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DINÂMICAS DE SEXUALIDADE

O Semáforo
Objetivo: Identificar temas de maior interesse em sexualidade.

Duração: 20 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, papel sulfite, pincéis atômicos, 03 círculos de papel
cartão nas cores vermelha, amarela e verde.

Desenvolvimento:

Trabalho individual (5 minutos):

1. O facilitador fornecerá folhas de sulfite e pincel atômico para cada participante.


2. Pedir a cada um que dobre em 3 partes a folha de sulfite, no sentido do
comprimento.
3. Em cada tira de papel (ou ficha), será escrita uma palavra que corresponda a um
tema de interesse próprio sobre sexualidade. Pode-se também escrever uma
pergunta, no caso de não se saber a que assunto ela pertença.
4. O facilitador colocará 3 círculos distanciados, lado a lado, no chão da sala.

Trabalho grupal (15 minutos):

1. Cada participante distribuirá suas fichas pelos círculos ou "sinais do semáforo",


dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre os temas.
2. O sinal vermelho representa muita dificuldade sobre o assunto, o amarelo
representa dificuldade média e o verde significa pouca dificuldade.
3. O facilitador pedirá aos jovens que passem pelos círculos e leiam os temas
escolhidos.
4. Solicitar que as fichas sejam enfileiradas abaixo de cada círculo, em ordem
decrescente, e que cada um escolha.

Sugestões para reflexão:

 Por que esses assuntos são importantes para os jovens?


 Sobre qual dos temas citados é mais difícil falar e por que?

 Qual o tema mais fácil? Por que?


Brincadeira do Saco
Objetivo: Auxiliar os adolescentes a manifestarem suas dúvidas sobre sexualidade e
reprodução.

Material: Sala ampla e confortável, folhas de papel, pincéis atômicos e saco de plástico.

Desenvolvimento:

1. O facilitador fornece folhas de papel e pincel atômico para os adolescentes.


2. Cada participante do grupo escreve em tiras de papel, sem colocar seu nome, os
temas ou perguntas que gostaria que fossem tratadas nos encontros.
3. Todas as tiras são colocadas em um saco.
4. Cada um retira do saco uma tira.
5. Cada pessoa lê, em voz alta, o que contém na tira que retirou.
6. Abre-se um espaço para os comentários e o grupo discute os temas e a
organização dos encontros.

Sugestões para reflexão:

 Sentimentos mobilizados.
 Facilidades e dificuldades em ouvir sobre os temas escolhidos por outros.

Resultado esperado: Estabelecimento, com a participação dos adolescentes, dos conteúdos


a serem tratados nos encontros.
Espelho Mental
Objetivo: Tomar consciência da imagem do seu próprio corpo.

Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, folhas de papel sulfite, lápis, toca-fitas e música lenta.

Desenvolvimento:

Orientação geral (5 minutos):

1. Pedir a todos os participantes que andem pela sala (descalços) ao som da música,
seguindo as instruções do facilitador:

 Andar na ponta dos pés.


 Andar apoiando o corpo no calcanhar.
 Andar na chuva.
 Andar em uma superfície quente.
 Andar passando por uma porta estreita.
 Andar em câmara lenta.
 Andar em marcha ré.

Os participantes não deverão tocar o corpo do outro colega.

2. Pedir a todos que parem onde estão, fechem os olhos, pensem na parte do seu corpo que
acham mais bonita e atrativa e guardem mentalmente essa imagem consigo.

Trabalho individual (10 minutos):

1. Solicitar a cada participante a se sentar, a pegar sua folha de papel sulfite e a procurar
esquematizar no papel a imagem captada pelo seu cérebro. Não colocar o nome.

2. Lembrar que é somente um esquema e não um desenho artístico.


Trabalho em grupo (35 minutos):

1. Pedir a cada participante que vire o esquema para baixo e aguarde.

2. Quando todos terminarem, pedir que façam as folhas circularem, com o esquema para
baixo.

3. Pedir-lhes que parem de passar quando as folhas atingirem a metade do círculo, e que
desvirem-nas.

4. Cada participante, com uma folha nas mãos, comentará ou mostrará o que a pessoa
conseguiu passar de sua imagem mental.

5. Quando todos terminarem a tarefa, pedir que façam circular todos os esquemas, para
serem vistos.

6. Cada participante guardará sua folha.

Sugestões para reflexão:

 Mudanças físicas da adolescência.


 Satisfação de homens e mulheres com suas formas físicas.
 Resultado esperado:
 Compreensão dos aspectos anatômicos através do desenho de homens e
mulheres.
 Correção das possíveis distorções acerca dos aspectos anatômicos.

 Possibilidades de avanço no tema com a montagem da história do personagem _


a partir dos desenhos produzidos pelos grupos (quem é, o que faz, o que gostaria
que acontecesse na sua vida e família).
Expressando a Sexualidade
Objetivo: Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade.

Duração: 1 hora

Material: Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas,
jornais atuais e cola.

Desenvolvimento:

Atividade Individual

1. Facilitador pede aos adolescentes para pensarem em algo que tenham visto,
ouvido, falado ou sentido, sobre sexualidade.
2. Solicita aos participantes que guardem esses pensamentos para si. Não é
necessário escrevê-los.

Atividade em pequenos grupos

1. Forma grupo de 5 adolescentes e solicita que conversem sobre as situações em


que a sexualidade é manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2. Entrega revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos grupos.
3. Solicita aos grupos que montem um painel com figuras, anúncios e textos
relacionados com a sexualidade.

Atividade de grande grupo (todos os participantes)

1. Após a elaboração do painel, pede a cada grupo que eleja um representante para
falar do processo de discussão e montagem do painel.
2. Cada representante de grupo coloca seu painel na parede da sala e explica para o
grande grupo o seu significado.
3. Após as apresentações dos representantes, abre o debate para todos os
participantes.
4. O facilitador pode fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar a
reflexão sobre as manifestações da sexualidade em diferentes culturas.

Sugestões para reflexão:

 Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo?


 De que maneira a sexualidade pode ser expressada?
 Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade?
 Que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia?

Resultado esperado: Debate das concepções do grupo sobre sexualidade e suas diferentes
maneiras de expressão.
Jogo da Auto-estima
Objetivo: Explicar aos jovens o que é auto-estima e o que influi nela.

Duração: 20 a 30 minutos.

Material: Folhas de papel para cada membro do grupo.

Desenvolvimento:

1. Pergunte ao grupo se alguém sabe o que é "auto-estima". Se ninguém souber,


explique que a auto-estima é a forma como uma pessoa se sente a respeito de si
mesma, e que a auto-estima está estreitamente relacionada com nossa família e
nosso meio ambiente. Mostre que, a cada dia, enfrentamos situações que afetam
o modo como nos sentimos a respeito de nós mesmos. Por exemplo, se
brigarmos com nossos pais ou se um amigo nos critica, isso pode prejudicar
nossa auto-estima.
2. Entregue uma folha de papel para cada participante, explicando que representa
sua auto-estima. Explique que você lerá uma lista de situações que podem
ocorrer, ocasionando prejuízo à nossa auto-estima.
3. Diga que cada vez que você ler uma frase, eles devem arrancar um pedaço da
folha de papel, na mesma proporção em que essa situação afetaria a auto-estima.
Dê um exemplo: leia a primeira frase, rasgue um pedaço de sua própria folha de
papel, dizendo: "Isso me afeta muito, ou isso não me afeta muito".
4. Leia as frases que julgar adequadas, ou crie suas próprias frases.
5. Depois de ler todas as frase que afetam a auto-estima, explique que agora eles
vão recuperar a auto-estima. Diga que reconstituirão sua auto-estima aos
pedaços, também.
6. Comente os pontos de discussão.

Observação: Certifique-se deter a mesma quantidade de frases para reforçar a auto-estima


e para enfraquecê-la. Adapte ou crie frases, de forma que reflitam o mais fielmente possível
as situações vividas pelos jovens em sua comunidade.

Afetar a auto-estima (imagine que, na última semana, aconteceu o seguinte:)

1. Uma briga com seu/sua namorado


2. Seu chefe ou seu professor criticou seu trabalho
3. Um grupo de amigos íntimos não o convidou para um passeio
4. Seu pai ou sua mãe o chamou de malcriado
5. Umo amigo revelou um segredo que você contou a ele
6. Surgiu um boato sobre sua reputação
7. Seu/sua namorado o deixou por causa de outro
8. Um grupo de amigos zombou de você por causa de sua roupa ou de seu
penteado
9. 9. Você tirou péssimas notas numa prova, ou fracassou no trabalho
10. 10. Seu time de futebol perdeu um jogo importante
11. 11. Umo menino de quem você gosta recusou um convite para sair com você

Recuperar a auto-estima (Na última semana, imagine que aconteceu o seguinte:)

1. Algumo colega de trabalho ou da escola pediu seus conselhos sobre um assunto


delicado
2. Um rapaz/uma moça de quem você gosta convidou-o para sair
3. Seu pai ou sua mãe lhe disse que gosta muito de você
4. Você recebeu uma carta ou um telefonema de umo amigo
5. Você tirou boas notas numa prova, ou se saiu bem em seu trabalho
6. Um rapaz/uma moça aceitou seu convite para sair
7. Seu time ganhou um jogo importante
8. Seus colegas da escola o escolheram como líder
9. Você ganhou uma bolsa de estudos
10. Seu/sua namorado mandou-lhe uma carta de amor
11. Todos os seus/suas amigos elogiaram sua roupa ou seu penteado

Sugestões para reflexão:

 Todos recuperaram sua auto-estima?


 Qual foi a situação que mais afetou sua auto-estima? Por quê?
 E qual causou menos danos?
 Qual foi a situação mais importante na recuperação da auto-estima?
 Que podemos fazer para defender nossa auto-estima quando nos sentimos
atacados?
 Que podemos fazer para ajudar nossos amigos e familiares quando sua auto-
estima está baixa?
 Crie alguns pontos de discussão para as perguntas que surgirem.

Atividades Opcionais:

1. Peça aos jovens que façam uma lista sobre como reagiriam a situações que
afetassem sua auto-estima, como poderiam se defender do efeito que essas
situações pudessem causar.

2. Peça aos jovens que elaborem uma lista, durante um dia, sobre coisas ou fatos
que melhoraram sua auto-estima, e que apresentem suas listas em pequenos
grupos.
Adolescer
Objetivo: Possibilitar aos jovens uma reflexão sobre como percebem o processo da
adolescência.

Duração: 1 hora

Material: Sala ampla, aparelho de som, papel sulfite, lápis de cor ou cêra e hidrocor.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicitará ao grupo que faça um desenho representando como eles


percebem a fase da adolescência.
2. Após a realização dos desenhos, solicitar aos jovens que escrevam algo sobre:
Adolescência é...
3. Cada adolescente irá falar a respeito de seu desenho, relatando como
caracterizou a adolescência.

Sugestões para reflexão:

 Como o adolescente se percebe?


 Como o adolescente é visto pela Sociedade?
 De que forma o adolescente contribui com as transformações sociais?
Descobrindo a Adolescência
Objetivo: Conversar sobre o que é ser adolescente hoje e auxiliar os adolescentes a
identificarem suas possibilidades.

Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla, folhas de papel, pincéis atômicos para cada participante.

Desenvolvimento:

Com o grupo todo reunido, o facilitador solicitará a realização das seguintes tarefas:

1. Falar da infância:
o Imagine uma criança, seu nome, idade, o que ele gosta de fazer e de
brincar.
o Representem o que imaginaram através de um objeto.

o Falem do seu objeto para o grupo e, juntos, definam (numa frase ou


numa imagem) o que é ser criança.
2. Falar da adolescência:
o Pensem que a criança cresceu e entrou na adolescência.

o Falem sobre o que aconteceu com ela.

o Escolham um objeto que represente o adolescente ou sua própria


adolescência.
o os adolescentes apresentam seus objetos, conversam e definem o que é
adolescência.
o Discutem qual o objeto que representa melhor a passagem da
adolescência para a vida adulta.
3. Falar do novo na adolescência:
o Solicitar que os participantes façam uma lista de acontecimentos
importantes em suas vidas, destacando a "primeira vez" em que
ocorreram.

Sugestões para reflexão:

 Refletir se é fácil ser adolescente.


 Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras.
 Com quem os adolescentes conversam sobre essa etapa de suas vidas.

Resultados esperados:

Verbalização de diferentes e semelhantes histórias de vida.

Oportunidade de reconhecer mudanças físicas e identificar pessoas com quem dividir essa
etapa da vida.

Possibilidade de avanço no tema com a montagem de uma história, a partir da lista por eles
elaborada. Montam a história, criam personagens e enredos. Encenam ou relatam para o
grupo e juntos discutem as cenas.

Observação:

Podem surgir situações como o primeiro beijo, o primeiro não, a primeira transa e outras. O
facilitador não deve sugerir, ele deve esperar trabalhar com o material que surge do grupo,
inclusive com o silêncio e as inibições que possam eventualmente aparecer, tentando
apontar seu significado.
Jogo das Aparências
Objetivo: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem na
comunicação e percepções sobre outra pessoa.

Duração: 30 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, canetas e música alegre e
movimentada.

Desenvolvimento:

1. Facilitador entrega um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco


para cada um dos participantes.
2. Pede para cada adolescente escrever no papel 3 características pessoais, de
maneira que, a partir dessas características, elo possa ser identificada pelos
outros participantes.
3. A seguir, os participantes dobram o papel e colocam-no dentro do balão.
4. Cada pessoa enche seu balão e quando estiverem cheios, devem ser todos
jogados para cima, ao mesmo tempo e ao som de música animada.
5. Quando a música parar, cada um pega o balão que estiver na sua frente e o
estoura.
6. Finalmente, cada adolescente lê o papel que encontrou dentro do balão e tenta
identificar a pessoa que tem as características descritas.

Sugestões para reflexão:

 Como adquirimos os estereótipos?


 Por que muitas vezes as aparências enganam?
 Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das pessoas?
De que maneira?
 Tudo o que parece ser é? E o que é parece ser?

Resultado esperado:

Reflexão sobre o modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros e
sobre os estereótipos conhecidos pela comunidade.
Eu era assim fiquei assim
Objetivos: Construir coletivamente o conceito de adolescência e evidenciar o
conhecimento já existente no grupo sobre o tema em pauta.

Duração: 40 minutos.

Material: Folhas grandes de papel pardo, canetas pilot de 4 cores, caixas de gizão de cera,
fitas crepe, tubos de cola branca, tesouras, revistas velhas, sucatas em geral.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em dois subgrupos. Cada subgrupo, após discutir o tema a ser
desenvolvido, fará dois grandes cartazes coletivos sobre as características de uma criança e
de umo adolescente brasileiro. Um subgrupo abordará o sexo masculino e o outro, o sexo
feminino.

Sugestões para reflexão:

 Os cartazes serão apresentados e discutidos em plenária. A discussão será


aprofundada pelo facilitador, com análise dos tópicos do tema o que é
adolescência, tendo como base o que foi expresso nos cartazes e o que faltou.
 As novas idéias que surgirem deverão ser acrescentadas aos cartazes ou escritas
em uma folha de papel pardo, que será pregada ao lado deles. Depois da
discussão, será construído o conceito coletivo de adolescência, que deverá ser
exposto em local visível.

 Refletir com o grupo se as características levantadas são exclusivas dos


adolescentes ou se pertencem também às outras faixas etárias, como a dos
adultos. Ex.: Rebeldia (característica que pode ser do adolescente e do adulto).
Eu era assim fiquei assim - II
Objetivos: Aprofundar a análise e o conhecimento sobre a fase evolutiva da
adolescência e evidenciar o conhecimento já existente no grupo sobre o tema em pauta.

Duração: 20 minutos.

Material: Cartelas de cartolina amarela, branca e verde, fita crepe e canetas pilot.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em 4 subgrupos. Pedir-lhes que observem os cartazes já prontos


e escrevam nas cartelas amarelas as modificações biológicas que encontrarem
nos cartazes, referentes à maturação sexual; nas cartelas brancas deverão
escrever as modificações do crescimento esquelético e nas verdes as outras que
encontrarem e que não se encaixarem nessas duas modalidades.
2. Unir os subgrupos de dois em dois para que analisem o trabalho que fizeram,
acrescentando nas cartelas as modificações pubertárias que estão faltando. As
cartelas serão pregadas com fita crepe em papel pardo, separadas por cores.

Sugestões para reflexão:

 Pregar esses trabalhos em local visível e analisá-los em plenário. Construir um


trabalho coletivo com todas as modificações encontradas, colando-as sob o título
correspondente, cuidando para que essas modificações não estejam repetidas ou
faltando alguma. Colocar esse trabalho em local visível.

 Durante o trabalho coletivo, o facilitador desfará os equívocos e as dúvidas e


aprofundará o tema.
Linguagem Popular
Objetivo: Introduzir a terminologia científica e fazer com que os jovens se sintam mais
à vontade em relação a ela.

Duração: 20 a 35 minutos.

Material: Folhas de papel e canetas.

Observação: Antes de apresentar esta atividade, escreva em cada folha de papel um dos
seguintes termos:

 Mulher Ato sexual


 Homem Masturbação
 Seios Testículos
 Pênis Menstruação
 Vagina Sexo oral
 Homossexual

Desenvolvimento:

1. Introduza a atividade dizendo que os adultos e os adolescentes usam muitos


termos populares relacionados com a sexualidade.
2. Espalhe as folhas de papel pelo chão da sala. Em cima de cada uma, coloque
uma caneta.
3. Peça a todos que escrevam nas folhas os termos equivalentes que conhecem.
Devem ter inteira liberdade para escrever qualquer palavra.
4. Marque 15 minutos.
5. Em seguida, reúna o grupo para a discussão.
6. Peça a voluntários que leiam as listas em voz alta. Pergunte ao grupo como se
sentiu e em quê pensava ao desenvolver esta atividade.

7. Comente sobre o significado sóciocultural dos termos identificados e suas


implicações nas relações.
Linha da Vida
Objetivos: Lembrar dos acontecimentos e sentimentos importantes nas diversas fases
da vida.

Duração: 20 minutos.

Material: Aparelho de som CD e fita com músicas que lembram as fases da vida.
Desenvolvimento:

1. 1. Colocar a música e pedir que se movimentem de acordo com o ritmo da


música, procurando fixar as lembranças e sentimentos que vão surgindo.

2. 2. No final, relatar os acontecimentos e sentimentos e relacioná-los ao período


da vida em que ocorreram.
Linha da Vida - II
Objetivo: Refletir sobre a vivência da sexualidade nas diferentes fases da vida.

Duração: 1 hora.

Material: 08 folhas de papel pardo, caneta hidrocor, fita adesiva, texto Confúcio.

Desenvolvimento:

1. 1. Colocar uma folha na extensão da folha de papel pardo, com uma linha no
meio separando por fases da vida:
o CRIANÇA;

o ADOLESCENTE ;

o ADULTO;

o IDOSO;

2. 2. Escrever na folha os fatos que marcaram em cada fase da vida.


3. 3. Apresentação das conclusões do grupo.
4. 4. Leitura e comentários do texto de Confúcio.

Sugestões para reflexão:

 Como vivenciamos a sexualidade e as mudanças em cada fase do


desenvolvimento?
 Como vivenciamos as vantagens e as limitações em cada fase do
desenvolvimento?
 Como vivermos plenamente cada fase de nossa vida?

Leitura do texto:

"Aos quinze anos orientei meu coração para aprender


Aos trinta plantei meus pés firmemente no chão
Aos quarenta, não mais sofria de perplexidade
Aos cinqüenta, sabia quais eram os preceitos do céu
Aos sessenta, eu ouvia com ouvido dócil
Aos setenta, eu podia seguir as indicações do meu próprio coração, pois o que eu
desejava não mais excedia as fronteiras da justiça." (Confúcio)
Conhecimento do Corpo
Objetivo: Fazer uma reciclagem sobre os conhecimentos de anatomia e fisiologia do
sistema reprodutor masculino e feminino.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla, folhas grandes (2 metros) de papel pardo e pincéis atômicos.

Desenvolvimento:

Atividade em pequenos grupos

1. Com o grupo todo reunido, divida os participantes em grupos de 3 ou 4


adolescentes.
2. Distribua o material para a atividade (folha de papel pardo e pincel atômico)
entre os grupos.
3. Peça para os participantes desenharem como se vêem por fora e por dentro.
4. Peça para destacar o que mudou na adolescência, usando pincel de uma
determinada cor.
5. Explique que os desenhos não precisam ser bonitos e que ninguém vai corrigí-
los.
6. Após a confecção dos desenhos, eles deverão ser guardados sem nenhum
comentário.
7. Inicia-se, então, o grupo de estudos. Após a discussão nos grupos de estudos,
com as novas informações recebidas, cada grupo faz a correção do seu desenho.

Sugestões para reflexão:

 Mudanças físicas da adolescência.


 Satisfação de homens e mulheres com suas formas físicas.

Resultados esperados:

 Compreensão dos aspectos anatômicos através do desenho de homens e


mulheres.
 Correção das possíveis distorções acerca dos aspectos anatômicos.

 Possibilidade de avanço no tema com a montagem da história do personagem - a


partir do desenhos produzidos pelos grupos (quem é, o que faz, o que gostaria
que acontecesse na sua vida e família).
Masturbação: Mitos e Realidade
Objetivo: Discutir o que é masturbação e por que tantos mitos cercam esta prática
sexual.

Duração: 50 minutos.

Material: Cópia do Caça-Palavras para todos, cópia dos textos Perguntas e Respostas sobre
a Masturbação e Você sabia que... para todos.

Desenvolvimento:
1. O facilitador solicita que façam o Caça-Palavras

Caçando palavras

Leia o texto abaixo e depois procure e marque as palavras EM DESTAQUE, no texto, no


diagrama de letras. Elas podem estar na horizontal, na vertical e de trás para frente.

P: É verdade que a MASTURBAÇÃO afina o pênis?

Não, não é verdade.


A masturbação não afina o PÊNIS, não deforma a VAGINA, não dá espinha, não
emagrece, não deixa ninguém louco, não faz crescer pêlos na palma da mão e nem
interfere no TESÃO.
Isso tudo são mitos muito antigos. A masturbação é um ato que acompanha a vida
inteira das pessoas e cuja freqüência depende da idade, das experiências e dos
ENCONTROS de cada um.
Os ADOLESCENTES, tanto as meninas quanto os meninos, costumam masturbar-se
mais do que os adultos porque é nessa faixa etária que os HORMÔNIOS SEXUAIS
começam a se desenvolver. Além do mais, a masturbação nessa fase da vida tem um
sentido exploratório, de pesquisa e experimentação do próprio CORPO na busca das
áreas mais PRAZEROSAS.

Enfim, a masturbação é uma prática comum e natural de se buscar PRAZER, de conhecer o


próprio corpo e de se preparar para uma vida sexual gostosa.

DSROPROCAETZEAEFEZWPSQAXEFWCRYY
POILPPMLKPJGOPPEMOSEMOFLHMBPVRA
RMADOLESCENTEPDPAEPNSPEIOEUOAIE
AHORMONUPDPDWPKLAOLILFJEFFERPAO
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EPHISIAUXESSOINOMROHPMIPGEPOEIO
RKPLPOOORPRAZEROZAPEPAPAEIOUPAI
PRMASTURBAÇAOPRQPAOASETJPBHSEQR

2. Cinco minutos depois, pergunta quem conseguiu achar todas as palavras.

3. Junto com eles, identifica o mito sobre masturbação no texto e levanta outros.

4. Finaliza, definindo o que é masturbação e em seguida solicita que um aluno leia as


Perguntas e Respostas sobre Masturbação e que outro leia o texto Você sabia que...

Perguntas e Respostas sobre Masturbação

P: O que é masturbação a dois? Isso é normal?

É, sim. A masturbação a dois é uma prática erótica na qual os namorados ficam se


acariciando até chegarem ao orgasmo. É considerada uma forma de se praticar sexo seguro
pois, não existindo a penetração, não transmite o vírus da aids.

P: Por que me sinto culpado toda vez que me masturbo?

Isso acontece porque muitos de nós receberam uma educação sexual repressora que vê o
sexo como uma coisa feia e suja. Mas não existe motivo nenhum para se sentir culpado: a
masturbação é um ato natural e não traz nenhum tipo de problema, nem físico nem
psicológico.

P: Eu me masturbo todo dia. Será que quando eu tiver relações sexuais o meu/minha
namorado vai perceber isso?

Não, nem o menino nem a menina têm como saber se o outro se masturba ou não.

Você sabia que...

 A palavra masturbação vem do latim mano stuprare que significa sujar com as
mãos, carregando assim um forte significado negativo? Por este motivo,
alguns/as sexólogos querem mudar o nome masturbação para auto-erotização.
 A masturbação pode ser a primeira maneira de uma pessoa experimentar prazer
sexual?
 A masturbação é muito comum entre homens e mulheres de todas as idades?
 A freqüência da masturbação varia de pessoa para pessoa e não existe nenhum
padrão do que é uma quantidade normal ou anormal?
 Objetos que possam machucar o próprio corpo ou o corpo do outro não devem
ser usados na masturbação?

 A masturbação, seja sozinho ou com umo parceiro, é uma das maneiras de sentir
prazer sexual sem arriscar uma gravidez ou uma doença sexualmente
transmissível, inclusive a aids?
Por quê tanta diferença?
Objetivo: Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre homens e
mulheres na sociedade.

Duração: 40 minutos.

Material: Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas e cartolinas ou papel manilha.

Desenvolvimento:

1. Dividir os participantes em 6 grupos:


o 02 grupos do sexo masculino.

o 02 grupos do sexo feminino.

o 02 grupos mistos.

2. Solicitar a 1 grupo do sexo masculino, 1 do sexo feminino e 1 grupo misto a


discutirem em subgrupos:
o As vantagens de ser mulher.

o As desvantagens de ser mulher.

3. Solicitar 1 grupo do sexo masculino, 1 do sexo feminino e 1 grupo misto a


discutirem em subgrupos:
o As vantagens de ser homem.

o As desvantagens de ser homem.

Após a discussão, deverão preparar uma lista com as referidas vantagens e desvantagens de
ser homem ou mulher.

Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta seus resultados.

Observação:

Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos pensem sobre as vantagens e, às


desvantagens de ser mulher e vice-versa.

Dessa forma, um sexo se colocará no lugar do outro.

Sugestões para reflexão:

 Qual a origem dessas diferenças?


 Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
 Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
 Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
 É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em "mulher" e vice-
versa?

 O que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e "fêmea"?


Masculino ou Feminino
Objetivo: Evidenciar as diferenças entre os papéis sexuais dentro do nosso contexto
cultural.

Duração: 30 minutos.

Material: Uma caixa, frases com comportamentos, papel pardo, hidrocor e aparelho de som.

Desenvolvimento:

1. Peça ao grupo que se sente em círculo. A seguir, coloque a música e entregue a


caixa com comportamentos escritos em pequenos papéis aos participantes. Ao
parar a música, quem tiver a caixa na mão deverá sortear um comportamento,
sem olhar; deverá lê-lo e classificá-lo enquanto masculino ou feminino. Esta
classificação deverá ser registrada em papel pardo.
2. Ao final, analise os registros e discuta com o grupo acerca da classificação dos
comportamentos enquanto masculinos ou femininos.

FAZER CURSO DE INFORMÁTICA


TOMAR A INICIATIVA SEXUAL
URINAR EM PÉ
SAIR PARA UM CHOPP
PASSAR A ROUPA DA FAMÍLIA
SER GERENTE DE HOTEL
USAR ROUPAS ÍNTIMAS DELICADAS
TOMAR INICIATIVA PARA NAMORAR
USAR COSMÉTICOS
DIRIGIR CAMINHÃO
ORIENTAR SEXUALMENTE OS FILHOS
SER SENSÍVEL
CHORAR EM FILMES DRAMÁTICOS
USAR BRINCOS
TER FORÇA E CORAGEM
TER DOCILIDADE E ROMANTISMO
LAVAR LOUÇA
TER ESPÍRITO PRÁTICO
FUMAR CHARUTO
Mensagens dos Meios de Comunicação
Objetivo: Reconhecer algumas mensagens transmitidas pela televisão e outros meios de
comunicação, sobre os papéis sexuais e as relações pessoais.

Duração: 50 minutos.

Material: Ficha de Trabalho.

Observação: Antes de propor esta atividade, verifique se é adequada para a comunidade


onde você está trabalhando. Nas áreas rurais, por exemplo, a televisão pode não ser muito
comum. Nesse caso, utilize revistas, rádio e outros meios de comunicação existentes. (Leia
"Atividades Opcionais"). Se nem todos os participantes do grupo tiverem televisão, uma
opção é gravar em vídeo alguns anúncios e programas e assistir juntamente com o grupo.

Desenvolvimento:

1. Sem muitas explicações, peça ao grupo que assista a programas de TV durante


duas horas.
2. Informe que as duas horas devem incluir pelos menos cinco anúncios, um
programa sobre família e uma novela sobre relações entre casais.
3. Distribua uma Ficha de Trabalho "Mensagens dos Meios de Comunicação" a
cada participante e peça-lhe que a preencha quando terminar de assistir aos
programas. Você pode dar alguns exemplos.
4. Solicite aos jovens que tragam a Ficha de Trabalho na sessão seguinte, quando
serão discutidos os seguintes pontos:

Sugestões para reflexão:

Parte I

1. Em que tipos de atividades estiveram envolvidos os homens e as mulheres?


2. Você percebeu alguns padrões nos quais homens e mulheres estivessem
representados?
3. Que tipos de produtos eram anunciados pelas mulheres? E pelos homens?
4. Você acha que os anúncios são realistas?
Parte II

1. Que papéis foram desempenhados por homens e mulheres em relação à família?


2. Quem exercia papel dominante nas famílias? Alguém representou algum papel
não tradicional?
3. A família apresentada no programa parecia real?
4. Quem eram os personagens que estavam envolvidos em relações românticas no
programa sobre casais?
5. Os casais apresentados eram casados?
6. As relações românticas mostradas pareciam realistas?
7. Você acha que a televisão reflete os valores de sua família? Ou de seus amigos?

Atividades opcionais:

1. Se na comunidade não existe televisão ou se deseja explorar outras fontes de mensagens,


o coordenador pode propor uma "pesquisa sobre mensagens dos meios de comunicação".
Esta atividade assemelha-se à "pesquisa sobre estereótipos" e consiste em procurar
exemplos de estereótipos e mensagens sexuais na comunidade, incluindo cartazes, filmes,
pessoas e eventos.

A seguir, estão alguns exemplos de imagens que os participantes podem apresentar:

 Uma mulher como objeto sexual.


 Um homem machista.
 Uma mulher vítima de violência.
 Uma imagem promovendo a promiscuidade.
 Uma imagem promovendo a paternidade responsável.

A discussão deve iniciar o conteúdo da mensagem e o que podemos fazer para mudar as
imagens estereotipadas ou irreais pelos meios de comunicação.

2. Outra alternativa para esta atividade é solicitar que cada participante traga três dos seus
anúncios preferidos. Peça que cada um apresente os anúncios ao grupo e que responda às
seguintes perguntas:

 Que imagem das mulheres é apresentada?


 Que imagem dos homens é apresentada?
 O que esses anúncios mostram como sendo "correto" fazer?
 Como os anunciantes dizem que você mudará se consumir seus produtos?
 Você gostaria de que sua irmã ou seu irmão menor seguisse o modelo no anúncio? Por
quê?

Ficha de Trabalho - Mensagens dos meios de comunicação


PARTE I:
Analise 5 comerciais de televisão e preencha as lacunas. Observe o exemplo.

Nome do Produto Papel do Personagem Sexo Local

Exemplo Cera para chão Dona-de-casa - Cozinha

Com.1
______________________________________________________________________

Com.2
______________________________________________________________________

Com.3
______________________________________________________________________

Com.4
______________________________________________________________________

Com.5
______________________________________________________________________

PARTE II:

Agora, assista a um programa de TV sobre família e descreva os principais personagens:

Nome do Programa:
___________________________________________________________

Personagens Sexo Características e atitudes

1.
_________________________________________________________________________
_

2.
_________________________________________________________________________
_

3.
_________________________________________________________________________
_

4.
_________________________________________________________________________
_

5.
_________________________________________________________________________
_
PARTE III:

Assista a uma novela sobre casais e relações. Que mensagens sobre amor e sexo são
veiculadas?

Nome do Programa:
___________________________________________________________
Mensagens de amor e sexo:

_________________________________________________________________________
___

_________________________________________________________________________
___

_________________________________________________________________________
___
 
Estou Satisfeito como Sou
Objetivo: Conscientizar os participantes do grupo sobre seus sentimentos em relação ao
sexo a que pertencem.

Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Papel, canetas e fita adesiva.

Desenvolvimento:

1. 1. Divida o grupo em pequenos subgrupos do mesmo sexo.


2. 2. Peça que pensem em todos os finais possíveis para as seguintes frases: Grupos
de moças: "Estou satisfeita em ser mulher porque..." Grupos de rapazes: "Estou
satisfeito em ser homem porque..."
3. 3. Dê exemplos.
4. 4. Peça que cada subgrupo complete a frase, anotando as respostas numa folha
de papel, durante aproximadamente 10 minutos.
5. 5. A seguir, peça aos grupos que façam o mesmo com outra frase: Grupos de
moças: "Se fosse homem, eu..." Grupos de homem: "Se fosse mulher, eu..."
6. 6. Peça que anotem os finais para as frases, durante 10 minutos.
7. 7. Peça a voluntários de cada subgrupo que copiem as frases de seu subgrupo no
quadro-negro, na seguinte ordem:
1. Respostas das moças:
Estou satisfeita em ser mulher. "Se fosse homem, eu ... Porque..."
2. Respostas dos rapazes:
Estou satisfeito em ser homem. "Se fosse mulher, eu... Porque..."
8. 8. Promova uma discussão sobre os seguintes pontos:

o Algumas das respostas foram iguais para os dois grupos?


o Foi difícil pensar em razões pelas quais estão satisfeitos com seu sexo?
o Foi difícil pensar nas vantagens de pertencer ao outro sexo?
o Quais das vantagens em ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
o É possível ser homem e ter ou fazer algumas das coisas listadas em
"mulher"? (e vice-versa?)
o Podemos pensar em alguma mulher conhecida que apresente algumas
das características listadas em "homem"? (e vice-versa?)
o Que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e
"fêmea"? O que significa o termo "andrógino"?

Atividades opcionais: Outra atividade que pode ajudar o grupo a entender qual o papel
"atual" do homem e da mulher é "O Marciano". Consiste em se tentar explicar a um
"marciano" as diferenças entre homens e mulheres. O coordenador do grupo é um
"marciano" recém-chegado ao nosso planeta que quer saber quais são as diferenças entre
homens e mulheres, uma vez que em Marte, tais diferenças não existem. O marciano pede
ao grupo que mencione todos os tipos de diferenças: físicas, psicológicas, sentimentos,
pensamentos e de expressão das emoções. Depois, quer saber quais as que não se alteram
com o tempo, o lugar, a cultura. Só devem restar as diferenças físico-sexuais. Como tema de
discussão, pede-se ao grupo que reflita como, a partir de diferenças físicas, o processo de
socialização nos leva a comportamentos diferentes para homens e mulheres (Esta atividade
foi adaptada de Peru-Mulher, Lima, Peru).
Relações Masculinas e Femininas
Objetivo: Analisar a maneira pela qual o fato de ser homem ou mulher afeta as reações
das pessoas e suas relações.

Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Ficha de Trabalho.

Desenvolvimento:

1. Distribua a Ficha de Trabalho.


2. Divida o grupo em subgrupos e peça que cada um escolha um relator.
3. Escolha um caso para cada subgrupo.
4. Solicite um jovem de cada subgrupo para que leia o caso indicado, em voz alta,
para o seu subgrupo.
5. Cada subgrupo deverá analisar as seguintes questões:
o Como você reagiria nesta situação?

o Como você acha que seus pais teriam reagido quando eram jovens?

6. Após 10 minutos, reúna todo o grupo para comentar as reações apresentadas e os


pontos de discussão.

Sugestões para reflexão:

 Peça a voluntários que expliquem por que teriam aquelas reações e como
acreditam que as pessoas reagiriam 20 anos atrás.
 O que mudou?
 O que provocou essas mudanças?
 De que forma os papéis sexuais afetaram as relações entre homens e mulheres?
Você considera essas mudanças positivas ou negativas?

Atividades opcionais: Peça aos jovens que conversem com seus pais a respeito das reações
a essas situações 20 anos atrás e perguntem a eles que reações teriam. Discuta na sessão
seguinte.

Ficha de Trabalho - Reações Masculinas e Femininas


Estudo de casos

1. Miguel vai convidar Laura para sair com ele pela primeira vez. Ele gostaria de
jantar fora e depois ir ao cinema. Miguel acha que Laura deveria dividir a conta
com ele. O que deve fazer? O que ela deve fazer?

2. Rosa está interessada em Roberto há alguns meses. Ela acha que ele também
está interessado nela, mas que é muito tímido para convidá-la para sair. Rosa
pensa em falar com ele e convidá-lo para sair com ela, mas tem medo de
assustá-lo. O que acontecerá se ela o convidar?

3. Marina e José estão casados há dois anos. Os dois sempre trabalharam fora.
Agora Marina está grávida, mas quer voltar a trabalhar o mais rápido possível,
após o parto. Seu marido quer que ela fique em casa até que a criança entre na
escola. O que ela deve fazer?

4. Samuel quer comprar uma boneca para seu irmão de 3 anos. Ele já viu
algumas muito bonitas na loja. Mas, quando comenta isso com seu amigo João,
este responde: "Meninos não brincam com bonecas". O que Samuel deve fazer?

5. Margarida está doente e Carlos lava a roupa e cozinha, porque eles não têm
dinheiro para pagar uma empregada. Carlos começa a perceber que seus amigos
zombam dele e dizem que essas tarefas são para as mulheres. O que Carlos pode
fazer para que seus amigos deixem de aborrecê-lo, sem magoá-los nem brigar
com eles?

6. Maria e Pedro vivem no campo e estão casados há pouco tempo. Pedro vai à
capital para trabalhar durante dois meses. Enquanto ele está fora, a casa tem de
ser reparada e pintada devido aos estragos provocados pelas chuvas. Como Pedro
está ausente, Maria tem de fazer o serviço. Quando Pedro volta, seus amigos o
recriminam por não cuidar de sua mulher. O que ele deve fazer? Maria agiu
corretamente?
 
Árvore dos Valores
Objetivo: Fazer com que o grupo perceba como se dá a construção e a reprodução dos
papéis de gênero.

Duração: 50 minutos.

Material: Folhas de sulfite/papel ofício divididas em três partes, canetas hidrográficas, fita
crepe ou gomada e cartaz com desenho de uma árvore com raiz aparente, tronco e galhos,
com aproximadamente 2 m de altura.

Desenvolvimento:

1. Colar o cartaz com a árvore na parede.


2. O facilitador solicita que o grupo se divida em subgrupos e discuta todas as
instruções, frases, brinquedos e brincadeiras que são dadas para meninos e
meninas, diferentemente.
3. Pede que escrevam cada uma delas em uma parte da folha de sulfite.
4. Quando terminarem, cada grupo fixa suas folhas na raiz da árvore.
5. Depois, pede que reflitam quem é o responsável pela reprodução destas
instruções. Em geral saem: família, escola, sociedade como um todo, religião e
mídia.
6. O facilitador escreve o nome dessas instituições no tronco.
7. O facilitador solicita que novamente os pequenos grupos pensem quais são as
características psicológicas, as tendências profissionais e o comportamento em
relação a sexualidade e afetividade, dos adultos e de homens e mulheres, que são
criados com essas orientações.

8. Novamente, colocam-se os resultados da discussão na árvore, agora como frutos.


O Beijo
Objetivo: Auxiliar os adolescentes a se desinibirem e preparar o grupo para uma
discussão sobre sexualidade.

Duração: 30 minutos.

Material: Sala ampla e boneca infantil.

Desenvolvimento:

Atividade em grande grupo:

1. O facilitador pede para o grupo sentar em círculo.


2. Mostra uma boneca e explica que todos devem dar um beijo numa parte da
boneca, uma de cada vez, porém não se pode beijar uma parte que já foi beijada.
Exemplo: o facilitador dá um beijo no dedo do pé da boneca e a passa para a
pessoa que está ao seu lado; essa dá um beijo na nuca e a passa para outra pessoa
e assim por diante.
3. Quando todos tiverem beijado a boneca, a mesma volta para o facilitador.
4. O facilitador solicita, estão, que agora deve ser dado um beijo na colega ao lado,
no mesmo lugar em que foi dado na boneca. Exemplo: o facilitador dá um beijo
no dedo do pé da pessoa ao seu lado e a próxima, na nuca, e assim por diante.
5. Inicia-se o debate livre sobre o que cada um sentiu e faz-se reflexões sobre a
atividade.

Sugestões para reflexão:

 Por que é difícil expressar carinho?


 Por que é mais fácil expressar carinho em uma boneca do que em uma pessoa?
 Por que homem não beija homem?
Resultado Esperado: Verbalização dos sentimentos e o papel da sexualidade na vida dos
adolescentes.
O Festival dos Dois Minutos
Objetivo: Reconhecer o outro como alguém com diferenças quanto às emoções,
idealizações, sonhos e expectativas.

Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, tiras de papel, canetas coloridas e cola.

Desenvolvimento:

1. O facilitador escreverá em tiras de papel uma lista de profissões e o sexo


correspondente. Por exemplo: professor, médico, estudante, cantor, político,
cozinheiro, vendedor e o sexo:
o Professor: estudante homem

o Professora: estudante mulher

2. O facilitador distribuirá os papéis entre os adolescentes. Ninguém pode revelar o


sexo.
3. Cada um busca a sua dupla apenas pela profissão.
4. As duplas têm um minuto para combinar uma cena. Improvisam, apresentam-se
como profissionais.
5. Em seguida, cada dupla (por profissão) tem 1 minuto para se apresentar.
6. Todos se apresentam. O grupo tenta identificar o sexo de cada elemento da
dupla.
7. No final, o facilitador abre espaço para comentários e debate sobre estereótipos.

Sugestões para reflexão:

O que a família, a escola e a sociedade ensinam aos meninos e meninas sobre ser homem e
ser mulher?

Resultado esperado: Debate das concepções de gênero e características femininas e


masculinas ligadas às diferentes profissões.
Jogo da Mochila
Objetivo: Reconhecer o outro como alguém singular em desejo, pensamento, maneira
de perceber o mundo; considerar os riscos decorrentes de se guiar apenas pelo desejo
próprio.

Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas,
jornais atuais e cola.

Desenvolvimento:

Atividade em grupo:
1. O facilitador divide os adolescentes em 2 grupos.
2. Um dos grupos monta uma mochila contendo objetos que os homens costumam
usar ou levam para viagem, para a escola, etc...
3. Outro grupo monta uma mochila contendo os objetos das mulheres.

Dicas para o facilitador:

 Se não encontrar objetos no local, desenhá-los ou escrever seus nomes num


papel.
 Os dois grupos não podem se comunicar nesta hora. É surpresa!
 A mochila pode ser um saco de supermercado contendo os objetos.

Atividade com o grande grupo:

1. Os dois grupos tentam adivinhar o que tem dentro das mochilas.


2. Cada grupo ganha pontos pelos acertos.
3. No final, cada grupo mostra todos os objetos de cada mochila, colocando-os
sobre o chão.

Variações:

1. Observar as mochilas;
2. Dar um adjetivo/qualidade para o homem e para a mulher de acordo com o que
tem na mochila. Exemplo: ele/ela é faceira...
3. Fazer uma troca de objetos de uma mochila para a outra (um a um) e ir
nomeando o personagem. Exemplo: agora ele/ela ficará _______ a cada
mudança que ocorre.
4. Pode-se acrescentar novos objetos.
5. Retirar de cada mochila o que mais caracteriza ser essa mochila de mulher ou de
homem.
6. Ao final da atividade, o facilitador propõe uma síntese que aborde as
semelhanças e diferenças que observarem durante o jogo.

Sugestões para reflexão:

 Qual a origem dessas diferenças?


 Como essas diferenças afetam mulheres e homens?
 Discutir valores, preconceitos, mitos que surgem durante o jogo.

Resultado esperado:

Pensar nas questões de gênero: o que é esperado do homem e o que é esperado da mulher
na sociedade.
Estereótipos
Objetivo: Conversar sobre os estereótipos que dificultam a expressão dos adolescentes;
conhecer como um "modelo pronto" interfere nos sentimentos e na vivência da
sexualidade de homens e mulheres.

Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla, folhas de papel, canetas coloridas e fita crepe.

Desenvolvimento:

1. O facilitador pede ao grupo para lembrar frases que se ouve desde criança (em
casa, na escola, na tv) que têm a ver com sexualidade.
2. Todas as frases são escritas em tiras grandes de papel.
3. O grupo faz um meio-círculo. Um garoto e uma garota ficam de pé, de frente
para o grupo.
4. os adolescentes lêem as tiras de papel e colocam, uma a uma, sobre as partes do
corpo onde se relacionam essas mensagens. Por exemplo: "Homem que é
homem não chora". Onde colocar? Na frente do coração do garoto?
5. O grupo observa onde ficam as frases e discute semelhanças e diferenças que há
na educação dos meninos e das meninas, as conseqüências deste modelo e
possíveis mudanças.

Sugestões para reflexão:

 Quais as possíveis mudanças desse modelo?


 Por que homem não pode chorar?

Resultados esperados:

Reconhecimento da construção social das condutas para homens e mulheres.


Vivência da possibilidade de mudanças do modelo de gênero imposto pela sociedade.
Jogos dos Mitos e da Realidade
Objetivo: Refletir sobre os mitos relacionados à anatomia, fisiologia, anticoncepção e
doenças sexualmente transmissíveis (DST).

Duração: 30 a 45 minutos.

Material: Tiras de papel com frases escritas (ver as frases na Folha de Recursos do
Coordenador) e quadro-negro ou folhas grandes de papel.

Observação: Leve em conta a sensibilidade dos adolescentes. Se o grupo rir da resposta de


algum deles, lembre que todo mundo acredita num mito.

Desenvolvimento:

1. Diga aos jovens que vocês vão participar de um jogo que os ajudará a saber a
verdade sobre os mitos relacionados com a sexualidade. Esclareça que, embora
sexo e sexualidade estejam presente em todas as áreas de nossa sociedade
(televisão, livros, revistas e filmes), raramente a informação correta é fornecida.
Explique que os mitos, boatos e superstições freqüentemente são aceitos como
realidade.
2. Divida o grupo em duas equipes e peça que fiquem em lados opostos da sala.
Cada subgrupo deverá escolher um nome para si.
3. Apresente as tiras com as frases viradas para baixo. Peça a um voluntário de
uma das equipes que escolha um dos papéis e leia o que está escrito em voz alta.
Os membros da equipe podem falar entre si durante algum tempo para
determinar se a frase é um mito ou uma realidade. O voluntário que fez a leitura
deve anunciar a decisão final do grupo.
4. Em seguida, diga se a resposta está correta e marque um ponto sob o nome da
equipe num cartaz.
5. Continue com os demais voluntários das equipes, até que todas as frases tenham
sido discutidas.
6. Marque um tempo para a discussão de cada frase. Aproveite esse tempo para dar
informações adicionais, caso necessário.
7. Comente os pontos de discussão.

Sugestões para reflexão:

 Pergunte ao grupo se tem perguntas sobre alguns dos mitos.


 Diga ao grupo que muitas pessoas acreditam em alguns mitos, e que estes
variam de acordo com época e a cultura.
 De onde provêm? Onde adquirimos informações sobre a sexualidade? É correta
a informação que adquirimos? Onde podemos obter informações corretas?

Atividades opcionais: Peça aos adolescentes que discutam os mitos sexuais com seus pais.
Além disso, que verifiquem os mitos em que seus pais acreditavam quando eram jovens.
Marque cinco minutos para discutir os mitos dos pais na sessão seguinte.

Folha de Recurso do Coordenador


Mito ou realidade?

A seguir, apresentamos algumas frases, com instruções para utilização no jogo de


mitos e realidade. Leia cuidadosamente cada uma das frases para ver se são
adequadas à sua comunidade e acrescente informações relevantes sobre as
políticas e as leis que regulam a saúde reprodutiva dos jovens (quando escrever
as frases, não escreva "Mito" ou "Realidade"):

Mito 1 - Quase todos os adolescentes já tiveram relações sexuais ao completar


19 anos. Pesquisas indicam que muitos adolescentes brasileiros tiveram relações
sexuais antes dos 19 anos, mas, por outro lado, uma grande percentagem delos
escolheu não ter relações sexuais durante a adolescência, ou antes do casamento.

Realidade 2 - Uma vez que uma menina tenha tido sua primeira menstruação,
poderá ficar grávida. Quando uma menina começa a ter os períodos menstruais,
significa que seus órgãos reprodutores começaram a funcionar e que, por isso,
pode ficar grávida. Entretanto, isso não quer dizer que esteja pronta para ter um
filho, nem que seu corpo esteja maduro para tê-lo.

Realidade 3 - Antes de ter sua primeira menstruação, a menina pode ficar


grávida. Como os ovários podem liberar um óvulo antes de seu primeiro período
menstrual, é possível, mas não freqüente, que fique grávida antes da primeira
menstruação.

Mito 4 - Não é saudável para a menina lavar a cabeça ou nadar durante o seu
período menstrual. Não há razão nenhuma para que uma mulher restrinja suas
atividades durante a menstruação. Atividade física diminui cólicas menstruais.

Mito 5 - Sem penetração e ejaculação vaginal não há risco de gravidez. Pode


ocorrer a gravidez sem penetração, caso o rapaz ejacule próximo a vagina (sexo
nas coxas).

Mito 6 - Umo adolescente precisa da autorização dos pais para solicitar métodos
anticoncepcionais num serviço de planejamento familiar. Os serviços de
planejamento familiar geralmente asseguram o sigilo de seus atendimentos
(Observação ao coordenador: verifique se isso ocorre em sua comunidade).

Realidade 7 - os jovens podem ter doenças sexualmente transmissíveis sem


manifestar sintomas. Algumas doenças sexualmente transmissíveis manifestam
sintomas facilmente reconhecíveis, outras não. A gonorréia, por exemplo,
geralmente não apresenta sintomas na mulher. É importante consultar um
médico se há suspeita de infecção, ou contato sexual com pessoa infectada.

Mito 8 - Uma moça não pode engravidar se teve poucas relações sexuais. Uma
mulher pode ficar grávida sempre que mantém relações sexuais, inclusive na
primeira vez.

Realidade 9 - Uma moça pode ficar grávida se tiver relações sexuais durante a
menstruação. É possível que uma moça fique grávida durante seu período
menstrual. Se os ciclos menstruais são curtos e o período menstrual longo, a
ovulação pode ocorrer no final da menstruação.

Mito 10 - As pílulas anticoncepcionais causam câncer. As pílulas, na realidade,


protegem as mulheres contra dois tipos de câncer dos órgãos reprodutores
(câncer endometrial e câncer dos ovários). Entretanto, a pílula é um dos métodos
anticoncepcionais mais seguros e eficazes e quaisquer que sejam os efeitos
colaterais e riscos, estes são menores que as conseqüências da gravidez e do
parto.

Mito 11 - A ducha previne a gravidez. A ducha vaginal não é um método


anticoncepcional e deve ser evitada, pois pode provocar infecções vaginais e após
a relação ajuda a levar o sêmen para dentro do útero.

Mito 12 - Uma vez que se tenha curado da gonorréia, não se volta a contraí-la.
Uma pessoa pode adquirir gonorréia tantas vezes quanto tenha relações sexuais
com um parceiro infectado. Por isso, é importante que qualquer pessoa que tenha
sido tratada de gonorréia (ou de qualquer outra doença sexualmente
transmissível) certifique-se de que seu parceiro sexual também seja tratado.

Realidade 13 - As camisinhas ou preservativos ajudam a prevenir a propagação


das doenças sexualmente transmissíveis. As camisinhas são um método
anticoncepcional efetivo, e também um modo eficaz de prevenir a propagação de
muitas doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a aids.

Realidade 14 - os adolescentes podem receber tratamento para doenças


sexualmente transmissíveis sem permissão dos pais. Como no caso de
fornecimento de métodos anticonceptivos, as clínicas e os médicos geralmente
não exigem permissão dos pais para o tratamento de doenças sexualmente
transmissíveis. (Observação ao coordenador: verifique as leis ou políticas atuais).

Mito 15 - O álcool e a maconha são estimulantes sexuais. Têm exatamente o


efeito contrário. O álcool e a maconha podem aumentar o desejo e reduzir as
inibições, mas dificultam o ato sexual por reduzir o fluxo de sangue da área
genital.

Mito 16 - Uma moça pode saber sempre exatamente qual é o seu período fértil, a
fim de evitar a gravidez. Ninguém pode estar absolutamente segura de quando
ovula. Embora os métodos não naturais (Billings, tabela, temperatura) possam
funcionar com alguns casais, são muito seguros, e implicam em muitas regras
rígidas sobre quando o casal pode ter relações sexuais. Esses métodos podem ser
de difícil utilização pelos jovens.

Mito 17 - Há tratamento para o herpes. Existem drogas para evitar os sintomas


do herpes, mas não há cura para essa doença.

Mito 18 - As meninas, em geral, são estupradas por estranhos. Uma grande


percentagem dos estupros registrados é realizada por homens conhecidos das
mulheres (amigos ou parentes).

Realidade 19 - O Câncer dos testículos é mais comum entre homens jovens.


Realmente, o câncer dos testículos é a forma de câncer mais comum entre os
homens de 15 a 34 anos. O diagnóstico precoce é importante para a cura; um
médico pode treinar os jovens no auto-exame dos testículos.

Mito 20 - Um homem com o pênis maior é sexualmente mais potente do que um


homem com pênis pequeno. O tamanho do pênis não tem relação alguma com a
potência sexual.

Mito 21 - Uma vez que o homem esteja excitado e tenha uma ereção, deve
continuar até o fim, porque pode ser perigoso interromper o processo. Não é
perigoso não ejacular, depois do homem ter tido uma ereção. Às vezes, o rapaz
pode se sentir mal caso se mantenha excitado durante um longo período. Isso
passará se ele conseguir relaxar.

Realidade 23 - Uma moça pode ficar grávida na primeira vez em que mantém
relações sexuais. Uma moça pode ficar grávida na primeira vez ou em qualquer
das vezes em que tenha relações sexuais, a menos que utilize um método
anticonceptivo eficaz.

Mito 24 - A masturbação pode causar doenças mentais. A masturbação não


causa nenhuma doença física ou mental.

Mito 25 - Se um jovem ou uma jovem mantém qualquer tipo de relação sexual


com uma pessoa do mesmo sexo, significa que é e sempre será homossexual.
Muitos adolescentes tem experiências homossexuais durante seu
desenvolvimento, mas isso não quer dizer que são homossexuais.

Mito 26 - Se uma pessoa tem um parceiro e se masturba, é sinal de que tem


problemas com o parceiro. Muitas pessoas se masturbam de vez em quando, até
mesmo as pessoas casadas, e isso não significa que existem problemas entre o
casal.
 
A Visita do E.T
Objetivo: Auxiliar os adolescentes em questionamentos relativos à sexualidade.

Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla, 5 cartolinas, 5 pincéis atômicos, fita crepe e adereços para a cabeça.
Desenvolvimento:

1. O facilitador pede a todos que caminhem pela sala.


2. Avisa que chegaram E.T.s na Terra e querem saber sobre a sexualidade dos
humanos.
3. O facilitador comenta que apareceram 5 jornalistas para conversar com os E.T.s
e coloca crachás com a instrução "Imprensa" em 5 participantes.
4. Em seguida, o facilitador pede que formem 5 grupos de E.T.s, com 1 jornalista
em cada grupo, sentados no chão.
5. Esses 5 jornalistas registram as perguntas que os E.T.s fazem sobre sexualidade
dos terráquios.
6. Para cada grupo, é dada 1 cartolina e 1 pincel atômico; o jornalista anota os itens
interessantes perguntados pelos E.T.s e procura respondê-los.
7. A prefeitura também pode ajudar a enviar 5 consultores da cidade para
complementar as dúvidas dos E.T.s (nesse caso, poderão ser envolvidos outros
facilitadores da instituição. Por exemplo: alunos do curso de graduação em
enfermagem).
8. Antes de finalizar, o facilitador pergunta se as expectativas dos E.T.s foram
atendidas e pede aos jornalistas que afixem a matéria da reportagem (as
cartolinas) na parede.

Sugestões para reflexão:

 Refletir se é fácil ou não falar sobre sexualidade.


 Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras?
 Com quem os adolescentes sentem-se mais a vontade para conversar sobre
sexualidade.

Resultado esperado: Verbalização de fantasias e assuntos desprovidos das "amarras


sociais", isto é, de preconceitos, estigmas, estereótipos e crenças.
Conhecendo nosso Corpo II
Objetivo: Conhecer o funcionamento do aparelho reprodutor masculino e feminino,
levantando mitos e tabus sobre o assunto.

Duração: 1 hora.

Desenvolvimento:

1. 1. Manter a mesma divisão dos grupos e sortear as turmas: Ovulação -


menstruação - masturbação - poluição noturna.
2. 2. Levantar nas discussões conhecimento prévio em mitos e tabus existentes.
3. 3. Apresentação para o fechamento da atividade.
4. 4. Esclarecer as dúvidas.
5. 5. Falar sobre os mitos e tabus existentes naquela comunidade
O que recebo? E o que Dou?
Objetivo: Refletir sobre a existência de diferentes relações interpessoais que demonstre
as distintas necessidades de reconhecimento, valorização, inclusão, afeto, atenção e
interesse.

Duração: 30 minutos.

Material: Formulário - O que recebo? O que dou?

Desenvolvimento:

1. Distribuir a ficha, para ser respondida individualmente


2. Cada treinando vai preencher os espaços em branco, com o nome de pessoas do
seu relacionamento (pai - mãe - irmão - amigo - namorado...)
3. Na coluna perpendicular ao nome, marcar com "X" apenas os lugares onde são
compartilhados aquele carinho com a pessoa indicada na linha de cima.

Sugestões para reflexão:

 Fale das facilidades e/ou dificuldades para realizar a atividade.


 Que critérios você utiliza na hora de dar e receber carinhos?
 Como a escolha destes critérios afeta a sua vida?

Ex:

O que recebo? O que dou? Ponha uma cruz no local correspondente:


Eu recebo de Pai Irmão Tio

Beijos X

Frases carinhosas X X

Brincadeiras de mau gosto X


_____________________________________________________

_________________________________________________________________________
___

_________________________________________________________________________
___

Eu recebo
de_________________________________________________________________

Beijos_____________________________________________________________________
_

Abraços
_____________________________________________________________________

Frases carinhosas
____________________________________________________________
Brincad. de mau gosto
_________________________________________________________

Maltrato
_____________________________________________________________________

Consolo
____________________________________________________________________

Compreensão
________________________________________________________________

Aborrecimento
_______________________________________________________________

Gritos
______________________________________________________________________

Ajuda
______________________________________________________________________

Conversa
___________________________________________________________________

Atenção
____________________________________________________________________

Gestos de carinho
____________________________________________________________

Carícias
____________________________________________________________________

Conquistas
_________________________________________________________________

Pedido de opinião
____________________________________________________________

Informação
__________________________________________________________________
 
Ficar é... Namorar é....
Objetivo: Refletir sobre a importância da afetividade e do encontro humano nos
relacionamentos amorosos e identificar as diferenças da maneira de se relacionar dos
meninos e das meninas, e como estas diferenças influenciam em seus comportamentos
amorosos.

Duração: 40 minutos.

Gostaria de que meu namorado, Não gostaria de que meu namorado

ou minha namorada fosse: ou minha namorada fosse:

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Material: Cartolinas, revistas velhas, tesouras, cola branca, gizão de cera e hidrocor,
canetas pilot e papel chamex.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em 2 subgrupos. Solicitar que um deles discuta o que é ficar e o que é
namorar. Estes subgrupos apresentarão os seus trabalhos com diferentes formas de
comunicação. O 1º fará uma colagem, o 2º fará uma pequena dramatização.

Sugestões para reflexão: Após as apresentações, o facilitador discutirá com o grupo a


importância do relacionamento amoroso na adolescência e em todas as idades, ressaltando
os fatores individuais e culturais que nele influenciam, dando ênfase às relações de gênero, e
como esses fatores interagem nas idealizações pessoais como a crença de que existe alguém
que corresponderá a todas as idealizações criadas, na convivência de duas pessoas e na
saúde sexual.
Negociação
Objetivo: A instrumentalização para a negociação do uso de anticoncepcionais com os
parceiros, o reconhecimento e a busca de possíveis soluções frente a conflitos no
relacionamento.

Duração: 60 minutos.

Material: Um roteiro para cada grupo.

Desenvolvimento:

1. 1. O facilitador explica a dinâmica e pede aos participantes que se subdividam


em grupos de até 6 pessoas.
2. 2. Após, designará um roteiro que deverá ser encenado pelo grupo. O grupo
montará uma encenação usando quantos personagens achar necessário.
3. 3. Após o tempo estabelecido para o preparo da encenação, reúne os grupos e
pede a cada um que represente para os demais.
4. 4. Depois que todos os grupos se apresentarem, faz as observações necessárias
acerca do trabalho. Explora, também, as sensações experimentadas por esta
vivência.
5. 5. Fecha o exercício informando-os que antes de se iniciar uma negociação, é
necessário pensar:
o Quais são os meus argumentos?

o Quais serão os argumentos da outra pessoa e como poderei responder a


eles?
o Até onde posso ceder?

o Qual a solução melhor para as duas partes?

Roteiros
Grupo I

Jade e Daniel estão tendo relação sexuais há três meses e até agora não usaram
nenhum método contraceptivo. Eles têm medo de ir a uma farmácia ou a um
posto de saúde porque acham que todo mundo vai ficar sABEndo que eles estão
transando.

Todo mês ficam nervosíssimos, morrendo de medo da menstruação de Jade


atrasar.

Representação

 Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.


 Sugerir uma solução.

Grupo II

Lena e Felipe estão transando há seis meses. O método que estão usando é a
tabelinha, só que, mesmo marcando tudo direitinho na sua agenda e sendo super
regulada, Lena está muito insegura.

Ela acha que Felipe poderia usar a camisinha, já que é fácil de comprar e assim
ela não vai dar bandeira em casa. Acontece que Felipe é terminantemente contra.

Representação

 Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.


 Sugerir uma solução.

Grupo III

Fernando e Dorothy já namoram há três meses. Um dia, os pais de Dorothy foram


viajar e ela convidou Fernando a ir até lá. Ele disse que ia, mas que ficaria só um
pouco porque no dia seguinte tinha prova de matemática e ele estava indo muito
mal nesta matéria. Quando ele chegou Dorothy disse que eles deveriam
aproveitar a ocasião e ficar transando a tarde toda.

Quando Fernando disse que não dava porque estava preocupado com a prova,
Dorothy ficou muito brava dizendo que ele não era homem.
Representação

 Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.

 Sugerir uma solução.


 
Casos e Casos
Objetivo: Encorajar os adolescentes a buscarem soluções decisivas para as situações da
vida real.

Duração: 40 minutos.

Material: Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel
sulfite, folhas com situações descritas.

Desenvolvimento:

1. Dividir a turma em grupos de cinco participantes.


2. Entregar para cada grupo uma descrição de uma situação diferente, para que o
grupo discuta e tome uma decisão a respeito.
3. Solicitar o grupo a desenvolver as seguintes atividades:
o Apontar as vantagens, desvantagens, alternativas e conseqüências para
cada uma das situações propostas na página seguinte.
o Identificar uma única decisão sobre o caso.

EXEMPLOS DE SITUAÇÕES

Situação 1

"Quando conheci meu vizinho, éramos só amigos. Com o passar do tempo acabamos saindo
juntos e, hoje, apesar de já ter se mudado, ele vem todos os dias na minha casa. Como está
estudando, não quer se prender a ninguém. Só quer transar, mas não somos namorados.
Será que se eu transar, ele fica comigo?" (Revista Meu Amor, nº 39)

Situação 2

"Tive uma criação muito repressora. Meus pais não me deixam namorar nem sair com meus
amigos. Agora, estou apaixonada por um garoto que me curte um monte, só que ele usa
drogas e eu quero ajudá-lo a sair dessa."

Situação 3

Alex, 16 anos, namora Marina de 17, há quase um ano. Ela está terminando o 2º grau e está
em dúvida se vai para a Universidade ou se começa a trabalhar. Seus pais não são ricos e às
vezes até enfrentam dificuldades. Há uma semana, Marina lhe contou que acha que está
grávida. Agora Alex tem que tomar uma decisão em sua vida.

Situação 4

"Tenho 15 anos, estudo e estou gostando de um cara mais velho. Minhas amigas dão a
maior força para ficarmos juntos. Ele também está a fim. Tenho medo de me envolver e
depois não dar certo. O que devo fazer? " (Revista Querida, Ano VI nº 100)

Sugestões para reflexão:

 A decisão tomada pode ter conseqüência graves?


 Estar seguro de que essa decisão não prejudicaria alguém.
 Dificuldade para tomar a decisão.

 Fazer uma comparação com a vida real.


Refletindo sobre a Virgindade
Objetivo: Fornecer uma reflexão crítica que favoreça uma tomada de decisão
consciente.

Duração: 1 hora.

Desenvolvimento:

1. Temas _ A 1ª vez _ Sentimentos antes e depois.


2. Virgindade _ vantagens e desvantagens.
3. Material _ papel pardo e canetinha hidrocor.
4. Dividir 4 grupos, sendo que dois grupos discutam o mesmo tema.

Sugestões para reflexão:

 Quais os fatores que influenciaram estes sentimentos?


 Que motivos a pessoa deve ter para continuar a ser virgem?
 Que motivos a pessoa deve ter para não continuar a ser virgem?
 Existe diferença na virgindade e 1ª vez do homem e da mulher? Por quê?

 Que critérios o homem e a mulher devem adotar na hora de decidir?


Frio na Barriga
Objetivo: Estimular a reflexão sobre os sentimentos que as pessoas têm em relação a um
relacionamento sexual e que dificultam o estabelecimento de atitudes preventivas.

Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e sem cadeiras fixas, papel e lápis para todos, quadro-negro ou parede
lisa e giz.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicita que formem pequenos grupos, só de meninos e só de


meninas. Solicita que cada pessoa, individualmente, imagine uma cena de transa.
2. Depois de alguns minutos, pede que cada pessoa:
o pense em três palavras que mais tem a ver com a cena pensada;
o o que teme que aconteça;

o o que não pode acontecer de jeito nenhum.

3. Em seguida, pede que cada participante escreva numa folha de papel, sem se
identificar, as respostas a esses três ítens.

4. Os grupos, masculino e feminino, se reúnem, tabulam as respostas e apresentam


para os demais. Enquanto vão sendo apresentadas as respostas, o educador
divide o quadro-negro em duas partes (feminino e masculino) e vai escrevendo
as respostas no quadro. Quando todas as respostas forem lidas, compara junto
com os participantes os pontos comuns e os diferentes, apresentados pelos
grupos de meninos e de meninas.
As Cores da Prevenção
Objetivos: Identificar todos os métodos contraceptivos e identificar os de uso mais
indicado e sua eficácia.

Duração: 50 minutos.

Material: Papel pardo, pincéis atômicos de várias cores, fita adesiva e etiquetas circulares
coloridas (verde, amarela, vermelha).

Desenvolvimento:

1. O facilitador colará uma folha de papel pardo na parede.


2. Após, solicitará aos participantes listarem individualmente os métodos
contraceptivos conhecidos.
3. Deverá anotar na coluna dos métodos contraceptivos e localizar, conforme as
seguintes categorias:
o Métodos de barreira.

o Métodos comportamentais.

o Métodos hormonais.

o Dispositivos intra-uterinos.

o Métodos cirúrgicos.

4. O facilitador provocará discussão no grupo, para que os participantes


identifiquem cada método dentro das várias categorias.
5. O facilitador apresentará o kit de anticoncepção com todos os métodos.
6. Colocará os adesivos autocolantes das 3 cores sobre a mesa.
7. Solicitará aos participantes pegarem os adesivos e colocarem em cada método,
considerando que:
o verde - livre uso para o adolescente;

o vermelho - não recomendável;


o amarelo - algumas restrições (atuação, considerando que o método a ser
utilizado deve ser monitorado por um profissional do Serviço de Saúde).

Sugestões para reflexão:

 Quem deve usar método anticoncepcional?


 O que é planejamento familiar?
 Porque os métodos naturais não são recomendados para os adolescentes?
 Com quem o adolescente deve esclarecer-se sobre anticoncepção?
 Em uma relação, de quem é a responsabilidade da anticoncepção?

Resultado esperado: Reflexão sobre o planejamento familiar e os diferentes métodos


anticoncepcionais; modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros;
discussão dos estereótipos conhecidos pela comunidade.
Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois?
Objetivo: Ajudar os adolescentes a refletirem sobre o impacto que um bebê teria em
suas vidas agora e no futuro.

Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Folha de papel, jornais e pincéis.

Desenvolvimento:

1. Introduza a atividade, assinalando sobre as responsabilidades na hora da decisão


de se ter um filho. Anime os participantes a pensarem cuidadosamente nisso,
uma vez que ter a responsabilidade de uma vida gera contínuos ajustes na vida
dos pais.
2. Divida os jovens em grupos e dê a cada um, uma folha de papel com as
informações, pedindo que pensem na forma como um filho afetaria suas vidas.
3. Faça com que as moças compartilhem suas idéias com os rapazes.
4. Comente os pontos de discussão.

Sugestões para reflexão:

 Refletir sobre os vários contextos sócio-culturais e características individuais


que podem ocorrer na gravidez na adolescência.
 Salientar que a gravidez também tem mudanças positivas.
 Haveria diferenças no efeito que um filho pode ter na vida de uma moça e na de
um rapaz?

Atividades opcionais: Peça que os adolescentes entrevistem seus próprios pais, assim com
pais de filhos pequenos. Como os filhos mudam a vida das pessoas? Em seguida, reúna o grupo
para que compartilhem suas conclusões.

Ficha de Trabalho (Escreva nos quadros as mudanças que ocorrerão)


1. Educação/Carreira 2. Amigos/Vida social
mudanças positivas mudanças negativas mudanças positivas mudanças negativas

1. Finanças/Dinheiro 2. Rotina Diária

mudanças positivas mudanças negativas mudanças positivas mudanças negativas


 
Estudo de Caso
Objetivo: Que os participantes do grupo tenham a oportunidade de discutir e se
posicionar frente a um caso de gravidez na adolescência, bem como de refletir acerca da
importância de se planejar uma transa e de fazer contracepção.

Duração: 50 minutos.

Material para cada grupo: Cópia do estudo de caso "A estória de Camila"; lápis ou canetas;
folhas em branco para as respostas.

Desenvolvimento:

1. O instrutor forma subgrupos de até 8 pessoas e solicita-lhes que escolham


alguém para coordenar.
2. Explica a dinâmica, distribui para cada grupo as três folhas com "A estória de
Camila" e esclarece as funções da coordenação no subgrupo.
3. As funções do coordenador serão: distribuir as partes do estudo de caso, para
que todos leiam e respondam as questões ao final de cada página; permitir que
todos os membros do grupo se posicionem e anotar as respostas em uma folha
em branco. Convém ao instrutor se reunir um pouco antes com quem
coordenará, para tirar dúvidas quanto à dinâmica. Deixar bem claro que só se
passa à parte seguinte da estória depois de discutidas as questões.
4. Após o tempo determinado, pede que as respostas de cada grupo sejam
apresentadas em plenário pelo coordenador.
5. O instrutor encerra a dinâmica, fazendo comentários sobre a iniciação sexual da
população jovem, a gravidez na adolescência, a importância de planejar a
contracepção e que isso não tira o prazer nem do homem, nem da mulher.

arte 1

A estória de Camila

Camila tem 15 anos e é a filha mais velha, numa família de três irmãos. A sua mãe é
secretária em uma grande empresa e trabalha o dia inteiro; à noite, mesmo quando está
atarefada, sempre encontra um tempinho para conversar com os filhos e ver se vai tudo bem
com eles. O pai também trabalha o dia todo.

Quando terminou a 8ª série, Camila foi com a família de sua melhor amiga passar as férias
em Salvador. Era a primeira vez que ela viajava sem a sua própria família e por isso sua mãe
lhe fez mil recomendações, mesmo confiando no bom senso da filha e acreditando que havia
lhe dado todo tipo de informação possível sobre sexualidade.

O sol, a praia, o calor, tudo era maravilhoso e Camila sentia que estava vivendo o melhor
período da sua vida. Teve certeza disso quando conheceu Tiago. Um mineiro de Itajubá, 18
anos, olhos cor de mel.

O namoro corria solto, gostoso, até que um dia Tiago convidou Camila a ir na casa em que
ele estava hospedado porque todo mundo tinha ido a Itaparica e eles poderiam ficar toda a
tarde juntos, sozinhos e tranqüilos.

Camila pensou um pouco e resolveu aceitar. Afinal, estava apaixonada e se sentia preparada
para iniciar sua vida sexual.

 Quem teria que pensar na contracepção? Camila ou Tiago?


 Como vocês imaginam que seria um papo sobre contracepção entre os dois?
 Como eles poderiam se prevenir ?

Parte 2

A estória de Camila

Quando chegou na casa de Tiago, Camila teve certeza que a transa ia rolar. O ambiente
cheirava a caju maduro, Tiago estava super romântico. Foram para um canto da sala e
começaram a se beijar e a se abraçar.

Um dado momento Camila disse que era virgem, que não tomava pílula e que tinha medo de
engravidar. Tiago acalmou-a dizendo que ninguém engravida na primeira vez que transa,
que ele tinha certeza.

Camila, então, lhe disse que sua mãe sempre lhe dizia que se cuidasse e que todo mundo
deveria usar camisinha por causa da aids. Tiago ficou nervoso: "Transar com camisinha é o
mesmo que chupar bala com papel" - disse ele. "Além do mais eu não sou homossexual,
nem tomo drogas. Não ponho camisinha de jeito nenhum".

 A menina pode engravidar na primeira vez que transa?


 O que vocês acharam da atitude de Tiago quando Camila lhe pediu que usasse
camisinha?
 O que vocês acham que Camila fez quando Tiago se recusou a usar o
preservativo?
 O que vocês acham que ela deveria ter feito?
 O que vocês acharam da afirmação de Tiago quanto a não ser homossexual nem
tomar drogas e portanto, não ter aids?

Parte 3

A estória de Camila

Camila acabou topando e eles transaram sem prevenção alguma.

As férias acabaram e Camila voltou para casa. Ficava horas pensando naquela tarde,
lembrando detalhe por detalhe e escrevendo longas cartas para Tiago. Tiago, por sua vez,
também ia lhe escrevendo cartas e mais cartas.

Depois de um mês e meio, Camila percebeu que alguma coisa estava acontecendo, tinha
enjôos constantes e sua menstruação estava atrasada.

Ficou desesperada. "E se eu estiver grávida?", pensou.

A mãe de Camila notou que sua filha estava muito agoniada. Nem parecia aquela Camila que
tinha voltado tão radiante e apaixonada das férias. È noite, quando voltou do trabalho, foi
até o quarto da menina e perguntou-lhe o que estava acontecendo.

Quando Camila contou, sua mãe começou a chorar e a lhe dizer que ela tinha lhe dito mil
vezes que se prevenisse e que ela tinha que ter tomado esses cuidados.

No dia seguinte foram ao médico e veio a confirmação. Camila estava realmente grávida.

 Como vocês encaram a atitude da mãe de Camila?


 Como vocês acham que Camila se sentiu com a notícia?
 Quais seriam as opções de Camila?
 Qual delas vocês acham mais acertada para este caso? Por que?
 Qual vocês acham que será a atitude de Tiago?
 E do pai de Camila?

Observações:

 Contracepção de emergência - até 72 horas - dosagem de pílula - procurar


médico
 Aborto legal: risco de vida da mãe, estupro (tentativas - anomalia fetal) -
Cytoteck
 Lembrar prevenção - conversa inicial sobre métodos - uso da camisinha
 Idade ideal - conversa antes - lembrar que o diálogo significa amadurecimento
 Resgatar "tragédias"

Parando para pensar sobre a violência.


Objetivo: Identificar situações de violência vividas no cotidiano dos adolescentes;
refletir sobre como evitá-las e proteger-se delas.

Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla e confortável, folhas grandes de papel pardo, folhas de papel, canetas
coloridas e cola.

Desenvolvimento:

Atividade em pequenos grupos

1. Utilizando as informações sobre o Código Penal Brasileiro, os participantes


devem selecionar situações, retiradas de jornais, revistas ou noticiários,
relacionando-as.
2. A partir deste material, deverão trocar idéias sobre:
o O que gera estas situações.

o Se é possível prevení-las ou prevenir-se delas.

o Se sim, de que forma.

o Que outras situações deveriam ser incluídas ao Código Penal.

Sugestões para reflexão:

 A violência sexual contra homens e mulheres é diferente?


 Quais os recursos existentes na comunidade para o atendimento das vítimas de
violência sexual?

Resultados esperados:

 Entendimento sobre a violência sexual.

 Aprendizagem para identificação de situações de risco de violência sexual e de


como evitá-la.
Gravidez não Planejada
Objetivo: Relacionar as questões e dúvidas que a mulher adolescente tem, no momento
em que descobre uma gravidez não planejada; refletir sobre a questão do aborto e a
legislação vigente.

Duração: 1 hora e meia.

Material: Sala ampla e confortável.

Desenvolvimento:

1. Uma das participantes apresenta-se voluntariamente para a aplicação da técnica.


2. O facilitador inicia fornecendo as instruções: "Faz de conta que essa jovem
acabou de saber que está grávida. Vocês pensem sobre isso, e em seguida cada
um dará a esta grávida um motivo para que ela tenha esse filho e um motivo para
que ela não tenha esse filho".
3. Em seguida a "grávida" senta-se no centro da sala e em silêncio aguarda os
motivos dos colegas, enquanto os demais caminham em volta, refletindo sobre o
tema abordado.
4. Cabe ao facilitador fazer o registro de todas as opiniões para depois expô-las ao
grupo, ressaltando as prováveis dúvidas que povoam a imaginação da mulher
nessa situação.

Pontos para discussão:

 A quem cabe a decisão final sobre ter ou não ter esse filho?
 A legislação em vigor, em relação ao aborto e à violência sexual.
Resultado esperado:

 Entendimento sobre porque evitar a gestação não desejada.

 Aprendizagem sobre a legislação sobre o aborto.

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