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LINGUAGEM CORPORAL
SUMÁRIO
3- Linguagem Corporal
27-comunicação não-verbal
50-Referências Bibliográficas
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LINGUAGEM CORPORAL
LINGUAGEM CORPORAL
Os primeiros estudos científicos sobre linguagem corporal foram feitos por Charles Darwin e
publicadas no livro “A expressão das emoções em homens e animais”. Darwin defendia que os
mamíferos demonstravam suas emoções através de expressões faciais. A linguagem corporal foi
uma das primeiras formas de comunicação humana e continua sendo uma das mais fortes e
expressivas. A Linguagem corporal vem sendo utilizada há milhões de anos e está relacionada
principalmente ao sistema límbico (mesencéfalo), a segunda estrutura mais primitiva do nosso
cérebro.
O surgimento da linguagem verbal há mais de 40.000 anos e da escrita, há 4.000 anos só foram
possíveis com o desenvolvimento de uma complexa estrutura cerebral denominada de neocórtex.
Como seres humanos, podemos escolher palavras, criar imagens, fazer abstrações e mentir
utilizando sobretudo o neocórtex, porém o sistema límbico, responsável pelos sentimentos, envia
impulsos elétricos ao corpo, gerando expressões e movimentos, muitas vezes sem nos darmos
conta deles.
A linguagem corporal pode se manifestar estimulada também pela parte mais antiga e primitiva do
cérebro, o sistema reptiliano. Essa estrutura, localizada no talo cerebral, controla as funções
corporais e regula nossas necessidades de sobrevivência: batimentos cardíacos, respiração,
digestão e reprodução. O corpo em si demonstra varias formas de comunicações como
olhares,Gestos etc.
Os gestos e as expressões faciais falam muito mais do que as palavras. Albert Mehrabian,
pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, em estudos de 1950 apurou que a mensagem
na comunicação interpessoal é transferida na seguinte proporção: 7% - Verbal (somente
palavras) 38% - Vocal (incluindo tom de voz, velocidade, ritmo, volume e entonação) 55% - Não -
verbal (incluindo gestos, expressões faciais, postura e demais informações expressas sem
palavras).
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fazer parte do sistema educacional tradicional e ainda hoje ser pouco estudada e difundida, uma
grande variedade de gestos passam despercebidos.
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Para cima à direita – Toda vez que uma pessoa olha nessa direção está ativando o cérebro a
criar imagens.
Para cima à esquerda – Esse movimento dos olhos faz o cérebro resgatar arquivos visuais na
memória. Ao fazer uma abstração o ser humano, invariavelmente, olha para cima. Experimente
fazer uma conta matemática mentalmente e perceba como seus olhos movimentam-se para cima.
Para o lado esquerdo – Este movimento, como se olhássemos na direção do ouvido, ativa os
arquivos de memória ligados à audição. Utilizamos este movimento dos olhos para lembrar de
músicas ou sons que ouvimos no passado.
Para o lado direito – Olhando nessa direção, estimulamos nosso cérebro a criar novos sons. Os
músicos utilizam com frequência este movimento ao comporem novas músicas e ao prepararem
novos arranjos musicais.
Para baixo à direta – Existem autores que afirmam que esta posição compreende à Cinestesia,
isto é, aos sentidos autocorporais.
Para baixo à esquerda – Ao olhar nessa direção remoemos sentimentos. Lembramos de coisas
que fazem parte de nosso passado, incluindo lembranças quaisquer — como memorias tristes.
Estimulando, inclusive, um autodiálogo.
Para baixo – O movimento dos olhos como se olhássemos para a ponta do nariz ativa os nossos
sentidos olfativos. Por isso enólogos ao degustarem vinhos olham para a ponta do nariz.
Obs.: A maior parte da nossa comunicação é feita por meio da linguagem corporal, tom de voz,
movimentos e gestos.
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Existem algumas pessoas que parecem transmitir uma confiança natural e inabalável. Elas
costumam se destacar na carreira, nas relações amorosas e em qualquer situação social
possível. Pode reparar.
Pode parecer apenas um detalhe, mas não se engane: o efeito é tremendo. Em primeiro lugar,
com a postura correta, você transmitirá sinais que vão construir uma imagem mais positiva para
os outros, trazendo vários benefícios às suas relações interpessoais.
Além disso, estudos já provaram que a linguagem corporal influencia (e muito) a ação
do cérebro.
Ajeitou as costas e os ombros, é hora de cuidar da cabeça. Mantenha seu queixo para cima –
sem exagerar, obviamente – em vez de deixá-lo apontando para baixo. As pessoas confiantes
não ficam olhando para o chão e, sim, para frente.
O gesto clássico que as pessoas fazem quando estão desconfortáveis com uma situação: cruzar
os braços, que é uma posição defensiva. Evite fazer isso.
Gesticular com as mãos vai ajudá-lo a se expressar melhor e, além disso, a passar um ar
expansivo.
Segundo Albert Mehrabian, psicólogo iraniano, professor na UCLA em Los Angeles, Califórnia e
considerado o pai dos estudos acerca da ciência, a linguagem corporal é uma forma de
comunicação não verbal, na qual nos comunicamos por meio de gestos, expressões faciais e pela
nossa postura.
Surgida muito antes da linguagem verbal, a linguagem corporal continua sendo considerada
extremamente importante para a nossa comunicação.
Existe, inclusive, um mito muito grande no que diz respeito a essas porcentagens, pois muitas
pessoas as interpretam erroneamente, atribuindo-as ao conteúdo da mensagem.
A linguagem corporal bem aplicada e praticada funciona como uma confirmação da mensagem
que estamos transmitindo. Ou seja, ao nos portar de acordo com a ideia a ser passada, a própria
mensagem pode ser entendida com mais facilidade e clareza.
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Dessa forma, mais do que o conteúdo em si, a linguagem corporal é responsável por transmitir as
emoções e sensações que sentimos naquele momento, utilizando tanto os gestos, a postura do
corpo, o tom de voz e a velocidade da nossa fala ou, até mesmo, a forma como andamos
enquanto nos comunicamos.
São vários os tipos de emoções que podem ser detectados por meio da comunicação não verbal.
Medo, insegurança, raiva, tédio, desconfiança, dissimulação, entre outros, são apenas alguns
exemplos de variações emotivas transmitidas por um simples gesto.
Nada melhor do que começar sua palestra com um sorriso e um tom de voz firme e profundo para
mostrar que domina o assunto e, ao mesmo tempo, dá boas-vindas para quem estiver ouvindo.
Importante:
Pode parecer simples, mas esse tipo de postura, combinado com outras práticas de expressão
corporal, são a diferença entre uma palestra de sucesso e uma apresentação fracassada.
Mão na boca:
Tapar a boca com a mão é um gesto clássico e claro de omissão ou mentira. Ou seja, quando
alguém não está falando a verdade, geralmente acaba tapando a própria boca. Esse tipo de gesto
pode apresentar variações, como passar as mãos com frequência nos lábios, tocar longa e
repetidamente o próprio queixo ou mesmo colocar objetos à frente da boca, como copos,
canecas, canetas, entre outros.
Lábios comprimidos:
Geralmente, quando a pessoa não quer dar uma opinião, dizer o que pensa ou se posicionar,
seus lábios são comprimidos uns aos outros.
É uma variação do gesto de mão na boca, apesar de denotar uma negação ou omissão e, não
necessariamente, uma necessidade de mentir.
Olhar vago:
Quando não focamos nosso olhar na pessoa com quem nos comunicamos, passamos uma
imagem de insegurança e falta de clareza no discurso.
Muitas vezes confundido com a timidez, esse tipo de postura pode se traduzir na busca por uma
imagem mental.
Ao desviar os olhos do nosso foco, estamos buscando algo que dê suporte para o nosso
discurso, o que faz com que a percepção denote insegurança.
Contração da testa:
Ou seja, se em algum momento você estiver fazendo um discurso e a pessoa com quem estiver
falando contrair a testa, ligue o sinal de alerta, pois não é um bom gesto.
Uma testa contraída indica um nível alto de tensão, nervosismo ou, principalmente, dúvida. Pode
ser um indicativo que a sua mensagem não está sendo recebida claramente.
Mãos para trás, grudadas ao tronco e pés cruzados para trás da cadeira indicam um
posicionamento de pouca confiança.
Esse tipo de expressão corporal dá claros sinais de desconforto, o que pode sugerir falta de
franqueza e intimidade em uma conversa.
Obs.: Além da expressão corporal em si, nossa aparência também diz muito do conteúdo que
queremos transmitir.
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A linguagem corporal é um dos veículos mais importantes para se interagir. Durante a venda,
você sempre usa expressões faciais, gestos corporais e movimentos das mãos para explicar
e comunicar a sua mensagem.
Usando suas expressões faciais, gestos corporais e movimentos da mão, assim como a
linguagem corporal das pernas, você pode transmitir seu conteúdo com sucesso e mostrar
confiança.
Esconder as mãos, apertá-las ou mexê-las demais demonstra seu nervosismo e pode dar ao seu
público a sensação de que você não acredita no que está dizendo.
Manter as mãos nos bolsos também é um gesto que indica que você está com medo, sem saber
para onde ir ou não está interessado no que está fazendo.
Se não bastasse, isso ainda pode fazer com que seus interlocutores pensem que você está
sendo indelicado com eles. Lembre-se de que se você não parecer confiante, as pessoas não vão
comprar de você.
Em vez disso, tente manter os braços na frente de uma forma aberta. Use as mãos para explicar
seu ponto de vista através de movimentos concisos e calculados.
Cruzar os braços também pode dar a impressão que você está entusiasmado sobre as
informações que vai passar, ou que algo está incorreto ou errado.
É uma postura defensiva que vai sinalizar defesa e resistência e criar uma distância entre você e
seu público.
Em vez disso, mantenha os braços abertos e a uma certa distância do seu corpo, quase como se
você estivesse dando um grande abraço de urso.
Esse gesto aberto é envolvente e bem-vindo. Ele vai transmitir uma mensagem de paz e
confiança para seu público.
Nesse aspecto, é importante salientar que a comunicação não se resume apenas ao ato da fala,
mas sim também envolve a linguagem corporal, os gestos, a postura, entre outros aspectos não-
verbais.
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Por outro lado, no caso de uma conversa individual frente a frente com algum cliente, por
exemplo, a postura deve ser olhando nos olhos da pessoa, pois isso transmite uma
maior confiança e também mais credibilidade.
A linguagem corporal é uma forma de comunicação não verbal. Abrange: gestos, postura,
expressões faciais, movimento dos olhos e a proximidade entre locutor e o interlocutor, a
Proxêmica. Contribuem para o estudo da Linguagem Corporal a Cinesiologia, a Paralinguagem, a
PNL – Programação Neuro- Lingüística, a Neurociência, a Psicologia, a e a Oratória. Dentro da
linguagem corporal existem posturas abertas ou fechadas.
Quando uma pessoa fecha os olhos mais do que o tempo que leva para piscar significa que está
estressada, alarmada ou desesperada.
Para baixo à direta estimula uma conversa mental com nós mesmos.
Para baixo à esquerda remoe-se sentimentos. Lembra-se de coisas que fazem sofrer e alimenta-
se a melancolia. Para baixo para a ponta do nariz ativa os nossos sentidos olfativos.
Se, quando em pé, uma pessoa mantém os pés muito juntos, significa que está tentando ser
adequada ou submissa ou passiva.
Uma pessoa confiante faz contato visual constante e tem uma postura forte. Se senta ou fica
muito empinada.
Se uma pessoa fala em um ritmo rápido e murmura muito ou não é clara sobre o que está
dizendo, está nervosa, mentindo, tentando ganhar tempo ou deixando de dizer a verdade plena.
O rosto emite uma contração muscular involuntária rápida e, às vezes, subconsciente quando
acontece alguma coisa que irrita, excita ou diverte.
Quanto alguém está próximo de outra pessoa, acaba havendo uma comunicação telepática entre
ambos, de apreciação ou rejeição. Se um se mover um pouco em aproximação do outro e este
permanecer é sinal de aprovação, se afasta é sinal de rejeição.
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Cabeça excessivamente inclinada é um sinal de afinidade; se a pessoa sorri à medida que a sua
cabeça se inclina é sinal de que está sendo brincalhona.
Cabeça baixa indica uma razão para esconder algo. Fique atento se alguém abaixar a cabeça.
Se for ao receber um elogio a pessoa é tímida, envergonhada, retraída, mantendo distância da
outra pessoa, estar em descrença ou absorta nos próprios pensamentos.
Cabeças empinadas significa confusão ou desafio. Um sorriso e cabeça inclinada significa que a
pessoa realmente gostou de quem está próximo.
Pessoa que olha para os lados é muito nervosa, mentirosa ou distraída. Se a pessoa desvia o
olhar do interlocutor, e uma exposição de conforto ou submissão. Olha de soslaio significa que a
pessoa está desconfiada ou não está convencida.
Se alguém olha muito para o chão, é tímido, reservado, chateado, tentando esconder algo
emocional, pensando e sentindo emoções desagradáveis.
Se o olhar parecer distante indica que a pessoa está em profunda reflexão ou não está ouvindo.
Pessoa com braços cruzados está se fechando à influência social, é reservada, desconfortável
com sua aparência. Se seus braços estão cruzados, seus pés estão alinhados com os ombros ou
mais afastados é resistência ou de autoridade.
Se alguém repousa os braços atrás do pescoço ou na cabeça está aberto ao que está sendo
discutido ou descontraído.
Escovar o cabelo para trás com os dedos vaidade, sobrancelhas levantadas discordância.
Pessoa que usa óculos e está constantemente a empurrá-los para cima do nariz, com um
pequeno franzir de testa, discordância.
Sobrancelhas baixas e olhos vesgos tentativa de compreender o que está sendo dito ou
acontecendo, ceticismo.
Uma batida rápida, risadas ou a movimentação dos pés significa que a pessoa está impaciente,
animada, nervosa, assustada ou intimidada.
Pessoa fala em um ritmo rápido e murmura muito ou não é clara sobre o que está dizendo,
nervosa, mentindo, tentando ganhar tempo.
Pessoa fecha os olhos mais do que o tempo que leva para piscar, significa que está estressada,
alarmada ou desesperada.
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Movimento incontrolável das mãos e das pernas sinal de impaciência, dificuldade de audição.
Tocar alguém, significa que a pessoa está confortável com o que está próximo.
Olhar para cima de felicidade, demonstra felicidade por conquistar algo que alivia.
Projetar o peito para frente, maneira de intimidar o outro ou para parecer mais forte.
As pessoas que utilizam um maior nível de contato visual com os outros são percebidas como
pessoas próximas, acolhedoras, simpáticas, agradáveis, poderosas, competentes, honestas,
sinceras, seguras e emocionalmente estáveis e parecem mais atraente em todos os aspectos, de
modo que as pessoas que entram em contato visualmente com elas sentem emoções muito
positivas sobre a sua conexão.
Ter maior contato visual com os outros pode aumentar a qualidade das relações cara a
cara, e manter o olhar pode ajudar a ter uma melhor conexão com outras pessoas, seja na hora
de conseguir um emprego, expor uma ideia em público ou encontrar um parceiro.
Concentre seu olhar em um olho de cada vez e alterne entre eles sem muita
frequência, pois, caso contrário o seu olhar se tornará para o outro uma experiência
desagradável. Não exagere nos seus olhares; ainda que o contato visual seja bom, você não
deve bloquear o inverso. Durante uma conversa, se você se sente perdido, olhe em um olho,
depois no outro e, em seguida, para a boca, para voltar a repetir o ciclo.
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Um gesto típico de quem não está falando a verdade é tocar a própria boca. Afagar o queixo,
limpar os lábios com os dedos, colocar um lápis ou outro objeto diante da boca são sinais
bastante comuns.
A preocupação com a boca reflete a vontade de impedir que os demais escutem a mentira que
será proferida, ou até o desejo inconsciente de reprimir suas próprias palavras, por elas serem
falsas.
Não olhar diretamente nos olhos do outro não significa necessariamente falta de sinceridade:
pode se tratar simplesmente de insegurança ou timidez. Ainda assim, é comum que o mentiroso
baixe os olhos para evitar que a falsidade das suas afirmações seja percebida. No entanto, esse
detalhe pode ser traiçoeiro. “Muitos mentirosos, sabendo disso, fazem exatamente o contrário
quando mentem: olham diretamente nos olhos da vítima na tentativa de fazer suas afirmações
mais críveis”.
Um mentiroso em ação costuma se fechar em si mesmo, evitando que as palavras saiam de sua
boca. Um sinal bastante claro dessa resistência à comunicação é dobrar os lábios para dentro,
apertando-os com força. Trata-se de uma reação comum a perguntas com potencial de expor a
verdade. De acordo com Camargo, o “sumiço” dos lábios pode indicar que a pessoa foi atingida
pela pergunta e não deseja respondê-la.
Quando direciona os olhos para o canto superior direito, o indivíduo normalmente quer criar uma
imagem.
Esse é um dos sinais mais consistentes da mentira - a pessoa faz um esforço criativo, isto é,
prepara algo fictício para dizer. Muitos indivíduos giram a cabeça na mesma direção. Em muitos
casos, o desvio do olhar também serve para não encarar diretamente o interlocutor.
O nervosismo trazido pela situação também pode provocar o aparecimento de pequenas rugas
horizontais na testa do mentiroso. O problema é que elas desaparecem muito rápido e nem
sempre são fáceis de observar. Mas cuidado: as linhas na testa muitas vezes refletem um tipo de
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tensão que nada tem a ver com mentiras. Em geral, as rugas que denotam mero nervosismo são
bem pronunciadas e permanecem no rosto do outro por mais tempo.
É comum que as pessoas que faltem com a verdade diminuam muito sua gesticulação. “As mãos
ficam grudadas às pernas, nos bolsos, colocadas para trás”, escreve o especialista. “Os
movimentos são escassos e controlados". O motivo para essa paralisia é inconsciente: sem
saber, a pessoa acredita que, quanto mais imóvel estiver, mais facilmente passará despercebida
do olhar atento do seu interlocutor. Ela também tenta reduzir sua linguagem corporal para não
deixar que seus gestos acabem por contradizer sua fala.
O mentiroso tende a retrair o próprio corpo: pescoço encolhido, queixo baixo, pernas juntas e
braços cruzados indicam uma tentativa inconsciente de controlar as suas próprias emoções. O
comportamento remonta aos tempos das cavernas. Diante de um predador, o homem pré-
histórico tinha três opções: fugir, lutar ou ficar paralisado. A terceira opção é a que menos chama
a atenção. Não à toa, o mentiroso que quer “sobreviver” ao seu interlocutor tenta se encolher de
todas as formas possíveis.
A postura do indivíduo que falta com a verdade é assimétrica: um dos seus ombros se levanta ou
se projeta levemente para a frente. Com o gesto, ele tenta transmitir descaso e pouca
preocupação pelo que está dizendo. Muitas vezes, esse tom de desdém dissimulado também
aparece na voz do mentiroso.
A tentativa de manter uma distância confortável aparece tanto física quanto verbalmente: ele
também procurará se manter longe dos detalhes mais espinhosos de sua história. Ainda assim, é
preciso tomar cuidado com esse sinal. “Certos mentirosos se aproximam intensamente de suas
vítimas”.
Detectar quando alguém não está sendo sincero não é uma habilidade que os detetives da série
que você assiste adquirem com a experiência - é saber observar dezenas, centenas de pequenos
sinais que o corpo dá durante uma mentira.
E isso pode sim vir da experiência, mas também pode ser aprendido. É que o rosto e as
expressões faciais, os movimentos da perna, dos braços, a voz e até o cérebro dão uma porção
de dicar sobre a honestidade ou a desonestidade de um relato.
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Nessa parte, há uma série de sinais que pode indicar uma mentira. Nós listamos algumas
reações que são apontadas por psicólogos como sinais de insinceridade:
-Não responde diretamente à pergunta: contesta usando uma outra pergunta ou muda de assunto
(meio óbvio, ok, mas sempre importante lembrar)
- Falar difícil demais, usando palavras rebuscadas que normalmente não aparecem no discurso
daquela pessoa no cotidiano
- Usar pronomes vagos ou evitar o uso deles. Se o sujeito evitar o pronome “eu” e começar falar
usando voz passiva (“isso nunca aconteceu”, “não foi feito por mim”) ou outros sujeitos
gramaticais (“as pessoas geralmente não fazem essas coisas”), ele pode estar tentando se
distanciar do que está dizendo
- Se a voz ficar repentinamente aguda demais ou a pessoa estiver falando mais rápido que o
normal, isso pode indicar nervosismo. Gaguejar e parar no meio das frases, também
- Repetir exatamente suas palavras (“Você comeu o pudim que estava na geladeira embrulhado
em um plástico?” “Não, eu não comi o pudim que estava na geladeira embrulhado em um
plástico”, por exemplo).
Qual a importância da oratória para sua carreira? Por que a correta projeção da voz influencia
diretamente o discurso? Considerando que é a arte de se comunicar de maneira objetiva e clara,
atraindo a atenção dos ouvintes, a oratória apresenta toda relevância em qualquer tipo de
profissão ou atividade.
Muitos profissionais perdem oportunidades por não se preocuparem com esse aspecto ou,
simplesmente, por ficarem nervosos demais e cometerem gafes e deslizes perante o público.
Falar muito rapidamente, em tom de voz baixo, quase inaudível, dará ao seu público a impressão
de que lhe falta segurança e conhecimento do assunto. Por outro lado, falar alto demais, além de
incomodar a audiência, desviará a atenção do assunto e o fará “perder” a plateia rapidamente.
Assim, usar o volume correto da voz, além de demonstrar tranquilidade e segurança, facilitará a
compreensão da mensagem por parte do público. Isso porque você transmitirá uma imagem
profissional, mantendo a atenção da audiência naquilo que realmente interessa.
Importante:
Exercitando o diafragma, importante músculo abdominal, te dará o apoio necessário para uma
voz mais firme. E mantendo a respiração nasal ritmada e com pequenas pausas proporcionará o
relaxamento necessário para uma boa colocação da voz.
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Além da questão da linguagem corporal, que age no inconsciente do seu público enquanto você
fala, erros de postura podem prejudicar diretamente a qualidade da sua oratória.
Encontrar a entonação certa para se comunicar em público faz toda a diferença. Uma inflexão
média, sem se estender muito nos tons agudos ou se concentrar demais nos graves, deixará seu
público à vontade para receber a mensagem. Só não se esqueça de alternar o tom para dar
ênfase em determinados assuntos.
Importante:
A pronúncia também é fundamental. Boa dicção, excelente pronúncia das consoantes e uma fala
pausada complementarão sua postura profissional e facilitarão o entendimento do conteúdo
exposto.
Comunicação não verbal é a comunicação que não é feita com fala verbal, ou que não é feita com
a fala nem com a escrita. Diferentemente da comunicação inconsciente, que pode ser verbal ou
não verbal. Compreende a expressão do pensamento por meio de elementos comunicativos sem
o uso de palavras, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, utiliza-se de simbologias
textuais.
As expressões faciais são reveladoras das emoções e o seu estudo está inserido no campo da
cinésica. Desde o trabalho pioneiro de Charles Darwin, cujo livro publicado em 1872, As
Expressões das Emoções no Homem e nos Animais. Atualmente há muitos portais que tratam da
análise das expressões faciais e suas relações com as emoções.
Para ajudar na comunicação, a expressão facial deve ser condizente com o discurso – simpática
em assuntos leves e séria em assuntos importantes.
Paul Ekman, no livro A linguagem das emoções, mostra como o semblante das pessoas reproduz
o seu estado interno. Segundo o psicólogo, há diferenças biológicas entre um sorriso verdadeiro e
um sorriso “educado”: a emoção da alegria genuína combina necessariamente a contração dos
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músculos zigótico maior (na região das laterais da boca) e do músculo orbicular do olho (ao redor
dos olhos). Ele cita o neurologista francês Duchenne de Boulogne, que estudou o impacto de
cada músculo facial na aparência das pessoas: “O músculo ao redor dos olhos não obedece à
vontade, ele só é ativado por um sentimento verdadeiro, por uma emoção agradável”.
Um recurso bastante empregado pelos oradores com o intuito de dinamizar e desviar-se de uma
eventual monotonia em seus discursos é movimentar-se um pouco diante da audiência. Mas nem
sempre, dependendo da apresentação, isso é possível de se fazer na intensidade ou na
quantidade que se considere ideal. A quebra de uniformidade da palestra também poderá,
sobretudo, ser feita através de uma variação no tom de voz.
De modo geral, a voz a ser empregada num discurso para uma plateia deve ser natural, bem
preparada e empostada da maneira correta. O orador pode ou não, a depender do conteúdo a ser
transmitido, manter um leve sorriso e dose de humor, o que possivelmente o auxiliará na
absorção de seus expectadores.
A projeção é um dos aspectos essenciais da voz, porque é isso que vai determinar que tudo que
estiver sendo dito será apreendido pela audiência, chegando em bom volume e clareza aos
ouvidos das últimas fileiras de pessoas. Essa perspectiva tende a ser minimizada por conta do
uso de aparelhos de microfone, alto-falantes e amplificadores, mas a variação da voz, outro
elemento fundamental do uso da voz naquelas ocasiões, depende exclusivamente do talento, da
preparação e da desenvoltura do orador.
A intensidade vocal, por exemplo, pode ser modificada em certos momentos, depois de se
verificar não só a quantidade de participantes no ambiente, mas também o sentido que se deseja
empregar em determinada frase ou palavra. Assim, o volume utilizado poderá ter como resultado
desde o sussurro até o brado. A mudança de velocidade na fala também poderá ser aproveitada,
em alguns trechos, não apenas para avivar o discurso, mas também como forma de dar ênfase
ou abreviar certos pormenores.
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O ANDAR POSITIVO
Sendo uma das formas mais antigas e naturais de comunicação entre os seres humanos, a
linguagem corporal transmite nossas sensações e emoções através de gestos, postura, tom de
voz ou até mesmo do nosso modo de andar.
Emoções como medo, desconfiança, raiva, tédio e tantos outros podem ser percebidos pela
comunicação não-verbal e, por isso, entendermos a sua importância e agirmos com cuidado na
hora de nos portamos é fundamental para o desenvolvimento e a manutenção de boas relações –
principalmente dentro das empresas, onde cada ato conta.
É possível, a partir da linguagem corporal, melhorar a sua imagem, liderar de forma mais positiva,
enfatizar a sua mensagem e até mesmo entender alguns pontos fracos da concorrência.
A postura na linguagem corporal é um dos pontos mais importantes, tendo uma boa postura é
possível passar muito mais segurança e receptividade para o interlocutor:
De acordo com o especialista em linguagem corporal Blake Eastman, morder e mastigar o lábio
geralmente indica medo e ansiedade. Isso pode significar que a pessoa está desconfortável na
situação, preocupada ou insegura em relação a alguma coisa.
Também os lábios também pode ser um indicador de estresse durante uma mentira. Esta é uma
ação muito comum em crianças, especialmente se acompanhada de sobrancelhas levantadas no
meio e abaixadas nos lados.
Gerard I. Nierenberg e Henry H. Calero gravaram mais de 2.000 negociações para um livro que
escreveram sobre leitura de linguagem corporal, e nenhuma dessas negociações terminou em um
acordo quando uma das partes estava com as pernas cruzadas ao negociar.
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Psicologicamente, pernas ou braços cruzados sinalizam que uma pessoa está mental, emocional
e fisicamente bloqueada do que está na frente deles. Não é intencional, e é por isso que é tão
revelador.
Um verdadeiro sorriso, também conhecido como o sorriso de Duchenne, envolve todo o seu
rosto: boca, orelhas, maçãs do rosto e cria rugas ao redor dos olhos. Um sorriso falso, por outro
lado, só inclui lábios, então, para detectar um sorriso verdadeiro, tudo o que você precisa fazer é
procurar as rugas.
As pessoas muitas vezes sorriem para esconder o que eles realmente estão pensando e
sentindo, então a próxima vez que você quiser saber se o sorriso de alguém é genuíno, procure
enrugamentos nos cantos dos olhos. Se eles não estão lá, esse sorriso está escondendo algo.
Este conhecimento pode ser especialmente útil quando você está negociando, porque mostra o
que a outra pessoa está realmente pensando no negócio.
O cérebro associa o poder com a quantidade de espaço que as pessoas ocupam. Levantar-se
diretamente com os ombros para trás é uma posição de poder.
Existem três emoções principais que fazem as sobrancelhas subir: surpresa, preocupação e
medo.
A boa postura demonstra sua autoconfiança. Como um desfile de misses ou de moda, a postura
dos envolvidos é fundamental para o sucesso pessoal. Se andarmos ou postamos de cabeça
baixa, ombros caídos, transmitiremos falta de confiança em nós mesmos e timidez. Porém, ao
contrário, se mantemos nossa cabeça erguida, ombros retos, com certeza estaremos
demonstrando segurança em qualquer situação.
Mesmo quando estamos sentados devemos manter nossa boa postura. Mãos nos bolsos e
braços cruzados, muitas vezes, são considerados gestos deselegantes, dependendo onde
estamos e com quem conversamos. Uma outra coisa que devemos evitar é passar a mão no
cabelo constantemente, pois isto demonstra insegurança e carência afetiva.
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Esse estilo consiste em, além de segurar, também cobrir a mão da outra pessoa, com a sua outra
mão. Isso transmite conforto e segurança, mostrando que você é confiável e se preocupa com os
outros. Normalmente, quem usa esse gesto busca tranquilizar o outro.
Já esse modelo, consiste em balançar a mão para os lados, além de para cima e para baixo. Um
gesto assim passa a imagem de entusiasmo e energia. Os outros têm a impressão de que você
está muito animado ou empolgado.
No entanto, esse estilo de aperto de mão nem sempre é adequado. Em situações mais sérias
(como em um emprego, por exemplo) pode ser melhor contê-lo.
É quando segura apenas as pontas dos dedos da outra pessoa ou deixa que somente ela
coloque força e movimento no gesto.
Dependendo da situação, isso pode passar a imagem de que você é despreocupado, mas
também pode dar a impressão de desconfiança ou insegurança. Quem adota esse estilo costuma
ser visto como passivo ou submisso.
É o aperto de mão que deixa um espaço vazio entre as palmas das pessoas que se
cumprimentam. Ele pode passar a impressão de que você está muito cauteloso ou reticente.
É aquele estilo em que se pega a mão da outra pessoa, chacoalha e a solta o mais rápido
possível. Um gesto como esse pode passar a imagem de alguém direto e apressado.
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Normalmente, ele é utilizado quando se quer ir logo ao ponto ou quando deseja demonstrar que
você prefere assuntos e atitudes concretos.
No Brasil, um bom aperto de mão é firme, mas sem muita força, leva cerca de três a quatro
segundos e é acompanhado por contato visual.
Se conhece e tem confiança na pessoa, é provável que este sentimento de proteção seja mais
verdadeiro. Mas se a pessoa é desconhecida ou tem pouca ligação, o mais provável é que queira
pedir algo em troca ou manipular.
Até parece que te parte a mão: insegurança, necessidade de afirmação. O cumprimento chamado
“rabo de peixe” demonstra que a pessoa pode ser distante, presunçosa ou não gosta de
socializar.
Pessoas que no aperto de mão demoram mais que o normal a largar a nossa mão querem
demonstrar poder e controle
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Dentro da linguagem corporal, existem dois tipos de postura: a aberta e a fechada. Na primeira,
não há barreiras entre um interlocutor e outro — o que é o mais indicado para a maior parte de
nossas atividades cotidianas que exigem contato.
Por outro lado, na postura fechada, há a intenção de proteger e isolar o corpo. Cruzar os braços e
as pernas demonstra essa intenção e indicam a resistência, o medo ou a falta de conforto em
relação ao tema tratado.
Corpo
Frente a frente — ficar frente a frente com o seu interlocutor pode transmitir a ideia de
competição, disputa;
Cabeça
Braços
Cruzados no modo clássico (standard) — posição defensiva que também pode ser interpretada
com insegurança;
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Pernas
Cruzadas com um pé apoiado no joelho (formando um “4”) — passa a ideia de conflito e disputa;
A postura retraída é a forma de o seu corpo expressar tédio. Quando isso acontecer, procure
incluir uma atividade mais estimulante na agenda. Que tal pegar um cinema no meio da semana?
A leitura do seu gênero literário favorito também pode surtir bons resultados.
Morder os lábios
Especialistas afirmam que morder e mastigar os lábios indicam medo e ansiedade. Quase
sempre o gesto é manifestado quando a pessoa está insegura, desconfortável ou preocupada
com determinada situação.
Ao cruzar braços e pernas, a pessoa comunica que está emocional, física e mentalmente
bloqueada em relação ao que ela está presenciando. É uma forma de o corpo impor uma barreira
e se fechar frente àquilo que o outro está falando. Por não ser intencional, essa atitude é bastante
reveladora.
Um sorriso verdadeiro é aquele que envolve não somente a boca, mas também as maçãs do
rosto, as orelhas e cria rugas ao redor dos olhos. Portanto, quando ele só incluir os lábios, isso
pode indicar um ato não genuíno para esconder o que, realmente, a pessoa está sentindo.
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LINGUAGEM CORPORAL
Postura ereta
Postura ereta, gestos feitos com a palma da mão para baixo associados a movimentos abertos e
expansivos demonstram autoridade. A explicação é que o cérebro cria uma relação entre o poder
e o espaço que as pessoas ocupam.
Arquear as sobrancelhas
Levantar as sobrancelhas pode significar três coisas: surpresa, preocupação ou medo. Quando o
gesto aparece em situações que não remetem a esses sentimentos, certamente, há algo mais
ocupando os pensamentos de quem o faz.
Estalar os dedos
Cerrar o maxilar
O maxilar cerrado, bem como uma das sobrancelhas arqueadas, aparece em situações de
estresse intenso. Esse indicativo de grande desconforto pode estar relacionado tanto ao assunto
tratado quanto a outras questões que direcionariam a revisita dos pensamentos.
Dilatar as pupilas
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LINGUAGEM CORPORAL
Quando balançamos muito a cabeça fazendo sinal de concordância estamos ansiosos para ter
aprovação. Nesses momentos, existe a preocupação sobre o que o nosso interlocutor pensa de
nós ou a incerteza de que ele confie em nossas capacidades.
Olhar para a direita e para cima é o clássico sinal de tédio. Apesar de ser muito clichê nas
representações de novelas e filmes, as situações reais não fogem à regra. O mesmo acontece
com quando apoiamos a cabeça nas mãos.
Tradicionalmente, as pessoas olham para a direita para tentar se lembrar de sons e para a
esquerda para recordar de algo visual. O lado direito do cérebro também armazena os
pensamentos criativos e a inventividade — é também um bom refúgio que
os mentirosos encontram para elaborar suas falas.
Em média, piscamos os olhos na frequência de seis a dez vezes por minuto. Esse número pode
aumentar quando desenvolvemos emoções e sentimentos positivos em relação a alguém.
Coçar o nariz
Esse é um dos sinais mais populares da mentira. Enquanto discursam inverdades, é comum que
as pessoas cocem o nariz por repetidas vezes.
Coçar a cabeça
Coçar a cabeça por repetidas vezes acontece, geralmente, quando estamos com dúvida,
inquietos ou confusos.
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LINGUAGEM CORPORAL
COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
A diferença entre as palavras de uma pessoa e a nossa interpretação do que ela quer dizer é
resultado da comunicação não verbal ou linguagem corporal. Mediante o conhecimento dos sinais
do corpo fica mais fácil entender e se comunicar eficientemente com as outras pessoas.
As expressões faciais, os movimentos e os gestos podem ser mais ou menos sutis em cada
pessoa, e a forma de falar, andar ou nos sentar sempre diz algo sobre nós e sobre o que estamos
sentindo, que pode se refletir em nosso exterior. Inclusive existem momentos em que enviamos
mensagens contraditórias: falamos uma coisa, mas a nossa linguagem corporal revela outra. A
linguagem não verbal afetará nossa forma de agir e reagir perante os outros, e perante nós
mesmos.
Ao observar outras pessoas, podemos identificar alguns signos e sinais que delatam
sua segurança ou insegurança; para isso você deveria buscar os seguintes signos de confiança:
– O discurso deve de ser lento e claro, e o tom de voz deve ser moderado
Alguns dos signos comuns que demonstram que a pessoa que está falando pode estar
na defensiva são:
– Os olhos do interlocutor não mantêm contato com os seus durante muito tempo ou estão com
expressão de desânimo
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LINGUAGEM CORPORAL
Muitas vezes, o nervosismo toma conta do apresentador de tal forma que ele acaba se
movimentando excessivamente – mesmo sem perceber. Ficar andando, sem parar, de um lado
para o outro no palco é um exemplo. Ou então apoiar-se em uma das pernas e ficar “pendendo”
para um lado ou para o outro.
Esse tipo de atitude não agrega informação ao conteúdo de uma apresentação – nem reforçam a
mensagem que você quer passar, nem facilitam o entendimento. Ao invés disso, eles
demonstram o seu desconforto e nervosismo por estar ali. As pessoas podem não se dar conta
explicitamente dos seus movimentos, mas tendem a ficar desconfortáveis na plateia.
Existem alguns movimentos com as mãos que são comuns entre apresentadores ansiosos –
chamamos de “movimentos manipulatórios”. Alguns exemplos são tirar e colocar o anel, mexer no
cabelo o tempo todo, apertar o botão da caneta incessantemente, entre outras ações visivelmente
no “piloto automático”. Ou seja, o palestrante não as faz intencionamente, mas, sim, por força do
hábito, muitas vezes, sem nem se dar conta.
Ao contrário da comunicação verbal, ela não se dá por palavras, e sim por sons, gestos, imagens,
expressões faciais, etc. Pode servir como complemento para as palavras, formando uma
mensagem completa. Porém, também pode ser entendida sozinha, como uma reação triste, um
gesto de “beleza” ou a cor verde em um semáforo.
Algumas mensagens são fáceis de serem interpretadas. Por exemplo: alguém imitando sua
linguagem corporal (afirmando com a cabeça) é sinal de que ela concorda com o que você está
dizendo. Já pernas e braços cruzados significam resistência ou discordância.
Com o tempo, esse tipo de comunicação vai se tornando mais nítida para nós e conseguimos
usar em uma conversa ou venda.
A primeira impressão é a que fica. Por isso, desde o início, seja gentil e prestativo. Tenha postura
para passar confiança e credibilidade. Olhe para o cliente e preste atenção quando ele falar com
você. Nada pior que um vendedor que parece estar sendo obrigado a te atender.
Dê um espaço ao cliente, procure abordar ele de lado para ser um primeiro contato mais
agradável. Sua roupa não deve chamar mais atenção que seu produto e seus conhecimentos.
Por fim, seja atencioso mesmo que ele não vá fechar a compra naquele momento; ele pode vir a
se tornar um cliente no futuro.
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LINGUAGEM CORPORAL
A linguagem corporal fornece uma incrível quantidade de informações sobre o que as outras
pessoas estão pensando se você souber o que procurar.
Psicologicamente, pernas e braços cruzados sinalizam que uma pessoa está mentalmente,
emocionalmente e fisicamente bloqueada em relação ao que está diante delas. Não é intencional,
por isso é tão revelador.
Sorrisos sinceros franzem os olhos. Quando se trata de sorrir, a boca pode mentir, mas os olhos
não. Sorrisos genuínos chegam aos olhos, franzindo a pele e criando “pés de galinha” em volta
deles.
As pessoas normalmente sorriem para esconder o que realmente estão pensando e sentindo, por
isso, da próxima vez que você quiser saber se o sorriso de uma pessoa é genuíno, procure por
rugas nos cantos dos olhos. Se não estiverem lá, aquele sorriso está escondendo algo.
Cruzar os braços na frente do corpo indica uma atitude distante e não receptiva. É um gesto
natural e 70% das pessoas cruzam o braço esquerdo sobre o direito. É praticamente impossível
aprender a cruzá-los do outro jeito. Ao que tudo indica, esse gesto visa proteger o coração e os
pulmões de ataques. A maioria dos primatas também o faz por esse motivo: "Convencer este
homem não será fácil"
Pesquisas revelam que as pessoas da plateia que adotam essa postura durante uma palestra
conseguem lembrar 38% menos do que é dito do que aqueles que se sentam de forma mais
descontraída. Ao serem indagados sobre a atuação do apresentador, os que cruzaram os braços
usaram mais frases mais curtas, desviaram mais os olhos, recostaram-se com mais frequência na
cadeira e foram mais críticos com o desempenho do apresentador do que os demais ouvintes.
Esse gesto também tem diversas variações sutis, como cruzar um só braço; segurar a própria
mão, o que parece ser um vestígio da época em que seus pais seguravam a sua mão quando
você ficava nervoso; e segurar um objeto com as duas mãos. O objetivo de segurar uma bolsa,
um copo ou uma pasta com as duas mãos é obter uma sensação de segurança ao ter os braços
na frente do corpo. Mexer o anel, no relógio ou na abotoadura com a outra mão produz o mesmo
efeito.
Todos os pesquisadores que investigam os vários tipos de toque no rosto concordam que ele está
relacionado a sentimentos negativos. Os ocidentais e a maioria dos europeus o fazem com mais
frequência quando estão mentindo. Este não é o caso dos asiáticos, que evitam tocar a cabeça
por motivos religiosos e aumentam o movimento dos pés quando mentem.
O gesto de cobrir a boca com a mão ao mentir é comum em crianças, mas também pode ser visto
em adultos. O ato de mentir aumenta a sensibilidade nasal e isso pode resultar num simples
toque no nariz. Cobrir os olhos com as mãos nos impede de ver o que não queremos ver ou
aquilo em que não acreditamos e é a origem do gesto de esfregar o olho.
O contacto visual direto põe o corpo em alerta. A interpretação desse estado de alerta depende
das partes envolvidas e das circunstâncias.
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LINGUAGEM CORPORAL
Uma postura direita e juntar as mãos com a ponta dos dedos são exemplos de uma série de
sinais e comportamentos, inatos ou aprendidos, que as pessoas usam quando sentem que estão
uma posição de liderança (ou pelo menos tentam convencer-se de que estão).
A linguagem corporal se refere a todas as nossas expressões a través dos movimentos, posturas
ou gestos que se façam com as diferentes partes do corpo.
A ciência que estuda a linguagem corporal é conhecida como: Kinésica ou Quinésica e o que ela
faz é estudar o significado expressivo ou comunicativo dos gestos e movimentos corporais
percebidos pelos sentidos visual, auditivo ou táctil, de acordo com a situação.
A linguagem corporal vem sendo estudada por muito tempo e, de acordo com a opinião de
profissionais em psicologia e sociologia, detecta diferentes sentimentos e expressões que não
se comunicam com palavras, mas sim com o comportamento físico.
A postura que o nosso corpo adquire quando falamos com outra pessoa tem mais significado do
que podemos imaginar.
A postura que tomamos pode facilitar o caminho para conquistar alguém, melhorar a nossa
qualidade de expressão ou entender de maneira mais clara a quem nos acompanha.
As primeiras são aquelas posturas onde não há barreiras como os braços ou as pernas entre um
interlocutor e outros. Pelo outro lado, estão as posturas fechadas onde, por exemplo, se usam os
braços cruzados para isolar ou proteger o corpo (de forma inconsciente na maioria dos casos).
Além do mais, é importante que a gente considere as posições ideais para falar de acordo ao
caso, por exemplo:
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LINGUAGEM CORPORAL
Postura da cabeça
Se você se inclina demais na direção da outra pessoa, você vai terminar invadindo seu espaço
pessoal. Isto não deve ser feito quando ainda não existe muita confiança, pois você pode parecer
agressivo demais.
Manter uma posição relaxada com braços e pernas ligeiramente abertas demonstra
autoconfiança e segurança.
Se mostrar com uma postura erguida é a melhor coisa a fazer quando você quer demonstrar
segurança, valor e importância no que você está fazendo.
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LINGUAGEM CORPORAL
Quando a pessoa mente seus gestos mudam: aumentam as piscadas, a mão tende a tocar o
rosto (boca, nariz, orelha, olhos, cabelos), a voz simula uma tosse e fica embargada.
Quando existe interesse da mulher pelo homem ela libera a orelha (deixa visível), principalmente
as mulheres com cabelos longos, na direção do pretendente.
Gestos sedutores produzidos pelas mulheres: rodear a borda da taça de vinho, quebra de pulso
segurando cigarro (estou disponível), tocar-se de uma maneira geral (como quem quer dizer:
“preciso de carinho”).
Em pé procure comunicar-se a 45º, evite ficar totalmente de frente com a outra pessoa. Em
entrevista ou vendas, evite sentar-se de frente com a pessoa, procure também ficar de canto a
90º.
Em um casal andando na rua de mãos dadas, quem estiver com a palma da mão para trás é o
dominante da relação.
Se uma pessoa, ao conversar, fecha os olhos, saiba que está tentando se esconder
ou se proteger do mundo exterior. Ela quer te tirar do seu campo de visão. É possível que você
já a tenha aborrecido com alguma coisa.
Alguns dedos, a palma ou o punho nos ajudam a conter as palavras. Às vezes também
mascaramos esse padrão de comportamento com uma tosse falsa.
A linguagem corporal depende do contexto. Exemplo: uma pessoa a coçar o olho pode ser
cansaço, irritação no olho, ou não acreditar no que está a dizer.
A etinicidade e cultura influencia alguns sinais. Exemplo: a maioria dos estudos são para a cultura
ocidental.
A linguagem corporal depende da idade e gênero. Exemplo: uma pessoa idosa gesticula menos,
um jovem é mais efusivo.
Há gestos que podem ser imitados/falsos, mas não conseguimos controlar tudo – micro-
expressões são inconscientes, dificeis de detectar mas verdadeiras.
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LINGUAGEM CORPORAL
A linguagem corporal não deve ser usada isoladamente para se tomar uma decisão sobre uma
pessoa. É complexa e requer muito treino.
Tendo estes pontos em consideração, vamos analisar algumas pistas de linguagem corporal
divididas pelas seguintes áreas:
Olhos
Boca
Cabeça
Braços
Mãos
Apertos de Mão
Pernas e Pés
Espaço Pessoal
A linguagem corporal (ou comunicação não verbal) não é exatamente uma ciência exata, mas é
uma área de estudo do comportamento humano e pode ser a sua salvação em um date – e até
mesmo em uma entrevista de emprego.
Ao interagir com outras pessoas, nosso corpo emite sinais – gestos! – sobrancelhas arcadas,
pequenos tremores nos lábios, braços cruzados, olhar cabisbaixo, falta de contato visual ou olhar
fixo. São tantas variações em tão pouco tempo que é comum não perceber a “cara” que estamos
fazendo. Mas a outra pessoa percebe, mesmo que não saiba dizer o porquê, ela vai reagir aos
seus gestos se sentindo mais confortável ou mais tensa, dependendo das emoções envolvidas.
Se os braços estão cruzados, acenda o sinal vermelho. Cruzar os braços significa que estamos
nos protegendo da outra pessoa. É uma postura que guarda nossa região vital, o troco do corpo.
A pessoa está se sentindo ameaçada. Para reverter, conte uma piada boba, faça algo engraçado,
deixe o clima mais suave e alegre. Mostre que você não é uma ameaça. Você não é uma
ameaça, não é mesmo?
Na linguagem corporal, quando uma pessoa não consegue olhar para o nosso rosto ou para os
nossos olhos ela também demonstra que está se sentindo intimidade, mas não necessariamente
que está se protegendo de você. A pessoa pode ser tímida.
A melhor forma de destravar a pessoa e fazer com que ela olhe para você é mostrando que você
também se sente vulnerável às vezes. Conte (de maneira engraçada) alguma lembrança sua
sobre quando esqueceu de tirar a calça do pijama e foi comprar pão assim mesmo. Demonstrar
empatia costuma funcionar.
Se a pessoa não para de falar, nem respira e parece não se importar com a sua opinião, entenda:
é uma pessoa que se sente solitária. E aí quando tem uma oportunidade de falar, vai falar. Isso
não é necessariamente ruim, a pessoa se sentiu à vontade e está se expressando.
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LINGUAGEM CORPORAL
Agora, veja se ela tem a mesma reação com outras pessoas. Se ela também conversa assim com
o garçom provavelmente a sua presença não faz muita diferença… e neste caso vale a pena se
perguntar se vale a pena continuar com o monólogo. Antes de desistir, tome o seu turno no
diálogo. Se a pessoa voltar a falar sem usar como gancho o que você falou, então ela realmente
não está interessada em ouvir você.
A pessoa está olhando fixamente para você, parece que está te “filmando”. O contato visual nos
mamíferos significa: luta ou fuga. O olhar fixo também é um sinal que enviamos para dizer que
nos sentimos atraídos eroticamente por outra pessoa. Neste caso, se você estiver na mesma vibe
retribua com o mesmo sinal. Caso não esteja, comunique que está se sentindo desconfortável. Se
você estiver olhando fixo e a pessoa retribuir com olhar cabisbaixo, braços cruzados, silêncio e
pernas batendo repetidamente… o recado foi para você.
Na linguagem corporal, o volume da fala também é observado. Pessoas que falam gritando estão
“bastante empolgadas”. Perceba que tipo de assunto estão conversando, geralmente é um sinal
de que a pessoa é afetada por ele. Tente descobrir se de maneira positiva ou negativa.
Pessoas que falam muito baixinho podem ser tímidas e se sentirem inseguras. Vale uma tentativa
para deixá-la mais à vontade.
A pessoa está sentada e com a perna direita batendo várias vezes por minuto. Isso significa que
ela está entediada.
Se a cada vez que você emite uma opinião sobre um tema do seu interesse a pessoa espreme o
olhar e os lábios (aquela boca de pato) dando a entender que está reprovando você, ela está
reprovando você. A reprovação geralmente vem acompanhada pela competição. É provável que
ela esteja rivalizando com você.
Em alguns casos, é assim que as pessoas flertam, demonstrando um certo “desprezo”. Mas
precisa ser acompanhado de sorrisos e olhares longos para ser entendido como algo positivo. Se
não, a pessoa está mostrando insatisfação porque você não está reconhecendo que ela é “a dona
da rua”.
Se a pessoa parece toda hora que está “indo pra casa”, ela está desconfortável, mas não
necessariamente com você. Ao invés de virar o corpo para você, ela vira para direita, cabeça para
direita, tronco para direita, duas pernas para direita. Vale a pena perguntar se a pessoa tem outro
compromisso, mas faça isso de maneira descontraída. Se neste momento você criticá-la por isso,
ela realmente vai.
Observe se candidato costuma fazer contato visual ou se ele desvia o olhar. Isso pode
demonstrar segurança ou, no caso, a falta dela. Para não ser confundido com excesso de
nervosismo deve-se observar se isso vai diminuir ao longo da entrevista.
Insegurança é algo natural do ser humano, especialmente, quando estamos diante de algo novo,
no entanto, em excesso pode ser muito prejudicial. Pessoas que tendem a não fazer contato
visual durante uma conversa demonstram ser muito inseguras ou até mesmo muito tímidas.
Em qualquer situação, não fazer contato visual é algo muito desconfortável, além de parecer que
a pessoa não está tão interessada no assunto ou pior: que está mentindo.
Postura e expressões:
A postura dela ao cumprimentar, ao falar, se costuma gesticular, como se senta, como se dirige
ao seu receptor, até mesmo suas expressões faciais dizem sobre ela ou sobre o momento em
específico.
Não é fácil fazer uma leitura corporal, portanto, o candidato não deve ser lido de maneira isolada
e o contexto deve ser levado em consideração. Sendo assim, pegar apenas uma ação não pode
ser um fator determinante.
Por exemplo, o candidato pode ter ficado durante a entrevista com os braços cruzados, sem
gesticular muito. No entanto, ele não tinha onde apoiar os braços ou então a sala estava muita
fria e ele cruzou os braços para se proteger de alguma forma.
Ou seja, cruzar os braços neste momento não foi algo comportamental e sim um instinto para
ficar mais confortável no ambiente.
Buscar a coerência entre o que ele fala e o que o candidato mostra é muito importante. Fazer
essa leitura no candidato não é uma tarefa fácil para o recrutador, pois, são muitos detalhes para
prestar atenção. Contudo, observar-los para fazer uma boa análise pode ser um auxílio para
encontrar o perfil que a empresa busca.
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LINGUAGEM CORPORAL
Em uma entrevista de emprego precisamos ir além de uma linguagem verbal preparada, visto que
70% da nossa comunicação tenha seu alicerce em gestos e ações posturais. Por isso, é
fundamental passar uma boa imagem através da linguagem corporal e demonstrar confiança,
credibilidade e interesse pela empresa em que se almeja trabalhar.
Postura: procure se sentar de forma ereta e cabeça erguida evite se jogar na cadeira ou ficar
balançado;
Braços cruzados: são relacionados a uma postura defensiva, podem apontar que o entrevistado
não se sente confiante ou confortável;
Corpo inclinado em direção à outra pessoa: demonstra interesse e empatia pelo o que é dito, pela
outra pessoa e pelo assunto tratado;
Apresentação: ao se apresentar procure não manter uma ação intima, um aperto de mão é
suficiente para o contato inicial;
Ansiedade: controle a ansiedade atitudes como ficar balançando os pés, pernas mexendo ou
batendo canetas nas mesas. Isso representa um visível estado de nervosismo e desconforto. A
entrevista é um momento que requer controle e calma, pois representa uma oportunidade de
tratar sobre a experiência profissional e conhecer as propostas da empresa;
Contato visual: procure olhar diretamente para o entrevistador, mas sem encará-lo, isso implica
em demonstrar atenção e interesse. Olhar cabisbaixo pode demonstrar timidez e para os lados
aponta indecisão ou discordância;
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LINGUAGEM CORPORAL
Sobrancelhas: tendem a revelar informações, quando passam uma atitude afirmativa costumam
estar arqueadas, transparecendo interesse, e caso aparentam estar franzidas podem significar
dúvida ou falta de compreensão;
Gestos com as mãos e braços: ao usar esses gestos deve ter em mente o equilíbrio, sem
exageros. Se utilizados corretamente podem demonstrar convicção naquilo que é afirmado,
porém se usado de forma exacerbada pode cair na repetição e contar com o efeito negativo.
Batucar dedos na mesa, enrolar o cabelo ou apontar o dedo para a plateia pode atrapalhar sua
plateia. Primeiro porque tais gestos distraem. Segundo, podem incomodar ou trazer insumos para
o pré-julgamentos da plateia. Na dúvida, escolha gestos neutros e conscientes.
Diversos outros sinais físicos podem “trair” a intenção de quem se comunica no trabalho. Um
candidato que fica na ponta da cadeira em uma entrevista de emprego, por exemplo, pode se dar
mal. “A pessoa até pode dizer frases que transmitam serenidade, mas essa postura corporal pode
ser vista como indício de pressa ou ansiedade.
Se o corpo fala em um bate papo, nas apresentações, ele grita; aprenda algumas regras para
passar a mensagem correta quando você é o centro das atenções. Expressões faciais, posturas e
até os gestos que cada orador escolhe também contam (e muito) para a maneira como o público,
do lado de lá do palco, irá processar cada informação.
Em uma apresentação, a plateia é a protagonista – não você, seus slides ou lousa. Por isso, seu
foco deve estar em quem está do lado de lá do palco ou da mesa. Na prática, isso significa que
seus olhos devem estar fitos neles – e não na sua apresentação de slides ou outro recurso.
Agora, como conciliar a troca de olhares com o público e os slides que você tem para mostrar? A
resposta está na maneira como os maestros conduzem uma orquestra. Apesar da multidão de
notas na partitura, é o maestro quem determina em que ponto de toda harmonia cada músico
deve se focar. Faça o mesmo. Assuma a postura de maestro da atenção da plateia. Segundo os
especialistas, este processo começa antes de sua chegada ao palco – para ser mais preciso, no
momento em que você confecciona os slides que irão auxiliá-lo durante a apresentação. “O
conteúdo mais importante não é o que está no slide, mas sim o que você está falando.
Os gestos e expressões faciais não são os únicos a desembocar significados durante uma
apresentação. A maneira como você dispõe os outros membros do seu corpo também fala – e
muito. Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai.
Posturas assim passam “mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta
de disciplina, organização ou profissionalismo”.
A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. “O que você busca
em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementariedade”, afirma Adas. Ou
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LINGUAGEM CORPORAL
seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história
que está contando – antes, deve reforçá-la. Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo,
cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e
confiança. “A conexão com a audiência é mais forte se seu gesto é natural”.
A coerência entre o que se diz e como se age é fundamental. “Falar uma coisa e fazer outra cara
compromete a credibilidade”.
Agora, como conciliar conteúdo e expressão quando se está nervoso e o sorriso ou sobrancelhas
arcadas parecem ter vida própria? A solução, de acordo com os especialistas, é treino. Por isso,
não subestime a importância do preparo antes da apresentação.
Batucar dedos na mesa, enrolar o cabelo ou apontar o dedo para a plateia pode atrapalhar sua
plateia. Primeiro porque tais gestos distraem. Segundo, podem incomodar ou trazer insumos para
o pré-julgamentos da plateia. Na dúvida, escolha gestos neutros e conscientes. “Muita gente
odeia que aponte o dedo para elas. Ao fazer isso, você quebra a empatia”.
“Quando você está de pé tem o corpo inteiro para lidar, tem mais mobilidade no palco, a interação
fica mais rica”, descreve o especialista. Sentado, ao contrário, o grau de liberdade é menor. “Você
fica mais preso e tem menos recursos para complementar sua história”. Quando o grupo é
pequeno, contudo, muitas vezes não faz sentido ficar em pé. Aí, a dica é aguçar os sentidos para
perceber qual postura é mais adequada para cada reunião.
Mesmo que a gente não perceba, nosso corpo projeta nossas emoções, inseguranças e
pensamentos. De forma inconsciente, nossas sobrancelhas, braços e postura refletem aquilo que
passa dentro da nossa cabeça. Ainda mais em momento de tensão, como uma entrevista de
trabalho. Não é a toa que hoje profissionais de Recursos Humanos tem se especializado cada
vez mais em linguagem corporal para sacar se você está contando uma mentira ou se está
nervoso.
E não é a toa. Estudos apontem que 70% da nossa comunicação tem seu alicerce em gestos e
ações posturais. Por isso, é fundamental passar uma boa imagem através da linguagem corporal
e demonstrar confiança, credibilidade e interesse pela empresa em que se almeja trabalhar.
Postura: Procure se sentar de forma ereta e cabeça erguida evite se jogar na cadeira ou ficar
balançado.
Braços cruzados: São relacionados a uma postura defensiva, podem apontar que o entrevistado
não se sente confiante ou confortável.
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LINGUAGEM CORPORAL
Corpo inclinado em direção à outra pessoa: Demonstra interesse e empatia pelo o que é dito,
pela outra pessoa e pelo assunto tratado.
Apresentação: Ao se apresentar procure não manter uma ação intima, um aperto de mão é
suficiente para o contato inicial.
Ansiedade: Controle a ansiedade, atitudes como ficar balançando os pés, pernas mexendo ou
batendo canetas nas mesas. Isso representa um visível estado de nervosismo e desconforto. A
entrevista é um momento que requer controle e calma, pois representa uma oportunidade de
tratar sobre a experiência profissional e conhecer as propostas da empresa.
Contato visual: Procure olhar diretamente para o entrevistador, mas sem encará-lo, isso implica
em demonstrar atenção e interesse. Olhar cabisbaixo pode demonstrar timidez e para os lados
aponta indecisão ou discordância.
Sobrancelhas: Tendem a revelar informações, quando passam uma atitude afirmativa costumam
estar arqueadas, transparecendo interesse, e caso aparentam estar franzidas podem significar
dúvida ou falta de compreensão;
Gestos com as mãos e braços: Ao usar esses gestos deve ter em mente o equilíbrio, sem
exageros. Se utilizados corretamente podem demonstrar convicção naquilo que é afirmado,
porém se usado de forma exacerbada pode cair na repetição e contar com o efeito negativo.
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LINGUAGEM CORPORAL
A influência dos sinais do corpo é garantida mesmo que o seu avaliador não conheça tão bem o
assunto. "Ele sempre será impactado pela linguagem corporal do entrevistado, seja num nível
consciente ou inconsciente".
A boa notícia é que é possível evitar alguns recados indesejáveis. E você nem precisa sacrificar a
sua espontaneidade - basta saber o que alguns gestos e posições normalmente representam e
evitá-los na próxima vez que for entrevistado.
Ao entrar na sala, o primeiro recado que você passa está no seu rosto. Sorrir suavemente para
todos os presentes denota segurança e simpatia. "Pode parecer um detalhe irrelevante, mas o
sorriso é uma arma poderosíssima para criar um vínculo interpessoal imediato".
A forma de trocar um aperto de mão contém muito mais mensagens do que você imagina.
Segundo Allan e Barbara Pease, autores do livro "A linguagem corporal no trabalho" (Sextante), é
importante evitar o cumprimento por cima da mesa do entrevistador. Tudo porque a posição fará
com que você receba um aperto de mão com as palmas viradas para baixo - o que o colocará
simbolicamente numa posição inferior em relação ao entrevistador. Para escapar desse "papel", o
ideal é se aproximar da mesa, dar um passo à esquerda e cumprimentar o outro com a sua mão
por cima.
Enquanto você está sentado, o ideal é manter as costas eretas ou ligeiramente inclinadas na
direção do outro. Essa postura denota equilíbrio e interesse na situação.
É perigoso se recostar para trás ao ouvir uma pergunta. "Mostra defensividade, como se você não
gostasse do que está sendo dito".
Agarrar os braços da cadeira é outra postura a evitar, porque pode transmitir ansiedade, tensão e
insegurança.
Importante:
Ao fazer ou responder perguntas, não desvie o olhar do interlocutor nem abaixe a cabeça.
O ideal é olhar para o rosto do entrevistador durante cerca de 70% do tempo, com foco no
triângulo entre os olhos e a boca. Embora o cuidado seja essencial para transmitir confiança, é
preciso tomar cuidado com a dose. Se você fixar exageradamente o olhar na outra pessoa, ela
pode se sentir desconfortável e constrangida.
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LINGUAGEM CORPORAL
Você costuma fazer todo o tipo de caretas quando fala sobre algo desagradável? É bom frear
essa tendência enquanto você estiver diante de um entrevistador. Não que você deva ficar com
um rosto inexpressivo. "O ideal é manter uma expressão serena, confiável e neutra, a famosa
'poker face' que vemos nos filmes".
Na hora da entrevista, evite mexer no celular, roer unhas, morder a ponta de uma caneta ou
brincar com colares, relógios e pulseiras.
Os candidatos que não conseguem manter as mãos em repouso durante a conversa são
frequentemente percebidos como inseguros e ansiosos.
As suas mãos não precisam ficar completamente paradas durante a entrevista. Gestos são
permitidos - e até aconselháveis - caso acrescentem expressividade à sua fala. Mas é bom ser
econômico. "Gesticular demais pode tirar a atenção do recrutador sobre a sua fala e transmitir
uma ideia de que você é uma pessoa pouco equilibrada, muito teatral".
Além de denotar impaciência, cruzar os braços na frente do corpo pode causar a impressão de
que você está querendo se defender do outro. De acordo com Camargo, a posição é
especialmente desaconselhável quando você é o foco, ou seja, quando é a sua vez de falar ou
perguntar algo.
É importante fazer pequenos sinais de concordância com a cabeça enquanto ele fala. "Isso
demonstra interesse e facilita a conexão pessoal com o entrevistador".
Também vale tomar cuidado com o queixo: o ideal é que ele fica na posição horizontal, paralelo
ao chão. Se você ficar com a cabeça inclinada para baixo, pode transmitir cansaço ou desânimo.
Vai levar uma bolsa ou pasta para a entrevista? O ideal é deixá-la à esquerda, para deixar a mão
direita livre para apertos de mão. Ao se sentar, é uma péssima ideia colocar o objeto na frente do
corpo, como uma barreira entre você e o recrutador. "Isso transmite uma impressão de
insegurança e ansiedade, pois deixa claro que está tentando se proteger e disfarçar o
nervosismo".
Manter a coluna reta é importante para transmitir vivacidade e interesse na conversa. No entanto,
vale reclinar o corpo ligeiramente para a frente enquanto o entrevistador pergunta algo. Essa é
uma forma simples de transmitir humildade, disposição e abertura para as demandas do outro.
A conversa terminou? O ideal é arrumar os seus pertences com calma: se você agir com pressa,
pode dar a impressão de que quer "fugir" logo da situação. Em seguida, basta apenas dar um
aperto de mão no entrevistador, virar-se e sair. Se a porta estava fechada quando você entrou, é
importante fechá-la ao abandonar o recinto - de preferência, olhando para o entrevistador e
fechando o encontro com um último sorriso.
Obs.: Aperto de mãos fraco e desviar os olhos do entrevistador são erros fatais.
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Má postura: "As pessoas não percebem que a entrevista de emprego começa na sala de espera.
Portanto, não se sente desleixado na cadeira na área de recepção". "Para parecer confiável,
deve-se sentar ou ficar em pé, com o pescoço alongado, orelhas e ombros alinhados, e o peito
ligeiramente saliente." Segundo ela, a posição altera as substâncias químicas no cérebro para
fazer as pessoas se sentirem mais fortes e confiantes e dá a aparência de credibilidade, força e
vitalidade.
Aperto de mão ruim: As pessoas tendem a mostrar a sua personalidade dominante segurando a
mão dos entrevistadores e levando-as para baixo, mas isso diz ao entrevistador que você precisa
se sentir poderoso. "Em vez disso, o aperto de mão deve ser mais natural, e o candidato deve
sempre esperar que o entrevistador estenda a mão primeiro."
Palmas das mãos suadas: Não há nada pior do que apertar as mãos de alguém que tem as
palmas das mãos úmidas. "Vá ao banheiro e lave os pulsos sob água fria", sugere. "Isso vai
deixar as palmas das mãos secas durante cerca de 10 minutos para o primeiro aperto de mão,
que deve ser forte e poderoso, não suado e inseguro".
Falta de contato com os olhos: "Certifique-se de que está tendo contato com os olhos do
entrevistador”. "Se você não fizer isso, o entrevistador vai supor que você é inseguro, não tem
uma resposta adequada para a questão que se coloca ou o está enganando. Mesmo que isso
tudo não seja verdade, a percepção é tudo em uma entrevista de emprego.”
Inquietação: Jogar com o cabelo, tocar o rosto ou qualquer outro tipo de inquietação pode ser
uma grande distração para o entrevistador. Isso também demonstra falta de poder. “Quando
tocamos nossos rostos ou cabelo é porque precisamos de ‘autoconforto’ ou de uma espécie de
calmante. É essa a mensagem que deve ser enviada ao entrevistador?”
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Não sorrir: Sorrir demonstra confiança, abertura, calor e energia. "Também estimula o ouvinte a
sorrir de volta. Sem o sorriso, o indivíduo é muitas vezes visto como carrancudo ou indiferente",
conclui.
Alguns candidatos sentam de forma desleixada na sala de espera e diante do recrutador, o que
geralmente é avaliado de forma negativa.
Sendo assim, procure sentar de maneira confortável, mas com a coluna reta e a cabeça erguida
para demonstrar interesse e confiança.
Cruzar os braços na frente do corpo é outra atitude que deve ser evitada. Esse comportamento
costuma ser visto como sinal de impaciência ou insegurança.
Cruzar e descruzar as pernas diversas vezes, roer as unhas, morder a ponta da caneta, mexer
muito no cabelo ou em colares e pulseiras, por exemplo, são gestos que normalmente indicam
nervosismo. Se você tem algum desses hábitos, procure evitá-los durante a entrevista de
emprego.
Sorria
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Ao iniciar e finalizar a entrevista, dê um aperto de mão firme no recrutador. O gesto não precisa
ser exagerado, mas não deve ser muito fraco. Além disso, antes de sair da sala recolha seus
pertences de maneira calma, pois atitudes apressadas podem demonstrar que você quer fugir
daquela situação.
Ter uma boa linguagem corporal em uma entrevista pode ser um diferencial e aumentar suas
chances de sucesso no processo seletivo ao passar credibilidade, confiança e simpatia. Por isso,
procure manter a calma e seguir as dicas listadas acima.
Cabeça erguida! Não há melhor forma de transmitir confiança a um potencial empregador do que
mantendo uma boa postura, de cabeça levantada e com os ombros discretamente chegados para
trás.
Mantenha-se direito mas evite estar muito rígido durante a entrevista. Estar demasiado parado
pode significar falta de competência e controle. Movimente-se um pouco para enfatizar pontos
importantes, demonstrar dinamismo e evitar o tédio.
Enquanto sentado, mantenha-se levemente inclinado para a frente. Desta forma passará uma
imagem de atenção. É importante que adote uma postura que mostre que está atento e a
acompanhar o seu interlocutor.
Cruzar as pernas pode ser associado a um excesso de “à vontade” e algo inapropriado para o
contexto da entrevista. Pior ainda, o “baloiçar” de perna ou bater com o pé no chão. Além de
caracterizar um estado de inquietação e agitação, pode ser relacionado com um certo
“aborrecimento”. Procure manter os dois pés bem assentes “no chão”.
Mexer no cabelo ou roer as unhas são sinónimos de insegurança e nervosismo. Evite também
brincar com a caneta ou outros objectos que tenha à mão. Idealmente, deverá manter as mãos
abertas, repousadas sobre o joelho ou sobre a mesa, em sinal de sinceridade e transparência.
Costuma dizer-se que os olhos são o espelho da alma. Preocupe-se em manter o contacto visual
com o seu interlocutor para lhe dar sempre uma imagem de segurança, mas sem fixar demasiado
o seu olhar, já que um simples olhar pode causar tensão e pressão.
Se for entrevistado por mais do que uma pessoa, tenha o cuidado de distribuir o olhar por todos,
dedicando-lhes a mesma atenção. Mesmo que um dos entrevistadores seja mais interventivo e
coloque mais questões, é importante que não se esqueça que está a ser avaliado por todos.
Não olhe para baixo enquanto fala. Para além de perder o impacto visual e demonstrar timidez e
insegurança, é provável que aquilo que está a dizer seja mal percebido.
Até a forma como se relaciona com o tempo transmite uma mensagem sobre si. Olhar para o
relógio, por exemplo, é um crime flagrante e intolerável! Não denuncie eventuais “pressas” ou
impaciência, boicotando qualquer hipótese de sucesso para a sua entrevista.
Uma cara sorridente desperta mais simpatia do que uma cara muito séria. Para além disso,
transmite uma atitude positiva, pois um sorriso é a moldura perfeita das personalidades otimistas
e entusiastas.
O tom de voz do candidato pode transmitir entusiasmo ou desânimo. Tenha cuidado com a forma
como apresenta o seu discurso e preocupe-se em falar devagar para ser bem entendido.
"Seus gestos, postura da voz, e até o modo como olha para o entrevistador, acredite, são fatores
decisivos durante o processo de escolha de um candidato..."
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Candidatos com olhares vagos e esguios, que relutam em encarar o entrevistador nos olhos;
sorrisos apáticos e apertos de mãos flácidos, estes são alguns daqueles indivíduos que terão
dificuldades extras para conquistar uma colocação. E nessas pesquisas, quando os
empregadores ou recrutadores foram questionados sobre quais são os principais gargalos
da Linguagem Corporal durante uma entrevista, sem titubear eles destacaram como itens mais
importantes, por ordem de relevância, os seguintes:
Deixar de fazer contato facial; olhos nos olhos, olhar firme – 83%
Distrair-se com alguma coisa que está sobre a mesa ou em volta – 40%
Fazer gestos acariciando os cabelos ou o rosto; coçar o nariz ou morder os lábios; mãos inquietas
sobre pernas ou colo, ou tamborilar com os dedos – 36%
Má postura; pernas abertas, sentar quase de costas ou curvado para frente, balançar as pernas –
32%
"Durante uma entrevista os empregadores estão avaliando o pacote inteiro, e os sinais não
verbais do candidato também irão influenciar de modo decisivo no resultado final daquela
possível contratação", foi a opinião unânime de todos os especialistas em recrutamento que
foram consultados.
"Por isso que é tão importante preparar-se com cuidado redobrado para a série de perguntas que
eventualmente serão feitas. Amigos e parentes poderão ser consultados para avaliar o modo
como você se apresenta; seja por meio dos gestos, roupas e até a dicção. Lembre-se, a prática
significa mais segurança, autoconfiança, menos ansiedade, menos indecisão durante sua
apresentação. Sem contar que as chances de cometer deslizes comprometedores ou
embaraçosos serão mínimas. Acredite, nesses casos, pecar por excesso de cuidado pode ser
considerado uma virtude."
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Permanecer calmo. Para ajudar a controlar os nervos e a ansiedade, saia de casa mais cedo com
tempo de sobra para chegar ao local da entrevista. Evite cafeína e aprenda a respirar
corretamente. Antes de entrar na sala respire profundamente pelo menos 5 vezes. Isso vai relaxar
a musculatura dos ombros e tórax, reduzindo a tensão corporal e facilitando o afrouxamento das
cordas vocais.
Pratique, pratique e pratique. Faça seu dever de casa sobre a empresa; simule as possíveis
respostas que dará às perguntas mais comuns. Se não tem ideia de quais são essas perguntas,
descubra-as. Tente descobrir através de pesquisas na Internet quais são as mais frequentes.
Também não se esqueça de municiar-se com exemplos claros e impactantes das suas principais
realizações profissionais. Cite casos que se prestem a realçar suas qualificações, mas sempre
em sintonia com a função pretendida.
Estude a si mesmo. Pratique as prováveis respostas à entrevista diante do espelho. Uma boa
ideia é filmar a si mesmo simulando as respostas. Desse modo, você terá diante de si uma
autoimagem, como se estivesse diante do recrutador, e assim poderá fazer ajustes à sua
linguagem corporal, tom de voz, expressões faciais, e corrigir eventuais problemas com a dicção,
caso seja necessário.
No Brasil, assim como na França, numa entrevista de emprego tanto os recrutadores quanto os
candidatos são sensíveis à linguagem corporal, que revela muito sobre a personalidade. Neste
momento, na França, vários workshops são organizados para ajudar os candidatos, homens e
mulheres, a utilizar a linguagem corporal para ter sucesso numa entrevista de emprego.
A partir do momento em que você entra na empresa, alguém já pode ter observado sua
linguagem corporal. Se você precisa aguardar numa sala de recepção, o melhor é não reler as
suas anotações. Ao invés disso, folheie revistas e folhetas da empresa para passar o tempo. Sua
linguagem corporal veiculará facilidade e confiança, além de verdadeiro interesse pela empresa.
Tente evitar a linguagem corporal mal aceita. Se você cruzar os braços, o empregador pensará
que você está na defensiva. Se você esfregar o nariz, você poderá ser considerado desonesto.
Se você colocar as mãos no bolso, você pode ser visto como alguém que não está à vontade ou
até mesmo que tem algo à esconder. São gestos que você pode facilmente evitar. Basta se
concentrar.
Alguns exemplos práticos de como os examinadores podem ler suas atitudes: Um sorriso mostra
que você está aberto a novos conhecimentos e que eles são bem-vindos a você, e além disso,
transmite serenidade.
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Entrar na sala com postura ereta, cabeça erguida olhando nos olhos de quem o recebe dá a
entender que você está confiante e seguro de seus objetivos. Entusiasmo dá maior importância
e vitalidade ao que você está comunicando, mas em demasia, podem indicar nervosismo,
insegurança e necessidade desmedida de autoafirmação.
Manter o contato visual constante com o interlocutor demonstra atenção e aceitação do que está
sendo dito, mas isso não significa que seus olhos não podem desviar-se uma vez ou outra, e nem
que você concorda em absoluto com tudo quanto está sendo dito. Já o olhar para baixo denota
decepção e tristeza, e levantar as sobrancelhas indica dúvida, enquanto olhar para os lados
mostra que você está pensando, não entendeu ou não concorda com o que está sendo dito.
Gestos transmitem entusiasmo e dão maior ênfase durante uma conversa – enquanto uma
pessoa agressiva ou invasiva debruça-se em cima da mesa, uma outra recatada ou fechada
senta-se para trás da cadeira. Assim, controlar os gestos em demasia demonstra frieza ou pouco
caso.
Suas roupas também dizem muito sobre você e devem estar de acordo com o cargo que você
busca (bem como sua bolsa, seu sapato, seu penteado e seus acessórios, no caso de você ser
mulher – uma bolsa surrada demonstra desleixo, e sem combinar com o sapato, falta de bom-
senso; cabelo bagunçado remete a incompetência e acessórios demais fazem aflorar uma
emocionalidade exacerbada para o ambiente de trabalho).
A distância que você assume do seu entrevistador revela como você encara sua relação com a
pessoa: íntima, invasiva, comprometida, respeitosa, de trabalho, antagônica, competitiva, etc.
Sentir-se bem consigo mesmo e estar preparado emocionalmente são peças-chave para
desenvolver um diálogo saudável com o recrutador. “É muito comum que a pessoa vá para a
entrevista de emprego sentindo-se derrotada. Este é o primeiro grande erro, pois o corpo fala. É
preciso mudar o mindset e adotar uma atitude positiva que naturalmente vai ser responsável por
uma boa impressão”.
Assim como a empresa analisa o candidato, ele também deve avaliar a vaga oferecida. “Um bom
exercício é se perguntar: ’Eu quero trabalhar aqui?’, ter a postura de quem também está
estudando o ambiente de trabalho, se a proposta condiz com o perfil”.
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Identificar como a pessoa se comunica é a dica de ouro. É possível construir um vínculo em que
ela se mostra mais receptiva a ouvir o que se tem a falar. Procure, de maneira muito sutil,
acompanhar os gestos do entrevistador. “Se, por exemplo, ele estiver de pernas cruzadas,
discretamente cruze as suas. Inconscientemente quando ao espelhar o que ele faz, cria-se uma
empatia maior”. Olhar nos olhos, mas não ao ponto de intimidar, e ver se a pessoa está mais
propensa a sorrir ou manter-se séria também contribuem nesse momento.
Demonstrar interesse em evoluir, por meio de aprimoramento e ter proatividade somam pontos.
As empresas buscam profissionais que não ficam esperando o trabalho “cair no colo”. É
primordial demonstrar que possui autonomia para desempenhar as funções, antes mesmo que
seja pedido.
Não ter o conhecimento técnico exigido não exclui um candidato se ele mostrar que está disposto
a agregar valores a empresa e que possui autonomia para desempenhar as funções do cargo. “A
jornada profissional ainda é avaliada, mas cada vez mais o mercado busca pessoas positivas,
ativas, com transformações de sua inteligência emocional, seguras de si, com capacidade de se
relacionar e lidar com as decisões diárias”.
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