Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROCESSUAL CIVIL I
I. ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS 3
1. NOÇÕES PRELIMINARES 3
1.1 PROCESSOS JURISDICIONAIS 3
1.2 PROCESSO CIVIL 3
2. SUJEITOS DO PROCESSO CIVIL 4
2.1 TRIBUNAL 4
2.2 PARTES 5
3. ESTRUTURA DO PROCESSO CIVIL 6
3.1 MEIOS EXISTENTES 6
3.2 ATOS PROCESSUAIS 9
3.3 FALTA E VÍCIOS DA VONTADE 11
3.4 INVALIDADES PROCESSUAIS 12
4. OBJETO DO PROCESSO CIVIL 15
4.1 PRETENSÃO PROCESSUAL 15
4.2 VALOR DA CAUSA 15
5. CLASSIFICAÇÕES DO PROCESOS CIVIL 16
5.1 CLASSIFICAÇÕES PELO FIM 16
A. AÇÕES DECLARATIVAS DE SIMPLES APRECIAÇÃO - Art. 10/3, al. a) 16
B. AÇÕES DECLARATIVAS DE CONDENAÇÃO - Art. 10/3 al. b) 17
C. AÇÕES DECLARATIVAS CONSTITUTIVAS - Art. 10/3, al. c) 18
D. AÇÕES EXECUTIVAS - Art. 10/4 18
5.2 CLASSIFICAÇÕES PELA FORMA 19
6. TRAMITAÇÃO DO PROCESSO (DECLARATIVO) 19
II. PRINCÍPIOS 21
1. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE 21
2. PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO 22
3. PRINCÍPIO DA GESTÃO PROCESSUAL 26
4. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO 28
5. PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS PARTES 29
6. PRINCÍPIO DA BOA FÉ 31
6.1 MÁ FÉ UNILATERAL 31
7. PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL 33
1
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
8. PRINCÍPIO DA AUTO-SUFICIÊNCIA 34
III. COMPETÊNCIA 35
1. COMPETÊNCIA INTERNACIONAL- REGULAMENTO 1215/2012 35
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO 35
2. CRITÉRIO GERAL 37
3. CRITÉRIOS ESPECIAIS 38
3.1 NORMAS AVULSAS SOBRE COMPETÊNCIAS ESPECIAIS (art. 7 a 9 do reg.) 38
3.2 COMPETÊNCIA PARA O PROFERIMENTO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS E
CAUTELARES (art. 35 do reg) 40
3.3 NORMAS QUE VISAM PROTEGER A PARTE MAIS FRACA - matéria de seguros (art.
10 a 16), contratos de consumo (art. 17 a 19) e contratos de trabalho (art. 20 a 23) 41
2
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
I. ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS
1. NOÇÕES PRELIMINARES
1.1 PROCESSOS JURISDICIONAIS
Processo - Definição: Sequência de atos destinados à apreciação de uma pretensão
formulada por uma parte contra uma outra parte, mediante a intervenção de um tribunal.
3
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
2.1 TRIBUNAL
Característivas do Tribunal: Órgãos de soberania com competência para administrar a
justiça em nome do povo (art. 202/1 da CRP)
Poderes do Tribunal:
4
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Atividade do Tribunal:
★ Decisões de Mérito:
★ Decisões de Forma: O tribunal não se pronuncia sobre o mérito da causa, mas sim
sobre o preenchimento dos pressupostos proscessuais.
○ Venda Executiva
○ Pagamento
2.2 PARTES
Noção: Entidades que pedem ou contra as quais é pedida em juízo a tutela de uma situação
jurídica.
Situações Subjetivas:
5
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Justiça Privada: Uiliza a força do titular do interesse ou as forças que este possa chamar
em seu auxílio. É o sistema historicamente mais antigo.
○ Direito à Ação: O art. 2/2 do CPC estabelece que a todo o direito, excepto
quando a lei determine o contrário, corresponde uma ação destinada a
reconhecê-lo em juízo ou a realizá-lo coercivamente, bem como os
procedimentos necessários para acautelar o efeito útil da ação -
contrapartida da proibição da autotutela e o correlativo monopólio do Estado
na administração da Justiça
1 ex: a parte tem o poder de apresentar a sua defesa, no entanto, se não contestar entra em revelia e pode vir a
obter uma decisão desfavoráel, pelo que a faculdade de contestar é consumda pelo ónus da contestação
6
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
○ Características:
■ Indepdenência e Imparcialidade: O tribunal só pode estar vinculado à
lei (art 203 da CRP) e não pode beneficiar nem prejudicar nenhuma
das partes
7
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Proteção Judiciária: O acesso à justiça não deve ser impedido por causa da insuficiência de
meios económicos (art. 20/1 da CRP), pelo que aqueles que se encontram em siutação de
insuficiência económica têm direito a protação jurídica (art. 7/1 e 2 da LADT), considerando-
8
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Modalidades:
★ Corolários:
★ Quanto à Origem:
9
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Atos Stricto Sensu - Produzem os seus efeitos processuais ex lege, dado que as partes não
podem determinar ou seus efeitos
10
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Princípio da Preclusão: Cada ato processual tem o seu momento próprio para ser
praticado dentro da respetiva sequência processual, se o ato não for praticado nesse
momento, não pode vir a ser praticado posteriormente, pelo que a sua realização
fica precludida.
Hípoteses de Relevância:
★ Atos das Partes: Nos atos das partes, verifica-se a relevância da falta e dos vícios
de vontade nos negócios processuais, suscetíveis de ser declarados nulos ou
anulados (art. 291/1 do CPC)
○ Simulação: Neste caso, a falta de vontade, além de fundamentar o recurso
de revisão pelo terceiro prejudicado (art. 696g do CPC), permite que o
tribunal, visando obstar aos fins prossegiudos pelas partes, ponha termo ao
processo (art. 612 do CPC)
11
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
12
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Conhecimento:
○ Regra Geral:
○ Exceções:
13
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Invocação: Qualquer das partes que nisso tenha interesse pode invocar a nulidade
processual decorrente da prática de um ato proibido ou da omissão de um devido
○ Nulidade cometida por uma parte ou pelo tribunal que praticou um ato
proibido ou omitiu um ato devido: A parte interessada na eliminação do ato
ou na observância da conduta tem legitimidade para arguir a nulidade (art.
197/1 do CPC)
★ Efeitos:
Das invalidade que a lei impõe: A lei impõe normalmente a nulidade, mas
também pode impor a inexistência (“tem se por não escrito”)
Das invalidades em que a lei nada diz: Se o vício puder influir no exame ou na
decisão da causa, este releva como causa de invalidade (art. 195/1 in fine do
CPC), se não tal não ocorrer, é uma irregularidade irrelevante.
Renovação: Possível mediante o preenchimento de dois requisitos:
14
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Objeto da Ação: Se a ação tiver por objeto uma quantia certa de dinheiro, o valor da
causa corresponde a esse montante (art. 297/1/1ªp do CPC)
★ Fim da Ação: Se a ação tiver por fim fazer valer o direito de propriede, o valor desta
determina o valor da causa (art. 302/1 do CPC)
15
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Renda: Nas ações de despejo, o valor da causa é o da renda de dois anos e meio
acrescido das rendas em dívida e da indemnizção requerida (art. 298/1 do CPC)
★ Declarativas
○ Ações de Condenação
○ Ações Constitutivas
★ Executivas
Objeto: Só são sucestíveis de declaração em juízo factos com relevância jurídica, ou seja,
factos dos quais possa resultar um efeito jurídico
Modalidades:
16
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Apreciação Incidental: Qualquer das partes pode requerer que uma questão ou um
incidente que tenha sido suscitado numa ação pendente seja decidido com força de
caso julgado material, desde que o tribunal da ação tenha competência internaciona,
material e hierárquica para essa apreciação (art. 91/2 do CPC)
Modalidades:
17
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Âmbito:
18
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Título Executivo: Toda a execução tem por base um título, pelo qual se determinam o seu
fim e os seus limtes (art. 10/5 do CPC), não podendo o tribunal tomar providências
executivas sem primeiro se assegurar de que o direito assim satisfeito existe realmente.
★ Formas de Apresentação do Título: A lei fixa taxativamente por que meios pode
ser realizada a demonstraçaõ de existência do direito no art. 703/1 do CPC
○ Regimes Especiais:
★ Especial: Aplica-se aos casos expressamente designados na lei (no livro V do CPC
e no DL 269/98)
19
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
6.TRAMITAÇÃO DO PROCESSO
(DECLARATIVO)
1. Fase dos Articulados - Peças processuais escritas feitas pelas partes. As peças
processuais são escritas por artigo - cada artigo deve correponder a uma oração de
uma frase (ou seja, a um facto)
➔ Estrutura:
1. Dirige-se ao juiz
2. O autor identifica as partes,
3. Apresentação dos fundamentos (dos factos e do direito)
4. Formulação de todos os pedidos
1.2.2. Cita o Reu, ou seja, diz-lhe que foi posta uma ação contra ele2
1.4. Reu - O reu pode responder (contestar) ou pode optar por revelia
◆ Modos de Defesa:
● Impugnação de facto - Diz que o que ocorreu não é
verdade - o facto de ser em articualdos facilita a
impugnação.
● O reu defende-se por exceção - O reu traz uma coisa
nova para o processo. Há 2 tipos de exceção:
2 Até 1995 era o juiz que citava o reu isso só ocorre no caso do art. 226 por motivos de economia processual
20
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
3.1. Despacho Saneador - Lista que o juiz faz dos pressupostos processuais em
que se verifica se os mesmos estão verificados. Em regra é proferido
oralmente na audiência, mas se nao houver audiência vai por escrito. Podem
acontecer três coisas com este despacho:
3 A resposta às exceçõea agora ocorre na primeira audiência (art. 584 CPC) - está na AR uma proposta para
voltar a como antes era em que a resposta às exceções era incluída na réplica
21
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
5. Audiência
II. PRINCÍPIOS
1.PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE
(ou Princípio da Submissão aos Limites Substantivos)
Noção: Se a vontade das partes não pode conseguir certo efeito jurídico fora do processo,
não deve ser possível à pura vontade das partes conseguir tal efeito através de atuações
processuais
2.PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO
Noção: O princípio do dispositivo determina que a vontade relevante e decisiva no processo
é a das partes, cabendo a estas o dominium litis e não incumbindo ao tribunal qulquer
iniciaitiva própria (non procedat iudex ex officio). No direito material termos a autonomia
privada, no direito substancial temos este princípio.
22
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Disponilidade do Processo:
Relevância do Pedido:
★ Pedido da Parte: São as partes (em especial o autor e réu reconvinte) que delimitam
e fixam livremente o pedido (art. 552/1e e 724/1f do CPC) - é por isso que a
sentença não pode condenar em quantidade superior ou em objeto diverso ao
pedido pela parte (art. 609/1 do CPC), sob pena de ser uma decisão nula.
23
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Relevância dos Factos: O tribunal deve conhecer de todos os factos alegados pelas partes
no momento processual adequado, sejam eles factos principais ou factos complementares.
24
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Subprincípios:
○ Ónus de Alegação:
■ Objetivo: Faz recair sobre a parte que não alegou os factos que lhe
são favoráveis os riscos inerentes a essa omissão.
○ Ónus de Impugnação:
25
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
○ 3 Corolários:
■ De carácter negativo:
● O tribunal não pode ser vinculado pelas partes (nem mesmo
por acordo destas) quanto ao direito aplicável na decisão da
causa. Daí que o tribunal possa corrigir uma deficiente
qualificação jurídica fornecida pelas partes
● As partes não podem afastar a aplicação pelo tribunal das
regras de carácter imperativo, apesar de poderem dispor das
regras de carácter supletivo - ex: o tribunal não pode julgar o
incumprimento de um contrato cuja forma legal não foi
respeitada
★ Factos Acessórios:
26
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
■ Ou, quando a sanação dependa de ato que deva ser praticado pelas
partes, convidando-as a praticá-lo (art. 6/2 do CPC)
○ Limites Legais:
4 Gestão Privada: As partes não têm, em regra, nenhum poder de disposição sobre o procedimento, pelo que
não são válidos os contratos realizados pelas partes neste âmbito - existem algumas exceções legalmente
previstas como o acordo sobre a prorrogação do prazo (art. 141/2 do CPC)
27
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
4.PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO
Noção: As partes e o tribunal devem colaborar entre si na resolução do conflito de
interesses subjacente à ação (art. 7/1 do CPC). Cria um dever de cooperação
Posição das Partes: O dever de cooperação assenta, quanto às partes, num dever de
atuação orientado pela eficência e proporcionaliade.
28
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Deveres do Tribunal:
★ Omissão dos Deveres: Traduz-se numa nulidade processual pois o tribunal deixa
de praticar um ato que não pode omitir (art. 195/1 do CPC) - em concreto, trata-se
uma decisão nula por excesso de pronúncia, dado que conhece de matéria de que,
nas condições emque o faz, não podia conhecer (art. 615/1d, 666/1 e 685 do CPC)
29
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
corolário dos princípios da igualdade perante a lei (art. 13/1 da CRP) e da imparcialidade de
apreciar e decidir a causa.
Ónus das Partes: O princípio da iguladade implica que as partes têm de ser tratadas de
forma igual, contudo, essa igualdade formal não obsta a que as partes possam criar,
através do seu comportamento, situações de desigualdade, consequência direta dos ónus
que sobre elas recaem e das consequências do seu não cumprimento - ex: se o reu não
contestar, o autor é dispensado de provar os factos por ele alegados (art. 567/1 do CPC)
★ Audiência Prévia: A não audiência prévia das partes implica a nulidade da decisão
por excesse de proncúncia (art. 615/1d do CPC)
30
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
6.PRINCÍPIO DA BOA FÉ
Noção: As partes devem atuar em juízo de boa fé (art. 8 do CPC)
★ Dever de Atuação de Boa Fé: Limte ao domínio das partes sobre o processo
resultante do princípio dispositivo e implica a proibição da litigância de má fé.
6.1 MÁ FÉ UNILATERAL
Pressupõe que a parte atua, com dolo ou negligência grave, de forma diferente daquela que
é a devida e a esperada, violado, nomeadamente, os deveres de lealdade e de probidade.
31
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Atuação de Má Fé:
○ Dever de Verdade: Implica que a parte não deve alegar factos que sabe que
não são verdadeiros e não deve impugnar factos que sabe que são
verdadeiros, ou seja, existe uma correlativa proibição da mentira consciente.
32
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Prof. MTS tende para uma resposta negativa à questão pois o abuso
de direito à ação só existe com um uso reprovável de atos
processuais
○ Abuso do Direito à Ação: Não se pode entender que todo o abuso de direito
em processo corresponde a um abuso de direito à ação que deve ser
sancionado com a condenação da parte como litigante de má fé. A ação pode
improceder simplesmente poruqe o o tribunal entende que o que o autor
pede é abusivo, pelo que deve ser condenado nos termos do art. 334 do CC.
Consequências Legais: O ato praticado pela parte contra os ditamente da boa fé não
produz efeitos nenguns em juízo.
★ Regime Comum:
○ Autor demanda sem razão, mas de boa fé e sem culpa: Essa parte vai decair
na ação e, normalmente, pagar as custas (art. 527/1 e 2 do CPC), não
havendo lugar a indemnização, pois o autor não agiu ilictamente
○ Autor demanda sem razão, de boa fé e com culpa - ação leviana: Geralmente
o autor não investigou suficientemente a situação jurídica, pelo que essa
parte vai perder a ação e, normalmente, pagar as custas (art. 527/1 e 2 do
CPC), mas não deverá nenhuma indemniação, pois a lei só sanciona a a
atuação com dolo ou negligência grave (art. 542/2/2ªp do CPC).
★ Regime Especial: Ao contrário do que sucede no regime geral, que exige uma
atuação dolosa ou gravemente negligente da parte, os regimes epeciais previstos
(nos art. 374/1, 727/4, 858 e 866 do CPC) operam com a mera negligência, o que
aumenta as hipóteses de responsabilização da parte.
33
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Proibição de Prática de Atos Inúteis: Este princípio obsta a que se pratiquem atos
tanto objetivamente como subejtivamente inúteis ou superfluos num processo
pendente.
8. PRINCÍPIO DA AUTO-SUFICIÊNCIA
Noção: Em processo, a aparência vale como realidade para o efeito de determinar se o é ou
não e esta determinação é realizada no próprio processo.
Concretização: A mera invocação de um direito permite à parte instaurar uma casusa, sem
que seja efetivamente seu titular: o processo vai averiguar esse facto. O mesmo se passa no
plano dos pressupostos proceussuais em que a sua apreciação é realizada na ação em que
eles condicionam o mérito - a parte ilegítima é legítima para sustentar a sua legitimiadade
assim como o tribunal incompetente é competente para decidir a sua competência.
34
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
III. COMPETÊNCIA
1.COMPETÊNCIA INTERNACIONAL-
REGULAMENTO 1215/2012
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Âmbito Material:
Âmbito Espacial:
○ Determinação do Domicílio:
35
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
36
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
2. CRITÉRIO GERAL
Domícilio Intraeuropeu:
★ Aplicação do Regime:
Domícilio Extraeuropeu: Contra um demandado com domícilio num Estado terceiro podem
ser invocadas quaisquer regras de competência vigentes na ordem interna do Estado do
foro, mesmo que elas sejam consideradas exorbitantes e não possam ser invocadas contra
demandados com domicílio num EMS (art. 6/2 do reg.)
37
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Competência: É regulada pela lei interna do Estado do foro, sem prejuízo das
situações em que não se exige que o requerido tenha domícilio num EM (art. 6/1
reg)
3. CRITÉRIOS ESPECIAIS
Carácter Concorrente: O reu que seja domiciliado num EM pode ser demandado nos
tribunais de um outro Estado se relevar um dos fatores de conexão dos art. 7 a 26 do
regulamento (art. 5/1 do reg). A competência fixada pelo critério especial concorre a
determinada pelo critério geral do domicílio do reu (art. 4/1 do reg.), de modo a que o autor
possa escolher qualquer dos tribunais (art. 5/1 do reg.)
Matéria Extracontratual (art. 7/2 do reg.): O reu pode ser demandado no tribunal onde
ocorreu o facto danoso.
38
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
○ Se o lugar do facto danoso não coincidir com o lugar onde se possa produzir
o dano (ex: cyberbullying), ação também pode ser instuarada no tribunal do
local onde se produzirá o dano
Ação Cível (art. 7/3 do reg.): Para as ações de indemnização ou restituição fundadas numa
infração penal, é competente o tribunal onde foi intentada a ação pública, se a lei desse
Estado permitir conhecer da ação cível
Objeto Cultural (art. 7/4 do reg.): A ação destinada à recuperação de um objeto cultural,
fundada no direito de propriedade e intentada pela pessoa que reclama o direito de
recuperar esse objeto, pode ser proposta no tribunal do lugar em que se encontra o objeto
no momento da sua instauração.
Exploração de Sucursal (art. 7/5 do reg.): Nas ações relativas à exploração de uma
sucursal, de uma agência ou de qualquer outro estabelecimento, o tribunal da sua situação
tem competência para conhecer de uma ação proposta contra a casa-mãe com sede num
outro EM.
Ação relativa a trust (art. 7/6 do reg.): Se a ação disser respeito às relações internas de
um trust constituído e se o trust não respeitar a matérias excluídas do âmbito de aplicação
do regulamento (art. 1/2 do reg.), o fundador, o trustee ou o beneficiário também pode ser
demandado perante os tribunais do EM em cujo território o trust tem o seu domicílio.
Competência por Conexão (art. 8 do reg.): A competência de um tribunal pode ser alargda
através de uma conexão estabelecida em função das partes ou do objeto da causa. Este
regime só é aplicável quanto aos demandados que tenham domicílio num EM (art. 6/1)
39
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Relevância: Este regime não tem relevância quando o demandado tenha domicílio
no EM do tribunal de ação, pois esse tribunal já era competente nos termos gerais
(art. 4/1 do reg)
★ Intervenção de terceiros (art. 8/2 do reg): Qualquer garante ou outro terceiro pode
ser chamado a intervir numa ação pendente, salvo se a escolha do tribunal onde a
ação foi proposta tiver tido o intuito de subtrair o terceiro à jurisdição do tribunal que
seria competente
Condições de Aplicação:
★ 2) O requerido deve ter domicílio num dos EMs - ou então tem de ser uma das
situações do do 6/1 do do reg.
40
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Âmbito de Aplicação:
★ Local de Demanda:
41
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
Contratos de Consumo:
★ Âmbito de Aplicação:
★ Local de Demanda:
Contratos de Trabalho:
★ Âmbito de Aplicação:
42
RESUMOS DPC I - REGÊNCIA PROFESSORA PAULA COSTA E SILVA / JOÃO MARQUES MARTINS - TB - 2022/20223
Luísa Braz Teixeira
★ Local de Demanda:
43