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CONHEÇA O BUDISMO

O signi cado do Nam-myoho-renge-kyo


Entenda o princípio básico budista daqueles que fazem
esforços em prol do bem de si e dos outros

POR SEIKYOPOST | 09 MAR 2017

A essência do budismo professado pela Soka Gakai é a convicção de que todos têm capacidade de superar qualquer di culdade e de
transformar seu sofrimento a cada instante. Nossa própria vida possui esse poder porque é inseparável da lei fundamental que
sustenta o funcionamento do universo.

O buda Nichiren Daishonin surgiu no século 13 no Japão, teve sua existência marcada como monge budista cujos ensinamentos a Soka

Gakkai Internacional (SGI) se baseia, e foi quem despertou para essa lei universal, ou princípio, nomeando-a Nam-myoho-renge-kyo.

Com a prática budista que ele criou e desenvolveu (de recitar Nam-myoho-renge-kyo), abriu-se o caminho para todas as pessoas
ativarem o poder dessa lei inerente dentro da própria vida. Dessa forma, pela sincera e convicta recitação de daimoku podemos
infalivelmente experimentar a alegria de que somos capazes de nos libertar do sofrimento no nível mais fundamental.

Shakyamuni, fundador do budismo, viveu na Índia há cerca de 2.500 anos e foi o primeiro a despertar para essa lei pelo desejo de
encontrar meios que permitissem a todas as pessoas serem livres das dores inevitáveis da vida. O registro dos ensinamentos de
Shakyamuni para despertar as pessoas foi compilado para a posteridade em vários sutras budistas. O ponto culminante desses
ensinamentos é o Sutra do Lótus. Em japonês, “Sutra do Lotus” é representado como Myoho-renge-kyo.
Em meio à turbulência do século 13 no Japão, ou seja, várias centenas de anos após Shakyamuni, Nichiren Daishonin despertando para
a lei da vida inerente a si mesmo, discerniu que essa lei fundamental está contida no Sutra do Lótus revelado por Shakyamuni, e
concisamente expressa no título Myoho-renge-kyo. Daishonin designou o título do sutra como o “nome da Lei” e estabeleceu a prática
da recitação do Nam-myoho-renge-kyo no meio pragmático para que todos pudessem concentrar o coração e a mente na oração e
manifestar seu poder transformador em realidade.

A palavra nam é derivada de namas, que, em sânscrito, signi ca “devoção” ou “dedicar a própria vida”. Nam-myoho-renge-kyo,
portanto, é assumir um compromisso numa expressão da determinação em abraçar e manifestar a natureza de buda intrínseca.

Os ideogramas chineses individuais que compõem Myoho-renge-kyo expressam as principais características dessa Lei. Myo pode ser

traduzido como “místico” ou “maravilhoso”, e ho signi ca “lei”, e é chamada “mística” apenas porque é difícil de compreender.

O que é exatamente difícil de compreender?

É a admiração das pessoas comuns, que são vítimas de ilusão e sofrimento, despertando para a lei fundamental em sua própria vida,
fazendo brotar sabedoria e compaixão e, percebendo que são budas, são capazes de resolver os próprios problemas e os dos outros.

A or de lótus é pura e perfumada, cresce em água lamacenta mas permanece imaculada. Da mesma forma, a beleza e a dignidade de
nossa humanidade vêm à tona em meio aos sofrimentos da realidade diária.

Sua peculiaridade é que ela produz a or e o fruto ao mesmo tempo. Isso ilustra o princípio “simultaneidade de causa e efeito” — não

temos de esperar para nos tornarmos perfeitos no futuro, podemos revelar o poder da Lei Mística de dentro da nossa vida a qualquer

momento.

Por m, a palavra kyo signi ca literalmente “sutra”. O ideograma chinês kyo também dá a ideia de uma “linha”: quando um tecido é
fabricado, inicialmente as linhas verticais são colocadas no lugar. Elas representam a realidade básica de vida, a estrutura estável

através da qual as linhas horizontais são tecidas. Essas linhas horizontais, que representam as diversas atividades da nossa vida diária,
compõem o tecido-padrão, dando cor e variedade.

O “tecido da nossa vida” é composto tanto pela verdade fundamental e duradoura como pela realidade movimentada da nossa

existência diária com sua singularidade e diversidade. Uma vida composta apenas de linhas horizontais rapidamente se desfaz.

Em seus escritos, Nichiren Daishonin enfatiza a essência da fé ao escrever: “O Sutra do Lótus, no qual o Buda sinceramente descarta

os meios apropriados, ensina que uma pessoa só pode ‘obter o acesso somente por meio da fé’. (...) Desse modo, a fé é o requisito
básico para entrar no caminho do buda”.
A Lei Mística é a força ilimitada que abarca tudo e recitar o daimoku é ter fé em seu próprio potencial, principalmente porque não é

uma frase mística com poder sobrenatural. O Nam-myoho-renge-kyo não é uma entidade transcendental, é simplesmente o princípio
básico de que aqueles que têm uma vida normal e fazem esforços consistentes em prol do bem de si mesmo e dos outros serão

devidamente vitoriosos.

A recitação do Nam-myoho-renge-kyo é para revelar a pura e fundamental energia vital honrando a dignidade de nossa vida como

uma pessoa comum e igual a todos, e com direito a ter uma existência feliz.

Nota: Adaptado do texto publicado na revista SGI Quarterly, número 84, de abril de 2016.

Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.360, 18 fev. 2017, p. A3

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Ednalva Figueredo
Obrigada pelos esclarecimentos o Namyohorenguekyo é magnifico
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Maria Luiza Tiago


Muito obrigada, devo muito ao budismo não deixei de recitar me apego muito a ele...
Curtir · Responder · 2·4a

Amanda Lisbôa
Gratidão pela matéria!!!!!
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Teresa Chrisostomo Bortt


Obrigado, amei.
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Roseney Cardoso
Maravilhosoooo. . . . Amooooo ser budista �
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Matheus Ponzo
Você não é budista,está budista!
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Claudio Carvalho
Moyses Lago
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Claudio Carvalho
Moi Ses e Math Eus , Tirem a primeira Pedra
Curtir · Responder · 1·3a

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