CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO DO EXAME FINAL DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES I, 2.
ª TURMA, DE 18 DE SETEMBRO DE 2013.
1. Reconhecimento da questão da eventual eficácia externa das obrigações.
2. Enquadramento da questão: distinção entre direitos reais e direitos de crédito.
Diferenças, em especial, a relatividade.
3. Teoria da eficácia externa das obrigações. Sentido e argumentos favoráveis.
4. Críticas à teoria da eficácia externa.
5. Possibilidade de invocar abuso de direito. Necessidade de provar intenção de
prejudicar a empresa “concorrente” e/ou utilização de meios censuráveis. Componentes do exercício abusivo. Indução à quebra de contrato- descrição e consequências.
6. Distinção funcional e dogmática entre indemnização por força da eficácia
absoluta do direito de crédito e indemnização devida a exercício abusivo do direito.
II
1. Identificação do contrato como contrato-promessa de arrendamento (unilateral).
2. Problema da validade formal: a) Referência ao Princípio da equiparação e suas excepções. b) Referência ao carácter formal do contrato prometido. c) Verificação da regularidade formal do contrato em análise. d) Justificação para a não aplicação do art. 410.º, n.º3.
3- Problema da falta de consentimento do cônjuge do promitente locador.
a) A identificação do art. 1682.º-A como uma das normas do contrato prometido
que pela sua razão de ser não deve ser extensiva ao contrato promessa; b) Enquadramento e resolução do problema no âmbito das excepções ao princípio da equiparação; c) Identificação da razão sede ser do art. 1682.º-A e justificação da não extensão do seu regime ao contrato promessa. A questão dos efeitos do contrato promessa em contraposição aos efeitos do contrato prometido.
4- Violação do contrato-promessa.
a) Recurso à execução específica: Análise do art. 830.º do CC
-Qualificação prévia da quantia entregue por Baltazar como antecipação parcial do pagamento da renda por força da presunção do art. 440.º do CC. -Referência à possibilidade de prova em contrário (ou seja, de que se quis atribuir a tal quantia a natureza de sinal).Análise das consequências decorrentes da existência de sinal, sobretudo no que tange à execução específica. -Verificação da irrelevância do contrato promessa posteriormente celebrado, quanto à possibilidade de execução específica. -Afastamento da execução específica por força da falta de consentimento do cônjuge do promitente faltoso. b) Garantias indemnizatórias: sinal em dobro, em caso de prova de que se quis atribuir a quantia entregue natureza de sinal. Caso contrário, remissão para as regras gerais do não cumprimento, nomeadamente no que toca ao cálculo da indemnização devida
III
Valoriza-se o efectivo confronto entre os conceitos, não bastando debitar as noções
de forma isolada.
a) Critério distintivo e importância da distinção quanto à aplicação ou não do regime
geral das obrigações. Exemplos. b) Identificação como modalidades de contrato misto. Definição dos tipos e exemplos. c) Referência à gestão de negócios. Gestão imprópria e requisitos da gestão. Gestão irregular: falta de aprovação (sentido) e desconformidade com o interesse e vontade do dono do negócio. Efeitos.