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CEFET-RJ

TECNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO


ALUNO: JOSEMAR FERREIRA MESSIAS

MATRÍCULA: 1912727SEGN

TURMA: 3C SEGN

DISCIPLINA: INCIDENTES, ACIDENTES, PLANOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA 1

PROFESSOR: LUIZ VIÉGAS

ABNT NORMA NBR 14280/2001 CADASTRO DE ACIDENTE DO TRABALHO

SÍNTESE DA NORMA (páginas 1 a 14)

OBJETIVO:

A NBR 14.280 tem por objetivo fixar os critérios para o REGISTRO, COMUNICAÇÃO,
ESTATÍSTICA E ANÁLISE dos acidentes do trabalho, suas causas e consequências, aplicando-se
às atividades laborais.

DEFINIÇÕES:

O que vem a ser Acidente de trabalho, segundo esta norma?

É a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o


exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal ou de que decorre
próximo ou remoto dessa lesão.

O acidente inclui tanto ocorrências em relação a um momento determinado, quanto


ocorrências ou exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em
termos de período de tempo provável.

O Acidente sem lesão, como o próprio nome diz, é aquele que não causa lesão ao
trabalhador.

No caso de Acidente de trajeto sofrido pelo trabalhador no percurso de casa para o


local de trabalho ou deste para aquele, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive
veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de
percurso por motivo alheio ao trabalho.

O Acidente impessoal é aquele cuja caracterização independe de existir acidentado,


não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal.

O Agente do acidente: (Agente): coisa, substância ou ambiente que, sendo inerte à


condição ambiente de insegurança tenha provocado o acidente.
A Fonte de lesão: Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente
provocou a lesão.

Existem várias causas de acidentes, tais como:

Fator pessoal de insegurança que é a causa relativa ao comportamento humano, que


pode levar à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro. Por exemplo: falta de
conhecimento; falta de experiência ou especialização; desajustamento físico; deficiência visual;
fadiga; desajustamento emocional ou mental.

O Ato inseguro é a Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode


causar ou favorecer a ocorrência de acidente. Por exemplo: usar equipamento de maneira
imprópria; usar material ou equipamento fora de sua finalidade; usar equipamento inseguro;
desligar ou remover dispositivo de segurança; trabalhar ou operar em velocidade insegura;
limpar, lubrificar ou regular equipamento em movimento; agredir pessoas; desrespeitar a
sinalização de trânsito; deixar de usar o equipamento de proteção individual (EPI) disponível;
deixar de colocar cartaz, aviso, etiqueta de advertência.

No caso de condição ambiente de insegurança (Condição Ambiente): foi o acidente


que contribuiu para a sua ocorrência. Por exemplo: insuficiência de espaço para o trabalho;
ventilação inadequada (geral e não devida a equipamento defeituoso); existência de ruído;
existência de vibração; iluminação inadequada; ordem e limpeza inadequadas; empilhamento
inadequado; proteção coletiva inadequada ou inexistente; equipamento elétrico sem
identificação ou inadequadamente identificado.

CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE:

A Doença do trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de


atividade laborativa, capaz de provocar lesão por ação imediata;

A Doença profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade


específica, constante em relação oficial;

A Lesão com afastamento (Lesão com perda de tempo ou incapacitante) é a lesão


pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de
que resulte incapacidade permanente;

Já a Lesão sem afastamento (não incapacitante ou lesão sem perda de tempo) é a


lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do
acidente, desde que não haja incapacidade permanente;

No caso de dias perdidos são dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de


lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho.

Os Dias debitados são debitados, por incapacidade permanente por morte, para o
cálculo do tempo computado.

O Tempo computado é aquele contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com


incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou
incapacidade permanente, total ou parcial”.
Horas-homem de exposição ao risco (horas-homem) são o somatório das horas
durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período;

A Taxa de frequência de acidentes, é o número de acidentes por milhão de horas-


homem de exposição ao risco, em determinado período.

Exemplo:

25 homens, dos quais 18 trabalham, cada um, 200 h/mês, quatro trabalham 182h e
três, apenas 160h, totalizaram 4.808 horas-homem, como abaixo indicado:

180 x 200 = 3.600

4 x 182 = 728

3 x 160 = 480

TOTAL = 4.808

As horas de exposição ao risco são extraídas da folha de pagamento, consideradas


apenas as horas trabalhadas, incluindo as horas extras.

As horas não trabalhadas que foram pagas, porém, não trabalhadas, como: férias,
licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, etc., não devem ser incluídos no
total de horas trabalhadas, ou seja, exposição ao risco.

Os dias a debitar, são dias realmente perdidos que devem ser debitados por morte ou
incapacidade permanente, total ou parcial.

A Taxa de gravidade é o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição


ao risco, em determinado período.

Exemplo:

No mês de agosto de 2017, na empresa Alfa, o funcionário José, sofreu um acidente


que o deixou afastado do serviço por três dias.

TG = T x 1.000.000 TG = 3 x 1.000.000 TG = 3.000.000 TG = 1.500

HHT 2.000 2.000

O custo segurado é o total das despesas cobertas pelo seguro de acidentes pessoais.

O custo não segurado é o total de despesas não cobertas pelo seguro e, em geral, não
são facilmente computáveis, tais como, as resultantes da interrupção do trabalho do
afastamento do empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a equipamentos e
materiais, da perturbação do trabalho normal e das atividades assistenciais não segurados.

Os acidentes de trajeto devem ser tratados à parte, não sendo incluídos no cálculo
usual das taxas de frequência e de gravidade.

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