Você está na página 1de 177

 

f
f, rt l,rl, , *t.r'ul, X X íl ficçã«l
r lfltllllr it, rt lirlrtlrsi;r c ( ) ltgrrr)r
tst-ilf ritr lr lr rr llr -
;t (.xl)rr.ssàr I "litcra-

f
rrt'lt' rhlx.r'ttllttlvll"
Itllll sc t«lfnaram
tlil irHr'('rr iivil lrrrisltgctrr contcm-
ftírrúnr.rr rl* ntn(lr.rrrirllrrlr: c tôm
('rlrl(kr lrrcrcnlrs rru litcrlrturn [rrasi-
lrlrrr rlsnrk'n xtlcrrlo XlX.
Nerte entrrrlo lrioÍlc.ir() c revclacl«rr,
Rnlunu rlr §ourir ( lnusr) Ílcorrlpanha
rt tlrnsttvolvirncÍlto tlcssit litcratura
nté lq§0, enl c()Íltrirstc com a
prrnluçàn irrtt.rlr,rcionnl. Lcvanta
nr pflrrci;uir irrÍluçrrciils, clivcrgcncias
t{ n uriHirrHlirlrrrlc pofcncial clcl
g$nrrn rrn llrirsil, olrservirncl«r que Ficção científicâ, fantasia e horror no Brasil
nr ulrrnr tt*çir lrriris rrriris inrcrcssantes
1875 a 1950
râr l Eque lux (luc sc rcrli zltrt a partir
rle unlfl "rlirtrine irr iclc«rl«igi ca"
§rfHltrlrt'itlu rliirrrtc tll int'luôncia
§EtrÊngrirH, "A litc.rirturil que
r§1glst ril (.nlul rlistrirrcin iclc«»[cigica
purlr llurrrirrnr ir c( )nlprccnsão dcl
lfltr lf qullÍltu ii t'oniuntunr particular

§lll (lUs vivç", csr:reve.


Í*$ x*r ttt i \ liu rt:tsi; c, lx rn r no Bmçtl:
ItlPrÇ n IU,q() irlrorrll r..srns c outras
qU§ütí1ex rlrn n',, tlc un1 texto
üfrWdVstlle'r rrlirrrrrlo ('()rn crítica
^
Wt*mln I'untnulr rl'rincn, «: que
*ilüfffm n pnlxún lrilrli«ifila clo
. ffi p*r tfflltltu, l]t'lir ;rrirrrcim vcz
ffi-ffi#, g Snsn t t" *lrrttisrtr l, "tlc
Fl t pf ftlr tlr rir u ri r l'r'i l os
 

[tí
tlr

Roberto de Sousa Causo

Ficção científicâ, fantasia e horror no Brasil


1875 a 1950

SBD.FFLGH-USP

l fiil] lffi llffi llill lffi lllil lil ffi


253245

DEDALUS - Acervo - FFLCH-LE

ilil ililr il1il ilIil ilIil lilt ilIil ilil ilil |lilt ]il lilt ill Belo Horizonte
Editora
|
UFMG
213001 33845 2003
 

Copyright @ 2003 by Editora UFMG


Este livro ou parre dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorizaçíto esc'rit:r

do Eclitor
C374f Causo, Roberto de Sousa
Ficção científica, fantasia e horror no Brasil : 1875 a 1950
/ Roberto de Sousa Causo. - Belo Horizontc : Editora
UFMG ,, 2003.
337p. (Origem)
ISBN: 85 -7041-355-ó

I. Literanrra - Ficção - Brasil 2. Literarura cornparada


I. Título II. Série
CDD: 809
CDU: 82.09
Oarakrgrrçíro n:r ;rublic:rção: Divisão de Planejamento e Divulgação da Biblioteca
Univcrsitírirr - Ul'MG

t INIVI:I(SIl)Al)L', FIIDL,RAL DE Editornção d.e Tbxtos: Ana Mari;r dc Moracs


NIINAS(;llltAIS Iletisão e Normaliza.çã.0: Maria Stel;r Souz:r Ite is
l(r'itt rr.r. Arr:r Lricirr Alme idl Gazzoltt Revisã,0 d.e Provas: Alexandre Vascoucelos de

Virt'- l(citor'. M:rrcos l]orirto Virrr-ra Melo, Lourdes


Projeto Grrifi.co: da Silva dollelico
Marcelo Nascimento
lrrlitor:r UIrM(i Capa: Raquel Conclé
Ar,. Arrrirnio Ortrlo s, 6627 Produçãn Grdfica: Witrretr M. S:ttrtos
Alrr clircit:r cl.r llit-rliotcca Ceutral - Térreo -
Formatação : M'arcelo l3elico, llrrqtrcI (l«rnclé
( )rr nr ptrs l'rrr-n
pulhrr
31270-901 - llclo Horizoute/MG
I'cl.: (31) 3499-4650 Fax: (31) 3499-4768
cclitora@ufing.br
rvww. cd i tor:r. trf m g. br

Cclnsclho Irclitorill
Titularcs: Antôuio L.uíz Pinho Ribeiro,
Beatriz li.czende Dirutas, Carlos Antônio
Leite Br:rndíro, Hcloisa Maria Murgel
Starling, Luiz Otávio Fagundes Amaral,
Mirria cl:'rs Grrrçrrs Srtrta l)árbara, Maria
Helena L):rrnirsccuo c Silva Megale, Romeu
(lardoso (iuimar:1cs, Watrdcr Melo Miranda
(Prcsiclcntc)
Sult lerut c s: Cristi:rno Mrrchaclo Gontijo, Para ]oão Lviz Machado Lafetá (L946-L996)
l)cnisc llibciro S()rrrcs) I.conardo Barci e Sam Moskowrtz (1920-1997)
(lrrstri«rt:r, [,trcrrs J<lsé I]rct:rs dos Santos,
M.rri:r Ap.rrccich clos Srurtos Paivit, Maurílio
Ntrncs Vicirrr, Ncrvton llignotto cle Souza,
Itc i n:r kk r M :r rt i rt i rt uo M rr rrltrcs, llicardo
(l:rst:tnlrci rrt l'i rttcntrr F igtrcircdcr
 

Agradecimentos

Este livro é resultado de um Projeto de Iniciação Científica


reabzado entre junho de L995 e fevereiro de 1997, com bolsa forne-
cida pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo.
Mas é também e antes de mais nada fruto do interesse que o Prof.
loío Luiz Machado Lafetá, do Departamento de Teoria Literária e
Literatura Comparada da Universidade de São Paulo, tomou pelo
assunto) ao me convidar para reabzar este trabalho. Eu tinha minhas
dúvidas de que a FAPESP iria patrocinar uma pesquisa sobre ficção
científica e fantasia) campo tão desprestigiado no meio acadêrnico,
mas para minha surpresa o projeto foi aceito e, durante a sua conse-
cução, avaliado de forma positiva pelos consultores da FAPE,SP
encarregados do seu processo. Certamente devo agradecimentos
ao anônimo acadêmico que deu o parecer final foi um grande
-
incentivo.
Infelizmente, o Prof. Lafetá adoeceu durante o trabalho, vindo a
falecer ern polrco tempo, deixando-rne órfão de orientador. Mesmo
enquanto hospitalizado, o Prof. Lafetá encontrou tempo e interesse
para transferir minha "custódia" ao seu colega, o Prof. |oão Alexandre
Barbosa. O Prof. Barbosa ficou pouco tempo cornigo; logo r:ra o
Prof. ]oáo Adolfo Flansen que assumia minha custódia definitirrrr.
Além dessa tripla paternidade os "Joães" virlcnlados à Faculdade
de Letras da lJniversidade de São- Paulo
- devo agradecer aos "tios"
Prof. Lynn Mário Tfindade Menezes de Souza e Prof. Fleitor Megirle,
tambérn da tlSP, gue, ao me revelarem aspectos da literatLlra cspccu-
lativa enriqueceram, além deste trabalho, â minha própria rrisão das
formas aqr-ri abordadas.
Agradeço ainda a Rutrens Teixeira Scavclne, por ter rne
franqueado seus livros de David §1., a enciclopédia de Picrrc
Versirrs, a alltologia Scien.ce Fictiott, of the Tbirties e unla cluzia de
outros volume que foram e serão úteis, por muito tcmpo rrinda. A
|esr-rs cte Paula Assis, por me ter sugerido Origins of Fwturristic
 

Sumário

Iuncr,xs...... ...... 13

PnrrÁcro
Joã,0 Ad.olfo Hansen . f5
Ivrno»uçÃo
Mito, realidade e ficçáo especulativa ... 25
CnpÍrulo I PnoroucçÁo ESPECULATIVA 51
CnpÍrur-o II Rouaxcr crENrÍuco L23
CapÍrurc III A,. purP ERA euE NÃo HouvE .233

PArÁvnAS FTNAIS ... .....295


NorAS ............ ...... .... 299
nrrrnÊNCTAS BrBl-roctúncns . 323
 

Imagens

1. Six Weeks in The Chwd., por


'Noname" (Luis P. Senarens) .....2L5
2. L n gaerr e aw uingtiàrne sià cle,
de f887 2L6

3. O afterw.ath
de deAgwerra
H. G. Wells,
dns ru.undot,
na visão do artista
brasileiro Henrique Alvim Corrêa -
L876-r910... ....2L7
4. Florror e sensualidade: ilustração cle
Alvim Corrêa para a sua edição de
190ó de A guetrn. dos rnwndns . ... 2 18

5. Ilustração de Watson Charlton para o


romanceA Son of the Stars, de Fenton
tuh - L907 .2L9
6. Revista semanal Argogt All- Story
Weekly: fusão de duas publicações
controladas por Frank A. Munsey -
rB54-L925... ....220

7. Arnazing Stories -científica.


Wells, Verne e Poe: três
.. - 1926 .....22L
"prir" da ficção

8. AArnazônia rnisteriosa, de Gastão


Cruls - L925: um clássico da ficção
científica brasileira .. ..222
9. Sécwlo XXI, de Berilo Neves -
L934 ....223
r0. Arnazing Stories, effi que aparece ulx
romance planetário de Edgard fuce
Burroughs - I94l ...22+
 

Introd ução
Mito, realidade e ficção especu Iativa

E
culativ
possível afirmar
existe e sempre o objetosob
que existiu deste estudo
a forma literatura
de narrativas espe-o
orais:
que era contado à volta das fogueiras nos campos e cavernas do paleo-
lítico deviam ser narrativas de deuses e demônios, fantasmas e avatares
cujas açóes podiam promover o desenvolvimento ou a destmição de
uma comunidade. Em termos de crítica literária, eram narrativas
próximas ao que Northrop Fry. chamou de "miro", denrro de sua
"Teoria dos modos" (em A nnatornin da. wítica lAna,tnril.y of Criticisrn,
I9571),
meio superior
"Seoutros
desses homens, o herói tanto
em cond.içã,0 aos outros homens como ao
é um ser diviro, e a [história] sobre
ele será um rnitorno sentido comum de uma história sobre Lun deus."r
I)e modo semelhante, é possível argumentar que o elemento
fantástico da literatura especulativa está presenre também na cons-
ciência individual do ser humano. Sigmund Freud fala do "animismo",
em sua abordagem do "sinistro"
- ou "estranho",
prefcrem chamar. Freud define o animismo como
como alguns

caracterizado pela proliferação de espíritos humanos no mundo,


pelo subestimar narcisista dos processos psíquicos, pela onipo-
tência do pensarnento e pela técnica da rnagia que nela se basêia,
pela atribuição de forças mágicas, minuciosamente graduadas a
pessoas estranhas e objetos ( . . .), e finahnente por todas as criaçóes
mediantes as quais o ilimitado narcisismo desse período evolu-
tivo se defendia contra a inegável força da irrealidáde. Parece qlre
no curso de nosso descnvolvimento individual passamos por
uma fase correspondente a esse animisrno dos priàritivos (.. .) .
quando hoje (algo) nos parcce "sinisrro" lerra à condição de
evocar esses restos de uma atividade psíquica animista, estimu-
lando-os a manifestar-se.2
 

50 - FrcÇÃo crENrÍFrcA, FANTASTA E HoRRoR No BMsrL

Capítulo I
de situaçóes
relativas culturais, extraliterárias,
simplesmente à fascinação pela ciência (r"
particulares do nosso século,
FC) ou pelo Protoficção especu lativa
saudosismo de um mundo mágico ou sobrenatural (na fantasi.).
A ficção especulativa é uma expressão literária legítima, gue,
como outros gêneros literários, deve ser compreendida como
solução do engenho humano na busca de um entendimento aberto
e multifacetado da realidade.

Como já anunciava na introdução, â idéia de uma protoficçáo


científica (ou protoficção especulativa, neste estudo) é problemá-
tica por inúmeras razóes. Não obstante, alguns observadores
propóem que tudo o que se assemelhava à ficção científica) mas
produzída antes da denominação do gênero) seria definido como
"protoficção científicâ".
O termo "ficção científica" (science f,ction) surgiu em julho de
lg2g rquando Hugo Gernsback criou a revista Science Wond.er Stories.
Antes, Gernsback chamou o gênero de scientif,ction, para designar o
material empregado em uma revista anteriormente criada por ele,
intituladaArnazing Stories a primeira revista espectahzada em FC.
-
Publicaçóes como essas ftzeram parte de um fenômeno editorial
conhecido como pup rnfl,ga,zines
- publicaçóes impressas em papel
barato, feitas com a parte menos nobre da madeira, a "polp a" (Prl?),
cobrindo gêneros variados: ficção científica e fantasia (Astowrud,ing
Stories, Astonishing Stories., Wond.er Stories, Marvel Stories, Stnrtli*g
Stories etc.), fantasia e horror (Weird. Tales), ficção de detetives
(l)etective Stoty MonthlyrBl"aahMnsh),westem (Western Stories), histórias
ffil tlc amor (Loue Stories), histórias de esportes, de guerra etc. Em
oposição, haviam as slick rnngã.z,ines, revistas de papel liso brilhante,
que publicavam formas de ficção mais aceitas pela cultura literária.
lo pilp ntã,ga,z,ines surgiram na última década do século KX,
com The Argosy ( 1896), criação de Frank A. Munsey, e se estenderam
rrté a década de 1950
- nos Estados LInidos, importante lembrar. O
rermo palp também designa o formato empregado por essas revistas
(.* torno de 25cm x lScm), e um tipo de literatura comercial
 

Imagens
 

§*. lS" lrH§ ffiHH" t*H{"rtl S, t{#[ Ilrí** S {-**.Htx

. üsi üh{ü fr{d ffiüE# ffi ffi l*tü" fr$l*


--gü*d,ü" lr*T** HÍti§i*#r- , *sd übê nt**tp *ho*-swr*it {E*ü rhi* smlth,

l. "N91r1l'pc": prseuclônin-ro dc Luis P. Scnrrrcns (1863-1939) prrrrt rls:l\/clltttt'rts tlc


Frrrnk Reade, |r., c«rm() ncsta dc 1903. Autor de mais de 150 dirnc nrn'rls. c()lllcç()tl
rrclolesccntel cm 1882, e f«>i chtrmado dc "o |ules Vcrtrc rrnrcricrtll()". Ohcqtttr rl
influcr-rcirrr o cscritor fiancôs., conl rrpr«rpriaçíles cle prrrtc x Pru'tc.
 

2. () r,isionár'io ilr-rstrrrtklr Í'rrrrrcôs Albcrt Rotrid;r (ttt4ti-1926) concct-rcu csres 3. O nJtermntl,,rle Á t1u.cr,'rn dos ttu.utdrts, rlc F{. G. Wclls, Ilit t'islio rl«r.tt-tistr [rt'.tsilciro
cttc()ur:tcad«ts ltr't scgunclrr rnctilclc c-kr século XIX. Outrrts visilcs cle gucrrrr firturir He rrricluc Alvin-r (lorrêir (1876- 1910). W'e lls foi o alutor nrrris irtflucrttt' itrrrto i
cstã() prescrltcs l'lo sctr Lz llLtavre nu vingtiàtne siàclc. clc lttttT. ficç-ão cicr-rtíflcr,r brasilcirir clrr sesunda mctrrclc do sdcul«r XX (19(Xr).
 

4. Horr()r c scnsualitlrrdc: Ilttstrarção dc Alvirn (}rrrôl pera a surr cdição clc 190ó clc 5. Iltrstrarção dc Watson Clharlton prara o r()nrence A Son of tbe Stars., rlc llclttolt Ash.
A gwerra clos rnurr.dos. (}rrrêa fez irrte crritictr no c()mcço do século XX, com«r lrtrblicad() cnl 1907 na revistaTouttg England. "Rcvistes Prlrrl rltPrlzcs" firt'rllt't [x)])tl-
"FI. Lcm()rt". larcs na viracla cl«l sécul«r c tambe{nr epresenta\Iâm ficçã«r cicrrtífrc.r.
 

" //1,yit, #)sá 25 (]err fs

ó. A revistrl scnranrrl Atgosy All-Stotr Wbekly - firsã«r de cluas pul-rlicrrçircs corrt«rlrrc'las 7. \Àt'lls., V'crtre c Poc lrlal solctr;rd() t'lr1 cepa) aParcccltl rta printcit':t crliçio tle
pxrr Fratrk A. Mutrsc\' ( 1854- 1925) c scu imprc(rio clc pulp ruagazinrs. Este rrúmerur Atruazin11 Stot ies. Tiês "pr.1is" cla ticção cicntíficrl (lllc fize ranr rt p()ntc cnfr-c () 11)t)t:ltlcc
trez unrr.1 i.1\'entura de lrclgar Ricc Btrrr«ltrghs ne sd'ric cle rornilnces planctririos cicntíflc() c: â nrodcrna F'C. Arte clc Fratrk R. Pitttl (1926).
conhecicla conxr B:rrs(x)n. Arte dc M«>rrirhrrr-r (11)22).

§cn,*m*rrtn
tt. Unr clássic«r da ficção científlc-a lrrasileira., A Aruazônia ruister''iosa (1925\, dc 9. Século XXI firi rr scgur-rda colctâncrl dc Bcrilo Ncvcs., o prirrlciro [-rr:tsilcir-<) rt sc
dcclicar L-()m algumrl constância à frcçao cicntífica. Setrs cont()s crrlnr poltttlat'cs cltt
Ciastão (lrtrls., firi influcnciackr pckr rornar-rce dc H. G. Wells,,4 ilha do l)r: Moreau
(l89ó). A:rrte do iltrstrtrdor e clcsenhista cic cluaclrinhos Nicco Rosso firi plrra e rcvistrs c jr>nriris e scus livros foram best-selltrs (1934).
cclição cla poprular Colcção Sarrrivir.

10. Unr r()lttrlrtcc plrrnctrír'io clc Irclgrrr Ricc lJtrrr«rughs rlprrrccc cr'n Antttzinn Stot'it:s. I Frarrk R. Prrul ilustra A.qu.erun dos rutuytdos., dc H. (;. Wclls., ncstrl cxtr':l«»-tlin.tri.r
l.
Nrrs dccaclirs dc 1930 c I940, r'rs iltrstraçí>cs.tc I. Allcn St. John errln-l sarirntie clc crrpa d,c Arunzirry Storries, a prrimcirrr revista norte-amcriciu-lil cspcci.rlizrrtl.r crrt ficçio
vcnclrs ( 1941). cie rrtíflca (1927 ).
 

ffi
§e iiê,mc:m Firtion
The Mgr§auine of §nntâs-Y a nd
Prfç0 XCr§ t,§0

l,leste trÍslunr*

llislóriss rl*

$flÀHÂl,t SR[fHt
l§Àâ{ À§lM0tJ
§alÀH }$. Âtsl§§

s rontor anlolôgirol d*
,d JUftAVI.ilÀ vAl"tl'lIIt{À
.s
',{Y
,{t,

.,#
J0ns§ tul§ fr0n$§§
w. .:
aàfi{tt D[ üutltotr

s uindu ts notáveis tontol

t
 t$Àl l{t{t u§kstl À $nÀHil[
TAü0â t§rÀ{tÀt1 Â}tàil§§ CIlttfH"
§l0llÀt t i{n" tff[T[§{U[

ulêm ds vqriadas *etêes de

üÊ l{lt / tlYR0§ / l{llit0f; I


üaÍM I qufBHÂ-(À§§{l

12. A primeira ro'ista brasilcira cle ficçã«r cicntífica, Fantnstic. Editrlda a Pârtir dc 1.3. O pírmcre I dc Gnhíxia 2000., ir scgunda rcvista nacional clc ficçio cicrrtíÍic.r-
São Paulo., cra ir versão nacitlllal de publicaçãt> ltortc-amcricana c1e iclêntictl títultr (;rrn elenc<l clc cstrclas c publicrrda a partir do Rio de latrciro., crrl tttl):t t'ct'sio tl:t
(rr. l, I955). rrortc-amcricrrntt T'he Magnzitte of bantasl' nnd' Science Lictiott ( l9(rtt )'
 

15. F.\r'rccncAntà lto Brasil corno Mnfiazine de Ficçao CientíJícn., ctlitrttlr) l)()r'
Jcrr)nvmo Monteiro (1908-1970) e publicado a partir de P«rrto Alcsrc. () prirttcir'<r
c()rlt() hrasilciro a rlpelrecer é dc Nils«rn Martello. Havia um trrttrrtlhrt lt:tt-iott.tl l)()l-
rrúnrcro. Artc dc' cirpa por Ohcsley Bonestcll (1970).

ló. O gaírcho Fcnrando (i. Sampaio apârccc r"ur últinto ttíttnero dc Mngazinc de 17. O númcro 12 da Isnac Asirnoy Magaz,ine, versáo Asirnotr's Sciencc F'ictittn., t-<'ti tt
Licçao CientíJcca. A rcvista tcve 20 ediçõcs. Arte c1e Richard (irrbcn (1971). prinrcir«) ?l trazer Llm conto brasileiro. O autor, Robert«t Schimrl, vcllccLl c()lll cs.sc
rr'.rbalho o primeiro c-oncllrs() nacional de FC, o Prêmio |erônvmo Morttcir«r (l9t)l ).
 

Capítulo III
A Pulp Era que não houve

L,m L996, o pesquisador norte-americano Sean Wallâcc


c()tltilcton fãs e pesquisadores brasileiros de ficção científica e
Írrrrtasia pcdindo um artigo sobre a pwlp erã, brasileira. Segundo
Wrllace, â maioria dos países por ele pesquisados passou por un"r
pcr-íoclo) em geral entre os anos 20 e 40, effi que a ficção especu-
l.rtiv:r ;rpareceu intensaffrente em revistas ou livros populares (para
r:f-cito cle analogia, é possível clcsvincular a literatura pulp das pulp
tnnlrnzines), confeccionados em pepel llarato) suas capas ilustrtrdas
conr irnagerls apelativas.
E rJifícil dizer que o Brasil tevc uma putp erct, cornpirtível corn a
clos rlorte-americanos. O corltexto cm que se estabcleceu apwlp era
rtssocii,tva-se especialnlente ao pequerlo impacto que a I Guerra Munclial
tc\/e sobre os Estados Unidos. Segundo Brian Stableford, a gLlen';l

lcvottdcà tmra
ficas Europa ulnguerra,
nova profundo
medotravacla colnclas possibiliclaclcs
aeroplanos catirst«'r-
e g;is vencnoso.
Ernllora a funérica niio cstivesse lirrre de ursiedtrdes siurilrrres, clrrs
(
cclnsideravelmentc rnenores .) [E,nr relação à lltrroprr, ol
crarn cclnsideravelmentc
otimismo pennaneceu à tona apenas na Américl, rcflcrinclo o
fato cle cluc os Estados Unidos h;rviam sidcl os úuricos \/cuccclclrcs
reais clrr guerra..A.gucrra h;rvia ârrancado o coraçãr) curopctr cl:r
ecottomta mturdial, permitindo que a Arnérictr ocuprrssc ( ) (:spirço.
Esse boonc durou até a quebra de Wâll Strect em l929 c rr strbsc-
qtiente Grande_l)epressão, rnas seus efeitos atingir rrs firíscis

18. Qunzá. rnesnto corttrutd<l com rlut()res cstrrrrrgcir«ls, foi rr prirlcirrr rcl'ista lrr;rsi- tn
ccoltollttrr.s da Europa de tal maneira qllc intcnsiflcru'rlnr su.ls
clcsvatrtâgens. Dificilurctrtc c;lusrl surpresâ tluc.r ficç.ro Íirttrrisrrr
lcirrr dcl gôncr() qLrc não cra vcrsat> dc ur'n títukr n()rte-alnerican«r. Pulrlicadrr p()r americana de pós-1918 fossc irnpulsionacla por unl corrfirrntc
Marccl«r llirlclini a partir de São Clactancl dr> Sul, SP, tevc tlcz númcr()s. Iltrstração clc espírito dc aventlrra, que estcve quese intcirrrnlcnrc rruse r)tc rl.r
Mrrrcel N{artins (2001 ). ficção especulativa européia. I
 

Pa lavras fi na is

Reproduzir as direçóes e os efeitos de um a pulp era, qute se deu


ó0 ou 70 anos no passado e em outra cultura não é o bastante,
porém. É pr.ciso rroirr as "distâncias ideológicas" entre o Brasil e os
rnodelos anglo-arnericanos de literatura especulativa e criar estratégias
cliferenciadas de representação e exploração do contexto. Alguns dos
trabalhos investigados neste estudo sugerem que isso não é apenas
necessário, mas viável.
Neste livro, tentei levantar paralelos entre a literatura especulativa

brasileira e a internacional, após traçar linhas gerais sobre as raízes e


as intençóes desse campo. Tentei isolar momentos e obras que
lnostrassem a tensão existente entre a realidade nacional e o modelo
cstrangeiro que nos chega. Dessa tensão, tentei extrair algumas
cstratégias para a busca de uÍna harmonia entre esses pólos às vezes
conflitantes. Meu recorte foi a produção inte rnacional e nacional
cnffe meados do século XIX e início do século XX. Lembrando ainda
que o debate relativo a uma independência ou singularidade da
ficção especulativa brasileirq em relação aos modelos norte-arnericanos
c europeus, só veio a ser problematuzado primeiro pelo acadêmico
norte-arnericano David Lincoln Dunbar) em seu estudo tJniqwe Motifi
in Brazilinn Science Fiction (dissertação junto à University of Artzona)
1976), e entre escritores e leitores num momento bem poste rior;
perto da segunda metade da década de 1980, especialmente através
do "Manifesto Antropof;ígico da Ficção Científica Brasileira" (I9BB),
de Ivan Carlos Regina. Ainda assim e em ambos os casos, dc mrrncirrr
tímida e isolada das demais discussóes literárias no país.
Do meu ponto de vista) as obras mais interessantes p:rrir «l c:sftrckr
da influência e da composição de uma ficção especulativa rurci«»r:rl tlc
alguma importância seriam aquelas que mais registram n()ss«r cstrltut()
 

298 - FICÇÃ6 CIENTÍFICA, FANTASIA E HoRRoR No BRASIL


Notas
Moderno. Novos escritores apareceram) novos estilos e tendências
foram apresentados. Os autores da Segunda Onda ainda estão em
atividade, entrando agora no século XXI.
A maior parte dessas reahzações, é claro) encontra-se obscurecida
pela falta de atenção crítica sistemática, algo típico de como ficção
científica, fantasia e horror são encarados no Brasil. Com um Pouco Prefácio
de sorte) este estudo será apenas um primeiro segmento de um
em
esforço maior de remediar esse estado de coisas) a ser tentado
futuro próximo. ' LUCIANO. Didlngo d.os rnnrtos: versão bilíngue grego/português. TladuÇão,
introduçáo e notas de Henrique G. Murachco. São Paulo: Palas Ahena:
EDUSB L996, p. L4.
2 CANDIDO, Antoni o. Forrnação d,a literatara brasileira (Mornetctos d"ecisivos).
2. ed. v. I. São Paulo: Martins, l9ó4.2Y.

(
Introdução Mito, Realidade e Ficção Especulativa
I FRYE . A anatornia dn *ítica.,
p. 39.
2 FREUD. Lo siniestro, p. 2.497.
3 COUPE. IWJrh, p. 24.
4 COUPE. À[yth, p. 126.
s COUPE. tuÍyth, p. B-9.
ó COUPE. À[yth, p. L97.
? RUTHVEN. O rnito, p. 104.
8 McCRACIGN . Pulp: Reading Popular Fiction, p. L37.
e"Termo técnico para a poética, o drama e outros gêneros e tradiçõcs «lriris clc
povos pré ou nãoliterários, seja antes da invenção da escrita oLl cnr pirrtcs cl«r
inundô que mantiverarn tradições não literárias intactas, tais como a Afi-icrr c rr
América do Sul". (Tht O*f*dCornpanionto the English Lnnguage. Ttrm McArtlrtrr
(Ed.). p. 73L.
t0 FAIltr,N MILLER. Locws - The Nnvspaper ofthe Science Fictiort Licld., rr. 37().,
Oakland: Lclcus Publications, ago. L992, p. 15.
rr Mewiaru-Webster)s Ettcyclopeclia of Literatu,re, p. 1.139.
ofLiteratu,re,
 

322 - FrcÇÃo crENTÍrrcA, FANTASTA E HoRRoR No BRASTL

74
MONTEIRO. 3 rneses no século B/, p. 19.
Referências bi bl io graficas
75
"Lor" lembra os "Elóis" de Wells, ernA ru,tírywina do ternpl (Tht Ti?aa MÃrh,ine),
tanto na fonética do nome quanro na sua descrição física.

CLTNIfA ft Ção científica no Brasil: um planeta quase desabitado, p. I0-r r.
O conto de Wells aludido por Fausto CuÀha é The Empire of the^Ants, de
r905.
77
CRISPIN. What Science Fiction Is, p. 17.
78
Os livros eram escritos por R. F. Lucchetti, sob pseudônimo. A coleção Crítica e Referência
teve vida curta) não indo além dos quaffo volumeílançados.

ALK()N, Paul K. Orcgins of Futwristic Fictioru.. London: The Upiversity


rrl ( icorgia Press, L?BT.
Palavras Finais r\1.1,l,N., L. David. Àtr0 rnwndo da fi,cçao científi,ca (Science Fiction
lirrrdrr''s ouide). São Paulo:
t CANDIDO. Literatura e subdesenvolvimenro) p. 3s5. Summus Editorial, [s.d.].
"\
N()N IM O (Ed. ) . Merriarn-Webster)s Encycloped.in of Literatwre.
2.Segun9n o editor francês
]ean-Pierre Moumon. Sua revisra semiprofis- : Merriam-Webster, L99S
Sl,' i rrqÍ'iclcl
siorral, Antaràs Science Fiction et Farutastique Snns Frontiàres, fot uina das r\N( )NIMO (Ed .). A Read.er's Cornpanion to The Hobbi t and The
-
publicaçóT estrangeiras que
-or1 divulgou fficção científica brasileira, espe- I rrttl oÍ'thc ll.ings. New York: Qualiry Paperback Book Club, I9gS.
cialmente duranre a década de 1980.
r\\l ILI1Y, Mike. The lllustrated, Book of Science Fiction Lists. London:
V rr r,,irr ll«l«lks, 1982.
,'\'\li\4( )V Islac. No rnwnd,o d.af.cçan cientr,f,ca (Asiw-r.ov on Science Fiction).
li.rtlrrç.to tlc Thomaz Newlands Neto. Rio de Jureiro: Francisco Alves,
| ,),\.1

lir\l l)l( )K, Cl-rris (Ed.). The Oxford. Books of Gothic Thles. OxfbrcJ:
( )rl,rr,l Ilrrivcrsity Press, 1993.
l:'\ I l)\l(, (lólia dc Queiroz (Ed.). Liuros norte-aru.erican1s trã.duziçl.os
f 'ltrttr tt ltrtt't ruTrús e disponíveis n0 rnercado brasileiro: bibliografia compi-

.tlt: li'r'ct'ciro 1987. Brasília: Serviço de e Relaçó.t


(lr'l,r de Unidos da América, Divulgrçír
rrlrrtr.rr tkrs lrstados l9B7.
lr ' \ l( l( ( )N, Ncil (Ed. Anatomy 0f Wond,er: A Critical Guide
). to Science
I rr rr,rr '1. Ncrv I'rovidence: R. R. Bowkeq L995.
lrl ( )( )i\1, ( llivc. Oult b-iction: Popular Reading and Pulp Theory. New
\ , ,1 l. ,\ r ful :r rt i lt's lrrcss, I 998.
 

336 - FrcÇÃo crENTÍFIcA, FANTASTA E HoRRoR No BMSrL Referências Bibliográficas - 337

TAVARES, Braulio . A ped,ra d,o meio-d.ia ou Artur e Isad.ora. Rio de \\'( )l.l;11, Clene. Sold.adn d,a névoa (Sold,ier of the Mitt). Lisboa: Europa-
]aneiro: Editora 34, 1998. ,'\ rr rt:r'ir-ll, [ .s.d.].

THEOPHILO, Rodolfo. O Reino d,e l6ato (lüo pnís d.a uerd,ad.e). São / Al,tlAlt, Augusto Emílio. O Doutor Benignas. Rio dc Janci«r:
Paulo: Monteiro Lobato e Co. Editores, 1922. UFltl, L994.
l:r lrt r rr .l

TWAIN, Mark. A Connecticut Tankee at IGng Arthur's Court London:


Penguin,
VERÍSSIMO,[r.d.].Erico. Wagern à ã.urnra, do rnwndo.16. ed. São Paulo:
Globo, 1996.
VERNE, Iúlio. Robaf 0 conqwistad,or (Robury le cnnquerã,nt).Tiadução
de Carlos Evaristo M. Costa; Otávio Almerindo Ferreira. São Paulo:
Ffemus, [r.d.].
VERNE, Jules.Jowruey to the Centre ofthe Earth (Voyage au centre d.e la
terre). London: Penguin Popular Classics, L994.
VIEIRA, António. Hisuíria dn futwro. 2. ed. Lisboa: Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, L992. (Introdução, atualizaçáo do texto e notas por
Maria Leonor Carvalhão Buescu)
VOLTZTWíLliam. O rnund.o d.os regenerad.os (Die Welt d.er Regenerierten). SBD IFFLCH/USP
Tradução de Richard Paul Neto. Rio de Janeiro: Ediouro) 1985. seçÃo oe: LETRAS roMBo: 25324s
WEINBAUM, Stanley G. The Red. Peri. Readirg, Pennsylvania: AQUISIÇAO: COMPRA RUSP /
EDUSP / N.F.NO GUIA REC.10221
Fantasy Press , 1952. DATA : 23111104 PREÇO: R$ 30,40
. O notto Ad.ãn Porto: Galeria Panorâma) Série Antecipação, n.
37., [r.d.].
. The Blach Flarne. San Francisco: Tâchyon Publications, L995.
(Prefácio de Sam Moskowitz)
WELLS,, H. G. The War of the World,s. Ió. ed. New York: Berkley
Medallion, L964.
. A ilba do Dr Moreau. (Th, Island.0f
Francisco Alves, [r.d.].
h Moreau). Rio de Janeiro:

. O alirnento d,os d.ewses (The Food. of the God.s). São Paulo: Edit«rrrr
La Selva, [s.d.].
\ ILSON, Robert Charles. Darwinia. New York: Tor Books, lg()().

Coleção Origem ( ) l1,Sl'l1l.lfo DISTORCIDO


Irrr.rrlcrrs do Indivíduo no Brasil Oitocentista
l 'r r t r'ír irt Lnye lle

l0 « r\ l'( )l,lCO, PROTESTANTE, CIDADÃO


[,lrrr.l cor])peração entre Brasil e Estados Unidos
, I tt.rTrlt llnndolpho Paiva

I. TRADrçÃo E ARTrFÍcro il t,r,rit()ÓES E, ECONOMIA


Iberismo e Barroco na Formação Americana políticas e resultados macroeconômicos na
I r rsr i r rr içõrcs

Rwbern Barboza Filho ,'\rrrcr-icrl I-atina (L979 - 1998)


I lrr.rytt llorsani
2. REINVENÇÓES DO VÍXCULO AMOROSO
Cultura e Identidade de Gênero na Modernidade Thrdia t, I,/\ I(N íSOS ARTIFICIAIS
( ) l(rnuurtismo de
Marlise Matos José de Alencar e sua recepção crítica
,l I rr t'itt Occília Boechat
a
ô. QUE Leirura
uma HISTÓRIA AGUARDA, LAEMBAIXO, SEU FIMI...
de se wrn viajante nuvna, Noite d.e Ínternt) de t;t( t(,1Ão clEvrtercÁ5 EANTASIA E, HORROR NO BRASIL
Italo Calvino l,'ii'S ;l 1950
Maria Lúcia d,e Resende Cha»es li ttlr;7'111 flc Sousa Cawso

4. A EPICA ELETNÔXTCA DE GLAUBER


Um Esrudo sobre Cinema e TV
Regina Mota

5. ESCRAVIOÃO E LNIVERSO CULTURAL NA


Minas Gerais, LTL6-L789 C.LÔNIA
França Paiva
Ed.ward.o

6. SOB O SIGNO DA VONTADE POPULAR


9 Orçamento Participativo
de Porto Alegre
e o Dilema da Câmara Municipal
Marcia Ribeiro Dias
7. ESTRUTURA DE DE
POSIÇÓPS CLASSE I{o BRASIL
Mapeamento, Mudanças e Efeitos na Renda
Jwé Alcid.es F,igueired.o Santos
8. ROTEIRO BIBLIOGRÁFICO DO PENSAMENTO
POLÍTICO-SOCIAL BRASILEIRO (1870-19ó5)
Wand.erley Gwilherne d.os Santos

Você também pode gostar