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Instituto Missionário Palavra da Vida

Aluno: Raidno Cavalcante de França Júnior Ano do curso: 3ºano

Disciplina: TBNT Epístolas Gerais Professor: Marcelo Silva

Data: 30/09/2020

Levantamento dos Tópicos Teológicos – Carta de Hebreus

 Teologia Própria
É inquestionável o valor teológico e espiritual desse documento que desde o
princípio tem comprovado por si mesmo ser autoritativo em vista de seu valor
intrínseco.
Hebreus destaca em vários momentos a supremacia da pessoa de Cristo, como
Criador e sustentador do universo (1.1-3). Essa exaltação de Cristo é presente em todo
o livro. Essa ação de Cristo, é intensificada junto com o próprio Deus e o Santo Espírito,
apresentando a Trindade como agente ativo na humanidade (10.15).
Também, é destacada a Palavra como sagrada (4.12) e confirmada como
revelação clara de Deus para todos nós.
A Soberania de Deus é relata em muitos momentos também ao longo da carta,
principalmente com relação as promessas dEle para a humanidade (4.1; 6.17) e seu agir
ao longo de toda a história.
Pois, por intermédio desta epístola Deus, inquestionavelmente, tem falado e
continua a falar ao Seu povo, por meio de Seu Espírito. Afinal de contas, essa é a
vindicação mais importante do lugar desta epístola no "cânon" do Novo Testamento.

 Cristologia
Para o autor, Cristo é o objeto, o alvo, o centro e o agente da revelação. Portanto,
ele está presente criadora, salvadora e construtivamente em toda a história da revelação:
Antigo e Novo Testamentos. A Bíblia, na sua visão, é cristocêntrica. O Velho
Testamento fala de Cristo (o Messias), sentindo a sua presença prospectiva. O Novo
mostra o Cristo revelado, encarnado e interagido com a humanidade, expondo a
mensagem messiânica e executando a redenção. Cristo é o eterno Sumo Sacerdote, o
veículo da criação, o sustentáculo da providência, o mediador da graça, o autor e
consumador da fé, mas também o cordeiro vicário, o sacrifício redentor em favor de
todos os eleitos. O Messias, na visão de Hebreus, é superior a Abraão, a
Melquisedeque, a Moisés e aos anjos.
Logo no capítulo primeiro, o autor já reconhece e declara a autoridade de Cristo,
o apresentando como agente ativo divino na criação (v.2) e também sustentador do
universo. Essa exaltação é contínua ao longo de toda a carta. De fato, percebemos que o
autor intensifica a Cristologia na carta, incentivando os cristãos a viverem, tendo esse
Cristo no centro de suas vidas.

 Soteriologia
Como já falado, a presença de Cristo na carta é clara e altamente preciosa, pois
demonstra não somente sua pessoa, mas a sua ação para com a humanidade. Primeiro,
capítulo 2, é descrito Jesus como homem, ou seja, um auto esvaziar de Sua glória, para
habitar entre nós, morrer por nós para nos dá a vida, a Sua ressurreição é prova disso,
pois com ele ato, Ele recebeu essa autoridade em nos conceder a vida. No capítulo 9, a
partir do verso 11, é nos apresentado que o sangue de Cristo é eficaz e totalmente
suficiente para a salvação do homem. Mais adiante (10), é confirmada essa doutrina, e
Deus sendo soberano em todo o processo, onde o homem não contribui de forma
alguma para a sua salvação. Todas os sacríficos oferecidos pelo povo de Israel, já não
tinham poder algum, pois Jesus deu sua vida e pagou todo o preço pelo homem. Foi o
sacrifício, único.

 Vida Cristã
Toda essa riqueza teológica, de nada iria valer se não houvesse o encorajar da
prática cristã. Em vários momentos, o autor não somente explica esses pontos teológicos
como também instiga os cristãos a terem uma vida prática cotidiano.
É nos exortado viver em santidade, por meio do sacrifício suficiente de Cristo
(10.19). No capítulo 12, essa exortação se intensifica quando o autor começa a listar
várias distrações pecaminosas que nos tiram o foco dessa santidade. A paz de Cristo
deve ser guia em nossa conduta cristã.

 Fé
Não poderíamos deixar de citar esse tema que é tratado até muitas vezes como
sinônimo da carta. A fé é incentivada cada vez mais ao longo da carta, e o clímax
acontece no capítulo 11, onde o autor escreve sobre os heróis da fé. Não é por acaso, o
autor faz questão de citar personagens do Antigo Testamento para que esses
ensinamentos encorajem os cristãos de forma geral, tanto os gentis como judeus.

Carta de Tiago

 Teologia Própria
O propósito e Tiago é, em geral, pratico. É possível concluir, a partir do
conteúdo da epistola, que ele não estava interessado em teologia; Tiago está escrevendo
para encorajar companheiros judeus cristãos, que, em sua maior parte, vinha do nível
mais baixo da sociedade e estavam sendo oprimidos por compatriotas judeus ricos. Não
há uma evidência clara de que eles estavam sofrendo perseguição por serem cristão.
Está claro, no entanto, que Tiago escreve como um cristão a companheiros cristãos.
Logo, há um teor mais à vida cristã do que ao ensino teológico, a prática predomina
nessa carta.

 Fé e Perseverança

Logo de início, Tiago trata de um tema vivido pelos cristãos da época, mas com
uma mensagem bem atual. Os ensinos práticos começam no capítulo 1, onde Tiago
afirma que essa perseverança em fé, é adquirida através da busca por Deus (1.5-6).
Quando Tiago nos exorta a pedir sabedoria de Deus, ele ressalta que Deus “dá de bom
grado”, se assim pedirmos com fé. Deve haver motivações corretas em nossa busca por
Deus em refúgio e santidade.

A fé e perseverança também resultaram na paz em Cristo, em saber que é Deus o


dono de nossa vida e história, não devemos ficar ansiosos por coisa alguma (4.15), pelo
contrário, devemos ter em mente que Deus e Sua vontade deve sempre prevalecer em
nossas vidas. Tiago torna esse tema de forma ampla em sua carta.

 Fé e Obras

A teologia de Tiago com relação a esse assunto. De início, Tiago parece refutar
os ensinos de Paulo referente a justificação. Para Tiago, as obras são feitas de amor
cristão feitos que cumprem a lei real do amor ao próximo. Ao contrário de Paulo que
fala de obras como sendo desígnios judaicos de obediência formal a lei, que fornecem
ao homem uma base para a ostentação em suas boas obras. Em suma, Tiago e Paulo
estão lidando com duas situações diferentes: Paulo com a autojustiça da piedade legal
judaica e Tiago com comentários do novo Testamento.

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