Você está na página 1de 4

Se a vida está difícil para você, imagine para o deputado Eduardo Cunha

(PMDB-RJ), que tem tantas acusações que talvez nem as saiba de cor.
Mas os juízes do Supremo Tribunal Federal que suspenderam seu
mandato de presidente da Câmara dos Deputadossabem.

Ainda assim, aqui vai uma lista para refrescar a memória: no Conselho
de Ética, o PSOL e a Rede o acusam de ter mentido na CPI da Petrobras,
ao negar que tenha escondido contas no exterior; já na Lava Jato, o
político enfrenta acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, sendo
alvo de três inquéritos e de mais três pedidos de investigação — uma
delas afirma que Cunha é um dos líderes de uma célula criminosa que
teria atuado na hidrelétrica de Furnas. O deputado nega, e ele até tem
um emoticon que pode ser usada para rebater as acusações: ¯\_(ツ)_/¯

Se fosse um personagem da animação Divertida Mente, provavelmente,


o cérebro de Cunha teria uma única emoção no controle: a ganância. E,
assim como no filme da Pixar, a psicologia nos ajuda a entender como
funciona a mente de uma pessoa que coloca o interesse próprio acima
de tudo.

Um dos motivos pode ser a cadeira que a pessoa ocupa. Sim, o poder


corrompe. No livroUnderstanding Ethical Failures in Leadership, o
filófofo Terry Price sugere que quanto quanto mais poder, menor é a
chance de a pessoa achar que a lei se aplica a ela. Em um artigo para
a Psychology Today, o psicólogo Ronald Riggio separa o poder em dois
tipos: o poder social e o pessoal. Enquanto o primeiro é voltado para o
bem geral, o segundo se volta para atos ilegais simplesmente
porque a pessoa pode realizá-los com a segurança de que não
será pego.

Segundo ele, o lado positivo do poder é fazer com que os líderes sejam
mais assertivos em suas decisões, usando sua influência para realizar os
trabalhos que precisam ser feitos. “Pelo lado negativo, quanto mais
poderosa é a pessoa, mais ela foca em suas próprias vontades,
passando a enxergar menos os outros“, explica.
Um estudo da Universidade de Lausanne, na Suiça, mostrou que a
testosterona também é um fator importante para a corrupção.
Para chegar a este resultado, os pesquisadores apresentaram um jogo a
um grupo de voluntários. Na brincaderia, um líder com determinado
número de seguidores poderia escolher dividir uma quantia em dinheiro
ou guardar o montante para si. Os pesquisadores descobriram que
quanto maior o número de seguidores, menor era a inclinação do líder a
dividir o dinheiro.

Em outra fase do teste, os pesquisadores pediram para os participantes


votarem na opção que o líder deveria tomar. A maioria optou por aquela
que beneficiava a todos, apenas 3,3% achavam que o líder deveria ficar
com o dinheiro para si. Ainda assim, quando estavam na posição de
liderança, a maioria dos participantes tomavam decisões que
beneficiavam a eles mesmos.

Outra constatação: aqueles que tinha um maior nível de


testosterona (ou seja, homens) eram mais corruptos quando
detinham o poder. “Talvez nossas descobertas não expliquem tudo
sobre indivíduos dominantes como Silvio Berlusconi (…). Mas elas
sugerem que as instituições deveriam limitar o quanto seus líderes
devem beber do sedutor cálice do poder”, explicou ao jornal The
Guardian o professor John Antonakis, que liderou o estudo.

Infelizmente, a corrupção não se aplica apenas a Cunha, mas também


aos 143 parlamentares da Câmara dos Deputados que são réus ou
condenados criminalmente e a uma série de outros políticos — oi, Paulo
Maluf. À Psychology Today, o psicólogo Ken Eisold afirmou que
“corruopção não é aceitável, mas ela nunca será totalmente erradicada”.
Para ele, a prática é como o tempo, que deve ser monitorado para
amenizar os danos do que for possível. Como afirmou o Eduardo Cunha
na votação do impeachment da presidente Dilma Roussef na Câmara,
que Deus tenha misericórdia dessa nação.

Ainda assim, aqui vai uma lista para refrescar a memória: no Conselho de Ética, o
PSOL e a Rede o acusam de ter mentido na CPI da Petrobras, ao negar que tenha
escondido contas no exterior; já na Lava Jato, o político enfrenta acusações de
corrupção e lavagem de dinheiro, sendo alvo de três inquéritos e de mais três
pedidos de investigação — uma delas afirma que Cunha é um dos líderes de uma
célula criminosa que teria atuado na hidrelétrica de Furnas. O deputado nega, e ele
até tem um emoticon que pode ser usada para rebater as acusações: ¯\_(ツ)_/¯

Se fosse um personagem da animação Divertida Mente,


provavelmente, o cérebro de Cunha teria uma única emoção no
controle: a ganância. E, assim como no filme da Pixar, a
psicologia nos ajuda a entender como funciona a mente de uma
pessoa que coloca o interesse próprio acima de tudo. 

Um dos motivos pode ser a cadeira que a pessoa ocupa. Sim, o


poder corrompe. No livro Understanding Ethical Failures in
Leadership, o filófofo Terry Price sugere que quanto quanto mais
poder, menor é a chance de a pessoa achar que a lei se aplica a
ela. Em um artigo para a Psychology Today, o psicólogo Ronald
Riggio separa o poder em dois tipos: o poder social e o pessoal.
Enquanto o primeiro é voltado para o bem geral, o segundo se
volta para atos ilegais simplesmente porque a pessoa
pode realizá-los com a segurança de que não será pego.

Segundo ele, o lado positivo do poder é fazer com que os líderes


sejam mais assertivos em suas decisões, usando sua influência
para realizar os trabalhos que precisam ser feitos. “Pelo lado
negativo, quanto mais poderosa é a pessoa, mais ela foca
em suas próprias vontades, passando a enxergar menos
os outros”, explica.

Um estudo da Universidade de Lausanne, na Suiça, mostrou


que a testosterona também é um fator importante para a
corrupção. Para chegar a este resultado, os pesquisadores
apresentaram um jogo a um grupo de voluntários. Na brincaderia,
um líder com determinado número de seguidores poderia
escolher dividir uma quantia em dinheiro ou guardar o montante
para si. Os pesquisadores descobriram que quanto maior o
número de seguidores, menor era a inclinação do líder a dividir o
dinheiro.
Em outra fase do teste, os pesquisadores pediram para os
participantes votarem na opção que o líder deveria tomar. A
maioria optou por aquela que beneficiava a todos, apenas 3,3%
achavam que o líder deveria ficar com o dinheiro para si. Ainda
assim, quando estavam na posição de liderança, a
maioria dos participantes tomavam decisões que
beneficiavam a eles mesmos

Você também pode gostar