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|E L A B O R A Ç Ã O |
|R E V I S Ã O |
| V A L I D A Ç Ã O |
| F O R M A T A Ç Ã O |
| D A T A S |
HOSPITAL REGIONAL DO NORTE | RUA JOHN STANFORD, 1505 BAIRRO DR. JOSÉ EUCLIDES FERREIRA | SOBRAL-CE | CEP: 62030 340| CNPJ: 05.268.526 0007-66
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HIGIENIZAÇÃO Organização Social Mantida com Recursos Públicos
Provenientes de Seus Impostos e Contribuições Sociais.
| SUMÁRIO |
1 INTRODUÇÃO PÁG. 12
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7.3 LIMPEZA TERMINAL DE BANHEIROS (TETO, PAREDES EXTERNAS AO BOX E PORTA) PÁG. 31
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18 REFERÊNCIAS PÁG. 77
APÊNDICES PÁG. 78
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APRESENTAÇÃO
Este manual consiste do plano de limpeza e higienização hospitalar compreendendo as técnicas e orientações
subsidiadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e inseridas na interface do contexto do
Hospital Regional Norte (HRN).
O serviço de higienização hospitalar é algo inovador, que busca a excelência no trabalho através da
aplicabilidade das técnicas e produtos com a finalidade de limpeza, descontaminação e desinfecção das
superfícies.
Tem como objetivo oferecer uma abordagem sistematizada do processo de limpeza aplicado a toda área
hospitalar, com propósito de minimizar os riscos de infecção hospitalar, proporcionando assim maior
segurança e conforto aos pacientes, acompanhantes, funcionários e visitantes.
Este manual se propõe a fornecer subsídios para o melhor desempenho dos profissionais da higienização,
com repercussões diretas na interface com as atividades do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
(SCIH). Visa, também, conhecer melhor as técnicas mais adequadas de limpeza hospitalar, possibilitando a
oportunidade de aprimorar as informações e as ações a toda a equipe de higienização, oferecendo condições
para melhor utilização dos produtos, bem como monitoramento da limpeza, incidindo em melhoria da
qualidade do serviço de limpeza e higienização dessa instituição hospitalar.
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| 1. INTRODUÇÃO |
O Hospital Regional do Norte (HRN) tem como propósito prestar assistência de qualidade a nível secundário e
terciário aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da Região Norte do Estado do Ceará. Tem como missão
consolidar-se como uma referência em atendimento de saúde, servindo como parâmetro de excelência para
instituições públicas e privadas. Dessa forma, busca tornar-se uma instituição ágil, inovadora e focada no
resultado social, inclusive no âmbito de formação da área de saúde, priorizando como valores institucionais
a inovação, a ética, a qualidade, a justiça e a responsabilidade físcal e social.
Alguns estudos demonstram que um plano de limpeza, mesmo que simples, porém bem aplicado traz
uma série de benefícios aos pacientes e à instituição, tais como redução dos índices de infecção hospitalar,
dos custos e melhoria da qualidade assistencial dada aos pacientes. Além disso, uma boa antissepsia de
todas as áreas hospitalares reduz a morbimortalidade, particularmente dos pacientes com elevado risco de
aquisição de infecção hospitalar como aqueles internados em UTI, submetidos a procedimentos invasivos e
a tratamento antimicrobiano de amplo espectro por período prolongado e imunodeprimidos. Seu segundo
maior benefício é a proteção para os profissionais de saúde.
O ambiente em serviços de saúde tem sido foco de especial atenção para a minimização da disseminação
de microrganismos, pois podem atuar como fonte de patógenos potencialmente causadores de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), como os microrganismos multirresistentes. Destaca-se daí a
importância da higienização das superfícies em saúde, pois é sabido que quando essas superfícies encontram-
se limpas e desinfetadas conseguem reduzir em cerca de 99% o número de microrganismos, enquanto as
superfícies que foram apenas limpas, reduzem em 80% (BRASIL, 2012; RUTALA & WERBER , 2004).
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Para a realização de uma limpeza adequada devemos considerar os tipos de áreas a serem trabalhadas, de
acordo com o seu potencial para transmissão de infecção.
Considerando que o serviço de limpeza e desinfecção de superfícies apresenta relevante papel na prevenção
das IRAS e na segurança do ambiente hospitalar, este manual se propõe à adequação de boas práticas,
reduzindo riscos e promovendo saúde à coletividade, com o melhor uso e o aprimoramento dos processos de
higienização, de forma a racionalizar esforços, recursos e tempo, garantindo, assim, a segurança de pacientes
e profissionais.
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| 2.CARACTERISTICAS DO ESTABELECIMENTO |
RAZÃO SOCIAL
NOME FANTASIA
CNPJ
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NATUREZA DA INSTITUIÇÃO
ENDEREÇO
RUA JONH SANFORD, 1505 BAIRRO: DR. JOSÉ EUCLIDES FERREIRA GOMES
SOBRAL – CE CEP: 62.030-340
CONTATOS
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
24 HORAS
279
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1504
ÁREA CONSTRUÍDA
53.846,10M²
54.749,86M²
NÚMERO DE PAVIMENTOS
06
ALVARÁ SANITÁRIO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
CONSUMO INTERNO
12.600M³/MÊS
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LOCALIZAÇÃO
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Boas práticas em higiene hospitalar e técnicas corretas de limpeza fazem parte dos princípios de qualquer
instituição de saúde para se evitar contaminações e a disseminação de infecções, já que um hospital concentra
inúmeros microrganismos, bactérias e vírus nocivos à saúde dos pacientes e também dos trabalhadores.
Qualificar a equipe profissional que atua nas áreas aonde a higienização faz-se necessária em período integral
é um dos pilares para um atendimento de qualidade, proporcionando segurança, conforto e bem-estar ao
paciente e aos colaboradores da instituição.
A enfermagem é parte integrante desse processo e em muitas instituições ela é a responsável pelo setor de
Higienização e está à frente na tomada de decisão. A performance do enfermeiro de higienização hospitalar
frente a esse serviço é altamente positiva. Frequentemente os processos e tomadas de decisão dependem
de pareceres da enfermagem, gestores, epidemiologistas e outros profissionais que possam agregar valor ao
processo.
A enfermagem é uma categoria profissional que tem ampla atuação no domínio hospitalar, pois o
conhecimento técnico necessário para esse serviço é inerente a sua profissão, o que lhe confere solidez nos
processos de trabalho. A experiência do enfermeiro permite uma maior agilidade nos acordos, realização de
protocolos, parcerias e principalmente maior fluidez na comunicação multidisciplinar.
Para garantir um serviço de qualidade oferecendo segurança para o paciente e colaboradores, O HRN define
as estratégias para implementação do serviço de higienização hospitalar. Nesse contexto, a higienização
do ambiente hospitalar é planejada dentro de uma lógica de padronização das ações de continuidade do
serviço buscando-se as melhores práticas. Para o sucesso das ações de higienização hospitalar no HRN
foram estabelecidas ações de treinamento em parceria com o Centro de Estudos local e o SCIH seguindo as
seguintes estratégias:
TREINAMENTO PERODICIDADE
Admissional Imediatamente após contratação
Treinamento Periódico (em serviço) Trimestral
Treinamento in loco Mensal
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MÓDULOS:
Grupo A – Higienização e limpeza hospitalar: (competências e não competências do auxiliar de serviços
gerais /equipamento de proteção individual (EPI) e equipamento de proteção coletiva (EPC)/higienização das
mãos);
Grupo B – Medidas de Biossegurança e Precaução padrão e Tipos de Isolamento;
Grupo C – Manual de Higienização Hospitalar/Mapas de Produção Diária;
Grupo D – Procedimento Operacional Padrão (POP) de higienização.
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Desde os primórdios da história, associa-se sujeira à contaminação. Florence Nightingale, enfermeira britânica,
uma das precursoras mais influentes da enfermagem, já em 1854, durante a guerra da Crimeia, denunciava a
desastrosa estrutura e condições sanitárias dos hospitais para tratar os soldados feridos de guerra.
Tanto profissionais de saúde como pacientes são impactados quando um serviço apresenta sinais visíveis
de sujidade. A sujeira causa rejeição, repugnância e medo de infecções em ambos. Embora exista um modo
de ver particular de cada um, a manutenção de um ambiente limpo e organizado é uma necessidade e uma
exigência não só dos usuários e profissionais de saúde mas também dos órgãos fiscalizadores.
Embora existam fortes evidências científicas que sustentem o importante papel das superfícies do ambiente
para o controle das infecções, é difícil provar a relação entre hospital sujo e infecção hospitalar.
Além desses fatores, a inspeção visual do ambiente hospitalar não fornece uma avaliação qualitativa ou
quantitativa confiável do risco de infecção para os pacientes, visto que nem sempre os microrganismos
invisíveis presentes em superfícies estão associados à falta de limpeza.
Apesar de todos os contrapostos apresentados, é consenso que a limpeza ambiental faça parte de um
conjunto de medidas relacionadas ao controle de infecções.
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) continuam sendo uma das principais causas de morbidade
e mortalidade. Embora a principal fonte de patógenos hospitalares seja a flora endógena do paciente, cerca
de 20 a 40% das IRAS têm sido atribuídas às mãos de profissionais de saúde que se tornaram contaminadas
pelo contato direto com o paciente ou indiretamente por tocar em superfícies do ambiente contaminado
(TORRES E LISBOA, 2014).
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Difficile, Acinetobacter, Norovírus, entre outros microrganismos patogênicos que podem sobreviver em
superfícies do ambiente por horas, dias ou até mesmo meses, como no caso do
Clostridium (TORRES E LISBOA, 2014).
A transferência de patógenos de um paciente infectado ou colonizado pode dar-se através das mãos, luvas,
ar, água, equipamentos. Pode contaminar diretamente ou indiretamente superfícies em geral, profissionais
de saúde, outros pacientes, podendo até causar um surto de infecção.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) conceitua surto como a ocorrência de dois ou
mais casos de infecção relacionados entre si no tempo e/ou espaço. Um dado preocupante é que 40% dos
surtos têm solução espontânea e podem passar despercebidos. Quartos de pacientes podem estar sendo
contaminados pela utilização inadequada de luvas, por falta de higiene das mãos e também por falta de
limpeza e desinfecção adequadas (TORRES E LISBOA, 2014).
Diversos estudos têm demonstrado que menos de 50% das superfícies de um quarto de paciente têm limpeza
adequada, mesmo com a utilização de desinfetantes hospitalares. Além disso, outros estudos concluem que
pacientes internados em quartos onde o ocupante anterior foi colonizado ou infectado por um microrganismo
patogênico têm maior risco de ser colonizados ou infectados pelo mesmo microrganismo. Isso prova que a
contaminação das superfícies persistiu mesmo após uma limpeza terminal, ou seja, a limpeza e a desinfecção
não foram adequadas (TORRES E LISBOA, 2014).
É importante ressaltar que semelhantes deficiências na limpeza também foram constatadas em equipamentos
utilizados para a assistência à saúde.
Diante dessas constatações, o CDC e outras entidades normatizadoras americanas reconhecem a necessidade
do monitoramento sistemático das práticas de limpeza, seguido de feedback imediato, como forma de
garantir a adequação das práticas realizadas.
Entre os métodos disponíveis para o monitoramento temos a inspeção visual através de checklist, a contagem
do número de colônias de bactérias aeróbias, os marcadores fluorescentes e adenosina trifosfato (ATP), a
qual é medida por bioluminescência.
Eliminar a transferência de microrganismos de uma superfície para paciente, de superfície para profissional
de saúde e de superfície para outra superfície é uma tarefa complexa que exige várias intervenções, sendo
que a mais impactante é a limpeza adequada.
As superfícies do ambiente hospitalar devem ser limpas e desinfetadas. Tal ação promove a redução de
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cerca de 99% do número de microrganismos. Quando ocorre somente a limpeza da superfície, a redução dos
microrganismos passa a ser 80%. As superfícies não são as principais fontes de transmissões diretas de
infecção, mas contribuem grandemente para as contaminações cruzadas secundárias, sendo as mãos dos
profissionais de saúde o principal veículo desse tipo de transmissão (Rutala (2004) apud ANVISA, 2010).
Algumas atividades erroneamente praticadas no ambiente hospitalar contribuem para a transmissão das
infecções hospitalares, devendo, assim, ser evitadas. São elas:
• O uso de aspiradores de pó em todas as áreas do hospital - podem favorecer o levantamento de partículas,
devendo ser utilizados somente nas áreas administrativas;
• A varredura seca em áreas internas do ambiente hospitalar;
• Todas as superfícies hospitalares, tanto físicas (paredes, pisos, bancadas) quanto equipamentos e
mobiliários sujos e úmidos - Todos devem estar sempre limpas e secas;
• Presença de matéria orgânica - Toda matéria orgânica deve ser rapidamente removida e o local deve ser
limpo e desinfetado.
• Descumprimento das medidas de precaução. Todas as medidas de precaução devem ser adotadas por
todos os profissionais que prestam serviços de manutenção do ambiente hospitalar.
4.1.1 Limpeza
A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas nas superfícies inanimadas utilizando-se meios
mecânicos (fricção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes), em um determinado período de tempo.
4.1.2 Descontaminação
Tem a finalidade de eliminar total ou parcialmente a carga microbiana de superfícies, tornando-as aptas para
o manuseio seguro.
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4.1.3 Desinfecção
A desinfecção é um processo físico ou químico que elimina todos os microrganismos patogênicos de objetos
inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos. Sua finalidade é destruir os microrganismos
na forma vegetativa, existentes em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes desinfetantes.
DESINFECÇÃO DESCONTAMINAÇÃO
RETIRAR MATÉRIA
ORGÂNICA COM
PANO OU PAPEL
APÓS TEMPO DE
APLICAR DESINFETANTE AÇÃO, RETIRAR
E, APÓS TEMPO DE O PRODUTO/
AÇÃO, REMOVER RESÍDUO COM
DESINFETANTE DA PANO OU PAPEL
ÁREA
LIMPAR COM
ÁGUA E SABÃO
O RESTANTE DA
ÁREA
SECAR AS
SUPERFÍCIES
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As áreas hospitalares são classificadas conforme o risco de transmissão de infecções além de todas as medidas
básicas no controle de infecções hospitalares. Cada área hospitalar possui particularidades que facilitam as
estratégias de controle na transmissão de infecções, bem como a elaboração dos procedimentos de limpeza
e desinfecção dos ambientes.
São os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos
de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos.
São todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade
e doenças não infecciosas.
São todos os compartimentos não ocupados por pacientes e onde não se realizam procedimentos de risco.
(YAMAUSHI et al.; BRASIL,2002; apecih, 2004 apud ANVISA, 2012).
Atualmente, essa classificação é questionada pois o risco de infecção ao paciente está relacionado aos
procedimentos aos quais ele é submetido, independentemente da área em que ele se encontra.
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O HRN é um hospital terciário que faz atendimento nas áreas de clínica médica, cirúrgica, pediatria, obstetrícia,
e urgência emergência. Segue a classificação das unidades hospitalares do HRN de acordo com a criticidade:
Centro Cirúrgico Geral (CCG), Centro Cirúrgico Obstétrico (CCO), Centro Cirúrgico Ambulatorial (CCA), Central
de Material Esterilizado (CME), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Unidade de Cuidados Especiais (UCE),
Emergência (Observação Intermediária II e Observação Intensiva), Pequena Cirurgia, Reanimação, Agência
Transfusional, Unidades de isolamento, Rouparia Área Crítica, Serviço de Nutrição e Dietética, Lactário,
Farmácia, Utilidades, Lixo Temporário, Necrotério, Laboratório, Banco de Leite Humano, Área Suja da
Rouparia.
Clínicas Médicas e Crúrgicas I e II, Ambulatório, salas do serviço de enfermagem, Unidade Neurológica,
Observações Breve e Intermediária I, Unidade de Diagnósticos e Métodos Gráficos, elevadores, corredores,
Sala de Higienização de Materiais e Equipamentos, Depósito de Material de Limpeza (DML).
Manutenção, Engenharia Clínica, Almoxarifado, Salas Administrativas, Copas, Repouso dos Plantonistas, NAC
e Recepções, Vestiários, Subsolo, Guarda de Equipamentos e Centro de Estudos.
Garantir aos usuários uma permanência em local limpo e em ambiente com menor carga de contaminação
possível, contribuindo com a redução da possibilidade de transmissão de infecções oriundas de fontes
inanimadas é uma das principais metas do serviço de limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de
saúde. Tendo ainda por finalidade preparar o ambiente para suas atividades, mantendo a ordem e conservando
equipamentos e instalações, evitando principalmente a disseminação de microrganismos responsáveis pelas
infecções relacionadas à assistência à saúde (ANVISA, 2012).
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O serviço de limpeza e desinfecção de superfícies hospitalares visa garantir um ambiente limpo e promover
a redução máxima de contaminação no ambiente e controlar as taxas das infecções hospitalares. Toda a
estrutura física do hospital, bem como todos os equipamentos, utensílios e mobiliários, são considerados
superfícies, que devem sempre permanecer limpos e organizados.
Ao promover a limpeza e desinfecção das superfícies presentes no ambiente hospitalar, algumas questões
devem ser levadas em consideração, são elas:
• Eficácia dos produtos utilizados no combate aos microrganismos e que não sejam prejudiciais à saúde
humana;
• Periodicidades pré-estabelecidas das atividades de limpeza e desinfecções das superfícies;
• Número de profissionais suficientes para as demandas do serviço de saúde da instituição;
• Utilização de produtos que promovam o mínimo de dano às estruturas e aos equipamentos;
• Otimização de custos.
Como já abordado anteriormente, a limpeza hospitalar é uma atividade importante e imprescindível para a
manutenção de um ambiente adequado para o tratamento de doenças, contribuindo com o seu desfecho
favorável de forma a promover a saúde e a qualidade de vida dos pacientes, familiares e profissionais
envolvidos no ambiente hospitalar. A limpeza hospitalar pode ser concorrente, terminal, de manutenção e
extra. Conceituaremos cada uma delas.
É o processo de desinfecção ou limpeza realizada diariamente utilizando na maioria das vezes água e sabão,
sendo usado um desinfetante de ação residual intermediária quando houver presença de matéria orgânica.
Essa limpeza inclui as superfícies horizontais, de mobiliários e equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos
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de janelas e a limpeza do piso e instalações sanitárias. A limpeza concorrente é a mais superficial e menos
completa quando comparada à limpeza terminal. Não envolve a utilização de máquina para limpeza do
piso. O mobiliário deve ser limpo com pano de limpeza manual umedecido com solução detergente e/
ou desinfetante, podendo ser descartável ou reutilizável. O piso deverá ser limpo em duas fases, sendo a
remoção do pó e partículas a primeira, com a utilização do mop seco (ou pó). Na segunda fase, ocorre a
limpeza propriamente dita, sendo realizada com mop úmido (ou água).
O Manual de Limpeza e Desinfecção de Superfície da ANVISA (2012) sugere a frequência de limpeza terminal
de acordo com a classificação de áreas:
• Áreas críticas - limpeza semanal;
• Áreas não críticas - limpeza mensal.
É o processo de limpeza que geralmente ocorre em áreas onde existe grande rotatividade, sendo realizado
após a concorrente para manter o ambiente limpo.
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É o processo de desinfecção e/ou limpeza realizado após uma solicitação. Tem como objetivo remover sujidades
e prevenir infecções utilizando água, detergente neutro e desinfetantes de acordo com a necessidade.
A unidade ou zona do paciente é representada por todas as superfícies de mobiliários e equipamentos que
estejam próximos ao paciente e sejam passíveis de toques frequentes pelas mãos de profissionais de saúde
ou pacientes.
Geralmente é composta por grades, beiral e encostos do leito, criado-mudo, painel de gases, mesa de
refeições, cadeira do paciente, cadeira de banho, poltrona do paciente, chamada de enfermagem, bandeja
do paciente, telefone, escada, controle remoto, suporte de soro, recipiente de resíduos etc.
Quanto ao recipiente para resíduos, o ideal é que não permaneça no quarto, pois muitos o utilizam
indevidamente, desprezando materiais relacionados à assistência ao paciente, restos de alimentos, enfim,
transformando-o em local favorável para o crescimento de microrganismos, além de atrair vetores e ser
fonte de mau cheiro. Os responsáveis pela assistência devem responsabilizar-se pelos resíduos gerados,
desprezando-os, de preferência, no expurgo.
7.2.1 Frequência
Diária e sempre que necessário, antecedendo a limpeza concorrente de piso do quarto ou enfermarias de
pacientes.
7.2.2 Objetivos
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7.2.3 Executante
A definição clara das funções é o ponto crucial nesse tipo de atividade. Para que superfícies não deixem de
ser limpas, o POP e sua diretriz deverão ser alinhados entre o gestor da equipe de limpeza, a enfermagem e
o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar a fim de designar quem limpará.
O consenso das decisões deverá ser registrado nos manuais do serviço de limpeza do estabelecimento e no
contrato de trabalho, caso o serviço seja terceirizado. É importante que a frequência e a qualidade dessa
limpeza sejam monitoradas sistematicamente.
É vital para o bom funcionamento do serviço definir o autor da ação de fazer a limpeza devido ao risco
envolvido nessa atividade. Tal risco fica evidenciado quando o paciente faz uso de drenos, soros, sondas,
monitores, enfim, esteja cercado por equipamentos e materiais relacionados à assistência, onde qualquer
erro de processo ou mobilização possa comprometer severamente a segurança do paciente.
A utilização de materiais recomendados e de boa qualidade garante uma limpeza adequada do ambiente e
contribui para redução do risco de infecção.
As principais recomendações para o uso de materiais necessários para a execução da limpeza são:
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ATENÇÃO!
• Não utilizar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas pelo risco de corrosão dos metais;
• Verificar sempre a compatibilidade do revestimento das superfícies com o produto químico que será
utilizado;
• O álcool não limpa, portanto, antes de aplicá-lo em superfícies, essas devem estar previamente limpas;
• Utilizar, preferencialmente, detergentes que dispensem o enxágue.
7.2.5 Técnica
Quanto à técnica utilizada na limpeza e na desinfecção das áreas, recomendamos as seguintes atividades:
• Limpeza - passar o pano de limpeza manual umedecido com solução detergente (que dispense o enxágue)
sobre as superfícies em sentido unidirecional. Alterar as faces do pano à medida que apresente sujidade
visível ou que ocorra mudança da superfície a ser limpa.
• Desinfecção - após a limpeza, realizar a desinfecção da superfície.
ATENÇÃO!
• Em precauções de contato, aumentar a frequência da limpeza e desinfecção nas superfícies próximas
ao paciente e mais tocadas, preferencialmente a cada turno;
• Caso seja utilizado solução detergente-desinfetante, a limpeza e a desinfecção serão realizadas em um
único passo, pulando-se uma etapa;
• Após o término da limpeza e desinfecção da zona do paciente, o pano não deverá ser reutilizado em
outras superfícies, devendo ser descartado ou reprocessado.
LEMBRE-SE: a sequência das superfícies a serem limpas deverá ser acordada previamente e descrita em
POP específico. Inicia-se sempre da superfície menos suja para a mais suja, como, por exemplo, a mesa de
refeições em primeiro lugar e a cama por último.
Na limpeza terminal, deve-se limpar inicialmente o teto e em seguida as paredes com fibras próprias para
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essas superfícies adaptadas a um cabo (suporte LT), em sentido longitudinal, de cima para baixo. Deve-se
evitar a utilização de produtos abrasivos em teto, paredes e portas, como, por exemplo sapólio, pois podem
remover a pintura e deixar ranhuras que servirão de reservatórios para microrganismos.
Limpar as paredes internas do box com fibra própria para esse tipo de área. Na presença de box, deve-se
avaliar o tipo de revestimento e verificar a possibilidade de utilização do mesmo tipo de fibra. Utilizar fibras
menos abrasivas caso provoquem danos (riscos).
7.3.2 Acessórios
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• Válvula de descarga;
• Tampa e assento;
• Parte externa;
• Vaso sanitário.
Apesar da desinfecção rotineira desnecessária, algumas situações deverão ser avaliadas. A utilização de
solução detergente-desinfetante para a limpeza desses acessórios tem-se tornado uma prática comum,
visto que em muitos casos, é uma imposição do próprio cliente que, movido por questões culturais, não se
sente confortável utilizando um vaso sanitário que não tenha sido desinfetado anteriormente. Os compostos
clorados proporcionam clareamento do interior do vaso sanitário.
• Na limpeza da válvula de descarga utiliza-se o pano de limpeza manual umedecido com solução
detergente-desinfetante;
• Na limpeza da tampa, assento e parte externa do vaso sanitário deve-se utilizar a fibra manual, balde para
enxágue e pano de limpeza manual para secagem;
• Para a parte interna do vaso sanitário faz-se fricção com escova, solução detergente-desinfetante e
posterior descarga (aproveitando para enxaguar a escova).
A finalização da limpeza dos acessórios dá-se com o enxágue e secagem com pano de limpeza manual, exceto
a parte interna do vaso.
ATENÇÃO!
As escovas devem ficar em suporte próprio, evitando respingamentos, e preferencialmente
permanecerem no banheiro.
7.3.5 Piso
A limpeza do piso do banheiro, tanto interior do box como do restante, deve ser feita com fibra. Finaliza-se
com o enxágue, secagem do piso e reposição dos materiais de consumo. A secagem pode ser feita com mop
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ATENÇÃO!
Devem-se adotar cores diferentes de fibras para diferentes superfícies, por exemplo, vaso sanitário e
pia devem ser lavados por fibras de cores distintas. Para secagem da tampa, assento e parte externa
do vaso sanitário, pode ser utilizado o mesmo pano usado para a secagem da pia, mas nunca o inverso.
A literatura aponta como alto o risco de transmissão de patógenos no ambiente operatório. Isso se deve ao
alto grau de contato entre pacientes, profissionais de saúde e superfícies do ambiente. Sendo assim, a limpeza
e a desinfecção das superfícies do ambiente operatório são fundamentais para prevenir a propagação de
microrganismos patogênicos, principalmente os multirresistentes, garantindo um ambiente limpo e seguro.
Para minimizar a exposição e o risco de pacientes e profissionais aos patógenos presentes nas superfícies do
ambiente operatório, o conselho consultivo da Associação de Enfermagem Perioperatória (AORN) aprovou
um documento que reúne as melhores práticas recomendadas para limpeza ambiental. O documento é
baseado nas melhores evidências disponíveis na literatura entre 2008 e 2013, sendo a força da evidência
classificada pela AORN.
7.4.1 Atribuições
As definições de responsabilidades por tarefas e frequências que envolvem a limpeza e/ou desinfecção de
diferentes superfícies, assim como o gerenciamento de resíduos no ambiente cirúrgico deverão ser definidos,
preferencialmente, por uma equipe multidisciplinar, cujos membros atuem direta ou indiretamente no centro
cirúrgico e conheçam suas especialidades.
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A limpeza e a desinfecção devem ser realizadas antes do início das cirurgias programadas do dia, mesmo que
todo o centro cirúrgico ou centro obstétrico tenham sido submetidos anteriormente a uma limpeza terminal,
a fim de garantir a eliminação de partículas depositadas por ação da gravidade nas superfícies.
As Superfícies envolvidas na limpeza preparatória são mesas auxiliares, bancadas e equipamentos. Elas
devem passar por limpeza e desinfecção.
Para retirar as partículas que se depositaram durante a noite por ação da gravidade, a limpeza deverá ser
feita antes da desinfecção, com pano de limpeza manual umedecido com solução detergente que dispense o
enxágue. O pano deverá fazer fricção mecânica em sentido unidirecional na superfície a ser limpa. Mudar a
face do pano sempre que apresente sujidade visível, umedecendo sempre que necessário, até que todas as
faces sejam utilizadas.
Após a limpeza, realizar a desinfecção das superfícies com um novo pano embebido em desinfetante
padronizado na instituição, repetindo a mesma técnica empregada para a limpeza.
Caso o produto padronizado seja composto por detergente e desinfetante, a operação de limpeza e
desinfecção será realizada em um único passo.
È realizada diariamente entre as cirurgias, não envolve o uso de máquinas, mas mops.
ATENÇÃO!
O recolhimento e o encaminhamento de instrumentais cirúrgicos, materiais perfurocortantes presentes
na sala de operação e roupas não são de responsabilidade da equipe de limpeza.
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PASSO A PASSO:
• 1º: Recolher os resíduos e depositá-los no hamper do carro funcional ou diretamente no carro de coleta
interna I, se estiver próximo;
• 2º: Lavar o recipiente de resíduo em local destinado para esse fim;
• 3º: Observar se há matéria orgânica em qualquer superfície da sala. Caso haja presença, remover, limpar
e desinfetar as superfícies comprometidas;
• 4º: Realizar a limpeza de bancadas, mesas auxiliares, mesa cirúrgica, foco, maçaneta de porta com pano
descartável ou pano de limpeza manual umedecido com solução detergente que dispense o enxágue;
• 5º: Realizar a desinfecção das mesmas superfícies do item anterior com um novo pano descartável ou
pano de limpeza manual umedecido em desinfetante padronizado pela instituição;
• 6º: Passar o mop pó em todo o piso, recolhendo partículas maiores e poeira. Obedecer ao sentido final
da sala em direção à porta. Caso seja utilizado o mop plano com fibras descartáveis, proceder o descarte
da fibra utilizada no piso no saco hamper do carro funcional. Em caso de mop pó ou plano com cabeleira
ou fibras reutilizáveis, retirá-las e colocá-las em saco plástico e após a limpeza da sala, encaminhá-las para
o reprocessamento;
• 7º: Passar o mop úmido com solução detergente ou desinfetante no piso em sentido unidirecional, do
final da sala em direção à porta. Após o “mopeamento” úmido, descartar ou encaminhar as fibras ou
cabeleiras utilizadas no piso ao reprocessamento;
• 8º: Repor os sacos plásticos para resíduos no(s) recipiente(s);
• 9º: Lavar as luvas, removê-las com técnicas adequadas e higienizar as mãos;
• 10º: Comunicar a liberação da sala;
• 11º Limpar e desinfetar materiais e equipamentos utilizados e reabastecer o carro funcional.
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• Realizar a desinfecção das mesmas superfícies do item anterior com um novo pano descartável ou pano
de limpeza manual umedecido em desinfetante padronizado pela instituição;
• Lavar o piso com máquina utilizando solução detergente ou desinfetante;
• Aspirar líquidos do piso com aspirador próprio ou com a própria máquina;
• Repor os sacos nos recipientes para resíduos;
• Lavar as luvas, removê-las com técnicas adequadas e higienizar as mãos;
• Comunicar a liberação da sala;
• Limpar e desinfetar materiais e equipamentos utilizados e reabastecer o carro funcional.
ATENÇÃO!
Não utilizar mangueiras ou baldes para jogar água nas paredes, basta usar fibra própria para paredes, com
cabo regulável ou cabo longo
Recomenda-se que as superfícies de todos os ambientes assistenciais de saúde sejam revestidos de materiais
laváveis e resistentes a desinfetantes. Porém, algumas superfícies, principalmente as metálicas de alguns
equipamentos, podem sofrer oxidação com o uso de produtos químicos.
Dependendo do tipo de sujidade, matéria orgânica incrustada, entre outros exemplos, faz-se necessário o
uso de produtos que possibilitem a dissolução dessa matéria orgânica.
Os métodos de higienização deverão completar necessidades específicas, que incluem manter o ambiente
seco e livre de poeiras e sujidades. Sabe-se que áreas que permanecem úmidas ou molhadas têm mais
condições de albergar e reproduzir germes gram negativos e fungos, as áreas empoeiradas podem albergar
germes gram positivos, microbactérias e outros.
Esse procedimento deve ser operacionalizado através da utilização de pano umedecido em soluções
detergentes e desinfetantes, procedendo-se à fricção da superfície em sentido unidirecional. A higienização
manual úmida é mais utilizada para paredes, mobiliários e equipamentos de grande porte. No piso, utiliza-se
mop úmido, junto à ação mecânica.
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Procedimento operacionalizado através do ato de esfregar a superfície com solução detergente, utilizando-
se escovas ou máquinas lavadoras, procedendo-se ao enxágue com água, que deverá ser escoada através de
ralos. Esta técnica é utilizada para a higienização de pisos, onde haja sujidade acumulada, com frequência
determinada pelas necessidades do serviço.
Procedimento indicado para a retirada de sujidade, tipo poeira e pó, das superfícies, através de varredura,
aspirador de pó e panos secos. Porém, a varredura seca não é permitida em ambiente hospitalar, devido à
suspensão de partículas que poderão depositar-se em outras superfícies. A varredura seca em ambiente
hospitalar somente é recomendada em áreas não críticas externas.
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A execução das atividades de limpeza e desinfecção deve iniciar pelo meio menos contaminado para o mais
contaminado; seguir técnicas de limpeza em sentido unidirecional, de dentro para fora, de cima para baixo e
dividindo as áreas a serem higienizadas principalmente os corredores, deixando sempre uma área livre para
o trânsito das pessoas.
• Detergente neutro;
• Limpa Vidros;
• Álcool a 70%;
• Desinfetante padronizado pela instituição (Glucoprotamina, Monopersulfato de potássio);
• Hipoclorito de Sódio a 1%.
Não é permitida a mistura de produtos de limpeza, podendo levar à inativação da ação dos produtos.
Na realização da varredura úmida e/ou lavagem das superfícies dos pisos faz-se necessária a utilização do
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) como a placa de sinalização no local mais próximo da realização da
limpeza.
Seguindo o critério de classificação de superfícies contaminadas e não contaminadas, são utilizados os panos
multiuso de cor amarela e o par de luvas verde para a limpeza de superfícies sujas ou contaminadas (piso,
banheiros/vestiários, cestos de lixo, isolamento e toda a unidade do paciente) e o pano multiuso azul e o
par de luvas amarelo para limpeza de superfícies não contaminadas e/ou limpa (gelágua, geladeira, cadeiras,
mesas, pias, portas e todo o mobiliário). O par de luvas antialérgicas azul é para áreas críticas, destinando-se
às mesmas superfícies em que é utilizado o par de luvas verdes.
O Serviço de Limpeza é responsável pela limpeza regular e de rotina de todas as superfícies e pela manutenção
de um nível elevado de higiene no estabelecimento, em colaboração com a Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (WORLD HEALTH ORGANIZATION 2002, p.25).
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Historicamente, a utilização de saneantes remonta ao ano de 2800 a.C., com referência acerca de material
parecido com sabão, que foi encontrado em cilindros de argila em uma escavação na Babilônia, evidenciando
o conhecimento do processo de fabricação de sabões. Séculos mais tarde, apareceram os primeiros
detergentes, que foram desenvolvidos na Alemanha em 1916 durante a Primeira Guerra Mundial (Costa,
1999).
O primeiro desinfetante de que se tem notícia foi citado por Homero em “A Odisseia”, com o uso do enxofre,
na forma de dióxido de enxofre (aproximadamente 800 a.C.), substância ainda hoje usada como desinfetante
de frutas secas, sucos de frutas e vinho (Block, 2001). Posteriormente, surgiram os inseticidas, devido à
necessidade de controle dos animais sinantrópicos e posteriormente os raticidas devido ao surgimento da
peste negra, na Europa, por volta de 1347.
No Brasil, a primeira referência sobre os produtos saneantes data de 1967, com a publicação do Decreto-Lei
nº 212, de 27 de fevereiro, e posteriormente o Decreto nº 67.112, de 26 de agosto de 1970, com a exigência
de registro dos produtos pelo órgão federal de saúde competente.
Produto saneante é definido como substância ou preparação destinada à aplicação em objetos, tecidos,
superfícies inanimadas e ambientes, com a finalidade de limpeza e afins, desinfecção, desinfestação,
sanitização, desodorização e odorização, além de desinfecção de água para consumo humano, hortifrutícolas
e piscinas. Facilita a limpeza e a conservação de ambientes (casas, escritórios, lojas, serviços de saúde,
escolas) e é amplamente utilizado pela população.
A ANVISA por meio da Gerência Geral de Saneantes (GGSAN) atua no registro e notificação desses produtos,
antes de sua comercialização, observando critérios de qualidade para garantir sua eficácia e segurança. A
Agência também elabora normas e padrões, apoia a organização de informações sobre a ocorrência de
problemas de saúde causados por esse tipo de produto, atua no controle e avaliação de riscos, acompanha
o desenvolvimento tecno-científico de substâncias e, quando necessário, adota medidas corretivas para
eliminar, evitar ou minimizar os perigos relacionados aos saneantes.
A utilização correta de detergentes, desinfetantes e outros produtos saneantes é uma arma poderosa no
combate à infecção relacionada à assistência, também conhecida como infecção hospitalar.
A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 59, de 17 de dezembro de 2010, que dispõe sobre os procedimentos
e requisitos técnicos para a notificação e o registro de produtos saneantes, classifica-os quanto a riscos,
finalidade, venda e emprego. Quanto ao risco, os produtos saneantes recebem duas classificações:
Risco 1: Produtos submetidos apenas à notificação como sabões, detergentes, odorizantes de ambientes,
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Risco 2: Incluem produtos com ação antimicrobiana (desinfetantes e esterilizantes), desinfetantes, produtos
biológicos, citando os principais, e que são submetidos a registros.
• Limpeza e afins;
• Esterilização, desinfecção, incluindo a desinfecção de água para consumo humano, hortifrutícola/piscinas;
• Desinfecção;
Para a obtenção de bons resultados nas práticas de higienização hospitalar, deve-se fazer uso de produtos
saneantes (sabões, detergentes, desinfetantes, dentre outros). Tais saneantes devem ser utilizados por meio
de técnicas corretas e previamente especificados pela SCIH.
Muitos fatores devem ser levados em consideração na escolha e na utilização dos produtos saneantes para
as instituições hospitalares, são eles:
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O sabão é um produto utilizado prioritariamente para a lavagem e limpeza de superfície, por ele ser à base
de sais alcalinos, age de forma natural por saponificação.
O detergente também é utilizado para limpeza de superfícies, agindo através da diminuição da tensão
superficial. A presença de surfactante em sua composição facilita a diminuição da tensão superficial,
consequentemente, a penetração do produto nas superfícies.
9.2.1 Álcool
As formulações alcoólicas mais conhecidas são à base de álcool etílico ou isopropílico. No Brasil, utiliza-se
principalmente o álcool etílico derivado da cana-de-açúcar, que o torna um produto de baixo custo, de fácil
obtenção e que apresenta baixa toxicidade em contato com a pele. Devido a essas características, somadas à
praticidade e ao bom espectro de ação, tem sido amplamente utilizado e recomendado para desinfecção de
superfícies, em especial, mobiliários e equipamentos (Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2010).
É um produto muito utilizado nas unidades de saúde. É aplicado por fricção em superfícies agindo por meio
da desnaturação proteica. O conjunto dos álcoois etílicos possuem ação bactericida, virucida, fungicida e
tuberculocida, mas não são esporicidas. Podem ser utilizados nas concentrações de 60% a 90%. No complexo
do HRN são utilizados na concentração de 70%.
Apresentam excelente ação bactericida contra formas vegetativas de bactérias gram positivas e gram
negativas, boa atividade contra o bacilo da tuberculose e atua contra muitos fungos e vírus, incluindo o vírus
sincicial respiratório, vírus da hepatite B e o HIV. Por não possuir ação esporicida, não age sobre o Clostridium
difficile na forma esporulada (Ali et al., 2001; Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2010).
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O mais utilizado no complexo HRN é o hipoclorito de Sódio. Ele possui ação bactericida, virucida, fungicida,
tuberculicida e esporicida. São indicados principalmente para desinfecção de superfícies fixas. Podem ser
utilizados em concentração de 0,02% a 1,0%. No complexo do HRN é utilizado nas concentrações de 1%, 2,5%
e 5%.
Possuem amplo espectro de ação, são bastante ativos na presença de matéria orgânica, não são corrosivos
para metais. São indicados prioritariamente para a desinfecção de superfícies. Devem ser utilizados na
concentração de 1%.
OBS: A empresa terceirizada é responsável pelo fornecimento da maioria dos saneantes para o HRN, exceto
o desinfetante (ANEXO I).
A glucoprotamina foi descoberta em 1990 e consiste em substância complexa, livre de aldeídos e utilizada
como componente ativo de alguns desinfetantes de baixo nível para superfícies e materiais. Pouco utilizada
em nosso meio, mas há 15 anos no mercado europeu (Meinke etal., 2012). Apesar disso, a literatura
internacional é escassa sobre a eficiência e práticas de utilização desse desinfetante. Um estudo realizado na
Polônia demonstrou que a glucoprotamina apresentou rápida ação bactericida e fungicida em cepas isoladas
de amostras clínicas (Tyski et al., 2009).
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Devido à baixa toxicidade, alta eficácia antimicrobiana e de limpeza de sua composição contendo a
GLUCOPROTAMINA, é indicado para a desinfecção e limpeza simultâneas de superfícies fixas e equipamentos
médicos em todas as áreas de instituições de saúde que necessitem ser protegidas contra infecções cruzadas.
Uma nova substância antimicrobiana com alto poder germicida, originada de substâncias naturais e matérias
primas renováveis.
O Incidin ® Extra N combina excelente compatibilidade com materiais e a mais alta capacidade de limpeza e
desinfecção em um único procedimento.
Em maternidades, enfermarias, alas pediátrica, nos departamentos de oncologia, centros cirúrgicos, assim
como em todos os outros campos, pacientes e profissionais devem ser protegidos contra as infecções
cruzadas. Não é necessário enxaguar ou secar após a utilização.
FICHA TÉCNICA
• Composição
Cloreto de alquil dimetil benzil amônio, glucoprotamina, surfactante, anti-corrosivo e água.
• Embalagem
Bombona com 6 litros.
• Seguro
Reduz a disseminação de microrganismos e a possibilidade de contaminação do profissional.
• Eficiente
Alto e rápido poder de desinfecção e limpeza simultânea de superfícies.
• Super Econômico
Equivalente a aproximadamente 1200 litros de álcool a 70% ou 1200 litros de hipoclorito de sódio.
• Biodegradável
Pode ser descartado na rede de esgoto sem danos ao meio ambiente.
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Maior sustentabilidade e menor descarte de plástico no meio ambiente, com princípio ativo de fonte
renovável.
• Indicações:
Utilizar em toda a parte externa da cadeira do paciente, unidade suctora, aparelho de iluminação bucal,
caixa de distribuição, mesa, comando de pé, tubulação do refletor e braços, piso do consultório, bancadas e
periféricos.
A aquisição de produtos deve seguir critérios seguros de escolha e considerar alguns aspectos que são
importantes:
• Custo-benefício;
• Cálculo do número de equipamentos por áreas;
• Benchmarking com instituições que já utilizam o equipamento, a fim de obter informações sobre
qualidade, desempenho, ruído, disponibilidade no mercado para reposição de peças e manutenção etc;
• Análise do tamanho, tipo e adequação do equipamento às áreas e às atividades a que será destinado;
• Verificação, principalmente no caso de importados, se existe facilidade para a reposição de peças;
• Período de garantia;
• Flexibilidade para a utilização em diferentes áreas da instituição;
• Flexibilidade para a realização de teste com o equipamento durante certo período antes de adquiri-lo;
• Possibilidade de treinamento realizado pela empresa nos diversos turnos de trabalho.
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O carro funcional é uma estação de trabalho que garante ao profissional que atua na limpeza condições
adequadas de armazenamento de materiais para uso imediato, segurança e ergonomia em seu trabalho.
10.1.2 Recomendações
Preferencialmente todo material de limpeza deverá ser transportado em carro próprio e ser distinto para
cada unidade. No final de cada turno e sempre que houver necessidade, deve-se realizar limpeza do carro
funcional.
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• Aumento da produtividade, pois têm-se à mão os materiais e equipamentos necessários para a realização
dos procedimentos de limpeza;
• Economia de energia e de movimento do funcionário, evitando deslocamentos desnecessários;
• Evita interrupção da atividade realizada para ir em busca do material esquecido;
• Facilita o trabalho do auxiliar de higiene, tornando a atividade mais suave, com menor desgaste físico e
prevenindo problemas posturais;
• Contribui para a hotelaria hospitalar, transmitindo a imagem de organização e estética, profissionalismo
e qualidade do serviço diante do cliente.
Considerando que no mercado existem carros que se adequam mais à dinâmica e exigência hospitalar, antes
de decidir sobre o modelo que será comprado, os seguintes pontos devem ser considerados:
• Área física em que o carro será utilizado versus tamanho e área total do carro funcional - avaliar a
compatibilidade;
• Tipo de rodas versus tipo de piso - preferir as mais silenciosas e que façam a menor pressão possível no
piso. Suas condições de funcionamento devem ser avaliadas diariamente;
• Tipo de atividade que será realizada versus número de divisórias do carro e respectivos espaços - os
compartimentos do carro funcional devem adequar-se à quantidade e ao tamanho dos materiais e
equipamentos que serão utilizados;
• Tipo de material do carro versus necessidade de limpeza diária - o carro funcional deve ser limpo
diariamente e dependendo do protocolo da instituição, desinfetado ao término das atividades diárias,
portanto, o material deverá ser resistente à lavagem, enxágue e corrosão;
• Facilidade de deslocamento - deve ser leve, de fácil deslocamento, evitando a aplicação de força excessiva
pelo funcionário. É também importante avaliar as condições e tipo físico do funcionário que conduzirá
o carro funcional completamente abastecido, visto que tal operação poderá requerer esforço físico que
nem sempre todos os colaboradores estarão aptos para realizá-lo;
• Puxadores - devem ser dotados de puxadores.
Uma breve inspeção diária dos carros funcionais poderá lhe proporcionar um destes dois efeitos imediatos:
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Deve-se realizar um checklist de acordo com a realidade institucional para auxiliar no abastecimento do carro
funcional. Para a organização adequada, recomendamos atentar para as seguintes desconformidades:
• Presença de produtos químicos destampados, sem identificação ou com identificação borrada e ilegível,
com validade vencida ou com produtos não padronizados para limpeza de superfícies de serviços de
saúde;
• Descolocar materiais e equipamentos de limpeza para o local a ser limpo sem a utilização do carro
funcional, ou seja, de forma manual;
• Estacionar o carro funcional em meio de corredores, dentro de quartos de pacientes ou obstruindo
passagens;
• Presença de materiais ou equipamentos impróprios ou improvisados, como, por exemplo, vassouras;
• Refis de mops pingando no piso;
• Cruzamento de materiais, por exemplo, manter fibras ou panos de limpezas manuais de banheiros
depositados em um mesmo recipiente das fibras e panos utilizados em quartos de pacientes;
• Ausência de materiais e equipamentos de limpeza que constem na lista feita previamente para o carro
(nesse caso, consultar a lista dos itens pertinentes ao carro funcional da instituição);
• Materiais e equipamentos quebrados;
• Carro visivelmente sujo e desorganizado.
A averiguação diária dos carros funcionais deve fazer parte da rotina do supervisor que poderá observar
in loco as práticas realizadas pelos colaboradores, tais como técnicas de utilização de luvas e outros EPIs,
utilização de EPC, higienização das mãos entre um procedimento e outro, execução das técnicas de limpeza
etc. Tal atividade deve seguir um cronograma pré-estabelecido ou por amostragem. Cada serviço deve
planejar suas atividades.
| 10.2 ESCADAS |
As escadas devem possuir plataforma de apoio para garantir maior segurança ao usuário e dispositivos
laterais para suporte de materiais. Sua limpeza deve ser através do uso de pano multiuso úmido com água e
detergente neutro após a utilização.
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Utilizados para limpeza de superfícies fixas e mobiliários. Podem ser utilizados nos diversos tipos de limpeza:
concorrente, manutenção, extra e/ ou terminal, obedecendo à determinação para superfícies contaminadas
e limpas. Apresentam-se em duas cores distintas: amarelo e azul. Após uso, lavar na pia do DML ou no balde.
Nunca lavá-los nas pias das enfermarias. Os panos multiuso utilizados para limpeza dos leitos de isolamento
deverão ser descartados após o uso em lixo infectante ou contaminado.
ATENÇÃO!
Compressas cirúrgicas não devem ser reaproveitadas como panos para limpeza de superfícies.
Brasil. Anvisa. Resolução - RE Nº 2.605,11 de agosto de 2006.
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| 10.5 MOPS |
Existem vários tipos de mops no mercado, entretanto, dividem-se basicamente em duas categorias: mop
cabeleira e mop plano.
Indicações:
Remoção de sujidades, detritos e pó que não estejam aderidos ao piso, substituindo a varredura úmida com
panos de chão ou vassoura. Exemplo: partículas de pó, migalhas, cabelo.
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Vantagens:
Limitações:
O equipamento é constituído por conjunto duplo balde/espremedor e mop água com cabeleira.
• Dois baldes de cores diferentes: um com solução e outro com água para enxágue;
• Espremedor: prensa acoplada ao carrinho utilizada para torcer o mop sem contato manual;
• Indicações: Limpeza concorrente de pisos com soluções detergentes, desinfetantes ou detergentes-
desinfetantes;
• Processo de limpeza: molha o mop no recipiente com solução, torce o mop com a prensa, passa o mop
com técnica adequada no piso, enxágua o mop em recipiente contendo água limpa e passa no piso com
técnica adequada.
Vantagens:
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O mop mais adequado para a limpeza de paredes é o mop plano úmido que, em alguns casos, acompanha o
kit de limpeza de paredes. Pode-se também utilizar o suporte LT (limpa tudo) acompanhado de fibra branca,
que apresenta menor agressão à pintura da parede, por ser menos abrasiva, quando comparada à fibra
verde.
Observações Importantes:
• Após o uso, imergir em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos; lavar com detergente neutro
e auxílio do escovão oval; enxaguar, espremer e pendurar pelo cabo para secar.
• É proibido fazer o cruzamento do mop do isolamento com as outras áreas do hospital, sendo o mesmo
identificado com a cor vermelha. Após a realização da limpeza da unidade de isolamento, imergir em
solução de hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos; lavar com detergente neutro e auxílio da escova
oval; enxaguar, espremer e pendurar pelo cabo para secar.
Dar preferência às pás coletoras de cabo longo, sendo utilizadas para recolher pó e lixo. Devem estar sempre
presente, junto aos demais materiais de limpeza do carro funcional.
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A esponja dupla face é utilizada para a realização da limpeza das pias e vaso sanitário (tampa, assento e
base). Deve-se utilizar esponjas de cor diferente para a limpeza da pia e do vaso sanitário. A mesma esponja
não deve ser utilizada nesses dois locais mesmo que seja realizado desinfecção posterior. Após a utilização,
deve-se fazer a desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos e enxaguar. Também utiliza-se esse
tipo de esponja na limpeza terminal programada das geladeiras e geláguas. Nesse caso, após o término, a
mesma é descartada.
De acordo com o POP de Higienização de instalações sanitárias, no item cuidados especiais, é definido que a
troca da esponja dupla face deve ser a cada 7 (sete) dias, aos sábados, ou sempre que necessário.
| 10.8 ASPIRADOR DE PÓ |
Deve ser utilizado em ambientes com carpete e elevadores para realizar a aspiração dos trilhos a fim de
mantê-los sempre limpos.
Na utilização do aspirador de pó/líquido deve-se sempre trocar o filtro do pó antes de utilizá-lo como aspirador
de líquidos e secar o filtro após aspirar líquidos para posteriormente utilizá-lo como aspirador de pó. O ideal
é que o serviço tenha os dois tipos de aspiradores, evitando o uso incorreto. Caso seja necessário o uso de
aspirador de pó em áreas de pacientes com imunodepressão, recomenda-se a utilização de aspiradores com
filtros HEPA.
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São identificados com símbolo de resíduo infectante e comum. A limpeza dos coletores deve ser realizada
após cada coleta de lixo. Proceder à desinfecção com desinfetante padronizado pela instituição e deixar agir
por 10 minutos, aplicar detergente neutro, enxaguar e deixar escorrer.
• Impermeáveis;
• Dreno para escoamento de líquido após lavagem;
• Totalmente lisos, sem reentrâncias e saliências que dificultem a limpeza;
• Cantos arredondados;
• Identificados com símbolo de substância infectante;
• Puxadores;
• Rodas giratórias estanques que facilitem as manobras;
• Confeccionados com materiais que não sofram corrosão decorrente da frequente exposição a produtos
químicos utilizados para desinfecção;
• Tamanho compatível com volume de resíduos e esforço ergonômico.
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São equipamentos utilizados para a conservação, podendo realizar tanto a lavagem de pisos frios como o
polimento de ceras. As enceradeiras podem ser utilizadas com escova de lavagem ou discos de polimento.
As escovas têm a função de remover a sujidade, já os discos possuem várias aplicações como remoção de
sujidades, remoção de acabamentos, polimentos etc. Apenas as enceradeiras de baixa rotação podem ser
usadas em pisos molhados.
| 10.11 RODOS |
Os rodos devem ser do tipo profissional, leves, com cabos articuláveis que permitam acessar locais difíceis,
possibilitando um trabalho ergonômico, fabricados com material não poroso que resista à corrosão e à
oxidação e de fácil higienização.
As lâminas de borracha podem ter tamanhos variados para diferentes espaços, permitem maior ou menor
abrangência da área a ser limpa, possibilitando maior produtividade com menor tempo e desgaste físico
diminuído. As lâminas que permitam substituição são preferíveis. Cabos de madeiras não são recomendados
por serem porosos e dificultarem a higienização.
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As fibras podem ser utilizadas tanto para limpezas manuais como de tetos, paredes e pisos. Para limpezas
manuais, as fibras podem ser utilizadas tanto na limpeza concorrente como na terminal, dependendo da
situação. Em uma limpeza de pia de banheiros, por exemplo, costuma-se utilizar a fibra tanto na limpeza
concorrente como na terminal. Nesse caso, o pano é utilizado apenas para secar as superfícies após o
enxágue. Já na limpeza concorrente de uma mesa de refeição de um quarto de paciente, rotineiramente
serão utilizados panos de limpeza manual, entretanto, pode ser necessária a utilização da fibra em caso de
sujidade impregnada, porém não é uma exceção.
É recomendável a padronização de fibras de diferentes cores e de acordo com a abrasividade para diferentes
tipos de superfícies e ambientes, tais como mobiliários do quarto de pacientes, superfícies delicadas,
superfícies sanitárias, vidros, etc. bem como a diferenciação da limpeza em locais contaminados e limpos.
| 11.1 MOVIMENTOS |
Devemos utilizar movimentos simples, amplos, em um só sentido, fazendo uso da mecânica corporal.
Movimentos de fricção são bastante utilizados, auxiliados por esponja, fibras ou escova.
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| 11.2 SENTIDO |
Sempre utilizar a sequência de limpeza do meio menos contaminado para o mais contaminado, evitando
assim sujar e/ou contaminar as áreas limpas.
Mop água, mop pó, mop teto, mini lock, rodos, baldes, escova sanitária, vassoura Maria faceira, escova oval,
esponja dupla face, pá coletora, pano multiuso, mão mecânica e os produtos de limpeza e desinfetantes.
Limpeza Concorrente: Procedimento de limpeza realizado 1 vez ao dia, ao se iniciar o plantão, e sempre que
necessário.
Limpeza de Manutenção: limpeza realizada 2 vezes ao dia, após a concorrente e ao término do plantão para
manter o ambiente limpo e organizado, e sempre que necessário.
Limpeza Terminal: semanal ou após alta, óbito ou transferência hospitalar e em internações prolongadas de
acordo com o fluxo estabelecido e sempre que necessário.
As limpezas terminais das unidades dos pacientes nos setores críticos de internação, a saber, UTI, UCE, e
Observação Intensiva, devem ser feitas a cada 15 dias de permanência no leito e nas demais unidades de
internação, a cada 30 dias. (Anexo II)
Limpeza Concorrente: o procedimento de limpeza realizado 1 vez ao dia, ao se iniciar o plantão, e sempre
que necessário.
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Limpeza de Manutenção: limpeza realizada 2 vezes ao dia, após a concorrente e ao término do plantão para
manter o ambiente limpo e organizado, e sempre que necessário.
As limpezas terminais das unidades dos pacientes nos setores semicríticos de internação devem ser feitas a
cada 30 dias de permanência no leito.
Limpeza Concorrente: o procedimento de limpeza realizado 1 vez ao dia, ao se iniciar o plantão, e sempre
que necessário.
Limpeza de Manutenção: limpeza realizada 2 vezes ao dia, após a concorrente, e ao término do plantão para
manter o ambiente limpo e organizado e sempre que necessário.
Limpeza Extra: limpeza adicional de áreas, solicitada pelo funcionário responsável do setor ao serviço de
higienização em ocasiões excepcionais.
DML: Depósito de Material de Limpeza: É a área destinada à guarda dos carros funcionais e todo o material de
limpeza da unidade. A organização do depósito de material de limpeza (DML) é de fundamental importância,
bem como o correto acondicionamento dos produtos e a manutenção dos rótulos e o fechamento dos frascos
com tampa apropriada.
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• Executar o trabalho cuidadosamente, com economia de material e esforço, segundo as rotinas específicas;
• A limpeza por fricção é a melhor maneira de remover sujidades e microrganismos;
• Utilizar EPI recomendado;
• A limpeza dentro do hospital deve ser sempre úmida, a fim de se evitar a suspensão das partículas
contaminadas pelo uso de vassouras ou panos secos;
• Ao se fazer limpeza dos diversos setores, deve-se estar atento para não prejudicar o andamento do
serviço e o cuidado com o cliente;
• Trocar as soluções de limpeza quando estiverem sujas. A capacidade de ação dos desinfetantes diminui
com a presença cada vez maior de sujidade e de material orgânico;
• Iniciar a limpeza do ambiente menos contaminado para o mais contaminado;
• Proceder à varredura úmida;
• Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vaivém;
• A sequência da limpeza deve ser teto - parede - piso;
• Na remoção da matéria orgânica, deve-se retirar o excesso com papel toalha, em seguida, aplicar solução
desinfetante padronizada pela instituição, deixar agir por 10 minutos e depois limpar.
Muito Importante!!!
Quando pensamos em bundles para o serviço de limpeza e desinfecção de superfícies, uma das primeiras
medidas é a definição de políticas e definições de tarefas e responsabilidades para o serviço.
Isso ocorre por uma simples questão: se não for definido “quem faz o quê”, simplesmente muitas superfícies
deixam de ser limpas, principalmente durante a limpeza concorrente.
Não raro, as superfícies mais negligenciadas são justamente as que mais oferecem riscos de contaminação
e transferência de microrganismos como, por exemplo, superfícies com grande numero de “toques”
pertencentes à zona do paciente, tais como grades de camas, criados-mudos, mesa de refeições, painel de
gases, equipamentos etc. Patógenos podem ser transferidos dessas superfícies para outras, para pacientes
e profissionais, tendo como principal veículo as mãos e as luvas, possibilitando as infecções cruzadas. A
interrupção dessa cadeia de contaminação é possível por meio de limpeza e desinfecção adequadas dessas
superfícies, utilização adequada de EPIs e higienização das mãos.
Para definir as atribuições não basta que um serviço determine as tarefas e responsabilidades. É fundamental
uma análise real do problema com as equipes implicadas diretamente, com o representante do Serviço de
Controle de Infecção, Representantes de Enfermagem do setor e o Gestor do Serviços de Limpeza.
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Algumas recomendações são importantes para que o serviço exerça suas atividades de forma segura:
• Garantir que durante a limpeza concorrente as superfícies próximas ao paciente (mais tocadas) estejam
sendo limpas e desinfetadas com a frequência e qualidade esperadas. Essa ação deverá ser definida
previamente e monitorada a sua execução;
• Dimensionar pessoal de acordo com a capacitação evitando lotar colaboradores com menos experiência
em setores críticos e semicríticos. Deve-se considerar não somente o conhecimento técnico do colaborador
mas também a capacitação quanto aos riscos que podem comprometer a segurança do paciente;
• Disponibilizar programas de treinamento contínuo. O conhecimento auxilia a compreensão dos
colaboradores tanto da área de higienização como da área de enfermagem quanto às atribuições
inerentes a cada um no combate à infecção e na garantia da segurança do paciente.
A temática da segurança do paciente está em voga e vem contribuindo com mudanças significativas na
garantia do cuidado sem riscos. Tal compromisso foi legitimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A
questão da segurança do paciente torna-se normativa no Brasil, devendo todos os estabelecimentos de saúde
cumprir as determinações. Muitos hospitais já adequaram suas tarefas e responsabilidades para preservar a
segurança do paciente. A limpeza de superfícies muito próximas e que envolvem riscos aos pacientes deverá
ser realizada por profissionais da enfermagem por serem os profissionais mais capacitados para essa função,
embora também necessitem de treinamento.
OBS: Em caso de pacientes em isolamento ou precauções especiais, seguir recomendações da CCIH quanto
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ao uso dos EPIs. É uma medida individual, simples e menos dispendiosa que possibilita a remoção de
sujidades e redução da carga microbiana que colonizam as camadas superficiais da pele, através do uso de
água e sabonete líquido.
| 12.1 INDICAÇÃO |
| 12.2 TÉCNICA |
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As medidas de higiene pessoal e execução correta das atividades de higienização e limpeza ambiental são
imprescindíveis para a manutenção da saúde individual e coletiva. Manter-se limpo e asseado, bem como
executar suas funções de forma consciente, contribui para redução do risco de infecção hospitalar, pois
medidas simples quando bem implementadas, como a escolha correta do produto e a correta diluição e
aplicação em pisos e paredes, teto, mobílias são bastante eficazes no controle das infecções. Tais medidas
envolvem inúmeras etapas que após discussão e aprovação necessitam da unânime adesão dos auxiliares de
serviços gerais para a correta realização do procedimento operacional.
• Higiene individual com asseio corporal e cuidados com olhos, cabelos, orelhas, nariz e axilas podem se
constituir fontes de contaminação;
• As unhas deverão ser limpas, curtas e ausentes de pintura escura;
• Os pés deverão estar sempre protegidos com sapatos fechados, cabelos amarrados e protegidos com
gorro;
• É importante manter esquema de vacinação atualizado e em caso de acidente com material biológico
comunicar imediatamente ao supervisor para providência;
• Também é importante observar: cuidados com a saúde mental, higiene alimentar, vestuário, cuidados
com a postura.
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| 14 RESÍDUOS SÓLIDOS |
O HRN dispõe de um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS). No que se refere
à composição da equipe gestora, o HRN está seguindo a normatização do ISGH, que determinou como
membros da Comissão de Gerenciamento de resíduos de Serviços de Saúde (CGRSS) o Gerente de Risco (na
condição de presidente), representante do SESMT, Membro do Serviço de Hotelaria, Coordenador do Serviço
de Manutenção e membro do SCIH. Essa equipe tem como meta trabalhar, principalmente, o Gerenciamento
de Resíduos de Serviços de Saúde, prover educação continuada para o corpo de funcionários do HRN e
prover mecanismos para manutenção da saúde e segurança do trabalhador no que se refere à manipulação
de Resíduo de Serviço de Saúde (RSS).
Considerando a RDC n° 306, 2004, p.1, os Serviços de Saúde são responsáveis pelo correto gerenciamento de
todos os RSS por eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração
até o seu destino final. A segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume
de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros benefícios à saúde pública e
ao meio ambiente.
No Brasil, a gestão dos resíduos sólidos urbanos, desde sua concepção, perpassando pelo equacionamento da
geração, do armazenamento, da coleta até a disposição final, vem apresentando-se como um constante desafio
apresentado aos municípios e à sociedade, visto que a disposição inadequada desses resíduos decorrentes
da ação de agentes físicos, químicos ou biológicos, cria condições ambientais potencialmente perigosas que
modificam esses agentes e propiciam sua disseminação no ambiente, o que afeta, consequentemente, a
saúde humana. São as “iatrogenias” do progresso humano.
Mediante os novos padrões de consumo da sociedade industrial, mais especificamente a partir da segunda
metade do século XX, a produção de resíduos vem crescendo continuamente em ritmo superior à capacidade
de absorção da natureza. Nos últimos 10 anos, a população brasileira cresceu 16,8%, enquanto que a geração
de resíduos cresceu 48% (Fonte: IBGE, 1989/2000). Isso pode ser visto no aumento da produção (velocidade
de geração) e concepção dos produtos (alto grau de descartabilidade dos bens consumidos), como também
nas características “não desagradáveis” dos resíduos gerados. Além disso, aumenta a cada dia a diversidade
de produtos com componentes e materiais de difícil degradação e maior toxicidade.
Os resíduos de serviços de saúde se inserem dentro dessa problemática e vêm assumindo grande importância
nos últimos anos, constituindo-se um dos principais problemas no âmbito das questões associadas à gestão
de resíduos, especialmente pelo seu potencial patogênico e pela ineficiência de seu manejo nos ambientes
de geração e destinação final.
Salienta-se que das 149.000 toneladas de resíduos residenciais e comerciais geradas diariamente, apenas
uma fração inferior a 2% é composta por RSS e, destes, apenas 10% a 25% necessitam de cuidados especiais.
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Dessa forma, a inserção de processos de segregação dos diferentes tipos de resíduos em sua fonte e no
momento de sua geração leva à minimização de resíduos, em especial daqueles que requerem um tratamento
prévio à disposição final.
Nos resíduos onde predominam os riscos biológicos, deve-se considerar o conceito de cadeia de
transmissibilidade de doenças, que envolve características do agente agressor, tais como capacidade de
sobrevivência, virulência, concentração e resistência, da porta de entrada do agente às condições de defesas
naturais do receptor (BRASIL, 2006).
Nesse contexto, o manejo dos RSS é uma das grandes preocupações dos ambientalistas, entidades públicas e
população, de forma que, quando estes são descartados ou operados inadequadamente, propiciam impactos
negativos de grandes proporções no meio biótico e, em consequência, resultam em problemas ambientais,
sanitários e sociais.
O gerenciamento dos resíduos em saúde de forma qualificada nesse âmbito de preocupações mostra-se
como um processo essencial e necessário, com o objetivo de se dar um manejo adequado aos resíduos
produzidos, de tal modo que antes de ser uma obrigação legal é uma responsabilidade social.
A elaboração e a aplicação de um plano mostram-se um potente meio para norteamento das ações de
gerenciamento dos resíduos em saúde, na perspectiva de um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar,
constituindo-se um instrumento adequado para alcançar esses propósitos e atender aos requisitos legais em
vigor.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS) é o documento que aponta e descreve
as ações relativas ao manejo dos resíduos na área da saúde, observadas as suas características, no âmbito
dos serviços, contemplando os aspectos referentes à geração, à segregação, ao acondicionamento, à coleta
interna, ao armazenamento, ao transporte externo, ao tratamento e à disposição final, bem como os aspectos
relativos à proteção à saúde pública e à segurança ocupacional dos profissionais na realização da sua rotina
de trabalho (BRASIL, 2012).
Obedecendo às determinações elencadas pela RDC nº 306 da ANVISA, em dezembro de 2004, e pela
Resolução nº 358 pelo CONAMA, em maio de 2005, assim como pelas legislações municipal e estadual,
concebe-se o Plano de Gerenciamento de Resíduos em Saúde do Hospital Regional Norte como resultado de
um esforço conjunto da Comissão de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde, considerando-se as
condições operacionais desta unidade de saúde, vistas à luz do que determinam as normas relacionadas ao
tema e a necessária adoção das ações de minimização de desperdício e da geração de resíduos e suas formas
tecnicamente apropriadas para tratamento e disposição final.
O PGRSS traz um processo que deve ser dinâmico, que deve ser revisado e aprimorado diante dos avanços
tecnológicos e das novas exigências legislativas, assim como busca a abrangência de todos os profissionais
que atuam no HRN, trazendo a necessidade da realização de treinamentos periódicos a fim de manter os
profissionais que fazem parte deste trabalho sempre atualizados.
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Partiu-se da premissa de que, para que o que está proposto no plano seja cumprido, necessita-se do
comprometimento de toda a área gestora e da motivação de todos os profissionais envolvidos, desde a
geração à coleta final, na perspectiva de se conseguir as mudanças necessárias, na busca de ser eficiente
e eficaz, partindo-se do compromisso coletivo, do planejamento participativo das atividades visando sua
implantação.
| 14.1 MANEJO |
O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra
estabelecimento desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:
14.1.1 Segregação
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características
físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. É responsabilidade de todos os
colaboradores da instituição e não somente do auxiliar de serviço geral (ASG).
14.1.2 Acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que evitem vazamentos.
14.1.3 Identificação
Consiste no conjunto de medidas que permitem o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
Grupo A: É identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos
de fundo branco, desenho e contornos pretos.
Grupo B: É identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com
discriminação de substância química e frases de risco.
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Grupo C: É representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante em rótulos de fundo
amarelo e contornos pretos, acrescido de REJEITO RADIOATIVO.
Grupo E: É identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR 7500 da ABNT, com rótulos
de fundo branco e contornos pretos, acrescido da inscrição de resíduo PERFUROCORTANTE, indicando o risco
que apresenta o resíduo.
O HRN gera os resíduos que compreendem os grupos A, B e E, no entanto não é um gerador de resíduos do
grupo C – radioativos.
Consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário
ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo
aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre
os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa.
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente
exclusivo, com acesso facilitado para os veículos coletores.
Ressalta-se que é de fundamental importância a higiene do ambiente e o descarte correto do lixo hospitalar.
Lembrar de recolher o lixo antes do recipiente alcançar 2/3 da capacidade total. O recolhimento deverá ser
pelo menos no início e final do expediente e sempre que necessário. Repor o saco conforme PGRSS. Usar luva
látex de cor verde para o recolhimento.
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Manter lixeiras com tampa, saco plástico conforme tipo de lixo gerado. É proibido desprezar, quebrar partes
da lixeira sem autorização prévia do responsável pelo setor. Em caso de dano em qualquer parte da lixeira,
comunicar imediatamente ao responsável pelo posto e também ao supervisor da Serval.
No que compete à rotina diária de trabalho, deve ser preenchido o checklist dos materiais de limpeza e os
mapas de produção correspondentes ao setor em se que está trabalhando, nos plantões diurnos e noturnos,
e devidamente assinado pelo funcionário do setor.
Fica proibida a utilização de vassouras nas as áreas críticas, semicríticas e não críticas em ambiente hospitalar.
Vassouras são utilizadas apenas em áreas externas.
O conjunto de mops (pó, água, teto e minilock) substitui as vassouras, remove pó do piso, substitui pano
úmido para lavar e enxugar piso.
Retirar luvas imediatamente após o término das atividades de higienização e guardá-las devidamente na 3ª
parte do carro funcional.
É importante lembrar que é proibido manusear maçanetas, telefones, botões de elevadores utilizando luvas.
• Planejar o trabalho;
• Separar previamente todo o material necessário à execução das tarefas;
• Remover o lixo do recinto, as roupas sujas para os locais de descarte e limpeza;
• Não agitar peças de roupas, sacos de lixos ou qualquer outro material contaminado;
• Não espanar e não realizar varredura seca nas áreas internas da unidade;
• Iniciar a limpeza das áreas não críticas para as áreas semicríticas e por fim as áreas críticas;
• Iniciar a limpeza da área administrativa pelo mobiliário e/ou paredes e terminar pelo piso;
• Limpar com movimentos amplos, do lugar mais alto para o mais baixo e da parte mais distante para a mais
próxima;
• Começar a limpeza sempre do fundo dos recintos, salas e corredores e prosseguir em direção à saída;
• Limpar primeiro uma metade do recinto e depois a outra metade, deixando espaço livre para o trânsito de
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| 17 RECURSOS HUMANOS |
| 17.1 ATRIBUIÇÕES |
Embora as atribuições possam apresentar variações entre diferentes instituições, o objetivo alvo deve
ser comum, ou seja, a remoção de sujidades de superfícies do ambiente mediante a aplicação e ação de
produtos químicos, ação física, aplicação de temperatura ou combinação de processos. Ao limpar superfícies
de serviços de saúde, pretende-se proporcionar ao usuário um ambiente com menor carga de contaminação
possível, contribuindo com a redução da possibilidade de transmissão de patógenos oriundos de fontes
inanimadas, por meio das boas práticas de limpeza e desinfecção de superfícies (TORRES & LISBOA, 2008).
A clareza das atribuições tem papel fundamental para seu cumprimento e, para tanto, se faz necessário um
manual contendo todas as tarefas a serem realizadas, especificadas por cargo. O manual está à disposição de
todos os colaboradores do HRN, para consulta no local de trabalho.
• Apresentar-se com uniforme completo, limpo, passado, sem manchas, portando a identificação do
funcionário;
• Utilizar calçados profissionais fechados, inclusive no calcanhar e dorso dos pés, impermeáveis e com sola
antiderrapante;
• Manter cabelos penteados e presos ou curtos;
• Manter unhas curtas, limpas, sem esmalte ou unhas postiças;
• Desprover-se de adornos (BRASIL,2005), como relógios, pulseiras, anéis, brincos, colares e piercings e
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outros;
• Manter higiene corporal.
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• Recolher sacos de resíduos dos recipientes próprios quando 80% de sua capacidade estiver preenchida
ou sempre que necessário, evitando coroamento ou transbordo;
• Transportar os resíduos recolhidos em carros próprios mantendo a tampa fechada, sem que haja
coroamento, não sendo permitido que os sacos encostem-se ao corpo do profissional ou que sejam
arrastados pelo piso;
• Nunca transferir o conteúdo de um saco de resíduos para outro a fim do preenchimento do mesmo.
Deve-se Utilizar EPI apenas para a finalidade a que se destinam, responsabilizando-se pela limpeza, guarda e
conservação, substituindo-os quando houver qualquer alteração que os tornem impróprios para uso.
Recomenda-se a utilização de cores diferentes de luvas de borracha (ASSAD & COSTA, 2010);
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Recomendada na limpeza e desinfecção de superfícies onde a sujidade é maior (exemplos: pisos, banheiro,
rodízios de mobiliários, lixeiras, janelas, tubulações na parte alta);
Utilizadas na limpeza e desinfecção de mobiliários. Ex: camas, mesas, cadeiras, paredes, portas e portais,
lavatórios/pias;
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As luvas de procedimentos devem ser utilizadas em situações de precauções de contato quando a limpeza
deve ser intensificada nas proximidades do leito de portadores de microrganismos multirresistentes.
Estima-se que 8 a 12% dos trabalhadores de saúde americanos são alérgicos ao latéx. Deve-se introduzir
informações atualizadas sobre alergia ao látex no programa de treinamento admissional e educação
continuada do trabalhador, bem como identificar, monitorar e orientar os funcionários que pertençam ao
grupo de risco para alergias ao látex.
As mãos dos profissionais de limpeza e desinfecção de superfícies devem ser lavadas antes e após o uso de
luvas. Após a utilização, as luvas devem ser lavadas e desinfetadas. Em uso de luvas não se deve tocar em
maçanetas, portas, telefones, botões de elevadores e outros locais.
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17.6.7 Máscaras
• Sempre que houver possibilidade de respingos de material biológico ou produtos químicos em mucosas
do nariz e boca;
• Sempre que o profissional entrar em quarto de paciente com patologias de transmissão respiratórias por
gotículas, tais como meningite bacteriana, coqueluche, difteria, caxumba, influenza e em áreas nas quais
a utilização seja recomendada pelo SCIH;
• Ambientes com odor fétido;
• Limpeza e desinfecção de superfícies em áreas de construção e reformas para evitar a inalação do pó.
Os óculos de proteção devem ser utilizados quando a limpeza a ser exercida for localizada acima do nível
da cabeça; sempre que haja risco de respingos, poeiras ou impacto de partículas. Devem ser lavados e
desinfetados após o uso.
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17.6.9 Botas
O uso de botas é recomendado durante todo o período de trabalho e principalmente nos momentos de
lavação do piso.
17.6.10 Avental
Deve ser utilizado durante a execução de procedimentos que possam provocar contaminação de roupas com
sangue, fluidos corpóreos e produtos químicos ou contaminados.
O avental deve ser impermeável podendo ser usado por cima do uniforme. É recomendado para a realização
de atividades com riscos de respingos. Após o uso deve ser retirado com técnica correta, sem ter contato com
a parte externa e em seguida fazer a desinfecção.
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17.6.1 1 Gorro
Os EPCs visam a proteção de acidentes com pacientes, funcionários e visitantes. Consistem em placas
ilustrativas que permitem aos transeuntes identificar a situação da área delimitada, cones de sinalização
e fitas demarcatórias para a sinalização e delimitação de área, fita antiderrapante para evitar quedas e
escorregamento, especialmente em rampas e escadas, barreira plúmbica ao redor do leito do paciente,
coletores de materiais perfurocortantes, sinais de perigo e sinalização com instruções de segurança ou que
indicam direção
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1.
| 18 REFERÊNCIAS |
3. ASSAD, Carla; COSTA, Glória. Manual de Higienização de estabelecimentos de saúde e gestão de seus
resíduos.Rio de Janeiro: IBAM COMLURB,2001.
2. Prevenção de infecções Adquiridas no hospital: Um guia prático. World Health Organization, 2002.
4. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Manual de Segurança do Paciente: Limpeza e
Desinfecção de Superfícies 2010. Disponível em:
www.anvisa.gov.br/servico/saude/manuais/paciente
5. Brasil. Portal da Enfermagem/Entrevistas. Higiene Hospitalar, Torres Silvana. Disponível em: www.
portaldeenfermagem.com.br
6. Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a lei nº7498. De 25 de
Junho de 1986, que dispõe sobre o exercício de Enfermagem.
Disponível em: www.portalcofen.gov.br
7. BOLICK, D. Segurança e controle de infecção. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000.
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APÊNDICES
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