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PROCESSUAL CIVIL I
I. COORDENADAS GERAIS 3
1. NOÇÕES PRELIMINARES 3
2. SUJEITOS DO PROCESSO CIVIL 4
2.1 TRIBUNAL 4
A. TIPOS DE TRIBUNAIS 4
B. ATIVIDADE DO TRIBUNAL 6
2.2 PARTES 7
3§ OBJETO DO PROCESSO CIVIL 10
4§ ESTRUTURA DO PROCESSO CIVIL 10
4.1 ATOS PROCESSUAIS 11
A. ATOS DO TRIBUNAL 11
B. ATOS DAS PARTES 12
C. PRAZOS PROCESSUAIS 14
4.2 INVALIDADES PROCESSUAIS 14
5§ MEIO DO PROCESSO CIVIL 17
5.1 PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 17
6§ FIM DO PROCESSO CIVIL 20
7§ CLASSIFICAÇÕES DO PROCESOS CIVIL 20
8§ PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 22
8.1 PRINCÍPIO DO PROCESSO EQUITATIVO 22
8.2 DIREITO À AÇÃO 23
8.3 PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE 24
8.4 PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO 24
8.5 PRINCÍPIO DA GESTÃO PROCESSUAL 27
8.6 PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO 28
8.7 PRINCÍPIO DA IGUALDADE DAS PARTES 30
8.8 PRINCÍPIO DA BOA FÉ 31
8.9 PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL 33
8.10 PRINCÍPIO DA AUTO-SUFICIÊNCIA 34
A. ÂMBITO DE APLICAÇÃO 35
I. MATERIAL 35
II. TEMPORAL 35
III. ESPACIAL 35
- Regras de Competência 35
- Situações de Competência Exclusiva (art. 24 do Reg.) 39
- Pactos de Jurisdição - art. 25 do regulamento 40
- Controlo da Competência 42
9.2 DIREITO INTERNO 42
10§ COMPETÊNCIA INTERNA 44
10.1 COMPETÊNCIA TERRITORIAL 46
10.2 DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA INTERNA DOS TRIBUNAIS JUDICIAIS 46
A. TRIBUNAL DE COMARCA 47
B. TRIBUNAIS DA RELAÇÃO 50
C. STJ 51
10.2 REGIME DA INCOMPETÊNCIA 51
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Luísa Braz Teixeira
I. COORDENADAS GERAIS
1. NOÇÕES PRELIMINARES
Processo - Definição: Sequência de atos destinados à apreciação de uma pretensão
formulada por uma parte contra uma outra parte, mediante a intervenção de um tribunal.
★ Caracterização:
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★ Valores Processuais:
○ Licitude da Conduta
A. TIPOS DE TRIBUNAIS
Tribunais Estaduais:
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■ Valor: Exclusiva a ações cujo valor não exceda os 15.000€ (art. 8 LJP)
B. ATIVIDADE DO TRIBUNAL
Decisões de Mérito:
Decisões de Forma: O tribunal não se pronuncia sobre o mérito da causa, mas sim sobre o
preenchimento dos pressupostos proscessuais.
1
ou seja, num conflito entre tribunais de comarca, quem resolve é a relação, não o STJ
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2.2 PARTES
Entidades que pedem ou contra as quais é pedida em juízo a tutela de uma situação jurídica.
Designação:
Dualidade das Partes: Todo o processo exige duas partes - princípio da dualidade das
partes. São proibidos os “processos consigo próprio”, ou seja, processos em que o autor e o
reu são a mesma pessoa. Contudo, tal não impede a admissibilidade de ações entre órgãos
da mesma pessoa coletiva.
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Identificação das Partes (art. 552/1a do CPC): As partes devem ser identificadas pelo
autor através da indicação dos seus nomes, domicílios ou sedes, e, sempre que possível,
números de identificação fiscal, profissões e locais de trabalho.
Espécies de Partes:
2
Ex: o autor identifca como causador do acidente de viação Manuel, quando o envolvido no acidente foi, não ele,
mas o seu motorista
3
Ex: o autor identifca-o como “João António Silva”, mas ele chama-se “Joel António Silva”
4
Ex: o autor identifca o “João António Silva”, mas é citado o “Joel António Silva”
5
Ex: falecendo uma das partes, são citados, para efeitos de habilitação, os sucessores incertos (art. 351/1 CPC)
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Situações Subjetivas:
★ Ónus: Para que a parte possa adquirir uma determinada poosição para si mais
favorável deve cumprir o ónus, mas se não o cumprir não sofre qualquer
consequência.
★ Deveres: Impõem uma determinada conduta da parte, sob pena da parte sofrer uma
sanção se o violar.
Responsabilidade:
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Causa de Pedir: Facto jurídico de que decorre a pretensão processual (art. 581/4 do CPC),
devendo ser a via de investigação através da qual (e só dessa) o tribunal irá apreciar a
procedência do pedido (art. 186/2 e 552/1d do CPC).
Valor da Causa: Toda a causa deve ter um valor certo, expresso em moeda legal, o qual
representa a utilidade económica imediata do pedido (art. 296/1 do CPC).
○ Objeto da Ação: Se a ação tiver por objeto uma quantia certa de dinheiro, o
valor da causa corresponde a esse montante (art. 297/1/1ªp do CPC)6
6
Se, em conjunto com o pedido de condenação na prestação de um facto infungível for pedida a condenção do
demandado no pagamento de uma sanção pecuniária compulsória (art. 829-A/1 do CC), este pedido é
irrelevante para a fixação do valor da cusa.
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★ Princípio da Preclusão: Cada ato processual tem o seu momento próprio para ser
praticado dentro da sequência processual, se não for praticado nesse momento, não
pode ser praticado posteriormente, pelo que a sua realização fica precludida.
★ Sujeição a condição: Como conformam o processo na sua sequência, não podem ser
sujeitos a condições, pois os efeitos produzidos em processo não podem permanecer
incertos e inseguros, sob pena de serem inválidos
A. ATOS DO TRIBUNAL
Realizados pela secretaria (art. 157 a 162 do CPC) ou pelo juiz (art. 150 a 156 do CPC).
São, em regra, irrevogáveis depois de proferidos, dado que o poder jurisidcional quanto à
matéria se esgota (art. 613/1 e 3 do CPC)
Modalidades:
★ Mandado: O tribunal ordena a execução de um ato a uma entidade que lhe esteja
funcionalmente subordinada (art. 172/2 do CPC)
★ Notificação: Modo de chamar alguém a juízo quando não deva ser utilizada a citação
(art. 219/2 do CPC)
★ Decisões: Atos pelos quais o tribunal aprecia uma casusa ou um incidente, ou outro
aspeto com eles relacionado (art. 152/1 do CPC)
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Pressupostos:
★ Competência Funcional: Respeita a cada um dos órgãos do tribunal (que são o juiz e
a secretaria judicial) ou a cada um dos juízes do tribunal coletivo.
Lapsos Manifestos: Decorrentes de erro do tribunal, podem ser corrigidos por despacho, a
requerimento das partes, ou por iniciativa do juiz (art. 614/1 do CPC).
Modalidades:
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Interpretação: Devem ser interepretados utilizando do art. 236 do CC (ex vi art. 295 do
CPC), considerando a respetiva fundamentação, em caso de dúvida, o juiz tem o dever de
convidar a parte a fornecer esclarecimentos (art. 7/2 do CPC)
Pressupostos:
★ Subjetivos:
★ Objetivos:
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que a falta emendada não se deva imputar a dolo ou culpa grave da parte e a sua correção
não prejudique o andamento da causa (art. 146/2 do CPC).
C. PRAZOS PROCESSUAIS
Modalidades (art. 139/1 do CPC):
Prazos Gerais: Não existem, na lei, prazos especiais, somente estes (↓). Pode ocorrer a
prorrogação destes prazosnmediante disposição legal (art. 141/1 do CPC) ou acordo das
partes (art. 141/2)
★ Para o Juiz: 10 dias, para os despachos que não sejam de mero expediente (art.
156/1 do CPC), pois esses têm um prazo máximo de 2 dias (art. 156/3)
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Tipos de Nulidades7:
★ Nulidade dos Atos Processuais: São desvalores em função do próprio ato. O que
vale para a nulidade dos atos constitutivos vale, mutatis mutandis, para a
inadmissibilidade dos atos postulativos.
Regime:
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Apesar de a lei as qualificar como nulidades, estão próximas das situações de anulabilidade, uma vez que só
podem ser invocadas pelo interessado na observância da formalidade, na repetição ou eliminação do ato, dentro
do prazo fixado no art. 199/1 do CPC.
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○ Exceções:
○ Invocação: Qualquer das partes que nisso tenha interesse pode invocar a
nulidade processual decorrente da prática de um ato proibido ou da omissão
de um devido
■ Nulidade cometida por parte que praticou ato proibido ou omitiu ato
devido: A parte interessada na eliminação do ato ou na observância
da conduta tem legitimidade para arguir a nulidade (art. 197/1 CPC)
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Se o tribunal proferir uma decisão depois da omitir um ato obrigatório, a decisão é nula por excesso de
pronúncia (art. 615/1d do CPC), dado que conhece matéria de que, nas circunstâncias em que o faz, não podia
conhecer
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○ Atendendo ao Âmbito:
○ Atendendo os Efeitos:
○ Atendendo à Função:
★ Estrutura:
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★ Conhecimento Oficioso: São poucas as exceções dilatórias que o tribunal não pode
conhecer oficiosamente, nesses casos, as partes podem renunciar à sua invocação e
o processo é apreciado como se a exceção não se verificasse. Incumbe ao juiz
providenciar pelo suprimento das exceções dilatórias suscetíveis de sanação.
Ónus da Prova:
★ Regime Geral:
★ Factos Duplos: Pode suceder que alguns factos controvertidos (alegados por uma
parte e impugnados pela outra) sejam relevantes para a apreciação do mérito da
causa e para o preenchimento de um pressuposto processual positivo, situação em
que o ónus da prova compete à parte onerada, nos termos do art. 342 do CC, com a
prova do facto controvertido.
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★ Declarativas
■ Objeto: Factos com relevância jurídica, ou seja, factos dos quais possa
resultar um efeito jurídico
■ Modalidades:
● Ações de Simples Apreciação Positivas: Tem por fim obter a
declaração da existência de um direito ou de um facto
● Ações de Simples Apreciação Negativas: Tem por fim obter a
declaração da inexistência de um direito ou de um facto
- Prof. MTS: Cabe ao autor provar o facto que alega (art.
186/2a e 581/4 do CPC)
- Prof. AdC (Anselmo de Castro): O reu tem o ónus de
provar que a alegação do autor é falsa
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■ Âmbito:
● Relação Material - Relação Potestativa: O autor exerce um
direito potestativo, estando os efeitos de tal exercício sujeitos
a uma sentença favorável que reconheça e declare o direito e
que, implicitamente, autorize ou desencadeie aqueles efeitos.
São ações constitutivas todas aquelas em que sejam exercidos
direitos potestativos.
● Ações que visam modificar ou impedir a produção de certos
efeitos jurídicos: Também são ações constitutivas
■ Efeitos:
● Ex Tunc: Retroativos - ex: ação de anulação
● Ex Nunc: Não retroativos - ex: ação de divórcio
○ Título Executivo: Toda a execução tem por base um título, pelo qual se
determinam o seu fim e os seus limtes (art. 10/5 do CPC), não podendo o
tribunal tomar providências executivas sem primeiro se assegurar de que o
direito assim satisfeito existe realmente.
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○ Regimes Especiais:
★ Especial: Aplica-se aos casos expressamente designados na lei (no livro V do CPC
e no DL 269/98)
8§ PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
8.1 PRINCÍPIO DO PROCESSO EQUITATIVO
Contrapartida necessária do direito de acesso à justiça, pois nada serve ao particular aceder
à justiça se a sua posição em juízo não se encontrar igualmente protegida (art. 20/4 da CRP
e 6/1, 7/1, 37/2, 411 e 418 do CPC)
Concretização:
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★ Nulidade da Sentença: Se, por exemplo, esta não for devidamente motivada (art.
615/1b do CPC) ou o juiz tiver sido corrompido (art. 696/a do CPC)
★ Recurso para o TC: Se alguma norma ordinária for interpretada contra a garantia
constitucional do processo equitativo
Vertentes:
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Subprincípios:
★ Princípio da Aquisição Processual: Factos alegados por qualquer das partes são
sempre factos adquiridos para o processo, não importando se são favoráveis ou
desfavoráveis à parte que os invoca em juízo
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Proposta uma ação de investigação da paternidade, poderia o reu confessar, não o pedido em si, mas os factos
em que tal pedido se funda, se tal confissão fizesse prova de tais factos (art. 385/1 do CCiv), dar-se-ia, embora
indiretamente, o estabeleciemnto voluntário da paternidade, daí que, em obediência ao princípio da
instrumentalidade, a lei recuse a esta confissão o valor probatório pleno (art. 354/b do CC)
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Relevância dos Factos: O tribunal deve conhecer de todos os factos alegados pelas partes
no momento processual adequado, sejam eles factos principais ou factos complementares.
Disponilidade do Processo:
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★ Conhecimento Oficioso:
○ De factos acessórios:
■ Ou, quando a sanação dependa de ato que deva ser praticado pelas
partes, convidando-as a praticá-lo (art. 6/2 do CPC)
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○ Limites Legais:
Posição das Partes: O dever de cooperação assenta, quanto às partes, num dever de:
○ Fundamento:
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Este dever deve ser cumprido mesmo quando o tribunal considere que só por negligência das partes é que
pode ter houvido a omissão da alegação do facto ou a não atribuição de uma qualificação jurídica, de modo a
obviar a “decisões surpresa”.
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poderes-deveres, que o tribunal tem o dever de exercer para cumprir a sua função
assistencial perante as partes.
Ónus das Partes: As partes têm de ser tratadas de forma igual, contudo, as partes poden
criar, através do seu comportamento, situações de desigualdade, consequência direta dos
ónus que sobre elas recaem e das consequências do seu não cumprimento - ex: se o reu
não contestar, o autor é dispensado de provar os factos alegados (art. 567/1 do CPC)
Deveres do Tribunal: O art. 4º do CPC impõe que o tribunal assegure, durante o processo,
igualdade substancial (ou material entre as partes)
★ Audiência Prévia: A não audiência prévia das partes implica a nulidade da decisão
por excesso de proncúncia (art. 615/1d do CPC)
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Este direito de ser ouvido justifica os cuidados que lei coloca na citação do reu (art. 187-192 e 225-246) e o
princípio da audiência contraditória das provas (art. 415/1 do CPC).
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Dever de Atuação de Boa Fé: As partes devem atuar em juízo de boa fé (art. 8 do CPC).
Limte ao domínio das partes sobre o processo resultante do princípio dispositivo e implica a
proibição da litigância de má fé.
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★ Unilateral: Pressupõe que a parte atua, com dolo ou negligência grave, de forma
diferente daquela que é a devida e a esperada, violando, nomeadamente, os deveres
de lealdade e de probidade.
■ Dever de Verdade: A parte não deve alegar factos que sabe que não
são verdadeiros, nem impugnar factos que sabe que são verdadeiros.
● Alegação de factos que parte não pode saber se são
verdadeiros: A afirmação de meras hipóteses ou conjecturas
não viola o dever de verdade se a parte fornecer indícios que
constituam uma explicação plausível do que afirma.
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Consequências legais do ato praticado contra a boa fé: Não produz efeitos em juízo.
★ Regime Comum:
○ Autor demanda sem razão, mas de boa fé e sem culpa: Essa parte vai decair
na ação e, normalmente, pagar as custas (art. 527/1 e 2 do CPC), não
havendo lugar a indemnização, pois o autor não agiu ilictamente
○ Autor demanda sem razão, de boa fé e com culpa - ação leviana: O autor não
investigou suficientemente a situação jurídica, indo perder a ação e,
normalmente, pagar as custas (art. 527/1 e 2 do CPC), mas não deverá
nenhuma indemniação, pois a lei só sanciona a atuação com dolo ou
negligência grave (art. 542/2/2ªp do CPC).
★ Regime Especial: Previstos nos art. 374/1, 727/4, 858 e 866 do CPC, operam com a
mera negligência, o que aumenta as hipóteses de responsabilização da parte.
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Delimitação Negativa: O regulamento não abrange o previsto no art. 1/1/2ªp e 1/2 do Reg.
II. TEMPORAL
A generalidade das disposições do regulamento só são aplicáveis a partir de 10/01/2015
(art. 66/1 e 81 do reg.)
III. ESPACIAL
Reconhecimento e Exeucção: O regulamento é aplicável ao reconhecimento e execução de
quaisquer decisões proferidas num dos Estados Membros (art. 2a do reg.), mesmo que
tenham sido proferidas por tribunais cuja competência não foi aferida por aquele
instrumento europeu.
- Regras de Competência
Quando o reu tem domícilio na UE:
○ Determinação do Domicílio:
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○ Art. 7 a 9 do Regulamento:
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Cabe neste conceitotudo o que não se inclui no conceito de matéria contratual do art. 7/1
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■ Condições de Aplicação:
● 1) As medidas cautelares devem caber no âmbito de aplicação
material determinado pelo art. 1/1 e 2 do reg.
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Este regime não tem relevância quando o demandado tenha domicílio no EM do tribunal de ação, pois esse
tribunal já era competente nos termos gerais (art. 4/1 do reg)
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Este regime não se aplica a ações contenciosas preventivas ou a contratos de transporte (excepto viagens
organizadas - art. 17/3 do reg)
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Quando o reu não tem domícilio na UE: A competência é regulada pela lei interna do
Estado do foro, sem prejuízo das situações em que não se exige que o requerido tenha
domícilio num EM (art. 6/1 reg)
Forum non conveniens: Não é admitido que um tribunal se possa considerar incompetente
por entender que um outro tribunal se encontra mais bem colocado para resolver o litígio,
contudo, o tribunal do EM pode suspender a instância se considerar que tal é necessário
para a correta admnistração da justiça (art 33/1b e 34/1c do reg.)
Enunciado:
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★ Delimitação:
★ Direito Interno: Os requisitos que não constem (nem sejam incompatíveis) do art. 25
do regulamento, são regulados pela lei interna do Estado do foro.
★ Objeito: O pacto deve indicar a relação jurídica da qual surgiram ou poderão surgir
os litígios que serão objeto do processo e o tribunal ou os tribunais competentes
para a apreciação da causa (art. 25/1/1ªp do reg.)
★ Requisitos Formais:
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Efeitos:
★ Processuais:
- Controlo da Competência
Controlo Oficioso: No regulamento, é possível em duas situações:
★ O réu, domiciliado num EM, não foi demandado nos tribunais do Estado do seu
domícilio e não compareceu em juízo (art. 28/1 do reg.)
Pacto Tácito (art. 26/1 do reg.): Se a parte comparecer em juízo e não arguir a
incompetência do tribunal, este torna-se comeptente para conhecer do litítigio, havendo
uma extensão da sua comeptência.
★ Requisitos:
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★ Dever de Preveção: Nos casos em que se trata de normas que visam proteger a
parte mais fraca (↑), o tribunal deve assegurar que o demandado é informado do seu
direito de contestar a competência e das consequências de não comparecer em juizo
(art. 26/2 do regulamento)
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O demandado pode contestar a competência do tribunal e apresentar de forma subsidiária a sua defesa
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Critérios de Conexão: Para que um tribunal português seja competente para apreciar um
litígio, é necessário que entre o litígio e a ordem jurídica haja um elemento de conexão que
seja suficientemente relevante para justificar o julgamento desse litígio.
■ Prof. MTS: Considera que é díficil que este critério não conduza a uma
competência exorbitante destes tribunais
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■ Condições de Validade:
● Dispoibilidade do objeto do processo pelas partes - art. 94/3a
● Aceitação da atribuição da competência pela lei do tribunal
designado - art. 94/3b do CPC
● Existência de um interesse sério de pelo menos uma das
partes, que não seja inconveniente para a outra - art. 94/3c
● Respeito pela competência exclusiva dos tribunais
portugueses - art. 94/3d do CPC
● Celebração através de forma escrita - art. 94/3e do CPC
● Requisitos substantivos dos negócios jurídicos- o pacto é um
negócio jurídico
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★ Nº2/1ªp - Regra subsidiária ao nº1 (↑): Se o reu não tiver residência habitual, for
incerto ou ausente, a ação pode ser intentada no tribunal do domicílio do autor-
○ Condições de Aplicação: Este artigo não pode ser conjugado com o art. 62/a,
uma vez que este artigo só se pode aplicar depois de se saber que o Portugal
é internacoinalmente competente.
★ Tribunais Judiciais:
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★ STJ: Reconhece o recurso das causas cujo valor exceda a alçadas das relações
★ Relação: Reconhece o recurso das causas cujo valor exceda a alçada da 1ª instância
A. TRIBUNAL DE COMARCA
Estrutura: Os tribunais de comarca desdobram-se em juízos de competência especializada,
de competência genérica e de proximidade (art. 81/1 da LOSJ)
Competência Material: O tribunal de comarca tem competência para todas as causas não
abrangidas pela competência de outros tribunais - art. 210/3 CRP e 80/1 da LOSJ).
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★ Critério Geral: Recorre-se a este critério quando o caso não seja previsto noutra
norma (ex: ação de nulidade de um ato jurídico)
★ Critérios Especiais:
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○ Requisitos:
B. TRIBUNAIS DA RELAÇÃO
As relações são dívididas pelo menos em relações de matéria cível e em matéria penal (art.
67/3 e 4 da LOSJ), embora também possam funcionar em plenário e por secções (art. 67/2 e
71 da LOSJ).
Critério Material: Compete às secções cíveis das Relações julgar as causas que não estejam
atribuídas às demais secções (art. 74/1 e 54/1 da LOSJ) - competência material residual
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○ Questões de 1ª instância
C. STJ
Compreende secções especializadas em matéria cível, em matéria penal e em matéria
social, às quais acresce uma secção paea o julgamento dos recursos das deleberações do
CSM (art. 47 da LOSJ). O STJ pode funcionar em plenário, em plenário das secções
especializadas e por secções (art. 48/1 da LOSJ).
Critério Material: Compete às secções cíveis do STJ julgar as causas que não estejam
atribuídas às demais secções (art. 54/1 da LOSJ).
★ Matéria Excluída do Âmbito Material: Tal como as Relações, o STJ também não tem
competência executiva (art. 86 e 88 do CPC)
★ Uniformizar a Jurisprudência (art. 53c da LOSJ e 69/2, 686/1, 688/1 e 691 do CPC)
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Critério Territorial: O STJ não tem limites de competênica em razão do território (art. 43/1
da LOSJ)
18
A incompetência absoluta, quando seja manifesta, é, quando haja despacho liminar (art. 226/4 do CPC), causa
de indeferimento liminar (art. 590/1 do CPC).
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★ Efeitos:
19
ex: alega que poderia ter apresentado uma defesa mais ampla se a ação já se encontrassse pendente no
tribunal competente
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★ Arguição:
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★ Efeitos:
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Critérios de Atribuição:
★ Critério da Coincidência (art. 11/2 do CPC): Quem tiver pesonalidade juídica tem
personalidade judiciária - faceta do princípio geral da coincidência entre a
personalidade jurídica e a personalidade judiciária
20
Ex: condenada a sociedade não registada a pagar uma dívida, esta pode ser cobrada à sociedade que
entretanto se registou
21
A morre sem testamento e não sabemos se tem descendência
22
A morre sem testamento, mas tem um filho, que não sabemos se aceita
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★ Sanação do Vício:
○ Regime Geral: Não é possível a sanação deste vício, exceto no caso das
sucursais, agências, filiais, delegações ou representações, pela intervenção
(inominada24) da adminsitração principal e a ratificação ou repetição do
processado (art. 14 do CPC)
○ Regimes Especiais:
23
Atribui legitimidade ao órgão de fiscalização de uma sociedade para a propositura, contra a sociedade, de
uma ação de declaração de nulidade ou de anulação de deliberação social de um órgão da sociedade - esta
concessão de legitimidade ativa pressupõe que o orgão de fiscalização tem personalidade judiciária
24
A interveção não pode ser realizada nos termos do art. 311 (intervenção de um litisconsorte), pois não se
trata de constituir uma pluralidade de partes, mas de subsittuir uma parte sem presonalidade judiciária, por
outra parte dotada dessa personalidade.
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Inexistência da Parte: Pode imaginar-se que seja proposta uma ação por uma entidade
inexsitente (ex: sociedade comercial que já não existe), ou contra uma pessoa ou entidade
inexsitente (ex: pessoa já falecida).
Imunidades: Entidadesque não podem ser, sem o seu consentimento, sujeitos à jurisdição
portuguesa..
★ Estados Estrangeiros:
25
Ex: A falta de personalidade judiciária da herança indivisa pode ser sanada através da intervenção na ação de
todos os herdeiros.
26
Ex: Mesmo depois de efetuado o registo da sociedade, o contrato de sociedade pode padecer de vícios que
determinam a sua nulidade, se estes vícios forem sanados por deliberação dos sócios, cessa a falta de
personalidade judiciária.
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○ Âmbito da Imunidade:
13.1 REPRESENTAÇÃO
A. ORGÂNICA
Pessoas Coletivas:
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★ Representação Normal:
■ Sociedades Comericias:
● Em Nome Coletivo e Por Quotas: Representadas pelos
gerentes (art. 192/1 e 252/1 do CSC)
● Anónimas: Representadas pelo conselho de administração
(art. 405/2 e 408/1 do CSC)
B. REPRESENTAÇÃO LEGAL
Aferição da Incapacidade:
27
Herança Jacente - art. 2047, 2048 e 2079 do CC; Condomínio - art. 1437 do CC; Navio - art. 28/2 do DL
352/86
28
Associações Sem Personalidade Jurídica - art. 163/1 e 195/3 do CC; Sociedades Civis - art. 996 do CC;
Sociedades Comerciais Não Registadas - art. 38-40 CSC
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■ Critério Preconizado pelo Prof. MTS: Basta que um dos efeitos não
possa ser produzido pela pessoa, tendo em conta o princípio da
instrumentalidade (aquilo que se não pode fazer por vontade das
partes por negócio jurídico, também não se pode fazer por processo)
★ Aplicação do Critério:
○ Parte Ativa: Se alguém não pode dispor de um bem, também não o pode pôr
em jogo através de ação, sem estar representada ou autorizada.
★ Menores: É menor quem ainda não tiver completado 18 anos (art. 122 do CC)
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○ Capacidade do Menor:
★ Maiores Acompanhados:
29
Será um juízo de família e menores - art. 123/1d da LOSJ
30
Ex: O menor pode intentar ações e conduzi-las livremente sobre os bens que adquiriu através do seu trabalho
(art. 127/1a do CC)
31
o menor consegue comprar um pão, mas não consegue conduzir uma ação sobre a ação de reinvidicação
desse pão
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Curador Especial: A sua nomeação deve ser promovida pelo MP (art. 17/4 e 5 do CPC) e
justifica-se quando:
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○ No lado ativo:
32
Ex: A propoõe uma ação de anulação contra B, alegando a sua incapacidade de exercício. B impugna a
capacidade de exercício de A, e a necessidade da sua representaçaõ em juizo. Cabe a A provar a sua
incapacidade de exercício
33
Ex: C propoõe uma ação de cumprimento contra D, D invoca a anulabilidade do negócio com base na sua
incapacidade. Cabe a D provar a sua incapacidade.
34
Ex: E propoõe uma ação de cumprimento contra F, F invoca a incapacidade de E. Cabe a E provar a sua
capacidade.
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○ No lado passivo:
○ No lado ativo:
35
Quer dizer que o o autor desrespeitou o ónus de indicar o representante legal do incapaz ou não cumprir, por
exemplo, o art. 17/1 e 3 sobre o curador especial
36
ex: avô que, em discordância com o pai quanto aos interesses do neto, põe uma ação em seu nome
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○ No lado passivo:
○ No Lado Ativo:
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★ Notificação do Ex-Incapaz: O ex-incapaz deve ser notificado para tomar uma das
decisões que, nos termos do art. 28/2, cabe ao seu representante.
○ Réu Incapaz: Para evitar esta incapacidade, o autor tem o ónus de indicar a
incapacidade do reu e o modo do seu suprimento.
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○ Razão Técnica: A não ser quando elas próprias sejam licenciadas em Direito e
em práticas e assuntos forenses, as partes carecem de preparação e de
conhecimentos para saberem conduzir a prossecução dos interesses em juízo
Patrocínio Judiciário:
Vícios do Patrocínio:
★ Modalidades:
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por ter sido revogado, ou pela sua extensão não justificar a ação do
mandatário e não ser um caso de gestão de negócios (art. 48 do CPC)
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★ Formas de Atribuição:
○ Nomeação pelo Juiz: Pode ocorrer em casos de urgência (art. 51/3 do CPC)
Apoio Judiciário: A todos é assegurado o acesso aos tribunais para a defesa dos seus
direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser negada por
insuficiência de meios económicos (art. 20/1 da CRP).
Extinção do mandato judicial: O mandato judicial pode ser revogado pelo mandante e o
mandatário pode renunciar ao mandato (art. 47/1 do CPC) - o mandato judicial pode ser
revogado pelo mandante, mesmo sem o consentimento do mandatário.
37
O TC declarou a inconstitucionalidade com força obrigatória geral da norma do art. 7/3 da LADT, na parte em
que recusa proteção jurídica a pessoas coletivas com fins lucrativos, sem consideraçaõ concreta pela sua
situação económica.
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★ Especial:
★ Modalidades:
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Substituição Processual:
★ Fundamento:
○ Legal (art. 30/3 do CPC): A legimtidade pode ser reconhecida a quem não
seja o alegado titular do objeto da ação
★ Tipologia:
○ Própria vs Imprópria:
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(art. 608), logo a ação sub-rogatória deve ser proposta não só contra
o devedor do autor, mas também contra a parte substituída.
★ Efeitos:
Legitimidade Direita: Deve ser apreciada em função de dois elementos, cuja falta se traduz
na falta de legitimidade singular, o que constitui uma exceção dilatória (art. 577/e do CPC),
e conduz à absolvição da instância (art. 278/1d 576/2 do CPC), que não é possível sanar:
★ Elemento Material - Poder de produção, pela parte, dos efeitos que podem
decorrer da decisão: É necessário que a parte, ativa ou passiva, possa produzir, sem
a presença na ação de qualquer outra parte que a acompanhe, os efeitos
substantivos que decorrem da procedência ou improcedência da ação.
○ Legitimidade Passiva:
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16§ LITISCONSÓRCIO
Na sua forma mais simples, o processo tem duas partes: demandante e demandado, porém,
pode suceder que o processo tenha mais de duas partes principais, situações que se
chamam de “cumulação subjetiva” ou “pluralidade de partes”.
Modalidades:
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38
ex: A demanda B, pedindo a declaração de propriedade de x. Considera-se ele o proprietário de x. A lei
permite que ele deduza um incidente de intervenção de terceiros, entrando na ação.
39
ex: no caso de ação de divisão de coisa comum proposta por D contra E e F, D é o autor, E e F réus, mas os
interesses destes opõem-se entre si, tanto como os de cada um com D. A ação poderia ter sido proposta
também por D e E contra F ou por E contra D e F
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★ Legal: Litisconsórcio necessário legal (art. 33/1 do CPC). Verifica-se nas hipóteses
em que a lei impõe, sob pena de ilegitimidade, a intervenção dos vários interessados
- art. 34 do CPC, 419/1 do CC,...
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■ Exceções:
● Móveis utilizados conjuntamente por ambos os cônjuges na
vida do lar ou como instrumento comum de trabalho (art.
1682/3a) do CC)
● Móveis pertencentes exclusivamente ao cônjuge que os não
administra, salvo atos de administração ordinaria (art.
1682/3b) e 1678/2e) e g) do CC)
● Imóveis, salvo vigorando o regime de separação de bens (art.
1682-A/1a) do CC)
● Estabelecimento comercial, salvo vigorando o regime de
separação de bens (art. 1682-A/1b) do CC)
● Casa de morada de família (art. 1682-A/2 e 1682-B do CC)
○ Bens Comuns:
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■ Prof. MTS: Para que a execução possa vir a incidir sobre bens comuns,
a ação tem de ser movida contra os dois cônjuges.
● Exceções (art. 1696/2 do CC)
- Bens que no momento em que a ação foi contraída
eram próprios do cônjuge executado, ou que foram
sub-rogados no lugar destes
- Bens comuns adquiridos posteriormente por um dos
cônjuges a título gratuito, ou pelo trabalho ou exercício
de direitos de autor
★ Regime Processual (art. 34/3 do CPC): Os cônjuges devem estar ambos em juízo
como réus em três casos:
○ Ações emergentes de facto praticado por ambos os cônjuges (art. 33/ CPC):
As dívidas provenientes de ato praticado por ambos são comunicáveis, (art.
1692/1a do CC)
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Litisconsórcio Necessário Convencional: Pressupõe que a vontade das partes imponha que
o direito só possa ser exercido por todos ou contra todos, ou por todos contra todos.
Reflexo de um pacto substantivo.
★ Justificação: Uma vez que o art. 20/1 da CRP atribui a todos o direito de acesso aos
tribunais, o interesse processual visa evitar que sejam impostos custos incómodos
ao tribunal e ao demandado, numa situação em que não se justifica o recurso aos
órgãos jurisdicionais.
Utilidade da Tutela: Podemos falar em interesse processual em dois sentidos (↓), contudo,
em Portugal, é apenas relevante a utilidade do resultado a obter - vide art. 535/2 do CPC
41
duvida
42
Por exemplo, A celebra com B, C e D um contrato, que, posteriormente, pretende anular, por dolo. Se
propuser a ação apenas contra B, a sentença de anulação deixa o ato nulo em face de uns e válido em face de
outros, pelo que se entende que para a sentença produzir o seu efeito útil normal tem de ser intentada contra
todos os celebrantes do negócio anulado
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Aferição do Interesse:
43
Nos direitos relativos existem titulares ativos e passivos do mesmo direito, nos direitos absolutos as pessoas
podem apenas ser titulares ou não titulares do direito - ex: se eu sou a única proprietário do imóvel A, todos as
outras pessoas existentes são não titulares desse direito de propriedade
80
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Aferição do Interesse:
★ Ações Condenatórias:
★ Ações Constitutivas:
○ Modalidades:
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○ Consequências:
Pressuposto processual?
45
Ex: O autor pede o pagamento de uma indemnização por violação de uma propriedade de que afirma ser
titular, essa mesma parte pede que o tribunal aprecie e declare a titularidade com força de caso julgado material
46
Ex: O autor condenar o reu ao cumprimento de uma obrigação com base num contrato que se provar ser nulo
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★ Extinção do Direito Material: O processo deve extinguir-se por perder o seu objeto.
47
O reu que contesta o interesse limita-se a alegar que o autor não retira nenhuma utilidade da tutela judicial
requerida, o reu que contesta o interesse contesta não a utilidade mas a concessão da tutela.
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Intervenção Principal: Pode intervir na causa pendente como parte principal aquele que em
relação ao objeto da causa tiver um interesse igual ao do autor ou do reu (art. 311 do CPC),
isto é, aquele que for titular de um direito próprio mas parelelo ao do autor ou do reu (art.
312 do CPC) e que, por isso, se possa litisconsorciar com qualquer das partes.
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Oposição: Estando pendente uma causa pode um terceiro intervir nela para fazer valer um
direito próprio, total ou parcialmente incompatível com a pretensão do autor ou do
reconvinte (art. 333/1 do CPC).
★ Modalidades:
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○ Oposição Provocada: O reu pode requerer, dentro do prazo que tem para
contestar, que um terceiro com um direito incompatível com o do autor seja
citado para deduzir a sua pretensão, desde que antes proceda à consignação
em depósito da quantia ou coisa devida (art. 338 e 916/3 do CPC). Depois da
citação do terceiro pode acontecer o seguinte:
Intervenção Acessória: Intervenção de uma parte acessória, ou seja, de alguém que pode
ser atingido pela decisão da causa e que, por isso, auxilia uma das partes principais a evitar
que uma decisão desfavorável venha a ser proferida.
★ Modalidades:
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○ Intervenção Provocada (art. 321/1 e 325/1 do CPC): O reu que tenha ação de
regresso contra terceiro, para ser indemnizado do prejuizo que lhe cause a
perda da demanda pode chamá-lo a intervir como auxiliar na defesa, sempre
que o terceiro careça de legitimidade para intervir como parte principal. O
chamamento é deduzido na contestação, ou, na sua falta, no seu prazo (art.
322/1 do CPC).
48
Ex: situações de extensão de caso julgado, relações de prejudicialidade, direito de regresso,...
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