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O sentido figurado é um uso das palavras e da ordem entre elas em formas e sentidos
com uma finalidade de expressar as coisas de maneira poética ou de produzir um
discurso retórico, claro e convincente. Esse é o uso figurativo da linguagem.
Por fim, o tipo de figura que nos interessa hoje, a figuras de sentido. As figuras de
sentido indicam justamente a alteração, o deslocamento do sentido mais geral de uma
palavra para um novo sentido, indicado pelo contexto.
Vimos no vídeo anterior com o professor Fábio, o tema dos sentidos que uma palavra
pode adquirir pelo contexto, e compreender isso vai nos ajudar muito a entender a
metáfora. Se você não viu esse vídeo, recomendo muito que você veja, basta clicar aqui
do lado ou no link que deixamos na legenda do vídeo. (deixar link com o vídeo na
imagem)
Essa comparação ocorre entre o sentido geral daquela palavra e o sentido de outra,
buscando entre elas um elemento comum, compartilhado.
Então vamos ver dois exemplos para entender isso melhor isso:
Nas frases:
O que queremos dizer, então? Estamos evidenciando aqui uma semelhança entre essas
duas realidades.
Outro exemplo:
Então, aqui já temos uma pista sobre o que queremos dizer com quente na frase inicial.
A semelhança que a comparação entre o “quente” da notícia e o “quente” comum de
uma chama possuem é justamente essa necessidade de atenção e poder de atração.
Em outras palavras, quando dizemos que uma notícia é quente, queremos dizer que é
uma notícia importante e atraente.
Percebam que esse elemento comum entre os objetos comparados não está presente da
mesma maneira nos dois. O quente da notícia e o quente da chama existem nos dois sob
modos diferentes. No pé da mesa, a função é comparável ao pé humano, mas apenas sob
algum aspecto, já que o pé humano tem uma função orgânica, viva, muito diferente da
função que o pé da mesa tem.
DEFINIÇÃO:
A metáfora é uma:
1) Figura de sentido
2) Que amplia o significado de uma palavra pela comparação com outra,
3) Por meio de um elemento comum
4) Que não se dá sob o mesmo modo nas duas.
Agora que temos uma definição, podemos ver mais dois exemplos, dessa vez na nossa
literatura:
Vamos pegar um primeiro exemplo, uma frase da obra Memórias Póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis:
Ela toma aspectos próprios da pena (leve, colorida, graciosa) e da tinta (preta, densa,
úmida) para analogar com a galhofa e a melancolia.
Lei da morte: efeito natural de como se dão as coisas após a morte, as pessoas que
morreram, por deixarem de agir sobre as outras, acabam esquecidas, deixam de ser
lembradas.
Agora, por que usamos a metáfora? Podem ser várias as motivações: para indicar algo
para o qual não temos um termo próprio, para tornar mais viva, mais clara uma ideia,
para tratar de maneira mais íntima, familiar uma situação, dentre outros motivos.