecimento do cul-
-701 Harun-al-Raschid , to das imagens
Derrota da Saxônia, 793- califa de Bagdt
São Constantino, papa. -803 São Leão Ill, papa, 795-
785-809
624 708-715 -816
Vitória sobre os ávaros,
796
625
O cllONOLÓGICO
A IGREJA DOS TEMPOS BÁRBAR.os QUAD Jl
850 Luís II da Itália é associa- Princípio do caso Fó- São Nicolau II Magno,
do ao trono imperial papa, 858-867 Numerosas invasões sar-
cio, 858
racenas e normandas
Batismo do rei Boris Evangelização da Morá-
da Bulgária, 863 via por São Cirilo Ütão I detém os húnga-
e São Metódio, 862- ros sobre o Lutz, 955
-884 627
626 -
----
CRONOLÓGICO
A IGREJA DOS TEMPOS BÁRBAROS QV/.DRO
- DATA --
ÜCJDENTI : ÜRIENTE IGREJA
OCIDENTE
ORIENTE IGREJA _;:;-
DATA
- Henrique III. imperador , Primeiros avanços dos Instituição da trégua de
turcos seldjúcidas, Deus pelo concílio de
Fundação do Santo Im- Creta é retomada aos João XJII , papa, 965. 972 1° 30 1039-1056
960 1040 Nice , 1041
pério Romano Ger- muçulmanos
mânico, 962
Nicéforo II Focas, im- Zoé, imperatriz , São Leão IX, papa, 1049-
pecador, 963-969 1042-1055 -1054
1000 São Henrique II, impera- Jeroslav, príncipe de Sérgio IV, papa, 1009-
dor, 1003-1024 Kiev, 1019-1054 -1012
Sínodo de Verdun-sur-
-Saône, 1016, que
instituiu o juramento
de paz
628
629
ÍNDICE BIBLIOGRÁFICO
Como no tomo precedente desta coleção, lim itamo-nos a indicar aqu i algumas obras es.scncíais
ue permitirão ao leitor informar-se com mais detalhe sobre os assuntos aqu i tratados . Não se trata ,
~nanto, de estabelecer uma bibli?grafia completa , nem mesmo de fornecer a lista de todas as obras
que nos serviram para o desenvolv1mento deste ou daquele assunto .
A História da Igreja é o ramo das ciências históricas que tem realizado maiores progressos nos
últimos cinqüenta anos , para o que: concorreu, em primeiro lugar , o impulso de: Leão XIII. Está lon-
ge o tempo em que: os Rohrbacher e os Darras levantavam enormes pilhas com as suas prolixas com-
pilações, cujo aspecto bastava para afastar do assunto quaisquer almas de: boa vontade . As coleções
que se vem publicando honram os editores atuais e a sua autoridade é reconhecida em todos os
~ci_os, porque são obras de sábios, homens nos quais a fé não prejudica a ciência nem a ciência pre-
1ud1ca a fé .
Obras de interesse: histórico geral são: Louis Ha.lphen, Le1 &rbareJ dei grantÚJ in11a1iom aux
;nquête1 turque1 du XI' 11êcle, Paris, 5' edição , 1948, da coleção Peuplu el Civili.Jatiom . dirigi-
/ por Halphen e Sagnac , excelente . Lot , Píistc:r e &.i.nshof, Le1 dutiniu de /'Empire en Occident.
t
i:
15 1
•. 935-1937, vols . I e II ; A. Flichc: , L 'Europe occidentale , Paris, 1929 ; Diehl e Marsai.s , Le
onental, ~aris , 1936, todos os ues da col. L 'Hútoire gini rale, dirigida por G . Glotz. R. l.acouche .
Mon-
1 nd 1
,. gra e zn11a1ion1 et la criJe de / 'Occident au vc11êcle , Pari.s , 1946 . Pierre: Courcdk. L 'hútoire
11ttéra1re. dei granueJ
exuaord·mar1amc:nre
· · de textos ra-
J · • .
zn11a11om germanzque1 •
, Paris, ·
1948 , mina nca
renn H' vezes trad uz1'dos pela pnmc:ira
ros, muitas . • ParIS. 4
vez . J. Calmette , Le Moyen Age. . 19 8. e Henn. p·1·
e, llloire de1 invaliom au XVI' 11êcle , Paris e Bruxelas, 1936.
ção Duasb obras ·
. • que visam menos expor fatos do que por • em ev1dênoa
· · correntes e temas de me di ta-
Jacq:/~ -ª hIStória, são especialmente interessantes: Cristopher Dawson , The malúng o/ Europe, e
trenne , Le1 grand1 couran/J de l'húloire univerielle Neuchâcd e Paris, I. 1945 , li , 1946.
Sobr tt·
~briolle ,'i: .1st6ria _da Igreja , cfr . em A . Fliche e V. Mania,· Hi.Jloir~ ;'e tÉglise , vo~. IV: G . Bardy,
Paris , l .
937 uis Bréhiet e R~né A1grain, De la mort de Thioda1e ii. I e1emon de Gregotre le Gran_d,
arabe , p • vol. V: L. Bréh1er e René Aigrain, Grigoire /e Grand, les Éla/J barbam el la conquete
e A. ou%~ 19,38 ; vol. VI : Émile Amann , L 'ipoq1u carolingienne , Paris, 1937;_ voL VII: E. Amann
me , Paris, }/gllJe au pouvo_ir de1 lai'cJ, Paris, 1942 . _Cfr. também Poulet, Huloire du chn.r/,an~-
19
Jacqu1n, Hist . • Duc~c:sn_e , H11101re anczenne de / 'Églue , Pans. 1910'. vols. III: e IV ._} 925, A_- . -:
da l>Or G. deº'~' de I Églue, Paris, vol. I, 1929; vol. II, 1936 ; e Hutoire illuslree _de I Eglue , dmgi
rei , A. Dufo!~inval e Romain Pittet , Genebra e Paris, 1945-1947; e os manuw classtcos de F. Mour-
Mcrcce q e A· Boulenger. .
liay,..ard Hm d~stªquc : G . Schnilner Kirche und Kultur im Mille/alter. Paderbor?, 1926 • Fernaid
1'·lcc1,r; 11~0 '~
~eJ P11pe1 , Paris, 1942 ; Charles Pichon. Hi.Jtoire du Valican , Pans, 1947 ; J- He c-
ri,, 193t ·qR, L Hwo1re de1 Co,.ciles 22 vols Paris 1907-1950· J. Tixeronr, Huloire tÚJ dogmu, _Pa- 631
• tné Dragu tt. · . '
et, Wozre d11 dogme· • calholtque,
•. . •
Paris, 1946 ,
. Fulbcn Cayré La Patrolog,e el
·
" ,. t,r:.1< ~r tfli ~ ,,h r,. ,, "'"')"'·''' -i'l< ,...~,--.~7., i tr,... ~•,.. < .-f,.. x fmr1r1 ...,rA,-m- :?rn~,t
1.., ..,,,.,.,.,,,1, 1.,, t,f"!U' ;,f ,, ç ,J'-.
A1t,n ,1, ri. (la r flm/)tr' Rr1.r,,h~ ),i') • :>-r'1 n')n,i "'" A -,,
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~,rin , Jf, 1/nl~" .ÂJ(I' P, ri< 1?7 / ' f <"J~ <" •~mh-'m -ir rr , "''"''r,-,,•
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L,,IJ rl11 1,foy , n r, , a; ~
,, /,11 natrrtl , ' ~
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ll Mo<>• . . p, is 194P. r I.lo n f-fomr, fN 111 Pr,m,. /J""-11"' " , <t Rrmi, ' hr•tt,nn,
º'" fi - · hl ✓-r. -l '
:,nnrro~lm r nrr :,,.hrrnll r .a 'P.IJC-
;1irr• mm r " r:ln· p~~ani smo . cfr 1n-i1rr ht '"~•~T trr, '> mi
Sobrc" '~ris . 19 30 . r E Mg Je , QjJ til
do, d1vU<<" napftuln,
, ,. r ock tl(nora , 0 •mrnso
"º" P11! en,,e , rosas m r, no grafi~-• sobre de term tn~ •fos p,-r,;()n~ge n< " \farr mvr
',eménc P1rrs
030· \fa rcel Brron
SobtT esr,, martna . a h1<1nnognifi ~ n20 •e l1m11a a sínrcsc, e n~n f-1: ~~;e F. Ga u t ie r, Cen_ s t' rü . ? ,ri~. 1932 ~
- arrr-1 8mm ,-ilarz~ ~'.lcns
balh0 d1sJ)('™' em 1TV1<ta> cm bnk,rn, e na, soc1.-dad c, .-n.iduas Trara -sc de um trahall10 0 1· Ira . n .'13 t uzeranc1 1etius Paris
h Ih • iscu, 0 1907 - 19\ Paris. 1935 ; G . Pfe il~lc h1frer Theodenc n Paderbor
os ma rc rrar s ,·om que se ro nstroc · Pans 'Ji')
que fu pro11red ir" nosso conhenm entn ,srorr.-~. e qu e r pre!'ar:i 111 Thfodortb · os hunos, cfr . Re né Groussc t . l e
. .
m p,re de r rli!/J/)l!r
._
Lova ,na ; a Revu d 'H
l9 JO Sobre as questões que _interessam ao cnswrn 1sm o edn t re oRs opa rbaros , fr J Revlllout De :·Jna-
sennd o. ve1a -<c a Ret111r a H1.rto1re eccle.rzasti que. · so re
o< con1umos Nesrr - . W otre
Eclesiásric a de Fra nça. a revista d e ,~- a 1anque ed le , hrrm an,rme et ia
. d. p uples germamq ues , Pa ris , 1850 ; e a o 6 ra e 1
Sociedade
tk l'Églue tk France ÓrJ<iind da d h . . d de História
. d r. ISto na ceie
entre as quais a Revue d 'histo,: t barbare Paris . l94 5 cfr também
s1ásu:" _sulça, e a.s revisra.s e esru os _,sróncos as or cns re 1g1osas. fundou -se msme eI Je antique, Lyon , 194 3. e Le christiamsm e et l 'Occ,den
En rre_ as duas guerras !e Grand Pam . l910: P. Ba-
re ber,e~u:ti,u e a Revue Mah,1/on , vinculadas a~s bencd,~m os. ª fi~duCmon ni un·ns. Saint-Wa ndrille , 1946 ; A. Régnier , Saint léon
.
revista de história diocesana D - . , -" , r - d , p ans .
Re11,u d huto1re des Murron1 Algum as dioceses tem cambem uma [.éon nsua ' , 1920. e '. dem . arugo _sobre
J .
tiffol, Le Siege apostoliq ue ue sarni am:zse a samt u:on ,e VT'an
Leckrcq . D,ctionna ire d 'Archéolo gie et de Liturgie ; e Dictionai re d'h . _ 6. 2 18-30 1; e também :\ . Baudnllan .
_ Acre~ eo cem -sc Ca.brol e O
IS São Leão MJJgno no Dzcttonna rre de theologie catolrque , IX .
tozre ecdenaJlt que . nonque, Pans , 1908.
Saint Séverin, apôtre du
A vida cnsà 02 tpoca que vai du iovasõcs ª'.é à rcnascen~ carolíngia encontra-se estudada cm
todu a.s obr.u g~s. e por wo remetem<» _espcoa.lmente o lciror para_a de Poulet, ~ue pinta essa ADO E O NOVO IMPÉRIO DO OCIDENTE
vida d2 focm.a. rru.u pormenonz.a.da e 1n:1press1on.a.mc . Complet.a.remos a.s md1ca.çõcs bibliográficas refc - VII. OPA P
riodo-OOl a.pc~ a algum pontos pa.mcul.a.res . e Carlos Magno e a obra carolíngia , veja-s:e L. Halphen , ChiZT/e1114gne ~t l'Empire c.arolin-
A origem du par6quw rurw provocou numerosos trabalh<». O ponto de pa.nida foi O estud Sobr_ 1947 . J . Ca.lmette , Char/em4gne, 111 vu, 1o-n oeuVTe , Paris, 1945; R. Groll55Ct Fig.,,
de lmba.n de la Tour. UI ptUOuu1 nmJ/u d11 fV< a11 IX e 1iede , Puis, 1900 . resumido cm Vaissih 0 . paru • . A KI . 1 L 'E . , • es
gterl, e Paris 1949_ Mais anugos são . emc ausz , . mp,re cmo,ingíe,r, ui origines, ses frans -
C11 ,EJ IÚ umpag"e de f'li ,,ae,r,,e Fra,ru ; depois , o anigo de Chaume , U mode de conititution ;; de P'°" ' Par~ 1902; e de I.avisse, Bayet , Pfi.ncr, Klcmdausz , l 'Hisroire de Franu , vol.11 , Paris
de de1,mil4Jío,r des paroú us n,ra/ei , na Rev11e Mabillon . P:uis. 193 7, vol. XXVII. e a interessante for11141f::J.:is este; livros falam mu_i~o da Igreja, _à q_ual sil.o consagradas duas obras fund.a.men tais: Pli'.
controvérsia. de Boulard . Lc P1card e Lc Bras , 511, les anciennes paroisses , no Bulletin des anciens é/e. 19 11 · M •n op. cit., vol. II : L époque carolmg~nne , de E. Amann ; e Glou . HisfOtre gi,,irale
,es de 5m,,,.5,,Jpice , Limogt:5 . 1946. Enconcru-sc-á também a cvocaçil.o deste problema nas Histórias che ea c:i:o~ação de H . ~ - ~rquillierc . Cfr. t.a.mbém_: Duchcsnc , Les_premierr_ temps de l'Elat p 0,,:
rcgion.a.is . como a de Morcau pua a Bélgica , de Gain para a Lorena, etc. c~~ Paris 1911; L. Lev1llam, La dyna11~ carolmgienne e/ lei ong,,,es de I État pontifoal, Paris.
Sobre Sil.o Bento, basta citar a.sobras de C.a.brol , Paris, 1933. de Herwegen, Paris, 1935, do car- tifo .' de 'Pange, Le Roi 1re1-chrétien . Por fim , para. compreender a " filosofia. " dC5tc pctíodo. é
deal Schuster . Paris. 1950. a obra de Dom C. Butlcr so bre U mona&hisme bénédictin, Paris, 1924 1935• \
r H. x. Arquillierc, L 'a11g111tinÍlme polilique , Paris, 1934, e R. Bonnaud-Ddamarc , L'idie
e indicar. entre as numerosas edições da Regra , a de Filiben Schmitz, Marcdsous, 1945. Cfr. també~
a H,úorre de f'ordre de 5. Benoít . do mesmo autor.
:e;: iJ /'époque carolingienne, Paris, 1939. Também BreS50lcs, Saint Agobard, Paris , 1949.
A propósito da influfocia da Igreja sobre a sociedade. e principalmente da sua atitude perante
o problema d<» servos, veja-se Marc Bloch, Comment et pourquoifinit l'e1c/1111age antique, cm An-
uks d 'his1oire socúúe, 1945 . e C. de Clcrcq , La légisíation religieu1e franque de Clovis iJ Charíemag- VJII. A IGREJA DIANTE DE NOVOS PERIGOS
,re , Paris. 19 36 .
No que se rdcre ~ lcuas. a obra clássica é Labriollc, Histoire de 111 lifférature íatine chrétienne, Quanto ao século IX, são numerosas as monografias sobre pormcno:es, m.a.s raros os trabalhos
Paris , 1942 ; cfr. t.a.mbém M. Rogcr, L 'enieignement des Íeffres cla11ique1 d'Au1one iJ Alcuin, Paris, de conjunto. Além das obras gerais, cfr. a respeito de todo o período: L. Halphcn , ChlZT!ernagne et
1905 . e Henri-lrcnéc Marrou , Histoire de l'éducation dans í'11ntiquité. /'Empire carolingien; e Klcinclausz, L 'effondrement d 'un Empire et la nainance d 'une E11rope , Pa-
Sobre o e.a.mo gregoriano. as principais obras são: G . Morin , Le111éritable1 ongines du chant gré- ris , 1941. Sobre as origens do feudalismo, ver Marc Bloch , La 1ocüté féodale : la formaJio,r de lie'1s
gorien . Marcd.sous , 1890; P. Wagner, Ongine et déveíoppement du chant grégorien , Tournai , 1904; de fidélité, Paris, 1939. Sobre as últimas invasões, o essencial está cm F. Lot, u r Ín11tID011s barbl11'er
A . Gast0ué. U s ongines du &hant romain; l'antiphonaire grégonen , Pau, 1907 , e R. Aigrain , La et le pe"plement de l 'Europe, Paris, 1939. Sobre os normandos. Prcntout, D11rlcn de 5mt-Q,unti'1,
m11siq11e relig,euse . Paris . 1929. Paris, 1916; T. D. Kcndrick, A hútory of vikings, Londres, 1933 . Veja-~ também o artigo de Lccha.n-
. Por último, sobre a arre, L. Bréhicr, L 'arf chrétien; 10n développement iconographique tcur, La mentalité de1 vikings, nos Archi11e1 de /11 Manche, 1951, pág . 58 . Pouco mais há sobre as
111sq11 'iJ "º s jo11rs , Paris , 1928; H. Lcclcrcq, Manuel d'11rchéoíogie chrétienne depuis /e1 origines ju- graodcs personalidades religiosas do tempo: sobre Hincma.r, H . Schrõrs. 1884 ; sobre Nicolau 1, cm
sq 'au VJ/1< sude , Paris , 1907; E. Mâlc , op. cit. ; e os trabalhos de Jean Hubert e Robert Rey sobre ligação com o Pseudo-Isidoro, a obra de Haller; além disso, A . Lapôuc .Jean Vlll. Paris , 1895 ; Mo-
as origens do estilo ronúníco .
rcau, Saint Ansch11ire, m1úion11ire de Sc11ndin1111ie, Lovaina, 1929; e Henri Pirennc . Mahomet et Ch111'-
. Enue a monografi.a.s de santos , mencionamos especialmente René Aigrain, 511inte Radegonde , lemagne, Bruxelas e Paris, 1937, com muitas teses discuúvcis .
Par1S, 1916 .
Vl . DRAMAS E DILACERAÇÕES DO ORIENTE CRISTÃO IX. BIZÂNCIO RECOMPÕE-SE, MAS SEPARA-SE DE ROMA
. . Para tudo o que se refere à história de Bizáncio neste segundo período, consulrcm-sc a.s obras
As obras indicadas para os capítulos III e VI são evidentemente indispensáveis. Sobre vários dos
grande ·
J; Les su~peradorcs maced~nios, existem divcrs_os estudos já antigos. como os de Vogt sobre . ~ili ~
B
indicadas nas notas bibliográficas do capítulo III, cm especial Flichc e Martin , vol. V, G. Schnürer
e C. Dawson . re Pho~ Ire manages de Leon le Sage, em C. D1chl , Figures byZllfltt,reJ; G. Schlumbcrger. Nictpho
Sobre as questões propriamente bizantinas, assinalemos também: J. Pargoirc, L 'Église byzanti- g•• .r.,,, llJ, 1923,Jean Tzimúces 1896 e º -·i/.e li 1900· por fim A Rambaud, Constanttn Porphyro-
ete 1870
ne de 5!7 ª.847 , Pam, 1905 ; L. Bréhicr, La querei/e des im11ge1 , Paris, 1904; e Drapcyron, L'empe - s0'b 'eJ . Gay, L'Italie' mén'dionale
' I.JUJ , ' '
et l 'Empire by=tt·n, Parts, 1901.
. .
rellr Heraclz11s , Pans, 1869. obra superada mas vivaz . ga, 1926· L U
re a convc àO d .
rs . os cs1avos, cfr. F. Dvornik, Ler Sla11es, Byzance el R u IX' necle Pra-
. ome ª I .' p _
Sobre O Islão e os ásabcs, a melhor exposição é G . Marçais e C. Dichl , le monde onental de ris, 1913' p. gcr, Cirilo e Metódio , Paris, 1868 , já antiquado ; Guérin, Huto,re de la B11 gr:m , ª
395 1081 · ara a Rúss·ia, ve1am-se
· . . desse ,
ª . , Paris, 1936 , na Histoire générale de Glotz; como introduções gerais à civilização islãmi- ou de F. PI as htstónas pa.ts, como a de M . Bnan· · Chanmov
. ' .Pa.ns.L1929.
'É /i-
ca, .vqa-sc H · Massé , l 'Js,am,
, pans,· 1930 ; Gaudcfroy-Dcmombyncs Les . . •
tnsfttuftons mu1u/ m anes'
s•
• 'Us1e p atonov · ehrettenne
• ú, Rus11e ,. . H u/01re
' . uu monu,Je , e Bnan-Chanmov,
Par1s, 1921 · e H Lamm . cm Cava.1gnac J
. . . gJ
l 'Js/,am, croyances et msfttuftons
. . . /,11 • ans, 1928 V · ' ' . L •1finira,re re1,gieux ue
Maomé cfr E D· · cns. . '
Beirute 1926 . Sobre a b'iogra fia de conscienc · eia-se também o excelente ensa.10 de J. M. Dangas ,
· · crmeng hcn , V.e· de Mahomet, Paris 1929 . Sobre
Éd ouar d' Montei
' '
o Alcorão, ver as antologias· d_e S0 b e nme, Juvisy 1935
re o cism
' Pans. ' 192•, • e ª de Chares ª grego, 'os trabalhos
· , · f scllffi as obras ante•
1 Lcd11. ' o manual • • de J · Cha1 - r' ..
ne e R G para Lifférature re/1g1eu1e . tores, espec· de F Dvornik que reab1htarllffi Focio, 0 u L-'m Mo
· roussct, Pans. 1949. rc ta1ment le h • · . ' , • d y e ngar·' ver tllffi= ·
A propósito das grandes ct p d · , . • · J /, nafion _au, lJ, réhahü. •. e se ume de Pholi1's, Pans, 1950, prcfac 10 e ·. 0 São mais an-
634 égyptie,,ne vols III IV p . ª as ª conquma acabe, ve,a-se G . Hanotaux, H,s/o,re ue a
· · e · ans , 1933 ; C. Dichl , l'A/n'q ue byzantine, Paris, 1898 ; E. F. Gauuer,
. ;•:os: Jugie , le
99.
'ti;" de Photius, na No1111elle Re11ue Théologique '. fevereiro
se 11 me hyz11ntin, Paris, 1941, e L. Bréhicr, Le rch,rme onent
;l ) XI950
e riecle, Paris,
u 635
_, e monte Atho, vcr Varilk . l'o 1'ª>:' 0 11 f>a1•1 dr, mn,1,111r rc , hv,n., ,
So b rc os mong,, O ·· hl p l l)4A · "" 1y
1935 . e Rando lf Cone~ . u monl l1 1hor . Greno . e e an< , . '"'
l 'an mtll~ • que crnun o< adiante . h~ um tex to d co .ma1s 1ad,, 11 Bi 1 ft n'1\1 rt o tr
Em E, . Pog nOn .
de Nicc.'foro F= . qu e d§ uma d~ cri 1 íl o elirre mamen 1r <a 11 oro~a a vid a 01ir nrnl 11 11 , 6 ul u X. Po
111 ÍNDICE ANALÍTICO
As obr.u indicad as no capírulo VIII 1nrc r<'ssam também aqui . Acrescentem os : Léon Horno Ru
. l. li p . 1 4 1 • d
me médi/ 1111/e . Pam . 193 4; e E. Pogno n . an mt e. ans ._ 9 7, co etanca e textos bem aprcs~nta -
Mil mas t
dos que não somente enfoc a com clare za a fam osa questao dos terro
· . res do An o · ~ z um
quad.ro extremamente vivo de quase todo o período . Sobre o nasomcnto do feudalismo, lcmbranios
05 trabalhos de Marc Bl och .
Sobre o Papado desta €poca: &.i.y . u s Papes d11 X / < siecle el la chrétre nlé, Paris, 1926 · F p·
vet . Gerbert , ParÍ.I . 1897. meigo mas aind a vivo e útil; Martin . Saint Léon IX, Paris, 1904 :' e ·Sit:~;;
e Stimz i, St. U on IX . Colma.r, 19~0
Sobre a expansão u istã . veja- se E. Ho rn . Saint Étienne, Paris , 1899, e as histórias da Polô ·
principalmcnre as de Halecki e de H . de Moncfon . n,a,
Tudo quwto se refere à refo rma encontra-se (com bibliografias completas) nos trabalhos de A
F!Jchc , prinâpalmcn rc cm La réforme grégorienne . Lovaina-Paris, 1924. Por outro lado, todas as his: o seu gênio. 24 ; as suas obras . 25 : bispo
Abássidas, 354 .
tôrias monásticas estudam o nascimento de Cluny e a sua obra; muitas obras particulares lhe têm si- de Hipona , 29 ; a sua '· regra''. 31 ; con-
do consagrad as por P1gnot. Lctonnelier. Besse . sobretudo A. Chagny, Cluny et son empire , Paris Abbon de Fleury, 352, 598,
tra as heresias , 33 ; A cidade de Deus,
1949. e Gu y de VaJous. Le mo1111Chmne clunisien , Paris , 1936. Ver também R. Biron, PterTe Damien' Abd-er-Rhaman, 354, 390, 500.
Pari5 , 1908 . ' 46 ; a sua política. 52; a sua mone , 12;
Abu Bekr, 332.
Sobre a.s origens cnstãs dos capccos , veja-se por exemplo F. Lot, La naissance de la France, já ci- Acácio, patriarca cismático, 139; o seu CIS· a sua influência, 52 e scgs . 87. 89. 90.
ud~ . Sobre o nascimento do Samo Imp~rio germânico , cfr. os trabalhos já amigos de Bryte e de 94 . 96 , 98 , 108, 109 , 112 . 118. 253, 254.
ma, 162, 182 .
Klemclausz ; L. Hamp<- . u HauJ Moyen Age , Paris, 1943 ; e H. Lcsêcre, Saint Henn·; Paris, 1901. 345 ; o agostinismo , 59: o agostinismo
Sobre a situação im clcctual , cfr. J. Ldlon , Gerbert, humanisme et chrétienté au x< siecle, Pa- Acemetas, monges orientais, 136, 284 .
Adalberão, arcebispo de Reims, 564, 582, poücico , 379 .
ri5 . 1946 . Sobre as origens da ane românica no s€culo X e em princípios do século XI, cfr. L. Bré-
hicr . L 'art en France, dei invaiions barbares à l'époque romane, Paris, 1930; R. de Lasteyrie, L 'archi- 587, 604. Agostinho (Santo) de Cantuária. 238 .
Jecture relzgieuse en France à l'époque romane , Pasis , 1912 ; F. Deshoulieres, Au début de l'art ro - Adalbeno (Santo) de Boêmia, bispo de Pra- Ainon (Santo), bispo. 90 . 105. 106.
man: les églises du XI < Iiecle en France , Paris , 1929; Puigi Cadafalch, Le premier art roman , Paris,
ga, 563, 566, 568. Aix-la-Chapelle . capital , 42 8.
1928 ; ). Hubcn , L'art pré-roman , Paris, 1938 ; R. Rey , L 'art roman et seI ongines, Toulouse e Paris,
1945 . Adalbeno (Santo), bispo de Hamburgo , Alamanos . 63, 65 . 67. 97 (nota ).
Sobre • vida intelccruaJ , na época inseparável da vida religiosa , ler-se-á M. M. Dubois, Aelfric, 566 . Alanos. 64 , 67. iO. - 1. 97. 100 .
s~rmonna,re, docJeur et grammain'en , Paris, 1942 . Por fim , cfr. Jean Rupp, L '1dée de chrétienté, Pa- Adelaide (Santa), mãe de Santo Estêvão da Alarico , rei visigodo . 65 . 68 . 103 : tomada
m , 1939.
Hungria, 566. de Roma. 7 1, i3 , -; 7, 97. l08 .
Adeodato, filho de Santo Agostinho, 20 , Alarico II , rei visigodo . 210 .
29.
Alberico . principe romano. 549
· ·
Adopcion1smo, heresia, 425 .
A'.
Alcorão . 334 .
ecio, general, 103 e segs 114
Ad · ., · Alcuíno , 251. -í05. 40- . 4 l 6. -í29. 430
nano 1 (Santo), papa, 366 , 402, 403,
42 4, 432, 462 , Alexandria (cornada de ). 340.
Adriano II Alfredo o Grande , rei inglês , 486. 606 -
_ 'papa, 474,475,477,496,49 7 .
513 Ali. 33 7.
Afonso I -, Alípio (Sanro). amigo de Samo Agostinho ,
Agatão o catohco, rei de Aragão, 354 .
A 1 . (Santo), papa, 327 . 20, 29.
g abaas din · - Amalário , 45 6 . -í67, 469 .
Agob d ' asua arabe da Tunísia 47 3
ar o (Sant ) b , . Amando (Santo) , 242 .
442
443
°• arce ispo de Lyon, 440.
._
Ambrósio (Santo). arcebispo de Mila_o, _~n-
Ago . ' , 4n, 469.
Stinho (San ) • contra Santo Agostinho , 17; suas ideias ,
12; em ~1'1 to • nascimento e juventude,
636 1 50, 143, 254 . 637
to en, C ~o. l6; a conversão, 19; reti-
assicíaco, 20; As confissões, 21 ; Anastácio , o bibliocecário, 475.
A ll ; RfiJA l)()S ITiMPns li ,\ ,>. N/1 ,JTJCO
1( ll ,\ t< o s
íNDfCll
178 , n5 , 256 , 310 . Decretais (falsas ), 460.
Berta , mãe d e Carlos Mag no, Jl)7 40
Anastácio l. imperado r bizantino . 129. U 4 . d ro 126>, 6 D iádoco de fó uca .
· • Pad ,e oriental
B~n a, ra mha d r Kent , 21,, 2 38 _' l. c~sio_: /(São), p ap a , 58 , 109 , 1 1, 218 . . . 13 5
142. 202 . ) de Arles, arce b ispo , 195 . 200 , , rei l ombardo , 402, 403 . .
Bispos, seu papel, 30, 32, g9 e s , c clcsllíl Des~dfoo
Anastácio 11, papa . l 15. 143. 163 . 270 , 444, 572. -eRs., 195 Cesário (São D1gems o A.em a (canção de). 504 .
Anastácio. patriarca de Constant inopla, 363 . )43 159 , 36 5 , 50 5, 51 5, D1gesto , 172.
Bizâncio , capital, 128 e segs.; sede . . 216, 3l_J.
Ande€ (Santo) de Creta. 357 . 1srno, ·
cal , 160 . P,ltrtar. c csaropa P Diodoro de Tarso , 152.
Anglos, 67, 75. 23 7. 5~9 · (São) mártir , 11 , 89, 177 . Dionísio o Areop;igita, 13 5 _
Boécio , 125, 126, 255 , 310.
Anscário (Santo), apóstolo da Escandinávia, ' d · Dióscoro de Alexandria , 156 .
Boleslau o Valente, 568 . CIP nano• ) bispo de Alexan na , 15 5.
·
455, 569. C1·rilo (Sao ' , · d Esl avos, 495 e Dízimo , 422 .
Bon~~c~o. conde de África, 11, 70 , 73 _ • ) missiona no os
Apolinário e o apolinarismo , 1)2, 153 , 156. Cirilo (Sao , Doação de Constantino (falsa), 39 5 _
Bonifac10 (São), pai da Germânia CflStà ·
Arcádio, imperado r bizantino , 76 , 81, 141 , Dombrow ska (Santa), 568 .
242 , 244 e segs . , 25 7, 391 , 4 13 , 455 : segs. ver Acácio, Fócio, Miguel Ce -
147, 148. Cisrna grego, Donato e o donatismo , 30 ; combatido por
reformad or, 302, 393, 459 . ' ,, . . consuma do em 1054 , 520 e segs .
Arialdo (Santo), 599 , 601.
512 111,arto, Santo Agostinho, 34 5.
Bóris , rei dos Búlgaros , 462, 497 ,
Arianismo godo , 118 e segs ., 192 . · Citas , 68 . Dormição da Virgem, 35 7.
Boson, rei da Provença, 480, 484. Climaco (São João), 368 .
Arles, sede primaz da Gália, 288 . Drogon , bispo de Metz , 445 .
Braço secular (recurso ao), segundo Santo Clódion, chefe franco, 7 3 , 19 3.
Armagh, sé primacial da Irlanda, 219 . Duelo judiciário , 260 .
Agostinh o, 55, 82 . Clotilde (Santa) , mulher de Clóvis , 196.
Amoul, bispo de Orléans , 546, 549 , 606 . Ebbon, bispo de Reims , 443 , 455 .
Brendan (São) o Navegad or, 221. 206 .
Amulfo de Caríntia , imperado r, 485 . Éctese, 326, 340 .
Bretanha (atual), 75 . Cloud (São), 283 .
Árpad, chefe húngaro, 540. Edessa (Escola de) , 324 .
Bretanha (atual Inglaterr a) evacuada por Clóvis , 117, 121, 189 e segs . , 206 ; seu ba-
Atanásio (Santo) de Laura, 526 . Roma, 73 . Eduardo (Santo) o Confessor , rei da Ingla-
tismo, 189; suas guerras, 197.
Ataulfo , rei visigodo, 73, 75 , 77 , 124, 210. Brígida (Santa) , 284 . terra, 607.
Cluny , abadia na Borgonh a, 591 e segs .
Átila , 69 (nota), 75 , 101, 103 , 104 , 106, Eduíno, rei de Northhum berland, 205 .
Bruno (São) de Querfurt , 567. Código de Justinian o, 171.
107. Éfeso, banditism o de , 139: Concílio de,
Búlgaros , 377 , 490; a sua conversão, 496, Colomba (São), 220 .
Athos (monte), 526. 155 .
513 . Columbano (São), missioná rio , 222 e segs .,
Atton, bispo de Vereei) , 546 . Burgúndi os, 65, 67 , 71, 73, 75, 97 ; a sua Eginhard (Santo), 398, 409 , 428, 429 .
257 ; reformad or, 302.
Ávaros, 321. Elói (Santo) , 274 , 312 .
conversão, 208 . Constâncio, chefe rebelde na Gália, 71, 77.
Avito (Santo), bispo de Vienne , 195 , 199, Caedmon (São), 241. Engelber ga , esposa de Luís II , 478, 479.
Constante II, imperado r bizantino , 327,
208 , 311. Calcedôn ia, concílio de, 158,161, 183 , 190. 480 .
342 , 346.
Baradai Uacó) , monofisit a da Síria , 159 , Enódio de Pavia , 125 , 311.
Camaldu lenses, 599. Constantino V Coprônim o, imperado r bi-
185, 328 , 373 . Campos Cataláun icos , 104. Epifânio (Santo), 148.
zantino , 362, 394.
Barbárie, 69 . Cânon 28 (Concílio de Calcedónia), 162 . Erik o Vermelho , 570.
Constantino VII, imperado r bizantino , 489 ,
Basílio I o Macedônio , imperado r bizantino , Canto da Providência , 88 . 502, 505, 530, 532 . Escolástica (Santa), irmã de São Bento , 277.
477, 489, 502 . Canto gregorian o , 313 . Eslavos, ver Vênedos e Rwsos.
Const~tin o IX Monôma co, imperado r bi-
Basrlio II ' ' chacinado r dos Búlgaros ' ' , 489, Capetos, suas origens, 604. zanuno , 520, 534 . Esmaragd o, abade de Saim-Mihiel, 430 ,
496 , 499 , 505, 533 . Cardeais, suas origens , 5 76 . Constantino , papa , 328, 384 . 440 .
Barilde (Santa), 306 (nota) . Carlos Magno , 396; sua personali dade, 398; Estado Pontifício , 394 , 404.
Const ªntino, patriarca de Constant inopla
Beda o Venerável , 241, 313 . seu cristianis mo, 400; vencedor dos Lom· 363 . ' Estêvão (Santo), rei da Hungria, 548 , 566
Belisário, general bizantino , 177 e segs ., bardos , 401; coroado imperado r, 406 ; Corvey' abadia alemã , 468 . e segs .
182 . suas guerras , 411 ; os Lugares Santos, 417; c· Estêvão II, papa , 247 , 394 , 395,401.
26 C~sroes I, rei persa, 182 .
Bento (São), 275 ; sua vida, 275 e segs.; a sua política religiosa, 419 ; ensino, 4 ; o_sr~es II, rei persa 320 3 74 Estêvão IV, papa , 441.
sua Regra, 279 ; a expansão beneditin a, renascença carolíngi a, 427 ; sua morte , Cnsuan 0 d ' ' ·
Estilicão , 65, 71, 73, 76 .
281. C. e Stavelot 469
433 ; sua lenda , 433 ; "São " Carlos Mag· flstandad . ' .
Estilitas (ascetas) , 137 .
e, senudo da palavra ideal da,
Bento (São) de Aniana, 423 , 467 . no(?) , 427 (nota) . C 4~l e segs . , 614 , Estrasburgo ouramentOS de): 445,467.
Bento VII, papa, 547, 553. Carlos Manel, 389 , 391, 392, 393. un1beno . · Ethelbúrg ia, esposa de Aldumo, 205, 215 .
449 ' c· , re, lombard a 385
Bérenger de Friul, imperado r, 4 84 , 608 _ Carlos o Calvo, imperado r , 443, 445 , upula (concT d • . Eudes, conde, antepassado dos capetos , 454,
110
Berengário, "rei da Itália", 54 5 _ Cuthben (S a, ou quinisex to), 353 .
458, 463, 475, 480 . 604.
Berengário de Tours, teólogo , 576 _ 8 Dagob ão), 241.
Carlos o Gordo, imperado r, 454, 4 1. ena .f Eudóxia, esposa de Teodósio II, 157 .
Bernão (São) , fundador de Cluny, 591. Cartago tomada pelos Árabes, 348 . D,... ' rc, ranco , 261 , 387 , 389 . 92
-"asceno (S Euquério (bispo de Lyon), SO, ·
638 Bernardo , vice-rei de Itália , 44 2 _ David (Sã ) ão João), vcr]oào, 370. 117 • 210 ·
639
Casimiro I, rei da Polônia, 568. o , 218. Eurico, rei visigodo, 114 •
A lCREJA DOS TEMP .
OS BAl( B
AR o~ . ver f,ntJgefli .
Knut o G rande, re i da J 1
dinávia , 569 ' 607. ng ate rra e da Escan-
G regório Mag no (São) , noela5ta5 ,I da.se querelas d as , 36 1, 492 .
Eusébio de Doriléia, t H . 15 7. t 58 . l 0 cu t0 . ·
e segs. , 266 3 11 3, lp3apa, 25 7, 205 22 imagens, aoo-GerrnânJCO , sua.s o rigens , Lactânc io , 85.
Eu tiques. roonofisita, l 57. , · ' ' , 380 ' 9
Gregono ll {São), papa 24 · bio RorTl Landulfo (São) , 599_
Exupério (Santo), 90. 384. ' 5,2 50 , 362,366 JroP
609 · . a de Constantinopla , 464 , úzu1 perennú , oração pe ,
Fatimidas, dinastia árabe da África , 501.
, . patnarc Leandro (São), arcebisporetuseª · ·11h36, 284 .
Fausto de Milevo. maniqueu , 17. Greg~r!o III (São), papa, 246 38 , 1..e- M
Félix III (São) , papa, 115 . 125 , 162 . Greg~r'.o IV, papa , 443, 444 ,44 4, 39 1. 'ºª''º'
511- conversão da , 237 .
ao agno (São), papa 106
v1 a 211
, .
7 158 , 161 , 254. ' e ~ gs. ; l l5 ,
Filibeno, suas relíquias , 452 . Gregono V, papa , 54 7 . ' · Inglitcrra, osa de Hermenegildo, 215 .
Gregório de Tours ' bisp h º onda, esp 160 Leão III (São), papa, 404 , 407 425
Filioq11e, questãodo , 424, 515,51 7.524. .
º • 1stonad Ing • . (Santo), papa , 109, .
194 (nota), 206 , 207 ( Inocenc10 1 . 363 . Leão IV, papa. 448. 461 , 474 _, 477.·
) or, 189, . pcratriz bizanuna,
Filipe I. rei capeto, 597. 311. nota ' 257 , 262 , frene, iro...,cno impera d or b 1zanuno
. · , 52 1 . Leão IX , papa , 51 8, 602 .
Flaviano, patriarca de Constantinopla, 139 ,
Grego (fogo) , 343 . e
Isaac º"' ' Leão I o Trácio , imperador b1zanuno 111
158 . Isenção , 247 , 575 . 142 , 143 , 177 .
Guilherme o Piedoso du d .d (Santo) de Sevilha, 213 , 312 , 380. '
Focas, imperador bizantino, 319 , 346. 560, 591. ' que ª Aquitânia, fsi oro Leão III o Isáurico , imperador bizantino
Fócio, 366, 464, 482, 495 , 497 , 488 , 509 Isidorus tdercator, 460 .
Guiscard (Roberto) chefe n 344 , 356, 361 , 384 . '
e segs ., 524. 539 . d
' orman o, 534 , Islão, 329 e segs. . , . LeovigiJdo , rei visigodo, 211.
Formow, bispo de Porto e depois papa, 485 . Jacobitas, monofis1tas da Sma, 159, 185 ,
H~n-aJ-Raschid , 410,417,418 , 473 Léger (São), arcebispo de Aurun , 305 , 388 ,
FouJques Nerra , conde de Anjou, 552, 56 2. 328.
Hegua, era muçulmana, 322. . Jerónimo (São), relações com Santo Agosti- 389.
Francos, 63 , 65 , 68 , 71, 97 (nota), 119, 193 .
Henótico, 162, 191. Leôncio, bispo de Bordeaux , 314.
Fredegário, crônica chamada de, 312 _ nho, 58.
Henrique I o Passarinheiro imperador g Lérins , mosteiro provençal . 93 , 21 6.
Frederico de Lorena, futuro Estêvão IX, 520 _ Jerusalém, tomada pelos Árabes, 339 .
mânico, 608. ' er- Lyon , primaz das Gáfü.s , 288.
Fulda, grande mosteiro alemão, 247 . Joana (lenda da papisa) , 541 (nota).
Henrique II (Santo), imperador germânico João I (São), papa e mánir, 126, 164 (nota} . _Lioba (Santa), 24 7, 284 .
Fulgêncio de Ruspe (São), 123 _
560, 563, 610 . ' João VIII, papa, 478 e segs . , 496, 501, 503, Liutprando , bispo e cronista , 546 .
Fulrado (São), abade de s. Dinis , 395 , 40 1.
Hen_ri~ue !II, imperador germânico, 518. Liutprando, rei lombardo . 385 .
Gala Placídia , imperatriz, 64 (nota), 77 513, 547, 567.
Heracho, unperador bizantino , 321 , 347, João X, papa, 542, 547 . Livros carolinos, 42 7.
103 , 110, 124 . '
351. Lobo (São), bispo, 90 , 191, 218 .
Gaza, os 60 mánires de, 338. João XIII, papa, 547 .
Hermenegildo (Santo), mártir espanhol, Lombardos , 65 , 225 e segs.; sua conversão .
Gelásio I (São) , papa, 115, 163, 164, 229. João XV, papa, iniciador da Trégua de
211, 215 , 352 . Deus, 585 . 226 , 385 , 392 .
Genoveva (Santa) , 91 , 214; salva Paris dos Hilário (Santo), bispo de Arles, 90 , 92 , 93, João CrisóScomo (São}, 109, 120, 143 e Lotaríngia, 446 .
hunos, 106 .
94, 111. segs., 254 (nota) . Lotário , imperador, 442. 44 5. -í48.
Genserico, rei vândalo, 9, 70, 73 , 97, 102 Lotário II, 448, 463 . 464. 4i 5. 478. 512 ,
Hilário (Santo), papa, 115 . Jo~o Damasceno (São}, 341, 370 , 499.
112 , 113, 122. '
Hilda (Santa), 284 . Joao de Fécam P, escntor . , . , 563 . 513 .
Jo- m1suco
Geoffroy Manel, conde de Anjou, 552.
Geraldo , conde de Toulouse, 560.
Hildebrando, futuro Gregório VII, 602 .
Hincmar, bispo de Reims, 423 , 425 (nota) ,
. :º Escoro Erígena, 469. Ludmila (Santa) , 567.
Luís o Germânico , 44 5. 475. 478. 479.
Jo:o Gualbeno (São) , 599.
Geraldo de Brogne ' 560. 440 , 447,449,457,46 4,465,468 , 476, Joao Gorze, 589. Luís o Piedoso ou o Bonacheirão, impe rad or
Gerberto , ver Silvestre II 453
481, 482 . João de Ravena, arcebispo 465 do Ocidente , 44 1, 442. 444 . 455. ·
Ger;;:.io (São) de Auxe~re , 91 , 106, 191 , Hipácia, 83 (nota), 91, 155 . Jonas bº ' .
Jouat' IS~o de Orléans , 434 , 440 . 466 , 560. 448
Hipona, 9, 12 (nota) , 14 ; S. Agostinho ,
. re, cnpta de 315 Luís II, rei da Icália e depois impe rad or, ·
Germano (São) de Paris , 273 . 461. 463 , 46 5. 474, 475, 476 e SCgs .,
bispo de, 29 . J ud1te, espo d , , . .
Germano (São) ' pamarca · de Constantino- Juliano sa e Luis o Piedoso 443 .
Honorato (Santo) , 93 . exa d , ' 501, 51 4.
p 1a, 362 , 370. Honória , princesa, 64 (nota), 102 . Justini;no rca a Mrica, 348, 349 .
Luxeuil (ver São Colt1mbano).
Germanos
bard. ' 63 ' 69·' ver godo1 , Jaxões , lom- Honório, imperador do Ocidente, 76, 77, Nik ' imperador, 164 e segs.; sedição
a, 169· o C'd. Madaura, 13 .
. OI , anglos , francos .
80, 82 , 97 . Sanca S r. ' 0 igo e o Digesto
, 171 ; 1
G . o ia, 173· as Maieul (São) , abade deOuny, 59 ~oA os-
G ildas (São) , 217 . Honório, papa, 326, 327 . Ju/: 11giosa, ,
6 1·
guerras, 17 ; a 1ga
odos, 67 68 ·' ve r tam bem
' 01trogodos e 229 183 Maniqueus , 15 ; comba21;s ra~i:anos.g
· · J ' Hormisdas (Santo) , papa , 164, 184 , · '.'.n1a.no II, . .
vmgoaos. . tinho , 34 : cfr. talllLJ<.
Hugo (Santo), abade de Cluny, 591. Justino · imperador bizantino 342.
Gondebaud o, rei• bo rgonhês 117 Jttino 'II, 1mperad ' Maomé, 330 e scgs . • 2
Hugo Capeto , 542 , 604 . 6 2 im e or do ?riente, 142, 163 . b. de Par!S 9 ·
G Ottschalk ' . Marcelo (S~o), 15Po do Orie~tc, 102 , 134 ..
. ' monge saxão 456 Humberto (Cardeal) , 520, 522, 60l. ~ · ahena, p rador bizantino , 227 , 319. 641
Gozltn b.15 0 d
, '.
'
P e Paris , 453 .
·
Húngaros, 483, 540; sua conversão, 5 ·
6
l<. hadid • 348 · Marciano , unpe rad or
640 Gregono, exarca da M ' rica,
. Ja, espo d !42, 143. 158, 162 ·
346. Hunos , 67 , 70, 71 , 99, 119 , 170- sa e Maomé, 332 .
A IGREJA DOS TEMPOS BÁRB
ARos E ANALÍTICO
fND IC
Maron (São), 329. Nithard , 467,471.
. II papa 232 , 386 . Rufino , chefe político , 70 , 73, _
Maronitas , 328 . Normandos, 436 , 450 e segs ., 4 . pelágio 76
79 483 • , 10 ch• e1,re cristão na Espanha , 354 , 570 . Rufino , historiador , 13 7. 36 7 .
Marózia, duas princesas italianas, 545 . . 534 , 539 , 612 . Pe 1ag _ ' tagianismo, 38 ; combatido por Rufino de Aquiléia, 87 .
Maninho (São) de Tours, suas relíquias, Notker , 468 . pdág10 e o pe .
Santo Agosunho , 39 . Russos , 377 , 494 ; a sua conversão , 497 .
452 . Odão, abade de Cluny , 5 75. 591 . . d ' Héristal , 389. 391.
Pepino Rutílio Numantino, 86 , 118 .
Maninho I, papa, 327, 384 . Odilão (Santo), abade de Cluny , 571 . . o o Breve , 387. 392 . Sabas (São), 134. 185 .
Maninho (São) de Braga , 209 . Odila (Santa), 306 (nota) . Pe~i_n itória sobre os muçulmanos, 391.
Maurício , imperador bizantino, 319 , 357 . p0mers, v Salviano , escritor cristão , 67. 79, 87, 88 , 98 ,
Odoacro, 114, 115 , 117 , 120, 190 . abade de Stavelot, 589 .
Mauro (São), discípulo de São Bento, 278 , Poppon , ., . 256. 257, 310 .
Olavo o Santo , rei da Noruegua, 439 , 569. 'd' · aluno e bwgrafo de Santo Agost1-
285. Poss1 10, Saint-Gall , abadia da Suíça, 468 .
Olga (Santa), princesa russa, 498 . nho , 30, 60 (nota} .
Máximo (São) o Confessor , 327 , 346, 356, São João de Poitiers (batistério), 315 .
Olíbrio , imperador, 113, 125 . Predestinacionismo, 425 (nota) .
369. São Lourenço de Grenoble , 315 .
Omar, 327, 339, 346. Pretextato (São), bispo ~e R~uen • 305 .
Medina, cidade de Maomé, 332 . Sármatas , 68 , 70.
Omíadas, dinastia árabe, 354, 501. Procópio, historiador b1zantmo , 75. 167 .
Melâcio (São), 272 . Sarracenos, 436. 463, 473. 478, 483. 501.
Opas, 349, 354 .
Melquitas , 328 , 336 , 341. 171. 539 .
Orânio (Santo), bispo de Auch, 86 . Próspero de Aquitân~a (S~o ), 218 , 311.
Meroveu, 193 . Saxões , 65 , 67.
Ordálios, 260. Psellos, historiador b1zanuno, 532 .
Metódio (São), missionário , 370 , 495 e Semipelagianismo , 40 (nota).
Orestes , pai de Rômulo Augústulo , 114 . Qujiderico, 193 .
segs . , 513 . Sérgio I, papa , 113 , 298 , 328.
Orígenes e o origenismo, 148. Quodvultdeus, bispo africano, 123.
Miguel III o Gago , imperador bizantino , Sérgio II . papa , 448. 463.
Orósio, escritor, 58, 79 , 88, 98 , 118, 120. Rábano Mauro, 445 , 456 , 468 .
489. 495, 510 , 513 . Sérgio IV , papa, 547.
Ostrogodos, 67, 70, 97, 114, 118, 178, 188. Radagaiso, 71, 77 , 129 .
Miguel IV, imperador bizantino, 521, 533 . Sérgio, patriarca de Constantinopla , 322,
Otão I, imperador germânico, 498,545 , 608 Radegunda, Santa , 266 .
Miguel Cerulário, patriarca de Constantino- 326, 338 , 368 .
e segs . Rathier, bispo de Liege, 576, 60 l.
pla , 517 e scgs . Severino (São) . missionário no Danúbio .
Moçárabe (igreja), 353 . Otão iI, imperador germânico , 547. Raul Glaber, cronista borgonhês , 550, 551,
Otão III, imperador germânico , '.>60, 568, 120 .
Monaquismo, 29 , 31 (nota), 93, 135 (nota), 554 (nota), 556, 55 7, 5 76.
Severino (São) , papa, 384 .
215,258,421 ,470 , 525 , 588. 610 . Ravena, capital imperial, 77, 78; de Teodo-
Othman, 337 . Siágrio, 114 , 194.
Mônica, mãe de Santo Agostinho, 13 ; visão rico, 125 ; centro religioso, 184.
Ouen (Santo), 247, 312 . Sidónio Apolinário (São) . 86 . 92. 11 4, 115 ,
de Óstia, 21. Recaredo, rei visigodo , 212 e segs., 352.
Paládio, cronista, 136. Reconquista da Espanha, 5 71 . 191, 310 .
Monofisismo , 156, 161, 373.
Papado , sua primazia e autoridade, 108, Sigismundo, rei burgúndio , 208, 260.
Monotelismo, 326, 346, 347 . Regime feudal, 78 , 438 e segs . , 484, 540 .
225, 290 , 372,382,456 ,460,465 , 515 · Reichenau, abadia alemã, 468 . Silvério (São), papa. 186 .
Morávia (Grande), 436, 494; sua conversão ,
518, 575, 602. Silvesue II (São), papa. 547 e segs .. 587.
495 . Remígio (São), arcebispo de Reims, 163, 189
Paróquias sentido da palavra, 267 • (nota), 194, 198 , 206 . Símaco , um dos últimos pagãos. 16 .
Moschus Ooão), 357 .
Mouros, 483, 539; ver também Samueno . Pascásio Radbeno (São) , 425 (nota) , 443 • Ricardo, abade de Saint-Vanne , 589. Símaco (São), papa. 163.
Muçulmano (sentido desta palavra), 334 . 456, 469 . Ricimer, 113 . Simeão , czar búlgaro , 490 .. 502.
Narsés, 132 , 179, 373 . Páscoa, festa da, 111 (nota). Robeno o Fone, antepassado dos capetos , Simeão Metafrasto, 532.
Nestório e o ncstorianismo, 15 3 e segs.; igre- Pataria, movimento popular, 599 - 452 , 604 . Simplício (São). papa. 115 , 16 2 .
jas nestorianas, 328 ; missões nestorianas, Patriarcados, 138, 324 . Rb · · Sinésio de Cirene , bispo . 91.
Ro e_n o o Piedoso , rei da França, 559 , 606 .
341, 373 . Patrício pai de Santo Agostinho, 13 · Rodngo, rei da Espanha, 349, 350. Sofia (Santa Sofia de Constantinopla) , 173.
Nicácio (São) , bispo , 90 , 191. Patrício: apóstolo da Irlanda, 94 , 109 · 218 " olando, 414 ; a sua lenda 434 Sofrônio. patriarca de Jerusalém . 339, 35 7,
Nice (concílio de), 585 . R 11 ' .
Paulicianos, hereges, 49 2 -_ o, Ro on , duque normando , 539 , 612 (nota) . 368.
Nicéforo Focas, general, depois imperador Paulino de Nota (São), bispo, 57 • 88 · 9 0
mano '=capene,
- •
impera d or b 1zanuno,
' • Suevos, 62 . 71.. a sua conversão , 209.
bizantino, 482, 489 , 502, 503, 508. 94, 125 , 310 . 502 . Tagaste , 13 .
Nicetas de Remesiana, 120 . Rornan . Tarik, chefe muçulmano , 348, 350.
Paulino de Pela, 99 . d 226, Ro o o Melód10, 35 7 .
Nicolau (São) 1, papa, 440,461 e scgs., 473, Paulo Diácono, historiador lombar 0 ' Rtualdo (São), 560, 598 . Teocracia , 380.
474,478,480, 482,496 , 497 , 509,511. 429. rnulo Augu·st u t·o, u• tumo. .
impera d or ro- r
od d rainha lombarda, 215. 235 .
Nilo (São), místico oriental, 135 . Paz de Deús , 584 . R mano, 114. TTe de m mª·ulher de Justiniano , 164 e segs.
eo ora,
Nilo (São), monge grego instalado na Itália, Pedro de Antioquia (São), 5 22 · oncesvaJes, 414.
642 601 .
(ver Justiniano ).
563 . Rothade b ' 643
Pedro Damião (São), 553, 587 , 600 • ' ispo de Soissons, 465 .
·-
Teodora, viuva do imperador Teófilo, 364 .
A IGREJ A DOS TEMPOS B ,
ARBARos
Teodora, duas princesas italianas, 545 . Valombrosa, 599 .
Teodoreto, historiador, 13 7 · Vândalos, 62, 67 , 71, 75, 86,
97 103
Teodorico, rei ostrogodo, 114, 124 e segs ., 117, 119, 176 . ' , li5,
l63, 164 (nota) , 190, 192, 196. Venâncio Fonunato, 297, 310 .
Teodoro de Mopsuéstia, 152, 186 . Venceslau (São), 567.
Teodoro (São) , missionário na Inglaterra, venedos, 67 .
241. Veneza, fundação de, 106 (nota) .
Teodoro Estudita (São), 136, 364 , 371, 372 Verdun, tratado de, 445.
(nota). Vicente de Lérins (São), 94 .
Teodósio, imperador, 134, 146; a sua mor-
Vigílio, papa, 186, 229, 386.
te, 63 , 76, 141.
Virgilius Maro Grarnmaticus, 312 .
Teodósio II o Calígrafo, imperador do
Vikings (ver normandos) .
Oriente, 102, 110, 111, 129, 134, 141,
171. Visigodos, 67 , 70 , 86 , 97, 99 , 117,119,120;
Teodulfo, bispo carolíngio, 425 . sua conversão, 210.
Teofilacto (família italiana), 54 5. Vladimir (São), 498 .
Teófilo, patriarca de Alexandria, 148. Waasta (São), eremita , 198, 206 .
Terrores do Ano Mil, 557. Wala, abade de Corbia, 442, 443., 458 .
Theótokos (Maria, Mãe de Deus) , 154, 156 . Walafredo Estrabão, 468 .
Thiou (São), 286 . Waldrada, concubina de Lotário Il, 458,
464. ESTE LIVRO ACABOU DE SE IMPRIMIR
Tibério Constantino, imperador bizantino,
A 30 DE SETEMBRO DE 1991 , NAS OFI-
319. Wamba , rei visigodo, 213, 351, 352, 393 .
CINAS GRÁFICAS DA EDITORA SAN-
Tipodafé, 327,369. Wolfred (São), missionário e mánir, 569.
TUÁRIO LIDA., À RUA PADRE CLA-
Toledo (concílios de), 212; primaz da Espa- Willibrod (São) , 244, 391. RO MONTEIRO, 342, EM APARECIDA,
nha, 288. Wehrgeld, 260. SÃO PAULO.
Tomasistas (cristãos de São Tomé), 375. Westminster (fundação de), 240 .
Tótila, rei ostrogodo, 179, 188, 279 (nota) . Wilfrid (São), 240.
Trégua de Deus, 584. Witikind (chefe saxão), 412, 436.
Turcos , 319, 535 . Zacarias (São), papa, 247, 384, 393, 406,
Tzimiscés Goão), imperador bizantino, 503. 575 .
Úlfilas, godo ariano, 119, 192 , 214 . Zenão, imperador bizantino , 114, 122, 142,
Urso (Santo), 126 . 190, 324 .
Valentiniano III, imperador do Ocidente, Zoé , imperatriz bizantina, 508 , 533 .
77, 103, 105, 107, 109, 112, 113, 193 . Zózimo, padre oriental, 135, 162 .
644