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FOX na Usina

Nº 08 – Jul/19

TÓPICOS Economizando Vapor na Fábrica - Parte I


Economizando Vapor na Vários clientes nos questionam sobre como economizar vapor e muitas vezes perguntam também
Fábrica – Parte I qual é o melhor evaporador. Questões estas que nos rodeiam diariamente nas usinas e como
perguntas aparentemente simples muitas vezes demandam respostas complexas, vamos tentar
Principais tipos de ajudar no esclarecimento.
evaporadores e seus Os evaporadores campeões de
diferenciais “audiência” nas usinas são os do
tipo Robert. São equipamentos
com projetos bem consolidados
e, temos vários fabricantes
nacionais que os fornecem com
qualidade e confiabilidade. De
construção robusta e operação
Próxima Edição: simples. Normalmente o corpo
Economizando Vapor na é fabricado em aço carbono e
encontramos alguns usuários
Fábrica – Parte II
utilizando tubos em aço
Aproveitando as sangrias inoxidável.
“retardadas”

Economizando Água Para começarmos a falar sobre economia de vapor, vamos detalhar um 38,10

Barométrica pouco o fluxo de calor do vapor para o caldo em evaporação ilustrado pela
imagem ao lado. Considerando um tubo com diâmetro de 38,10 mm com o
caldo preenchendo todo o interior do tubo e o vapor de aquecimento na 19,05
parte externa do tubo, vemos que o fluxo de calor tem que percorrer
aproximadamente 19 mm até a parte central onde se encontra o caldo. Esta
“distância” em termos termodinâmicos é grande e, para conseguirmos
atingir todo o caldo, necessitamos também de um grande diferencial de
temperatura entre a do vapor e a do caldo. Por esta razão normalmente
encontramos ∆t em torno de 10/11°C no pré-evaporador e até 17/18°C no último efeito.

Embora no passado os evaporadores a placas tenham


enfrentado fracassos nas destilarias autônomas devido
às falhas de projeto e principalmente na limpeza, hoje
estes problemas já foram corrigidos e esta tecnologia já
consegue apresentar resultados muito interessantes,
seja na economia de vapor, na redução das perdas de
açúcar pelo menor tempo de retenção (Exposição do
caldo ao calor) e total eliminação da entrada do
operador no evaporador para limpeza, que é feita
somente do tipo química com uma central CIP (Clean In
Place) devidamente projetada e, com o uso de insumos
adequados. Nas usinas modernas que atendem à NR-
33, este evaporador é uma alternativa muito
interessante
Para entendermos a redução de consumo de vapor dos evaporadores a
placas, vamos analisar a figura ao lado, onde temos 2 canais em vermelho
contendo vapor de aquecimento, envolvendo um canal com caldo
evaporando. Considerando o espaçamento entre as placas (GAP) no caldo
de 10 mm, temos uma “distância” para o calor percorrer de ~5 mm,
comparando com a do evaporador Robert descrita anteriormente (~19
mm) fica bem menor, necessitamos de um diferencial de temperatura
entre o vapor de aquecimento e o caldo também menor. Este menor ∆t
pode ser utilizado para “retardar” algumas das sangrias para o tratamento
de caldo e desta forma reduzirmos o consumo de vapor de escape na
evaporação (Tema já abortado nos eventos STAB em Nov/18 e Mai/19
pela Foxtermo), que voltaremos a abordar nas próximas edições deste
FOX na Usina.

Um outro tipo de evaporador que encontramos com boa


frequência nas Usinas é o Falling Film Tubular, também
conhecido como de “Película Fina”. Este equipamento também
tem sua imagem “arranhada” com projetos equivocados seja
nos distribuidores de caldo ou no conceito da recirculação de
caldo, porém com o redimensionamento correto, temos
corrigido vários equipamentos instalados, atingindo a
performance de projeto antes nunca alcançada.

O conceito para a redução do diferencial de temperatura entre


o caldo e o vapor é semelhante ao do evaporador a placas.
Vamos observar a
38,10
imagem a seguir.

2~5

O anel em amarelo representa o caldo que forma uma película fina no interior dos tubos. Considerando um tubo com as mesmas
dimensões do avaliado no Robert, temos uma “distância” para o calor percorrer até o caldo de até 5 mm (Já considerando a parede do
tubo). Este menor ∆t também pode ser utilizado para obtermos vapores vegetais com maiores pressões/temperaturas e, desta forma
“retardarmos” as sangrias para o tratamento de caldo, economizando vapor de escape na estação de evaporação, além de podermos
melhorar a performance da destilaria com um vapor vegetal mais vigoroso.

No próximo FOX na Usina iremos detalhar um pouco mais o aproveitamento deste menor diferencial de temperatura para otimizarmos
as sangrias e até reduzirmos a demanda de água no condensador barométrico.

Álvaro Salla

FOXTERMO Refrigeração e Aquecimento Ltda.


Praça Prof. Ademar Noronha Nogueira, 110 – Conj. 71
CEP 02417-190 - São Paulo – SP
www.foxtermo.com.br

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