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Escola Básica e Secundária de MOGADOURO

Ficha de avaliação formativa de H I S T Ó R I A - 10º ano - 19-20

GRUPO I
Texto 1 Gravura 1

Recuperando da grande depressão do Carta Náutica portuguesa


século XIV, a Europa passou a viver Séc.XV
um novo dinamismo produtivo,
animado pelo comércio á escala
mundial. O dinamismo que se
verificava na economia estendeu-se a
outros campos, nomeadamente ao
cultural, desencadeando uma
verdadeira “revolução” nos saberes e
na mentalidade.

In Livro Didático

1. Refira, justificando a escolha, as três viagens de descoberta marítima que mais


tenham contribuído para o alargamento do conhecimento do Mundo nos sécs.
XV- XVI
As 3 viagens de descoberta marítima que mais contribuíram para o alargamento do
conhecimento do Mundo nos sécs. XV-XVI, foram: em 1498- descoberta da Índia, em
1500- Brasil e em 1512- descoberta da ilha de Timor, por António de Abreu.
Estas descoberta foram importantes para o alargamento do Mundo, pois derivou de uma
grande recuperação dos continentes, como por exemplo, a Europa passou a viver um
novo dinamismo, animado pelo comércio. Esse dinamismo também se estendeu para
outros campos, estimulando uma verdadeira revolução nos saberes e na mentalidade.

2. Integre o contributo português no desenvolvimento técnico-científico desta


época.
Os descobrimentos proporcionam a Portugal saberes técnico-científicos. As inovações
na náutica, na cartografia, a observação e descrição da natureza não só alteram a
conceção europeia do Mundo e a forma como os europeus faziam o comercio, como
também foram importantes contributos portugueses para o alargamento do
conhecimento do mundo e para o progresso da civilização renascentista.
· O contributo português para o alargamento do conhecimento do Mundo
DOC. 1 O testemunho de Duarte Pacheco Pereira (1505-1508)
A experiência nos faz viver sem engano dos abusos e fábulas que alguns dos antigos cosmógrafos
escreveram acerca da descrição da terra e do mar […].
Nunca os nossos antigos antecessores, nem outros, muito mais antigos, doutras estranhas gerações,
puderam crer que podia vir o tempo em que o nosso Ocidente fora do Oriente conhecido e da Índia pelo
5 modo como agora é. Porque os escritores que daquelas partes falaram escreveram delas tantas fábulas, por
onde a todos pareceu impossível que os indianos mares e terras [a partir] do nosso Ocidente se pudessem
navegar.
Ptolomeu [no século II] escreve, na pintura de suas antigas tábuas de cosmografia, o Mar Índico ser assim
como uma alagoa, apartado por muito espaço do nosso mar Oceano Ocidental1 [...]; e que entre os dois
10 mares ia uma ourela2 de terra por impedimento da qual [...], para aquele golfão Índico [...] nenhuma nau
podia passar.
Outros disseram que este caminho era de tamanha quantidade, que por sua lonjura se não podia navegar, e
que nele havia muitas sereias e outros grandes peixes e animais nocivos, pelo qual esta navegação se não
podia fazer [...] e que as partes da equinocial3 eram inabitáveis pela muito grande quentura do sol.
15 [...] O que tudo isto é falso.
Certamente temos muita razão de nos espantar de tão excelentes homens [...] caírem em tamanho erro [...]
e claramente se mostra ser falso o que escreveram, pois debaixo da mesma equinocial há tanta habitação
de gente quanta temos sabida e praticada.
E como quer que a experiência é madre das cousas, por ela soubemos radicalmente a verdade.
20 E a experiência nos tem ensinado, porque por muitos anos e tempos [...], em muitos lugares tomámos a
altura do sol e a sua declinação [...].
Muitos Antigos disseram que se alguma terra estivesse oriente-ocidente com outra terra, que ambas teriam
o grau do sol igualmente e tudo seria de uma qualidade. E quanto à igualeza do sol, é verdade.
Mas como quer que a majestade da grande natureza usa de grande variedade em sua ordem no criar e gerar
25 das cousas, achámos, por experiência, que os homens [...] da Guiné são assaz negros e as outras gentes
que jazem além do mar oceano, ao ocidente, que tem o grau do sol por igual [...] são pardos quase brancos
[...].
E agora é para saber se todos são da geração de Adão.
Duarte Pacheco Pereira, 1505-1508 – Esmeraldo de Situ Orbis, edição da Academia Portuguesa de História, Lisboa, 1988
1 Oceano Atlântico.
2 Faixa.
3.Equador.

3.Indique, a partir do texto, três domínios do conhecimento que os Portugueses


ampliaram com as suas navegações.
Os 3 domínios do conhecimento que os portugueses ampliaram as suas navegações foram,
construção de mapas, orientação através do astrolábio e tábua quadrienal de dedinação solar.
4. Explicite, com base no texto, três “verdades” dos sábios antigos que os Portugueses
desmistificaram.
Verdades dos sábios antigos e que os portugueses corrigiram: … o oceano Índico n é uma lagoa
como se pensava, mas sim um mar aberto; que para chegar á Índia havia tantos perigos, sereias,
monstros; ...que tornavam a viagem impossível...; qual a quantidade de luz solar que haveria em
sítios longínquos…
Estas verdades foram bem corrigidas pelos nossos marinheiros português, pois os sábios antigos
pensavam que as navegações era muito fáceis, mas não são bem assim elas são cheias de
obstáculos e grandes desafios que se tem de enfrentar.
5.Associe os excertos do texto (coluna A) aos conceitos apresentados (coluna B).

Coluna A Coluna B

a) “A experiência nos faz viver sem engano dos abusos e 1. Mentalidade quantitativa
fábulas que alguns dos antigos cosmógrafos escreveram 2. Navegação astronómica.
(...).” (linhas 1-2)
3. Revolução coperniciana.
b) “Ptolomeu escreve, na pintura de suas antigas tábuas de
cosmografia, o Mar Índico ser assim como uma alagoa, (...); 4. Racismo.
e que entre os dois mares ia uma ourela de terra por
5. Experiencialismo.
impedimento da qual (...), para aquele golfão Índico (...)
nenhuma nau podia passar.” (linhas 8-11) 6. Providencialismo.
c) “(…) por muitos anos e tempos (...), em muitos lugares 7. Cartografia (em vigor até finais do século
tomámos a altura do sol e a sua declinação.” (linhas 20--21) XV).
d) “ (…) achámos, por experiência, que os homens (...) da
Guiné são assaz negros e as outras gentes que jazem além
do mar oceano, ao ocidente, que tem o grau do sol por igual
(...) são pardos quase brancos (...).
E agora é para saber se todos são da geração de Adão.”
(linhas 25-28)
a)7- b)5- c)2- d)4

6. Os progressos no conhecimento do Mundo, fruto da observação e experiência dos séculos


XV-XVI, transformaram-se em ciência quando:
a) se verificaram progressos matemáticos na álgebra e na geometria;

b) se demonstraram matemática e experimentalmente as hipóteses levantadas por


observações e experiências prévias;
c) Copérnico defendeu a teoria heliocêntrica;
d) Vesálio praticou a dissecação dos cadáveres.

GRUPO II
Texto 2 – Nicolau Nicoli
Nicolau era um dos quatro filhos de um rico mercador (…). Senhor duma bela fortuna, estudou
as letras latinas, em que se tornou rapidamente instruído (…) Tinha uma bela biblioteca e procurava todos
os livros raros, sem olhar ao seu preço(…)Nicolau encorajava sempre os estudantes bem dotados a
prosseguirem os seus estudos e ajudava generosamente todos aqueles que mostravam qualidades(…)
Pode dizer-se que ele fez reviver as letras gregas e latinas em Florença(…). Nicolau protegia os pintores,
os escultores, os arquitectos, bem como os homens de letras, e tinha um profundo conhecimento das suas
técnicas.
V. da Bistici, Vida dos homens Ilustres

7. Descreva o novo ideal de vida do Homem Renascentista, explicando a emergência


dos novos valores na mentalidade burguesa da época.
O novo ideal de vida do Homem Renascentista, tem muito haver com a educação que foi
baseada na antiga Grécia, ou seja, os jovens deviam praticar desporto, e ter interesses variados,
como por exemplo, também interessarem-se por línguas, artes, pela natureza e isso levava-os em
termos culturais a serem muito diversos.
A burguesia é uma classe que pratica o comercio, e atividades industriais. Valorizavam muito o
trabalho e isso caracteriza-os como tendo uma mentalidade diferente da dos nobres.
Neste caso, os nobres tinham terras, criados e acabavam por não fazerem nada, mas os
burgueses não, eles acabavam por gabar o seu trabalhador, fazer prosperar os negócios,
multiplicavam a herança, portanto, a valorização da honestidade e da multiplicação da riqueza,
era muito importante nessa época.
8. Integre o papel desempenhado pelos Reis portugueses dos sécs. XV e XVI na
forma como as novas elites cortesãs exerceram o mecenato e favoreceram a
produção cultural humanista.
O manuelino foi considerado um estilo artístico vincadamente português, é uma arte
heterogénea e manifesta-se na arquitetura e na decoração arquitetónica, onde nela se engloba o
naturalismo, o exotismo das colunas e colunelos torsos, a simbologia cristã, entre outros.
A estética clássica só se manifestou em Portugal desde o reinado de D. João III. Os austeros
espíritos do monarca levaram ao abandono da exuberância manuelina, substituída pela maior
simplicidade das linhas clássicas.
Considerando as manifestações do classicismo na arquitetura portuguesa, a simplificação das
nervuras das abóbadas de cruzaria, utilização da abobada de berço redondo, o aparecimento da
plante centrada, a multiplicação dos frontões, colunas, capiteis, entro mais.
No início do sec. XVI, verifica-se uma renovação da pintura portuguesa, onde não foi enlevado
os contactos culturais. Os famosos painéis de S. Vicente, que lhe são atribuídos, testemunham a
abertura da pintura á inovação pictórica do tempo.
A pintura portuguesa, no sec. XVI, sobressaiu com várias escolas ou oficinas. Evidenciando, em
Coimbra, a oficina do Mestre do Sardoal, com uma pintura forte em sentido decorativo; em
Lisboa, as oficinas do Mestre da Lourinhã, que fez da paisagem em um elemento essencial para
a composição pictórica, de Jorge Afonso, fez um obra inspirada no renascimento italiano; em
Évora, a oficina de Francisco Henriques, fortemente ligado á estética flamenga e em suma; em
Viseu, a oficina de Vasco Fernandes, revela uma trajetória curiosa.

· Os caminhos abertos pelos humanistas no Renascimento

2. Nicolau Nicoli (1364 – 1437), humanista e mecenas florentino


Nicolau era de boas famílias; era um dos quatro filhos de um rico mercador [...]. Senhor de uma
bela fortuna, estudou as letras latinas, em que se tornou rapidamente muito instruído [...],
trabalhou muito o latim e o grego [...]. Nicolau era conhecido no mundo inteiro [... ]. Tinha um
grande conhecimento de todas as partes do mundo [...]. A sua casa estava sempre cheia de
5 homens distintos e de jovens notáveis da cidade. Quanto aos estrangeiros que vinham nessa
época a Florença, todos pensavam que se não visitassem Nicolau ficariam sem conhecer Florença
[...].
Tinha uma bela biblioteca e procurava todos os livros raros, sem olhar ao seu preço [...]. Possuía
em sua casa grande número de medalhas de bronze, de prata e de ouro, assim como figurinhas
10 antigas de cobre e bustos de mármore [...].
Nicolau encorajava sempre os estudantes bem-dotados a prosseguirem na carreira literária e
ajudava generosamente todos aqueles que mostravam qualidades, fornecendo-lhes professores e
livros, pois nessa época não eram tão numerosos como hoje. Pode dizer-se que ele fez reviver as
letras gregas e latinas em Florença [...]. Nicolau protegia os pintores, os escultores, os arquitetos,
bem como os homens de letras, e tinha um profundo conhecimento das suas técnicas.
Vespasiano da Bistici (humanista e bibliotecário florentino do século XV), Vida dos Homens Ilustres, publicada em 1892-93

9. Esclareça o conceito de antropocentrismo, com base no texto2.


O antropocentrismo é uma conceção na qual o homem está no centro do Universo, sendo uma
espécie de microcosmo, onde se estabelece o material orgânico e celestial. O homem define-se
pelo seu poder indefinido de exploração e de modificação.
10. Identifique, no Doc. 2, três aspectos que faziam de Nicolau Nicoli um humanista.
Os aspetos que faziam de Nicolau um humanista proteger os pintores, os escultores e os
arquitetos; ter um profundo conhecimento das suas técnicas e fez reviver as letras gregas e as
latinas na Florença, desta forma era um homem bom, responsável e inclinado para a perfeição
11. Indique dois exemplos de mecenato praticado por Nicolau Nicoli (Doc. 2).
Os 2 exemplos de mecenato que foi praticado por Nicolau, foram os seguintes: pagamento das
bolsas de estudo aos jovens e proteção de artistas, como os pintores, escultores e arquitetos.
DOC. 3 Oficina tipográfica parisiense, c. 1530

12. Refira o nome do inventor da imprensa.


Quem inventou a imprensa foi o alemão Johann
Gutenberg, no século XV.
13.As oficinas tipográficas (Doc. 3) contribuíram para a
expansão da cultura renascentista devido a:
a) utilizarem o papel em lugar do pergaminho;
b) utilizarem a prensa de impressão;
c) multiplicarem, a preços acessíveis, as tiragens manuscritas
das obras literárias e científicas greco-latinas;
d) multiplicarem as tiragens impressas das obras literárias e
científicas greco-latinas bem como dos textos bíblicos.

Grupo III · Os novos caminhos da arte


DOC. 1 Leonardo da Vinci, A Anunciação, óleo e têmpera sobre madeira, c. 1473-1475

DOC. 2 Leon B. Alberti, Igreja de São Francisco DOC. 3 Igreja de São Quintino (porta
(fachada principal), Rimini, c. 1450 principal), Sobral de Monte Agraço,
1530

14. Na pintura de Leonardo da Vinci (Doc. 1), as linhas que de A, B e C convergem


para D ilustram:
a) a influência do classicismo;

b) a perspetiva aérea;
c) a perspetiva linear;
d) a simetria da composição.
15. Identifique, na referida obra (Doc. 1), três características da pintura
renascentista.
As características da pintura renascentista presentes na obra do Doc. 1 são; a pintura a óleo, a
geometrização, proporção, volume das figuras, a perspetiva do ponto de fuga.

16. Compare a decoração arquitetónica da fachada da Igreja de São Francisco


(Doc.2) com a da porta principal da Igreja de São Quintino (Doc. 3) em dois
aspetos opostos.
A igreja de São Quintino, é uma igreja manuelina, tem uma decoração gótica com cordas,
esfera armilar. A igreja de São Francisco, já é uma igreja renascentista, muito mais austera,
com linhas mais simples esta representada com colunas e arcos, mas apenas decorativo e
reparasse que é uma igreja menos relíquia em decoração.
Desta forma, de acordo com estas características de cada igreja, deparamos que enquanto a
manuelina é um gótico tardio e fruto de uma época de alguma riqueza, a outra já não, é uma
igreja renascentista, mais horizontal e menos exuberância.

Boas Férias!!!!

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