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CAPÍTULO 9

CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO - CEP

1. INTRODUÇÃO

 Produções seriadas;

 Produções não-seriadas;

 Prestação de serviços.

A) Processo com Interação de Insumos

Definição de Processo: seqüência de operações, procedimentos ou tarefas necessárias

para obtenção de um produto ou serviço.

Padrões de Qualidade: soma-se padrões operacionais e especificações do produto.

Algo mais?!?

Matéria-prima, equipamentos e mão-de-obra

Conceito de Processos como interação de Insumos:

INSUMOS PROCESSO PRODUTO

matéria- Produto
Empresa X
prima acabado
S.A.
equipamento dentro das
Operações
mão-de-obra especificações
(N)
método
B) Controle do Processo

Observação do comportamento das características significativas do produto ou do serviço

durante sua obtenção.

INSUMOS PROCESSO PRODUTO

matéria-
prima Produto ou
Operações
equipamento serviço
mão-de-obra
método

Eliminar Verificar
e
Prevenir

Diagnosticar Comparar
(causas)

Ciclo: identificação, eliminação e prevenção = > conhecimento sobre a influência dos

insumos sobre o processo.

Controle Estatístico do Processo: utilização de estatística nas fases: Verificar e

Comparar.
C) Controle do Produto

Atividade que garante o produto ou serviço dentro das especificações, através da

verificação de suas características após sua obtenção ter sido completada.

INSUMOS PROCESSO PRODUTO

matéria-
prima Produto ou
Operações
equipamento serviço
mão-de-obra
método

Verificar
Corrigir

Comparar Diagnosticar
(defeitos)

Exercício

1) Suponha que uma empresa fabricante de eixos tenha contratado a empresa Chabú
Transportes e Turismo Ltda. para efetuar o transporte de seus funcionários de casa para a
fábrica e vice-versa.
Horário de chegada: máximo às 7:50 h
Tabela com os horários de chegada em 55 dias:
7:40 7:50 7:54 7:52 7:53
7:40 7:47 8:03 7:47 7:48
7:43 9:02 8:04 7:49 7:48
7:45 7:55 7:52 7:50 7:48
7:46 7:56 7:52 7:50 7:45
7:48 7:53 7:51 7:50 7:46
7:48 7:53 7:51 7:50 7:45
7:46 7:54 7:49 7:47 7:39
7:48 7:50 7:49 7:47 7:40
7:52 7:50 7:50 7:59 7:51
7:53 7:51 7:49 7:51 7:54
O levantamento foi efetuado por fiscais na entrada do pátio do estacionamento, utilizando
um relógio digital. A cada atraso a transportadora paga certa quantia em dinheiro como
multa.
Pergunta-se:
a) Qual é o produto?
b) Quais as especificações desse produto?
c) Qual é o processo?
d) Como se controla o produto?
e) Como se controla o processo?
f) A transportadora é capaz de atender ao cliente?
g) Existem problemas significativos evidenciados nos resultado?
h) Que sugestões de melhoria você faria?

2. VARIABILIDADE

B) Variabilidade no Produto

 Antiguidade: produtos manuais = únicos, caros e baixa produção.

Artesão = controle dos insumos


 Produção em série: artesão = operário

Operário = sem visão de qualidade

Solução: especificações = variabilidade permitida em projeto ou variabilidade

permitida no produto.

Produtos: conformes ou não-conformes

 Resultado: fabricar, inspecionar e corrigir.

 Cabo de guerra: qualidade X produtividade

C) Variabilidade no Processo:

Problema real: fabricar componentes e produto final com a menor variação

economicamente viável.

= possível eliminação de inspeção!

“Embora todo processo produza variações no produto obtido, muitas vezes essa

variação pode apresentar-se controlada e em outras fora de controle”.

 Variação controlada: padrão de comportamento estatisticamente estável (constante

no tempo) = causas comum ao processo.

 Variação fora de controle: não manutenção de comportamento estatisticamente

estável = causas especiais.


Caminhos para Melhorar o Processo:

1. Variação controlada (processo estável e previsível): toda variabilidade

existente é inerente ao processo (variabilidade de processo), para reduzi-

la o processo precisa ser mudado (insumos).

2. Variação fora de controle (processo instável e imprevisível):

variabilidade maior do que aquela que o processo é capaz de produzir,

para reduzi-la é necessário controlar o processo.

3. GRÁFICOS DE CONTROLE (CARTA DE CONTROLE)

Ferramentas utilizadas para identificação de problemas durantes os procedimentos para

obtenção de produto e/ou serviços.

Medidas estatísticas:

 Tendência central: média e mediana

 Dispersão: amplitude, desvio-padrão e variância

 Distribuições: especialmente distribuição normal


A) FORMA DA CARTA DE CONTROLE

onde: intervalo = X ± 3S (ou µ ± 3σ)

LSC = X + 3S

LM = X

LIC = X – 3S

B. USO DOS GRÁFICOS DE CONTROLE

Identificação Identificação

Eliminação Eliminação

Prevenção Prevenção

Tempo
Identificação: gráfico de controle

Eliminação: conhecimento das causas

Prevenção: procedimentos e ações preventivas.


Interpretação das Cartas de Controle

Casos em que o processo não está sob controle estatístico.

1º Pontos fora dos limites 2º Muitos pontos próximos à LM

3º Muitos pontos próximos ao LSC ou LIC 4º Configuração não aleatória

5º 7 ou + pontos consecutivos acima 6º 7 ou + pontos consecutivos abaixo


da LM da LM

7º 7 ou + pontos consecutivos 8º 7 ou + pontos consecutivos


crescentes decrescentes

C. Tipos de Gráficos de Controle

C.1. Para VARIÁVEIS: - Para Média e Amplitude (X, R)


distribuição - Para Mediana e Amplitude (X, R)
contínua - Para valores individuais (X)

C.2. Para ATRIBUTOS: - fração defeituosa (p)


distribuição - número de defeituosos (n p)
discreta - número de defeitos (c)
- número de defeitos por unidade (u)
Expressões para Cálculo dos Limites de Controle

Tipo de Carta de Controle Limite Superior de Controle (LSC)


Limite Inferior de Controle (LIC)
Linha Média (LM)

LSC = X + A 2 R
X
LIC = X - A 2 R
LM = R

LSC = D 4 R
R
LIC = D 3 R
LM = R

LSC = X + 3S
X LIC = X - 3S
LM = X

p(1 - p)
LSC = p + 3
n
p(1 - p)
p LIC = p - 3
n
LM = p
Exemplos:
1. Gráficos de Medidas Individuais:
 Cálculo do desvio padrão (S), através da amplitude:

 Cálculo dos limites de controle:

 Recalcular os limites sem a causa especial:


 Os novos limites:

 Turno da noite:

 Amplitudes
2. Gráficos da Média e Amplitude:
 Os limites são:
3. Gráficos da Mediana e Amplitude:
4. Gráfico Tipo p:

N = 1000 peças/dia
n = 100 peças/dia
Após 30 dias:

Di defeit P Dia defeit P


1 11 0,11 16 10 0,10
2 8 0,08 17 9 0,09
3 13 0,13 18 4 0,04
4 6 0,06 19 7 0,07
5 11 0,11 20 11 0,11
6 4 0,04 21 9 0,09
7 15 0,15 22 20 0,20
8 9 0,09 23 19 0,19
9 12 0,12 24 10 0,10
10 9 0,09 25 6 0,06
11 12 0,12 26 13 0,13
12 10 0,10 27 9 0,09
13 9 0,09 28 9 0,09
14 8 0,08 29 12 0,12
15 9 0,09 30 8 0,08
4. CAPABILIDADE DO PROCESSO

Capacidade do processo em atender plenamente às especificações do Cliente ou da


Engenharia.

Relação entre: especificado e variabilidade do processo

A) Tipos de Capabilidade

 Capabilidade Efetiva (ou de processo)

 Capabilidade Potencial

 Mini Capabilidade

B) Índice de Capabilidade

 Índice Cpi

Se considerarmos: µ ± 3σ (existirá a possibilidade de itens fora


de especificação)
Então: faixa = µ ± 4σ

Cpi = 8σ / T

T = LSE – LIE

Cpi Processo
Cpi > 1 Incapaz; inspeção é necessária
0,75 < Cpi < 1 Capaz, porém são esperados itens fora de
especificação
Cpi ≤ 0,75 Perfeitamente capaz

 Índice Cpk

LSE - X X - LIE
C pks = C pki =
3σ 3σ
Cpk Processo
Cpk < 1,0 Incapaz; inspeção é necessária
1,0 < Cpi < 1,33 Capaz, porém são esperados itens fora de
especificação
Cpk ≥ 1,33 Perfeitamente capaz

 Índice Cp

Inverso de Cpi: Cp = T/ 6σ

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