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CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA


DISCIPLINA BASES FISIOLÓGICAS E NEUROPSICOLÓGICAS DO
COMPORTAMENTO HUMANO
PROFª LUCILENE MEDEIROS

RESUMO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO

1º PERÍODO

OBSERVAÇÕES:

• Os livros que que compõe os temas da disciplina estão disponíveis na Biblioteca da Instituição,
as referências estão no final do resumo.
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RESUMO DO SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso detecta estímulos externos e internos, tanto físicos quanto químicos, e
desencadeia as respostas musculares e glandulares. Assim, é responsável pela integração do organismo com
o seu meio ambiente. Ele é formado, basicamente, por células nervosas, que se interconectam de forma
específica e precisa, formando os chamados circuitos neurais. Através desses circuitos, o organismo é capaz
de produzir respostas estereotipadas que constituem os comportamentos fixos e invariantes (por exemplo, os
reflexos), ou então, produzir comportamentos variáveis em maior ou menor grau. Todo ser vivo dotado de
um sistema nervoso é capaz de modificar o seu comportamento em função de experiências passadas. Essa
modificação comportamental é chamada de aprendizado, e ocorre no sistema nervoso através da propriedade
chamada plasticidade cerebral.
Em 1848 Phineas Gage, operário americano sofreu um acidente com explosivos quando estava
dinamitando um rochedo para construir uma estrada de ferro. A explosão resultante projetou a barra, de um
metro e meio de comprimento, contra seu crânio em alta velocidade. Esta barra entrou pela bochecha
esquerda destruindo seu olho, atravessando - na sequência - a parte frontal do cérebro e saindo pelo topo do
crânio, do outro lado. Mas Phineas sobreviveu apesar da gravidade do acidente. Após o ocorrido, Phineas,
que aparentemente não tinha sequelas, apresentou uma mudança acentuada de comportamento, sendo objeto
para estudos de caso muito conhecidos entre neurocientistas. Esta foi uma das primeiras evidências
científicas que indicavam que a lesão nos lóbulos frontais pode alterar a personalidade, emoções e a
interação social.

O sistema nervoso executa três funções básicas: Função sensorial – os receptores sensoriais detectam
os estímulos internos, como o aumento da acidez sanguínea, e os estímulos externos, como a chuva que cai
em seu braço. Os neurônios sensoriais (aferentes- a, em direção a) conduzem as informações até o encéfalo
e a medula espinhal. Função integrativa - O SN integra (processa) a informação sensorial pela análise e
armazenamento de partes dela e por tomar decisões quanto às respostas apropriadas. Esta função é exercida
pelos interneurônios (neurônios de associação). Função motora - envolve as respostas às decisões
integrativas. Os neurônios motores (motoneurônios) ou eferentes (e = para longe de) conduzem informações
a partir do encéfalo e da medula espinhal. (Ex: fibras musculares e células glandulares) (Ver Figura 29).

O cérebro humano adquiriu três componentes emergiu e sobreposições (Figura 1). Estes são,
respectivamente: O cérebro primitivo (arquipálio), constituída pelas estruturas do tronco cerebral: bulbo,
cerebelo, mesencéfalo, com o mais antigo no núcleo base, globo pálido e bulbos olfatórios. É dito para
corresponder ao cérebro reptiliano, também chamado de complexo-R neurofisiologista Paul MacLean. O
mesencéfalo (paleopálio), formado pelas estruturas do sistema límbico. Se diz que corresponde à do cérebro
de mamíferos inferiores. Na camada superior é o topo do cérebro ou racional (neopálio) que compreende a
maioria dos dois hemisférios cerebrais (formado pelo neocórtex) e certos grupos neuronais subcorticais. Este
último só é compartilhado pelos mamíferos superiores, incluindo os primatas e o homem. A divisão do
sistema nervoso com base em critérios anatômicos e funcionais é dividida em Sistema Nervoso Central
(SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP) (Figura 2).

Figura 1. Desenvolvimento do cérebro ao longo da evolução.


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O SNC divide-se em encéfalo e medula, recebem na forma de impulsos nervosos os estímulos do meio
externo, trazidos pelos nervos que estão em contato com as estruturas sensoriais que se espalham
perifericamente pelo corpo. As funções também estão ligadas a memória, que corresponde à capacidade de
armazenar informações e depois resgatá-las, o aprendizado, o intelecto, o pensamento e a personalidade.
Dessa forma, processa tais informações e elabora respostas que são enviadas – também na forma de
impulsos – pelo SNP aos órgãos efetores – aqueles que executam as respostas como, por exemplo, os
músculos. O encéfalo possui cerca de 1,4 Kg nos adultos, divide-se em três partes: cérebro, cerebelo e
tronco encefálico. Constitui cerca de 90% da massa encefálica, sua superfície é bastante pregueada (aumento
da superfície, está dividido em duas partes: córtex (externo) – substância cinzenta (corpo neuronais) e região
interna – substância branca (dendritos e axônios).

O sistema nervoso periférico é composto por nervos cranianos (doze pares que emergem do encéfalo
– I a XII); Nervos espinais (servem especificamente à região direita ou esquerda do corpo), Gânglios
(pequenas massas de tecido nervoso localizado fora do encéfalo e da medula espinhal) e Plexos entéricos
(redes extensas de neurônios que ajudam a regular o sistema digestório).

Com base na sua estrutura e função, o sistema nervoso periférico pode ainda subdividir-se em duas
partes: o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autônomo ou de vida vegetativa. Pode-se dividir o
sistema nervoso em sistema nervoso da vida de relação, ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa,
ou visceral. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que se relaciona com organismo com o meio
ambiente. Apresenta um componente aferente e outro eferente. O componente aferente conduz aos centros
nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que passa no meio ambiente.
Os componentes eferentes levam aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos
resultando em movimentos voluntários.

Figura 2. Organização do Sistema Nervoso

O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e com o controle das vísceras.
O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras a áreas
especificas do sistema nervoso. O componente eferente leva os impulsos originados em centros nervosos até
as vísceras. Este componente eferente é também denominada de sistema nervoso autônomo e pode ser
dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático (Figura 2) .

Para estudarmos anatomicamente o encéfalo precisamos conhecer como estão divididos os planos
neuroanatômicosa.( Figura 3).
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Figura 3. Planos neuroanatômicos do encéfalo.

Origem do sistema nervoso e seu desenvolvimento

Próximo ao final do primeiro mês, o embrião é menor que um grão de arroz, com aproximadamente
5 mm. Nas duas próximas semanas, iniciará a formação do tubo neural (do qual derivam o cérebro e a
medula), do coração, do aparelho digestório, dos olhos e das orelhas, e dos braços e das pernas.
Existem duas maneiras de o tubo se desenvolver: Neurulação primária e neurulação secundária. Na
Neurulação primária as células da placa neural invaginam e separam-se para formar o tubo e na
Neurulação secundária as células da placa neural formam uma estrutura parecida com um cordão que migra
dentro do embrião e escava para formar o tubo.(Figura 4).
O primeiro indício de formação do sistema nervoso consiste em um espessamento do ectoderma, e se
localiza na região dorsal, situado acima do notocorda, formando a chamada placa neural. Sabe-se que a
formação desta placa e a subsequente formação do tubo neural, tem importante papel à ação indutora da
notocorda e do mesoderma.
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Figura 4. Cortes mostrando a neurulação.

A placa neural cresce progressivamente, torna-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal
denominado sulco neura, isto é, a ectoderme sofre uma invaginação que se aprofunda para formar a goteira
neural. Os lábios da goteira neural se fundem para formar o tubo neural. O ectoderma não diferenciado,
então, se fecha sobre o tubo neural, isolando-o assim do meio externo. Este possui uma cavidade interna
cheia de líquido, o canal neural. Durante a formação do tubo neural, o mesoderma intraembrionário se
divide em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral (contínuo com o mesoderma extraembrionário).
Próximo ao fim da 3° semana de gestação, o mesoderma paraxial diferencia-se e forma os somitos.
Determinar-se à idade do embrião pelo número de pares de somitos: 20 dias de desenvolvimento - 1 a 4
pares de somitos; 21 dias - 4 a 7 pares de somitos; 22 dias - 7 a 10 pares de somitos; 30 dias - 34 a 35
pares de somitos. Os pares de somitos vão migrar para diferentes partes do corpo para dar origem - esqueleto
da coluna vertebral: vértebras, costelas, músculos, etc.

No ponto em que este ectoderma encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que
formam de cada lado uma lamina longitudinal denominada crista neural (Figura 3) . O tubo neural dá origem
a elementos do sistema nervoso central, enquanto a crista dá origem: o tecido Muscular da cabeça; Gânglios
Sensitivos; Gânglios Motores Viscerais; Medula das Adrenais ( secreta as catecolaminas noradrenalina e
adrenalina); Melanócitos; Células de Schwann; Células "C" da Tireóide (prod. Calcitonina); Anfícitos
ou células satélites (células da neuroglia que circundam os neurônios dos gânglios) e as meninges Pia-
máter e aracnóide.
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O tubo neural é formado por uma dobra de tecido embrionário chamado ectoderma, que se fecha
sobre si mesmo entre 21 e 28 dias após a concepção, época em que a maioria das mulheres nem desconfiam
de que estão grávidas. Este processo faz com que os feixes nervosos fiquem protegidos dentro da coluna
vertebral e dos ossos do crânio. Quando a extremidade inferior do tubo neural não se fecha, ocorrem
malformações na coluna vertebral, conhecidas como espinha bífida, meningocele ou meningo-mielocele,
geralmente localizadas na região lombar e/ou sacral. Além da coluna, o defeito atinge também os músculos e
a pele que recobre a coluna. O resultado é a exposição do conteúdo do canal medular ao líquido amniótico e
lesões neurológicas em proporção elevada de casos. Quando a extremidade superior do tubo neural não se
fecha, o feto apresenta malformações no cérebro e calota craniana - anencefalia e encefalocele. A
anencefalia pode ser definida como a ausência completa da calota craniana acima do nível dos olhos. A
encefalocele é caracterizada por defeitos na formação óssea da calota craniana, por onde podem herniar
meninge, medula e até mesmo partes do cérebro.

Existem subdivisões do tubo neural que irão desenvolver-se em regiões distintas do sistema nervoso
central: prosencéfalo, mesencéfalo, rombencéfalo e a medula espinal. O prosencéfalo - encéfalo anterior - dá
origem ao telencéfalo (que, por sua vez, está na origem dos hemisférios cerebrais) e ao Diencéfalo (que dá
origem ao tálamo e ao hipotálamo). O mesencéfalo- encéfalo médio - origina os pedúnculos cerebrais e a
lâmina quadrigêmea. O rombencéfalo - encéfalo posterior - origina o metencéfalo (que, por sua vez, origina
a Protuberância - Ponte e o Cerebelo) e o mielencéfalo (que origina o Bulbo Raquidiano) (Figura 5 e 6A-B).

O tubo neural em sua região anterior sofre dilatação, dando origem ao encéfalo primitivo. Em sua
região posterior, o tubo neural dá origem à medula espinhal. O canal neural persiste nos adultos,
correspondendo aos ventrículos cerebrais, no interior do encéfalo, e ao canal do epêndimo, no interior da
medula. Formação dos somitos - Os somitos são agregados compactos de células mesênquimas, de onde
migram células que darão origem às vértebras, costelas e musculatura axial. (Figura 4)

A Crista neural – dá origem às células formadoras da maior parte do SNP e SNA, constituídos pelos
gânglios cranianos, espinhais e autônomos, são estes: Tecidos musculares da cabeça; gânglios sensitivos,
gânglios motores viscerais; medula das adrenais (secreta as catecolaminas noradrenalina e adrenalina);
melanócitos; células de Schwann; células “C” da tireóide; Anfícitos ou células satélites (células neuroglias
que circundam os neurônios dos gânglios); Pia-máter e aracnóide.

O encéfalo é a parte do sistema nervoso central contido na cavidade do crânio. Ele é formado por três
partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e ponte).

prosencéfalo, mesencéfalo, rombencéfalo:


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Figura 5. Subdivisão das vesículas encefálicas

1
1
2

3 2
4 3
4 6
5
1
6 5
B

Figura 6. A-B. Subdivisão das vesículas encefálicas secundária

O cérebro é responsável por nossas atividades intelectuais, memória, controle de certas funções
motoras, sensações (fome, frio, sede etc.) e, em humanos, consciência e emoções. Sua camada superficial, o
córtex cerebral, a palavra córtex vêm do latim para "casca". Isto porque o córtex é a camada mais
externa (córtex) do encéfalo tem cor cinzenta e é formada pelos corpos celulares dos neurônios, com
espessura que varia de 2 à 6 mm (Figura 7). A massa encefálica mais interna tem cor branca e é
constituída por fibras nervosas (dendritos e axônios). A cor branca é devida à bainha de mielina que
reveste as fibras. Na medula espinhal ocorre o inverso, ou seja, a substância branca é mais externa e
a substância cinzenta é mais interna. A maior parte é composta por células nervosas (neurônios) que
recebem impulsos dos pontos mais distantes do corpo e os retransmitem ao destino certo.
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Figura 7. Corte Sagital mostrando o córtex cerebral e região interna do cérebro.

As funções do córtex cerebral são: comportamento motor; recebe informação tátil do corpo (tato,
vibração, temperatura, dor); planejamento, emoção, julgamento; Coordenação do movimento complexo;
Produção da fala e articulação; Detecção da intensidade do som; Detecção de estímulo visual simples;
Processamento complexo da informação auditiva e memória; Compreensão da linguagem; processamento
complexo da informação visual, percepção do movimento. A maior parte é composta por células nervosas
(neurônios) que recebem impulsos dos pontos mais distantes do corpo e os retransmitem ao destino certo.
Mas o cérebro desempenha funções altamente diversificadas e, por isso mesmo, as células que os
constituem, também são especializadas. Tipos diferentes de neurônios são distribuídos através de diferentes
camadas no córtex (Figura 8) dispostos de tal forma a caracterizar as várias áreas dos hemisférios, cada qual
com sua função.

Figura 8. Camadas do córtex cerebrais(neocórtix).


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Existem dos tipos de córtex: isocórtex e alocórtex. O primeiro é formado por seis camadas (conforme
figura acima) bem definidas durante o desenvolvimento embrionário e o segundo não apresenta este número
de camadas e elas não são nítidas. Apesar de cada camada não ser constituída exclusivamente por um tipo de
neurônio, considera-se a camada IV como sendo receptora da sensibilidade e a V como sendo motora. As
demais camadas são consideradas de associação. A formação do córtex em camadas é chamada de
citoarquitetura cortical, e não pode sofrer alterações em sua formação, sob pena de ocorrerem patologias
neurológicas de maior ou menor gravidade, dependendo do grau de alteração. Como por exemplo, apontado
pelo Oliveira (1999), as mães que usam drogas durante a gravidez e infecções que afetam o
desenvolvimento do sistema nervoso (como a toxoplasmose ou a rubéola) podem alterar a formação da
citoarquitetura cortical, e a criança pode nascer com uma lesão cerebral.
Do ponto de vista filogenético, pode-se dividir o córtex cerebral em arquicórtex, paleocórtex e
neocórtex. No homem, o arquiocórtex está localizado no hipocampo, o paleocórtex ocupa o uncus e a parte
do giro para-hipocampal. Todo o resto do córtex é classificado como neocórtex, estão ligados á olfação e ao
comportamento emocional. O neocórtex é o responsável pelas mais importantes funções cerebrais do
homem (Singi 1996).
Os lobos são as principais divisões físicas do córtex cerebral (Figura 9). O lobo frontal é responsável
pelo planejamento consciente e pelo controle motor. O lobo temporal tem centros importantes de memória e
audição. O lobo parietal lida com os sentidos corporal e espacial. o lobo occipital direciona a visão.

1- Hemisféricos cerebrais;
2. Circunvoluções (sulcos);
3-Bulbo raquidiano;
4-Cérebro; 5-cerebelo.

Figura 9. Lobos cerebrais, cerebelo e tronco encefálico.

Comunicando com o cérebro através da região denominada ponte, o cerebelo controla o equilíbrio e
o tônus muscular, realizando uma espécie de “ajuste fino” na coordenação dos movimentos. Assim, animais
que apresentam padrões de movimentação mais complexos, como os peixes ao nadarem ou as aves ao
voarem, têm o cerebelo bastante desenvolvido. Já os anfíbios, que vivem prostrados ao chão e se
locomovem aos saltos simples têm o cerebelo pouco desenvolvido. A doença humana chamada de Mal de
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Parkinson, resulta da degeneração das células do cerebelo, resultando em dificuldades na realização de


certas tarefas como a de caminhar em linha reta ou manipular objetos.

O SNC contém uma série de câmaras e canais interconectados , que são derivados do lúmen do tubo neural
embrionário denominados Ventrículos cerebrais (Figura 10).

Figura 10. Ventrículos cerebrais

O Sistema nervoso Central é revestido por membranas denominadas meninges: A dura-máter, que
fica em contato com os ossos do crânio e das vértebras; a aracnóide, camada intermediaria; e, a pia-máter
que está em contato direto com os órgãos do sistema nervoso (Figura 11 A). Além da sua função protetora,
as meninges irrigam por meio de seus vasos sanguíneos, os órgãos do sistema nervoso, nutrindo-os. Entre a
aracnóide e a pia-máter circula um liquido cristalino, chamado liquor ou líquido cefalorraquidiano. Esse
líquido, é secretado nos plexos coróides (dobras vascularizadas da pia-máter) além de dar certa sustentação
aos órgãos do SNC, também ajuda a protegê-los de eventuais choques mecânicos (batidas), por formar uma
camada líquida e contém anticorpos e leucócitos (defesa contra agentes e microorganismos externos) (Figura
11 B). Após circular todo o sistema nervosos central, esse liquor é absorvido por granulações aracnoides
(pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo) e o leva para corrente sanguínea. A acumulação de
líquido cefalorraquidiano (LCR) no interior da cavidade craniana (nos ventrículos ou no espaço
subaracnóideo), que por sua vez, faz aumentar a pressão intracraniana sobre o cérebro, podendo vir a causar
lesões no tecido cerebral e aumento e inchaço do crânio, denominada Hidrocefalia. A hidrocefalia
congênita está relacionada principalmente a três causas, embora possa haver outras:
• Genética: Hereditariedade;
• Espinha Bífida;
• Prematuridade do bebê.
A hidrocefalia adquirida pode ser causada por:
• Infecções: Caxumba, Citomegalovirus, Hepatite, Poliomielite, Toxoplasmose, Varicela, Varíola;
• Hemorragia intraventricular;
• Meningite;
• Traumatismos;
• Tumores;
• Cistos: Cisto aracnóide, cisto ependimário, cistos embrionários subcalosos e cisto retrocerebelar;
Estenose do Aqueduto Sylvius.

Telencefálo
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- Hemisférios cerebrais

Em 50% ou mais dos recém-nascidos, o hemisfério esquerdo é mais desenvolvido do que o


hemisfério direito. Isto explica pela existência da área de Broca, situado somente no lado esquerdo,
responsável pela linguagem, pela fala, ou pela capacidade de expressão. Também nesse hemisfério localiza-
se a área de Wernick, responsável pela gnose, compreensão. Além disso, o controle motor é mais
desenvolvido neste hemisfério. Em nossa cultura ocidental, as características do hemisfério esquerdo
costumam ser supervisionadas, talvez porque suas atribuições sejam importantes e necessárias à nossa
estrutura social, política e cultural. Então temos a racionalidade, lógica, praticidade, objetividade, realismo,
formalidade e controle (Figura 12). Devido a isso, 95% das pessoas apresentam este hemisfério como
dominante.

Função: Área motora – controla os movimentos musculares voluntários; O córtex sensitivo é o centro de
percepção consciente do tato, pressão, vibração, dor, temperatura e paladar; as áreas associativas integrantes
e processam dados sensitivos

A B

Figura 11. A- Distribuição das meninges no encéfalo. B- Ventriculos lateriais com os plexos coróide (dobras
da meninge pia-mater)
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Figura 12. Especialização dos hemisférios cerebrais.

Segundo Lent (2004), uma grande explosão de conhecimento sobre a especialização dos hemisférios
surgiu a partir da década de 60, com pesquisas que conduziram o psicólogo americano Roger Sperry a
merecer o Prêmio Nobel de medicina e fisiologia por seus estudos sobre a especialização hemisférica e as
comissuras cerebrais (comissura anterior, corpo caloso e comissura posterior). Os hemisférios cerebrais
possuem certo nível de especialização (Figura 12). Enquanto que o hemisfério esquerdo é usualmente o
dominante e está associado com as habilidades linguísticas, análise racional, memória verbal e linguagem, o
hemisfério direito controla primordialmente a atenção, percepção, memória espacial, esquema corporal,
relacionamento social, habilidades artísticas (música) e reconhecimento de faces.
Os dois hemisférios cerebrais são ligados por uma formação laminar de substância branca, o corpo
caloso (900 milhões de fibras) (Figura 13), constituído por axônios mielinizados que ligam os dois
hemisférios cerebrais.

Figura 13. Corpo caloso

O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro que corresponde ao prosencéfalo. O diencéfalo é


composto por tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo (Figura 14) todas em relação ao III ventrículo.
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Figura 14. Partes do diencéfalo

O tálamo tem comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo. O tálamo está situado no
diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico, e faz parte do sistema límbico. É fundamentalmente constituído de
substância cinzenta, na qual se distinguem vários núcleos. Apresentam duas grandes massas ovoides de tecido
nervoso, com uma extremidade anterior pontuda, o tubérculo anterior do tálamo, e outra posterior, bastante
proeminente, o pulvinar do tálamo. Os dois ovoides talâmicos estão unidos pela aderência intertalâmica e relacionam-
se medialmente com o III ventrículo, lateralmente com a cápsula interna, superiormente com a fissura cerebral
transversa e com os ventrículos laterais, e inferiormente com o hipotálamo e subtálamo. Tem sido referido como o
portão para o córtex, porque, com exceção de algumas aferências olfativas, todas as modalidades sensoriais
fazem transmissões no tálamo antes de seguir para as áreas sensoriais corticais primárias. O tálamo serve
como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula
espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma ideia da
sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma
interpretação mais precisa. Apresenta-se divididos em vários núcleos (Figura 15). Alguns núcleos
transmitem impulsos para as áreas sensoriais do cérebro:
Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos auditivos;
Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos visuais;
Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos para o paladar e para as sensações
somáticas, como as de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor.
Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos: Grupo Anterior; Grupo Posterior
Grupo Lateral; Grupo Mediano; Grupo medial.

Funções do Tálamo:
• Sensibilidade;
• Motricidade;
• Comportamento Emocional;
• Ativação do Córtex;
• Desempenha algum papel no mecanismo de
vigília, ou estado de alerta.

Figura 15. Núcleos de tálamo


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Hipotálamo.

Figura 16. Estruturas do hipotálamo

O hipotálamo apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma
óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares (Figura 16). Fase inferior do Hipotálamo é uma
área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, e constitui o assoalho do III ventrículo
com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral:
• Controla as funções autônomas;
• Controla a temperatura corporal, regula o apetite; regula o balanço de água no corpo (secreta
Hormônio antidiurético ADH);
• Secreta a oxitocina;
• Regula o sono;
• Está envolvido na emoção e no comportamento sexual.
• Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção
mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável.
• Secreta hormônios liberadores para o controle da hipófise ou pituitária anterior.
• Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo

O hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções, especificamente, as partes laterais parecem
envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao
desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. As funções de cada núcleo e áreas do hipotálamo
estão na Figura 17.

Figura 17. Funções dos núcleos e áreas do hipotálamo.


Epitálamo é formado por:
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• Trígono da Habênula – área triangular na extremidade posterior da tênia do tálamo junto ao corpo
pineal.
• Glândula Pineal – é uma estrutura semelhante a uma glândula, de aproximadamente 8mm de
comprimento, que se situa entre os colículos superiores. Embora seu papel fisiológico ainda não
esteja completamente esclarecido, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, sendo assim,
uma glândula endócrina. A melatonina é considerada a promotora do sono e também parece
contribuir para o ajuste do relógio biológico do corpo.
• Comissura Posterior – é um feixe de fibras arredondado que cruza a linha mediana na junção do
aqueduto com o terceiro ventrículo anterior e superiormente ao colículo superior. Marca o limite
entre o mesencéfalo e diencéfalo.


Figura 18. Epitálamo
Subtálamo:
• Compreende a zona de transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Sua visualização
é melhor em cortes frontais do cérebro. Verifica-se que ele se localiza abaixo do tálamo, sendo
limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O subtálamo apresenta
formações de substância branca e cinzenta, sendo a mais importante o núcleo subtalâmico. Lesões no
núcleo subtalâmico provocam uma síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada por
movimentos anormais das extremidades.

MESENCÉFALO
O mesencéfalo (Figura 19 e 20) situa-se em posição caudal ao diencéfalo e está limitado
posteriormente pela ponte. Circunda o maqueduto cerebral, que conecta o terceiro e quarto ventrículos. O
mesencéfalo contem neurônios que participam nas funções:
• visuomotor (p.ex., colículo superior, núcleo oculomotor, núcleo troclearmotor ), reflexos fisuais;
• núcleo de transmissão auditiva (colículo inferior) e os núcleos tegmentais mesencéfalos envolvidos
na coordenação motora) - Controle involuntário do tônus muscular;
• Processamento das sensações que chegam e dos comandos motores que saem.
Porção anterior do rombencéfalo em desenvolvimento. Dá origem ao CEREBELO e PONTE.

Cerebelo - Coordenar os movimentos do corpo para manter seu equilíbrio. Regula também o tônus
muscular, que é o estado de semicontração que os músculos se encontram, para entrarem imediatamente em
movimento, sempre que for necessário. Atua em diversos processos cognitivos – danos cerebelares-
disfunções em tarefa executiva, de aprendizagem, memória processual e declarativa, processamento da
linguagem e funções visuais e espaciais, além das disfunções na personalidade, no afeto e na cognição.

Ponte - A função da ponte é transmitir as informações da medula e do bulbo até o córtex cerebral.
Liga o cerebelo com outros centros encefálicos, com o mielencéfalo e medula espinhal.
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Mielencéfalo – Bulbo - O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor
continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação entre
medula e bulbo, considera-se que o limite está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do
filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno.
Função do bulbo atua no controle de atividades involuntárias e vitais como velocidade dos batimentos
cardíacos, o ritmo respiratório, a pressão sanguínea, os movimentos de deglutição e regurgitação, os
espirros, as tosses e a salivação. Resumindo, suas funções:

• Conduzir os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.


• Produz os estímulos nervosos que controlam a circulação, a respiração, a digestão e a excreção.
• A região do bulbo que controla os movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó vital.

Figura 19. Regiões do mesencéfalo.

Figura 20. Vista lateral das partes do encéfalo.


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O Sistema piramidal (Figura 21) é formado de feixes de fibras (tratos), que fornecem uma via motora
direto entre: - O córtex e a medula espinahal: Tratocorticoespinhal e entre o córtex e o tronco cerebral: Trato
corticobulbar. Pelo fato de percorrer uma área do bulbo chamada de pirâmide recebe o nome de sistema
piramidal

Figura 21. Sistema Piramidal

FORMAÇÃO RETICULAR

A formação em rede de axônios de


neurônios de tamanhos diferenciados,
compreende os níveis mais altos da
medula espinhal até o diencéfalo
(Figura 22). O sistema reticular é
responsável pela manutenção das
atividades, de acordo com a
necessidade orgânica e psíquica,
controlando o cérebro em sua
fisiologia. Em ambas as situações, de
aumento ou diminuição de atividade
cerebral, são utilizados diferentes
neurotransmissores. Há conexões com
o cérebro, o cerebelo e a medula nos
dois sentidos, recebendo impulsos
também dos nervos cranianos.

Figura 22. Formação Reticular


18

Sistema ou núcleos neuronais da Formação Reticular - elaboração de neurotransmissores


(Figura 22)

Área tegmentar ventral (VTA): situada na parte ventral do tegumento do mesencéfalo, contendo neurônios
ricos em dopamina cujas fibras dirigem-se para áreas telencefálicas pertencentes ao sistema límbico, bem
como o córtex pré-frontal e o corpo estriado. Ela é parte do sistema de recompensa do cérebro, uma das
principais fontes de impulsos e de motivação. Próximo encontra-se a substância negra que é um
grupamento de neurônio, situado na parte anterior do mesencéfalo, acima da ponte, que secreta dopamina
(dopaminérgicos). As fibras que partem da VTA são ascendentes, subindo em direção ao hipotálamo
(instintos), ao sistema límbico (emocional), aos gânglios da base (motor) e ao córtex (registros). A dopamina
também é elaborada no sistema límbico, promovendo as sensações prazerosas de qualquer espécie, estando
relacionada também ao uso de drogas, inclusive o tabagismo. A deficiência de dopamina causa doença de
Parkinson. O excesso de dopamina nas sinapses límbicas causa as manifestações químicas da esquizofrenia,
com alterações emocionais, alucinações, postura rígida, etc. Com relação a sua deficiência está envolvido
com o estado depressivo.

Nucleo giganto celular é responsável para dar informação que chega ao tronco encefálico. Irá promover
uma ativação ascendente SARA (sistema ativador reticular ascendente) indo para o tálamo que manda para a
região específica do córtex. Elabora a acetilcolina (acetilcolinérgico) e possui essa denominação por
constituído de neurônios grandes. A acetilcolina é também produzida no sistema nervoso periférico
(motoneurônios espinhais), nos gânglios simpáticos e parassimpáticos e nas fibras pós-ganglionares
simpáticas. É o principal responsável pela ativação do sistema reticular e seu controle. Sendo excitatório,
causa a saída de K+ e a entrada de Na+. Seus principais receptores dão os nicotínicos e os muscarínicos. No
SNC, está relacionado ao controle da excitabilidade geral do cérebro, à memória, à aprendizagem e ao ciclo
sono-vigília. No sistema nervoso periférico, controla a contração muscular (movimentos). No sistema
nervoso simpático e parassimpático, está envolvido com todas as funções vegetativas, como movimentos,
cardíacos e respiratórios, sudorese, salivação, respiração. A deficiência na elaboração da acetilcolina no pelo
núcleo gigantocelular causa a doença de Alzheimer, que leva à degeneração cerebral. A miastenia grave
também está relacionada a este transmissor, sendo uma doença autoimune contra os receptores musculares
nicotínicos, causando fraqueza muscular e perda progressiva de movimentos.

Locus ceruleus - é um grupo de neurônios situados na parte posterior do tronco cerebral, no ponto da
junção do mesencéfalo com a ponte. Emitem fibras ascendentes que se espalham pelo tálamo, hipotálamo,
sistema límbico (principalmente amígdala e hipocampo) e por todo o córtex. Também emite fibras
descendentes para o tronco encefálico e a medula, possuindo um ramo que se liga para o cerebelo. No
sistema periférico, o seu transmissor é produzido em todas as fibras pós-ganglionares simpáticas, e ele
elabora noradrenalina (noradrenérgicos). No SNC, este transmissor está relacionado ao controle da atenção,
à ansiedade, ao estado de humor, à memória-aprendizagem, às vias da dor e ao clico sono-vigília, sendo que,
no último caso, possui relação mais direta com os sonhos (Sono Rem). Em situação de estresse, há um
grande derrame de noradrenalina no sangue, causando uma mudança no metabolismo corporal (a fim de
sustentar uma maior demanda energética) e tornando a pessoa mais atenta (excesso de atenção +situação de
perigo), com maior velocidade de raciocínio (a fim de se defender). O excesso de noradrenalina pode causar
ansiedade patológica e ataque de pânico. Nesse caso, quando há situação de perigo iminente, que, embora
não seja real, o sistema nervoso interpreta com tal, é derramada noradrenalina no sangue, com o objetivo de
o indivíduo se defender. Já a diminuição de noradrenalina parece estar relacionada aos estados depressivos.
A cocaína inibe na recaptação desse transmissor, deixando a pessoa "ligada", as anfetaminas aumentam sua
liberação, e os neurolépticos (antipsicóticos) bloqueiam seus receptores, anulando sua ação.

Quando estamos com sono, ele inibe o núcleo giganto celular, mas quando estamos motivados a prestar
atenção em alguma coisa o núcleo giganto celular inibe o locus ceruleus.
19

Núcleos da rafe- Rafe é a prega que une as duas metades do tronco cerebral, implicados na fisiologia do
sono (N-Rem) e alterações do humor ou estado de ânimo pela síntese do neurotransmissor serotonina
(serotonérgicos). Na depressão, ocorre uma diminuição de sua elaboração, e os medicamentos
antidepressivos impedem sua recaptação na fenda sináptica, potencializando, assim, sua ação e melhorando
o estado de humor e de ânimo. Também, age inibindo a degradação enzimática, o que prolonga seu efeito
natural.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Figura 23. Esquema da divisão do Sistema Nervoso Periférico (SNP)

O sistema nervoso periférico inclui os tecidos nervosos localizados fora do sistema nervosos central.
Ele é formado por duas divisões funcionais: a divisão sensorial, ou aferente, que conduz as informações
sensitivas ao sistema nervoso central, e a divisão motora, ou eferente, que transmite os comandos motores
aos músculos e glândulas (Figura 23 e 24). A divisão eferente é formada por dois componentes: (1) o
sistema nervoso somático, que inerva os músculos esqueléticos, e (2) o sistema nervoso autônomo, que
inerva os músculos lisos, a musculatura cardíaca e as glândulas.

O Sistema Nervoso Periférico é formado por um conjunto de nervos que podem ser classificados em dois
tipos: raquidianos e cranianos.
Os nervos raquidianos são 31 pares de nervos que partem da medula espinhal e se ramificam por
todo o corpo. Os nervos raquidianos são formados pelas raízes nervosas que se iniciam nos ramos que
formam o H da substância cinzenta da medula espinhal.
Quanto à transmissão dos estímulos nervosos, os nervos podem ser de três tipos:
• Sensitivos: Levam os estímulos nervosos do corpo para o cérebro.
• Motores: Levam os estímulos nervosos do cérebro para o corpo.
• Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, os nervos raquidianos

De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos distribuem-se da seguinte
forma:
• oito pares de nervos cervicais;
• doze pares de nervos dorsais;
• cinco pares de nervos lombares;
• seis pares de nervos sagrados ou sacrais.
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Figura 24. Esquema do sistema motor e visceral do S. N. Somático e Autônomo.

NERVOS CRANIANOS

Os nervos cranianos são constituídos por doze pares de nervos que saem do encéfalo e se distribuem pelo
corpo. Podem ser sensitivos, motores ou mistos (figura 25). Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos
dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade
geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: I - Nervo Olfatório. II - Nervo Óptico; VIII - Nervo
Vestibulococlear.

Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-
posteriores do pescoço. São eles:
III - Nervo Oculomotor
IV - Nervo Troclear
VI - Nervo Abducente
XI - Nervo Acessório
XII - Nervo Hipoglosso
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Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:


V - Trigêmeo
VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago
A seguir, apresento a relação desses doze pares de nervos e suas respectivas funções.
I. Nervo Olfativo: percepção do olfato; conduz os estímulos do olfato para o cérebro.
II- Nervo Óptico: Percepção visual; conduz os estímulos de luz do globo ocular para o cérebro.
III – Nervo Motor ocular comum, oculomotor: Estimula a contração dos músculos que movimentam os
olhos para baixo e para cima, e medial, pupila e cristalino, Motricidade dos músculos ciliar.
IV - Nervo Troclear ou Patético: Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os para os lados e
para baixo.
V-Nervo Trigêmeo: Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor);
Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial).
VI- Nervo Motor ocular externo ou abducente: Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os
lateralmente.
VII-Nervo Facial: Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor);
percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial). Estimula os músculos lacrimais.
VIII - Nervo vestíbulo-coclear: Conduz para o cérebro os estímulos sonoros e os impulsos responsáveis
pelo equilíbrio.
IX- Nervo Glossofaríngio: Conduz os estímulos do paladar para o cérebro (sensibilidade gustativa nos dois
terços anteriores da língua) e movimenta os músculos da faringe.
X- Nervo Pneumogástrico ou Vago: Estimula o coração, os pulmões, o estômago e o intestino, entre outros
órgãos, dando movimento e sensibilidade às vísceras.
XI - Nervo Acessório ou Nervo Espinhal: Estimula os músculos do pescoço (esternoclidomastóideo),
movimenta a cabeça, o trapézio, a faringe (permitindo a fonação) e o palato.
XII - Nervo Hipoglosso: Estimula os músculos da língua.

Figura 25. Nervos cranianos, localização e função.


22

MEDULA ESPINHAL - A medula espinhal é um tubo nervoso, com aproximadamente 45


centímetros de comprimento e 1 centímetro de diâmetro, situado dentro da coluna vertebral. O
desenvolvimento em comprimento da ME é semelhante ao da coluna vertebral até o 3º mês de vida-intra-
uterina. A partir desse mês, a coluna vertebral apresenta um crescimento mais rápido que a ME. Com 6
meses, a medula fica ao nível da primeira vértebra sacra (Figura 26).

Cranialmente limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno. O limite caudal tem
importância clinica e no adulto situa-se para formar um cone medular (Figura 26).

A substância cinzenta da medula espinhal contém, predominantemente, corpos celulares de neurônios


(neurônios motores inferiores, neurônios sensitivos secundários e internurônios). A substância branca é
formada pelos axônios que ligam neurônios do encéfalo com neurônios da medula espinhal.
A medula espinhal tem duas funções:
• Conduzir os impulsos nervosos do corpo para o cérebro. Essa função é realizada pela substância
branca.
• Produzir os impulsos nervosos. Essa função é realizada pela substância cinzenta. A medula é capaz
de coordenar os atos involuntários ou inconscientes, como retirar o dedo rapidamente de uma panela
de água fervendo.
Apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência lombar, destinados
a inervação dos membros superiores e inferiores. A superfície da medula apresenta sulcos longitudinais
(sulco mediano posterior fissura mediana anterior, sulco lateral anterior, etc.). A um nível abaixo da segunda
vértebra lombar encontramos apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais, que
dispostas em torno do cone medular e filamento terminal (Figura 26), constituem, em conjunto, a chamada
cauda eqüina.

Figura 26. Desenvolvimento da


medula e da coluna vertebral
23

Filamento
cone medular
terminal

Figura 27. Cone Medular e filamento terminal da medula espinhal.

A medula espinhal possui também a substância branca na parte externa e a cinzenta, na interna. A
substância cinzenta se dispõe na forma de um H, cujos ramos dão origem às raízes nervosas que saem da
medula. A substância cinzenta é dividida em cornos e a substância branca em funículos (Figura 27).

Figura 28. Corte transversal da medula espinham.

Como todo sistema nervoso central, a medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas
meninges, que são: Dura-máter, Pia-máter e Aracnóide. A dura-máter é a mais externa, formada por fibra
colágenas, espessa e resistente, que envolve toda medula. Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com
a dura-máter craniana. A aracnóide se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter. É um emaranhado de
trabéculas. E a pia-máter é a mais delicada e mais interna (Figura 28 e 29).
Em relação com as meninges que envolvem a medula existem três cavidades ou espaços, epidural,
subdural e subaracnóideo. Os espaços epidural situam-se a dura matér e o periósteo do canal vertebral,
contem tecido adiposo e um grande número de veias. O espaço subdural, situado entre a dura-máter e a
aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de liquido, suficiente apenas para evitar a
aderência das paredes.
O centro da medula espinhal está o canal central que é percorrido pelo líquido cérebro espinhal,
também chamado de líquido cefalorraquidiano e de líquor. No cérebro, o liquor ocupa o espaço
subaracnóideo (espaço entre o crânio e o córtex cerebral - mais especificamente, entre as membranas:
aracnóide e pia-máter das meninges). É uma solução salina muito pura, pobre em proteínas e células, e age
como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Este líquido é utilizado para o diagnóstico
de patologias e para a introdução de antibióticos e meios de contraste.
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se
ligam, respectivamente, aos sulcos laterais posteriores e laterais anteriores da medula através de filamentos
radiculares. A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou
filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximos ao forame intervertebral. A raiz
24

dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas se prendem ao longo do sulco
lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. As
raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que
então emerge através do forame interespinhal (Figura 29).
A medula espinhal controla os atos reflexos. Dela emergem vários nervos cujos axônios são
provenientes de corpos celulares locais, do encéfalo ou de gânglios nervosos. Assim, pode ser entendida
como conexão nervosa entre os membros do tronco e o encéfalo. A Medula Espinhal (ME) e seus nervos
associados têm imensa importância funcional. Essas estruturas atuam para:

• Receber fibras aferentes, oriunda de receptores sensoriais de tronco e membros.


• Controlar os movimentos de tronco e membros
• Fornecer inervação autonômica para a maioria das vísceras
• Também é um centro reflexo.

Figura 29. Constituição interna da coluna vertebral.

Movimentos voluntários e actos reflexos


A maior parte da atividade do sistema nervoso é automática ou reflexa, por exemplo, quando
alguém nos belisca um braço. O belisco estimula os receptores sensitivos da pele e um nervo
transmite o impulso à espinal-medula. Os neurônios devolvem a mensagem, através dos nervos
motores, aos músculos do braço, que se contraem e fazem com que retiremos imediatamente.
Este processo reflexo ou arco é o sinal de que o impulso nervoso captado pelos receptores sensitivos
da pele não se dirige ao córtex cerebral para que este dê uma resposta; na realidade, o seu trajeto é
muito mais curto: a espinal-medula. Pelo contrário, a atividade voluntária, tem a sua origem em
diversas partes do córtex cerebral, concretamente nas áreas motoras. Destas áreas partem os
impulsos, através da espinal-medula e dos nervos motores, em direção aos músculos.
Trajeto do estímulo – fibra sensitiva de um nervo raquidiano (aferente) transmite até a medula
ou encéfalo passando pela raiz posterior; neurônios associativos (centro nervosos ou coordenador)
transforma o estímulo em uma ordem de ação; Essa ordem sairá da medula pela raiz anterior e será
enviado através de fibras motoras (ou eferente) ao órgão ( glândula ou músculo) que realizará uma
resposta ao estímulo inicial. O trajeto percorrido pelos impulsos nervosos, desde a recepção do
estímulo, até ao órgão efetor da reação é designado arco reflexo (Figura 30). Para que uma resposta
aconteça não é necessário racionalizar sobre aquele determinado estímulo, como exemplo temos o
reflexo patelar (Figura 31).
25

Figura 30. Trajeto do um estimulo.

Reflexos Incondicionados

Os Reflexos Incondicionados ou congênitos estão presentes no corpo humano desde o nascimento.


Acontecem na região do Sistema Nervoso Central ou na própria medula, devido a um estímulo
incondicionado, que o ocasiona naturalmente.

Esses atos inatos possuem extrema importância na sobrevivência do indivíduo, devido a suas ligações com
as funções vitais do organismo como a circulação, deglutição, excreção, respiração entre outros.

Exemplos de Reflexos Incondicionados: Em situações de choque a resposta imediata é o afastamento; Em


situações de calor o organismo responde através da transpiração e suor; Ao ver um alimento saboroso ocorre
a salivação; Situações de irritação nasal levando ao espirro; Exposição a luz intensa ocorre à contração da
pupila (algumas pessoas espirram também); Estimulação genital levando à ereção e lubrificação.

Para que uma resposta aconteça não é necessário racionalizar sobre aquele determinado estímulo. Não é
necessário que esta informação passe pelo Córtex Cerebral.

Um exemplo clássico desse reflexo é o reflexo patelar. Uma batida é dada na patela (estímulo) e a perna
levanta (reflexo). Você percebe o estímulo, que passa pela medula e retorna com a resposta (Figura 31)

Reflexos Condicionados

Além dos reflexos inatos aos seres humanos existem outros reflexos que podem
ser desenvolvidos por estímulos diferentes. Os reflexos condicionados são produzidos sob determinadas
condições preestabelecidas. Um exemplo de reflexo condicionado é quando algumas pessoas vão
ao dentista e ao escutarem o barulho da máquina usada pelo profissional, ficam ansiosas, com medo, devido
suas vivências anteriores onde o barulho da maquina esta relacionado com a dor e o estresse da consulta.
Outro exemplo é que para alguns bebês os sons vindos do balanço da mamadeira causam sensações de fome.
Os reflexos condicionados variam de cada indivíduo e dependem de suas condições de vida. As reações
formadas através dos reflexos condicionados se transformam em sinais que podem ser visuais, sonoros, entre
outros, sendo comum aos homens e animais. Porém a palavra é específica dos seres humanos, sendo um
estímulo poderoso, onde, por exemplo, a palavra “comida” mesmo na ausência do alimento pode representá-
lo muito bem. Estes reflexos envolve todo o processamento das vias de informação e respostas no sistema
nervoso. (Figura 32).
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Figura 31. Reflexo patelar

Figura 32. Processamento das vias de informações e respostas assimiladas pelo Sistema Nervoso Central

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

O sistema nervoso autônomo o próprio nome diz, o sistema nervoso autônomo é aquele que funciona
independentemente de nossa vontade, também chamado sistema nervoso visceral ou vegetativo. É ele que
controla as funções da vida vegetativa, como as funções viscerais do organismo, mantendo-o estável frente
as necessidades de adaptação aos meios de adaptação aos meios internos e externos, constituindo a
homeostase. Normalmente, não afetam a consciência, como os movimentos do canal alimentar e do coração,
a contração da musculatura lisa dos vasos sanguíneos, a bexiga urinária, a íris dos olhos, entre outras, além
das secreções de várias glândulas.

O sistema nervoso autônomo compõe-se de três partes:


• Dois ramos nervosos situados ao lado da coluna vertebral. Esses ramos são formados por pequenas
dilatações denominadas gânglios, num total de 23 pares.
• Um conjunto de nervos que liga os gânglios nervosos aos diversos órgãos de nutrição, como o estômago, o
coração e os pulmões.
• Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos raquidianos, fazendo com que o
sistema autônomo não seja totalmente independente do sistema nervoso cefalorraquidiano.
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Os nervos autônomos originam-se no encéfalo ou na medula espinal, assim como os nervos do


sistema nervoso somático. Mas, ao contrário do sistema nervoso somático, as fibras autônomas são formadas
não por um, mas por dois neurônios motores. Eles conectam-se uma vez, antes de deixar a medula e antes de
atingir o órgão efetor. Estas sinapses estão localizadas em gânglios fora da medula espinhal. As fibras que
passa da medula para os gânglios são denominadas fibras pré-ganglionares; aquelas que passam dos gânglios
para os órgãos efetores são denominadas fibras pós-ganglionares.

O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é composto por duas porções distintas: Simpático e
Parassimpático, cujas ações são antagônicas. Estas duas vertentes atuam normalmente em simultâneo sendo
do equilíbrio entre a força de ação de cada uma delas (tônus) que nasce a extrema capacidade regulatória do
SNA, essas ações estendem-se a diversos domínios biofisiológicos do nosso organismo, incluindo o débito
sanguíneo pelos tecidos. O sistema nervoso autônomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema
nervoso parassimpático.
De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas). Um corrige os excessos do
outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema
parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do
estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.
O Simpático tem ação essencialmente vasoconstritora, mediante a libertação do neurotransmissor
norepinefrina (vasocontritor) pelos seus botões terminais, ao contrário do Parassimpático.
O SNP autônomo parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções
do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras do Parassimpático que tem ação vasodilatadora mediante
a libertação de acetilcolina.

O sistema nervoso simpático estimula ações que permitem ao organismo responder a situações de
estresse, como a reação de lutar, fugir ou uma discussão. Ex: a aceleração dos batimentos cardíacos,
aumento da pressão arterial, o aumento da adrenalina, a concentração de açúcar no sangue e pela
ativação do metabolismo geral do corpo e processam-se de forma automática, independentemente da nossa
vontade. O sistema nervoso parassimpático é o responsável por estimular ações que permitem ao organismo
responder a situações de calma, como fazer yoga ou dormir. Ex: a desaceleração dos batimentos
cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição da adrenalina, e a diminuição do açúcar no
sangue. (Figura 34).

A unidade funcional primária dos sistemas nervoso simpático e parassimpático consiste de uma via
motora formada por dois neurônios: um pré-ganglionar - tem o corpo celular localizado no SNC; um
neurônio pós-ganglionar - tem o seu corpo celular num gânglio autonômico (Figura 33). As fibras pré-
ganglionares do sistema nervoso autônomo (simpáticas e parassimpáticas) liberam o neurotransmissor
acetilcolina no gânglio autonômico e são chamadas de fibras colinérgicas. Há diferença entre a estimulação
simpática e parassimpática em relação ao tempo de duração; a estimulação promovida pela acetilcolina dura
cerca de 5 a 10 vezes mais que a estimulação adrenérgica do simpático. (Figura 33 e Tabela 1)

Figura 33. Neurotransmissores que participam da estimulação do Sistema Nervoso Simpático e


Parassimpático.
28

Tabela 1. Principais diferenças do Sistema Nervoso Parassimpático e Simpático.


Parassimpático Simpático

Neurônios pré-ganglionares do sistema Neurônios pré-ganglionares estão localizados nos


parassimpático são encontrados no tronco segmentos torácicos e lombares altos da medula
encefálico e na medula espinhal sacral, espinhal, fazendo com que ele seja também
fazendo com que ele seja também denominado de divisão tóraco-lombar do sistema
denominado de divisão craniossacral. nervoso autônomo.
os neurônios pós-ganglionares são Os neurônios pós-ganglionares estão localizados
encontrados nos gânglios parassimpáticos nos gânglios paravertebrais ou no pré-vertebrais,
que estão próximos ou mesmo localizados que se encontram a alguma distância dos órgãos-
nas paredes dos órgãos- alvo. alvo.

As fibras pós-ganglionares parassimpáticas As fibras pós-ganglionares simpáticas podem ser


são colinérgicas (liberam acetilcolina) tanto colinérgicas como adrenérgicas (liberam
noradrenalina ou adrenalina).
As fibras pré-ganglionares muito longas As fibras pré-ganglionares bastante curtas em
que emergem do encéfalo ou dos comparação com as fibras pós-ganglionares.
segmentos sacrais.

Figura 34. Ações que envolvem o Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático.


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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BECKER, R. O.; SILVA, M. H. PEREIRA, G.A.M; Pavani, K. K. G. Anatomia Humana. SAGAH EDUCAÇÃO S.A. 2018.
560p. Biblioteca Virtual UNIFIP.
BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociência: desvendando o sistema nervoso. 4. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017. 1016 p. Biblioteca Virtual UNIFIP.
LENT, R. Cem bilhões de neurônios: Conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.
848p.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANDRADE, V. M.; SANTOS, F. H.; BUENO, O. F. A. Neuropsicologia hoje. São Paulo: Artmed, 2004. 454p
SCHIFFMAN, H.R. Sensação e percepção. (5ª ed.). Rio de Janeiro: LTC, 2005. 444p
GUYTON, A. C. Fisiologia orgânica: estrutura e função do sistema nervoso. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1974.
MURRAY, E. J. Motivação e Emoção. São Paulo: zahar, 1971
SCHMIDT, A. G.; PROSDÓCIMI, F. C. Manual de neuroanatomia humana: guia prático. Rio de Janeiro: Roca, 2017.
Biblioteca Virtual UNIFIP

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