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Ele Falou Que Vinha
Ele Falou Que Vinha
João: Falou!
Rafaela: Então ele vem, ele de ter parado, provavelmente em algum bar ou algo assim.
João: Entendo.
João: Você não me entendeu, chegando mais perto da Rafaela o que a gente, faz até lá?
Rafaela: João!!!
João: Então tá, agente faz outro coisa então, mas, o quê?
Rafaela: Ah, sei lá, eu começo contando daí você continua também ...
Rafaela: Isso!
João: É, mas quando eu queria você nem deixou eu terminar de falar né?
João: Quero!
Rafaela: Então tá! Eu começo!
João: Oquei
Rafaela: Ué! Mas é uma historia, tem que ter era uma vez ...
João: Rafa!
Rafaela: Então, era uma vez um menininho que não gostava de brincar com ninguém!
Rafaela: Disse o menino, enquanto ele brincava, em seu quintal, sozinho, nos fundos, sem ninguém!
João: Ué, quem for ler sua historia, “der”. Sem falar que a trama é bem chata, da uma animada.
Rafaela: Então, tá, voltando a historinha, era um menino muito solitário, mas não queria brincar
João: Não pisei, é que desse ângulo e dessa luz pode até parecer que eu pisei, mas não pisei não!
João: Se eu estivesse falando com você, eu diria que “sim” mas não estou, então deixo somente uma
Rafaela: Bobo!
João: Egoísta é a senhora sua mãe, que eu não apelei nem falei palavrão!
Rafaela: E a garotinha foi embora,e ele ficou lá, a principio feliz, mas depois começou a deprimir, e
Rafaela: E solitário!
João: E solitário!
Rafaela: Disse o menino, e então ele percebeu, que ser chato desse jeito, e não gostar de errar e de
Eles dançam uma cantiga de roda, e caem no chão ao final da dança. Após a dança eles param de
interpretar a cena.
João: Tá! A historia se chama, ouve só eu que inventei! Chama, “Chapeuzinho Vermelho”!
Rafaela: Eu já ouvi essa historia! Dá menina do chapéu vermelho que leva doces a vovó!
Rafaela: A é?
João: É
João: Era uma vez a chapeuzinho vermelho, cuja a mãe, que já morreu, era daltônica, por isso a
Rafaela: Azul!
João: Azul!
João: É mesmo! Mas então, a chapeuzinho vermelho do capuz azul cuja a mãe era daltônica, estava
João: Filhinha!
Rafaela: Eu!
João: Eu tenho uns remédios que eu tenho que entregar pro seu tio doente, entrega pra mim?
João: Filha!
João sai de cena, e volta a narração, a Rafaela resmunga por causa do remédio.
João: E a chapeuzinho vermelho cuja capuz era azul, levantou, catou os remédio, e foi atrás da casa
do seu tio. Mas o que ela não sabia, era que na casa do seu tio, o tio dela não estava lá, e sim o
caseiro, que à ela queria assaltar!
Rafaela: Sobrinha!
Rafaela: Remédios!
Rafaela: Socorro! Socorro! Parando a interpretação da Chapeuzinho Mas pera aí João! Ela fica
João: E a chapeuzinho foge deixando o caseiro lá Voltando a cena Mas eu não fiz nada!
Rafaela: Você será preço por trafico de remédios ilegais e por tentar “estrupar” a garotinha!
João: Estuprar
Rafaela: “Estruprar”
João: E então ele foi preso e condenado a anos e anos de cadeia, e nem te conto o que aconteceu
com ele lá dentro, e tudo isso por querer enganar uma criancinha!
João: Chata!
Rafaela: Não sou chata, sou critica, e sua historia não tinha nem pé nem cabeça!
João: É verdade.
Rafaela: Não é?
João: Chegou?
Rafaela: Chegou!
João: Certeza?
João: Eu disse!
Rafaela: Por mim tanto faz, se você acertar ou errar, desde que não me afete em nada!
João: Mesmo que tenham lembrados de que importa? Ele não chegou ainda e não tem mais nada pra
fazer!
Rafaela: É ...
João: Mas eu não gosto daqui, tem muita gente, e vai ficar muito escuro!
João: Tenho!
Rafaela: Eu também!
As luzes se apagam
João: Interruptor?
Rafaela: Pra você né! Imagina se eu tivesse que falar, toda vez, João, procura a tomadinha sem
buraco que faz acender a luz, se a mesma tomadinha sem buraco que faz acender a luz se chama
interruptor!
João acende a luz, eles estão do mesmo de quando a luz foi apagada
Rafaela: Do quê?
Rafaela: Luz.
João: Luz.
Rafaela: Verde.
João: Verde.
Rafaela: Você!
Rafaela: Pai!
João: Rio
Rafaela: Riacho
João: Cachoeira
Rafaela: Cataratas
João: Niagra
Rafaela: Canadá
João: Inglês
João: Neve
João: É, esse tipo de jogo não funciona aqui, ninguém gostou ...
Rafaela: As vezes se erra, as vezes se acerta.
João: Eu cansei, ele não chega nunca, agente fica só enchendo lingüiça aqui!
Rafaela: É verdade, quem perde nunca sabe que perdeu, e quando sabe ele acha!
João: Achei!
Rafaela: O quê?
Rafaela: Ah ...
João: O que?
Rafaela: Mas já que você sabe que perdeu logo você acha.
João: Achei!
A luz acende.
João: Fazendo cocegas na rafaela Por aqui, por aqui por aqui.
João: Nele?
Rafaela: Eu também.
João: Então deixa, já acabou o horario comercial, a gente se encontra pra um “Brunch” amanhã.
Rafaela: Esperando.
João: Esperando.
Rafaela: Eu vim!
Rafaela: Você!
João: Rafaela, eu não consigo mais esperar, acho que ele não vem.
Rafaela: Mas você presta atenção em alguma coisa de que eles estão falando lá?
João: Amo coisas coloridas, acho que se fosse cego, eu rezaria para deus deixar eu ficar com no
minimo, uma cegueira azul, por que se fosse tudo preto, eu acho que eu não agüentava.
As luzes se apagam.
João: Falou!
Rafaela: Então ele vem, ele de ter parado, provavelmente em algum bar ou algo assim.
João: Entendo.
FIM