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SUMÁRIO
1. ATIVIDADE EMPRESARIAL 4
2. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 4
3. TIPOS DE SOCIEDADES 5
4. NOME EMPRESARIAL 7
5. ESTABELECIMENTO 8
7. SOCIEDADES EM ESPÉCIE 10
a) Sociedade Simples 10
b) Sociedade Limitada 14
c) Sociedade Anônima 18
d) Sociedade em Conta de Participação 25
8. FALÊNCIA 26
a) Legitimidade Processual 26
b) Juízo Competente 28
c) Órgãos 28
d) Credores 29
e) Defesa do Requerido na Falência 30
f) Sentença 31
● Sentença Declaratória de Falência 32
g) Ação Revocatória 34
h) Procedimento da Falência 34
9. RECUPERAÇÃO JUDICIAL 35
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a) Patente 49
b) Marca 50
13. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 51
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1. ATIVIDADE EMPRESARIAL
É uma atividade econômica (com objetivo de ganhar dinheiro).
É uma atividade organizada (a gestão dos fatores de produção). Tem que se preocupar com a
gestão como um todo (caput do artigo 966 CC).
Atividade Não-Empresarial
A atividade empresarial pode ser exercida pelo empresário individual, pela Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada ou pelas Sociedades.
2. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Pessoa natural/física que organiza uma atividade empresarial.
Incapaz
O incapaz poderá continuar uma empresa antes exercida por seus pais, por autor de herança ou
por ele mesmo enquanto capaz (art. 974 do CC).
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Para que o incapaz possa continuar a empresa, é necessário que ele esteja:
● Assistido ou representado;
● Autorização judicial (art. 974, §1º, CC/02). Esta autorização é revogável, a qualquer tempo.
Não podem ser empresários individuais, mas podem ser sócios de sociedade empresária, desde
que não exerçam a administração (poderão ser cotista ou acionista de sociedade empresária).
3. TIPOS DE SOCIEDADES
Sociedade não-personificada ou despersonificada: É aquela sociedade que não possui
personalidade jurídica.
Serão representadas em juízo, ativa e Sócio ostensivo: sócio que gere atividade e
passivamente, pela pessoa a quem couber os aporta capital. É o sócio administrador.
seus bens. Cumpre a ele, em seu nome individual,
praticar os negócios jurídicos pela sociedade.
Ficam ocultos, pois tem natureza secreta.
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Possui duas espécies: sociedade em comum Sócio participante: mero aportador de capital.
de fato e sociedade em comum irregular. É o sócio investidor.
Sociedade personificada: É aquela que possui personalidade jurídica. Terá nome empresarial.
Sócio pode contribuir com prestação de Veda a contribuir apenas com a prestação de
serviço serviço.
Todos os sócios devem contribuir com bens,
dinheiro ou crédito para a formação do capital.
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sociedade de advogados)
Não há falência e nem recuperação judicial. Tem direito à falência e nem recuperação
Apenas insolvência civil. judicial.
No momento que acontece a dissolução a personalidade não deixa de existir, a partir desse
instante parou de funcionar, mas a personalidade continua, até a liquidação ( liquida os credores
e se sobra algo divide entre os sócios), só após a liquidação que se dá baixa ao registro e
extingue a personalidade jurídica ( art. 51 CC)
4. NOME EMPRESARIAL
Conceito: é o elemento de identificação do empresário, da sociedade empresária ou da EIRELI.
Firma
● Firma individual: Aplicação: se dá apenas para o empresário individual;
Composição: nome civil do empresário, completo ou abreviado (art. 1.156, CC).
● Firma social (razão social): Aplicação: sociedade que possui sócio com responsabilidade
ilimitada. Exemplo: sociedade em nome coletivo. Composição: nome(s) do(s) sócio(s),
completo ou abreviado.
Denominação
Aplicação: sociedade que possui sócio com responsabilidade limitada. Exemplo: S/A.
Composição: termos, palavras, expressões e frases. Exemplo: Divina Gula Restaurante; Ki Fome
Lanchonete; Alvorada Transportadora;
O ramo de atividade é obrigatório!
Nome de sócio: é admitido, mas de forma excepcional! Cabível apenas em caso de homenagem
de sócio fundador que contribui com o sucesso da sociedade.
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Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra
final "limitada" ou a sua abreviatura.
(...)
§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
EIRELI: mesma regra da sociedade limitada, pode adotar tanto firma quanto denominação. Deve
se adicionada a expressão “EIRELI” no fim do nome empresarial.
5. ESTABELECIMENTO
Conceito: é o complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário,
sociedade empresária ou EIRELI.
Conjunto de bens:
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OBSERVAÇÃO:
● o imóvel não é estabelecimento, mas sim um elemento integrante do
estabelecimento.
● o estabelecimento é imprescindível para a realização da atividade empresarial.
Conceito: a EIRELI é uma nova pessoa jurídica de direito privado constituída por um único titular.
Para a EIRELI, devemos aplicar as regras contidas no art. 980-A do CC. Todavia, na omissão
deste artigo, devemos aplicar as regras de sociedade limitada (artigos 1055,1080, 1060, 1061,
1064, 1010 e 1018 CC).
Características:
Responsabilidade:
Somente os bens da EIRELI (pessoa jurídica) é que responderão pelas dívidas contraídas na
atividade empresarial.
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Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer (...) IV- A falta de pluralidade de sócios, não
reconstituída no prazo de cento e oitenta dias. (...)
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na
hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no
Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para
empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no
que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
Se os bens da EIRELI for insuficientes (apenas os bens insuficientes) não cabe desconsideração
da personalidade, e o que resta a este credor é pedir Falência.
Para que o credor atinja os bens do dono da EIRELI ele vai ter que pedir e o juiz terá que decretar
a desconsideração da personalidade jurídica, entretanto para a desconsideração ocorrer deve
(requisitos cumulativos – artigo 50 CC):
● Os bens serem insuficientes
● O titular praticou um abuso da pessoa jurídica (Exemplo: usou a empresa para lesar).
7. SOCIEDADES EM ESPÉCIE
SOCIEDADE SIMPLES
Constituição
A sociedade simples é constituída por contrato social, o qual pode ser tanto por instrumento
público, quanto por instrumento particular
Uma vez que o ato constitutivo (contrato social) teve a assinatura dos sócios da sociedade, as
partes possuirão o prazo de 30 dias para procederem ao registro da sociedade simples no
registro civil de pessoa jurídica. Esse registro produz efeito ex tunc, ou seja, desde do ato da
assinatura do contrato social aplicam-se as regras de sociedade simples.
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O efeito aqui será ex nunc. Ou seja, só vai aplicar as regras da sociedade simples a partir do
registro – do registro pra frente. No período antes do registro até o ato de assinatura do contrato
social as regras que serão aplicadas a essa sociedade são as regras da sociedade comum (a
sociedade sem registro é considerada sociedade em comum, por isso que nesse intervalo de
tempo aplica-se às regras da sociedade comum) art. 998, CC.
Quando se fala em sociedade simples, pode estar falando do objeto, mas também pode estar se
referindo a um tipo societário. Existe um tipo societário chamado sociedade simples (arts.997 e
ss, CC).
Cotas sociais
Cotas sociais são frações do capital social que conferem ao seu titular direito de sócio. Pode ser
sócio de uma sociedade simples tanto a pessoa natural como também a pessoa jurídica.
● Pode sociedade entre marido e mulher, desde que o regime do casamento não seja o de
comunhão universal e de separação obrigatória (art. 977, CC – esta regra se aplica para
todo tipo de sociedade). Pessoas que vivem em união estável admite-se a possibilidade de
sociedade entre eles. Essa regra aplica-se somente para as sociedade constituídas após a
vigência do CC/2002.
● Incapaz pode ser sócio de uma sociedade simples (art. 974, §3º).
● Não pode constituir sociedade na comunhão universal porque ocorre a confusão
patrimonial.
Sócio remisso
O sócio remisso é aquele que não integralizou total ou parcialmente sua cota.
Ex: Os sócios decidiram que o capital social será no valor de 100 mil reais. Imagine que a
sociedade possui 4 sócios. O sócio A possui 40%, o sócio B possui 30%, o sócio C possui 20% e
o sócio D possui 10%. O sócio A integraliza com dinheiro. O sócio B integraliza com crédito
(cheque pré-datado, nota promissória). O sócio C integraliza com bens. O sócio D integraliza o
capital social mediante prestação de serviço.
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No exemplo acima o sócio C integralizou apenas 15% de sua cota. O sócio C será o sócio
remisso.
O art. 1004, §único, CC diz que se deve notificar o sócio remisso e dar o prazo de 30 dias para
integralizar totalmente o capital social. Decorrido o prazo e não tendo o sócio remisso
integralizado o capital, os sócios podem:
Cessão de cotas
Art. 1025, CC: O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais
anteriores à admissão.
Na sociedade simples quem define o tipo de responsabilidade é o contrato social. Ele que vai
definir se a responsabilidade é limitada ou ilimitada.
Se a sociedade for ilimitada define ainda se ela será subsidiária (primeiro verifica os bens da
sociedade aí então o sócio responde pelo saldo remanescente) ou solidária (o sócio responde
junto com a sociedade pelas dívidas desta).
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A cláusula que exclui o sócio de participar dos lucros é nula de pleno direito (nulidade da cláusula
contratual), pois o sócio investiu na sociedade (seja em dinheiro, bens, serviços, crédito). Assim,
quem investe tem direito à participação dos lucros.
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da
sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com
antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa
causa.
Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar
pela dissolução da sociedade.
Exclusão do sócio
O sócio tem direito de excluir outro sócio que pratique ato que prejudique a sociedade. O art.
1030, CC permite a exclusão de sócio, face incapacidade superveniente ou pratica falta grave
(concorrência desleal, não comparece na sociedade, não ajuda, etc). Existe ainda a possibilidade
de exclusão do sócio remisso.
Administração
O art. 997, VI, CC elenca que somente a pessoa natural pode cuidar de administração de
sociedade.
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§ 1º Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial (juiz,
promotor, procuradores – são impedidos por suas leis orgânicas), os condenados a pena que
vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de
prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o
sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação.
SOCIEDADE LIMITADA
Regra geral: Na sociedade limitada a responsabilidade do sócio é restrita ao valor de suas cotas,
mas todos os sócios respondem de forma solidária pelo que falta para a integralização do capital
social.
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Formas de integralização
OBS: Segundo o art. 1055, §2º, CC não pode integralizar com prestação de serviços.
Quando um sócio contribui com um determinado bem, os sócios respondem solidariamente pela
exata estimativa dos bens e esta responsabilidade dura 5 anos (do momento que entrou o bem
na empresa) (art. 1055, §1º):
§1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos
os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
Responsabilidade
Cada sócio responde pela integralização da cota que subscreveu e, todos os sócios respondem
solidariamente até o limite do que falta ser integralizado.
Art. 1052, CC.
Sócio A 99 49 50
Sócio B 1 1 0
Regra: Quando um credor irá cobrar uma dívida qualquer tem que acionar a sociedade limitada
(não pode atingir os sócios), a sociedade pode pagar com tudo que tem e ainda assim sobrar
uma parte da dívida, nesse caso, é possível no exemplo acima que os sócios A e B sejam
atingidos, não é no valor da dívida e sim o que faltou ser integralizado.
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● A outra hipótese é quando os sócios agem contra o contrato social ou contra a lei (art.
1080, CC – só o sócio que fez que será responsabilizado). Esta Exceção vale para EIRELI.
Cotas sociais
Art. 1055
De acordo com o art. 1055, caput, CC, as cotas sociais podem ser iguais ou desiguais.
Art. , CPC: se as cotas integram o patrimônio do devedor, a cota é um bem móvel que esse
devedor possui. Portanto se a cota é bem que integra patrimônio devedor, não há justificativa
para exclusão das cotas sociais.
Se o contrato social for omisso, devemos observar a regra do art. 1057, CC. Segundo esse artigo,
se a pessoa é sócia de uma sociedade e quer transferir suas cotas para quem já é sócio não é
necessária a anuência de ninguém.
Agora se a pessoa é sócia e está transferindo suas cotas para terceiro estranho ao contrato
social, terceiro que ainda não é sócio, a lei diz que só pode fazer isso se não houver a oposição
de mais de ¼ do capital social. Ou seja, não pode haver a rejeição de mais de ¼.
Administrador
Art. 1061, CC, o administrador pode ser tanto um sócio, como também um não sócio. pode ser
nomeado tanto no contrato social quanto em ato separado (ex: ata de assembleia).
No entanto essa aprovação dos sócios deve seguir uma regra de quórum: tudo vai depender do
capital social.
Cessação do cargo
A cessação pode ocorrer de 3 formas:
a) Término do prazo.
b) Destituição.
c) Renúncia. Para que a renúncia produza efeitos perante a pessoa jurídica (sociedade)
deve-se ter uma comunicação por escrito.
Para que a renúncia e destituição produzam efeitos perante terceiros é necessário publicidade, ou
seja, tem que ter averbação no órgão de registro.
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Conselho fiscal
Reunião ou assembleia
Deliberações
O art. 1072, CC, remete para a regra do art. 1010, CC. O referido artigo diz que prevalece a
maioria do capital social.
Art. 1072, §3º, CC: A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios
decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas.
Exclusão extrajudicial:
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Pode-se aumentar o capital social, todavia algumas regras devem ser observadas (art. 1081, CC):
● Se o capital social existente estiver totalmente integralizado;
● O aumento deve ser realizado por meio de modificação do contrato social.
SOCIEDADE ANÔNIMA
Características S/A
Espécies de S/A
Companhia (CIA) aberta: é aquela em que seus valores mobiliários (ações) são admitidos à
negociação no mercado de valores mobiliários (bolsa de valores).
Companhia (CIA) fechada: é aquela em que seus valores mobiliários não são admitidos à
negociação no mercado de valores mobiliários.
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Os requisitos preliminares se aplicam tanto para a CIA aberta quanto para a fechada. Todavia, no
que tange à constituição propriamente dita existe algumas diferenciações:
CIA aberta
Underwriting são as instituições financeiras que providenciam a intermediação. São elas que
procuram os investidores.
CIA fechada
Valores mobiliários
Valores mobiliários são títulos de investimento emitidos por uma S/A com a finalidade de
captação de recursos:
a) Ações
b) Debêntures
c) Commercial paper
d) Bônus de subscrição
e) Partes beneficiárias
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➢ Ações
Conceito
Ações são frações do capital social de uma S/A que confere ao seu titular direito de sócio da CIA.
Forma de integralização
Pode integralizar com dinheiro, bens e créditos. Não pode integralizar com prestação de serviços.
Responsabilidade do acionista
Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a
responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações
subscritas ou adquiridas.
A única responsabilidade que o sócio tem é perante o preço de suas ações, que é o preço do
mercado primário. Não existe solidariedade. O acionista responde de forma limitada pelo preço de
emissão de suas ações.
Quanto à espécie
Quanto à espécie, as ações podem ser:
● Ordinárias: as ações ordinárias são aquelas que conferem direitos comuns ao acionista.
Ex: direito de voto, direito de participação dos lucros, fiscalização, direito de preferência,
direito de retirada (art. 109 da lei).
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Direitos comuns aos acionista Direitos comuns aos acionista Direitos comuns aos acionista
(art. 109, da Lei) (art. 109, da Lei) (art. 109, da Lei)
Tem direito de voto Quem compra está em busca É a ação usada quando a S/A
de uma vantagem patrimonial antecipa o que o acionista
teria direito na liquidação da
sociedade. S/A pega um
dinheiro que está sobrando e
adianta/amortiza pra você um
valor que só seria
disponibilizado mais pra
frente.
➢ Debêntures
Conceito: Debêntures são valores mobiliários emitidos pela S/A que confere aos seus titulares
direito de crédito contra a companhia emissora.
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Isso faz diferença na hora de classificar o crédito na falência. Quem tem debênture de garantia
real fica junto com os credores de garantia real.
Emissão:
A assembleia geral que vai determinar a emissão de uma debênture, em regra geral (art. 59, lei
6404). Todavia, o conselho de administração também pode autorizar a emissão de debêntures,
desde que essas debêntures não sejam conversíveis em ações e quando se tratar de companhia
aberta (art. 59, §1º).
Ex: a companhia emite um título. 10,00 R$ é o valor de cada debênture. Se a companhia emitir 1
milhão de debêntures ela vai conseguir 10 milhões de reais. Só que a empresa estabelece juros
na debênture, de 1,5% ao mês. Ou seja, o investidor ganha 1,5% ao mês de juros (tem que ser
mais atrativo do que a poupança). Imagine que o reembolso desse valor será no prazo de 7 anos.
Então acontece que daqui 7 anos a companhia paga ao investidor os 10,00 R$ com correção
monetária e paga os juros de 1,5% ao mês.
➢ Bônus de subscrição
Art.75 e ss.
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➢ Partes beneficiárias
Art. 46 e ss
É um título de investimento emitido por uma companhia fechada que confere ao seu titular direito
de crédito eventual, consistente na participação dos lucros anuais.
Esse direito de crédito é eventual, ou seja, na eventualidade de ter lucro a pessoa recebe, se não
tiver lucro a pessoa não recebe nada.
Órgãos sociais
● Assembleia geral
● Conselho de Administração
● Diretoria
● Conselho Fiscal
➢ Assembleia geral
Participar da assembleia geral é direito que todo acionista tem seja ele portador de ações
ordinárias, ações preferenciais sem voto, etc.
1. Assembleia geral ordinária: ela deve ser realizada anualmente e nos primeiros 4 meses
subsequentes ao término do exercício social.
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➢ Conselho de administração
➢ Diretoria
➢ Conselho fiscal
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● O sócio ostensivo. Este sócio vai exercer o objeto social. O sócio ostensivo pode ser
pessoa jurídica ou física, e pode existir quantos forem necessários.
● O sócio participante. Este sócio só participa dos resultados. O sócio participante também é
chamado pela doutrina de sócio oculto.
Nome empresarial
Art.1162, CC. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação
Registro
● Busca de lucro
● Afectio societatis – os sócios buscam ser sócios de um empreendimento.
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8. FALÊNCIA
Lei 11.101/2005
Ela incide sobre a figura do empresário individual, sobre a sociedade empresária e sobre a
empresa individual de responsabilidade limitada.
No entanto, nesse rol de sociedade empresária existem alguns entes que o legislador diz que
apesar de ter natureza empresarial eles estão excluídos da incidência da lei 11.101/05. Esses
excluídos estão todos no art. 2º da lei 11.101/05:
A princípio não cabe falência para esses entes, no entanto, todos os entes do art. 2º, II podem
passar por processo de liquidação extrajudicial.
Nesta será um liquidante que, por sua vez, poderá pleitear a falência destes entes. Então significa
que a princípio não podem sofrer falência, mas a falência poderá ser consequência da liquidação
extrajudicial.
LEGITIMIDADE PROCESSUAL
Legitimidade ativa
Pode ser autor de ação de falência:
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Autofalência (art. 105): ocorre quando o próprio empresário, quando a própria sociedade
empresária solicita a própria falência.
Art. 105: O devedor deverá requerer ao juiz a sua falência. Não existe consequência para quem
não pede, mas é uma obrigação.
OBSERVAÇÃO:
● Se o credor for empresário, sociedade empresária ou EIRELI ele só vai poder
ajuizar a ação contra terceiro se estiver devidamente registrado na junta comercial.
● Se o credor não tem domicílio no país deve prestar caução (art. 97, §2º, lei
11101).
Legitimidade passiva
Só ocorre sobre a figura do empresário individual, sociedade empresária e EIRELI.
No entanto, alguns que, apesar de serem de serem sociedades empresárias, estão excluídos da
incidência da lei (art. 2º, lei 111101):
No primeiro momento nenhuma pessoa poderá ajuizar ação de falência contra essas sociedades.
No entanto, todos os entes do art. 2ª, II podem passar por uma liquidação extrajudicial. Nesta,
será nomeado um liquidante que, por sua vez, poderá pedir a falência do ente que está em
liquidação.
JUÍZO COMPETENTE
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De acordo com o art. 3º da lei 11101, o juízo competente é o do local do principal estabelecimento
e se a sede for fora do Brasil, é no local da filial.
Entende-se como principal estabelecimento a sede administrativa, ou seja, onde está localizada a
administração da empresa, o centro das atividades. Esta é a corrente adotada pelo STJ.
A ação de falência sempre será processada e julgada pela justiça comum estadual.
ÓRGÃOS
Administrador Judicial (artigo 21 à 25 da Lei): pode ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica.
Se for pessoa física preferencialmente seria um advogado um administrador de empresas, um
economista ou um contador (é preferencial e não obrigatório).
Esse sujeito é nomeado e pode ser destituído pelo juiz.
O Administrador Judicial irá receber no máximo 5% do valor da venda dos bens (só é pago ao
final). Se a empresa falida for ME ou EPP a porcentagem máxima que ele recebe é de 2%.
Comitê de Credores: esse órgão é facultativo, quem decide pela existência dele são os credores.
A atividade principal deles é de fiscalização (fiscalizar o administrador, as vendas etc, artigos 26 à
30 da Lei.
Assembleia de Credores: artigo 35 ao 46 da Lei. Composta pelos credores, esse órgão precisa
tomar decisões. O voto é proporcional ao crédito. ( é da maioria dos créditos)
Convocação é feita pelo juiz e será convocada todas as vezes que houver um assunto que
interesse credores.
CREDORES
a) Crédito de natureza salarial no valor de até 5 salários mínimos (por trabalhador) no período
de até 3 meses antes da falência ( artigo 151 da Lei) isso não é sinônimo de crédito trabalhista.
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São pessoas que ficaram sem receber seus salários. Eles irão receber assim que exista dinheiro
em caixa, assim se logo na decretação da falência o administrador verifica um valor ele manda
pagar essas pessoas. Eles não precisam esperar o término da falência (o que faltar deverá
ingressar com Reclamação Trabalhista)
b) Credor que ingressa com uma peça inicial chamado de Pedido de Restituição: só recebe se as
pessoas acima receberem. Pedido de restituição cabe quando o bem arrecadado pela massa for
de propriedade de terceiro (restitui o bem e não o valor).
Exemplo: funcionários deixam algum bem na empresa que está sofrendo falência, logo deverá
ingressar com o Pedido de Restituição para recuperar o bem.
Se por acaso esse bem não exista mais ou pereceu irá pedir somente nesse caso a quantia
correspondente (artigo 85 e 86 da Lei), no caso de quantia só será entregue no final da falência.
c) Credores Extraconcursais (só recebe no final): artigo 84 da Lei, a origem do crédito ocorreu
após a decretação da falência.
Exemplo: Crédito Tributário e o fato gerador ocorreu depois da falência, ou acidente de trabalho
que ocorreu após a decretação da falência.
d) Créditos Concursais (só recebe no final): artigo 83 da Lei, irá citar créditos que surgiram antes
da decretação da falência, ou seja aqueles créditos que deram causa à falência (fizeram a
empresa quebrar).
Insolvência
Quando o credor ajuíza ação de falência o seu objetivo é que o juiz declare o estado de
insolvência do devedor.
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Deixar de pagar no vencimento uma obrigação líquida sem relevante razão de direito
Súmula 361, STJ: o protesto para fim de falência tem que fazer a intimação entregando no
endereço, todavia, além de entregar no endereço é preciso saber quem recebeu a intimação
Súmula 248, STJ: Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas
protestada, é título hábil para instruir pedido de falência
Atenção: A ação de falência somente pode ser ajuizada se o valor da obrigação for acima de 40
salários mínimos.
Dois credores podem fazer litisconsórcio para que se atinja esse valor acima de 40 salários
mínimos?
Cabe sim (art. 94, §1º: admite-se o litisconsórcio entre os credores para que se possa perfazer o
limite mínimo estabelecido na lei).
São comportamentos, condutas que estão expressamente previstos em lei (art. 94, III, ‘a’ até ‘g’).
Cuidado: o prazo de contestação aqui é de apenas 10 dias (art. 98, lei 11101).
Depósito elisivo.
Elidir = impedir.
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Prazo do depósito elisivo: deve ser feito dentro do prazo de contestação (10 dias).
Valor do depósito elisivo = valor principal + correção + juros + honorários advocatícios (art. 98,
p.u, lei 11101).
Depósito + contestação.
Recuperação judicial (regra do art. 95, lei 11101). O devedor pode dizer que quer pagar, mas que
não consegue pagar em dinheiro. Assim, o devedor, dentro do prazo de contestação, pode pedir
a recuperação judicial. Essa recuperação suspende o processo de falência.
SENTENÇA
A sentença dá início à fase falimentar: é aqui que vai ter a arrecadação dos bens, venda dos
bens, pagamento dos bens e é depois disso que o juiz dá uma sentença de encerramento, dando
fim ao processo de falência.
Atos praticados:
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● É na sentença declaratória que o juiz vai fazer a nomeação do administrador judicial (art.
99, IX).
● O juiz deve fixar o termo legal da falência (art. 99, II).
● Termo legal da falência: é o período suspeito (período cinzento). Esse período antecede a
falência. É um período de investigação dos atos praticados pelo devedor. Se o devedor
praticar atos que estão previstos na regra do art. 129, da lei 11101, esses atos serão
declarados ineficazes. Esse termo legal não pode retrotrair por mais de 90 dias.
● Intimação do MP (art. 99, XIII).
● Ordenar ao falido que apresente relação completa de credores no prazo de 5 dias, sob
pena de crime de desobediência (art. 99, III).
2. Ações fiscais (quem julga são as varas da fazenda pública). (art. 76)
3. Ações em que o falido for autor ou litisconsorte ativo (continua tramitando na vara de
origem). (art. 76)
4. Ações que demandarem quantia ilíquida – continua tramitando na de origem (art. 6º, §1º).
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Classificação
Existe uma hierarquia, uma ordem de preferência que está no art. 83 da lei 11.101. Este
artigo coloca na preferência os titulares de créditos trabalhistas, depois os de créditos com
garantia real, de créditos tributários, com privilégio especial, com privilégio geral, créditos
quirografários, de créditos decorrentes de multas e penas pecuniárias e de créditos
subordinados.
Estas são as oito classes de credores no concurso da falência do art. 83 - créditos concursais:
1) Classe dos créditos trabalhistas - Ocupa a primeira classe, mas está limitado ao teto de
150 salários mínimos por trabalhador, de modo que se ele tem essa quantia a receber
ele só irá receber na primeira classe, só será habilitado na primeira classe o valor
correspondente a 150 salários mínimos. O valor do seu crédito que ultrapassar o seu limite será
habilitado lá embaixo, na classe dos créditos quirografários.
Créditos extraconcursais - Art. 84 da lei 11.101 - aqueles que estão fora do concurso de
credores, são aqueles que nascem depois de já decretada a falência.
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AÇÃO REVOCATÓRIA
PROCEDIMENTO DA FALÊNCIA
Petição inicial
Juiz determina a citação do réu (prazo de 10 dias), o credor pode fazer três atos ( pode faz 1 dos
atos, ou mais de 1):
a) Contestar
b) Pedir a Recuperação Judicial ( mostrar requisitos)
c) Depósito Elisivo (quer pagar a falência, é pagar o valor da dívida, mais honorários, custas).
Artigo 95 à 98.
➔ Após a sentença o juiz manda publicar o Edital que contém o texto da sentença e tem uma
relação de credores ( informada pelo devedor, pode estar correta ou não).
➔ Irá fazer a Habilitação ( artigo 7 à 9 da Lei).
➔ O administrador vai apresentar o quadro de credores ( pode ainda estar errado o
quadro).Assim se estiver errado deve-se entrar com Impugnação ( artigo 8 da Lei), o prazo
para a impugnação é de 10 dias.Só depois que o juiz decidir é que haverá a homologação
do quadro de credores .
➔ Após é o momento da liquidação ( em que vendo os bens e vou pagar conforme for
possível).
➔ Sentença de Encerramento.
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9. RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Finalidade (art. 47)
Busca a recuperação judicial com o objetivo da preservação da empresa. Permite ao devedor
superar o momento de dificuldade econômico-financeira que vem sofrendo, através da
preservação da empresa. Com a preservação da empresa tem-se a manutenção de empregos,
manutenção da fonte produtora e manutenção do desenvolvimento da atividade na região.
Requisitos
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça
regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos,
cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as
responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no
plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Petição inicial
A petição inicial tem que necessariamente observar os ditames do art. 51: relação de credores,
empregados, balança patrimonial.
Se essa petição inicial atender aos requisitos do art. 51, o juiz vai proferir um despacho de
processamento. A RECUPERAÇÃO AINDA NÃO FOI DEFERIDA!
Art. 52, III - Neste despacho, há uma série de determinações do juiz : determina a
nomeação do administrador judicial, que pode ser pessoa física (preferencialmente contador,
advogado, administrador ou economista) ou PJ; determina a intimação do MP; determina
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Apresentação do plano
O prazo de apresentação do plano é improrrogável e será de 60 dias, contados da publicação da
decisão que deferiu o processamento, sob pena de convolação em falência (se perder o prazo o
juiz pode converter a recuperação em falência).
Ainda, apresenta-se no plano meios de superação da crise.
O art. 50 da lei traz meios. O rol é exemplificativo, ou seja, em outras situações pode-se criar um
outro meio que não seja aqueles previstos no art. 50.
Apesar disso, o legislador criou uma limitação (art.54): o crédito trabalhista parcelado, só pode ser
parcelado em 12 vezes. Essa é a única limitação estabelecida ao plano de recuperação judicial.
Habilitação do crédito
O credor tem que habilitar no prazo de 15 dias contados da publicação do edital (art. 7º,
§1º).Encerrado o prazo de 15 dias para habilitação, começa a contagem de novo prazo (45 dias)
para que o administrador faça uma nova relação de credores.
Objeção
Objeção é o instrumento processual utilizado pelo credor para rejeitar o plano de recuperação
judicial. O art. 55 diz que o prazo é de 30 dias contados da publicação da nova relação de
credores, relação esta que encontraremos no art. 7º, §2º.
Agora se no prazo de 30 dias teve objeção, o art. 56 diz que nesse caso o juiz vai ter que
convocar uma assembleia geral de credores. A assembleia geral de credores pode aprovar ou
reprovar o plano de recuperação judicial.
Aprovação do plano
Situações em que pode haver a aprovação do plano:
● Não ter objeção
● Ter objeção, mas aprovação na assembleia geral de credores.
Se o plano não for aprovado ele deve ser convertido em falência (convolação em falência).
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São 4 hipóteses:
1ª. Inobservância do prazo de apresentação do plano. S
2ª. Plano com objeção e posterior reprovação na assembleia.
3ª. Descumprimento de obrigação assumida no plano.
4ª. A assembleia geral de credores dentro do processo de recuperação judicial verificar que o
devedor não reunirá condições de honrar com os seus compromissos ou que a recuperação está
trazendo prejuízo muito grande para os credores, essa assembleia geral pode se reunir e
deliberar pela convolação em falência.
Vai ficar suspenso por 180 dias as execuções ( cível, trabalhista etc), salvo as tributárias
Quando o juiz defere o processamento dá o prazo de 60 dias para que o devedor apresente a sua
proposta, se não cumprir esse prazo o juiz vai convolar a recuperação em falência. ( artigo 73 e
52)
Se algum credor não concordar terá 30 dias após a proposta para que o credor faça a sua
objeção.
➔ Quando o juiz homologa o recurso cabível é o Agravo, se ele declara a falência também
cabe Agravo.
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O procedimento é o mesmo da recuperação judicial comum, a diferença está no plano que já está
pré-definido na lei.
Recuperação extrajudicial
Recuperação extrajudicial nada mais é do que um acordo privado feito entre o devedor e seus
credores de forma extrajudicial.
Homologação do juiz
O devedor pode fazer o plano diretamente com os credores, no entanto ele tem a possibilidade
também, se assim ele quiser, a pedir a homologação do juiz.
Vantagens da homologação:
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OBS.: A recuperação extrajudicial uma vez homologada adquire o status de TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL (compondo o rol do art. 515 do CPC).
A aplicação do Código Civil (arts. 887 e ss) aos títulos de crédito existentes é uma aplicação
subsidiária (art. 903, CC). Só aplica a lei civil quando a lei especial não tratar do assunto.
PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele
contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
a) Princípio da literalidade. Só tem validade para o direito cambiário aquilo que está
literalmente consignado no título. Só vale aquilo que está escrito no título de crédito.
b) Princípio da autonomia. O vício em uma das relações não compromete as demais. Assim,
o endosso, o aval e demais atos cambiários não atinge as demais obrigações assumidas
no título. O possuidor de boa-fé exercita um direito próprio que não pode ser restringido ou
excluído pelas relações ocorridas entre os possuidores precedentes e o devedor.
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● Letra de câmbio
● Cheque
● Nota promissória
● Duplicata
Aceite é o ato de concordância com a ordem de pagamento dada. Este ato é privativo do sacado.
Endosso
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Efeitos:
● Transferência da titularidade do crédito do endossante (quem transfere) para o
endossatário (quem recebe).
● Tornar o endossante codevedor do título.
Aval
OBS: Art. 30, decreto 57666 – este dispositivo autoriza tanto o aval total como também o aval
parcial.
Aval x Fiança
O aval é ato tipicamente cambial, ele só pode ser dado em título de crédito. A fiança só pode ser
dada em contrato.
O aval é autônomo. A fiança é acessória.
O aval não tem benefício de ordem. A fiança possui benefício de ordem.
OBS: Art. 1647, III, CC Hoje tanto para prestar aval quanto fiança precisa da autorização do
cônjuge, exceto se o regime for o de separação absoluta de bens.
NOTA PROMISSÓRIA
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Vencimento
● À vista.
● Data certa.
● A certo termo de data.
● A certo termo de vista.
DUPLICATA
É uma exceção ao princípio da cartularidade (não é necessário ter o título em mãos para
promover a cobrança).
Aceite
O aceite é obrigatório.
a) Aceite ordinário – é aquele aceite que decorre da assinatura do sacado no título. Todavia,
b) Aceite presumido - face a duplicata virtual
c) Aceite por comunicação.
Hipóteses em que o sacado pode recusar o aceite (art. 8º c/c art. 21, lei 5474):
● Em caso de avaria/ não recebimento da mercadoria/ não prestação do serviço.
● Vício/defeito de quantidade ou qualidade no produto ou serviço.
● Divergência quanto a prazo, preço e condições de pagamento.
Pagamento
● À vista.
● Data certa
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Espécies de protesto
a) Protesto por falta de devolução. Decorrido o prazo de 10 dias, a duplicata não foi
devolvida, o sacador pode fazer o protesto por falta de devolução.
b) Protesto por falta de aceite. O sacado, dentro do prazo de 10 dias, devolve o título, mas
não dá o aceite e não diz os motivos.
c) Protesto por falta de pagamento. O sacado devolve o título dentro do prazo e com aceite,
todavia, no dia do pagamento, ele não paga.
Para protestar é necessário a duplicata. Em caso de extravio de duplicata emite-se uma segunda
via da duplicata que se chama triplicata (art. 23, da lei 5474).
Execução
CHEQUE
Cheque é uma ordem de pagamento à vista efetuada pelo emitente em face do banco
(sacado) em virtude de previsão que o emitente possui junto a instituição financeira,
tendo como beneficiário determinada pessoa.
Art. 32, Lei 7357/85: qualquer menção feita no cheque com a intenção de transformá-lo numa
promessa de pagamento é considerada inválida.
A lei proíbe que o banco possa endossar ou avalizar o cheque (art. 18, § 1 º e art. 29).
No entanto, o banco pode ser emitente de cheque administrativo (art. 9º). Cheque administrativo
dá maior confiança para quem recebe.
A data da emissão é requisito essencial (pois é preciso dela para poder calcular o prazo
prescricional).
Súmula 387, STF – se a pessoa deixar a data de emissão em branco, o credor de boa-fé pode
preencher.
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Segundo o art. 32, lei 7357, o cheque é ordem de pagamento à vista e considera-se não escrita
qualquer menção em contrário.
Prazos
O cheque é um título que possui vários prazos.
O art. 33 da Lei 7357/85 impõe que o portador deverá apresentar o título ao banco em 30
dias quando sua emissão ocorrer no mesmo município em que deva ser pago; será de 60
dias, o prazo de apresentação, quando o cheque for emitido em município diverso do qual
deva ser pago. O desrespeito a estes prazos acarreta na perda do direito de promover
ação judicial contra os endossantes e respectivos avalistas (art. 47, II).
Após o prazo de apresentação, o credor terá 6 meses para promover ação judicial contra
o emitente.
Súmula n. 503, STJ - O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de
cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada
na cártula.
Parágrafo único. O portador não pode recusar pagamento parcial, e, nesse caso, o sacado pode
exigir que esse pagamento conste do cheque e que o portador lhe dê a respectiva quitação.
Sustação de cheque
Existem duas modalidades de sustação:
a) Contra-ordem ou revogação (art. 35 da lei de cheques):
● Somente o emitente do cheque pode fazer a contra-ordem ou revogação.
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Súmula n. 388, STJ - A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
ATENÇÃO: prazo de prescrição dos títulos, fora o cheque, 3 anos contados a partir
do vencimento. se protestar, interrompe e começa a contar de novo, da data do
protesto.
Conceito
É um negócio jurídico em que uma pessoa jurídica (arrendadora) loca bens ou serviços que
adquiriu a outra pessoa (física ou jurídica) (arrendatário), por tempo determinado, a qual irá
efetuar as especificações do negócio e ao seu término poderá exercer a opção de compra,
mediante valor residual garantido (VRG).
Modalidades
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de mercado do bem arrendado e que não haja previsão de pagamento de valor residual
garantido.
Se a Arrendatária pagar o VRG o resultado é que a partir desse momento a propriedade do bem
vai passar para a Arrendatária.
Se a Arrendatária não pagar o VRG o resultado é que ela terá que devolver o bem à Arrendadora.
Posicionamento STJ
Súmula 293 STJ pode ter VRG antecipado, logo, o VRG antecipado não descaracteriza o
contrato de Arrendamento Mercantil.
Súmula 369 STJ: Arrendatário deixa de pagar as parcelas: o arrendatário só estará in mora se
for
notificado.
Súmula 564 STJ no caso de reintegração de posse em arrendamento mercantil financeiro,
quando a soma da importância antecipada a título de valor residual garantido (VRG) com o valor
da venda do bem ultrapassar o total do VRG previsto contratualmente, o arrendatário terá direito
de receber a respectiva diferença, cabendo, porém, se estipulado no contrato, o prévio desconto
de outras despesas ou encargos pactuados.
Alienação Fiduciária
Quando o fiduciante (devedor) não paga e foi decretada falência dele: Nesta hipóteses o
Fiduciário (credor) não pode utilizar as ferramentas acima, assim entrar com o Pedido de
Restituição para se o bem estiver lá seja devolvido, se houver diferença irá fazer a habilitação na
Falência como credor quirografário ( artigo 85 da Lei 11101/05).
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Representação comercial
Pessoa jurídica ou física (representante), sem relação de emprego (autônomo), obtém pedidos de
compra e venda de mercadorias fabricadas ou comercializadas por outra pessoa jurídica
(representado), dentro de uma área de zoneamento delimitada.
Comissão
O representante terá direito à comissão se fizer pedido e:
● o pedido for aceito pelo representado
● o pedido ser pago pelo comprador
Modalidades
● Conventional factoring – faturizador paga à vista pela cessão dos créditos do faturizado,
descontando valor pelo deságio (assume o risco do negócio);
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Contratos bancários
Desconto bancário: instituição financeira antecipa o valor de um crédito contra terceiro ao cliente
e, por conta disso, desconta determinada taxa de juros.
Franquia (franchising)
Locação Empresarial
Requisitos para que o locatário (inquilino) ingresse com ação (requisitos cumulativos):
● Contrato seja escrito e por prazo determinado;
● Se o contrato for por Prazo indeterminado ele continua automaticamente e não pode entrar
com ação renovatória;
● Estar pelo menos à 5 anos no mesmo imóvel;
● Explorar nos 3 últimos anos o mesmo ramo de atividade;
Prazo para ingressar com Ação Renovatória: Primeiros 6 meses do último ano do contrato
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PATENTE
Espécie que está pedindo proteção e por quanto tempo tem essa proteção ( artigo 9º e 40º da
Lei):
● Patente de Invenção: é algo absolutamente novo, inovador, que não existe no
mercado.PRAZO DE EXCLUSIVIDADE: é de 20 anos do depósito no momento que dei
entrada;
● Patente de Modelo de Utilidade: é uma melhoria em algo que já existe.Exemplo: TV
LED.PRAZO DE EXCLUSIVIDADE: é de 15 anos do depósito no momento em que dei
entrada.
Quando termina esse prazo de exclusividade da patente não cabe prorrogação e cai em domínio
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público.
Autor/Inventor é aquele que primeiro depositou, não será quem primeiro inventou e sim quem
deu a entrada primeiro terá a preferência.
ATENÇÃO: Sempre será pessoa física, nunca será pessoa jurídica ou sociedade
empresarial.
Se o empregado for contratado para desenvolver pesquisa ( invenção / patente) se ele descobrir
algo a patente será do empregador, pois o empregador sustenta o empregado e suas pesquisas
inclusive seus fracassos.
Se o empregado não foi contratado para desenvolver pesquisa, entretanto inventou algo usando
recursos do empregador (exemplo: computador, laboratório), nesta situação a patente será dos
dois.
Se o empregado que não foi contratado para pesquisa e usa recursos próprios, nesta hipótese a
patente é do empregado.
MARCA
● Novidade Relativa: o nome que inventei tem que ser novo em determinado ramo de
atividade (Exemplo: ramo cosméticos, esportivo). A marca tem proteção respeitando o
princípio da especialidade pois aquele nome e cada um é titular e tem exclusividade em
seu ramo, onde registrou;
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APOSTILA
Direito Empresarial | 2ª ed.
● Não Colidência com marca de Auto-Renome: “é uma marca que o INPI entendeu que tem
prestígio”.Nasce com Registro no INPI, após o inventor prova que esta marca tem prestígio
e passa a ser protegida em todos os ramos de atividade;
● Não Colidência com Marca Notoriamente Conhecida: é uma marca que foi registrada em
outro país, ainda não foi registrada no Brasil e por termos assinado convenção ela é
protegida apenas no próprio ramo de atividade.
O Novo Código de Processo Civil, criou um procedimento específico para que seja declarada a
desconsideração. A dívida continua sendo da pessoa jurídica. Mas a responsabilidade, diante do
reconhecimento da desconsideração, passa a recair sobre o patrimônio dos sócios (na verdade, o
patrimônio da pessoa jurídica ocultado nos bens dos sócios), conforme art. 790, VII, do
CPC/2015.
Tanto para a desconsideração direta (a sociedade devedora oculta seu patrimônio no dos seus
sócios) quanto para a indireta (o sócio devedor oculta seu patrimônio no da pessoa jurídica), os
sócios e/ou a sociedade potencialmente atingidos pela decisão devem ser previamente ouvidos a
respeito, admitindo-se a produção de provas a bem da comprovação de que não houve abuso de
personalidade ou ocultação patrimonial.
Criou-se, portanto, um incidente processual para a desconsideração (vide art. 133 e ss. do CPC),
a prestigiar, por evidente, o princípio do contraditório, norma fundamental do processo não
apenas pelo que já consta do art. 5º, LIV e LV da CF/1988, mas também pelo regramento dos
arts. 9º e 10 do CPC/2015.
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