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SUMÁRIO
3. INTERVENÇÕES DE TERCEIRO 13
5. AMICUS CURIAE 17
6. FLEXIBILIZAÇÃO PROCEDIMENTAL 18
a) Dilação dos Prazos Processuais 18
b) Alteração da Ordem de Produção das Provas 18
● Condições da Ação 19
● Prazos da Fazenda Pública 19
9. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 23
a) Honorários Advocatícios em Diferentes Fases do Processo 23
● Percentual dos Honorários Advocatícios 23
● Reconhecimento da Natureza Alimentar dos Honorários Advocatícios 24
● Vedação à Compensação de Honorários de Sucumbência 24
● Honorários de Sucumbência para os Advogados Públicos 25
● Intimação da Sociedade de Advogados ou do Escritório de Advocacia 25
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11. COMPETÊNCIA 28
a) Critérios de Determinação de Competência 29
b) Forma de Arguição da Incompetência 31
c) Prazo para Arguição da Incompetência 32
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A elaboração do Novo Código de Processo Civil (NCPC), Lei Federal nº 13.105, sancionada em
16 de março de 2015, orientou-se precipuamente por cinco objetivos:
Após o período de vacatio legis de 1 ano contado da data de sua publicação, o Novo CPC de
2015 entrou em vigor trazendo mudanças na dinâmica processual brasileira.
Tendo em vista sua importância para os operadores do Direito, a nova legislação afetou
diretamente as questões do Exame de Ordem, exigindo dos candidatos o conhecimento dos
novos aspectos, regras e princípios trazidos pelo CPC de 2015.
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1) Normas fundamentais (princípios e regras) são incluídas no primeiro capítulo do Novo CPC
(arts. 1º a 12 do NCPC);
2) As sentenças ou acórdãos proferidos pelos juízes e tribunais obedecerão
preferencialmente à ordem cronológica de conclusão (art. 12 do NCPC), exceto em
hipóteses específicas, como nas causas que exijam urgência no julgamento (art. 12, § 2º,
IX, do NCPC);
3) Há uma flexibilização procedimental conferindo aos magistrados os poderes de aumentar
os prazos processuais e de alterar a ordem de produção de provas (art. 139, VI, do
NCPC);
4) A criação do negócio jurídico processual, o qual possibilita às partes alterar o procedimento
para a tramitação do processo quando este versar sobre direitos que admitam a
autocomposição (art. 190 do NCPC);
5) O ato praticado antes do início da contagem do prazo processual é considerado tempestivo
(art. 218, § 4º, do NCPC);
6) Os prazos processuais passam a ser contados somente em dias úteis (art. 219 do NCPC);
7) O período compreendido entre 20 de dezembro e 20 de janeiro suspende os prazos
processuais, sendo considerado como verdadeiras “férias para os advogados” (art. 220 do
NCPC);
8) A determinação de honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença,
na execução, e nos recursos interpostos, de modo cumulativo àqueles arbitrados em
sentença (art. 85, § 1º, do NCPC);
9) Os honorários advocatícios são reconhecidos como crédito alimentar do advogado (art. 85,
§ 14, do NCPC);
10) Os advogados públicos receberão honorários de sucumbência (art. 85, § 19, do NCPC);
11) É expressamente admitida a prática eletrônica de atos processuais (art. 193 do NCPC);
12) Novos critérios de determinação da competência são instituídos (art. 53 do NCPC);
13) A alegação da incompetência relativa torna-se questão preliminar, extinguindo-se,
portanto, a exceção de incompetência relativa (art. 64, caput, do NCPC);
14) O juiz pode solicitar ou admitir o amicus curiae de ofício, a requerimento das partes ou de
quem pretenda manifestar-se no processo (art. 138 do NCPC);
15)O processo cautelar deixa de existir e é criada a “Tutela Provisória”, dividida em tutela de
urgência (cautelar ou antecipada) e de evidência (art. 294 a 311 do NCPC);
16) O procedimento ordinário e o procedimento sumário são unificados no “Rito Comum” (art.
318 do NCPC);
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17) Criação de uma audiência obrigatória de conciliação ou de mediação (art. 334 do NCPC);
18) O “ônus dinâmico da prova”, o qual possibilita ao magistrado a redistribuição do ônus
probatório, informando-se esta decisão às partes (art. 373, § 1º, do NCPC);
19) Os magistrados de primeiro grau têm a obrigação de confrontar todos os tópicos e
argumentos deduzidos pelas partes, não sendo considerada como fundamentada a
decisão que não observar essa adequação (art. 489, IV, do NCPC);
20) Os limites objetivos da coisa julgada são ampliados, passando as questões prejudiciais
decididas nos autos principais a ter força de lei em determinadas hipóteses (art. 503, § 1º,
I, II e III, do NCPC);
21) O Poder Judiciário deverá observar, com a finalidade de estabilizar a jurisprudência, o
sistema de precedentes vinculantes ou obrigatórios (art. 927 do NCPC);
22) Cria-se o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) (arts. 976 a 987 do
NCPC);
23) Fica estabelecido o Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica (arts. 133 a
137 do NCPC);
24) O sistema recursal é simplificado e há uniformização dos prazos (art. 1.003, § 5º, NCPC) -
salvo algumas exceções construídas pela jurisprudência (Ex.: Súmula 699 do STF em
matéria Penal);
25) As hipóteses de cabimento dos embargos de divergência são ampliadas, possibilitando
que o acórdão de órgão fracionário seja embargado diante da verificação de teses
contrapostas, tanto no mérito, quanto em juízo de admissibilidade (art. 1043, I, II, III e IV,
§§ 1º, 2º, 3º e 4º), além de vedar ao tribunal a inadmissão deste recurso “com base em
fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a
existência da distinção” (§ 5º do mesmo artigo, NCPC);
26) Os embargos infringentes foram extintos (art. 551 do CPC/1973) e substituídos por um
procedimento semelhante de natureza não recursal (art. 942 do NCPC);
27) O agravo retido é extinto (art. 1.009 do NCPC);
28) A reclamação da parte interessada ou Ministério Público será cabível não somente
quando houver negativa de aplicação da decisão de determinado tribunal, mas também
quando houver aplicação indevida de tais decisões a caso específico, sobre o qual estas
não deveriam incidir (art. 988, II, e § 4º do NCPC).
PARTE GERAL
A PARTE GERAL prevista no NCPC é a que mais regulamenta o processo civil brasileiro, não é a
toa, que é a que mais possui livros.
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PARTE ESPECIAL
A parte especial prevista no NCPC possui menos livros do que a parte geral, sendo
extremamente específica, cuidando apenas da parte do cumprimento de sentença e execução.
PARTE COMPLEMENTAR
Abaixo realizaremos um estudo detalhado de cada princípio, para que não reste dúvida acerca do
conteúdo dos mesmos.
A intenção de incluir o princípio da solução consensual dos conflitos no NCPC, é fazer com o
judiciário não exclua qualquer análise de ameaça ou lesão a um direito, conforme prevê o art. 3º
do NCPC.
Ou seja, conforme legislação existente, o judiciário poderá utilizar como meio de solução de
consensual de conflito a arbitragem, a mediação ou qualquer outro que consensual. Caberá aos
juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do
processo judicial, estimular a utilização de qualquer desses meios.
Com o que dito até agora, podemos verificar que o NCPC (art. 3º NCPC), além destacar o
princípio da solução consensual dos conflitos, também consagra o princípio de promoção, pelo
Estado, uma vez que o mesmo, sempre buscará, quando possível, a solução por
autocomposição.
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NÃO ESQUECER: TODA forma de solução judicial de conflitos previstos no NCPC, coexistirá
com outros meios de solução de conflitos extrajudiciais, que serão vinculados aos órgãos
institucionais, como por exemplo a arbitragem (Lei 9.307/96), que é realizada por profissionais
independentes.
Conforme prevê o art. 4º do NCPC, o princípio da primazia da decisão de mérito, prevê que as
partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa.
Podemos afirmar que este princípio decorre diretamente do Princípio da Instrumentalidade das
Normas.
1) Art. 139, IX, do NCPC: Este dispositivo cuida dos poderes do juiz, estabelecendo como um
dever do magistrado que este determine a correção dos vícios dos processos. Assim que
determina a correção dos defeitos processuais, o juiz prioriza a solução de mérito,
impedindo que o processo seja extinto sem resolução de mérito.
2) Art. 282, § 2º, do NCPC: Caso o juiz verifique a possibilidade de decidir o mérito a favor da
parte que se beneficiaria com a decretação de nulidade, não mandará repetir o ato, nem
suprir sua falta se não houver prejuízo à parte, resolvendo, então, o mérito.
3) Art. 317 do NCPC: Segundo este artigo, o juiz deve possibilitar à parte que corrija defeitos
sanáveis antes de proferir uma decisão sem resolução de mérito.
4) Art. 319, § 2º, do NCPC: Por força deste dispositivo, percebe-se que mesmo sem a
qualificação completa do réu, se ainda for possível citá-lo, o juiz não deve indeferir a lb
n,petição inicial e extinguir o processo sem resolução de mérito.
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5) Art. 321 do NCPC: O juiz deve indicar quais são os vícios presentes na petição inicial do
autor e determinar a sua emenda. Apenas se o autor não cumprir a diligência necessária
será indeferida a petição.
6) Art. 317 do NCPC: Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá
conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
7) Art. 338 do NCPC: O réu, ao alegar a sua ilegitimidade no processo, permite ao autor
substituir aquele que está no polo passivo da demanda pela parte legítima, sem a
necessidade de uma intervenção de terceiro.
8) Art. 352 do NCPC: No momento do saneamento do processo, mais que em qualquer outro,
o juiz deve determinar a correção de irregularidades e vícios que verificar, e concederá a
parte o prazo de 30 dias, para saneamento.
9) Art. 485, § 1º, do NCPC: Nas hipóteses de negligência das partes e abandono pelo autor, o
juiz deverá intimar a parte (e não seu advogado) pessoalmente para que possa suprir-lhe a
falta no prazo de 5 dias e evitar, portanto, a extinção do processo sem resolução do mérito.
10) Art. 485, § 7º, do NCPC:O presente dispositivo menciona que, oferecida a contestação, a
extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
11) Art. 932, § Único, do NCPC: Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator
concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou
complementada a documentação exigível.
Podemos concluir, dessa forma, que o presente princípio tem como finalidade assegurar aos
interessados (autor e réu), uma prestação jurisdição efetiva e sem vícios, de modo que existam
decisões satisfativa que coloquem fim ao processo.
O Art. 5º do NCPC, prevê claramente o princípio da boa fé processual, pois afirma que aquele
que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Podemos afirmar que o presente princípio estipula um dever legal de agir, sendo seu objetivo
coibir condutas abusivas ou ofensivos à justiça.
O princípio da boa fé é tão clara no NCPC, que prevê algumas sanções em caso de
descumprimento de tal princípio. Podemos elencar alguns exemplos de sanção:
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PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO
Conforme prevê o art. 6º do NCPC, todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para
que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
No NCPC, tal princípio tem sua previsão no art. 9º, e nele contém o seguinte texto:“Não se
proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida”.
Não se pode esquecer ainda, o dispositivo acima mencionado não será aplicado nos seguintes
casos:
Isto posto, vemos que o princípio do contraditório assegura às partes, além da possibilidade de se
pronunciarem no processo, o direito de serem ouvidas e de ajudarem na formação do
convencimento do magistrado.
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Preclusão: é a perda do direito de praticar um ato processual que lhe era facultativo.
Consequentemente, o princípio da motivação das decisões judiciais, conforme prevê o art. 11º do
NCPC, busca que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário sejam públicos, e todas
as decisões devidamente fundamentadas, sob pena de nulidade.
ATENÇÃO: Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das
partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Segundo o art. 11 do NCPC, assim como o art. 5º, LXI, da CF/88, todas as decisões judiciárias
devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Contudo, esta regra não é absoluta, pois o
legislador expressamente determinou, no art. 489, § 1º, do NCPC, as decisões que não podem
ser consideradas como “fundamentadas”. Assim, não será considerada fundamentada a decisão
que:
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Este princípio está com o princípio da primazia do mérito, já explicado nesta apostila, sendo que
ambos estão previsto no no art. 4º do NCPC (já previsto no art. 5º, inciso LXXVIII, da CF/88).
Tal princípio deve ser analisado juntamente com a regra do art. 12 do NCPC, a qual determina
aos juízes e aos tribunais que obedeçam, preferencialmente, à ordem cronológica dos
processos, ou seja, respeitando o dia de entrada dos processos na conclusão.
EXEMPLO: Se o processo entrou hoje para ser sentenciado, não poderá ser julgado antes do
processo que entrou ontem).
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A ordem de conclusão dos processos para a sentença deve ser divulgada pela serventia judicial e
atualizada diariamente em uma lista para consulta pública, criando para a sociedade e para a
advocacia uma previsão de quando o processo será julgado, dando mais força normativa ao
princípio da duração razoável do processo.
Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as
preferências legais.
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de
diligência ou de complementação da instrução;
Isto posto, verifica-se que existe toda uma ordem cronológica para não possuir vícios, passíveis
de serem reclamados.
3. INTERVENÇÕES DE TERCEIRO
A intervenção de terceiros é um fenômeno processual no qual um terceiro ingressa no processo
já pendente entre as partes, para defender interesses jurídicos próprios, auxiliar uma das partes
ou colaborar com o referido órgão jurisdição.
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c) Chamamento ao Processo (arts. 130 a 132, NCPC): é facultado ao réu (e somente a ele)
chamar a integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los
também responsáveis pelo resultado do feito, ou seja, caberá a presente interdição
quando: I- do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II- dos demais fiadores, na ação
proposta contra um ou alguns deles. III - dos demais devedores solidários, quando o credor
exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
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A oposição (arts. 682 a 686, do NCPC) passa a ser um procedimento especial e a figura da
nomeação à autoria desaparece e seu objeto é tratado como preliminar de contestação (art. 339
do NCPC).
No Novo CPC/2015 (arts. 133 a 137), este procedimento passa a ser instaurado em incidente no
qual deve-se apurar, em contraditório prévio, a ocorrência ou não das seguintes situações
autorizadas pela lei.
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Com o intuito de se evitar risco de dano aos interesses do credor, o art. 137 do NCPC ainda
determina a ineficácia da alienação ou oneração dos bens (havida em fraude de execução), em
relação ao requerente, se o pedido de desconsideração da personalidade jurídica for acolhido.
5. AMICUS CURIAE
Com mencionado anteriormente, a presente interdição de terceiro está previsto no art. 138 do
NCPC.
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Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes
do amicus curiae.
A falta de intimação ou o indeferimento do ingresso do amicus curiae não gera nulidade e ele não
se sujeita à suspeição ou impedimento.
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6. FLEXIBILIZAÇÃO PROCEDIMENTAL
A flexibilidade procedimental é algo previsto em nossa legislação (art. 139, VI, do NCPC), e
trata-se da autorização para que o juiz, ao dirigir o processo, possa: dilatar os prazos processuais
e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de
modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
Dessa forma, vemos que o NCPC conferiu ao juiz dois novos poderes dentro do processo: um de
aumentar os prazos processuais e outro de alterar a ordem de produção de provas, os quais
terão bastante impacto na relação processual,que passa a ser explicada a seguir.
O art. 4º do NCPC é claro ao prever que as partes têm o direito de obter em prazo razoável a
solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Isto posto, a dilação de prazo também
faz com que, a parte tenha prazo razoável para solucionar o problema, quando a demanda for
muito complexa.
Com relação ao aumento dos prazos processuais, o juiz pode, de ofício ou provocado pela parte,
alterar o prazo de contestação, alterar o prazo de apelação, etc.
No caso de uma petição complexa, o juiz poderia ampliar o prazo de contestação de 15 para 2
meses, a fim de não prejudicar a defesa do réu e garantir a isonomia. O juiz também poderia
modificar o prazo de interposição do recurso de apelação para que as partes se manifestassem
em 40 dias, por exemplo. Este poder do magistrado busca assegurar a isonomia na relação
processual.
Atualmente, o NCPC prevê em seu art. 139, VI, que poderá a parte solicitar junto ao magistrado,
por exemplo, que realize primeiramente a produção da prova testemunhal em virtude das demais
provas, ou até mesmo, abra mão de prova pericial.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
Com o surgimento do NCPC, houve também mudanças no que se trata as condições da ação.
Utilizando isso como base, verificamos que o art. 17 do Novo CPC de 2015, exige para que seja
ação legítima:
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Conforme a legislação atual, a Fazenda Pública não possui mais prazo em quádruplo para
contestar, conforme normas anteriores. Isto posto, o NCPC, em seu art. 183 do NCPC, prevê que
a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações
terão prazo em dobro para manifestar-se, seja para apresentar defesa, seja para recorrer, seja
para realizar qualquer manifestação nos autos.
Sobre tal possibilidade, o diploma processual civil (vide art. 190 afirma) afirma que: “Versando o
processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar
sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo”.
Com o intuito de se obter o benefício da efetividade no processo, o Novo CPC trouxe uma
cláusula geral de “negócio jurídico processual”. Trata-se de verdadeira adaptação das regras
legais às circunstâncias do caso concreto.
Isto posto, de comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.
Além do mais, o calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão
modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
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O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando
acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela
autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
a) Capacidade das partes: devem ser maiores de 18 anos ou, se forem relativamente ou
absolutamente incapazes, assistidas ou representadas. Não se exige a presença do
advogado, apenas nos negócios jurídicos pós-processuais que exigem capacidade
postulatória (art. 76 do NCPC).
b) Idoneidade do objeto: não pode ser ilícito o objeto.
c) Legitimidade: existência de relação jurídica material entre as partes.
d) Consentimento: deve estar livre de vícios de consentimento (não pode haver coação,, erro,
dolo, estado de perigo ou lesão).
e) Objeto: não pode ser impossível ou indeterminável.
f) Forma: se houver uma forma específica determinada pela lei, esta deve ser observada
(exemplo: o contrato de constituição de renda requer escritura pública, conforme o art. 807
do CC/02).
● Nulidade Absoluta dos Negócios Jurídicos Processuais: podem ser pronunciadas de ofício
pelo magistrado a qualquer tempo (art. 168 do CC/02) ou a parte pode ajuizar ação para
que seja declarada a nulidade, ou ainda alegar o vício em processo pendente.
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Segundo estabelece o art. 218 do NCPC, os atos processuais serão realizados nos prazos
prescritos em lei. Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à
complexidade do ato.
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento
após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a
prática de ato processual a cargo da parte.
IMPORTANTE: Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Para realizar a contagem corretamente dos prazos é necessário observar o que prevê o Art. 219
do NCPC, pois o mesmo estabelece que a contagem de prazo ocorrerá em dias, conforme a lei
ou determinação do juiz, e serão computados somente os dias úteis.
Isto posto, podemos verificar que no Novo CPC/2015, os prazos processuais (judiciais e legais)
serão estabelecidos em dias passam a ser contados somente em dias úteis (excluem-se os
sábados, domingos e feriados locais e nacionais).
A contagem do prazo continua excluindo o dia do início e incluindo o dia do vencimento (art. 224,
caput, do NCPC).
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Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte,
se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da
hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça
de maneira expressa.
RECESSO JUDICIAL
O NCPC, em seu art. 220, estabelece que haverá suspensão dos prazos processuais entre os
dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, consagrando período de descanso para os referidos
procuradores.
Todavia, isso não quer dizer que a Justiça entrará totalmente em recesso, uma vez que, os juízes,
os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares
da Justiça exercerão suas atribuições durante o período em lei.
Ou seja, durante a suspensão do prazo, apenas não se realizarão audiências nem sessões de
julgamento, sendo nesse período ainda podem ser proferidas decisões monocráticas.
Trata-se de uma suspensão automática dos prazos, cuja violação gera invalidade do ato
processual praticado entre estes dias específicos.
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9. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Primeiramente, é necessário mencionar que os todos os advogados fazem jus aos honorários
advocatícios, podendo ser eles contratuais ou sucumbenciais, não sendo impedido a cumulação
dos dois.
Outra novidade trazida pelo NCPC (art. 85, § 2º) diz respeito ao percentual de fixação dos
honorários advocatícios. Os honorários de sucumbência não serão mais fixados de acordo com a
discricionariedade do juiz.
Então, se não for uma sentença condenatória, o juiz fixará o percentual sobre o valor do proveito
econômico da ação; se não for possível extrair da ação proveito econômico, o juiz vai fixar o
percentual de 10 a 20 % de honorários sobre o valor da causa. Com isso não há mais
possibilidade de o juiz fixar os honorários de sucumbência em patamares irrisórios.
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O art. 85, § 14, do NCPC, determina expressamente o caráter alimentar dos honorários
advocatícios, tendo os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo
vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
É importante mencionar que a Súmula Vinculante nº 47, também confirma a natureza alimentar
dos honorários do advogado.
Isto posto, cabe ao magistrado fixar o valor dos honorários para cada advogado, conforme a
proporção das respectivas sucumbências.
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Além disso, o art. 85, § 2º do NCPC determina que os honorários serão fixados entre o mínimo de
dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, estabelecendo um critério
de fixação.
Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da
data do trânsito em julgado da decisão. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar
em causa própria.
Fazem jus aos honorários sucumbenciais, tantos os advogados particulares, como os advogados
públicos, conforme menciona o art. 85, § 19 do NCPC.
ATENÇÃO: Vale lembrar que nada impede que o advogado cumule os honorários
contratuais com os honorários sucumbenciais.
Conforme prevê o art. 272 do NCPC, as intimações serão realizadas por meio eletrônico, e
quando não realizadas por esse meio, serão feitas as intimações pela publicação dos atos no
órgão oficial.
Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da
sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do
Brasil.
Os atos processuais eletrônicos já vinha sendo utilizado pelo judiciário brasileiro, antes mesmo da
publicação do NCPC.
Logo, não havia motivos para que o NCPC não regulasse tal prática. Dessa forma, no art. 193 do
NCPC, dispõe que “Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a
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permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na
forma da lei”.
Devemos lembrar que os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos,
o acesso e a participação das partes e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões
de julgamento, observadas as garantias da disponibilidade, independência da plataforma
computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações
que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções (vide art. 194 do NCPC)..
Por fim, a legislação afirma que o registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em
padrões abertos, que atenderão aos requisitos de autenticidade, integridade, temporalidade, não
repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade,
observada a infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei (vide
art. 196 do NCPC).
Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem
disponibilizados os equipamentos disponíveis no local.
As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus
sítios na rede mundial de computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à
comunicação eletrônica dos atos processuais e à assinatura eletrônica.
AUTOS ELETRÔNICOS
Conforme prevê o art. 209, § 1º, do CPC/2015, quando se tratar de processo total ou
parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do
juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico
inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e
pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.
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Em regra, os processos poderão ser acessados por qualquer pessoa, a que tenha interesse,
salvo os casos em que houve segredo de justiça.
Por esse motivo, o art. 198 do NCPC prevê que as unidades do Poder Judiciário deverão manter
gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à prática de atos
processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes.
IMPORTANTE: Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde
não estiverem disponibilizados os equipamentos previstos no parágrafo acima.
Sobre as comunicações por meio eletrônico, o NCPC em seu art. 205, § 3º, prevê que os
despachos, decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos
continuarão a ser publicados por meio do DJe, o Diário de Justiça Eletrônico.
Além disso, faz-se necessário mencionar que qualquer movimentação no processo será dado por
intimação. Ou seja, segundo estabelece o art. 269 do NCPC, a Intimação é o ato pelo qual se dá
ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei. Tal medida
também será aplicado ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública.
Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação
dos atos no órgão oficial.
Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da
sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do
Brasil.
Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de
seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou,
se assim requerido, da sociedade de advogados.
Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam
feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.
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A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba
praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.
Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos,
a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da
intimação da decisão que a reconheça.
O NCPC em seu art. 246, § 1º, afirma que com exceção das microempresas e das empresas de
pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas
de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais
serão efetuadas preferencialmente por esse meio.
11. COMPETÊNCIA
Para melhor explicar as regras de competência, é necessário observar o que prevê o NCPC, pois
os dispositivos ali descritos trazem as regras como devem ser fixada e classificada a referida
competência da jurisdição.
A incompetência absoluta poder ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício. O juiz, após manifestação da parte contrária, decidirá imediatamente a
alegação de incompetência.
Caso a alegação de incompetência seja, acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
Todavia, o Art. 64, § 4º, do NCPC, por sua vez, estabelece a conservação dos efeitos das
decisões proferidas no juízo incompetente até que se manifeste o juízo competente, se for o
caso.
Já a competência relativa é fixada levando em conta o interesse privado, uma vez que ela é
fixada de acordo com o valor da causa ou em razão da territorialidade. A presente incompetência
apenas poderá requerida pelo réu no prazo de sua resposta.
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ATENÇÃO: A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas
causas em que atuar.
Estes critérios são tratados como condicionantes que levam à fixação do órgão que julgará a
causa:
● Valor da causa: toda causa tem indicativo de valor, servindo para a fixação da
competência dos JECs (até 40 salários mínimos, no JEC Estadual; e até 60 salários
mínimos nos Juizados Federais), por exemplo. O valor da causa também serve para fins
de despacho, para pagamento de custas judiciais, para fixar honorários de sucumbência
em algumas hipóteses. O Novo CPC, em seu art. 318, não trata mais o rito sumário (foram
unificados o procedimento ordinário e o sumário), como o código anterior extinto, não
servindo o valor da causa como critério de identificação de rito processual, só para os
juizados.
● Pessoa: diz respeito à qualidade da parte. Deve-se analisar quem é o autor ou o réu para
fixação do órgão jurisdicional competente. Exemplo são as causas em que a União é
parte, as quais devem ser julgadas pela Justiça Federal (art. 109, I, CF). No Novo CPC,
diferentemente do CPC/73, o art. 45 dispõe sobre a possibilidade de um terceiro (pessoa
física ou jurídica) deslocar o feito para julgamento em outro órgão.
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De forma geral, mantiveram-se as regras previstas no CPC/73 (regra específica para causas
envolvendo imóveis, por exemplo), mas há algumas novidades, como no caso do art. 100, I, do
CPC/73, que foi alterado pelo art. 53 do NCPC.
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A regra do art. 53, I, “a”, do NCPC, na ótica da guarda compartilhada (Lei 11.698/2008 e Lei
13.058/2014), não tem muita aplicabilidade, pois há dois guardiões. Ainda que não se aplique o
disposto na alínea “a” do mencionado artigo, ainda é possível utilizar a regra das alíneas “b” e “c”.
● Regra vantajosa ao idoso: o art. 53, alínea “e”, do NCPC, estabelece a competência do
foro de residência do idoso para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo
estatuto (Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso).
O art. 53, inciso V, NCPC, incluiu em sua redação o foro para reparação dos danos nos
acidentes envolvendo aeronaves (além de veículos, já previsto anteriormente), possibilitando a
escolha entre o domicílio do autor, do local do fato ou, ainda, do domicílio do réu (art. 46 do
NCPC e art. 94 do CPC/73).
No caso da Súmula 540 do STJ, aplica-se o disposto nos arts. 53, V, e 46 do NCPC.
O NCPC, estabelece que tanto a incompetência absoluta quanto a relativa devem ser arguidas
em via preliminar de contestação, conforme menciona os art. 64 e 337, II do NCPC.
A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser
declarada de ofício.No Novo CPC, a incompetência relativa será trazida dentro do corpo da
contestação, como já admitia a jurisprudência.
Incompetência Absoluta:
Incompetência Relativa:
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A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que
atuar.determina que tanto a incompetência absoluta quanto a relativa serão alegadas em
preliminar de contestação – ou, se o demandado se manifestar anteriormente no processo, na
respectiva ocasião, sob pena de preclusão.
As arguições de impedimento ou de suspeição não serão feitas por “petição específica” (art.
146, caput, do NCPC), em até 15 dias, se o vício não for declarado de ofício pelo juiz.
OBSERVAÇÃO:
Se provar de plano que o juiz não pode julgar a causa: é caso de suspeição.
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HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do
Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério
Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou
decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive,
mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
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HIPÓTESES DE SUSPEIÇÃO
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado
o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar
meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou
de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
Com o surgimento do NCPC, o processo cautelar regulamentado pelo código anterior fora extinto.
Sendo assim, quando houver necessidade de uma tutela antecipada ou uma tutela cautelar, a
mesma poderá ser requerida no processo de conhecimento pelo interessado.
Segundo estabelece o art. 294 do NCPC, a expressão “Tutela Provisória” trata do gênero
utilizado para toda e qualquer tutela obtida antes da sentença, assim, a tutela antecipada ou a
tutela cautelar são espécies de tutela provisória.
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Diante do novo regime das tutelas provisórias cabe destacar que, a partir do NCPC, as tutelas
serão classificadas de duas maneiras:
1) Quanto ao objeto:
● Tutela de urgência: é aquela concedida com base no fumus boni iuris (probabilidade
do direito) e periculum in mora (perigo capaz de comprometer a efetividade da tutela
definitiva);
● Tutela de evidência: é a tutela concedida com base apenas no fumus boni iuris,
qualificado por uma situação descrita ou prevista pelo legislador.
TUTELA DE URGÊNCIA
Conforme estabelece o art. 300 do NCPC, a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.
Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. Além disso, a
respectiva tutela terá natureza antecipada e não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.
A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida
idônea para asseguração do direito.
Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a
efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
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ATENÇÃO: A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido
concedida, sempre que possível.
TUTELA DE EVIDÊNCIA
O Novo CPC estabelece a chamada “Tutela de Evidência”, e informa (vide art. 311 do NCPC),
que a mesma será concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo. Ou seja, trata-se de uma tutela concedida antes da sentença,
sem o periculum in mora (risco de dano irreparável ou de difícil reparação).
Obrigação reipersecutória diz respeito ao credor que pode demandar coisa que lhe
pertença ou que lhe é devida, mas está na posse de outra pessoa, como no caso do
bem penhorado que foi alienado.
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