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SUMÁRIO
1. DIREITO ADMINISTRATIVO 5
2. LEGISLAÇÃO BÁSICA 6
4. FUNÇÕES/ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS 8
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS 11
6. ATOS ADMINISTRATIVOS 13
ELEMENTOS 13
Vícios 16
EXTINÇÃO 18
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 21
ÓRGÃOS PÚBLICOS 38
TERCEIRO SETOR 38
8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 39
MEIOS DE INTERVENÇÃO 44
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Direito Administrativo | 8ª ed.
DESAPROPRIAÇÃO 46
11. LICITAÇÃO 50
DEVER DE LICITAR 51
PRINCÍPIOS CORRELATOS 53
TIPOS DE LICITAÇÃO 54
FASES DA LICITAÇÃO 54
FASE INTERNA 55
FASE EXTERNA 55
MODALIDADES DE LICITAÇÃO 57
PREGÃO 59
ASPECTOS GERAIS 61
TIPOS DE LICITAÇÃO 63
MODALIDADES DE LICITAÇÃO 64
FASES DA LICITAÇÃO 65
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 70
ESPÉCIES 70
FORMALIDADE 70
CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÃO 73
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Direito Administrativo | 8ª ed.
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Direito Administrativo | 8ª ed.
1. DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceitos iniciais
Direito Administrativo: ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativistas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não
contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza
pública.
Estado: pessoa jurídica de direito público interno, com capacidade de adquirir direitos e
obrigações.
Poderes do Estado: estão previstos no art. 2º da CF/88, quais sejam, Executivo, Legislativo e
Judiciário.
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Administração Pública
2. LEGISLAÇÃO BÁSICA
● Constituição Federal – Arts. 37 a 41;
● Código Civil - Arts. 43, 949-952 (Responsabilidade Civil do Estado) e arts. 98-103 (Bens Públicos);
● Lei 4.132/62 - Dispõe acerca da desapropriação por interesse social (vide principalmente arts. 1º ao
5º);
● Decreto-Lei 3365/41 - Dispõe acerca da desapropriação por utilidade pública (vide principalmente
arts. 3º-7º, 10º, 11, 15-15B, 20 e 35);
● Lei 9.784/99 – Lei que rege o Processo Administrativo Federal (vide especialmente os arts. 13 e 53 a
55);
● Lei 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos (vide especialmente os arts. 3, 17, 24, 25 e 58);
● Lei 14.133/2021 - Nova Lei de Licitações e Contratos (vide especialmente os arts. 5º, 11, 17, 28, 72 a
76 e 104);
● Lei 8.112/90 – Estatuto dos Servidores Civis da União (vide especialmente os arts. 8 e ss);
● Lei 8.987/95 – Concessões e Permissões de Serviços Públicos (vide especialmente os arts. 6, 35 e ss);
● Lei 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa, com alterações da Lei 14.230/21;
● Lei 12.232/10 – Licitação para contratação de Agências de Propaganda/Publicidade (vide
especialmente o art. 2º).
● Lei nº 11.079 - Trata acerca das PPPs - Parcerias Público-Privadas (vide especialmente os arts. 2º, 4º,
6º,8º, 9º e 13).
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Prerrogativas: concede ao Agente Público o Poder de Polícia, isso é, o poder que o Administrador
Público possui de coagir os administrados a aceitarem a imposição da vontade do Estado através
de uma limitação ao direito subjetivo do particular.
Sujeições: a emissão dos atos administrativos devem se vincular à finalidade pública, sob pena
de serem declarados nulos de pleno direito, em virtude de uma ilegalidade que causa um vício
insanável na formulação do ato, de modo a comprometer toda a sua estrutura.
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4. FUNÇÕES/ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS
Os três poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), executam as funções:
● Função administrativa;
● Função legislativa;
● Função jurisdicional.
A função típica do judiciário é a jurisdicional. Porém, também pode exercer função atípica, como,
por exemplo, a administrativa, como quando ocorre no caso de servidor requerendo férias.
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Direito Administrativo | 8ª ed.
O executivo pode exercer função atípica do legislativo, como, por exemplo, ocorre em medida
provisória.
O direito administrativo rege toda e qualquer atividade de administração, seja ela do Executivo, do
Legislativo ou do Judiciário, já que os dois últimos poderes também exercem atipicamente
atividades administrativas. Exemplos: legislativo contratando servidores, judiciário licitando para
celebração de contratos.
Assim, a função administrativa tem por objetivo realizar concreta, direta e imediatamente os fins
desejados pelo Estado, que são aqueles expressos em lei, ou seja, frutos da atividade legislativa.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998).
Legalidade: administração pode fazer apenas o que a lei permite ou determina. O silêncio da lei
ou a ausência da lei para a Administração significa uma proibição. É o princípio basilar para
concretização do Estado de Direito.
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Moralidade: o princípio da moralidade deve ser entendido como a obrigação que o administrador
público tem de pautar sua conduta em estreita observância da lei e das regras constantes em
regulamentos e códigos de ética da própria Administração Pública.
Publicidade: trata-se de uma exigência constitucional que tem como principal objetivo tornar
transparentes os atos do administrador público para a sociedade. Aos atos da administração
pública deve ser dada ampla divulgação, de forma que o administrado possa cumprir a
determinação ou impugná-la. A Administração Pública deve dar ampla divulgação de seus atos,
programas, contratos, obras etc. Publicidade é diferente de publicação. Publicar é uma das
formas de se dar a publicidade.
Eficiência: inserido pela Emenda Constitucional 19/98 como princípio expresso da melhor atuação
possível diante dos recursos disponíveis. Exigência de rendimento funcional. O princípio da
eficiência está ligado ao resultado.
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Celeridade processual: duração razoável dos processos judicial e administrativo (CF/88, art.5º,
inc. LXXVIII).
Contraditório: a Constituição previu este princípio para que as duas partes, num litígio, tenham
ciência do que está sendo tratado em juízo. É aplicado a todos os processos administrativos,
punitivos ou não punitivos (CF/88, art. 5º, LV).
Ampla defesa: é o direito de se defender do que tomou ciência, utilizando-se de todos os meios
lícitos.
Devido processo legal: é aplicável aos seus dois aspectos – formal (necessidade do cumprimento
de um rito para tomada de uma decisão) e legal material (obriga a administração a adotar uma
decisão adequada).
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
1
Lei n. 9.784/99. “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade e
pode revogá-los por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.
2
STF. Súmula 346. A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
3
STF. Súmula 473. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
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Quanto ao princípio da proporcionalidade, este significa o dever de adequação entre meios e fins
no que diz respeito à aplicação de punições.
Princípio da Segurança Jurídica: possui o aspecto objetivo de buscar a estabilidade das relações,
respeitando as situações consolidadas no tempo e amparadas pela boa-fé do cidadão, vedando
decisões surpresas que venham a prejudicar o administrado. Atua como limitador da autotutela e
do princípio da legalidade.
Ex.: prescrição, decadência, proteção do ato jurídico perfeito, direito adquirido e coisa julgada.
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6. ATOS ADMINISTRATIVOS
“É toda manifestação unilateral da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria” (Hely Lopes Meirelles).
ELEMENTOS
● Competência;
● Finalidade;
● Forma;
● Motivo;
● Objeto.
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Exemplo: agente da Polícia Militar que atua fora da sua circunscrição viola competência no que
diz respeito ao requisito territorialidade.
Pode ser delegada e avocada, desde que não exista impedimento legal.
Exemplo: caso de desapropriação de um terreno para construir uma escola, mas, por causa de
uma enxurrada, constrói-se um hospital em seu lugar. Nesse caso, ocorreu o que a doutrina
denomina de Tredestinação Lícita. Embora o objeto do ato tenha sido alterado, o ato continuou a
atender ao interesse público.
No entanto, sempre que a finalidade mediata (genérica) for violada, ou seja, o interesse público
não for atendido, surgirá um Abuso de Poder na modalidade Desvio de Poder, também chamado
de Desvio de Finalidade, exsurgindo a figura da Tredestinação Ilícita, ocasião em que o objeto foi
alterado e o interesse público violado.
Exemplo: desapropria-se um terreno para construir uma escola, no entanto, em vez disso,
vende-se o terreno para um particular. Nesse caso, o objeto do ato foi alterado no sentido de
violar o interesse público.
4
Agente é aquele que pratica o ato.
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Excepcionalmente existem:
Teoria dos Motivos Determinantes: quando a Administração motiva o ato, sendo ou não
obrigatória a motivação, ele só será válido se esses motivos forem verdadeiros. Sendo assim,
caso seja comprovada a não ocorrência da situação declarada (pressuposto de fato), ou a
inadequação entre a situação ocorrida e o motivo descrito na lei (pressuposto de direito), o ato
será nulo.
Exemplo: dispensa de um servidor ocupante de cargo em comissão. A CF/88 diz que o cargo em
comissão é aquele declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Portanto, não há
necessidade de motivação5 do ato exoneratório, mas, se forem externados os motivos, o ato só
será válido se os motivos forem verdadeiros.
5
Motivação se trata da exigência de explicitação, ou seja, de enunciação dos motivos. Todas as decisões tomadas
pela Administração devem (poder/dever) ser fundamentadas de maneira clara a entender quais as razões
que levaram à expedição daquele determinado ato.
Exceções ao Princípio da Motivação: A Exoneração ad nutum, que se refere àquela aplicável aos
ocupantes de cargo em comissão, prescinde de motivação. Entretanto, se a Administração motivar ato que
poderia não ser motivado, estará vinculada aos motivos que explicitou. Os motivos vinculam todo o ato e, se
não forem respeitados, o ato poderá ser apreciado pelo Judiciário (Teoria dos Motivos Determinantes). Ex.:
agente destituído por improbidade (esta deverá ser provada).
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Vícios
ATRIBUTOS
● Presunção de Legalidade;
● Presunção de Legitimidade;
● Presunção de Veracidade;
● Autoexecutoriedade;
● Imperatividade/Coercibilidade;
● Tipicidade.
Presunção de Legalidade: o ato está de acordo com a lei, presunção relativa iuris tantum.
Presunção de Veracidade: o ato está embasado na verdade. É por isso que o agente público não
reconhece firma: ele possui Fé Pública.
Ex.: multa de trânsito. Aqui, cabe ao administrado provar que não cometeu determinada infração.
Autoexecutoriedade: o ato administrativo pode ser praticado e produz seus efeitos regulares sem
autorização do Judiciário, desde que haja previsão legal e/ou comprovada urgência .
Ex.: carro rebocado por estacionar em local proibido (coerção direta) e multa (coerção indireta).
Exceção: multa resistida. Nesse caso, não pode ser cobrada pela Administração. É necessário
que o Judiciário seja provocado, perdendo, assim, sua autoexecutoriedade.
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Ex.: a multa por estacionar em local proibido é apenas exigível, já o ato de rebocar o veículo que
está obstruindo a rua é executório.
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EXTINÇÃO
● Anulação;
● Revogação;
A anulação ou invalidação de atos ilegais produz efeitos ex tunc. O agente, identificando erro ou
irregularidade, deve fazer algo (princípio da supremacia do interesse público e indisponibilidade
do interesse público).
De acordo com o art. 54 da Lei 9.784/99, decai em 5 anos (cinco) o direito da administração para
anular atos, salvo em casos de má-fé.
A revogação de atos inconvenientes ou inoportunos produz efeitos ex nunc, isso é, tem efeitos
desde o ato revogatório em diante. A revogação pressupõe um fato novo e precisa ser motivada.
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
Fundamento Ilegalidade Conveniência e
Oportunidade
Titularidade ▪ Administração por Só a Administração Pública
iniciativa própria ou
provocada por
terceiros
▪ Judiciário
Efeitos da decisão Ex tunc – seus efeitos Ex nunc – a decisão não
retroagem até o momento em retroage, não interfere no
que o ato foi editado passado
Prazo 05 (cinco) anos Não há prazo para
revogação
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Diferentemente da anulação, trata-se de um ato legal, mas que, por motivos de conveniência e
oportunidade, a administração deseja a retirada do ato administrativo.
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Direito Administrativo | 8ª ed.
A conduta do administrador público, na maioria dos casos, não é livre, mas sim regrada por
normas específicas que lhe determinam quando, como e de que forma de agir.
Quando a conduta do administrador encontra-se totalmente regulada pela lei, dizemos que o
poder da administração é vinculado.
Existem casos em que a lei não estabelece todas as condições para a prática do ato
administrativo, assegurando ao administrador certa margem de escolha para a prática do ato.
Nesses casos, em que a conduta do administrador não se encontra totalmente regulada pela lei,
havendo a possibilidade de que, diante do caso concreto, o administrador decida pela opção mais
viável, dizemos que o poder da administração é discricionário.
Isso não quer dizer, entretanto, que a escolha do administrador será totalmente livre. Eis que
também, nesse caso, o critério a ser utilizado encontra-se regulado na lei. Ou seja, a escolha do
ato administrativo irá obedecer a critérios de oportunidade, conveniência e justiça os quais, em
seu conjunto, deverão atender ao interesse público.
A discricionariedade deve observar os limites e condições estabelecidas pela lei e existe nas
seguintes hipóteses:
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Direito Administrativo | 8ª ed.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Conceito:
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Direito Administrativo | 8ª ed.
#SELIGA: Após a Lei nº 14.230/21, condutas culposas não podem mais ser consideradas atos de
improbidade administrativa.
Contudo, é a lei nº 8.429/92 que trata diretamente da improbidade administrativa, definindo seus
sujeitos, o ato de improbidade, as penalidades cabíveis e a ação judicial aplicada à prática do ato
de improbidade, de forma esclarecedora e bem definida.
Regime Jurídico:
Sujeitos Passivos:
b) a empresa incorporada ao patrimônio público ou entidade para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual;
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Sujeitos Ativos:
✓ os agentes públicos, servidores ou terceiros.
Agentes públicos são considerados todos aqueles que, definitiva ou transitoriamente, com ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação, ou seja, qualquer forma de
investidura ou vínculo, exercem alguma função pública (mandato, cargo, emprego) em nome dos
sujeitos passivos do ato de improbidade.
Terceiros são aqueles que induzam ou concorram para a prática do ato ou dele se beneficiem sob
qualquer forma direta ou indireta.
Súmula 634
Assunto: prescrição igual para particulares e agentes públicos com previsão na lei de improbidade
administrativa.
6
REsp L Nº 1.405.748-RJ
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Direito Administrativo | 8ª ed.
● Atos de Improbidade Administrativa que Importem Enriquecimento Ilícito (ver art. 9º);
● Atos de Improbidade Administrativa que Causem Prejuízo ao Erário (art. 10);
● Atos de Improbidade Administrativa que concedam ou apliquem indevidamente benefícios
tributários e financeiros;
● Atos de Improbidade Administrativa que Atentem Contra os Princípios da Administração Pública
(art. 11).
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Sanções:
● Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
● Ressarcimento integral do dano, quando houver;
● Perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos por até 14 anos;
● Pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano;
● Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de quatorze anos.
Florianópolis/SC 25
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Sanções:
● Ressarcimento integral do dano;
● Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer essa
circunstância;
● Perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos por até 12 anos;
● Pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano;
● Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de até 12 anos.
Florianópolis/SC 26
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Sanções:
● Perda da função pública;
● Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;
● Multa civil de até 3x o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
Sanções:
● Ressarcimento integral do dano, se houver;
● Perda da função pública;
● Pagamento de multa civil de até vinte a quatro vezes o valor da remuneração percebida
pelo agente;
● Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de quatro anos.
Florianópolis/SC 27
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Direito Administrativo | 8ª ed.
#SELIGA:
¹O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
²Indisponibilidade de bens
Florianópolis/SC 28
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Procedimento Administrativo:
A representação pode ser feita por qualquer pessoa, que será escrita ou reduzida a termo e
assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a
indicação das provas de que tenha conhecimento para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
#SELIGA: O prazo para que o inquérito ocorra também é de um ano, tendo a possibilidade de
prorrogação apenas uma única vez.
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A ação judicial aplicada à prática do ato de improbidade tem natureza de Ação Civil Pública.
Transcorre pelo rito ordinário e deve ser proposta pelo Ministério Público. Compete ao juízo de
primeiro grau, da Justiça Estadual ou Federal.
#NOVIDADE: Após a Lei nº 14.230/21 apenas o Ministério Público possui legitimidade para
ingressar com ação judicial de Improbidade Administrativa.
Prescrição
A ação movida para que as sanções sejam devidamente aplicadas têm o prazo único de oito anos
para prescrever, sendo estes contados a partir do momento em que o fato ocorreu. Se for um
caso de infração permanente, a contagem acontece a partir do dia em que a permanência cessar.
#SELIGA: Na lei de improbidade administrativa anterior o prazo determinado era de cinco anos,
após a finalização do mandato do agente público acusado.
O STJ entende que, em se tratando de pessoa ocupante de cargo político, tendo essa
se reelegido, o prazo só começará após o fim do último mandato.7
Ato praticado contra entidade privada que: 8 anos após a apresentação das
7
Resp. 1.647.209 - MT
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Novidade! A lei nº 13.964/2019, conhecida como pacote anticrime, alterou o art. 17 da Lei de
Improbidade, passando a permitir a celebração de acordo de não persecução cível, o que até
então era vedado.
Art. 17, § 1º: É vedada a transação, acordo ou Art. 17, § 1º: As ações de que trata
conciliação nas ações de que trata o caput. este artigo admitem a celebração de
acordo de não persecução cível,
nos termos desta Lei.
Além disso, a lei 8.429 prevê em seu §10-A do art. 17 que, havendo a possibilidade de solução
consensual mediante acordo, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para que
o infrator se defenda, por meio da "contestação", por prazo não superior a 90 dias.
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Florianópolis/SC 32
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Direito Administrativo | 8ª ed.
Ex.: a União, por lei, cria uma Universidade Federal (Autarquia ou Fundação Pública).
Por serviços, funcional, técnica ou por outorga: o Poder Público transfere a titularidade e a
execução do serviço. A outorga só pode ser feita por meio de lei e para as Pessoas Jurídicas de
Direito Público da Administração Indireta ou para os consórcios públicos. Nesses casos, o
controle exercido é apenas finalístico, não existindo subordinação, nem prazo determinado.
a) Por lei (legal): quando for para Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração
Indireta (empresas públicas, sociedade de economia mista); ou
b) Por contrato (contratual): quando a delegação for para particulares (concessionárias,
permissionárias, organizações sociais e todos que prestem atividade administrativa).
Como a titularidade permanece com o Poder Público, ele pode alterar unilateralmente
as condições de sua execução, aplicar sanções ou retomar a execução do serviço
antes do prazo estabelecido.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA: são os entes políticos, ou seja, aqueles que têm
competência para legislar: União, Distrito Federal, Estados e Municípios.
Florianópolis/SC 33
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Fundação pública
Florianópolis/SC 34
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“Fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que
não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes".
Empresas Estatais
Empresa pública8: Pessoa Jurídica de Direito Privado, constituída por capital exclusivamente
público. Aliás, sua denominação decorre justamente da origem de seu capital, isso é, público.
Poderá ser constituída em qualquer uma das modalidades empresariais. Podem prestar serviço
público, mas também podem explorar atividade econômica.
Sociedade de Economia Mista9: Criada pelo Estado e dotada de personalidade jurídica de direito
privado, a sociedade de Economia Mista presta seus serviços no campo da atividade econômica
privada, sob a forma de uma sociedade anônima, no qual o sócio majoritário será a União Federal
8
Decreto Lei 200/67. “Art. 5º [...]. II - Empresa pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para a exploração de atividade econômica que o
governo seja levado a exercer por força de contingência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito."
9
Decreto Lei 200/67. “Art. 5º.[...]. III - Sociedade de Economia Mista: a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertencem, em sua maioria, à União ou a entidade da Administração Indireta”.
Florianópolis/SC 35
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ou algum outro ente da Administração Pública, observados os termos e limites fixados pela
legislação e pela Constituição Federal. Somente poderá ser constituída na forma de S/A.
¹O STF decidiu que os Correios (ECT), por exercer serviço público indelegável,
possui regime de Fazenda Pública.
² O regime jurídico a que se submetem as empresas estatais é híbrido e estará
vinculado a sua finalidade. Se prestarem serviços, terão as garantias inerentes à
Fazenda Pública. Se exercerem atividades econômicas, estarão mais sujeitas às regras de direito
privado.
Agência reguladora
Florianópolis/SC 36
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Direito Administrativo | 8ª ed.
As agências reguladoras são autarquias especiais, que são criadas para fiscalizar a prestação de
serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Além de controlar a qualidade na prestação do
serviço, estabelecem regras para o setor10.
É uma autarquia sob regime especial, assim como o CADE, a CVM e o BACEN.
O dirigente tem mandato fixo. Porém, pode perdê-lo por renúncia, processo administrativo ou
decisão judicial transitado em julgado.
Quando o dirigente sai do cargo, cumpre a quarentena, isso é, fica um período de 4 a 12 meses
sem que possa trabalhar no poder público ou nas empresas que ele ajudou a fiscalizar. Durante
esse período, ele recebe remuneração como se estivesse na ativa. Essa restrição foi criada com
o objetivo de evitar a ocorrência da Teoria da Captura11.
Agência executiva
São Autarquias ou Fundações Públicas que precisam se reorganizar e, para isso firmam, um
contrato de gestão em que se comprometem a cumprir um planejamento de reestruturação.
Esse Contrato de Gestão é celebrado entre uma Autarquia ou Fundação Pública e o Poder
Público, concedendo, assim, mais autonomia ou recurso público.
O título “Agência Executiva” só vingará até findar o contrato de gestão. Então, o ente que se
tornou agência executiva tornará a ser autarquia ou fundação pública. Exemplo: INMETRO.
Pessoa jurídica formada pelo conjunto de entes da Federação com objetivo de prestar serviços de
interesse comum. Tem natureza jurídica de Autarquia Interfederativa e forma de Associação
Pública (se públicos) ou de Associação Civil sem fins lucrativos se de natureza privada.
10
Os particulares não se submetem a essas regras, apenas as pessoas jurídicas reguladas.
11
Teoria da Captura: consiste na situação pela qual a agência reguladora passar a servir de instrumento para
viabilizar e legitimar a consecução de interesses privados dos segmentos regulados, ou seja, o dirigente atuaria
favorecendo aqueles que deveria regular.
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Processo de Formação:
#SELIGA: para que o município participe de consórcio público de que a União faça parte, é
necessário que o estado que ele integra também participe. Ou seja, é vedado, por exemplo, que o
município de Manaus participe de um consórcio público de que faça parte a União sem que o
estado do Amazonas também participe desse consórcio público.
ÓRGÃOS PÚBLICOS
“Órgãos públicos ou órgãos administrativos são unidades de atuação que englobam um conjunto
de pessoas e meios materiais ordenados para realizar uma atribuição predeterminada”.
Os órgãos não têm personalidade jurídica e, portanto, não podem contrair obrigações nem
exercer direitos em nome próprio. Sendo assim, atuam em nome da pessoa jurídica de que faz
parte.
Ex.: a União exerce controle hierárquico sobre seus Ministérios e os Estados e Municípios sobre
suas Secretarias.
Ex. uma Universidade Pública (autarquia) pode ter um órgão a ela vinculado e sobre
ele exercerá controle hierárquico.
TERCEIRO SETOR
Nome atribuído a entidades da iniciativa privada que exercem atividades não lucrativas e de
interesse social. Na prática, são as ONGs.
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Não se pode confundir o terceiro setor com entidades paraestatais, que são os serviços sociais
ligados ao serviço sindical (exemplo: SESC, SENAI, SESI, SENAC etc.).
8. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Abuso de poder: é a utilização ilegítima de uma competência. Abuso de poder é um gênero que
comporta duas espécies:
Poder normativo: regulamento é o ato que é exercido pela forma de decreto. É uma competência
dada em caráter privativo aos chefes do poder executivo (presidente, governador e prefeito) para
que criem decretos e regulamentos (atos administrativos gerais e abstratos) a fim de dar fiel
execução à lei, ou seja, normas de caráter secundário.
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Poder disciplinar - é a competência para aplicar sanções a servidores públicos que pratiquem
infrações funcionais ou para aplicar sanções àqueles que pactuaram contratos públicos com a
Administração. Nesse caso, decorre do poder hierárquico. O poder disciplinar não é permanente,
ou seja, não é exercido o tempo todo. É um poder de aplicação episódica, só se manifestando
quanto o agente público ou aquele que possui um vínculo especial com o poder público praticam
infrações.
OBSERVAÇÃO: uma conduta irregular do agente público pode ensejar três processos
diferentes e independentes: penal,civil e administrativo. Porém, existe um dois casos
em que a decisão de um processo interfere nos outros dois: absolvição no processo
criminal por negativa de autoria ou ausência de materialidade.
Poder hierárquico - É exercido em caráter permanente pela administração direta e indireta sobre
seus órgãos públicos e pelas chefias sobre agentes públicos.
● Delegação de competência e
● Avocação de competência.
Delegação pode ser feita por agente ou órgão público ao subordinado (delegação vertical) ou a
um não subordinado (delegação horizontal). A delegação é sempre de parte da competência e
pode ser revogada a qualquer tempo (natureza precária, não gera direito adquirido) pela
autoridade delegante.
12
Súmula nº 510 do STF.
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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
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CICLO DE POLÍCIA
Fases Possibilidade
de Delegação
O STF13 entende que Conselhos Profissionais exercem Poder de Polícia e são integrantes da
Administração Indireta.
#APROFUNDANDO:
As autarquias e fundações públicas podem exercer poder de polícia, inclusive aplicar sanções
administrativas, desde que amparadas em lei.
● COnsentimento de Polícia;
● FIscalização de Polícia;
13
ADI 1717-6/DF
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● SAnção de Polícia.
● Ordem de Polícia(também chamado de Legislação de Polícia)
Função social
Urbana: atendimento das diretrizes estabelecidas no plano diretor (Art. 182, § 2º, da CF/88) -
diploma legal que estabelece regras para que uma cidade possa crescer de forma ordenada.
Penalidade progressiva em caso de descumprimento do plano diretor (Art. 182, § 4º, da CF/88).
2 - IPTU progressivo;
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Rural: art. 186, da CF/88. Penalidade: Art. 184, CF/88 – desapropriação para reforma agrária,
sendo paga em títulos da dívida agrária (resgatáveis em até 20 anos).
Servidão Administrativa
● Limita só a propriedade;
● Atinge bem determinado;
● Pode ser indenizável.
Exemplos: placa com nome da rua na fachada do imóvel e servidão para passagem de fios e
cabos pelo imóvel.
MEIOS DE INTERVENÇÃO
Fato gerador: por razões de utilidade ou interesse público, ou ainda por descumprimento da
função social da propriedade.
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O art. 5º, inc. XXV da CF/88 assegura “indenização ulterior, se houver dano”.
Servidão: é o direito real de uso que permite ao Estado o uso da propriedade de terceiros, sem
retirá-la do seu titular. A restrição ao uso é específica, onerosa e, em regra, perpétua. Exemplo:
passagem de rede elétrica por algumas propriedades.
Limitação: restrições quanto ao uso. A restrição é geral (atinge a todos) e gratuita (não dá direito à
indenização). Exemplo: respeito ao zoneamento na construção de um edifício ou de uma casa.
Tombamento: é a intervenção estatal restritiva que tem por objetivo proteger o patrimônio cultural
brasileiro. Há restrição ao uso de bens móveis ou imóveis, públicos ou privados, para preservação
de determinadas características, podendo ser instituído por qualquer dos entes políticos. Sua
instituição pode ocorrer por meio administrativo, legislativo (edição de uma lei) ou ação civil
pública.
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DESAPROPRIAÇÃO
O Direito brasileiro reconhece o direito à propriedade privada do cidadão, todavia, condiciona este
reconhecimento ao atendimento da "função social da propriedade"15.
Uma das formas em que o Poder Público intervém na Propriedade Privada é por meio da
desapropriação.
A desapropriação deve ser entendida como o meio utilizado pela Administração Pública para
transferir, de forma compulsória, bem móvel ou imóvel, declarado de interesse público, mediante
justa e prévia indenização em dinheiro.
a) Quanto à limitação ao poder expropriatório do Estado, deve-se ter em mente que este
encontra limitação nos direitos personalíssimos.
Dessa forma, não podem ser desapropriados o direito à vida, o direito ao alimento, o direito ao
corpo, o direito à liberdade intelectual, o direito à liberdade de invenção, o direito à liberdade civil,
o direito à honra, o direito à imagem, entre outros.
b) Também o dinheiro, ou seja, a moeda corrente do país, não pode ser expropriada, todavia,
as moedas raras ou a moeda estrangeira são passíveis de desapropriação.
c) Em se tratando das terras para reforma agrária, não podem ser desapropriadas as terras
produtivas, nem as terras pequenas ou médias, se o proprietário não possuir outra.
Os Estados, por exemplo, não podem expropriar bens da União e nem de outros Estados.
Nesse caso, a regra é a seguinte: "entidades de grau inferior não podem expropriar bens de
entidades de grau superior".
15
O interesse da coletividade se sobrepõe ao do cidadão comum e justifica a atuação do Estado quando este decide
intervir na propriedade particular.
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regra não se aplica ao tombamento. Sendo assim, um município pode tombar um bem da União
ou de um estado.
Esta regra, todavia, não se aplica às empresas públicas ou às sociedades de economia mista,
uma vez que somente se exige a autorização da pessoa política de maior grau para que a pessoa
política de grau inferior possa expropriar quotas, ações ou direitos representativos do capital
social da dita entidade.
Atualmente, os tribunais têm permitido que esses bens sejam destinados a entidades particulares,
desde que filantrópicas ou sem fins lucrativos.
Exemplo: uma casa é desapropriada para virar creche, mas vira um asilo.
Agentes da Desapropriação:
a) Agentes ativos – são aqueles que detêm a competência para executar a desapropriação;
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Disposição Legal:
"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e culpa."
16
Em termos de responsabilidade civil, notadamente sobre a responsabilidade civil do estado, o que prevalece
atualmente no direito brasileiro é a responsabilidade objetiva fundada no risco da atividade administrativa e na
solidariedade social. O fim da administração pública é o interesse público. Por isso, pratica atos que beneficiam
toda a coletividade. Se a atividade estatal que beneficia toda a coletividade causa danos a um dos administrados,
essa coletividade se junta repartindo os prejuízos e repara o dano. É o risco pela atividade administrativa.
Entretanto, deve-se observar que a teoria do risco administrativo admite causas excludentes de responsabilidade
do Estado, quais sejam: a culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força maior, bem como a culpa
concorrente.
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"As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo."
A vítima, para ser indenizada, deve provar que o dano é originado de atuação estatal.
Ato lesivo - a vítima/administrado deve comprovar que o ato foi praticado por um agente público
na qualidade de servidor, o qual ocasionou o dano. Além disso, o agente público deve ter
praticado o ato no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las.
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Ação de Regresso:
É cabível ação de regresso do Estado contra o agente causador do dano se provar ter este agido
com dolo ou culpa. Verifica-se, então, que se o agente não participa ou pratica o ato lesivo com
culpa ou dolo, não pode ser réu em ação de regresso.
Na hipótese de o Estado não conseguir identificar o agente público causador do dano, não poderá
ingressar com ação de regresso.
11. LICITAÇÃO
17
Essa teoria tem por objetivo proteger tanto o particular quanto o agente público, na medida em que a
responsabilidade do Estado é objetiva e a do agente público subjetiva. Sendo assim, é mais vantajoso ao particular
ingressar em face do Estado (responsabilidade objetiva), sem que nele intervenha o agente público (responsabilidade
subjetiva), cabendo ao Estado comprovar dolo e/ou culpa do particular em posterior ação regressiva da qual não
participará a vítima.
18
Esse foi o tema da peça processual da segunda fase em Administrativo no XXVIII exame.
19
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 .
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Legislação:
DEVER DE LICITAR
Para que o procedimento licitatório ocorra sem nenhum vício, devem ser observados os princípios
estatuídos no art. 3º da lei 8.666/93:
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Assim, por exemplo, se o edital não estiver em conformidade com a lei, qualquer cidadão pode
impugná-lo; é o que preceitua o art. 41, §1º da lei 8.666/93.
Esse princípio está intimamente ligado ao princípio da igualdade, já que todos os interessados
devem ter tratamento igualitário na licitação, sem que haja qualquer favoritismo ou perseguição.
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Princípio da igualdade: esse princípio, já disposto pela CR/88, está intimamente ligado ao
princípio da moralidade. A igualdade a que se refere a lei de licitações e contratos administrativos
corresponde em dar a todos os interessados a oportunidade de participar do certame. Não se
pode fazer exigências a uns e a outros não.
A lei veda a imposição de requisitos que restringem a competição (art. 3º da lei 8.666/93).
Princípio da Publicidade: todo procedimento deve ser divulgado para conhecimento de todos os
interessados, bem como devem ser levados ao conhecimento dos interessados todos os atos da
Administração praticados nas várias fases do procedimento.
Princípio do julgamento objetivo: o julgamento das propostas deve ser feito de acordo com os
tipos de licitação e os critérios objetivos fixados previamente no edital (art. 45 da lei 8.666/93).
PRINCÍPIOS CORRELATOS
Surgiram, além dos princípios enumerados pelo art. 3º, outros correlatos a eles e que são
essenciais à licitação.
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Princípio da padronização das compras: "As compras, sempre que possível, deverão:(...) atender
ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de
desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e
garantia oferecidas" (Art. 15, I da lei 8.666/93).
Princípio do julgamento objetivo: a licitação deve ser decidida segundo os critérios do edital e não
por preferências pessoais da administração.
TIPOS DE LICITAÇÃO
a) Menor preço;
b) Melhor técnica;
c) Melhor técnica e preço;
d) Maior lance ou oferta – critério do leilão;
e) Menor lance – critério do pregão;
f) Contratação direta: dispensa e inexigibilidade.
FASES DA LICITAÇÃO
A licitação é dividida em 02 (duas) fases: a) fase interna, que acontece antes da publicação do
edital, e b) a fase externa, que acontece após a publicação do edital.
Fase interna: compõe-se por procedimentos formais, tais como elaboração do edital, definição do
tipo e modalidade de licitação.
20
"A adjudicação ao vencedor é obrigatória, salvo se este desistir expressamente do contrato ou se não o firmar no
prazo prefixado, a menos que comprove justo motivo" [Hely Lopes Meirelles].
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Fase externa: inicia com a divulgação ao público da licitação, sucedida pelas subfases:
habilitação/ apresentação de propostas e documentos, classificação e julgamento, homologação e
adjudicação.
FASE INTERNA
Edital21: é o ato pelo qual a Administração Pública faz uma oferta de contrato a todos os
interessados que atendam às exigências nele estabelecidas. É o instrumento convocatório.
ATENÇÃO: nessa etapa, vale ressaltar a recente alteração promovida pela lei nº
13.500/17, que incluiu o §5º do Art. 40 da lei 8.666/93, o qual dispõe que a
Administração Pública poderá, nos editais de licitação para contratação de serviços,
exigir da contratada que um percentual mínimo de sua mão de obra seja oriundo ou
EGRESSO DO SISTEMA PRISIONAL, com a finalidade de ressocialização do reeducando, na
forma estabelecida em regulamento.
Assim, o instrumento convocatório equivale à lei interna das licitações. Constam nele todas as
normas aplicáveis à condução do procedimento licitatório. Basicamente:
a) É ato administrativo;
b) Visa a chamar os potenciais interessados em determinada contratação;
c) Identifica o objeto a ser licitado, o procedimento adotado, as condições da realização da
licitação e a participação dos licitantes;
d) Traz os critérios de aceitabilidade e julgamento das propostas;
e) Traz as formas de execução do futuro contrato;
f) É a forma de exteriorizar o ato convocatório;
g) Tem como formas o edital ou o convite.
FASE EXTERNA
Nessa fase, os interessados em contratar com o poder público passam a fazer parte do
procedimento. Constituem, basicamente, subfases da fase externa da licitação:
21
Lei 8.666/93. "Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha
estritamente vinculada."
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a) produzidos no País;
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e) sorteio.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
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Salvo nos casos de bens que ingressaram no
patrimônio público por dação em pagamento ou por
decisão judicial.
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Concurso: serve para a escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. O pagamento pode se
dar por prêmio ou remuneração e será formada uma comissão especial com pessoas idôneas e
com conhecimento na área do concurso.
Leilão: serve para a venda de bens móveis inservíveis ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados pela administração. O responsável será o leiloeiro e a proposta escolhida será a de
maior lance, observado o valor mínimo.
Pregão: a única que não está disposta na lei 10.520/02 – serve para aquisição de bens e serviços
comuns. Há a inversão das fases, ou seja, abrem-se primeiro as propostas e depois a
documentação. O julgamento é sempre pelo menor preço.
ATENÇÃO: essa modalidade não pode ser utilizada para contratação de obras.
Consulta pública: é específica para as agências reguladoras em que as propostas são julgadas
por um júri.
Dispensa de Licitação:
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Os valores limites para a realização de tomada de preço foram cobrados na prova objetiva de direito administrativo
no XXVIII exame.
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Tomada de Preços até R$ 3 milhões e 300 mil até 1 milhão e 430 mil
PREGÃO
O pregão tem um procedimento que garante maior economia e eficiência porque tem uma
inversão das fases naturais da licitação.
● Instrumento convocatório;
● Habilitação – análise de documentos – aquele que não preencher os requisitos é
desabilitado;
● Classificação – julgamento das propostas;
● Homologação – aprovar os procedimentos;
● Adjudicação – atribuição jurídica do objeto ao vencedor.
Fases do Pregão:
● Instrumento convocatório;
● Classificação – julgamento das propostas;
● Habilitação – análise de documentos – os licitantes devem comprovar que preenchem os
requisitos jurídicos, técnicos, econômico-financeiros e regularidade fiscal e trabalhista;
● Homologação – aprovação dos procedimentos;
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Vai para a fase seguinte o autor da menor proposta junto aos autores de propostas até 10%
acima da mais baixa.
Na etapa final, esses licitantes podem oferecer lances verbais sucessivamente mais
baixos.
Se não há como licitar, não há competição. As hipóteses de inexigibilidade estão no art. 25 da Lei
de Licitações. Trata-se de um rol exemplificativo: contratação de produtos com fornecedor ou
revendedor exclusivo, contratação de artistas consagrados pela crítica, serviços técnicos
profissionais especializados (art. 13 da Lei de Licitações), natureza singular e serviço prestado
por um profissional de notória especialização.
Dispensa (Art. 24 da lei 8.666/93): contempla hipóteses em que a licitação é viável, porém a lei
permite ao administrador não licitar. O rol é taxativo. É possível licitar, existe competição, mas a
lei dispensou, pois o valor é baixo, é situação de emergência, etc.
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ASPECTOS GERAIS
Licitação Deserta – Não aparecem licitantes interessados. Toda licitação deserta pode se tornar
dispensável (Artigo 24, V, da lei 8.666/93).
ATENÇÃO: a FGV costuma trocar esses conceitos para confundir os candidatos. Fique atento!
Com efeito, além de citados princípios que norteiam a licitação, existem, ainda, princípios
específicos aplicáveis ao procedimento licitatório, e apregoados no art. 5º da nova lei de
licitações. Vejamos os abaixo em destaque.
24
STF. 2ª Turma. MS 34939/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/3/2019.
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Sigilo das Propostas - Até a data marcada para abertura dos envelopes, as propostas
apresentadas pelos licitantes ficam sob sigilo, devendo ser revelada apenas em sessão pública,
em conjunto, por todos os concorrentes. Frisa-se que, a violação ao sigilo da proposta antes do
prazo previamente determinado em edital, representa improbidade administrativa e crime definido
na própria lei de licitações (art. 178 da Lei 14.133/21 que acrescentou, dentre outros, o art. 337-J
ao Código Penal).
ATENÇÃO! O sigilo das propostas não se contrapõe ao princípio da publicidade, que deve ser
observado na realização de licitações públicas.
Competitividade - A licitação se presta à escolha da proposta mais vantajosa, que ocorre por
meio de um procedimento onde todos poderão participar, em igualdade de condições, devendo a
proposta escolhida estar em consonância com os interesses da coletividade.
Isonomia: Em seu aspecto material, significa dizer tratar igualmente os iguais, e desigualmente,
os desiguais,na medida de suas desigualdades. Assim sendo, tal princípio objetiva igualar
juridicamente, aqueles que são desiguais faticamente, formando o que se convencionou chamar
de isonomia material.
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TIPOS DE LICITAÇÃO
Desta feita, quatro critérios podem ser estabelecidos no edital para escolha do vencedor do
certame e estão estabelecidos nos artigos 33 e seguintes da lei nº 14.133/21, vejamos:
Menor Preço - Vence a licitação o proponente que apresentar a proposta de preço mais baixo
entre os competidores.
ATENÇÃO! A Administração utiliza este tipo quando o produto pretendido não tem nenhuma
característica especial, ou, quando existem características especiais, porém, estas são definidas
como requisitos mínimos para contratação.
Melhor técnica ou conteúdo artístico - Diz respeito à licitação que utiliza como critério de
escolha a qualidade do produto a ser adquirido, ou do serviço a ser prestado, considerando,
exclusivamente, propostas TÉCNICAS, ou ARTÍSTICAS apresentadas pelos licitantes.
ATENÇÃO! O art. 35, Parágrafo Único da lei 14.133/21, apregoa que este tipo poderá ser utilizado
para contratação de projetos e trabalhos de natureza técnica, científica ou artística.
Técnica e Preço - Nas licitações deste tipo, será feita uma análise de preço, bem como,
qualidade do bem ou serviço a ser prestado pelo vencedor. A escolha deste será cabível quando
a variação de qualidade da prestação refletir no atendimento às necessidades da Administração.
Maior Lance - A licitação deste tipo, é utilizada para alienação de bens e direitos pela
Administração Pública, sendo apropriada para o leilão, que é modalidade licitatória, que leva em
consideração para escolha do vencedor, o critério maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação realizada pelo ente público.
Maior retorno econômico (NOVIDADE DA 14.133/21!) - Este critério poderá ser utilizado
apenas nos chamados Contratos de Eficiência, ou seja, contratos de prestação de serviços que
visam à redução das despesas correntes. Será considerada a maior economia para a
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Ademais, o valor da contratação, não é mais o responsável por definir a modalidade licitatória
adequada, mas sim, a complexidade do objeto e o critério de julgamento.
Modalidade ampla que abarca quase todos os tipos de licitação para critério de escolha do
vencedor, à exceção do tipo “maior lance”.
Ressalte-se que o leilão é realizado pelo leiloeiro, que pode ser o leiloeiro oficial ou um servidor
designado pela Administração, para cumprir a função de leiloeiro. Não caia na pegadinha de
prova que pode induzi-lo a pensar que a Administração não pode designar um servidor para
assumir tal função!
Pregão - Modalidade licitatória utilizada para aquisição de bens e serviços comuns, ou seja,
aqueles que podem ser designados no edital, de modo que, os padrões mínimos de qualidade,
devem estar previamente estipulados no edital. Nesta modalidade, a licitação será sempre do tipo
“menor preço” ou “maior lance”.
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Diálogo Competitivo - Modalidade criada com a edição da lei 14.133/21. Utilizada para contratar
obras, serviços e compras onde a Administração realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados por meio de critérios objetivos, com a finalidade de desenvolver uma ou mais
alternativas, suficientes ao atendimento de suas necessidades, devendo os licitantes apresentar
proposta final após a finalização do diálogo.
FASES DA LICITAÇÃO
O art. 29 da Lei 14.133/21 ensina que “a concorrência e o pregão seguem o rito procedimental
comum a que se refere o art. 17 desta Lei (...)”
Por sua vez, citado artigo 17 assim apregoa que o processo de licitação observará as seguintes
fases, em sequência:
I - Preparatória;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
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Fase Preparatória
A nova lei de licitações aduz que o início da licitação ocorre por meio do ato que instaura o
procedimento administrativo, dando início à chamada fase preparatória da licitação, estando o
procedimento formalmente iniciado, inclusive com a atribuição de um número à este.
Neste momento, a Administração Pública está, internamente, se organizando para licitar, com a
realização de atos preparatórios que justifiquem a realização do procedimento, obedecendo
requisitos legalmente estabelecidos.
Fase Externa
A fase externa tem início com a demonstração, aos interessados, de como se dará a participação
na disputa, por meio da publicação do edital.
Não é muito relembrar que o art. 17 da lei 14.133/21 dispõe que o processo de licitação observerá
as seguintes fases, em sequência:
Percebam que o procedimento licitatório geral se desenvolve com a fase externa tendo início com
a divulgação do edital.
Posteriormente, haverá a abertura dos envelopes contendo as propostas, com respectiva seleção
da proposta vencedora. Apenas após julgamento das propostas, o ente público procederá à
habilitação do licitante vencedor.
MAS ATENÇÃO! Mediante devida justificativa da Administração, e desde que previsto no edital,
as fases podem ser invertidas, quando então serão habilitados os licitantes e, somente depois,
proceder-se-á à classificação das propostas.
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registrada em ata e gravadas. Em caso de licitação por meio eletrônico, o ente público pode exigir
que os atos dos licitantes também sejam praticados neste formato.
A lei nº 14.133/21, trouxe novidades no que se refere ao desempate nas licitações, dispostas no
art. 60.
A lei estabelece critérios sucessivos de desempate (e não alternativos), nas situações em que os
critérios de escolha previamente estabelecidos no edital, não são suficientes para selecionar uma
única proposta vencedora.
São eles:
1 - Disputa Final, com apresentação de novas propostas pelos licitantes empatados após a
classificação;
2 - Empresas brasileiras;
4 - Empresas que comprovem a prática de mitigação, por intermédio do uso de tecnologia que
reduza a emissão de gases poluentes, nos moldes da lei nº 12.187/09.
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A inexigibilidade de licitação, ocorre sempre que for impossível a competição, situação na qual,
a licitação será inexigível.
Para melhor explicação do tema, vejamos como foi tratado na Nova lei de licitações:
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for de encontro ao
interesse público, não
será exigível licitar.
c) Pressuposto fático:
Nas situações em que
necessário realizar
uma contratação
específico, a exemplo
de um ente público que
precisa contratar o
melhor advogado
especialista em
finanças públicas do
país para fazer sua
defesa em uma ação
judicial que envolve
milhões de reais.
ATENÇÃO: É vedada a
inexigibilidade de licitação para
serviços de divulgação e de
publicidade.
Após identificar a proposta mais vantajosa, a Administração celebra um contrato com o particular.
Esse contrato é chamado de contrato administrativo.
Conceito:
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subsidiariamente princípios do direito privado), através do qual a Administração recebe uma série
de prerrogativas e sujeições”.
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Os contratos administrativos são tratados pelo artigo 37, XXI, da CF/88; lei 8.666/93 a partir do
artigo 54, com alterações pelas leis 8.883/94, 9.032/95 e 9.648/98.
ESPÉCIES
Contratos tipicamente administrativos - são contratos regidos pelo direito público. Como entre
a Administração Pública e o particular existe uma considerável superioridade, a Administração
usa dessa prerrogativa para elaborar, modificar e executar contratos com cláusulas exorbitantes
(que só existem nos contratos administrativos).
FORMALIDADE
Todo contrato é formal, ou seja, o contrato é sempre celebrado na forma escrita visando à
segurança dos contratantes. Ao contrário do Direito Civil, a lei 8.666/93 impede o contrato verbal,
determinando que contratos dessa forma são nulos e de nenhum efeito.
Exceção: poderá ser verbal quando a lei autorizar. (Art. 60, lei 8.666/93 - Contratos Verbais):
● Contratos com valor até R$8.800 reais, desde que sejam de pronta entrega e de pronto pagamento.
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Cláusulas Necessárias:
● Quando o objeto do contrato estiver previsto no Plano Plurianual (PPP, art. 166, CF):
● Prestação Contínua: se, em razão do prazo, o preço for melhor, nos casos de prestação
contínua, o prazo máximo do contrato será de 60 meses. Segundo o artigo 57 da lei
8.666/93, é permitida uma única prorrogação por mais 60 meses;
● Aluguel de equipamentos e programas de informática: prazo máximo de 48 meses;
● Contratos de Concessão ou Permissão de Serviço Público: podem ter prazos
diferenciados, de acordo com a lei que cuidar do serviço delegado. A lei que cuida do
serviço dará o prazo máximo do contrato de concessão ou permissão.
As cláusulas exorbitantes fazem parte apenas dos contratos tipicamente administrativos. São
cláusulas incomuns ou consideradas ilícitas se pactuadas no direito privado por se submeterem
ao regime jurídico administrativo. Dessa forma, são prerrogativas concedidas ao Poder Público
para contratar.
a) Fiscalizar.
b) Alterar unilateralmente (arts. 58 e 65) - refere-se à alteração de cláusulas regulamentares
ou serviços. Não é possível alterar unilateralmente a equação econômico-financeira do
contrato;
c) Rescindir unilateralmente (arts. 58, 78 e 79) - ocorre por motivos de interesse público ou
por inadimplência do contratado;
d) Aplicar sanções;
e) Ocupar bens.
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Nos contratos administativos, não se aplica a cláusula da exceção do contrato não cumprido ou
exceptio non adimpleti contractus nos contratos administrativos, que se refere à possibilidade de o
devedor escusar-se da prestação da obrigação contratual, por não ter o outro contratante
cumprido a sua parte.
Após 90 dias sem pagamento, pode-se suspender o serviço. Há quem diga que é aplicada de
forma mitigada.
Fato do príncipe: medidas de ordem geral não relacionadas ao contrato, mas que nele repercutem
e provocam desequilíbrio econômico-financeiro. Fato geral não dirigido ao contrato, mas que afeta
a execução contratual. Exemplo: fui contratado pela administração para construir hospital,
devendo usar um cimento importado. Quando fizemos o contrato, o saco custava US$10 ou
R$10. Agora, para comprar um saco, gastaria R$100. Houve desvalorização da moeda, afetando
o contrato, causando desequilíbrio;
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CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÃO
Não serão objeto de execução indireta na Administração Pública federal direta, indireta,
autárquica e fundacional os seguintes serviços:⠀
Já para as Empresas públicas e Sociedades de economia mista controladas pela União restou
proibida a contratação de serviços que demandem a utilização de profissionais com atribuições
inerentes às dos cargos integrantes de seus Planos de Cargos e Salários, com algumas exceções
previstas no art. 4º do decreto 9.507/2018.
I - Permissões e concessões
O fundamento das permissões e concessões de serviço público encontra guarida no art. 175 da
CF/88. Trata-se de Instrumento através do qual o poder público transfere a execução de serviços
ou obras públicas para particulares. A titularidade de um serviço ou uma obra pública pertence à
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Mesmo que o dano tenha ocorrido pela falha de fiscalização do poder público, o art. 25 da lei diz
que sua responsabilidade não será afastada. Responderá de forma objetiva – independe da
comprovação de culpa e dolo, apenas nexo causal. A prestação de serviços públicos representa
uma relação de consumo.
Cumprimento do objeto.
Encampação: fim antes do prazo por razões de interesse público – feita unilateralmente pelo
poder público.
Caducidade: fim antes do prazo por descumprimento de obrigações pelo concessionário – feita
unilateralmente pelo poder público.
Rescisão: fim antes do prazo por descumprimento de obrigações pelo poder público – pelo poder
concedente (não paga ou paga com atraso) – quem promove é o particular, via poder judiciário,
somente.
É o contrato pelo qual o Estado (poder concedente) transfere a prestação de um serviço público a
uma pessoa jurídica por prazo determinado, mediante licitação na modalidade concorrência e
remuneração (tarifa) paga pelo usuário. Exemplos: telefonia fixa, rádios e TVs, rodovias, portos e
transporte aéreo de passageiros.
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A concessão comum tem por objeto a execução de serviços ou obras públicas, e apresenta como
principal fonte de execução a cobrança de tarifa dos usuários.
É adotada quando o Estado não tem dinheiro para fazer uma obra. O particular constrói a obra e
depois cobra pela sua utilização.
IV - Parceria Público-Privada
Tem natureza jurídica de concessão e foi criada para novas possibilidades da execução de
serviços, principalmente execução de obras públicas para particulares.
Art. 22, XXVII, CF/88. A competência da União para legislar sobre contratos é só para edição de
normas gerais. Isso significa que cada Estado ou Municípios poderão editar uma legislação a
esse respeito.
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Tipo de concessão com distribuição objetiva dos riscos entre o particular (parceiro
privado) e o Estado (parceiro público):
Deve haver o compartilhamento de riscos e dos ganhos resultantes da redução dos riscos.
Ademais, deve ser criada uma sociedade de propósito específico para que esta fique responsável
por gerir o contrato da PPP.
V - Consórcio Público
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Contrato da Administração é gênero, que tem como espécie, o contrato administrativo. Assim
sendo, os contratos da Administração (em sentido amplo) engloba tanto os contratos
administrativos, como também, os contratos de direito privado celebrados pelo poder público.
Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, as
prerrogativas de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos
do contratado;
V - ocupar provisoriamente bens móveis e imóveis e utilizar pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato nas
hipóteses de:
b) necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, inclusive após extinção do
contrato.
25
As cláusulas exorbitantes, excepcionalmente, se aplicam aos contratos privados celebrados pelo poder público,
necessitando, para tanto, estarem expressamente definidas no instrumento do acordo.
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contratado e deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual (art. 104,
§1º e 2º da lei 14.133/21)
ATENÇÃO: A regra estipula o percentual de até 25% para acréscimos e supressões. No entanto,
se o contrato for celebrado para REFORMA DE EQUIPAMENTO, ou de EDIFÍCIOS, este limite
pode chegar a 50% (cinquenta por cento) do valor original do Contrato PARA ACRÉSCIMOS. As
supressões contratuais continuam a ter que respeitar o limite de 25%.
b) Rescisão Unilateral do Contrato: O poder público tem a prerrogativa de por fim ao contrato
independentemente do consentimento do particular e de qualquer decisão judicial. (Art. 137
e seguintes da lei 14.133/21).
Pode se dar por razões de interesse público, devidamente justificado ou por inadimplemento do
particular.
→ Nos contratos de Concessão de Serviços Públicos (Regulamentados pela lei 8987/95): Nos
contratos de concessão de serviço público, a rescisão por inadimplemento do Contratado é
chamada de CADUCIDADE, enquanto que por motivo de interesse público, chama-se
ENCAMPAÇÃO.
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Contrato Não Cumprido - “Exceptio non adimplenti contractus”), nos moldes do art. 137, §3º, II,
da lei 14.133/21.
RESTA CLARO que o particular NÃO pode determinar a rescisão unilateral, mas poderá
suspender a execução do contrato por meio da Exceção do Contrato Não Cumprido.
ATENÇÃO! Em contratos públicos não podem existir obrigações indefinidas para nenhuma das
partes, devendo todas as obrigações estarem claramente estipuladas no acordo.
- Consensual: Não é necessário que haja a efetiva transferência do bem para ele se tornar
perfeito. Importante ressaltar que quando se fala em Direito Administrativo, o consenso do
particular opera-se quando da abertura dos envelopes de documentação. Já o consenso
da Administração depende da formalização do Contrato.
- De adesão: As cláusulas do contrato administrativo são colocadas impositivamente pelo
ente público, não cabendo ao particular discuti-las, mas tão somente, aceitar aderir ou não.
- Oneroso: Em regra, é inadmissível a celebração de contratos gratuitos com o poder
público.
- Sinalagmático: As obrigações das partes são recíprocas, o que quer dizer que a execução
da atividade por uma das partes, enseja o adimplemento contratual pela outra.
- Personalíssimo: O contrato administrativo tem natureza “intuito personae” e a
possibilidade de subcontratação do objeto do contrato fica limitada às hipóteses de lei.
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ATENÇÃO! O art. 122 da Nova lei de licitações e contratos estabelece que para que seja possível
a subcontratação, deve haver previsão em edital ou no contrato e concordância da Administração,
sob pena de rescisão do contrato.
- Formal: Os contratos administrativos tem tem forma definida em lei, indispensável à sua
regularidade.
O art. 37, XXI da Constituição da República exige a ocorrência de regular procedimento licitatório
nas contratações envolvendo a Administração, atingindo também os contratos celebrados pela
Administração, regidos pelo Direito Privado.
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Regra geral, o contrato deve ser ESCRITO, sendo o termo de contrato ou instrumento de contrato
o meio para sua formalização, nos moldes do art. 92, da lei 14.133/21, o qual estabelece suas
cláusulas obrigatórias.
● A legislação dita como REGRA não é vedada a realização de contrato verbal celebrado
pela Administração, apregoando ser nulo e de nenhum efeito qualquer contrato verbal
entabulado. No entanto, há exceções, quais sejam:
→ Para compras e serviços que não ultrapassem R$10.000,00 (dez mil reais) e desde que
se trate de pronta entrega e pronto pagamento. 26 (Art. 95, §2º da lei nº 14.133/2021)
→ Ainda que haja ausência de previsão legal expressa, a doutrina admite a celebração de
contratos verbais, para posterior formalização por escrito, em casos EMERGENCIAIS,
situação na qual a formalização poderá ser realizada, posteriormente à existência do
contrato e início da prestação do serviço pelo contratado.
O art. 96 da lei 14.133/2021, ensina que a garantia dos contratos é cláusula NECESSÁRIA,
podendo ser prestada em dinheiro, títulos da dívida pública, fiança bancária ou seguro garantia, a
critério do contratado.
Atenção para a pegadinha! A prova pode conter questão afirmando que a forma de prestação
da garantia será definida pela Administração. Mas lembre-se que o Contratado é quem
estabelece a forma de prestação da garantia, devendo escolher dentre aquelas permitidas em lei.
● Limite Máximo de prestação da garantia: 5% (cinco por cento) do valor do contrato, sendo
que, em observância a este limite, o poder público deve, discricionariamente, dispor acerca
do valor a ser cobrado em cada contratação específica.
● Limite máximo de prestação da garantia em casos que envolvam alta complexidade técnica
ou riscos financeiros consideráveis: 10% (dez por cento) do valor inicial do contrato,
definido por meio de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, sempre
mantida a regra de que o poder público é quem define o valor da caução.
26
Pronta entrega e pronto pagamento significa dizer que o contrato não gera nenhuma espécie de obrigação futura.
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Quando a contratação pública envolver obras e serviços de engenharia, o edital poderá exigir a
prestação da garantia na modalidade seguro-garantia do tipo “perfomance-bond”, com cláusula de
retomada. Mas o que isso quer dizer? Quer dizer que neste contrato em específico, a seguradora
se torna responsável pelo cumprimento do contrato, na forma como foi concebido. Essa empresa
seguradora, escolhida pela contratada para prestação da garantia, é que será responsável por
fiscalizar a execução do contrato ficando responsável por ele, independentemente da fiscalização
pelo poder público, como forma de evitar o descumprimento do contrato.
→ A segura pode se eximir de executar e concluir o objeto do contrato, situação na qual pagará a
integralidade da importância segurada indicada na apólice.
A lei determina a criação do Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), que nada é do
que o sítio eletrônico oficial destinado à divulgação dos atos exigidos pela lei de licitações, de
forma centralizada e obrigatória, e à realização facultativa das contratações pelos órgãos e
entidades dos poderes executivo, legislativo e judiciário de todos os entes federativos.
A contar do art. 178 da nova lei de licitações e contratos, regem-se as tratativas acerca dos
crimes passíveis de serem cometidos na execução dos procedimentos licitatórios e contratos
administrativos.
Isso se deu por meio de inserções no Código Penal, no capítulo concernente aos Crimes contra a
Administração Pública.
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Desta feita, o Capítulo II-B do Código Penal, passou a vigorar com a inserção dos artigos 337-E a
337-P.
Conceito:
São aqueles que pertencem à pessoa jurídica de direito público ou aqueles que estão destinados
à prestação de serviço público.
Bens de uso comum do povo: ruas, praças e mares. Fazem parte do chamado patrimônio público
indisponível.
Bens de uso especial: são aqueles com destinação específica: prédios de repartição,
cemitérios públicos e mercados municipais. Fazem parte do chamado patrimônio público
indisponível.
Exemplo: terras devolutas e viaturas inutilizadas da polícia. Fazem parte do chamado patrimônio
público disponível. Segundo o art. 99, I, CC, os bens dominicais são aqueles que pertencem ao
patrimônio das pessoas de direito público como objeto de direito real ou pessoal.
Afetação x Desafetação
Afetação: é dar destinação pública a um bem que até então não tinha.
Regime jurídico:
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É caracterizado pela:
Imprescritibilidade absoluta (não pode ser objeto de ação de usucapião, mas pode usucapir).
Súmula 619 do STJ - A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza
precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.
Impenhorabilidade absoluta – As dívidas públicas devem ser pagas mediante precatório, sendo
vedada a penhora de seus bens (vide art. 100, CF/88, sobre precatórios).
Espécies:
Empregados públicos: atuam em pessoa jurídica de direito privado. Ingressam por concurso, têm
relação contratual com o Estado, regida pela CLT. São empregos públicos. Têm período de
experiência de 90 dias.
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Servidores públicos estatutários: pessoa jurídica de direito público. Ingressam por concurso
público e têm cargos públicos. Com a posse, vem o estágio probatório de 3 (três) anos.
Características:
Ser aprovado em concurso não gera direito à posse. O direito à posse surgirá nos seguintes
casos:
Ingresso:
Art. 37, I, CF – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Será mediante aprovação em concurso público, caso seja nomeado e tome posse.
O aprovado em concurso dentro do número de vagas previsto no edital tem direito subjetivo à
nomeação, dentro do prazo de validade do concurso. Art. 37, III, CF: o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Exceções:
● a lei27 estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado (lei nº 8.754/93) para
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.
27
Tal matéria encontra-se regulamentada pela lei nº 8.754/93.
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● Os casos excepcionais devem estar previstos em lei, o prazo de contratação deve ser
predeterminado, a necessidade deve ser temporária e o interesse público deve ser
excepcional;
● Pode ser feita sem concurso público, mediante processo seletivo simplificado;
● Os agentes temporários exercem função pública, mas não ocupam cargo nem emprego
público → firmam contrato de direito público com a Administração.
Provimento:
28
SÚMULA VINCULANTE 43 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido.
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Estágio probatório:
Aposentadoria compulsória:
Empregados públicos – ingressam por concurso e têm vinculação trabalhista. São os celetistas.
São encontrados em empresas públicas e sociedades de economia mista.
Vacância
Pode se dar por: exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro
cargo inacumulável e falecimento.
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Remoção x Redistribuição
Via de regra, nos termos do art; 37, inc. XVI, é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários e nos seguintes casos:
#SELIGA: deve haver compatibilidade de horários e o STF (REs 602043 e 612975) decidiu que o
teto remuneratório deve ser analisado individualmente para cada cargo ocupado, não sendo mais
necessário realizar o somatório.
Procedimento Sumário
29
STF. 1ª Turma. RE 1176440/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 9/4/2019 e STJ. 1ª Seção. REsp
1767955/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 27/03/2019.
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Processo de apuração de responsabilidade mais simples, previsto no art. 133 da lei 8.112,
aplicável nos casos de:
→ acumulação ilícita;
→ abandono de cargo; ou
→ inassiduidade habitual.
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Sindicância
Pode ser utilizada na apuração de infrações mais leves que possam resultar na imposição de
penas de advertência e suspensão de até 30 dias. Contudo, se concluir-se que a pena deverá ser
mais grave, deverá ser instaurado um processo administrativo disciplinar.
Súmula 633
Assunto: prazos para revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública.
A lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para revisão de atos
administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma
subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a matéria.
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Princípios:
Expressos (SERá FÁCIL pro MoMo): segurança jurídica, eficiência, razoabilidade, finalidade,
ampla defesa, contraditório, interesse público, legalidade, proporcionalidade, moralidade,
motivação.
● Publicidade;
● Contraditório e Ampla defesa.
Início do processo:
Instrução:
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● Salvo disposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver
dúvida de autenticidade (Pár. 2º, art. 22);
● A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão
administrativo (Pár. 3º, art. 22);
● O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas (Pár. 4º, art.
22).
Dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo (art. 23)
Tem exceção? Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento
prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração.
● Autoridade competente;
● Apresentação da decisão e realização dos atos necessários a sua eficácia.
Recurso:
30
Ocorre quando a autoridade competente, ao decidir, remete sua fundamentação a um parecer. A doutrina e a
jurisprudência admitem tal forma de motivação.
Florianópolis/SC 93
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● Prazo de 10 dias contados da ciência da decisão, perante a própria autoridade que julgou,
tendo esta 05 dias para retratar-se ou encaminhá-la à autoridade superior;
● Só será cabível recurso hierárquico impróprio em caso de expressa previsão normativa;
● Só se houver fato novo suscetível a comprovar a inadequação da sanção poderá ser
proposta revisão (único caso em que é vedada a agravação da penalidade);
● Reformatio in pejus. Regra geral: é possível.
Desistência
Prazos
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Resumo
Encerramento da instrução: o interessado tem até 10 dias para manifestar-se, salvo se outro
prazo for legalmente fixado.
Decisão:
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● Se um órgão não for competente para decidir, deverá elaborar relatório encaminhado, junto
com o processo, à autoridade competente.
Extinção do processo:
● Órgão competente pode declarar extinto o processo se exaurida sua finalidade ou o objeto
da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. (Art. 52)
● O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do
pedido formulado, ou ainda, renunciar a direitos disponíveis (Art. 51)
○ + de 1 interessado, a desistência ou renúncia, atinge somente quem a tenha
formulado. (Pár. 1º, Art. 51)
○ Se o interesse público exigir, a administração poderá dar continuidade ao processo,
mesmo que o interessado tenha desistido ou renunciado. (Pár. 2º, Art. 51)
Validade do concurso: até 2 anos (decisão discricionária), admitida uma prorrogação por igual
período (decisão vinculada), contado a partir da homologação do concurso.
#PODECAIR
● Pessoas com deficiência têm direito à reserva de 5% a 20% das vagas e, em caso de
fração, o número deve ser elevado para o subsequente;
● Candidato aprovado dentro das vagas tem direito subjetivo à nomeação;
● É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato em concurso público
(súmula 684 do STF);
● Candidato aprovado em 1º lugar tem direito subjetivo à nomeação, ainda que o concurso
tenha sido realizado apenas para cadastro reserva;
● O STF entende que é constitucional a cláusula de barreira constante em edital31;
● O candidato só pode ser desclassificado devido a condenações na esfera penal se já
houver transitado em julgado;
● É constitucional a remarcação de curso de formação para o cargo de agente penitenciário
feminino de candidata que esteja lactante à época de sua realização, independentemente
da previsão expressa em edital do concurso público;
31
Limitar a quantidade de classificados.
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ATENÇÃO: a súmula 266 do STJ informa que o diploma ou habilitação legal para o
exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso
público32. Essa é a regra geral. Todavia, essa regra não se aplica aos cargos de
Magistratura e Ministério Público, tendo o candidato que comprovar os requisitos no
momento da inscrição definitiva.
Tipos de concursos:
a) de provas e títulos: tem nota da prova e nota de títulos (mestrado e doutorado, por
exemplo) – quando exige uma formação específica. Exemplos: procurador e engenheiro do
município;
b) de provas: quando o cargo não exige formação específica. Exemplos: vigilante, auxiliar de
limpeza.
32
Tal assunto foi cobrado na prova de segunda fase de direito administrativo, no XXVIII Exame da Ordem.
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O art. 4º da lei traça os instrumentos da política urbana. Dentre eles, destacam-se o IPTU
progressivo, a desapropriação com títulos, o direito de preempção (aquele que confere ao poder
público municipal preferência para aquisição de imóvel objeto de uma alienação onerosa entre
particulares) e a outorga onerosa do direito de construir (solo ocupado).
A partir dessa lei, praticado um ato lesivo, a pessoa jurídica sofrerá sanções nos campos civil e
administrativo.
#SELIGA: serão considerados atos lesivos aqueles que atentem contra o patrimônio público
nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos
internacionais assumidos pelo Brasil, conforme explicita o art. 5º desta lei.34
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Vale a pena dar uma lida nesses artigos!
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Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles
praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º , que atentem contra o patrimônio público nacional
ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim
definidos:
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele
relacionada;
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos
nesta Lei;
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou
a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
IV - no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento
licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato
administrativo;
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de contratos celebrados
com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos respectivos instrumentos
contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a administração pública;
V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação,
inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.
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Sanções
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Atente-se ao fato de que quem instaura o procedimento é responsável também por seu julgamento.
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Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções: I - a gravidade da infração; II - a vantagem auferida ou pretendida
pelo infrator; III - a consumação ou não da infração; IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; V - o efeito negativo produzido pela infração; VI - a
situação econômica do infrator; VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações; VIII - a existência de mecanismos e
procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta
no âmbito da pessoa jurídica; IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesados.
Florianópolis/SC 99
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O candidato deve se atentar também ao fato de que a aplicação das penalidades previstas nessa
lei em nada afetam e/ou influenciam os processos de responsabilização e aplicação de
penalidades decorrentes de outras leis, tais como a Lei de Improbidade Administrativa, a lei
8.666/93, etc.
Essa é a parte do assunto que tem a maior probabilidade de ser explorada em prova!
É o acordo, regulamento pelo art. 16 da lei nº 12.846/13, por meio do qual a pessoa jurídica
realiza uma espécie de “Delação Premiada”, ou seja, o responsável pela prática dos atos lesivos
colabora efetivamente com as investigações e com o processo administrativo e, em troca disso,
recebe alguns benefícios.
Florianópolis/SC 100
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Além das súmulas já indicadas no decorrer da apostila, segue lista com aquelas que não podem
deixar de serem lidas antes do Exame de Ordem.
Súmula 633 - STJ. A lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para
revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de
forma subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a
matéria.
Súmula 634 - STJ. Ao particular, aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na lei de
impropriedade administrativa para os agentes públicos.
Súmula 635 - STJ. Os prazos prescricionais previstos no artigo 142 da lei 8.112/90 iniciam-se na
data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo tomar
conhecimento do fato, interrompendo-se com o primeiro ato de instauração válido, sindicância de
caráter punitivo ou processo disciplinar, e volta a fluir por inteiro após decorridos 140 dias desde a
interrupção.
Súmula 615 - STJ. Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros
restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são
tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos.
Súmula 611 - STJ. Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em
denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração.
Súmula 591 - STJ. É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde
que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla
defesa.
Súmula 525 - STJ. A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos
institucionais.
Súmula 510 - STJ. A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros
não está condicionada ao pagamento de multas e despesas.
Súmula 354 - STJ. A invasão do imóvel é causa de suspensão do processo expropriatório para
fins de reforma agrária.
Florianópolis/SC 101
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Além das súmulas já indicadas no decorrer da apostila, segue lista com as que o candidato não
pode deixar de ler antes do Exame de Ordem.
Súmula Vinculante 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública
direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.
Súmula Vinculante 44. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato
a cargo público.
Súmula 21 - STF. Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.
Súmula 36 - STF. Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade.
Súmula 383 - STF. A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos
e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular
do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo.
Súmula 473 - STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial. Súmula Vinculante 37. Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de
isonomia.
Florianópolis/SC 102
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Súmula 683 - STF. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em
face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
Florianópolis/SC 103
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