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Os Maias, de Eça de Queirós

A vivência da tragédia – excertos das pp. 214 a 221

Verificação de Leitura IV

Nome: _____________________________________________ Nº ___ Turma: ___

1. «A vivência da tragédia: Carlos» (5 pontos)


a) Transcreve do 2º parágrafo um exemplo de metáfora.
“entre farrapos de nuvens brancas”
b) Relê o 3º parágrafo. Carlos decidiu ir falar com Mª Eduarda por duas razões. Quais?
Carlos decide ir à Rua de Francisco e inúmera as razões para a tomada dessa
decisão.
Efetivamente, Carlos considera que esta atitude era a mais digna e racional
(“um movimento supremo de dignidade e razão”). Já ambos eram adultos e
resolveriam o assunto sem a ajuda de intermediários (“Nem ela nem ele eram duas
crianças frouxas”), antes pelo contrário, eram “duas pessoas fortes, com ânimo
bastante resoluto e o juízo bastante seguro”, para encontrarem uma saída digna e
racional para a terrível situação em que se encontravam.
c) Com base no 4º parágrafo, indica qual seria a alternativa apresentada para o desfecho
da relação entre ambos.
Carlos considera que ambos são fortes e racionais o suficiente para terminarem
a relação, não sendo necessária uma separação completa (linhas 17 a 21), podendo
conviver de forma civilizada.
d) Afinal, o que disse Carlos a Mª Eduarda com o intuito de pôr fim ao relacionamento?
Carlos com o intuito de pôr fim ao seu relacionamento diz a Mª Eduarda que
tem de partir para St. Olávia imediatamente, com o pretexto de tratar de “um
negócio de casa, uma complicação de feitores”.
e) Transcreve um indício de que Carlos acabará por não conseguir resistir à tentação de
cometer incesto (entre as linhas 51 e 63).
“E já todo quele aroma dela que tão bem conhecia, esparso na sombra tépida, o
envolvia, lhe entrava na alma com uma sedução inesperada de carícia nova, que o
perturbava estranhamente.”

2. «A vivência da tragédia: Afonso» (5 pontos)


a) Refere por que motivo Carlos sente medo de voltar ao Ramalhete.
No final do primeiro parágrafo, Carlos expressa o seu medo de regressar ao
Ramalhete.
De facto, este excerto, passa-se pouco depois de Carlos ter ido a casa de Maria
Eduarda com o objetivo de a informar sobre a situação em que se encontram. No
entanto, esta visita acaba com Carlos, não conseguindo resistir à sua paixão por
Maria, cometendo incesto.
Efetivamente, Afonso da Maia já tinha conhecimento de que ambos os
amantes eram irmãos, tendo confirmado esta informação a Carlos. Este sente-se
receoso de voltar ao Ramalhete devido ao medo e vergonha que tem do avô
descobrir que mesmo sabendo que são irmãos voltou a estar na companhia de Maria
Eduarda, como seu amante.
b) Transcreve um presságio da morte de Afonso retirado do momento correspondente à
F11.
“e os seus passos perderam-se no interior da casa, lentos, abafados, cada vez mais
sumidos, como se fossem os derradeiros que devesse dar na vida! (…)”
c) Refere o que simboliza a «tosca mesa de pedra» onde Afonso é encontrado morto.
Representa a austeridade, a dureza e a severidade de Afonso, assim como,
todas as adversidades por que passou durante a vida.
d) Copia da parte relativa à F12 um exemplo de personificação.
“o fio de água punha o seu choro lento”
e) Explica a comparação presente em: «Estava morto, já frio, aquele corpo que, mais
velho que o século, resistira tão formidavelmente, como um grande roble, aos anos e
aos vendavais.»
De facto, este recurso é usado de forma a intensificar a idade avançada de
Afonso da Maia, a sua experiência de vida e adversidades que experienciou. Este é
“mais velho que século” e é equiparado a “um grande roble”, que é uma grande
árvore antiga e resistente, que “resistira formidavelmente (…) aos anos e aos
vendavais”.

3. «A vivência da tragédia: Maria Eduarda» (5 pontos)


a) Por que razão se diz, no 1º parágrafo, que o Domingos usava uma gravata preta
Porque Domingos está de luto devido à morte de Afonso da Maia.
b) Que paralelo podemos estabelecer entre o comportamento de Carlos nos excertos
anteriores e o de Ega agora nesta passagem?
Neste excerto e no anterior, é possível apontar semelhanças entre o
comportamento de Ega e a atitude de Carlos quando pensara em revelar a Maria
Eduarda o seu grau de parentesco.
No excerto anterior, Carlos inicialmente pretende revelar o “segredo” e lidar
com o problema diretamente com Maria Eduarda e de forma racional, mas acaba por
mudar de ideias, pressionado pelo medo e paixão, cometendo incesto, não revelando
as terríveis notícias.
Neste excerto, Ega ao invés de ficar com Maria Eduarda para lhe explicar com
calma as difíceis circunstâncias, acaba por lhe contar tudo rápida e incoerentemente,
devido ao embaraço e receio que tem da sua reação, deixando uma carta com todas
as informações.
c) Refere que sugestão faz Ega a Mª Eduarda, a pedido de Carlos, depois de esta ler os
papéis que lhe trouxera.
Ega, a pedido de Carlos, sugere que depois de ler os papéis Mª Eduarda deve
partir para Paris com sua a sua filha e que irá receber parte da fortuna da família
Maia.
d) O último parágrafo é exímio em recursos expressivos. Transcreve dele um exemplo de
pleonasmo e outro de metáfora.
“negro luto”- pleonasmo
“a lividez parada de um mármore”- metáfora

4. Gramática – p.218 (5 pontos)


Classifica as orações que se seguem.
a) «que já o roçara» (l.3) oração subordinada adjetiva relativa restritiva
b) «quando, através do reposteiro entreaberto, avistou uma claridade» (ll.7-8) oração
subordinada adverbial temporal
c) «onde a luz sobre o veludo espelhava um tom de sangue» (ll.14-15) oração
subordinada substantiva relativa
d) «o Baptista rompeu pelo quarto» (l.18) oração coordenada assindética
e) «mais velho que o século» (l.38) oração subordinada adverbial comparativa

Bom trabalho!

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