Resenha sobre o Documentário "Quem matou o carro elétrico?".
O documentário apresenta-se de maneira clara e precisa, a complexa
trama que se desenrolou por trás do velório e subsequente funeral desta ideia tão polemizada. A suposta falta de interesse dos consumidores, as montadoras, as petroleiras e o governo são apresentados como suspeitos pelo assassinato do carro elétrico juntamente com o desenvolvimento de carros movidos a hidrogênio, a atuação do CARB nos EUA (California Air Resources Board) e as baterias ainda pouco desenvolvidas para os veículos movidos à eletricidade. Na Califórnia em meados dos anos 200, existiram modelos de carros elétricos. Nos EUA, por seguinte, era feito uma espécie de contrato, onde, o veículo era alugado para o cliente por um determinado período. O processo funcionava da seguinte forma: pagava para usar o veículo e no fim do contrato tinha a opção de comprar o carro, ou não. Acontece que quando esse contrato acabou, as montadoras não deram a opção de compra para os usuários e recolheram todos os carros, fazendo com que de uma "hora para outra" eles sumissem do mercado e das ruas. O que mais impressiona é a forma como é mostrado a destinação dos carros (elétricos ou não). Eles amassam e moem (trituram) os carros e enviados para os depósitos de lixo. Sem reaproveitar nem reciclar nada e pior, eles fizeram isso com carros em perfeito estado de uso (no caso dos elétricos). É claro que no dia-a-dia o uso do carro elétrico não polui pois não emite nenhum tipo de poluente, mas a energia que o abastece pode não ser assim tão limpa e acabar ficando elas por elas. Não resta claro o comparativo e a comprovação de que um carro elétrico é mesmo muito melhor que carros a combustão. Importante frisar, que o filme não é convencer “que o uso de um carro elétrico é de fato mais limpo”, mas mostrar o poder que as empresas têm na vida do cidadão americano comum.
No documentário referência ao fato de que, mesmo que a energia
elétrica utilizada no carro seja oriunda de usinas termoelétricas (o que não ocorre em todos os casos), os efeitos danosos ao ambiente são muito menores do que os carros movidos a combustíveis derivados do petróleo. O objetivo da energia elétrica nos carros é aproveitar uma energia muito mais “limpa” do que o petróleo, mas, acima de tudo, uma tecnologia economicamente viável nos dias de hoje, ao contrário do hidrogênio que, como mostrado no documentário, está longe de se tornar algo viável. Assim, não se busca uma energia totalmente limpa, mas sim uma melhor opção.