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Nascimento e morte são diferentes aspectos da vida. A vida só se manifesta mediante o ciclo de nascimento e morte.
Aos olhos dos mortais comuns, a vida se inicia com o nascimento e termina com a morte. O discernimento budista, contudo, vai além
dessa limitação e evidencia a essência da vida como um todo, manifestando-se ativamente como nascimento e persistindo de forma
dormente como morte.
O capítulo “Duração da Vida” (16º) do Sutra do Lótus faz alusão a “re uxo” e “ uxo”. “Re uxo” refere-se à morte e “ uxo”, à vida. Com
base na perspectiva da eternidade da vida, o capítulo “Duração da Vida” a rma que a vida em si não desaparece nem aparece, não
passa por nascimento nem pela morte.
No escrito Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente, Nichiren Daishonin revela uma visão de vida ainda mais profunda,
como a “natureza originalmente inerente do nascimento e morte”.
Segundo esse princípio, estar vivo é o estado no qual nossa vida manifesta-se ativamente, e a morte é o estado no qual ela retorna à
condição latente ou potencial. Essa é a verdadeira natureza da vida.
O ensinamento supremo do budismo, que concebe o “estar vivo” como um estado ativo e a morte como um estado latente, fornece
uma visão profunda e magní ca da eternidade da vida.
Além disso, elucida a unicidade da vida e da morte. A vida é ativada por uma força subjacente maravilhosa. Quando em seu estado
latente, entra em contato com as causas e condições apropriadas, torna-se manifesta e assume a forma de um ser vivo dinâmico
detentor de rica individualidade. Depois, essa vida ui e caminha serenamente para a morte. Mas, ao entrar em sua fase potencial
latente, armazena uma nova energia, aguardando a nova fase de vida que se seguirá.
A vida é uma explosão e combustão de energia armazenada que se encontrava em estado de repouso. Por m, essa vida encerra sua
história e retorna para a morte. Funde-se com o universo, é recarregada pela energia da vida do universo como um todo e espera seu
próximo surgimento como uma vida ativa.
Essa é a natureza da vida e da morte inerente a tudo, e o Nam-myoho-renge-kyo compõe a base desse ritmo intrínseco do universo.
O presidente Ikeda explica que, em vez de ignorar ou negar a morte, precisamos perceber corretamente a verdadeira natureza da
existência, a questão fundamental na vida, e compreender que a consciência acerca das profundas implicações da morte, na realidade,
Todos nós sabemos que vamos morrer um dia. Agarramo-nos, porém, à ideia do “um dia”, esperando que seja bem longe no futuro. Os
jovens naturalmente tentam deixar de lado o pensamento sobre a morte, pois isso se dá mais com os mais velhos, e talvez se
A realidade da vida, contudo, é que ela pode chegar ao m a qualquer momento. A possibilidade da morte está sempre presente – seja
por meio de um terremoto, um acidente ou uma doença repentina. Nós simplesmente optamos por nos esquecer disso.
Alguém certa vez observou: “A morte não ca esperando à nossa frente; ela vem sorrateiramente nos apanhar por trás”.
Enquanto camos procrastinando, dizendo a nós mesmos: “Vou me esforçar com a nco um dia” ou “Empreenderei mais esforços
depois de terminar de fazer isto”, nossa vida passa e, antes que nos apercebamos, enfrentaremos a morte sem ter conquistado nada,
sem ter acumulado algum tesouro interior realmente profundo na vida. Muitas pessoas vivem desse modo. Quando chega o momento
Pensando bem, quer a morte o aguarde daqui a três dias, três anos ou três décadas, a realidade é essencialmente a mesma. Por isso é
tão importante viver de forma plena neste exato instante, de modo que não tenha nenhum arrependimento se vier a morrer a
qualquer momento.
Na perspectiva da eternidade, até mesmo um século não passa de um instante. É uma verdade genuína, como a rma Daishonin, o fato
de que “este é o último momento de sua vida”. O presidente Josei Toda também dizia: “Na verdade, praticamos o budismo para o
momento de nossa morte”.
Nenhuma certeza é maior do que a morte. Por esse motivo, é vital que assumamos para nós a tarefa de acumular os tesouros do
coração que perdurarão pela eternidade. A maioria das pessoas, contudo, protela esta que é a mais primordial de todas as tarefas, ou a
posterga para algum dia no futuro.
Não há nada tão importante quanto aquilo que o budismo denomina de “a grande questão da vida e da morte”. Comparado a esse tema
crucial, todo o resto é secundário – fato que se torna profusamente claro no momento da morte.
Alguém que acompanhou os momentos nais de muitas pessoas no leito de morte observou: “Em seus derradeiros dias, parece que as
pessoas frequentemente relembram sua vida como se estivessem tando um vasto panorama. O que aparentemente se sobressai não
são fatos como ter comandado uma empresa ou ter sido bem-sucedido nos negócios, mas como elas viveram, quem amaram, com
quem foram gentis, quem elas magoaram. Todas as emoções mais profundas – o sentimento de terem sido éis às suas crenças e
vivido uma existência realizada, ou o remorso doloroso de terem traído os outros – precipitam-se sobre elas à medida que se
aproximam da morte”.
A consciência da morte confere um signi cado maior à nossa vida. Despertar para a realidade da morte nos propicia buscar o eterno e
A morte nos faz valorizar o presente. A rma-se que a civilização moderna ignora ou rejeita a morte. Não é coincidência o fato de se
tratar também de uma civilização caracterizada pela busca desenfreada dos desejos. Uma sociedade ou civilização, bem como o
indivíduo, que tentar fugir da questão fundamental da vida e da morte entrará em decadência espiritual por se restringir à atitude de
viver o momento e não conseguir enxergar além.
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Elidiane Silva
Aparecida, tenho uma membro que perdeu o segundo filho com 12 dias de vida por
complicações no coração. Vim buscar mais direcionamentos para ajudá-la. Vc tem algum
material escrito que poderia ajudá-la a entender mais sobre esse processo de morte?
Curtir · Responder · 1·2a
Marilea Leinha de PA
Acho que o tema merecia um reflexao mais elaborada...
Curtir · Responder · 3·2a
Terezinha Torres
Muito boa. Bem explicado
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I
Curtir · Responder · 1·1a