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Neste Ebook, você poderá conferir toda a legislação e documentos que embasam a Política de Educação

Inclusiva no Brasil: segue os dispositivos, por ordem cronológica.

PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

EDUCAÇÃO BÁSICA >> EDUCAÇÃO ESPECIAL >> DEFICIÊNCIA


VISUAL

Deficiência visual caracteriza-se pela limitação ou perda da funções básicas do olho e do


sistema visual. O deficiente visual pode ser a pessoa cega ou com baixa visão. O principal
objetivo da área da deficiência visual, na SEED, é garantir a permanência do aluno cego ou
com baixa visão à educação básica com os apoios e recursos necessários para que tenha acesso
ao currículo, com igualdade aos demais alunos.

 Cego:
A cegueira pressupõe a falta de percepção visual devido a fatores fisiológicos ou neurológicos.
A cegueira total ou simplesmente amaurose, caracteriza-se pela completa perda de visão sem
percepção visual de luz e forma. A cegueira pode ser congênita ou adquirida.

As pessoas cegas necessitam do sistema de escrita e leitura em relevo denominada Sistema


Braille. Tecnologias assistivas representam um enorme avanço para pessoas com cegueira,
como os softwares leitores de tela e os livros digitais acessíveis MEC Daisy.

 Baixa Visão:
A acuidade visual das pessoas com baixa visão é muito variável; mas, em geral, baixa visão é
definida como uma condição na qual a visão da pessoa não pode ser totalmente corrigida por
óculos, interferindo em suas atividades diárias, assim como a leitura e a locomoção.

A baixa visão é o resultado de condições oftalmológicas como degeneração macular,


glaucoma, retinopatia diabética, ou catarata. Cada uma destas condições causam diferentes
tipos de efeitos na visão da pessoa, dificultando suas atividades pessoais. As pessoas com
baixa visão necessitam de auxílios ópticos como óculos, lentes corretivas, lupas simples e/ou
eletrônicas, e não ópticos que se caracterizam pelos textos com caracteres ampliados e uso de
tecnologias assistivas como softwares ampliadores e leitores de tela e os livros digitais
acessíveis MEC Daisy.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

INSTRUÇÃO N° 020/2010 - SUED/SEED

Assunto: orientações para organização e


funcionamento do Atendimento Educacional
Especializado na Área da Deficiência Visual.

A Superintendente da Educação, no uso de suas atribuições e considerando os


preceitos legais que regem a Educação Especial; (Constituição Federal art. 205 e 208; Lei
9394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Parecer CNE/CEB n° 17/2001 - Diretrizes
nacionais para a Educação Especial na Educação Básica; Decreto nº 6253/2007 que dispõe
sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
profissionais da Educação; Decreto n° 13/2009 - Diretrizes Operacionais para o atendimento
educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial; Resolução nº
04/2009 que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado
na Educação Básica, modalidade Educação Especial – AEE; Parecer nº17/01 – CNE; e a
Deliberação 02/03 – CEE Normas para a Educação Especial, na modalidade da Educação
Básica para alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado
do Paraná; expede a seguinte

INSTRUÇÃO:

I) DA NATUREZA
1. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento
Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV é um Atendimento
Educacional Especializado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos
visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), que
funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes:
estadual, municipal e particular de ensino, no turno inverso da escolarização, não sendo
substitutivo às classes comuns, podendo, ser realizado também em instituições
comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de
Educação ou órgão equivalente.

II) DO ALUNADO
1. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento
Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV destina-se ao

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atendimento de pessoas cegas, de baixa visão ou outros acometimentos visuais


(ambliopia funcional, doenças progressivas e distúrbios de alta refração) que poderão
frequentar o Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual:
a) alunos cegos, de baixa visão, ou outros acometimentos visuais em faixa etária de
zero a cinco (5) anos, preferencialmente, matriculados na Educação Infantil:
b) alunos cegos, de baixa visão, ou outros acometimentos visuais, a partir de seis (06)
anos, regularmente matriculados na Educação Básica e ou outras modalidades;
c) pessoas com cegueira adquirida ou baixa visão que necessitam de atendimento
complementar e suplementar como Orientação e Mobilidade, Sistema Braille,
Atividades de Vida Autônoma e Social dentre outros, por tempo determinado.

III) DA FINALIDADE
1. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou Centro de Atendimento Educacional
Especializado na Área da Deficiência Visual, independente de seu funcionamento ser
em escola da rede pública, instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins
lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação, tem como principal finalidade
em turno contrário ao da escolarização, a garantia de oferta do AEE, a organização,
disponibilização de recursos, serviços pedagógicos e de acesso para o atendimento às
necessidades educacionais específicas, do aluno com deficiência visual, desde a
educação infantil, conforme prevê a legislação.
2. A oferta de orientações do professor itinerante, às escolas do ensino regular em turno
contrário à matricula dos alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais
matriculados nas diferentes etapas da Educação Básica, orientando no desenvolvimento
de atividades para a participação e acesso ao conhecimento formal e à aprendizagem.
3. A oferta do atendimento pedagógico especializado, de forma não substitutiva à
escolarização dos alunos com deficiência visual matriculados na Educação Básica do
município, independente da rede de sua matrícula (municipal e estadual), considerando
o direito do aluno.

IV) DO INGRESSO
1. Para frequentar as Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou Centro de
Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual, os alunos
deverão estar preferencialmente matriculados na Educação Básica.

2. Os pais e/ou responsáveis pelo aluno deverão apresentar na matrícula o diagnóstico


oftalmológico que comprove a deficiência visual.

3. Caberá ao professor especializado realizar, no momento do ingresso, avaliação


pedagógica para identificar conhecimentos apropriados em relação à Orientação e
Mobilidade, Sistema Braille, Metodologia do Soroban, necessidade de ampliação de

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textos, estimulação visual, dentre outros, de modo a desenvolver proposta pedagógica


que contemple a especificidade do aluno, bem como, deverá propor orientações para o
acesso ao currículo para o professor do ensino regular, e encaminhamentos
complementares, quando necessário.
4. O relatório de acompanhamento da aprendizagem constitui-se em documentação
escolar oficial do aluno e deverá ser atualizada, periodicamente (semestral), pelo
professor conforme indicado no Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento.

V) DA ORGANIZAÇÃO

1. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou o Centro de Atendimento Educacional


Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV é um Atendimento Educacional
Especializado - AEE que funciona nas escolas da rede pública, no turno inverso da
escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns.
2. A elaboração e execução do Plano de AEE são de competência dos professores que
atuam nestes serviços, em articulação com os demais professores do ensino regular.
3. O Projeto Político-Pedagógico da escola onde estão em funcionamento os apoios, deve
institucionalizar a oferta do AEE, prevendo sua organização.
4. A organização dos Centros de Atendimento Educacional Especializado na Área da
Deficiência Visual das Instituições privadas sem fins lucrativos conveniadas para o
AEE, deverão prever a oferta desse atendimento no Projeto Político-Pedagógico e
submetê-lo à aprovação da Secretaria de Estado da Educação
5. A carga horária mínima para funcionamento das Salas de Recursos Multifuncionais
Tipo II ou o CAEDV é de 20 horas semanais, nos turnos matutino, vespertino e/ou
noturno, a depender da necessidade dos alunos matriculados.
6. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou o CAEDV poderá atender, no
máximo, 10 (dez) alunos, de forma individual e/ou coletiva, no contraturno de sua
matrícula no ensino regular.
7. Nos casos em que haja problemas de transporte para o deslocamento diário do aluno, o
atendimento poderá ser realizado em período integral (4 horas diárias), desde que seja
ofertado em dias alternados.
8. O agrupamento dos alunos será realizado por meio de cronograma, contemplando os
seguintes critérios de organização:
a) momentos coletivos, envolvendo todos os alunos matriculados, para promover a
identificação com seus pares, convivência e a aprendizagem;
b) grupos formados pelo nível de conhecimento do Sistema Braille, Metodologia do
Soroban, independentemente, de sua série de matrícula no ensino regular,
oferecendo condições de aprendizagem e possibilidades metodológicas que
favoreçam o aproveitamento escolar;

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c) caso seja necessário, o professor poderá realizar atendimento ao aluno por meio do
serviço itinerante na sala de aula do ensino regular, oferecendo orientações ao
professor regente sobre recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo
aluno promovendo sua autonomia, participação e acesso ao currículo;
d) o cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor(a) da Salas de
Recursos Multifuncionais Tipo II ou do CAEDV, com participação da equipe
técnico pedagógica da escola, de modo a garantir o cumprimento de sua carga
horária semanal integral, assegurando hora/atividade, conforme Lei Complementar
103/2004;
e) garantir e fazer constar no cronograma um horário disponível para que o professor
especializado possa participar do Conselho de classe, bem como orientar o
professor de classe comum sobre os procedimentos didático-pedagógicos
necessários que oportunizem ao aluno acesso à aprendizagem.

VI) DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR


1. Para atuar nas Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou no Centro de Atendimento
Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV, o professor
deverá comprovar sua formação, conforme indicado na Deliberação Nº. 02/03 CEE:

“Art.33 A formação de professores para Educação Especial em nível superior dar-se-á:


I. em cursos de licenciatura em educação especial associados ou não à licenciatura para educação infantil
ou para os anos iniciais do ensino fundamental;
II. em cursos de pós graduação específico para educação especial;
III. em programas especiais de complementação pedagógica nos termos da legislação vigente.”

VII) DOS RECURSOS MATERIAIS


1. Espaço Físico: sala de aula com espaço, localização, salubridade, iluminação e
ventilação adequados, de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT 9050/1994).
2. Materiais pedagógicos: a mantenedora do Estabelecimento de Ensino deverá prever e
prover recursos materiais, técnicos e/ou tecnológicos específicos, que viabilizem o
acesso à comunicação, à informação e à educação dos alunos com deficiência visual.
3. Os materiais pedagógicos, cedidos pelo Departamento de Educação Especial e Inclusão
Educacional/SEED, farão parte do acervo dos CAEDVs, e deverão ser realocados em
caso de transferência de endereço do serviço.
4. Os recursos que compõem o Kit da Sala de Recursos Multifuncionais podem ser
disponibilizados para os alunos utilizarem na sala de aula nas atividades escolares, e
para realizarem seus estudos e tarefas em domicílio, mediante assinatura de termo de
responsabilidade. Esses equipamentos são de uso exclusivo do aluno e do professor do
atendimento educacional especializado, não podendo ser utilizados para outros fins.

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5. Quando for cessada a Sala de Recursos Multifuncionais ou não tiver mais os alunos
indicados no Censo Escolar/INEP, o diretor do estabelecimento de ensino deve
comunicar à equipe de educação especial do NRE jurisdicionado, a disponibilidade dos
equipamentos e esta tomará as medidas cabíveis.

VIII) DAS ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR


1. Figuram como responsabilidades do professor especializado no contraturno e no
Atendimento Educacional itinerante, as seguintes atribuições:
a) promover a triagem visual e encaminhamento oftalmológico quando necessário;
b) estabelecer a articulação com a equipe pedagógica das escolas para a realização da
Formação Continuada dos professores do ensino regular;
c) elaborar, executar e avaliar o Plano de AEE do aluno, contemplando: a identificação
das necessidades educacionais específicas dos alunos; a definição e organização das
estratégias metodológicas, serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade; o tipo
de atendimento conforme as necessidades educacionais específicas dos alunos; o
cronograma do atendimento e a carga horária, individual ou em pequenos grupos;
d) garantir e apoiar a alfabetização pelo Sistema Braille desenvolvendo práticas de
letramento;
e) produzir materiais didáticos e pedagógicos acessíveis, considerando as necessidades
educacionais específicas dos alunos e os desafios que este vivencia no ensino regular, a
partir dos objetivos e atividades propostas no currículo;
f) realizar reuniões periódicas com os professores da sala de aula comum, na qual o
aluno está matriculado, para orientações quanto: formas de comunicação/interação com
os alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais com utilização de
estratégias metodológicas alternativas, que viabilizem o acesso ao conhecimento;
g) desenvolver atividades do AEE, de acordo com as necessidades educacionais
específicas dos alunos, tais como: ensino da Informática acessível; ensino do Sistema
Braille; ensino do uso do Soroban; ensino das técnicas para a Orientação e Mobilidade;
Atividades de Vida Autônoma e Social;
h) oportunizar ao professor do ensino regular critérios de avaliação coerentes com o
aprendizado do Sistema Braille e metodologia do Soroban (aluno cego), como também
do aluno de baixa visão ou outros acometimentos visuais, na correção das provas
escritas, valorizando e reconhecendo as especificidades desse alunado.
i) realizar relatório descritivo do desenvolvimento integral do aluno e da apropriação do
conteúdo acadêmico, além de outros aspectos julgados relevantes.

IX) AUTORIZAÇÃO, RENOVAÇÃO E CESSAÇÃO


1. As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou o Centro de Atendimento Educacional
Especializado na Área da Deficiência Visual poderá funcionar em estabelecimentos de
ensino regular, (público, particular) que ofertam Educação Básica, ou Instituições

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conveniadas devidamente autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação, de acordo


com as exigências estabelecidas pela Superintendência de Desenvolvimento
Educacional/Coordenação de Estrutura e Funcionamento – SUDE/CEF/SEED.

2. Para a autorização, cessação e renovação das Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II


e/ou dos Centros de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência
Visual é necessário:
a) análise e parecer da equipe técnico pedagógica da Educação Especial dos NREs,
quanto à necessidade do atendimento;
b) análise de ingresso;
c) verificação do espaço físico adequado;
d) ter matricula preferencialmente na Educação Básica;
e) análise e parecer da equipe técnico pedagógica da Área da Deficiência Visual do
DEEIN;
f) autorização de acordo com a documentação exigida pela Coordenação de Estrutura e
Funcionamento da SEED.

X) DA PERMANÊNCIA E DESLIGAMENTO

1. A permanência do aluno nas Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou CAEDV, no


atendimento por contraturno e itinerância, estará condicionada à necessidade de apoio
ao processo de escolarização na Educação Básica, independentemente de sua faixa
etária.
2. Ao concluir o Ensino Médio, o desligamento do aluno far-se-á automaticamente.
3. Em caso de transferência e/ou desligamento das Salas de Recursos Multifuncionais
Tipo II ou nos CAEDVs, o Estabelecimento de Ensino deverá fornecer ao aluno
relatório descritivo que sintetize a especificidade do atendimento (cegueira/baixa visão
e outros acometimentos visuais), aspectos do desenvolvimento e aprendizagem em seu
percurso acadêmico, desde o ingresso nas Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II ou
no Centro de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual.

XI) Casos omissos serão resolvidos pelo DEEIN.

Curitiba, 08 de novembro de 2010.

Alayde Maria Pinto Digiovanni


Superintendente da Educação

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ANEXO I

AVALIAÇÃO DE INGRESSO

AVALIAÇÃO DO ALUNO DEFICIENTE VISUAL PARA O ATENDIMENTO


EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

IDENTIFICAÇÃO:
Núcleo:------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Município---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estabelecimento:-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Professora:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Avaliadora:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Data da Avaliação:---------------------------------------------------------------------------------------------------
Aluno:------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------
Data de Nascimento:----------------------------------Idade-------------------------------------------------------
Filiação:------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Síntese Clínica:-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Médico Oftalmologista-----------------------------------------------------Data-------/--------/------------------
Laudo:--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Indicação: ( )óculos ( )lupa ( )telelupa ( )outros:-------------------------------------
Recomendações:-----------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dados Complementares
Época que se instalou a deficiência visual:--------------------------------------------------------------------
( )Nunca foi atendido educacionalmente ( )Recebe atendimento educacional desde:---/---/----

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Descrição da condição visual: (apresenta lacrimejamento, nistagmo,esforço na fixação visual,


fotofobia, estrabismo, etc.)

Acuidade visual:

Perto Longe

S/C OD OE AO OD OE AO
C/C OD OE AO OD OE AO

DESCRIÇÃO DO DESEMPENHO VISUAL

Fixa objetos: ( ) pequeno ( ) médio ( ) grande


(observar a relação visual entre a distância e tamanho de objetos: pequenos e médios a 1,5m
e grandes a 3m).

Posicionamento de olhos e cabeça: ( ) central ( ) periférica


(observar o posicionamento de cabeça, pois o mesmo pode se constituir em indicador de
baixa visão).

Acompanha objetos em movimento: ( ) sim ( ) não


(testar a mobilidade ocular através de objetos em movimento).

Distingue gravuras com fundo de contraste: ( ) sim ( ) não


(testar a discriminação visual de gravuras com variações de contraste).

Identificação de cores e/ou objetos: ( ) sim ( ) não


(constatar se a pessoa apresenta percepção para identificar cores e objetos).

Emparelha e/ou encaixa objetos e figuras; ( ) sim ( ) não

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(observar se a pessoa realiza atividades de emparelhamento utilizando cor, forma e tamanho)

Coordenação viso motora: ( ) sim ( ) não


(ver se a pessoa estabelece a relação olho mão/objeto)

Percepção de detalhes em figuras: ( ) sim ( ) não


Discriminação de figuras abstratas e símbolos: ( ) sim ( ) não
(verificar o desenvolvimento da percepção visual no que tange à discriminação, identificação
e percepção de figuras abstratas e símbolos).
Obs.:

DESENVOLVIMENTO TÁTIL: (para pessoas cegas)


Conhecimento da qualidade tátil:(textura, densidade, peso, estado físico, formas,
tamanhos, contornos, linhas).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Reconhecimento da estrutura e relação das partes com o todo: (jogos de encaixes,


quebra cabeças).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Compreensão da representação gráfica: (utilização da estrutura da cela Braille)

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Utilização de simbologia: (escrita e leitura Braille)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PRESSUPOSTOS DO MOVIMENTO:
Esquema corporal------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Equilíbrio: (estático e dinâmico)------------------------------------------------------------------------


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Lateralização:------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Coordenação: (ampla e fina)----------------------------------------------------------------------------


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estruturação espaço temporal:-------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Percepção auditiva:----------------------------------------------------------------------------------------

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Orientação & Mobilidade--------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Observações:-----------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Desempenho Acadêmico: (dados obtidos com os professores do ensino comum)

Escola:--------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Responsabilidade nas tarefas:------------------------------------------------------------------------

Interação em sala de aula (com os colegas):------------------------------------------------------

Interação (com os professores):------------------------------------------------------------------------

Participação nas atividades:----------------------------------------------------------------------------

Observações complementares:------------------------------------------------------------------------

Encaminhamentos:----------------------------------------------------------------------------------------

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INSTRUÇÃO N. 013/2011 – SEED/SUED

Assunto: orientações para organização e


funcionamento dos Centros de Apoio
Pedagógico para Atendimento às
Pessoas com Deficiência Visual – CAPs

1. DA NATUREZA
Os Centros de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual
do Paraná encontram-se estrategicamente sediados nos municípios de Cascavel,
Curitiba, Francisco Beltrão, Londrina e Maringá, criados pela Resolução n. 2473/2001,
são órgãos mantidos e subordinados a SEED/DEEIN-PR.

2. DA FINALIDADE DOS CAPs


2.1. Contribuir na oferta de suportes teóricos e práticos aos profissionais que atuam no
processo educacional das pessoas com deficiência visual e surdocegueira, visando
seu processo acadêmico na educação inclusiva por meio de formação continuada
de professores, profissionais e outros que atuam com as pessoas com essas
deficiências e ainda os que atendem a esses alunos no processo de inclusão,
visando a melhoria e ampliação dos serviços e programas de atendimentos
especializados bem como na Educação Básica, produção de materiais, atividades
de convivência, acesso às novas tecnologias, trabalho com Atividade de Vida
Autônoma - AVA e Orientação e Mobilidade – OM e atendimento às pessoas com
deficiência que estão fora do processo acadêmico (educação básica) no que se
refere a reabilitação e estimulação essencial.

2.2. Os CAPs são instituições públicas vinculadas diretamente à SEED-PR, por meio do
Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional - DEEIN, o qual deve
acompanhar, apoiar e avaliar o seu funcionamento.

2.3. Para dar conta de sua finalidade, os CAPs deverão atuar em colaboração com
NREs, Secretarias Municipais de Educação, Serviços de Apoio – Salas de
Recurso Multifuncional Tipo II e Centros de Atendimento Especializado na Área da
Deficiência Visual, Surdocegueira e/ou outros órgãos.

2.4. A SEED/DEEIN determinará a área de atuação dos CAPs estabelecendo quais


NREs estarão sob sua jurisdição.

2.5. Quando houver mudança na área de abrangência dos CAPs, a mesma deverá ser
informada às chefias dos NREs jurisdicionados, por meio de circular emitida pelo
DEEIN.

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3. DA ORGANIZAÇÃO
3.1 Os Serviços de Apoio Especializado ofertados pelos CAPs estão organizados em 4
(quatro) núcleos:
a) Núcleo de Apoio Didático Pedagógico: compreende os serviços de formação,
atualização e aperfeiçoamento para profissionais da educação que atuam
diretamente com os alunos com deficiência visual e surdocegueira, da Educação
Básica no processo de inclusão e orientações pedagógicas para a comunidade em
geral.

b) Núcleo de Produção: envolve um conjunto de ações que visa a produção de


materiais adaptados para atender às necessidades educacionais das pessoas com
deficiência visual e surdocegueira: livros em Braille, livro digital acessível, dentre
outros. Essa produção compreende: adaptação, digitação, revisão, impressão,
encadernação e distribuição.

c) Núcleo de Tecnologia: conjunto de conhecimentos e equipamentos técnico-


científicos que visam contribuir para o acesso aos recursos tecnológicos com
objetivo de promover a inclusão social das pessoas com deficiência visual e
surdocegueira.

d) Núcleo de Convivência: consiste em ações que favoreçam a convivência, a troca


de experiências, por intermédio de atividades culturais, recreativas, desportivas,
envolvendo pessoas com e sem deficiência. Tais ações visam:
 a inclusão social, o acesso à informação em diversos espaços;
 incentivo à participação em eventos que oportunizem a pessoa com
deficiência visual e surdocegueira compreender e se posicionar diante do
mundo enquanto sujeitos;
As ações desse Núcleo sempre que possível devem ser desenvolvidas em
colaboração com as entidades de e para pessoas com deficiência.

3.2. As atividades dos CAPs podem ser desenvolvidas nos períodos matutino,
vespertino e noturno.

3.3. Os CAPs contarão com uma demanda que prevê professores e agentes
educacionais I e II.

4. DOS RECURSOS
Para o desenvolvimento de suas atividades, os CAPs contarão com recursos humanos,
físicos e verbas de custeio, disponibilizados pela SEED/DEEIN-PR.
4.1 Os recursos humanos compreendem os seguintes profissionais:
a) Professor especializado com conhecimento na educação das pessoas com
deficiência visual e surdocegueira, com habilidades mínimas em Sistema Braille,
informática e tecnologias assistivas. São atribuições deste professor:
 trabalhar no planejamento e execução da formação em ação;
 adaptar e produzir materiais didático-pedagógicos;
 organizar e participar de ações relativas ao Núcleo de Convivência;

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 atuar com as diversas tecnologias assistivas existentes.


Para sua permanência, o professor terá um prazo de até seis meses a partir de
seu ingresso, para adquirir as habilidades específicas citadas acima;

b) Professor revisor: profissional cego que domine a leitura e escrita do Sistema


Braille bem como manuseio dos livros digitais acessíveis, com as atribuições de
revisar materiais em Braille e no formato digital acessível.
Não havendo esse professor, essa função poderá ser exercida por Agente
Educacional II que domine as habilidades estabelecidas acima;

c) Agente Educacional II com conhecimento de informática e que atenda às


necessidades da função que irá exercer nos CAPs, com as seguintes atribuições:
 desenvolver tarefas pertinentes ao trabalho administrativo e de produção;
 administrar o acervo e a manutenção do banco de dados;
 participar de eventos de capacitação;

d) Agente Educacional I que atenda às necessidades da função que irá exercer nos
CAPs.

4.2 Os recursos físicos necessários ao desenvolvimento das atividades dos CAPs


envolvem:
a) espaço físico para o seu funcionamento, em prédio público ou mantido pelo poder
público, acessível e que garanta desenvolvimento de todas as suas atividades;

b) mobiliários necessários, segundo normas da ABNT, para o bom desempenho das


atividades a serem desenvolvidas.

c) equipamentos como: computadores, impressoras Braille e multifuncionais (tinta,


tonner), scanners, guilhotina, perfurador, encadernadora, lupas eletrônicas,
máquinas Braille, regletes, sorobans, bengalas, linha Braille, dentre outros.
A manutenção preventiva e consertos desses equipamentos devem ser realizados
pela SEED.
Os recursos para os CAPs serão disponibilizados pela SEED/DEEIN-PR e deverão
ser utilizados para:
 aquisição e manutenção de equipamentos;
 compra de insumos, como papel, tinta para impressora, dentre outros;
 prover as despesas com deslocamento para fora do município onde se
encontram os CAPs, quando se tratar do desenvolvimento de atividades
voltadas para a sua finalidade.

5. DA FORMAÇÃO EM AÇÃO
5.1 Os profissionais que atuam nos CAPs poderão utilizar 80 horas de sua carga horária
de trabalho anual para a formação em ação. Esta dar-se-á da seguinte forma:
 mínimo de 40 horas ofertadas pela SEED/DEEIN;
 complementação em até 80 horas com cursos de livre escolha pertinentes ao
trabalho desenvolvido nos CAPs;

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 participação em eventos científicos que contribuam para a formação em ação dos


profissionais e aperfeiçoamento do trabalho dos CAPs que poderão ser custeados
pela SEED, após apreciação e autorização;
 grupos de estudos organizados pelos CAPs.

6. DA COORDENAÇÃO DOS CAPs


Os CAPs contam com Coordenações estadual e regionais.

6.1 Da Coordenação estadual


O coordenador estadual, indicado pela chefia do DEEIN, tem as seguintes atribuições:
 atuar no sentido de garantir a implementação das diretrizes emanadas pela SEED
zelando pela unidade teórica e prática dos CAPs;
 representar os CAPs junto às instâncias superiores;
 indicar, às instâncias superiores, as coordenações regionais dos CAPs;
 atuar junto às coordenações regionais dos CAPs para atender as demandas
existentes;
 articular políticas e parcerias junto a outros órgãos, públicos ou não, que
potencializem as atividades desenvolvidas pelos CAPs;
 organizar e viabilizar a formação em ação para os profissionais dos CAPs.

6.2 Das Coordenações regionais


Cada CAP regional terá uma coordenação indicada pelo coordenador estadual, com as
seguintes atribuições:
 atuar no sentido de garantir a implementação das diretrizes emanadas pela SEED,
em sua área de abrangência, zelando pela unidade teórica e prática;
 representar o CAP sempre que necessário;
 constituir em conjunto com a coordenação estadual a equipe do CAP;
 organizar e supervisionar as diversas atividades desenvolvidas no âmbito do CAP;
 zelar pelo patrimônio e bom uso dos materiais existentes no CAP;
 elaborar e enviar para o coordenador estadual relatórios, planilhas, frequência e
outros documentos quando solicitado e dentro do prazo estabelecido.

O Coordenador estadual e o regional não receberão gratificação para o exercício dessa


função.

Curitiba, 01 de novembro de 2011.

Meroujy Giacomassi Cavet


Superintendente da Educação

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