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Decadência Mediúnica
Decadência Mediúnica
mediúnica:
ORGULHO - “O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por
que é a fonte de todos os processos obsessivos”.
O orgulho é sinônimo de vaidade, soberba, altivez, empáfia,
rompante, presunção, ostentação, arrogância (Antônimo:
modéstia) motivo que sempre é pela razão de nós nos
apaixonarmos exageradamente pelo nosso raciocínio, a
ponto de, infantilmente, acharmos a nossa razão superior a
todas as outras. Isto é um conceito exagerado que temos a respeito do nosso modo de pensar.
Assim agiam os homens cultos, os intelectuais que negaram, por exemplo, que a Terra girasse
em torno do sol. Que não admitiam que as mulheres tinham alma, que os homens são
diferentes, porque pensam diferentemente, que eles, os cultos, os doutos, os prudentes, são os
únicos que podem explicar a vida. O orgulho é algo negativo, sem dúvida, mas muito
confundimos este conceito com os conceitos de autoestima e reconhecimento. O orgulho é o
inimigo número um da caridade e o trampolim para a decadência de um médium.
Médium é o canal da comunicação entre o mundo físico e o mundo extrafísico. No caso, é o
meio de comunicação e intercâmbio com o plano espiritual. Daí já se presume que ser médium
não é um privilégio e nem caracteriza uma habilidade, pois é um meio, uma conexão, tal como
uma simples tomada ou interruptor que, ativo, proporciona a passagem da energia. É a mesma
lógica na visão espírita. Emmanuel nos informa, claramente: “Mediunidade não é um dom, mas
oportunidade”.
Muitos poderão estranhar que não se indique regras e diretrizes comportamentais rígidas. O
Espiritismo, contudo, é abertura plena para o Espírito, em qualquer posição em que este se
encontre. Dirigimo-nos aos jovens, tanto quanto aos adultos, porque o período juvenil não pode
ser tomado como um estágio de IRRESPONSABILIDADE, incapaz de sugerir posições definidas
na vida. Ao contrário. É nessa situação que o Espírito reencarnado assume sua completa
identidade e responsabilidade pelos rumos de sua vida.
Neste breve e sintético ensaio, que oferecemos à meditação de todos e, em especial aos jovens,
pretendemos salientar que a Ética Espírita decorre naturalmente de sua filosofia e que o Espírito,
acima de qualquer corrente particular de pensamento, encontra-se ligado, indelevelmente ao
código básico do Universo, que é a Lei de Deus, esculpida, como ensina O Livro dos Espíritos,
na própria consciência.
A universalidade do pensamento espírita se afirma em decorrência desse entendimento. É
preciso, porém, não confundir universalidade com ausência de critérios. Eles estão delineados
com precisão e objetividade na Doutrina Espírita, ao alcance de quem queira aceitá-los e vivê-
los.
A moral espírita, em síntese, estabelece que o comportamento autenticamente espírita é
consequência natural da boa assimilação da Doutrina, cuja vivência, porém, não está ligada a
nenhum esquema religioso que vise salvar ou resgatar o homem do pecado ou do mal. Apenas
estimula-o a equilibrar-se com a Lei, que é o Bem, como uma condição necessária e
indispensável para que viva bem, agora e sempre. Não faltarão objeções a essa postura.
Dir-se-ia que tudo fica no ar. Que prossegue uma imprecisão para quem pretenda seguir a moral
espírita. Que seria útil um manual prático, em que as regras gerais fossem estabelecidas.
Todavia, é tempo de espiritizar. Quer dizer, de assumir plenamente o papel que o espiritismo
veio desempenhar no mundo. E esse papel é o de facilitar ao homem conhecer a si mesmo e
compreender que depende de sua decisão de comandar, conscientemente, sua vida, seu próprio
futuro.
Por isso nos propomos a colocar ideias e sugerir pontos para questionamento. A obra do
espiritismo é todo um compêndio de comportamento moral. As regras, contudo, devem emergir
naturalmente de sua assimilação. E isso é tão mais importante quando temos experiência da
inocuidade e mesmo da contraindicação de quaisquer constrangimentos ou de pressões
comportamentais. Isso leva à excitação febricitante dos fanáticos ou dos que distorcem de tal
forma sua visão existencial que acabam por se tornarem excêntricos, traumatizados e infelizes,
por tanto buscarem a felicidade por caminhos transversos.
Por fim, uma abordagem sobre o comportamento não é um julgamento. É uma discussão aberta,
simples e objetiva das formas de interação social e humana que decorrem e resultam da
existência e da vida. Tal é o nosso propósito. Queremos apenas suscitar debates, comentários e
reflexões. Para equacionar, porém, a análise que pretendemos fazer, levantamos, como hipótese
de trabalho, as seguintes questões:
1°. O comportamento espírita é naturalmente diferente ou deve esforçar-se para ser?
2°. Se o espiritismo não impõe regras, como se definirá o comportamento espírita?
3°. Vivendo no mundo, como superar as exigências, os desafios, as necessidades, sem
comprometer-se espiritualmente?
4°. Como se situar diante do apelo aos excessos e vícios que estão presentes e são estimulados
no mundo?
5°. De que maneira compreender e usar as forças sexuais?
6°. "Amai-vos e instrui-vos". O Espírita deve conhecer os entraves ou pedras de tropeço que
encontrará em seu caminho.
7°. O Espírita deverá reconhecer qual será o seu papel no III Milênio.
(Comportamento Espírita - Jaci Regis)
Decaimento Mediúnica
O QUE FAZ UM
MÉDIUM
FRACASSAR
Eliseu Rigonatti
O ambiente de um templo é direcionado pela moral do médium chefe. Esse chefe irá cercar-se de bons ou maus
espíritos, que irão ajudá-lo no bem ou no mal.
Mesmo sendo desenvolvido por um Guia espiritual iluminado, esse Guia não conseguirá vencer a má índole do
médium, se ele mantiver seus defeitos ou ainda dedicar-se ao mal.
Se a má índole persistir, o Guia espiritual iluminado irá afastar-se, permitindo a aproximação de espíritos da
mesma faixa vibratória negativa, os quais, por sua vez, atrairão aqueles que com eles se comprazem ou ainda,
incautos que os procuram na busca de solução para seus problemas.
Uma reunião de levianos, que ocorre apenas para satisfação de desejos gerados por má índole, atrairá espíritos
semelhantes, independente de qualquer evocação. Os trabalhos são sempre abertos, evocando Orixás e Guias de
Luz, porém, se os interesses no local forem levianos, isso também indica através da correspondencia vibratória q
elesnão estarão presentes, por terem aversão ao ambiente e por saberem que não serão compreendidos ou
ouvidos.
Esse médium chefe pregará entre os seus, transmitindo maus ensinamentos, que fatalmente serão transmitidos p
seus seguidores a outros que irão aproximar-se no futuro. Daí a monstruosa deturpação que hoje se conhece,
gerada por incautos de má índole.
A influência moral do médium chefe, uma vez transmitida a seus seguidores, formará bons ou maus médiuns
ainda, bons ou maus templos futuros.
O médium, por sua vez, mesmo iniciado em mau ambiente, que não contenha em seu coração a má semente, irá
afastar-se, buscando ambiente sadio. Se conseguir eliminar seus defeitos, irá fortalecer-se.
O médium, uma vez em novo ambiente, se não conseguir eliminar seus defeitos, será afastado pelo Guia chefe d
templo, que notará a sua insanidade, ou ainda sua incapacidade em perdoar ou aprender com seus erros,
afastando-o dos demais médiuns, permitindo que sofra as conseqüências de sua insanidade espiritual.
Por esse motivo é comum que médiuns desenvolvam sua mediunidade e depois de um certo período, o Guia desse
médium o afaste do ambiente em que está, se notar que esse ambiente tornou-se nocivo, levando-o a um
ambiente mais sadio.
Se esse médium uma vez em ambiente sadio, der vazão a sua má índole, forçará o afastamento de seu Guia, uma
vez que esse médium não se corrige.
O médium que emprega mal suas faculdades sofre duplamente as conseqüências do mau uso da mediunidade, um
vez que perdeu a oportunidade de evoluir. Se a mediunidade é para a prática da caridade e o médium a usa mal,
responderá por não ter feito a caridade e também por todo dano e sofrimentos que causar a outros, por isso
padece duplamente a conseqüência de seus atos.
Os Guias nos dão lições de moralidade, perdão e fé, mas o fazem com reservas e não falam claramente, esse
procedimento é para permitir maior mérito aquele que ouve, aprende e pratica os ensinamentos que recebe.
O bom médium, devotado e trabalhador, ouvirá essas lições, ainda que essas lições sejam diretas, ou dêem a
entender, que a ele são direcionadas. Aprenderá com elas e procurará melhorar-se.
O mau médium chamará o Guia de mistificador, mentiroso e atrevido, e irá afastar-se do ambiente. Essa condut
prova que o Guia possuía a razão ao seu lado. Romperá o elo que une o mau médium à corrente, para permitir
que ele sofra as conseqüências de seus atos e com eles aprenda.
Não existe médium perfeito. O único foi Jesus Cristo. O que pode existir hoje são bons médiuns. A boa índole, a
moral, a boa vontade do médium, sua capacidade de perdoar seus inimigos, sua dedicação nas horas difíceis de
trabalho, ou nos transportes violentos, a capacidade de suportar a dor no lugar de seu próximo, ou permitir que
seu próximo amenize seus sofrimentos, é que determinarão o sucesso ou o fracasso do médium.
Todo médium deve compreender que as horas de trabalho são horas difíceis. São horas de dedicação ao próximo.
Deve compreender que, se faz parte de corrente espiritual, isso acontece porque ele é mais imperfeito do que
aqueles que procuram por seus Guias.
Deus, dando provas de Sua infinita bondade, deixa ao alcance do médium os meios para traçar a própria felicidad
futura. Se ele não aproveita a oportunidade, também não poderá culpar outras pessoas, no futuro, por sua
infelicidade futura.
Os médiuns de Umbanda são em sua grande maioria, seres desprezíveis e rapineiros do passado, e Deus, provand
Sua bondade, deixa ao alcance desses médiuns os meios para se mostrarem dignos no futuro.
Se voce é médium de Umbanda compreenda o que é a mediunidade e as horas de sacrifício nos trabalhos do
templo, se elas lhe são duras, imagine-se em cadeira de rodas ou cego, ou doente com problemas e dores por tod
a vida. A sua própria razão lhe mostrará a bondade de Deus para com você.
Participar de corrente de Umbanda, para os médiuns de Umbanda, já é um privilégio nem sempre merecido.
Aprenda com os Guias, os seus e dos outros médiuns. Pratique os ensinamentos que receber e você traçará o seu
futuro, onde colherá, através de seus atos, o seu sucesso ou o seu fracasso mediúnico.
AS QUEDAS
As quedas são mais comuns nos degraus inferiores da escada evolutiva e tanto mais dolorosas
e profundas se tornam quanto maior for o cabedal próprio de conhecimentos espirituais
adquiridos pelo Espírito.
“Estado de evolução” e “estado” de queda” são duas condições de caráter geral, em que se
encontram os Espíritos nas fases inferiores da ascese.
Essas são as condições que dominam no umbral que, como sabemos, é uma esfera de vida
purgatorial, bem como nos planos que lhe são, até um certo ponto, e de um certo modo,
imediatamente acima. Quando, porém, as quedas se acentuam devido a reincidências de
transgressões, elas levam os culposos às Trevas, esfera mais profunda, de provas mais
acerbas, situada abaixo da Crosta.
Entretanto em qualquer tempo ou situação o Espírito culposo pode retomar a evolução, voltando
à ascese, desde que reconsidere, arrependa-se e se disponha ao esforço reabilitador.
A misericórdia divina cobre a multidão dos pecados e dá ao pecador incessantes e renovadas
oportunidades de redenção. A redenção, pois, não é um acontecimento extraordinário, um ato de
“juízo final”, mas sim a manifestação da misericórdia de Deus em muitas oportunidades, no
transcurso do esforço evolutivo.
Mas, perguntarão: o fracasso, na tarefa mediúnica, não sendo reincidente, lança o médium
primário no estado de queda? Não, desde que este, no exercício das faculdades próprias, não
tenha cometido crimes contra o Espírito. Esse fracasso primário traz ao médium uma parada
na ascese evolutiva; fica ele em suspensão, aguardando nova oportunidade, temporariamente
inativo, dependendo de nova tarefa redentora, que lhe será ou não concedida conforme as
circunstâncias do fracasso: negligência, vaidade, cupidez etc.
Mas lançá-lo-á na queda se praticou o mal conscientemente; se permitiu que suas faculdades
fossem utilizadas pelos representantes das forças do mal; se orientou seu próximo por maus
caminhos, lhe destruiu no espírito a semente redentora da Fé, ou lhe perverteu os sentimentos
fazendo-o regredir à animalidade; enfim se deturpou a Verdade e lançou seu próximo ou a si
mesmo no caminho do erro e da iniquidade.
Há uma lei invariável que preside a este assunto: quando o médium se dedica à tarefa em
comunhão com os Espíritos do bem, está em estado de evolução; quando, ao contrário, a
despreza ou, por mau procedimento, dá causa ao afastamento desses Espíritos, cai então sob a
influência dos Espíritos do mal e entra em estado de queda.
A esse respeito diz André Luiz: “No campo da vida espiritual, cada serviço nobre recebe o salário
que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde. ”
E prossegue:
“Mediação entre dois planos diferentes sem elevação de nível moral é estagnação na
inutilidade”.
“O Pensamento é tão significativo na mediunidade, quanto o leito é importante para o rio”.
“Ponde águas puras sobre um leito de lama pútrida e não tereis senão a escura corrente da
viciação. ”
E mais: “Jesus espera a formação de mensageiros humanos capazes de projetar no mundo as
maravilhas do seu Reino”.
Paz a todos... (Livro: Mediunidade - Autor: Edgard Armond)