Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
1. DIREITO ADMINISTRATIVO 4
2. LEGISLAÇÃO BÁSICA 5
4. FUNÇÕES/ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS 8
6. ATOS ADMINISTRATIVOS 12
a) Elementos 12
b) Atributos 14
c) Extinção 16
d) Formas De Extinção Do Ato Administrativo 16
e) Discricionariedade E Vinculação Do Ato Administrativo 18
● Ato Administrativo Vinculado 18
● Ato Administrativo Discricionário 18
f) Improbidade Administrativa 19
● Sujeitos Do Ato De Improbidade 20
● Tipificação Dos Atos De Improbidade Administrativa 21
a) Órgãos Públicos 31
b) Terceiro Setor 32
8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 32
a) Meios De Intervenção 37
b) Desapropriação 38
11. LICITAÇÃO 42
a) Dever De Licitar 43
b) Princípios Do Procedimento Licitatório 43
c) Princípios Correlatos 45
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 2
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
d) Tipos De Licitação 46
e) Fases Da Licitação 46
● Fase Interna 47
● Fase Externa 48
● Desempate Nas Licitações 48
f) Modalidades De Licitação 49
g) Pregão 51
h) Dispensa E Inexigibilidade De Licitação 52
i) Aspectos Gerais 53
a) Legislação Aplicável 54
b) Espécies 54
c) Formalidade 55
d) Cláusulas Dos Contratos Administrativos 55
● Contratos De Terceirização 57
e) Contratos Administrativos Sem Espécie 58
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 3
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
1. DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceitos iniciais
Direito Administrativo: ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativistas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não
contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza
pública.
Estado: pessoa jurídica de direito público interno, com capacidade adquirir direitos e obrigações.
Poderes do Estado: estão previstos no art. 2º da CF/88, quais sejam, Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Administração Pública
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 4
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
2. LEGISLAÇÃO BÁSICA
● Constituição Federal – arts. 37 a 41;
● Código Civil - Arts. 43, 949-952 (Responsabilidade Civil do Estado) e arts. 98-103 (Bens Públicos)
● Lei 4.132/62 - Dispõe acerca da Desapropriação por interesse social. (vide principalmente arts. 1º ao
5º)
● Decreto-Lei 3365/41 - Dispõe acerca da Desapropriação por utilidade pública. (vide principalmente
arts. 3º-7º, 10º, 11, 15-15B, 20 e 35)
● Lei 9.784/99 – Lei que rege o Processo Administrativo Federal (vide especialmente os arts. 13 e 53 a
55);
● Lei 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos (vide especialmente os arts. 3, 17, 24, 25 e 58);
● Lei 8.112/90 – Estatuto dos Servidores Civis da União (vide especialmente os arts. 8 e ss);
● Lei 8.987/95 – Concessões e Permissões de Serviços Públicos (vide especialmente os arts. 6, 35 e ss);
● Lei 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa;
● Lei 12.232/10 – Licitação para contratação de Agências de Propaganda/Publicidade (vide
especialmente o art. 2º).
● Lei nº 11.079 - Trata acerca das PPP”s - Parcerias Público-Privadas. (vide especialmente os arts. 2º,
4º6º,8º, 9º e 13.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 5
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Prerrogativas: concede ao Agente Público o Poder de Polícia, isto é,o poder que o Administrador
Público possui de coagir os administrados a aceitar a imposição da vontade do Estado através de
uma limitação ao direito subjetivo do particular.
Sujeições: a emissão dos atos administrativos devem se vincular à finalidade pública, sob pena
de serem declarados nulos de pleno direito, em virtude de uma ilegalidade que causa um vício
insanável na formulação do ato, de modo a comprometer toda a sua estrutura.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 6
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
4. FUNÇÕES/ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS
Os três poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), executam as funções:
● Função administrativa,
● Função legislativa,
● Função jurisdicional
atípicas:
Estas funções são típicas e
A função típica do judiciário é a jurisdicional, só que também pode exercer uma função atípica,
como, por exemplo, a administrativa, como quando ocorre no caso de servidor requerendo férias.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 7
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
O executivo pode exercer função atípica de legislativa, como, por exemplo, ocorre em medida
provisória.
O direito administrativo rege toda e qualquer atividade de administração, seja ela do Executivo, do
Legislativo ou do Judiciário, já que os dois últimos poderes também exercem atipicamente
atividades administrativas. Exemplos: Legislativo contratando servidores, judiciário licitando para
celebração de contratos.
Art. 37.A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998).
Legalidade: administração pode fazer apenas o que a lei permite ou determina. O silêncio da lei
ou a ausência da lei para a Administração significa uma proibição. É o princípio basilar para
concretização do Estado de Direito.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 8
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Moralidade: O princípio da moralidade deve ser entendido como a obrigação que o administrador
público tem de pautar sua conduta em estreita observância da lei e das regras constantes em
regulamentos e códigos de ética da própria Administração Pública.
Publicidade: Trata-se de uma exigência constitucional que tem como principal objetivo tornar
transparente os atos do administrador público para a sociedade. Aos atos da administração
pública deve ser dada ampla divulgação, de forma que o administrado possa cumprir a
determinação ou impugná-la. A Administração Pública deve dar ampla divulgação de seus atos,
programas, contratos, obras etc. Publicidade é diferente de publicação. Publicar é uma das
formas de se dar a publicidade.
Eficiência: inserido pela Emenda Constitucional 19/98 como princípio expresso da melhor atuação
possível diante dos recursos disponíveis. Exigência de rendimento funcional. O princípio da
eficiência está ligado com resultado.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 9
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Celeridade processual: Duração razoável dos processos judicial e administrativo. (CF/88, art.5º,
inc. LXXVIII)
Contraditório: A Constituição previu este princípio para que as duas partes, num litígio, tenham
ciência do que está sendo tratado em juízo. É aplicado a todos os processos administrativos,
punitivos ou não punitivos. (CF/88, art. 5º, LV )
Ampla defesa: É o direito de se defender do que tomou ciência, utilizando de todos os meios
lícitos.
Devido processo legal: É aplicável nos seus dois aspectos – formal (necessidade do cumprimento
de um rito para tomada de uma decisão) e legal material (obriga administração adotar uma
decisão adequada).
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
1
Lei n. 9.784/99. “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade e
pode revogá-los por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.
2
STF. Súmula 346. A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
3
STF. Súmula 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 10
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Princípio da Segurança Jurídica: possui o aspecto objetivo de buscar a estabilidade das relações,
respeitando as situações consolidadas no tempo e amparadas pela boa-fé do cidadão, vedando
decisões surpresas que venham a prejudicar o administrado. Atua como limitador da autotutela e
do princípio da legalidade.
Ex. prescrição, decadência, proteção do ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
6. ATOS ADMINISTRATIVOS
“É toda manifestação unilateral da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria” (Hely Lopes Meirelles).
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 11
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
ELEMENTOS
● Competência
● Finalidade
● Forma
● Motivo
● Objeto
4
Competência: É o poder atribuído ao agente para o desempenho específico de suas funções.
Quando este atua, mas é incompetente para exercê-lo, ocorre outra modalidade de Abuso de
Poder, chamada de Excesso de Poder, violando o elemento do ato, competência.
Exemplo: Agente da Polícia Militar atua fora da sua circunscrição, viola a competência no que diz
respeito ao requisito territorialidade.
Pode ser delegada e avocada, desde que não exista impedimento legal.
4
Agente é aquele que pratica o ato.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 12
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
No caso de desapropriação de um terreno para construir uma escola, mas por causa de uma
enxurrada, ao invés de se construir uma escola constrói-se um hospital. Nesse caso ocorreu o
que a doutrina denomina de Tredestinação Lícita, neste caso embora o objeto do ato tenha sido
alterado, este ato continuou a atender ao interesse público.
No entanto, sempre que a finalidade mediata (genérica) for violada, ou seja, o interesse público
não for atendido, surgirá um Abuso de Poder na Modalidade Desvio de Poder, também chamado
de Desvio de Finalidade, exsurgindo a figura da Tredestinação Ilícita, onde o objeto foi alterado e
o interesse público violado.
Exemplo: Desapropria-se um terreno para construir uma escola, mas ao invés disso,vende-se o
terreno para um particular. Nesse caso, o objeto do ato foi alterado e ainda assim, violou o
interesse público.
Excepcionalmente existem:
Teoria dos Motivos Determinantes: quando a Administração motiva o ato, sendo, ou não
obrigatória a motivação, ele só será válido se esses motivos forem verdadeiros. Sendo assim,
caso seja comprovada a não ocorrência da situação declarada (pressuposto de fato), ou a
inadequação entre a situação ocorrida e o motivo descrito na lei (pressuposto de direito), o ato
será nulo.
Exemplo: Dispensa de um servidor ocupante de cargo em comissão. A CF/88, diz que o cargo
em comissão é aquele declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Portanto, não há
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 13
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
ATRIBUTOS
● Presunção de Legalidade
● Presunção de Legitimidade
● Presunção de Veracidade
● Auto-executoriedade
● Imperatividade/Coercibilidade
● Tipicidade
Presunção de Legalidade: o ato está de acordo com a lei, presunção relativa iuris tantum.
Presunção de Veracidade: o ato está embasado na verdade, por isso que o agente público não
reconhece firma, pois ele possui Fé Pública.
5
Motivação se trata da exigência de explicitação, de enunciação dos motivos. Todas as decisões tomadas pela
Administração devem (poder/dever) ser fundamentadas de maneira clara a entender quais as razões que
levaram a expedição daquele determinado ato.
Exceções ao Princípio da Motivação: A Exoneração ad nutum, que se refere àquela aplicável aos
ocupantes de cargo em comissão, prescinde de motivação. Entretanto, se a Administração motivar ato que
poderia não ser motivado, estará vinculada aos motivos que
explicitou. Os motivos vinculam todo o ato, e se não forem respeitados, o ato poderá ser apreciado pelo
Judiciário (Teoria dos Motivos Determinantes). Ex. agente destituído por improbidade, esta deverá ser provada.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 14
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Ex. Multa de trânsito, cabe ao administrado provar que não cometeu determinada infração.
Auto-Executoriedade: O ato administrativo pode ser praticado e produz seus regulares efeitos
sem autorização do Judiciário, desde que haja previsão legal e/ou comprovada urgência .
Ex: carro rebocado por estacionar em local proibido (coerção direta) e multa (coerção indireta).
Exceção: Multa resistida: Neste caso não pode ser cobrada pela Administração, é necessário que
o Judiciário seja provocado,perdendo assim, sua auto- executoriedade.
Ex. A multa por estacionar em local proibido é apenas exigível, já o ato de rebocar o veículo que
está obstruindo a rua é executório.
EXTINÇÃO
● Anulação;
● Revogação;
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 15
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
A anulação ou invalidação de atos ilegais produz efeitos ex tunc. O agente identificando erro ou
irregularidade tem que fazer algo (princípio da supremacia do interesse público e indisponibilidade
do interesse público).
De acordo com o art. 54 da Lei 9.784/99, decai em 5 anos (cinco) o direito da administração para
anular atos, salvo em casos de má-fé.
A revogação de atos inconvenientes ou inoportunos produz efeitos ex nunc, isto é, tem efeitos
desde o ato revogatório em diante. A revogação pressupõe um fato novo, deve ser motivado.
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
Fundamento Ilegalidade Conveniência e
Oportunidade
Titularidade ▪ Administração por Só a Administração Pública
iniciativa própria ou provocada
por terceiros
▪ Judiciário
Efeitos da decisão Ex tunc – seus efeitos Ex nunc – a decisão não
retroagem até o momento em retroage, não interfere no
que o ato foi editado. passado.
Prazo 05 (cinco) anos Não há prazo para
revogação
A retirada é uma forma de extinção de um ato administrativo, ocasionada pela prática de outro ato
presenta cinco fundamentos
administrativo que retira do mundo jurídico o primeiro. A retirada a
distintos:
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 16
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Diferentemente da anulação, trata-se de um ato legal, mas que por motivos de conveniência e
oportunidade, a administração deseja a retirada do ato administrativo.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 17
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
A conduta do administrador público, na maioria dos casos, não é livre, mas sim, regrada por
normas específicas que lhe determinam quando, como e de que forma de agir.
Quando a conduta do administrador encontra-se totalmente regulada pela lei, dizemos que o
poder da administração é vinculado.
Existem casos em que a lei não estabelece todas as condições para a prática do ato
administrativo, assegurando ao administrador certa margem de escolha para a prática do ato.
Nestes casos, em que a conduta do administrador não se encontra totalmente regulada pela lei,
havendo a possibilidade que diante do caso concreto, este decida pela opção mais viável,
dizemos que o poder da administração é discricionário.
Isso não quer dizer, entretanto, que a escolha do administrador será totalmente livre, eis que
também neste caso, o critério a ser utilizado encontra-se regulado na lei. Ou seja, a escolha do
ato administrativo irá obedecer a critérios de oportunidade, conveniência e justiça que em seu
conjunto deverão atender o interesse público.
A discricionariedade deve observar os limites e condições estabelecidas pela lei, e existe nas
seguintes hipóteses:
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 18
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
c) Quando a lei atribui uma competência, mas não diz como exercê-la;
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Conceito:
Contudo, é a Lei nº 8.429/92 que trata diretamente da improbidade administrativa, definindo seus
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 19
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
sujeitos, o ato de improbidade, as penalidades cabíveis, a ação judicial aplicada à prática do ato
de improbidade, de forma esclarecedora e bem definida.
Regime Jurídico:
Sujeitos Passivos:
b) A empresa incorporada ao patrimônio público ou entidade para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual;
Sujeitos Ativos:
✓ Os agentes públicos, servidores ou terceiros.
Agentes públicos são considerados todos aqueles que, definitiva ou transitoriamente, com ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação, ou seja, qualquer forma de
investidura ou vínculo exerce alguma função pública (mandato, cargo, emprego) em nome dos
sujeitos passivos do ato de improbidade.
Terceiros são aqueles que induzam ou concorram para a prática do ato ou dele se beneficiem sob
qualquer forma direta ou indireta.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 20
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Súmula 634
Assunto: Prescrição igual para particulares e agentes públicos com previsão na lei de
improbidade administrativa.
● Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito (ver art. 9º).
● Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário (art. 10).
● Atos de Improbidade Administrativa que concedam ou apliquem indevidamente benefícios
tributários e financeiros.
● Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública
(art.11).
6
REsp L Nº 1.405.748-RJ
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 21
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Sanções:
● Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
● Ressarcimento integral do dano, quando houver;
● Perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos;
● Pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial;
● Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de dez anos.
Sanções:
● Ressarcimento integral do dano;
● Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância;
● perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos;
● Pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano;
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 22
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Sanções:
● Perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;
● Multa civil de até 3x o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
Sanções:
● Ressarcimento integral do dano, se houver;
● Perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;
● Pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente;
● Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de três anos.
Procedimento Administrativo:
A representação pode ser feita por qualquer pessoa e deverá ser direcionada à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de
ato de improbidade.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 23
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
A ação judicial aplicada à prática do ato de improbidade possui natureza de Ação Civil Pública.
Transcorre pelo rito ordinário, deve ser proposta pelo Ministério Público ou pessoa jurídica
interessada, compete ao juízo de primeiro grau, da Justiça Estadual ou Federal.
O STJ entende que em se tratando de pessoa ocupante de cargo político, tendo essa
se reelegido, o prazo só começará após o fim do último mandato.7
7
Resp. 1.647.209 - MT
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 24
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 25
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Ex. A União por lei cria uma Universidade Federal (Autarquia ou Fundação Pública)
Por serviços,funcional, técnica ou por outorga : o Poder Público transfere a titularidade e a
execução do serviço. A outorga só pode ser feita através de lei e para as Pessoas Jurídicas de
Direito Público da Administração Indireta ou para os consórcios públicos. Nesses casos o controle
exercido é apenas finalístico, não existe subordinação, nem prazo determinado.
a) Por lei (legal): quando for para Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração
Indireta (Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista); ou
b) Por contrato (contratual): quando a delegação for para particulares (concessionárias,
permissionárias, organizações sociais e todos que prestem atividade administrativa).
Como a titularidade permanece com o Poder Público, ele pode alterar unilateralmente
as condições de sua execução, aplicar sanções ou retomar a execução do serviço
antes do prazo estabelecido.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA: são os entes políticos, ou seja, têm competência para
legislar: União, Distrito Federal, Estados e Municípios.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 26
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 27
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Fundação pública
“Fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que
não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes".
Empresas Estatais
8
Empresa pública : Pessoa Jurídica de Direito Privado, constituída por capital exclusivamente
público, aliás, sua denominação decorre justamente da origem de seu capital, isto é, público, e
poderá ser constituída em qualquer uma das modalidades empresariais. Podem prestar serviço
público, mas também podem explorar atividade econômica.
8
Decreto Lei 200/67. “Art. 5º [...]. II - Empresa pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para a exploração de atividade econômica que o
governo seja levado a exercer por força de contingência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito."
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 28
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
¹O STF decidiu que os Correios (ECT), por exercer serviço público indelegável,
possui regime de Fazenda Pública.
² O regime jurídico a que se submetem as empresas estatais é híbrido e estará
vinculado a sua finalidade, se prestarem serviços, terão as garantias inerentes a
9
Decreto Lei 200/67. “Art. 5º.[...]. III - Sociedade de Economia Mista: a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertencem, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração Indireta”.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 29
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Fazenda Pública, se exercerem atividades econômicas, estarão mais sujeitas às regras de direito
privado.
Agência reguladora
As agências reguladoras são autarquias especiais, que são criadas para fiscalizar a prestação de
serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Além de controlar a qualidade na prestação do
serviço, estabelecem regras para o setor10.
É uma autarquia sob regime especial, assim como o CADE, a CVM, o BACEN.
O dirigente tem mandato fixo. Porém pode perdê-lo por renúncia, processo administrativo ou
decisão judicial transitado em julgado.
Quando o dirigente sai do cargo cumpre a quarentena, isto é, fica um período de 4 a 12 meses
sem que possa trabalhar no poder público ou nas empresas que ele ajudou a fiscalizar, nesse
período ele recebe remuneração como se estivesse na ativa. Essa restrição foi criada com
objetivo de evitar a ocorrência da Teoria da Captura11.
Agência executiva
São Autarquias ou Fundações Públicas que precisam se reorganizar e para isso firmam um
contrato de gestão se comprometendo a cumprir um planejamento de reestruturação.
Este Contrato de Gestão é celebrado entre uma Autarquia ou Fundação Pública e o Poder
Público, concedendo assim, mais autonomia ou recurso público.
O título “Agência Executiva” só vingará até findar o contrato de gestão, então o ente que se tornou
agência executiva tornará a ser autarquia ou fundação pública.Exemplo: INMETRO.
10
Os particulares não se submetem a essas regras, apenas as pessoas jurídicas reguladas.
11
Teoria da Captura: consiste na situação pela qual a agência reguladora passar a servir de instrumento para
viabilizar e legitimar a consecução de interesses privados dos segmentos regulados, ou seja, o dirigente atuaria
favorecendo aqueles que deveria regular.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 30
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Pessoa jurídica formada pelo conjunto de entes da Federação, com objetivo de prestar serviços
de interesse comum, possuem natureza jurídica de Autarquia Interfederativa e forma de
Associação Pública (se públicos) ou de Associação Civil sem fins lucrativos, se de natureza
privada.
Processo de Formação:
#SELIGA: Para que o município participe de consórcio público de que a União faça parte é
necessário que estado que ele integra também participe, ou seja, é vedado, por exemplo, que o
município de Manaus participe de um consórcio público de que faça parte a União, sem que o
estado do Amazonas também participe desse consórcio público.
ÓRGÃOS PÚBLICOS
“Órgãos públicos ou órgãos administrativos são unidades de atuação, que englobam um conjunto
de pessoas e meios materiais ordenados para realizar uma atribuição predeterminada”.
Os órgãos não possuem personalidade jurídica e, portanto, não podem contrair obrigações nem
exercer direitos em nome próprio. Sendo assim, atuam em nome da pessoa jurídica de que faz
parte.
Ex. A União exerce controle hierárquico sobre seus Ministérios e os Estados e Municípios sobre
suas Secretarias.
Ex. Uma Universidade Pública (autarquia) pode possuir um órgão a ela vinculado e
sobre ele exercerá controle hierárquico.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 31
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
TERCEIRO SETOR
Nome atribuído a entidades da iniciativa privada que exercem atividades não lucrativas e de
interesse social. Na prática, são as ONGs.
Não se pode confundir o terceiro setor c om entidades paraestatais, que são os serviços sociais
ligados ao serviço sindical (exemplo: SESC, SENAI, SESI, SENAC etc.).
8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Abuso de poder: é a utilização ilegítima de uma competência. Abuso de poder é um gênero, que
comporta duas espécies:
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 32
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Desvio de poder, desvio de finalidade, tredestinação: quando o agente usa os poderes do cargo
em benefício próprio. Exemplo: policial removido pelo governador por causa de um romance com
a filha do governador.
Poder normativo: Regulamento é o ato que é exercido pela forma de Decreto. É uma competência
dada em caráter privativo aos chefes do poder executivo (presidente, governador e prefeito), para
que criem decretos e regulamentos (atos administrativos gerais e abstratos) para dar fiel
execução à lei, ou seja, normas de caráter secundário.
Poder disciplinar - É uma competência para aplicar sanções a servidores públicos que pratiquem
infrações funcionais, neste caso decorre do poder hierárquico, ou para aplicar sanções àqueles
que pactuaram contratos públicos com a Administração. O poder disciplinar não é permanente, ou
seja, não é exercido o tempo todo, é um poder de aplicação episódica, só se manifestando quanto
o agente público ou aquele que possui um vínculo especial com o poder público, praticam
infrações.
Poder hierárquico - É exercido em caráter permanente pela administração direta e indireta sobre
seus órgãos públicos e pelas chefias sobre agentes públicos.
● Delegação de competência e
● Avocação de competência.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 33
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Delegação pode ser feita por agente ou órgão público ao subordinado (delegação vertical) ou a
um não subordinado (delegação horizontal). A delegação é sempre de parte da competência e
pode ser revogada a qualquer tempo (natureza precária, não gera direito adquirido) pela
autoridade delegante.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
CICLO DE POLÍCIA
Fases Possibilidade
de Delegação
12
Súmula nº 510 do STF.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 34
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
O STF13 entende que Conselhos Profissionais exercem Poder de Polícia e são integrantes da
Administração Indireta.
13
ADI 1717-6/DF
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 35
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Função social
Urbana: atendimento das diretrizes estabelecidas no plano diretor (Art. 182, § 2º, da CF/88) -
diploma legal que estabelece regras para que uma cidade possa crescer de forma ordenada.
Penalidade progressiva em caso de descumprimento do plano diretor (Art. 182, § 4º, da CF/88).
2 - IPTU progressivo
Rural: Art. 186, da CF/88. Penalidade: Art. 184, CF/88 – desapropriação para reforma agrária,
sendo paga em títulos da dívida agrária (resgatáveis em até 20 anos).
Servidão Administrativa
● Limita só a propriedade.
● Atinge bem determinado.
● Pode ser indenizável.
Exemplos: placa com nome da rua na fachada do imóvel; servidão para passagem de fios e
cabos pelo imóvel.
14
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 36
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
MEIOS DE INTERVENÇÃO
Fato gerador: por razões de utilidade ou interesse público, ou ainda por descumprimento da
função social da propriedade.
O art. 5º, inc. XXV da CF/88 assegura “indenização ulterior, se houver dano”.
Servidão: é o direito real de uso que permite ao Estado o uso da propriedade de terceiros, sem
retirá-la do seu titular. A restrição ao uso é específica, onerosa e, em regra, perpétua. Exemplo:
passagem de rede elétrica por algumas propriedades.
Limitação: restrições quanto ao uso. A restrição é geral (atinge a todos) e gratuita (não dá direito à
indenização). Exemplo: respeito ao zoneamento na construção de um edifício ou de uma casa.
Tombamento: é a intervenção estatal restritiva que tem por objetivo proteger o patrimônio cultural
brasileiro. Restrição ao uso, de bens móveis ou imóveis, públicos ou privados, para preservação
de determinadas características, podendo ser instituído por qualquer dos entes políticos. Sua
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 37
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
instituição pode ocorrer por meio administrativo, legislativo (edição de uma lei) ou ação civil
pública.
DESAPROPRIAÇÃO
O Direito brasileiro reconhece o direito à propriedade privada do cidadão, todavia, condiciona este
15
reconhecimento ao atendimento da "função social da propriedade" .
Uma das formas em que o Poder Público intervém na Propriedade Privada é através da
desapropriação.
A desapropriação deve ser entendida como o meio utilizado pela Administração Pública para
transferir, de forma compulsória, bem móvel ou imóvel, declarado de interesse público, mediante
justa e prévia indenização em dinheiro.
a) Quanto à limitação ao poder expropriatório do Estado deve-se ter em mente que este
encontra limitação nos direitos personalíssimos.
Desta forma, não podem ser desapropriados, o direito à vida, o direito ao alimento, o direito ao
corpo, o direito à liberdade intelectual, o direito à liberdade de invenção, o direito à liberdade civil,
o direito à honra, o direito à imagem, dentre outros.
b) Também o dinheiro, ou seja, a moeda corrente do país não pode ser expropriada, todavia,
as moedas raras ou a moeda estrangeira são passíveis de desapropriação.
c) Em se tratando das terras para reforma agrária, não podem ser desapropriadas as terras
produtivas, nem as terras pequenas ou médias, se o proprietário não possuir outra.
Os Estados, por exemplo, não podem expropriar bens da União e nem de outros Estados.
Neste caso, a regra é a seguinte: "entidades de grau inferior não pode expropriar bens de
entidades de grau superior".
15
O interesse da coletividade sobrepõe ao do cidadão comum e justifica a atuação do Estado quando este decide
intervir na propriedade particular.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 38
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
ATENÇÃO: As questões costumam fazer pegadinhas quanto a esse ponto. No que
pertine a desapropriação, o Estado não pode desapropriar bens da União e os
municípios não podem desapropriar bens do estados e dos municípios. Todavia, tal
regra não se aplica ao tombamento, sendo assim, um município pode tombar um bem
da União ou de um estado.
Atualmente, os Tribunais têm permitido que estes bens sejam destinados a entidades particulares
desde que filantrópicas ou sem fins lucrativos.
Exemplo: uma casa é desapropriada para virar creche, mas vira um asilo.
Agentes da Desapropriação:
a) Agentes ativos– são aqueles que detêm a competência para executar a desapropriação.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 39
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Disposição Legal:
"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e culpa."
16
Em termos de responsabilidade civil, notadamente sobre a responsabilidade civil do estado, o que prevalece
atualmente no direito brasileiro é a responsabilidade objetiva fundada no risco da atividade administrativa e na
solidariedade social. O fim da administração pública é o interesse público. Por isso, pratica atos que beneficiam
toda a coletividade. Se a atividade estatal que beneficia toda a coletividade causa danos a um dos administrados,
esta coletividade se junta repartindo os prejuízos e repara o dano. É o risco pela atividade administrativa.
Entretanto, deve-se observar que a teoria do risco administrativo admite causas excludentes de responsabilidade
do Estado, quais sejam: a culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força maior, bem como a culpa
concorrente.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 40
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
"As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo."
A vítima para ser indenizada deve provar que o dano é originado de atuação estatal.
Ato lesivo - a vítima/administrado deve comprovar que o ato foi praticado por um agente público
na qualidade de servidor, que ocasionou o dano. Além disso o agente público deve ter praticado o
ato no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las.
Dano - a vítima/administrado deve comprovar que sofreu uma lesão a um direito subjetivo.
Ação de Regresso:
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 41
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
É cabível ação de regresso do Estado contra o agente causador do dano se provar ter este agido
com dolo ou culpa. Verifica-se então, que se o agente não participa ou pratica o ato lesivo com
culpa ou dolo, não pode ser réu em ação de regresso.
Na hipótese do Estado não conseguir identificar o agente público causador do dano, não poderá
ingressar com ação de regresso.
11. LICITAÇÃO
Licitação é um procedimento administrativo utilizado pelo Poder Público com o objetivo de
selecionar a melhor proposta, para celebração de contratos com a Administração Pública.
17
Essa teoria tem por objetivo proteger, tanto o particular, quanto o agente público, na medida em que a
responsabilidade do Estado é objetiva e a do agente público subjetiva. Sendo assim, é mais vantajoso ao particular
ingressar em face do Estado (responsabilidade objetiva), sem que nele intervenha o agente público (responsabilidade
subjetiva), cabendo ao Estado comprovar dolo e/ou culpa do particular em posterior ação regressiva da qual não
participará a vítima.
18
Esse foi o tema da peça processual da segunda fase em Administrativo no XXVIII exame.
19
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 .
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 42
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Legislação:
DEVER DE LICITAR
Para que o procedimento licitatório ocorra sem nenhum vício, devem ser observados os princípios
estatuídos no art. 3º da Lei 8.666/93:
Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a
seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 43
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Assim, por exemplo, se o edital não estiver em conformidade com a lei, qualquer cidadão pode
impugná-lo, é o que preceitua o art. 41, §1º da Lei 8.666/93.
Este princípio está intimamente ligado ao princípio da igualdade, já que todos os interessados
devem ter tratamento igualitário na licitação, sem que haja qualquer favoritismo ou perseguição.
Por exemplo, o agente público que frauda mediante ajuste o caráter competitivo da licitação para
obter para si uma vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, além de estar
incorrendo em crime previsto no art. 90 da Lei 8666/93, está indo contra o que prevê o princípio
da moralidade.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 44
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Princípio da igualdade: Este princípio, já disposto pela CR/88 está intimamente ligado ao princípio
da moralidade. A igualdade a que se refere a lei de licitações e contratos administrativos
corresponde em dar a todos os interessados a oportunidade de participar do certame. Não se
pode fazer exigências a uns e a outros não.
A lei veda a imposição de requisitos que restringem a competição (art. 3º da Lei 8.666/93).
Princípio da Publicidade: Todo procedimento deve ser divulgado para conhecimento de todos os
interessados, bem como devem ser levados ao conhecimento dos interessados todos os atos da
Administração praticados nas várias fases do procedimento.
Este princípio assegura a todos os interessados a possibilidade de fiscalizar a legalidade dos atos
e o controle destes, sejam internos ou externos.
Princípio da probidade administrativa: este princípio está previsto na CR/88 e está ligado ao da
moralidade pública e, para muitos se confunde com este.
Princípio do julgamento objetivo: O julgamento das propostas deve ser feito de acordo com os
tipos de licitação e os critérios objetivos fixados previamente no edital (art. 45 da Lei 8.666/93).
PRINCÍPIOS CORRELATOS
Surgiram além dos princípios enumerados pelo art. 3º, outros, correlatos a eles e que são
essenciais à licitação.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 45
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Princípio da padronização das compras: "As compras, sempre que possível, deverão:(...) atender
ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de
desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e
garantia oferecidas" (Art. 15, I da Lei 8666/93).
Princípio do julgamento objetivo: A licitação deve ser decidida segundo os critérios do edital e não
por preferências pessoais da administração.
TIPOS DE LICITAÇÃO
a) Menor preço;
b) Melhor técnica;
c) Melhor técnica e preço;
d) Maior lance ou oferta – critério do leilão;
e) Menor lance – critério do pregão;
f) Contratação direta: dispensa e inexigibilidade.
FASES DA LICITAÇÃO
A licitação é dividida em 02 (duas) fases: a) fase interna que acontece antes da publicação do
edital, e a fase externa, após a publicação do edital.
20
"A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir expressamente do contrato ou o não firmar no prazo
prefixado, a menos que comprove justo motivo".[Hely Lopes Meirelles].
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 46
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Fase interna: Se compõe por procedimentos formais, tais como elaboração do edital, definição do
tipo e modalidade de licitação.
Fase externa: Inicia com a divulgação ao público da licitação, sucedida pelas subfases:
habilitação/ apresentação de propostas e documentos, classificação e julgamento, homologação e
adjudicação.
FASE INTERNA
21
Edital : é o ato pelo qual a Administração Pública faz uma oferta de contrato a todos os
interessados que atendam às exigências nele estabelecidas. É o instrumento convocatório.
ATENÇÃO: Nesta etapa, vale ressaltar a recente alteração promovida pela Lei nº
13.500/17, que incluiu o §5º do Art. 40 da Lei 8.666/93, o qual dispõe que a
Administração Pública poderá, nos editais de licitação para contratação de serviços,
exigir da contratada que um percentual mínimo de sua mão de obra seja oriundo ou
EGRESSO DO SISTEMA PRISIONAL, com a finalidade de ressocialização do reeducando, na
forma estabelecida em regulamento.
Assim, o instrumento convocatório equivale à lei interna das licitações. Consta nele todas as
normas aplicáveis à condução do procedimento licitatório. Basicamente:
a) É ato administrativo;
b) Visa chamar os potenciais interessados em determinada contratação;
c) Identifica o objeto a ser licitado, o procedimento adotado, condições da realização da
licitação e participação dos licitantes;
d) Traz os critérios de aceitabilidade e julgamento das propostas;
e) Traz as formas de execução do futuro contrato;
f) É a forma de exteriorizar o ato convocatório;
g) Tem como formas o edital ou o convite.
21
Lei 8.666/93. "Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha
estritamente vinculada."
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 47
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
FASE EXTERNA
Nesta fase os interessados em contratar com o poder público passam a fazer parte do
procedimento. Constituem basicamente subfases da fase externa da licitação:
Classificação/ Julgamento - Antes do julgamento propriamente dito, é feita uma análise das
propostas apresentadas pelos licitantes habilitados para verificação de viabilidade e/ou execução
da contratação, assim como a conformidade da proposta com o instrumento convocatório.
a) produzidos no País;
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 48
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
e) sorteio.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
22
Salvo nos casos de bens que ingressaram no
patrimônio público por dação em pagamento ou por
decisão judicial.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 49
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Concurso: serve para a escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. O pagamento pode se
dar por prêmio ou remuneração e será formada uma comissão especial com pessoas idôneas e
com conhecimento na área do concurso.
Leilão: serve para a venda de bens móveis inservíveis ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados pela administração. O responsável será o leiloeiro e a proposta escolhida será a de
maior lance, observado o valor mínimo.
Pregão: a única que não está disposta na lei 10.520/02 – serve para aquisição de bens e serviços
comuns. Há a inversão das fases, ou seja, abrem-se primeiro as propostas e depois a
documentação. O julgamento é sempre pelo menor preço.
ATENÇÃO: Essa modalidade não pode ser utilizada para contratação de obras.
Consulta pública: é específica para as agências reguladoras em que as propostas são julgadas
por um júri.
Dispensa de Licitação:
23
Os valores limites para realização de tomada de preço foram cobrados na prova objetiva de direito administrativo,
no XXVIII exame.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 50
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Tomada de Preços até R$ 3 milhões e 300 mil até 1 milhão e 430 mil
PREGÃO
O pregão tem um procedimento que garante maior economia e eficiência porque tem uma
inversão das fases naturais da licitação.
● Instrumento convocatório
● Habilitação – análise de documentos – quem não preencher os requisitos é desabilitado
● Classificação – julgamento das propostas
● Homologação – aprovar os procedimentos
● Adjudicação – atribuição jurídica do objeto ao vencedor
Fases do Pregão:
● Instrumento convocatório
● Classificação – julgamento das propostas
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 51
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Vai para a fase seguinte o autor da menor proposta junto com os autores de propostas até 10%
acima da mais baixa.
Na etapa final, esses licitantes podem oferecer lances verbais sucessivamente mais
baixos.
Inexigibilidade (Art. 25, da Lei 8.666/93): contempla hipóteses em que a licitação é inviável
jurídica ou faticamente. O rol é exemplificativo. Competição inviável, ou seja, administração
contrata direto, pois não há competição.
Não há como licitar, não há competição. As hipóteses de inexigibilidade estão no art. 25 da Lei de
Licitações, trata-se de um rol exemplificativo: contratação de produtos com fornecedor ou
revendedor exclusivo; contratação de artistas consagrados pela crítica; serviços técnicos
profissionais especializados (art. 13 da Lei de Licitações), natureza singular e prestado por um
profissional de notória especialização.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 52
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Dispensa (Art. 24 da Lei 8.666/93): contempla hipóteses em que a licitação é viável, porém a lei
permite o administrador não licitar. O rol é taxativo. É possível licitar, existe competição, mas a lei
dispensou, pois o valor é baixo, é situação de emergência etc.
ASPECTOS GERAIS
Licitação Dispensada – Artigo 17, I e II da Lei 8.666/93 – Tem possibilidade de competição, mas a
lei ordena não fazer. Ato Vinculado.
Licitação Dispensável – Artigo 24 da Lei 8.666/93 - Tem possibilidade de competição, mas a lei
concede a discricionariedade de fazer ou não, ficando a decisão a cargo do administrador.
Licitação Deserta – Não aparecem licitantes interessados. Toda licitação deserta pode se tornar
dispensável. (Artigo 24, V, da Lei 8.666/93).
ATENÇÃO: A FGV costuma trocar esses conceitos para confundir os candidatos, fique atento!
24
STF. 2ª Turma. MS 34939/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/3/2019.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 53
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Conceito:
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Os contratos administrativos são tratados pelo artigo 37, XXI, da CF/88;Lei 8.666/93 a partir do
artigo 54, com alterações pelas Leis 8.883/94, 9.032/95 e 9.648/98.
ESPÉCIES
Contratos tipicamente administrativos - são contratos regidos pelo direito público. Como entre
a Administração Pública e o particular existe uma considerável superioridade, a Administração
usa desta prerrogativa para elaborar, modificar e executar contratos com cláusulas exorbitantes
(que só existem nos contratos administrativos).
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 54
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
FORMALIDADE
Todo contrato é formal, ou seja, o contrato é sempre celebrado na forma escrita visando a
segurança dos contratantes. Ao contrário do Direito Civil, a Lei 8.666/93 impede o contrato verbal
determinando que contratos dessa forma são nulos e de nenhum efeito.
Exceção: poderá ser verbal quando a lei autorizar. (Art.60, Lei 8.666/93 - Contratos Verbais):
● Contratos com valor até R$8.800 reais, desde que sejam de pronta entrega e de pronto pagamento.
Cláusulas Necessárias:
● Quando o objeto do contrato estiver previsto no Plano Plurianual (PPP, art.166, CF):
● Prestação Contínua: Se em razão do prazo o preço for melhor, nos casos de prestação
contínua,o prazo máximo do contrato será de 60 meses. Segundo artigo 57 da Lei 8666/93
é permitido uma única prorrogação por mais de 60 meses.
● Aluguel de equipamentos e programas de informática: Prazo máximo de 48 meses.
● Contratos de Concessão ou Permissão de Serviço Público: Podem ter prazos
diferenciados, de acordo com a lei que cuidar do serviço delegado, a lei que cuida do
serviço dará o prazo máximo do contrato de concessão ou permissão.
As cláusulas exorbitantes fazem parte apenas dos contratos tipicamente administrativos. São
cláusulas incomuns ou consideradas ilícitas se pactuadas no direito privado por se submeterem
ao regime jurídico administrativo. Desta forma, são prerrogativas concedidas ao Poder Público
para contratar.
a) Fiscalizar
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 55
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Não se aplica a cláusula da exceção do contrato não cumprido ou exceptio non adimpleti
contractus (não sou obrigado a fazer a minha parte no contrato se você não fez a sua).
A administração pública não paga e a pessoa tem que continuar fornecendo. Após 90 dias sem
pagamento pode-se suspender o serviço. Há quem diga que é aplicada de forma mitigada.
Fato do príncipe: medidas de ordem geral não relacionadas com o contrato, mas que nele
repercutem e provocam desequilíbrio econômico-financeiro. Fato geral não dirigido ao contrato,
mas que afeta a execução contratual. Fui contratado pela administração para construir hospital,
devendo usar um cimento importado. Quando fizemos o contrato o saco custava US$10 ou
R$10.Agora para comprar um saco gastaria R$100. Houve desvalorização da moeda, afetando o
contrato, causando desequilíbrio.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 56
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
administração não desapropriou o terreno. Omissão dirigida ao contrato. Outro exemplo é a falta
de licença ambiental da área em que será construído o hospital.
CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÃO
Não serão objeto de execução indireta na Administração Pública federal direta, indireta,
autárquica e fundacional os seguintes serviços:⠀
IMPORTANTE: perceba que não será possível a contratação de serviços para o desempenho de
funções atribuídas por lei às diversas carreiras federais.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 57
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Já para as Empresas públicas e Sociedades de economia mista controladas pela União, restou
proibida a contratação de serviços que demandem a utilização de de profissionais com atribuições
inerentes às dos cargos integrantes de seus Planos de Cargos e Salários, com algumas exceções
previstas no art. 4º do Decreto 9.507/2018.
I - Permissões e concessões
O fundamento das permissões e concessões de serviço público encontra guarida no art. 175 da
CF/88. Trata-se de Instrumento através dos quais o poder público transfere a execução de
serviços ou obras públicas para particulares. A titularidade de um serviço ou uma obra pública
pertence à administração e é intransferível. Quando a administração for transferir o serviço ou
obra pública para o particular, deverá abrir licitação para escolher a pessoa que reúna as
melhores condições para executar.
Mesmo que o dano tenha ocorrido pela falha de fiscalização do poder público, o art. 25 da lei diz
que não afastará a sua responsabilidade. Responderá de forma objetiva – independe da
comprovação de culpa e dolo, apenas nexo causal. A prestação de serviços públicos representa
uma relação de consumo.
Cumprimento do objeto.
Encampação: fim antes do prazo por razões de interesse público – feita unilateralmente pelo
poder público
Caducidade: fim antes do prazo por descumprimento de obrigações pelo concessionário – feita
unilateralmente pelo poder público.
Rescisão: fim antes do prazo por descumprimento de obrigações pelo poder público – pelo poder
concedente (não paga ou paga com atraso) – quem promove é o particular, via poder judiciário,
somente.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 58
e-mail: a tendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
É o contrato pelo qual o Estado (poder concedente transfere a prestação de um serviço público a
uma pessoa jurídica por prazo determinado, mediante licitação na modalidade concorrência e
remuneração (tarifa) paga pelo usuário. Exemplo: telefonia fixa, rádios e TVs, rodovias, portos,
transporte aéreo de passageiros.
A concessão comum t em por objeto a execução de serviços ou obras públicas, e apresenta como
principal fonte de execução a cobrança de tarifa dos usuários.
É adotada quando o Estado não tem dinheiro para fazer uma obra. O particular constrói a obra e
depois cobra pela sua utilização.
Têm natureza jurídica de concessão, e foram criadas para novas possibilidades da execução de
serviços e, principalmente, execução de obras públicas para particulares.
Art. 22, XXVII, CF/88. Competência da União para legislar sobre contratos é só para edição de
normas gerais. Isso significa que cada Estado ou Municípios poderão editar uma legislação a
esse respeito.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 59
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
a) cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
Tipo de concessão com distribuição objetiva dos riscos, entre o particular (parceiro
privado) e o Estado (parceiro público):
Deve haver o compartilhamento de riscos e dos ganhos resultantes da redução dos riscos.
Ademais, deve ser criada uma sociedade de propósito específico para que essa fique responsável
por gerir o contrato da PPP.
Concessão Administrativa: só incide sobre serviços. Contrato em que a Administração Pública é
usuária direta ou indireta do serviço público, e, portanto, a remuneração do parceiro privado se dá
somente por meio de contraprestação paga por ela – não haverá cobrança de tarifa pelos
usuários. Trata-se de um simples contrato de prestação de serviços em que à medida que ele vai
executando os serviços, recebe por isso. (Ex: construção e manutenção de uma unidade
prisional).
V - Consórcio Público
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 60
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Conceito:
São aqueles que pertencem à pessoa jurídica de direito público ou aqueles que está destinado à
prestação de serviço público.
Bens de uso comum do povo: ruas, praças e mares. Fazem parte do chamado patrimônio público
indisponível.
Bens de uso especial: são aqueles com destinação específica: prédios de repartição,
cemitérios públicos e mercados municipais. Fazem parte do chamado patrimônio público
indisponível.
Exemplo: terras devolutas e viaturas inutilizadas da polícia. Fazem parte do chamado patrimônio
público disponível. Segundo o art. 99, I, CC, os bens dominicais são aqueles que pertencem ao
patrimônio das pessoas de direito público como objeto de direito real ou pessoal.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 61
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Afetação x Desafetação
Afetação: é dar destinação pública a um bem que até então não tinha.
Regime jurídico:
É caracterizado pela:
Imprescritibilidade absoluta (não pode ser objeto de ação de usucapião, mas pode usucapir),
Súmula 619 do STJ - A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza
precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.
Impenhorabilidade absoluta – As dívidas públicas devem ser pagas mediante precatório, sendo
vedada a penhora de seus bens. (Vide art. 100, CF/88,sobre precatórios)
Espécies:
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 62
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Particulares em colaboração: exercem funções públicas (às vezes sem remuneração e em caráter
temporário), mas não pertencem aos quadros permanentes da administração. Exemplo:
requisitados de serviço (mesários e conscritos) e titulares de cartórios, notários, tabeliães e
registradores (concurso público, não tem cargo público, tem múnus público, função pública, não
se sujeitam a aposentadoria compulsória, ou seja, aos 70 anos).
Empregados públicos: atuam em pessoa jurídica de direito privado, ingressam por concurso, tem
relação contratual com o Estado, regida pela CLT, são empregos públicos, tem período de
experiência de 90 dias.
Servidores públicos estatutários: pessoa jurídica de direito público, ingressam por concurso
público, possuem cargos públicos, com a posse vem o estágio probatório de 3 (três) anos.
Características:
Ser aprovado em concurso não gera direito à posse. Porém, o direito à posse surge nos seguintes
casos:
Ingresso:
Art. 37, I, CF – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Será mediante aprovação em concurso público, caso seja nomeado e tome posse.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 63
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
O aprovado em concurso dentro do número de vagas previsto no edital tem direito subjetivo à
nomeação, dentro do prazo de validade do concurso. Art. 37, III,CF: o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Exceções:
Contratações por prazo determinado: (art. 37, IX, CF) a lei estabelecerá os casos de
contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público.
Provimento:
25
SÚMULA VINCULANTE 43 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 64
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Estágio probatório:
Via de regra, nos termos do art; 37, inc. XVI, é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários e nos seguintes casos:
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 65
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela
administração pública.26
Súmula 633
Assunto: Prazos para revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública.
A Lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para revisão de atos
administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma
subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a matéria.
Princípios:
● Publicidade
● Contraditório e Ampla defesa.
ATENÇÃO: A súmula vinculante 05 estatui que não é obrigatória que a defesa do administrado
seja feita por um advogado, ficando a critério da parte a escolha.
26
STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 e STJ. 1ª Seção. REsp
1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 66
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Início do processo:
Instrução:
● Autoridade competente;
● Apresentação da decisão e realização do atos necessários a sua eficácia;
Recurso:
● Prazo de 10 dias contados da ciência da decisão, perante a própria autoridade que julgou, tendo
essa 05 dias para retratar-se ou encaminhá-lo à autoridade superior.
● Só será cabível recurso hierárquico impróprio em caso de expressa previsão normativa.
● Só se houver fato novo suscetível a comprovar a inadequação da sanção poderá ser proposta
revisão (único caso em que é vedada a agravação da penalidade).
● Reformatio in pejus. Regra geral: É possível.
27
Ocorre quando a autoridade competente ao decidir remete sua fundamentação a um parecer, a doutrina e
jurisprudência admitem tal forma de motivação.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 67
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Validade do concurso: até 2 anos (decisão discricionária) admitida 1 prorrogação por igual
período (decisão vinculada), contado a partir da homologação do concurso.
#PODECAIR
● Pessoas com deficiência tem direito reserva de 05% a 20% das vagas e, em caso de fração o nº deve
ser elevado para o subsequente;
● Candidato aprovado dentro das vagas tem direito subjetivo à nomeação;
● É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público (súmula 684
do STF);
● Candidato aprovado em 1º lugar tem direito subjetivo à nomeação, ainda que o concurso tenha
sido realizado apenas para cadastro reserva;
● O STF entende que é constitucional a cláusula de barreira constante em edital;28
● O candidato só pode ser classificado devido a condenações na esfera penal se essa já houve
transitado em julgado.
● É constitucional a remarcação de curso de formação para o cargo de agente penitenciário feminino
de candidata que esteja lactante à época de sua realização, independentemente da previsão
expressa em edital do concurso público;
● O STF entende que é constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja
grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso
público
● O STF entende que é inconstitucional dispositivo legal que preveja a possibilidade de o indivíduo
aprovado no concurso tomar posse e entrar em exercício, de imediato, na classe final da carreira.
ATENÇÃO: A súmula 266 do STJ informa que o diploma ou habilitação legal para o
exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso
público29. Essa é a regra geral, todavia, essa regra não se aplica aos cargos de
28
Limitar a quantidade de classificados.
29
Tal assunto foi cobrado na prova de segunda fase de direito administrativo, no XXVIII Exame da Ordem.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 68
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Tipos de concursos:
a) de provas e títulos: tem nota da prova e nota de títulos (mestrados, por exemplo) – quando
exige uma formação específica. Exemplo: procurador, engenheiro do município.
b) de provas: quando cargo não exige formação específica. Exemplo: vigilante, auxiliar de
limpeza.
O art. 4º da lei traça os instrumentos da política urbana, dentre eles destacam-se o IPTU
progressivo, desapropriação com títulos, direito de preempção (aquele que confere ao poder
público municipal preferência para aquisição de imóveis objeto de uma alienação onerosa entre
particulares), outorga onerosa do direito de construir (solo ocupado).
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 69
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
A partir dessa lei, praticado um ato lesivo, a pessoa jurídica sofrerá sanções nos campos civil e
administrativo.
#SELIGA: Serão considerados atos lesivos aqueles que atentem contra o patrimônio público
nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos
30
internacionais assumidos pelo Brasil, conforme explicita o art. 5º dessa lei.
Sanções
O candidato deve se atentar que há a possibilidade de aplicação de sanções, tanto no âmbito civil
(judicial), quanto no âmbito administrativo.
30
Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles
praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º , que atentem contra o patrimônio público nacional
ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim
definidos:
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele
relacionada;
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos
nesta Lei;
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou
a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
IV - no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento
licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato
administrativo;
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de contratos celebrados
com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos
contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a administração pública;
V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação,
inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 70
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
O candidato deve se atentar também que a aplicação das penalidades previstas nesta lei em
nada afeta e/ou influi os processos de responsabilização e aplicação de penalidades decorrentes
de outras leis, tais as quais, a Lei de Improbidade Administrativa, a lei 8.666/93 e etc.
31
Atente-se que quem instaura o procedimento é responsável também por seu julgamento.
32
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções: I - a gravidade da infração; II - a vantagem auferida ou pretendida
pelo infrator; III - a consumação ou não da infração; IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; V - o efeito negativo produzido pela infração; VI - a
situação econômica do infrator; VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; VIII - a existência de mecanismos e
procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta
no âmbito da pessoa jurídica; IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 71
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Essa é a parte do assunto que possui a maior probabilidade de ser explorada em prova!
É o acordo, regulamento pelo art. 16 da Lei nº 12.846/13, através do qual a pessoa jurídica realiza
uma espécie de “Delação Premiada”, ou seja, a responsável pela prática dos atos lesivos
colabora efetivamente com as investigações e com o processo administrativo e, em troca disso
recebe alguns benefícios.
Além das súmulas já indicadas no decorrer da apostila, segue lista com as que o candidato não
pode deixar de ler antes do Exame da Ordem.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 72
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Súmula 633 - STJ: A Lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para
revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de
forma subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a
matéria.
Súmula 634 -STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na lei de
impropriedade administrativa para os agentes públicos.
Súmula 635- STJ: Os prazos prescricionais previstos no artigo 142 da Lei 8.112/90 iniciam-se na
data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo tomar
conhecimento do fato, interrompendo-se com o primeiro ato de instauração válido, sindicância de
caráter punitivo ou processo disciplinar, e volta a fluir por inteiro após decorridos 140 dias desde a
interrupção.
Súmula 525 - STJ: A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos
institucionais.
Súmula 510- STJ: A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros
não está condicionada ao pagamento de multas e despesas.
Súmula 354- STJ: A invasão do imóvel é causa de suspensão do processo expropriatório para
fins de reforma agrária.
Além das súmulas já indicadas no decorrer da apostila, segue lista com as que o candidato não
pode deixar de ler antes do Exame da Ordem.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 73
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br
APOSTILA
Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública
direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.
Súmula Vinculante 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato
a cargo público.
Súmula 21 - STF: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.
Súmula 36: Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade.
Súmula 383- STF: A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos
e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular
do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo.
Súmula 473 - STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial. Súmula Vinculante 37 -Não cabe ao Poder Judiciário, que não
tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de
isonomia.
Súmula 683 -STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em
face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 707, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 74
e-mail: atendimento@provadaordem.com.br