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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância de Pemba

Integração Económica internacional


O papel de Moçambique na SADC

Fátima Amane Saide


708204949

Curso: Administração Pública


Disciplina: Teoria G.E.R. Internacional
Ano de Frequência: 2º ano

Pemba, Maio de 2021


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Classificação
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 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizaciona
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 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
objectivos 1.0

 Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2.0

 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise coesão textual)
e  Revisão bibliográfica
Discussão nacional e
Internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos práticos


2.0
teóricos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
Bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
2. INTEGRAÇÃO ECONÓMICA REGIONAL......................................................................2
2.1. Conceito de integração regional........................................................................................2
2.2. Etapas de Integração Económica Regional.......................................................................2
3. PAPEL DE MOÇAMBIQUE NA INTEGRAÇÃO REGIONAL NA SADC.....................4
3.1. Moçambique na integração regional da SADC.................................................................4
3.2. As vantagens e desvantagens competitivas de Moçambique na SADC...........................5
4. CONCLUSÃO......................................................................................................................9
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................10
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho resulta no âmbito avaliativo da disciplina de Teoria do Estado e Relações
Internacional do curso de Administração Pública ministrada no Instituto de Educação à Distância
da Universidade Católica de Moçambique, Delegação de Pemba e tem como objectivo principal
abordar sobre a integração económica regional, especificamente o papel de Moçambique na
SADC, destacando as vantagens e desvantagens.

O mundo contemporâneo tem-se direcionado para uma economia mundial sem fronteiras,
fazendo com que as economias nacionais se tornem interdependentes. O processo vem ocorrendo
em ritmo bastante acelerado nas esferas da produção, circulação, consumo e finanças. Essa nova
ordem vem ocorrendo pela inserção dos países no mercado mundial por meio de acordos
comerciais, criação de blocos econômicos, áreas de livre comércio e acordos de preferência
tarifárias.

A integração regional que por sua vez consiste de uma tentativa de promover a liberdade de
comércio em um espaço geográfico limitado. Assim, a integração no contexto do regionalismo
acarreta compromissos entre os países, que tendem a contribuir para uma redução gradativa da
discriminação intra-regional e para a estabilização macroeconômica de cada país. O processo se
caracteriza pela criação de um mercado integrado, com eliminação progressiva de barreiras ao
comércio e ao movimento de fatores de produção, e com a criação de instituições que permitam a
coordenação ou a unificação de políticas em uma determinada região.

No que tange a metodologia usada para a concretização do trabalho, importa referir que uma
pesquisa bibliográfica, onde foram consultadas obras cujo, autores encontram-se citados no
interior do trabalho e na respectiva referência bibliográfica. O método usado para a realização do
trabalho foi, o bibliográfico acompanhado pela pesquisa científica.

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2. INTEGRAÇÃO ECONÓMICA REGIONAL

2.1. Conceito de integração regional


Segundo Murapa (2002), o termo integração tem-se prestado a usos múltiplos e divergências
conceituais. Contudo, existe um amplo consenso entre os autores em torno de alguns pontos a
saber: a integração é um fenômeno essencialmente econômico; refere-se à divisão do trabalho;
envolve a mobilidade de bens e fatores, ou de ambos; está relacionada com a discriminação no
tratamento dos bens e factores.

É nestes pontos que Muerembue (s.d) assume a integração económica ao conjunto de medidas
que tem como objectivo promover a aproximação e a união entre as economias de dois ou mais
paises. As referidas medidas partem na redução de tarifas aplicadas no comércio entre os paises
que fazem parte do processo de integração e das barreiras que limitam o intercâmbio.

Em suma, os processos de integração e a "integração econômica" embora recentes na acepção


utilizada na actualidade, apenas ganharam o seu sentido actual após a segunda guerra mundial e
encontram-se inseridos perfeitamente no actual cenário económico mundial, marcado por suas
correntes complementares de multilateralização das relações comerciais e de regionalização
econômica.

2.2. Etapas de Integração Económica Regional


Na actualidade podem ser identificados cinco etapas ou níveis de integração, que representam
graus de supressão de discriminações comerciais e de coordenação de políticas, a saber:

Zonas de Preferências Tarifárias - Essa é a etapa mais incipiente de integração econômica,


consiste na adoção recíproca, entre dois ou mais países, de níveis tarifários preferenciais. Assim,
as tarifas incidentes sobre o comércio entre os países membros do grupo são inferiores às tarifas
cobradas de países não-membros. A diferença entre as tarifas acordadas e aquelas aplicadas ao
comércio com não membros dáse o nome de margem de preferência. Arranjos dessa natureza
constituem, em geral, etapas preliminares na negociação de Zonas de Livre Comércio. Exemplos
significativos de Zonas de Preferências Tarifárias são muitos dos acordos celebrados no marco
da Associação Latino Americana de Integração (ALADI);

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Zona de Livre Comércio - A segunda etapa de integração é a Zona de Livre Comércio (ZLC),
que consiste na eliminação de todas as barreiras tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre o
comércio dos países do grupo. Segundo as normas estabelecidas pelo General Agreement on
Tariffs and Trade, GATT, acordo sobre comércio internacional que vem sendo negociado em
rodadas sucessivas desde 1947, e que deu origem à Organização Mundial de Comércio, um
acordo é considerado Zona de Livre Comércio quando abarca ao menos 80% dos bens
comercializados entre países membros do grupo. O melhor exemplo de uma ZLC em
funcionamento é o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), firmado em 1994
entre os Estados Unidos, o Canadá e o México. A ALCA deverá resultar, uma vez concluídas as
negociações para sua conformação, na maior ZLC do mundo, estendendo-se do Alasca à
Patagônia e somando uma população de cerca de 780 milhões de pessoas e um PIB de 9,7
trilhões de dólares; 

União Aduaneira - A União Aduaneira (UA) corresponde a uma etapa de integração econômica
no qual os países membros de uma Zona de Livre Comércio adotam uma mesma tarifa às
importações provenientes de mercados externos. À essa tarifa dá-se o nome de Tarifa Externa
Comum (TEC). A aplicação da TEC redunda na criação de um território aduaneiro comum entre
os sócios de uma UA, situação que torna necessário o estabelecimento de disciplinas comuns em
matéria alfandegária e, em última análise, a adoção de políticas comerciais comuns. A União
Européia era uma UA até a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992. A SACU, Southern
African Customs Union, agrupamento que reúne vários países da África Austral em torno da
República Sul Africana, é o único exemplo de UA naquele continente. O MERCOSUL tornou-
se, a partir de 1º de janeiro de 1995, o melhor exemplo de uma UA latino-americana.

Mercado Comum - Uma quarta etapa de integração é o chamado Mercado Comum, que tinha a
União Européia como principal exemplo. A maior diferença entre o Mercado Comum e a União
Aduaneira é que esta última regula apenas a livre circulação de mercadorias, enquanto o
Mercado Comum prevê também a livre circulação dos demais fatores produtivos. A expressão
"fatores produtivos" compreende dois grandes elementos: capital e trabalho. Da liberalização
desses fatores decorre, por um lado, a livre circulação de pessoas (trabalhadores ou empresas) e,
por outro, a livre circulação de capitais (investimentos, remessas de lucro, etc.).

Do ponto de vista dos trabalhadores, a livre circulação implica a abolição de todas as barreiras
fundadas na nacionalidade, mas também a instituição de uma verdadeira condição de igualdade

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de direitos em relação aos nacionais de outros países do bloco. No que se refere ao capital, a
condição de Mercado Comum supõe a adoção de critérios regionais que evitem restrições nos
movimentos de capital em função de critérios de nacionalidade. Em tais situações, o capital de
empresas oriundas de outros países do Mercado Comum não poderá ser tratado como
"estrangeiro" no momento de sua entrada (investimento) ou saída (remessa de lucros ou
dividendos). Além disso, o Mercado Comum pressupõe a coordenação de políticas
macroeconômicas e setoriais.

União Política e Monetária - A União Econômica e Monetária (UEM) constitui a etapa ou


modelo mais avançado e complexo de um processo de integração. Ela está associada, em
primeiro lugar, à existência de uma moeda única e uma política monetária, conduzida por um
Banco Central comum. A grande diferença em relação ao Mercado Comum está, além da moeda
única, na existência de uma política macroeconômica, não mais "coordenada", mas "comum". O
único exemplo de uma União Económica e Monetária hoje existente no mundo é a União
Europeia, assim definida após 1992, com a assinatura do Tratado de Maastricht. Como pré-
requisitos para a entrada dos países-membros da Comunidade Económica Europeia na UEM são
déficit público máximo de 3% do PIB; inflação baixa e controlada; dívida pública de, no
máximo, 60% do PIB; moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo Europeu de
Câmbio e taxa de juro de longo prazo controlada.

3. PAPEL DE MOÇAMBIQUE NA INTEGRAÇÃO REGIONAL NA SADC

3.1. Moçambique na integração regional da SADC

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) foi criada em 17 de agosto de


1992 em Windhoek, Namíbia, quando a Declaração e Tratado Constitutivo foram assinados na
Cúpula de Chefes de Estado e Governo. Desta forma, a SADCC foi transformada em SADC.
Além disso aos nove estados fundadores da SADCC, depois de ganhar a independência, Namíbia
juntou-se à SADC em 1990. Com o fim do regime do apartheid, a África do Sul ingressou em
1994, Maurício em 1995, República Democrática do Congo em 1997, as Seychelles em 2000 e a
ilha de Madagascar em 2005.

Após longos anos de guerra civil após a proclamação do Independência de Moçambique em


1975, o país destacou-se na sua estratégia ou papel na luta contra regimes minoritários na África
do Sul e no sul da Rodésia e, portanto, foi alvo de um processo contínuo de políticas,
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desestabilização militar e econômica. Moçambique era um membro do Estados da Linha de
Frente desde sua independência, sendo um fundador membro da SADCC em 1980 e
posteriormente a SADC em 1992.

Assim, a integração regional de Moçambique começou a ocorrer simultaneamente com a


implementação de medidas de ajuste estrutural iniciada com a adesão do país às instituições
financeiras internacionais em 1984 e a implementação do programa de ajuste estrutural
denominado o Programa de Reabilitação Econômica (PRE) em 1987 que evoluiu para Programas
de Reabilitação Econômica e Social (PRES) em 1990.

A economia de Moçambique no período colonial foi caracterizada por sua conexão de longo
prazo com a economia da região da África Austral como prestadora de serviços devido à sua
localização estratégica. Relações entre Moçambique e África do Sul datam do período colonial
foram caracterizados pela migração de trabalho para as minas de ouro, diamante e carvão,
fornecimento de electricidade da barragem de Cahora Bassa, uso dos portos de Maputo, Beira e
Nacala pelos países do interior.

Assim, Moçambique joga um papel importante na prestação de serviços para a África do Sul e os
ex-britânicos colônias do Malawi, Zâmbia e Zimbabwe. Este papel foi desempenhado graças as
infra-estruturas de comunicações e transporte complexas orientadas para o interior e seus fortes
vínculos com a África do Sul.

No âmbito da sua participação no processo de integração regional, Moçambique aderiu ao


Protocolo Comercial da SADC (PC-SADC) em 1999 e implementou a partir de setembro de
2001. Semelhante aos outros Estados que aderiu ao protocolo, Moçambique submeteu ao
Secretariado da SADC oferta para reduzir as tarifas. Segundo MIC (2005) o PC-SADC é um dos
principais instrumentos que norteiam o processo de integração regional no âmbito comercial
área.

3.2. As vantagens e desvantagens competitivas de Moçambique na SADC

As teorias das vantagens comparativas (vantagem da especialização da produção de cada país em


função dos seus recursos naturais ou do seu avanço tecnológico) desenvolvidas, em 1817, pelo
economista David Ricardo, e mais tarde explicadas por Eli Heckscher, em 1919, e Bertil Ohlin,
em 1933, deixaram de servir como explicação para o desenvolvimento do comércio

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internacional, sendo, em parte, substituídas pela teoria da vantagem competitiva desenvolvida
por Michael Porter (Hill, 1998; WTO, 2001).

Porter defende que a competitividade nacional depende da produtividade nacional. Mas como
nenhum país é competitivo em todos os sectores, e porque as economias são altamente
especializadas, o sucesso de cada país depende da forma como as empresas de sectores inter-
relacionados, “os clusters”, se organizam para competir a nível global, pois são as empresas que
concorrem, e não os países (Porter, 1990). Assim, para avaliar a posição competitiva de uma
economia podem ser usados 4 aspectos de base do modelo de Porter: (1) as Condições dos
Factores; (2) as Condições da Procura; (3) as Indústrias Relacionadas e de Suporte; e (4) a
Estratégia, Estrutura e Rivalidade Empresariais.

Quanto às Condições dos Factores em Moçambique, ou seja, os factores de produção


necessários para competir a nível da região, a localização geo-estratégica de Moçambique na
região Austral de África constitui uma vantagem competitiva, nomeadamente, os sistemas e
relações estabelecidas durante o colonialismo com os países do hinterland. Os portos
moçambicanos, com as linhas férreas e estradas ligando a maior parte dos países membros da
SADC, para além de constituírem a espinha dorsal dos corredores de desenvolvimento de
Mtwara, Niassa, Beira e Maputo, constituem a essência da vantagem competitiva de
Moçambique no âmbito da integração regional.

Sob o conceito de Iniciativas de Desenvolvimento Espacial, Moçambique está a transformar os


Corredores de Transportes em Corredores de Desenvolvimento, criando zonas francas especiais
e atraindo investidores nacionais e estrangeiros para projectos na área da agricultura e pecuária,
indústria, turismo e biodiversidade. Merece realce o facto de 10% da área do país ser destinada
para gestão da fauna bravia, incluindo parques nacionais (como é o exemplo dos Parques
Transfronteiriços do Limpopo e dos Libombos) e parques safaris.

Também constituem vantagens competitivas do país as grandes potencialidades na produção de


energia, principalmente largos hidro-recursos, carvão, gás natural e biomassa. Basta referir que a
hidroeléctrica de Cahora-Bassa tem um potencial estimado em 2075 megawats, dos quais só
cerca de 15% estão sendo consumidos no país, através da empresa de electricidade (EDM), que,
mesmo adicionados aos consumos da MOZAL, não ultrapassariam os 50%. Com a barragem de
Mpanda Nkuwa, este potencial aumentará em mais 2600 megawats.

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A dimensão energética de Moçambique, no âmbito das vantagens competitivas, também
engloba:
 o pipeline que transporta combustíveis do Porto da Beira para o Zimbabwe;
 o gasoduto que transporta gás natural de Temane (Inhambane) para Secunda, na África
do Sul;
 o futuro pipeline que transportará combustível do Porto de Maputo para Joanesburgo, na
África do Sul;
 o mega-projecto de alumínio, que também estabelece a integração entre Moçambique e a
África do Sul.

Pode ser identificada como uma desvantagem competitiva, neste grupo das condições dos
factores:
 a falta de disponibilidade de mão-de-obra qualificada, fruto da herança colonial e da
guerra de desestabilização, bem como, também, de opções políticas que continuam a
adiar a reformulação curricular de todo o sistema de ensino, para que dê primazia ao
ensino técnico-profissional, ao ensino profissionalizante que prepare os graduados para
os desafios imediatos do sector produtivo nacional e os que se colocam em cada canto do
país, em particular nas zonas rurais.

Quanto às Condições de Procura, não obstante o país ter altos índices de pobreza absoluta
(54%) em 2003, esforços do governo e das próprias populações têm sido desenvolvidos, e, a
cada ano que passa, apesar do aumento da diferença entre pobres e ricos, o número de
moçambicanos com crescente melhoria do seu nível de vida tem estado a aumentar no campo e
nos centros urbanos.

O contacto constante com a mais dinâmica economia da região (a África do Sul) tem estado a
contribuir para a emergência de um grupo de clientes moçambicanos exigentes e capazes de
pressionar e influenciar o sector produtivo nacional para a inovação e qualidade. É uma
vantagem competitiva que se está erguendo e que tem impacto para o processo de integração
regional. Constitui uma desvantagem competitiva do país a situação de Indústrias Relacionadas e
de Suporte, pois, não obstante a campanha Made in Mozambique, a indústria moçambicana
precisa de uma grande reestruturação e desenvolvimento.

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Há muitos factores que contribuem para o estágio atrasado da indústria em Moçambique, como
a falta de empreendedores arrojados, os altos custos do capital para investimentos, as altas taxas
de tributação ao rendimento, a falta de cultura, mentalidade e capacidade empresarial associados
a uma visão de curto, médio e longo prazo, são de entre muitos factores que podem condicionar
o surgimento, desenvolvimento e consolidação de um sector empresarial forte e dinâmico.

No que concerne à Estratégia, Estrutura e Rivalidade Empresariais, há já sinais positivos de se


estarem a revolucionar as condições que regulam a criação, organização, desenvolvimento e
gestão das empresas em Moçambique, bem como a forma de dirimir conflitos entre elas.

As medidas de reforma que o governo tem estado a implementar desde 2001 na simplificação de
procedimentos, requisitos e regulamentos de actividade têm estado a contribuir para a melhoria
do ambiente de negócios no país, que ainda constitui uma desvantagem competitiva no âmbito da
integração regional.

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4. CONCLUSÃO

Neste trabalho, conclui-se que os processos de integração e a "integração econômica" embora


recentes na acepção utilizada na actualidade, apenas ganharam o seu sentido actual após a
segunda guerra mundial e encontram-se inseridos perfeitamente no actual cenário económico
mundial, marcado por suas correntes complementares de multilateralização das relações
comerciais e de regionalização econômica. Trata-se de medidas que partem na redução de tarifas
aplicadas no comércio entre os países que fazem parte do processo de integração e das barreiras
que limitam o intercâmbio.

Contudo, nesse processo d a integração regional Moçambique é um dos membros da SADC e


joga um papel importante na prestação de serviços para a África do Sul e os ex-britânicos
colônias do Malawi, Zâmbia e Zimbabwe. Este papel foi desempenhado graças as infra-
estruturas de comunicações e transporte complexas orientadas para o interior e seus fortes
vínculos com a África do Sul.

A participação no processo de integração regional, Moçambique aderiu ao Protocolo Comercial


da SADC (PC-SADC) em 1999 e implementou a partir de setembro de 2001. Semelhante aos
outros Estados que aderiu ao protocolo, Moçambique submeteu ao Secretariado da SADC oferta
para reduzir as tarifas. Segundo MIC (2005) o PC-SADC é um dos principais instrumentos que
norteiam o processo de integração regional no âmbito comercial área.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRELIMO (1980). Linhas Fundamentais do Plano Prospectivo e Indicativo para (1981 – 1990),
Imprensa Nacional de Moçambique, Maputo

KRUGMAN, PR & OBSTFELD, M. (2006). International Economics: Theory & Policy, 7th
Edition, Pearson International, Boston & London.

SARPN (2004). Mozambique: Diagnostic Trade Integration Study. Vol 1 (Nov) http://www.tcb-
project.com.

SMIT, BW & McCARTHY, CL (2000)., International Economics. 2nd Edition. Heinemann,


Johannesburg

WTO – World Trade Organization (2001). WTO International Trade Statistic, WTO, Geneve.

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